Semana 11

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA

Disciplina: Projeto de Ação Pedagógica


Professor (a): Carolina Chaves Ferro
Turma: EAD 232253-86188
Acadêmico (a):Milena Assunção Crisostomo Pedrosa
Atividade da semana: Semana 11
Data:08/11/23

REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico deste trabalho será organizado da seguinte forma: A


primeira parte abordará a afetividade na educação, a segunda parte abordará a
interação professor-aluno e a terceira parte abordará o ensino fundamental anos
iniciais.

1 A afetividade na educação

A relação entre afetividade e o ambiente escolar é importante no processo de


ensino-aprendizagem. A afetividade pode ser relacionada a um estado de afinidade
profunda entre os sujeitos, nas relações humanas. Nessa relação afetiva com o outro, é
intensificado o reconhecimento de si mesmo, observando seus próprios limites e, ao
mesmo tempo, respeitando os limites do outro, sendo um aspecto fundamental nos
relacionamentos.
O uso de linguagem positiva, o incentivo a novos desafios, a estimulação de
conversas e o interesse genuíno do professor pelos assuntos abordados são vivências
notáveis de afetividade no ambiente escolar.
A realidade social dos alunos é composta por uma série de fatores, como sua
cultura, etnia, classe social, religião e experiências de vida. Esses fatores influenciam a
maneira como os alunos aprendem e se relacionam com o mundo.
Um professor que compreende a realidade social de seus alunos é capaz de criar
um ambiente de aprendizagem mais eficaz. Esse professor pode adaptar suas estratégias
de ensino às necessidades específicas de seus alunos e criar um ambiente mais
acolhedor e inclusivo, expressando afetividade.
No livro “Pedagogia da Autonomia”, Freire coloca que: “A afetividade não se
acha excluída da cognoscibilidade”(FREIRE, 1996, p.138).
É importante que o professor não se envolva de maneira que interfira no objetivo
que tem como educador. Isso significa que o professor deve ser profissional em seu
relacionamento com os alunos, mas isso não significa que ele não possa ser humano.
É relevante expressar a alegria como indivíduo, não relacionando essa atitude
como de alguém fraco. Isso cria a ideia de que o professor não pode rir e se alegrar, tem
que ser sério e amargo.
O professor que vive de maneira alegre e esperançosa, sempre refletiu sobre o
processo do saber, não buscando reconhecimento financeiro. Reconhecendo na sua
essência de vida o que muitos chamam de vocação, o prazer de ensinar, é aquele que
encontra no seu trabalho a realização pessoal e profissional. Ele ama ensinar e vê na
educação uma oportunidade de transformar o mundo.
O homem não pode ser reconhecido apenas como um ser racional, revelando-se
também um ser emotivo. Ele sente e acredita que seus sentimentos influenciam no
pensamento e que a expressão da afetividade pode influenciar o comportamento e a
aprendizagem.

A afetividade só é estimulada nas experiências do convívio social, quando o


educador determina uma conexão de afeto com o aluno. A segurança emocional de uma
criança a cerca de um adulto, cria caminhos de aprendizagem significativos, o afeto
condiciona maneiras de corresponder aos objetivos propostos com leveza e criatividade.

O próprio Freire, já citado recorda que:

Significa, de fato, que a afetividade não me assusta, que não tenho medo de
expressá-la. Significa esta abertura ao querer bem a maneira que tenho de
autenticamente selar o meu compromisso com os educandos, numa prática
específica do ser humano (FREIRE, 1996, p.138).

No entanto, é fundamental que o professor esteja preparado psicologicamente


para exercer a atividade do magistério. Isso porque o professor é uma pessoa e, como
tal, está sujeito a emoções, sentimentos e experiências que podem influenciar seu
trabalho.
A maneira como o aluno percebe o professor influencia a maneira como ele
participa das atividades pedagógicas. O aluno é mais propenso a se envolver e aprender
quando ele acredita que o professor é competente, confiável e que pratica o que prega.

