Jurisprudência 2010 A 2012 Digital
Jurisprudência 2010 A 2012 Digital
Jurisprudência 2010 A 2012 Digital
biênio 2010/2012
JURISPRUDÊNCIA
1º Colégio Recursal Cível
e Criminal da Capital
biênio 2010/2012
Designer gráfico:
Joselma Firmino de Souza
Foto da capa:
Assis Lima
MEMBROS TITULARES:
1ª TURMA RECURSAL
2ª TURMA RECURSAL
3ª TURMA RECURSAL
5ª TURMA RECURSAL
6ª TURMA RECURSAL
7ª TURMA RECURSAL
8ª TURMA RECURSAL
QUADRO DE SERVIDORES
CHEFIA:
KATHYA SUZANA LEMOS DANTAS
Secretária das Turmas Cíveis
SERVIDORES:
Lúcia Maria Neves Villacorta
Maria das Graças Carneiro dos Santos Lima
Natan Antônio da Silva
Romero Portela Mota
Estagiária:
Janaílde Machado De Lima
Apresentação
Parte I
Direito Material
1. ACIDENTE DE TRÂNSITO................................................37
3. CARTÕES DE CRÉDITO...........................................................97
6. PLANO DE SAÚDE..........................................................137
7. SEGUROS E DPVAT........................................................170
8. SERVIÇOS DE TELEFONIA.............................................204
12.20. Ataque de cão da raça pit bull contra jumento. Lesões com-
provadas por ilustrações fotográficas. Dano material confi-
gurado. Indenização bem arbitrada. Sentença mantida. Re-
curso improvido..................................................................389
Parte II
Direito Processual
5.2. INTEMPESTIVIDADE...........................................................469
5.3. DESERÇÃO.........................................................................478
7. MANDADO DE SEGURANÇA..........................................504
7.8. .......................................................................................
Mandado de segurança contra antecipação de tutela. Pos-
sibilidade dessa impetração, ante a inexistência de recurso
específico contra decisões interlocutórias em juizados espe-
ciais. Ausência de direito líquido e certo da impetrante. Se-
gurança denegada...............................................................521
7.9. Mandado de segurança. Ato judicial impugnado praticado
por autoridade coatora, juízo do 1º. Juizado Cível da Capital.
Impossibilidade do manejo do mandamus para atacar deci-
são interlocutória no âmbito dos juizados especiais, por con-
trariar o princípio da celeridade disposta na lei n. 9.099/95.
Mandado de segurança conhecido. Segurança denegada.......524
8. RECLAMAÇÃO................................................................527
Parte III
Direito Penal
Enunciados
ENUNCIADOS CÍVEIS......................................................................611
ENUNCIADOS CRIMINAIS................................................................628
Direito Material
Direito Material
1. ACIDENTE DE TRÂNSITO
Rejeito tal preliminar, vez que os orçamentos juntados pelo autor foram
fornecidos por empresas idôneas e guardam relação com as avarias sofridas
pelo veículo do mesmo.
Do mérito.
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Direito Material
É como voto.
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Direito Material
“Fiz o máximo possível para não bater, mas não consegui evitar o acidente”.
“Ao confessar que colidiu na traseira do veículo da autora, passa o réu a ter
o ônus de provar que foi a autora quem deu causa ao acidente, realizando
a manobra brusca de mudança de faixa conforme alega depende da prova
de que ele não deu causa exclusiva ao acidente, ou seja, que o acidente
tenha ocorrido em decorrência de ação ilícita do condutor do veículo da
autora. No caso, o réu não conseguiu provar isso. Ante a falta de prova da
causa excludente de sua responsabilidade, deve o réu indenizar a autora
nos prejuízos materiais relativos às avarias no seu veículo decorrentes do
acidente provocado pelo réu. O valor deve ser o menor dos dois orçamentos
apresentados”.
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Direito Material
Não há, por outro lado, indicativo de que a demandante tenha agido com
culpa (por qualquer de suas formas: imperícia, imprudência ou negligência).
As provas colhidas não autorizam tal inferência, sendo certo, inclusive, que
não há demonstração de que o veículo da autora trafegasse em velocidade
incompatível com o local, nem de que tenha havido falta de atenção do
seu condutor.
Não há, assim prova de que a parte suplicante tenha dado causa ao evento.
É como voto.
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Preliminar rejeitada.
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Direito Material
Diante disso, é certo que a prova dos autos não corrobora a ilação da sen-
tença pela condenação, sem a certeza de que o veículo do demandado/
recorrente fora realmente aquele envolvido no acidente, até admitido que
o tal veículo Golf, sem se afirmar tenha sido o do demandado, fora o cau-
sador do dano.
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É como voto.
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Decido.
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Em sua defesa, o banco alega, em resumo, que o fato ocorrido ficou restrito
ao conhecimento da autora e não teve publicidade; que a espera em fila
não é um fenômeno exclusivo de instituições financeiras, existindo também
em outras espécies de estabelecimentos, como supermercados, cinemas,
constituindo um fato corriqueiro; que em virtude da importância das insti-
tuições financeiras, que prestam serviço essencial, e da impossibilidade das
pessoas desprezarem a eventual existência de filas nessas instituições as
pessoas desenvolveram diversas técnicas para mitigar os impactos negativos,
como conversar com desconhecidos, ou com pessoas conhecidas a quem
não viam há muito tempo, orar, meditar sobre seus problemas, conversar
no celular, observar as outras pessoas, reclamar do tamanho da fila e até
mesmo furar a fila.
Aduz, ainda, o demandado que a demora na fila do banco, por maior incô-
modo que cause, não é capaz de atingir a dignidade da pessoa humana ou
justificar uma condenação por dano moral, apesar do incômodo e do aborre-
cimento sofrido, ou mesmo da perda de um compromisso mais importante.
Ademais, o fato noticiado na inicial não se constitui num fato isolado, sendo
público e notório que a má qualidade do serviço de atendimento pessoal
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O dano moral resta bem configurado e o valor da indenização foi fixado com
excessiva moderação.
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É como voto.
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Por fim, assevera que não restaram configurados dano de natureza moral,
bem como tece considerações acerca do quantum indenizatório.
Relatados, Decido.
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É como voto.
