Semana 11
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Semana 11
REFERENCIAL TEÓRICO
1 A afetividade na educação
Significa, de fato, que a afetividade não me assusta, que não tenho medo de
expressá-la. Significa esta abertura ao querer bem a maneira que tenho de
autenticamente selar o meu compromisso com os educandos, numa prática
específica do ser humano (FREIRE, 1996, p.138).
Citando Neves (2014, p. 8), “A relação do professor com o aluno deve ser
contínua, baseado no diálogo. O diálogo é de suma importância para a relação
professor-aluno, atuando no fator psicológico, sendo vínculo entre o cognitivo e as
ações concretas”.
A importância do diálogo na relação entre professor e aluno vai além de
simplesmente conversar. O diálogo é um processo de construção de saberes, onde o
professor e o aluno compartilham suas ideias e conhecimentos, e chegam a uma
conclusão em comum.
Esse processo favorece o pensamento do outro, pois permite que cada um se
coloque no lugar do outro e compreenda o seu ponto de vista. Também traz confiança na
relação, pois mostra que os dois estão dispostos a ouvir e aprender um com o outro.
O professor é um agente fundamental para o crescimento do indivíduo que é o
aluno. Ele não tem um pensamento absoluto a respeito do seu próprio conhecimento, ao
contrário, é alguém que está sempre disposto a aprender.
Quando o professor se coloca nesse lugar, ele desenvolve o seu melhor. Ele se
torna um facilitador da aprendizagem, um mediador entre o aluno e o conhecimento. Ele
ajuda o aluno a pensar por si mesmo, a questionar o mundo ao seu redor e a construir o
seu próprio conhecimento.
O aprendizado é um processo que exige esforço e dedicação. É preciso estar
disposto a se desafiar e a sair da zona de conforto.
Muitas pessoas, no entanto, não tiveram a oportunidade de desenvolver essas
habilidades. Elas podem ter sido expostas a um modelo de ensino que é baseado no
medo e na punição.
Esse medo pode ser motivado por uma série de fatores, incluindo o medo de
errar, o medo de perder o controle e o medo de ser questionado.
O educando pode desenvolver um medo de questionar e explorar o
conhecimento. Isso ocorre porque ele teme ser ridicularizado pelos outros, incluindo
seus colegas e professores.
Esse medo pode ser uma barreira para o aprendizado, pois impede o educando de
buscar informações e explorar novas ideias.
Em relação a tal aspecto:
Então, o medo de arriscar-se diante dos companheiros, e o medo também de
uma possível resposta irônica do professor ou da professora, o medo de ser
desrespeitado, com o peso da sabedoria do educador, termina por aumentar o
silêncio. E aí se estabelece um ciclo vicioso que, no fundo, é o círculo vicioso
do silêncio, em que a única voz autorizada a falar em tom assertivo é a voz do
educador. E a voz do educando cada vez menos soa, na classe(FREIRE;
GUIMARÃES, 2021, p. 117).
_______. De falar ao educando a falar a ele e com ele; de ouvir o educando a ser ouvida
por ele. In:_______. Professora, sim; tia, não. São Paulo: Paz e Terra,1997. cap. 3, p.
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