2 A interação professor - aluno

Desse modo, cabe compreender a importância da interação entre docente e


discente, e como se dá essa interação.
Essa interação deve ser significativa para o professor e o aluno, com objetivos
em comuns, carregado de intenções mútuas, sendo o professor o precursor dessa
interação no contexto escolar.
Autoridade de um professor não estar ligada a imposição de regras ou se colocar
com detentor do conhecimento, mas a autoridade que o professor reconhece estar no seu
convívio em sala de aula, valorizando a identidade dos seus alunos, respeitando o saber
dos alunos com liberdade, dando caminhos de experiências pedagógicas no processo de
ensino aprendizagem.
A forma de reconhecimento que o professor se dá na atuação de suas atribuições
diárias se baseia, na dignidade e valor sobre sua competência profissional.
A esse respeito Freire relata:
É ouvindo o educando, tarefa inaceitável pela educadora autoritária, que a
professora democrática se prepara cada vez mais para ser ouvida pelo
educando. Mas, ao aprender com o educando a falar com ele porque o ouviu,
ensina o educando a ouvi-la também(FREIRE, 1997, p. 87).

Os Professores que adotam uma abordagem autoritária muitas vezes enfrentam


dificuldades para ouvir seus alunos. Isso pode prejudicar o diálogo entre os alunos. Por
outro lado, abordagens mais democráticas, onde os professores ganham experiência ao
ouvir os alunos, podem ser benéficas. Quando os professores ouvem seus alunos,
também aprendem com eles. Isso, por sua vez, leva a um ambiente onde os alunos estão
mais engajados e dispostos a prestar atenção, permitindo que os professores ensinem de
forma mais eficaz.
O professor deve ser mais do que um mero transmissor de conteúdo. Ele deve
conhecer seus alunos, entender suas necessidades e interesses, e criar um ambiente de
aprendizagem que seja estimulante e desafiador.
Quando o aluno se permite ser orientado pelo professor, é porque ele entende
que o professor está ali para ajudá-lo a aprender. O professor, por sua vez, deve
reconhecer o papel fundamental do aluno no processo de aprendizagem.
Portanto essa relação de parceria é estabelecida, o aluno se sente mais motivado
a aprender e o professor consegue oferecer um ensino mais eficaz. A aprendizagem se
torna mais significativa e o aluno demonstra mais facilidade no processo de
aprendizagem.
O professor tem um papel fundamental na observação das formas de
aprendizagem de cada aluno. Cada aluno tem suas próprias características, e cada
processo, fala e olhar pode dizer algo sobre como ele aprende.

Ao compreender a personalidade e a linguagem de cada aluno, o professor pode


estimular o aprendizado de forma mais significativa
O desenvolvimento da aprendizagem do aluno é notória quando há um diálogo, e
sintonia de troca entre ele e o professor. Esse diálogo deve ser baseado em uma relação
de cooperação, onde o aluno se sente seguro para errar e aprender com seus erros.

Citando Neves (2014, p. 8), “A relação do professor com o aluno deve ser
contínua, baseado no diálogo. O diálogo é de suma importância para a relação
professor-aluno, atuando no fator psicológico, sendo vínculo entre o cognitivo e as
ações concretas”.
A importância do diálogo na relação entre professor e aluno vai além de
simplesmente conversar. O diálogo é um processo de construção de saberes, onde o
professor e o aluno compartilham suas ideias e conhecimentos, e chegam a uma
conclusão em comum.
Esse processo favorece o pensamento do outro, pois permite que cada um se
coloque no lugar do outro e compreenda o seu ponto de vista. Também traz confiança na
relação, pois mostra que os dois estão dispostos a ouvir e aprender um com o outro.
O professor é um agente fundamental para o crescimento do indivíduo que é o
aluno. Ele não tem um pensamento absoluto a respeito do seu próprio conhecimento, ao
contrário, é alguém que está sempre disposto a aprender.
Quando o professor se coloca nesse lugar, ele desenvolve o seu melhor. Ele se
torna um facilitador da aprendizagem, um mediador entre o aluno e o conhecimento. Ele
ajuda o aluno a pensar por si mesmo, a questionar o mundo ao seu redor e a construir o
seu próprio conhecimento.
O aprendizado é um processo que exige esforço e dedicação. É preciso estar
disposto a se desafiar e a sair da zona de conforto.
Muitas pessoas, no entanto, não tiveram a oportunidade de desenvolver essas
habilidades. Elas podem ter sido expostas a um modelo de ensino que é baseado no
medo e na punição.
Esse medo pode ser motivado por uma série de fatores, incluindo o medo de
errar, o medo de perder o controle e o medo de ser questionado.
O educando pode desenvolver um medo de questionar e explorar o
conhecimento. Isso ocorre porque ele teme ser ridicularizado pelos outros, incluindo
seus colegas e professores.
Esse medo pode ser uma barreira para o aprendizado, pois impede o educando de
buscar informações e explorar novas ideias.
Em relação a tal aspecto:
Então, o medo de arriscar-se diante dos companheiros, e o medo também de
uma possível resposta irônica do professor ou da professora, o medo de ser
desrespeitado, com o peso da sabedoria do educador, termina por aumentar o
silêncio. E aí se estabelece um ciclo vicioso que, no fundo, é o círculo vicioso
do silêncio, em que a única voz autorizada a falar em tom assertivo é a voz do
educador. E a voz do educando cada vez menos soa, na classe(FREIRE;
GUIMARÃES, 2021, p. 117).