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Depreende-se também da leitura dos autos que a empresa ENESP foi acio-
nada na Justiça, mais especificamente na 3ª Vara Cível de Olinda, onde foi
ajuizada ação de depósito pelo banco recorrente pleiteando justamente o
valor referente aos descontos do empréstimo consignado, o que derrubaria
a tese da defesa de que a empresa empregadora não tinha ciência do caso
do autor junto à ENESP.
Contra-razões apresentadas.
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Decisão
CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO, POR UNANIMIDADE.
Indexação
VIDE EMENTA.
Ramo do Direito
DIREITO CIVIL
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Referência Legislativa
LEI DO JUIZADO ESPECIAL – FED LEI-9099/1995
ART – 46 ART – 55
Processo
AgRg no Ag 353291 / RS
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
2000/0134906-6
Relator(a).......... :
Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR (1110)
Órgão Julgador.. :
T4 – QUARTA TURMA
Data do Julgamento:
28/06/2001
Data da Publicação/Fonte
DJ 19/11/2001 p. 286
RT vol. 798 p. 240
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Direito Material
Referência Legislativa
LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973
***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL
ART: 00649 INC: 00004
Consulta à Jurisprudência
Lista de Consulta
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Resultados Simplificada
Resultado 1/1
Classe Agravo
Assunto
Número do Acórdão 123065-1/01
Comarca Recife
Número de Origem 01230651
Relator João Bosco Gouveia De Melo
Relator do Acórdão João Bosco Gouveia De Melo
Revisor
Órgão Julgador 3ª Câmara Cível
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Indexação
Ref. Bibliográfica
Ver Inteiro Teor
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Direito Material
Trata-se de Recurso Inominado que visa reformar a sentença a quo que julgou
improcedente o pedido de indenização por danos morais e materiais, tendo em
vista alegada demora no atendimento bancário. Em suas razões do recurso, o
Recorrente informa que permaneceu na agência bancária, à espera de atendi-
mento, por mais de duas horas. Afirma que a Sentença atacada valorou que a
indenização por danos morais não era cabível, “a não ser que se trate de período
de tempo muito grande”. Aduz que a Lei Municipal atinente ao caso estabelece o
prazo máximo de espera de quinze minutos e que, tendo em vista o desrespeito
à lei, e por se tratar de relação de consumo, houve falha na prestação de servi-
ço, devendo, portanto, a Sentença ser reformada para que a demandada seja
condenada a indenizar o Recorrente pelos danos morais suportados.
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Direito Material
RAZÕES DO VOTO
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VOTO.
No mérito.
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Observo que o caso em comento deve ser apreciado sob a égide do Código
de Defesa do Consumidor e não conforme o Código Civil, conforme requer o
recorrente, porquanto se trata de relação de consumo, inserta na definição de
serviço como toda atividade remunerada fornecida no mercado de consumo,
incluindo expressamente as atividades de natureza financeira e bancária.
Insta frisar de início, que a Constituição Federal em seu art. 5º, “caput”,
assegura o princípio da igualdade, asseverando que “todos são iguais perante
a lei, sem distinção de qualquer natureza” e, no seu inciso II, consagra o
princípio da legalidade cuja égide “ninguém será obrigado a fazer ou deixar
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
Assim, registro que a norma citada pela demandada com intuito de revestir
sua conduta de legalidade foi expedida por uma Agência Reguladora, e
tem natureza de norma jurídica secundária, ou seja, se presta a dar maior
efetividade a atos normativos primários, não podendo ir de encontro a ele,
nem tampouco criar direito ou obrigações.
Ora, uma resolução não pode contrariar disposição de lei ordinária federal
e, no caso, a referida norma fere flagrantemente o disposto no art. 39, V
do CDC. E, por via reflexa, o disposto no artigo 5º “caput” e seu inciso II,
da Constituição Federal.
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Contrarrazões apresentadas.
DA PRELIMINAR:
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Ocorre que, caso o contrato venha a ser rescindido por qualquer motivo,
antes do termo previsto, com a devolução do objeto arrendado a empresa/
Arrendadora, o arrendatário será credor das importâncias adiantadas VRG,
com as parcelas mensais, uma vez que não mais será exercida a opção de
compra definitiva do referido bem.
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Observo, que o caso em comento deve ser apreciado sob a égide do Código
de Defesa do Consumidor, porquanto se trata de relação de consumo, in-
serta na definição de serviço como toda atividade remunerada fornecida no
mercado de consumo, incluindo expressamente as atividades de natureza
financeira e bancária.
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Contrarrazões apresentadas.
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DA PRELIMINAR:
Ocorre que, caso o contrato venha a ser rescindido por qualquer motivo,
antes do termo previsto, com a devolução do objeto arrendado a empresa/
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Observo, que o caso em comento deve ser apreciado sob a égide do Código
de Defesa do Consumidor, porquanto se trata de relação de consumo, in-
serta na definição de serviço como toda atividade remunerada fornecida no
mercado de consumo, incluindo expressamente as atividades de natureza
financeira e bancária.
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Contrarrazões apresentadas.
DAS PRELIMINARES:
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midor suportar esse fardo, uma vez que tais serviços já estão inclusos na
prestação do serviço.
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Decido.
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É sabido que o contrato de leasing tem como uma de suas principais carac-
terísticas a possibilidade de o arrendatário realizar, ao final do contrato, a
escolha de uma destas opções: renovação do contrato, devolução do bem
ou compra do mesmo.
Diante disso, temos que o valor residual visa exatamente garantir ao arren-
datário a opção de compra do bem ao final do contrato, se assim desejar.
Entretanto, tendo o contrato sido rescindido antecipadamente, inviabilizou-se
o exercício da opção de compra. Sendo assim, se o VRG visa exatamente
garantir o exercício da opção de compra, a qual não foi exercida pelo apelado,
já que houve a rescisão antecipada do contrato, deve o valor por ela pago
a título de VRG ser-lhe restituído, sob pena de se permitir o enriquecimento
ilícito do apelante.
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3. CARTÕES DE CRÉDITO
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Contra-razões apresentadas.
É como voto.
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No mérito, consta dos autos que a recorrida foi impedida de pagar suas
compras com seu cartão de crédito vinculado à recorrente, sob a alegação
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Nesse particular, vale ressaltar que nenhum socorro presta à recorrente o que
se contém na cláusula 3.6 do contrato de adesão celebrado entre as partes,
vez que o cancelamento unilateral do cartão de crédito sem a prévia notificação
do usuário configura manifesta prática abusiva, posto que submete o mesmo
a uma desvantagem perversa e exagerada, deixa a critério do fornecedor
a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor, e
autoriza o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual
direito seja conferido ao consumidor (art. 51, IV, IX e XI, do CDC).
Não vejo, portanto, nestas condições, respaldo legal para que se possa
aceitar como lícita a conduta da recorrente de bloquear o cartão de crédito
da recorrida sem a sua prévia notificação, impedindo-a, assim, de realizar
compras na própria loja dela recorrente, junto a qual não se encontra em
débito a recorrida.
Portanto, entendo que, nessas circunstâncias, não há como excluir o ato ilícito
praticado pela recorrente, já que a sua conduta não se mostrou legítima e
de acordo com o sistema legal de proteção ao consumidor.
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Consta dos autos que alguém, munido dos dados cadastrais do autor da
ação, contratou junto ao Banco do Brasil S/A a emissão de um cartão de
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crédito em nome deste, cujos débitos, por não terem sido quitados, ensejou
a negativação do nome do mesmo junto aos órgãos de proteção ao crédito.
Sendo estes, pois, os fatos trazidos a exame, entendo por de pronto acolher
a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela empresa recorrente, visto
que a mesma não se confunde com o Banco do Brasil S/A, real responsável
pela contratação e administração do referido cartão de crédito, pelos dados
de seus clientes, pelos débitos lançados nas faturas, pelas cobranças em
caso de inadimplemento, etc, sendo que a empresa recorrente apenas auxilia
a gestão dos negócios do referido banco quanto ao seu sistema de cartões
e processamento de dados, não tendo autorização contratual para lançar
dívidas e estornar valores.
Entende o douto Arruda Alvim que ‘estará legitimado o autor quando for
o possível titular do direito pretendido, ao passo que a legitimidade do réu
decorre do fato de ser ele a pessoa indicada, em sendo procedente a ação,
a suportar os efeitos oriundos da sentença’.
( )
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Se isso não bastasse, observo ainda que a causa de pedir constante da queixa
apresentada pelo autor da ação consubstancia-se apenas na injusta negativação
do nome do mesmo junto aos órgãos de proteção ao crédito pelo Banco do Brasil
S/A e não pela recorrente, situação essa que, por tratar de situação análoga,
faz incidir o entendimento jurisprudencial segundo o qual “Constatando-se
que a negativação junto aos órgãos de proteção ao crédito foi realizada única
e exclusivamente a pedido da BB – Administradora de Cartão de Crédito S/A,
impõe-se o reconhecimento da ilegitimidade passiva ad causam da Visa do Brasil
Empreendimentos Ltda” (TJDF, 5ª Turma Cível, Apelação nº 2001.01.1.074683-
9, Relª. Desª. Haydevalda Sampaio, j. 24/05/2004, DJ 02/09/2004).
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É o relatório.
Frise-se que o pleito do dano moral está escudado nestes dois fatos acima
delineados.
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A meu sentir, deveria o autor em sua queixa perseguir não somente por uma
sentença declaratória que declarasse abusiva tal prática, mas que buscasse,
em razão da cobrança indevida, a repetição de indébito do que pagou em
razão da antecipação imotivada da dívida, mas preferiu o recorrente esme-
rasse em pedir as indenizações materiais e morais.
Na lição de Sérgio Cavalieri Filho, “só deve ser reputado dano moral, a dor,
vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo à normalidade, interfira
intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe
aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem estar. Mero dissabor, aborre-
cimento, mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada estão fora da órbita
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A sentença monocrática não merece reparo, razão pela qual nego provimento
ao recurso e condeno a recorrente ao pagamento das custas processuais
já satisfeitas e no pagamento de honorários advocatícios a razão de 10%
sobre o valor dado à causa.
É como voto.
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É COMO VOTO
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É o relatório.
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Decido.
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contra-
tuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
( )
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É como voto.
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Consta dos autos que recebeu proposta de quitação de dívida junto à pri-
meira demandada, no valor de R$95,21 (noventa e cinco reais e vinte e
um centavos) que poderia ser pago pelo valor de R$ 71,41 (setenta e um
reais e quarenta e um centavos) em qualquer agência do Banco Itaú até
o dia 29/03/2007. Afirmou que o pagamento foi realizado na agência do
banco demandado e, mesmo com o pagamento, seu nome foi incluído nos
cadastros dos órgãos de proteção ao crédito.
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No entanto, identifico nos autos que mesmo que não fosse apenas pelo
motivo da demissão, não caberia indenização por danos morais à autora,
uma vez que o documento de fls. 19 atesta que a demandante possuía
outras restrições em seu nome.
É como voto.
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É COMO VOTO
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Por outro lado, a recorrente não logrou desincumbir-se de seu ônus pro-
cessual de comprovar a existência do débito imputado ao recorrido, visto
que nada trouxe aos autos que comprove haver a seguradora efetuado o
pagamento de encargos locatícios devidos pelo locatário recorrido a seu
respectivo locador.
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o recorrido nada devia a seu locador, nada havendo nos autos que permita
concluir que a inexistência de débito do locatário decorria do pagamento
dos encargos contratuais pela seguradora.
Recurso........ : 03174/2010
ORIGEM..........: JUIZADO ESPECIAL CIVEL – VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
PROCESSO......: 00842/2010
RECORRENTE..: LOJAS RIACHUELO S/A
ADVOGADA.....: FABIO JOSÉ OLIVEIRA OSÓRIO
RECORRIDO....: ANTONIO MANOEL DOS SANTOS
ADVOGADO.....: ELISANGELA AMORIM DE MEDEIROS MELO
Relator.......... : JUIZ – ODILON DE OLIVEIRA NETO
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Sem preliminares.
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Ora, se o demandado não questionou tal valor, este deve ser o da condena-
ção. O que não se pode é privilegiar o devedor, em detrimento dos demais
condôminos.
É como voto.
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Consoante restou provado nos autos desde que o imóvel da autora foi cons-
truído a mesma utiliza o beco como acesso a sua residência, com autorização
da sua falecida vizinha, não existindo notícia nos autos, se a autorização foi
concedida a título gratuito ou oneroso. No entanto, descabe após a realização
da venda esta indagação por parte do comprador.