Quando o professor não desenvolve o potencial do aluno, fechando-lhe a boca, o


aluno não consegue desenvolver seu pensamento crítico. Isso ocorre porque o
pensamento crítico é uma habilidade que se desenvolve a partir da interação com o
mundo, incluindo as experiências que o aluno traz consigo para a escola.
Quando o professor não permite que o aluno compartilhe suas experiências e
ideias, ele impede que o aluno desenvolva sua própria compreensão do mundo. O aluno
fica limitado à visão do professor, o que limita seu potencial de crescimento.
A relação entre um professor e um aluno deve ser fundamentada no contexto de
experiência de ambos, não apenas do aluno, mas também do professor. Quando essa
relação é baseada no respeito e na seriedade, ela se desenvolve de forma contínua e
produtiva.
O professor é um profissional que acumulou conhecimento e experiência ao
longo de sua carreira. Ele pode compartilhar esse conhecimento com os alunos, mas
também pode aprender com eles
A qualidade de um relacionamento positivo entre professor e aluno é essencial
para o sucesso da aprendizagem.
Quando essa relação é consistente e positiva, o aluno se sente seguro e
valorizado na sala de aula.

3 O Ensino Fundamental anos Iniciais

No que se refere ao Ensino Fundamental anos iniciais, as abordagens


pedagógicas adotadas pelos professores são de grande importância para o
desenvolvimento das crianças. Essa fase é marcada pela valorização da criatividade e
pela construção do conhecimento de forma prática.
Como a matrícula no ensino fundamental é obrigatória, nem todas as crianças
chegam à escola com a mesma experiência. Algumas podem ter passado pelo maternal,
enquanto outras não. Essas diferenças podem gerar receios e inseguranças, o que torna
essencial uma abordagem afetiva, atenta e respeitosa às características de cada aluno.
Além disso, é importante considerar que muitas crianças já estão habituadas ao
uso de celulares para se distrair. Elas também vêm de uma rotina com os pais, que
muitas vezes não estão habituados com a convivência com um grande número de
crianças.
Esses fatores devem ser considerados pelo professor no processo de adaptação e
conhecimento da turma.
Já com alunos de 8 a 10 anos, outros aspectos devem ser observados para
acolher de forma afetiva e cultivar dentro da sala de aula o processo de aprendizagem
evolutivo.
Nessa fase, as crianças estão em um período de transição, em que estão deixando
a infância e entrando na adolescência.
É importante que o professor esteja atento às mudanças físicas, emocionais e
cognitivas que estão ocorrendo. Ele também deve criar um ambiente de aprendizagem
seguro e acolhedor, onde os alunos se sintam à vontade para expressar suas ideias e
opiniões.
A abordagem pedagógica adotada pelo professor nos anos iniciais do ensino
fundamental pode ter um impacto significativo no desenvolvimento das crianças.
Através de uma abordagem afetiva, atenta e respeitosa, os professores podem
ajudar as crianças a aprender e se desenvolver de forma plena.
Neves esclarece que:
Precisamos compreender o processo ensino-aprendizagem como um processo
dinâmico de interação, aonde todos os saberes são levados em consideração,
sendo eles individuais ou construídos histórico e socialmente. Processo no
qual o professor e visto como um mediador, uma ponte entre o aluno e o
conhecimento (Neves, 2014, p.17).