Alegou que a autora pode adentrar no seu imóvel, através da casa de sua
ex-sogra. Que não necessita passar por sua propriedade.
No entanto, direito não assiste as assertivas do réu, uma vez que o imóvel
da autora encontra-se encravado, impondo-se o reconhecimento do instituto
de passagem forçada. Certamente, não seria possível a passagem da autora
através do interior da residência de sua ex-sogra.
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“Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou
porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizi-
nho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.”
Não procede a informação que a Sra. Lígia Ferreira, não estivesse em pleno
gozo de suas faculdades mentais, quando autorizou a utilização do beco para
acesso a residência da autora. Ademais, se a mesma, estivesse com incapa-
cidade civil, o Sr. Ivo poderia ter ingressado em juízo com a medida cabível
para impugnar a autorização, visto que tinha conhecimento do acesso da
autora. Segundo consta no seu depoimento visitava mensalmente a sua irmã.
Ademais, no que pese o Sr. Ivo informar que o imóvel pertence a cinco
herdeiros, o documento de fls. 04 não faz prova de suas assertivas, vez
que desprovido de assinaturas. Existindo, somente no recibo de pagamento
da cessão do imóvel sua assinatura, sem referencia aos demais herdeiros.
É COMO VOTO.
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Direito Material
Insurge-se autora, ora recorrente, contra a sentença que julgou extinto sem
apreciação do mérito os pedidos constantes dos itens 1, 2 e 6 da inicial e,
quanto aos pedidos de danos morais e matérias, julgou-os improcedentes.
Em suas razões recursais pugna pela reforma total da sentença para dar
procedência aos seus pleitos iniciais.
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direito à reparação por danos morais. No plano do dano moral não basta o
fato em si, mas a prova de sua repercussão, prejudicialmente moral.
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Decido.
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É como voto.
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De logo, afasto a preliminar suscitada, uma vez que não cabe nestes autos
a análise da regularidade das atas da Assembléia Geral do Condomínio. Por
outro lado, na audiência inaugural ele esteve representado por sua síndica,
acompanhada de advogada. E na audiência de instrução e julgamento esteve
representado por administradora especialmente designada em assembléia
geral, bem como por sua advogada, tendo, inclusive, apresentado contes-
tação. Não resta dúvida, portanto, a respeito do esforço do demandado em
atender o chamamento judicial e produzir a defesa correspondente.
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Com efeito, não há qualquer prova de que tenha a polícia sido chamada pela
administração ou funcionário do recorrido. Nenhum dos depoimentos aponta
nesse sentido. Além disso, a testemunha LEONARDO BEZERRA LEAL, arrola-
da pela própria recorrente, disse ter saído da festa por volta de 01: 30h da
manhã, ouvindo dizer que “alguns condôminos haviam reclamado da festa”.
É como voto.
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Direito Material
6. PLANO DE SAÚDE
Em resumo aduz que o “o material solicitado pela autora, qual seja, im-
plante de lente intra-ocultar, dá à seguradora o atendimento aos pedidos
abusivos, desnecessários e/ou que não se enquadrem nas condições gerais
e particulares do seguro”.
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É o relatório.
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A recorrente, SUL AMÉRICA SEGURO SAÚDE S/A., não deu causa ao remar-
cação da cirurgia, que deixou de ocorrer porque a autorização (fls. 50), que
atendia à solicitação original (fls. 48) não correspondia ao procedimento que
agora, na hora da cirurgia, se pretendia realizar.
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Direito Material
Neste aspecto, tenho que a decisão recorrida merece reforma para julgar
improcedente o pedido de indenização por danos morais.
É COMO VOTO.
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Direito Material
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“O art. 10, § 4º, da Lei nº 9.656/98, por sua vez, não admite a interpreta-
ção pretendida pela recorrente, no sentido de que apenas os tratamentos
incluídos em rol elaborado pela Agência Nacional de Saúde são passíveis de
cobertura, pois esse entendimento destoa de toda a finalidade da norma
protetiva, afronta os princípios do Código do Consumidor, e, ademais, ofen-
de o princípio da reserva legal, sendo inadmissível que Resoluções e Instru-
ções de órgão público contrariem a lei ordinária. Essas normas tem função
meramente regulamentadoras e podem dispor, nos limites da lei, sobre a
forma de aplicação do direito, porém sem contradizer ou ultrapassá-la.
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Assim, o fato de o exame requerido pelo autor não estar incluído nessa lista,
por si só não autoriza a negativa à sua cobertura, cumprindo se aferir se
sua exclusão foi informada ao consumidor e, ainda, se está incluída entre as
exceções permitidas pela Lei. Anote-se que mesmo a lista de procedimentos
da ANS é aberta a complementações, com vistas a acompanhar os avanços
da medicina, sendo revista periodicamente. Não pode o consumidor, contu-
do, necessitando de tratamento, ficar à mercê do prazo necessário para o
trâmite de procedimentos administrativos da agência, para fins de inclusão
do tratamento recomendado por seu médico assistente nesse rol”.
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Direito Material
Ademais, se tudo isso não bastasse, conforme inclusive já definido pelo STJ
(REsp nº 668.126/SP), se a patologia está coberta, cabe ao médico e não ao
plano de saúde escolher qual o tipo de exame ou tratamento a ser realizado
visando o seu diagnóstico e a sua respectiva cura, constituindo qualquer
restrição a isso prática abusiva por colocar em risco a própria saúde e vida
do consumidor.
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3. Sentença mantida.
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Do dano moral.
É como voto.
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Direito Material
Desta feita, tenho que a cláusula que limita o valor do reembolso pretendido
pelo recorrido só teria validade se, havendo anestesista conveniado à recor-
rente, tivesse aquele procurado um profissional fora da rede credenciada, o
que, no entanto, não é a hipótese dos autos.
Assim, tenho que a recorrente não cumpriu com a sua obrigação primordial
de garantir atendimento integral ao recorrido no momento da cirurgia rea-
lizada pela filha deste, tendo este, por força da inexistência de anestesista
conveniado ao seu plano de saúde, sido obrigado a procurar atendimento
fora da rede credenciada, não havendo como admitir validade à indigitada
cláusula contratual, sob pena de vulneração do princípio da boa-fé e de
enriquecimento ilícito por parte da recorrente, a qual recebe o pagamento
das respectivas mensalidades e não presta de forma suficiente e satisfatória
o respectivo serviço de assistência médica.
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Nesse exato sentido, inclusive, já decidiu este órgão recursal, verbis: “Seguro
saúde. Valor do reembolso de despesas médicas com anestesista. Ausên-
cia de médico pertencente à rede referenciada, restando o segurado sem
opção de escolha e sendo levado a contratar serviço de médico particular.
Situação excepcional que autoriza afastar a incidência da cláusula de limi-
tação de reembolso e impõe a condenação da seguradora a proceder com
o reembolso integral. Complementação devida. Recurso improvido” (10ª
Turma Recursal, Recurso nº 841/2007, Relª. Juíza Virgínia Gondim Dantas
Rodrigues, j. 10/05/2007).
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Assim, nos termos do art. 51, IV, do Código de Defesa do Consumidor, tal
qual o juiz sentenciante, reconheço a nulidade da cláusula que prevê o au-
mento das mensalidades do plano pela troca de faixa etária após 60 anos,
e faço isto como forma de preservar-se o princípio da boa-fé e o equilíbrio
das relações jurídicas.
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Por fim, destaque-se que não se está aqui alçando o idoso a condição que
o coloque à margem do sistema privado de planos de assistência à saúde,
porquanto estará ele sujeito a todo o regramento emanado em lei e decor-
rente das estipulações em contratos que entabular, ressalvada a constatação
de abusividade que, como em qualquer contrato de consumo que busca
primordialmente o equilíbrio entre as partes, restará afastada por norma de
ordem pública. Recurso especial não conhecido.
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Assim, o que não for pertinente ao reajuste referente a alteração dos gru-
pos etários, o usuário deverá se submeter ao reajustes normais dos planos
de saúde.
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Insta registrar que o art. 5°, XXXVI, da CF, estabelece que a ‘lei não preju-
dicará’ o ‘ato jurídico perfeito’. Todavia, a irretroatividade da Lei não admite
caráter absoluto, pode ser mitigada, como leciona ARNOLDO WALD: “A dou-
trina fez uma distinção fecunda entre a retroatividade máxima, que alcança
o direito adquirido e afeta negócios jurídicos findos; a retroatividade média,
que alcance direitos já existentes, mas ainda não integrados no patrimônio
do titular e a retroatividade mínima, que se confunde com o efeito imediato
da lei e só implica sujeitar à lei nova conseqüências a ela posteriores de atos
jurídicos praticados na vigência da lei anterior” (Curso de Direito Civil Brasi-
leiro, 5ª ed., vol. I, São Paulo, Ed. Revista dos Tribunais, 1987, p. 82).
162
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No caso dos autos, não se nega que o contrato de plano de saúde firmado
entre as partes prevê expressamente o reajuste da mensalidade por faixa
etária, com reajuste no percentual de 82,43%, para os usuários que com-
pletarem 60 anos (cláusula 13.1).
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À propósito, confira-se:
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A Policlínica Santa Clara Ltda, por seu turno, argüiu preliminarmente a sua
ilegitimidade passiva ao argumento de que não mais administra mais o plano
de saúde, atuando apenas como prestadora de serviços médico-hospitalares.
Não custa salientar que as xerocópias dos docs. de fl. 12 (Plano Familiar-
Contrato de Serviços Médicos, datado de 21.03.1996), fl. 14 (Ficha Cadas-
tral Integrante do Contrato, datado de 21.03.1996) e fls. 17/18 (Proposta
Cadastral de Contratação, emitido em 24.10.2003), além de quase ilegíveis,
naquilo que se pode ler, não consta respaldo para a pretensão da autora.
169
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É como voto.
7. SEGUROS E DPVAT
170
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No mérito, decido.
O sinistro ocorreu no dia 03 de março de 2008, após a lei que fixou a in-
denização em reais e anteriormente ao estabelecimento, por lei, de tabela
com graduação de lesões para efeito de indenização.
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Ora, não seria lógico imaginar que tal valor – do veículo zero-quilômetro –
na tabela de preços seja significativamente menor do que o valor constante
da nota fiscal apresentada pela recorrida para viabilizar a contratação do
seguro, guardadas as mesmas características. A uma, porque se assim
fosse, ocorreria grave lesão à ordem econômica e consumerista; a dois,
colocaria sob séria desconfiança o sistema securitário brasileiro em relação
a automóveis, por não realizar cobertura integral de risco.
174
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A Sentença (fls. 39/41) extinguiu o presente feito sem análise de mérito, por
incompetência deste Juizado, em razão da complexidade da causa.
175
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Desta forma, voto pelo provimento parcial do recurso inominado autoral, para
determinar que a seguradora pague ao autor a importância de R$7.560,00,
com as devidas correções legais, ou seja, atualização monetária a partir de
10/08/2009, pela tabela do Encoge, cuja data foi do pagamento administra-
tivo e incorrendo juros de mora de 1% ao mês, a partir da citação regular,
até o efetivo pagamento.
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177
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Contra-razões inexistem.
DECIDO.
178
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É como voto.
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Aduz o recorrente, que o feito não poderia ter sido extinto com resolução
do mérito porque não seria a hipótese de aplicação do prazo previsto pelo
art. 206, §3, IX do Código Civil Brasileiro, a seguir transcrito :
( )
§ 3º em três anos:
( )
180
Direito Material
Explicou que, não obstante tratar-se de seguro obrigatório, não seria o caso de
seguro de responsabilidade civil. E isto porque seguro de responsabilidade civil,
segundo o recorrente, seria aquele em que é garantido o pagamento de perdas
e danos devidos pelo seguro a terceiro. Aduziu ainda que, “( ) se o art. 927 do
Código Civil estabelece que a obrigação de reparar surgirá quando for praticado
ato ilícito que causa danos a outrem, sendo que ato ilícito é a ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, que viola direito e causa dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral não é razoável pretender que um seguro que
garanta a indenização mediante simples prova do acidente e do dano sem per-
querir acerca do causador ou do responsável pelo sinistro seja considerado como
de responsabilidade civil.” Por fim, requereu a procedência da ação.
Contrarrazões apresentadas.