O papel do professor no ensino fundamental é de mediador do processo de


aprendizagem.
Não sendo visto como o detentor do saber, mas como um agente que ajuda os
alunos a construir conhecimento.
O conhecimento é visto como algo dinâmico, que pode ser desconstruído e
reconstruído sempre que necessário. O processo de ensino-aprendizagem é influenciado
pelo meio atual, em que as informações estão disponíveis de forma abundante e rápida.
O professor precisa ajudar os alunos a avaliar a qualidade e a relevância das
informações disponíveis.

O ensino tradicional, baseado na memorização, deu lugar a um ensino mais


significativo, que envolve os alunos na construção do conhecimento.
As relações entre professor e aluno são de vital importância para a
aprendizagem.
Quando há um bom relacionamento entre professor e aluno, há concordância
com as temáticas, colaboração e desenvolvimento da autonomia entre os alunos.
O professor deve respeitar a autonomia do aluno, enquanto o aluno deve
participar da aula com respeito e responsabilidade.
A participação ativa dos alunos é fundamental para a aprendizagem, pois é
através dela que os alunos transformam informação em conhecimento.
Além disso, a relação professor-aluno é importante para a formação do cidadão,
pois trabalha valores como criticidade e respeito ao próximo.
METODOLOGIA

A pesquisa qualitativa é uma abordagem de pesquisa que procura compreender


os motivos dos debates, estudando aspectos subjetivos e fenômenos sociais e do
comportamento humano.
O objetivo da pesquisa qualitativa é conhecer os fenômenos que acontecem em
determinado tempo, local e cultura. Considerando o problema proposto, é importante
compreender como a interação entre professor e aluno em sala de aula pode ser
construída com base no diálogo e respeito, refletindo de forma significativa no
aprendizado do aluno.
Os resultados aqui apresentados são baseados em bibliografias de autores
renomados da educação brasileira. No estudo mencionado, podemos citar o autor Paulo
Freire, entre outros, que contribuíram de forma significativa com artigos e livros.
As percepções entre conflitos de campo e aspectos subjetivos identificados
foram exploradas de forma exploratória, buscando uma primeira aproximação do tema
proposto.
Essa abordagem visa promover um contexto de ligação entre os indivíduos da
pesquisa e o meio, explorando a maneira simples e o problema proposto de forma
exploratória.
A identificação dos objetos do estudo é fundamental para o desenvolvimento de
uma análise de pesquisa.
CRONOGRAMA DA PESQUISA

Fevereiro de Março de Abril de Maio de Junho de


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Análise da X
coleta de
dados
Produção X X
dos
resultados e
discussões
Produção da X
conclusão
Defesa do X
terceiro slide
Defesa do X
TCC
REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Ensinar é uma especificidade humana.In:_______. Pedagogia da


Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. cap. 3, p. 89-143.

_______. De falar ao educando a falar a ele e com ele; de ouvir o educando a ser ouvida
por ele. In:_______. Professora, sim; tia, não. São Paulo: Paz e Terra,1997. cap. 3, p.
83-9

_______.; GUIMARÃES , Sérgio. Contra o medo. In: ______.; GUIMARÃES, S.


Partir da infância : diálogos sobre educação. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 2021. cap 6
p.113- 126.

NEVES, Christopher. As relações de interação e diálogo como meio de favorecer a


aprendizagem,Trabalho de conclusão de curso, (Curso de Especialização em
Coordenação Pedagógica)- Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná,
Curitiba, p. 1-20.2014. Disponível em: file:///Users/usuário/Documents/Artigo%
20de% 20 Consulta: %20Projeto%20Poli%CC%81 tico.pdf. Acesso em 8 de novembro
de 2023.

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