181
Direito Material
Dessa forma, entendendo não haver razões para alteração do decisum, voto,
pois, pelo IMPROVIMENTO DO RECURSO, e conseqüente manutenção da
sentença por seus próprios fundamentos.
É como voto.
Recurso........ : 00412/2010
ORIGEM..........: IV JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – RECIFE.
PROCESSO......: 04405/2009
RECORRENTE..: RAFAEL PEREIRA DA SILVA.
ADVOGADO.....: ROSELANE M. BARBOSA.
RECORRIDO....: SEGURADORA LIDER DOS CONSÓRCIOS DE SEGURO DPVAT.
ADVOGADO.....: ROSTAND INACIO DOS SANTOS.
Relator.......... : JUIZ J. J. FLORENTINO DOS SANTOS MENDONÇA.
182
Direito Material
É o relatório.
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184
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“() 2. É a Lei nº 6.194/74, em seu inciso “b”, art. 3º, que fixa o valor do prê-
mio a ser pago em até 40 salários mínimos em caso de invalidez decorrente
de acidente automobilístico, e não será um normativo qualquer que terá o
condão de substituí-la, eis que vige em nosso sistema legal-constitucional o
princípio da hierarquia das normas. 3. A Lei 6.195/74 não utilizou o salário-
mínimo como indexador nem como índice de correção monetária para fins
de indenização do seguro dpvat, apenas o fixou como parâmetro a ser
seguido, mero critério de apuração, não havendo ofensa ao texto constitu-
cional. 4. Indenização securitária feita a menor. Diferença que impõe seu
pagamento na forma estipulada no decisum, cuja manutenção se impõe
por seus próprios e jurídicos fundamentos. Recurso conhecido e improvido.
Sentença mantida” (TJDF – ACJ 20060110431553 – 2ª T.R.J.E. – Rel. Des.
Alfeu Machado – DJU 17.11.2006 – p. 174).
185
Direito Material
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187
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É o relatório.
Quanto ao mérito.
Verifica-se dos autos, que a autora propôs a presente demanda, uma vez que
o seguro DPVAT havia sido pago ao filho do sinistrado, seu ex-companheiro,
o qual havia feito uma declaração falsa de único herdeiro, obtendo o paga-
mento integral do referido seguro
Nesse sentido:
188
Direito Material
Com efeito, como a própria autora afirmou ter o falecido deixado filho, tem
ela o direito de 50% do valor do seguro.
Assim, por essa razão a autora faz jus a indenização do seguro DPVAT no
montante de 50% de 40 salários mínimos vigentes época do pagamento, o
que perfaz o valor de R$10.200,00 (dez mil e duzentos reais), pois a segura-
dora não teve o cuidado necessário na análise da documentação necessária
por ocasião do pagamento ao filho do falecido.
A sentença monocrática não merece reparo, razão pela qual nego provimento
ao recurso, razão pela qual condeno as recorrentes ao pagamento de custas
processuais, já satisfeitas, e honorários advocatícios de 20% sobre o valor
da condenação.
É como voto.
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Direito Material
Enfim, asseverou que, por conseqüência, como não ocorreu um risco co-
berto, a r. sentença de primeiro grau deve ser mantida, pois o recorrente
efetivamente não faz jus à indenização securitária.
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Aviso prévio. Baixa na CTPS. A data de saída a ser anotada na CTPS deve
corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado.
191
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Com efeito, embora ocorrido ainda no prazo de dois anos após a contratação
do seguro, nada nos autos permite concluir que houve a premeditação da
segurada em contratar o seguro para, algum tempo depois, ceifar a própria vida
para incorrer na cobertura securitária e proporcionar o recebimento da indeni-
zação pelos beneficiários, considerando, que, em regra, o suicídio presume-se
um ato de inconsciência, de desequilíbrio ou de perturbação mental, e não um
ato conscientemente voluntário e deliberado, importando destacar, inclusive,
que, no caso em apreço, a segurada era portadora de transtorno depressivo,
o que reforça o caráter inconsciente, involuntário e não premeditado de sua
conduta fatal, ensejando, por isso, a indenização securitária.
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Relatório.
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Voto.
No mérito.
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195
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É como voto.
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DECIDO.
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MÉRITO.
O seguro DPVAT foi criado pela Lei n.º 6.194/74, obrigando a todos pro-
prietários de veículos automotores de via terrestre a pagarem prêmio, ga-
rantindo às vítimas de acidentes com veículos recebimento de indenizações
em caso de morte e invalidez permanente, além do reembolso das despe-
sas médicas e hospitalares.
O art. 3º da mencionada lei, por sua vez, estabelece o valor das indeniza-
ções por morte e invalidez permanente em “40 (quarenta) vezes o valor do
maior salário-mínimo vigente no País”, in verbis:
Mencionada lei foi alterada pela Lei n.º 11.482/2007, atribuindo, em seu art.
8º, novo valor para indenizações em caso de invalidez permanente, de R$
13.500,00, que é aplicável aos acidentes ocorridos após 29.12.2006, quando
entrou em vigor a Medida Provisória n.º 340/2006, convertida na referida lei.
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Contrarrazões apresentadas.
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É como voto.
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8. SERVIÇOS DE TELEFONIA
Aduz em suas razões (fls. 94/96), em suma, que a juíza sentenciante dei-
xou de observar as faturas de consumo acostadas aos autos (fls. 03/13),
não percebendo a efetivação da cobrança em duplicidade e a veracidades
de suas alegações, tendo em vista que em uma de suas faturas a re-
corrida declara que o plano é o CLARO Controle R$ 35,00 e que, apesar
disso, em maio houve duas cobranças e em junho uma cobrança em valor
duplicado, apesar de seus questionamentos e inúmeros protocolos. Diz
ter sido o seu nome inscrito indevidamente nos órgãos de proteção ao
crédito, pois já havia migrado para o plano CLARO CARTÃO. Pede, enfim,
o provimento do recurso para condenar a orecorrida a indenização por
danos morais e materiais.
204
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cliente passa apenas a receber ligações. Diz que após o período de carência
o autor pode migrar ou rescindir o contrato, bem assim que o próprio autor
foi quem requereu a migração da sua linha para a modalidade pré-paga em
04/08/2008. Por fim ressalta que as faturas questionadas e vencidas entre
os meses de junho a setembro são devidas em virtude do efetivo consumo
e que não houve qualquer falha na prestação do serviço. Pede, enfim, o
não provimento do recurso.
É o relatório.
205
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É como voto.
Consta dos autos que a empresa recorrida deixou de inserir na linha telefônica
celular da recorrente os créditos oriundos de seu plano telefônico pré-pago.
206
Direito Material
Nesse sentido, inclusive, já decidiu o STJ que “se a descrição dos fatos
para justificar o pedido de danos morais está no âmbito de dissabores, sem
abalo à honra e ausente situação que produza no consumidor humilhação
ou sofrimento na esfera de sua dignidade, o dano moral não é pertinente”
(REsp 554.876/RJ, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, 3ª Turma, j.
17/02/2004, DJ 03/05/2004, p. 159).
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208
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Contra-razões apresentadas.
209
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Vale ressaltar que não foram adotados os cuidados necessários pela empresa
recorrente no que tange ao cancelamento do contrato que não se conso-
lidou. É que houve a ausência de interesse da recorrida em firmar o pacto
contratual em decorrência da indisponibilidade do aparelho anunciado no
momento da compra e quando da sua conduta resulta lesão a alguém se
impõem a responsabilidade civil.
210
Direito Material
“O dano moral não pode mais ser conceituado como a dor, mas sim
como a violação antijurídica da esfera extrapatrimonial da pessoa, ou
com o atentado à dignidade humana”. (Bittar Filho, Carlos Alberto,
Dano Moral nas Relações de Consumo: uma abordagem jurispruden-
cial – São Paulo: IOB thomson, 2005, p-139).
211
Direito Material
Assim, por entender não merecer reforma a peça sob ataque, VOTO pelo
IMPROVIMENTO DO RECURSO, para manter em sua integralidade a sentença
rechaçada e condenar o recorrente aos pagamentos das custas processuais
e honorários advocatícios em 20% sobre o valor da condenação.
212
Direito Material
213
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É como voto.
214
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Como bem colocado pela juíza sentenciante a recorrente não trouxe prova
de que informou ao recorrido/consumidor de que não poderia proceder,
reiteradamente, a ligações inferiores a três (3) segundos, sob pena de
configurar mau uso do serviço contratado.
215
Direito Material
È como voto
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Direito Material
218
Direito Material
Por outro lado, embora essa questão por si só não configure o dano moral,
o desdobramento dela, inclusive com a necessidade de uma decisão judicial
para o restabelecimento do serviço, resultou em prejuízo dessa natureza.
Cabe, portanto, a confirmação da sentença, inclusive em relação ao montante
indenizatório estipulado, pois não atacado pela recorrente.
É como voto.
219
Direito Material
220
Direito Material
“O dano moral não pode mais ser conceituado como a dor, mas sim como a violação
antijurídica da esfera extrapatrimonial da pessoa, ou com o atentado à dignidade
humana”. (Bittar Filho, Carlos Alberto, Dano Moral nas Relações de Consumo: uma
abordagem jurisprudencial – São Paulo: IOB thomson, 2005, p-139).
221
Direito Material
222
Direito Material
Contra-razões apresentadas.
223
Direito Material
224
Direito Material
A indenização por danos morais visa não somente reparar, ainda que minima-
mente, os danos experimentados pela vítima, mas também, servir como fator
de desestímulo ao agente, de forma a inibir a prática de novos atos lesivos.
225
Direito Material
Assim, por entender não merecer a peça sob ataque reforma, VOTO
PELO IMPROVIMENTO DO RECURSO, para manter intocável a sentença
hostilizada. Condeno ainda a recorrente aos pagamentos das custas
processuais e honorários advocatícios que os fixo em 20% sobre o valor
da condenação.
226
Direito Material
A sentença não merece reparo. No caso em tela, percebe-se que a linha tele-
fônica foi habilitada sem a devida conferência da documentação, nem consulta
através de contatos telefônicos dos dados apresentados, demonstrando a falha
no procedimento adotado pela recorrente, que permitiu a habilitação da linha
por terceiro utilizando o nome da recorrida, que, por fim, sofreu os efeitos de
tal procedimento, passando pelo constrangimento de receber contas indevidas,
com as conseqüências decorrentes de tal circunstância, sendo reconhecido
o dano de natureza moral.
227
Direito Material
228
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RAZÕES DO VOTO
229
Direito Material
O art. 18, do CDC, não trata de danos morais, e sim de danos materiais.
O dano moral é objeto dos arts. 12, 13 e 14, do CDC, os quais tratam da
“Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço”.
O art. 13, do CDC, por sua vez aponta que o comerciante ou fornecedor
só será responsabilizado quando o fabricante não puder ser identificado, o
que, no caso em questão, não ocorre, porque a Nokia, condenada solida-
riamente, é a fabricante do produto.
230
Direito Material
Com efeito, consta dos autos que a recorrente, por duas vezes, nos dias
09/06/2007 e 26/06/2007, suspendeu o fornecimento de energia elétrica à
residência da recorrida em face do pretenso não pagamento da fatura com
231
Direito Material
232
Direito Material
Em suas razões recursais (fls. 61/75), o recorrente, sustentou que não foi
comprovada a inclusão do nome da autora no cadastro do SPC, portanto,
não se justifica o pagamento dos pleiteados danos morais. Nesse sentido,
requer o provimento do presente apelo, para reformar totalmente a sen-
233
Direito Material
Do mérito.
Por outro lado, consta às fls 41, documento que comprova a inscrição da
recorrida nos serviços de proteção ao crédito, sem que tenha sido notifica-
da da existência do débito pendente em seu nome ou do seu valor, como
também sem ter havido qualquer notificação pelo banco ou pelo SPC acer-
ca da inclusão do seu nome em cadastro restritivo de crédito.
234
Direito Material
É como voto.
235
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236
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Voto
Mérito
237
Direito Material
Vale também lembrar que o parágrafo único do art. 927 do novo Código Civil
também estabelece que haverá obrigação de reparar o dano, independen-
temente da existência de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando
a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem.
É que por danos morais, convém esclarecer que, por dano moral, entende-se
aquele que atinge o patrimônio imaterial da pessoa, sua paz de espírito, sua
reputação, sua honra, sua imagem, seu brio e seu âmago. É aquele que aflige
a moralidade e a afetividade da pessoa, causando-lhe constrangimentos,
repercutindo em seus sentimentos internos ou no seu recôndito do espírito,
dispensando a experiência humana qualquer espécie de exteriorização a título
de prova, o que se revela diante das próprias evidências que circundam o
evento dito danoso.
238
Direito Material
239
Direito Material
“O dano moral não pode mais ser conceituado como a ‘dor’, mas sim como
a violação antijurídica da esfera extrapatrimonial da pessoa, ou como o
atentado à dignidade humana” (Bittar Filho, Carlos Alberto, Dano Moral nas
Relações de Consumo: uma abordagem jurisprudencial – São Paulo: IOB
Thomson, 2005, p-139).
240
Direito Material
“Ao optar por fazer decorrer o dano moral dos sentimentos de dor e humi-
lhação, das sensações de constrangimento ou vexame, teve a jurisprudência
acertada intuição acerca de sua real natureza jurídica. Normalmente, o que
nos humilha, ofende, constrange, o que nos magoa profundamente, é justa-
mente o que fera a nossa dignidade. O dano moral tem como causa a injusta
violação a uma situação jurídica subjetiva extrapatrimonial, protegida pelo
ordenamento jurídico através da cláusula geral de tutela da personalidade
em que foi instituída e tem sua fonte na Constituição Federal, em particular
e diretamente decorrente do princípio (fundante) da dignidade da pessoa
humana (também identificado como princípio geral de respeito à dignidade
humana). Assim, no Brasil, é a ordem constitucional que está a proteger os
indivíduos de qualquer ofensa (ou ameaça de ofensa) à sua personalidade.
A ofensa tem como efeito o dano propriamente dito, que pode ser das mais
variadas espécies, todas elas”. ensejadoras”. de repercussão sem qualquer
conteúdo econômico imediato, recondutíveis sempre a aspectos persona-
líssimos da pessoa humana – mas que não precisão classificar-se como
direitos subjetivos – e que configuram, em ultima ratio, a sua dignidade.”
(idem, ibidem, p. 132-133).
Do valor da indenização
241
Direito Material
A indenização deve, pois, ser fixada em termos razoáveis, posto que pro-
porcionalmente vinculada ao grau de culpa, ao porte financeiro das partes
e as peculiaridades de cada caso, devendo ainda ter caráter reparatório,
relativamente à vítima, e punitivo, quanto ao ofensor, como se recomenda
em boa doutrina (CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA, in “Responsabilidade
Civil”, nº 45, p. 42, RJ, 1989).
242
Direito Material
Assim, entendo que o valor fixado na sentença recorrida, atendeu aos prin-
cípios da sensatez, moderação, eqüidade e foi compatível com a fortuna
da recorrente.
Posto isso, meu voto é pelo conhecimento do recurso para negar provimento ao
mesmo. Condeno a recorrente ao pagamento das custas processuais. Deixo de
condenar o recorrente ao pagamento de honorários advocatícios haja vista que
o recorrido não se fez representar por advogado no segundo grau de jurisdição.
É como voto.
243
Direito Material
244
Direito Material
245
Direito Material
Diante das razões supra elencadas, voto pelo parcial provimento do recurso
em tela, para reduzir a verba indenizatória ao patamar de R$ 3.000,00 (três
mil reais) corrigida pela tabela do ENCOGE e acrescida de juros de 1% ao
mês a partir desta data. Sem condenação em verba honorária.
É como voto.
246
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Contra-razões apresentadas.
247
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É como voto.
248
Direito Material
249
Direito Material
Do fato, pode-se concluir ter havido para a recorrida lesão em seu íntimo,
seu patrimônio espiritual e/ou moral. Foi ela destinatária de constrangimen-
to, decepção, humilhação e/ou stress visível, suscetibilizando a ocorrência
do pagamento da indenização por danos morais à sua pessoa já que o
simples recebimento de cobrança indevida é insignificante para atingir
quaisquer dos sentimentos próprios e íntimos do indivíduo, não passando
de um simples e momentâneo dissabor do dia-dia. Assim, entendo que
restou caracterizado o dano moral alegado, devendo ser mantida a sentença
por seus próprios fundamentos.
É como voto.
250
Direito Material
Em suas razões recursais, o recorrente, não trás aos autos qualquer ar-
gumento novo. Insiste, mormente na assertiva de que “o imóvel nunca
foi habitado”.
251
Direito Material
É como voto.
252
Direito Material
253
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Por tudo ponderado entendo que a sentença merece ser modificada no que
tange a condenação do dano moral posto que a sra. Sonia Maria da Silva,
na condição de locadora do imóvel, apresenta-se como parte ilegítima para
pleitear o dano moral perseguido.
254
Direito Material
É como voto
255
Direito Material
Alega em suas razões (fls. 87/98), em suma, que o débito cobrado, bem
como a inscrição nos órgãos de proteção ao crédito são devidos, pois a
autora foi usuária/proprietária do imóvel, não tendo, até então, solicitado,
administrativamente, mudança de titularidade nas faturas de consumo, sendo
o fato de residir como proprietária no imóvel é mais do que suficiente para
ensejar a responsabilidade da recorrida sobre as faturas de água e esgoto
cobradas, sendo referida obrigação de natureza propter rem. Diz inexistirem
os danos morais arbitrados, constituindo-se mero aborrecimento. Enfim
diz que entre o pagamento com atraso da fatura e a retirada do nome da
autora do SPC é mínimo. Pede, ao final, o provimento integral do recurso
ou, alternativamente, a redução da quantia arbitrada.
256
Direito Material
É o relatório.
Assim, enquanto a recorrente afirma ser a autora usuária dos serviços por
ela fornecidos em face da matrícula do imóvel que objetivou a restrição, a
autora nega qualquer relação contratual com a COMPESA.
Dessa forma, comprovado o ato ilícito e o nexo causal o dano moral está
devidamente comprovado. E, diga-se de passagem, cuida-se de dano
moral puro.
257
Direito Material
A sentença monocrática não merece reparo, razão pela qual nego provimento
ao recurso. Condeno a recorrente no pagamento das custas processuais e
nos honorários advocatícios à razão de 20% sobre o valor das condenações.
É como voto.
258
Direito Material
Com efeito, entendo por reformar a sentença proferida pelo juízo de primeiro
grau por entender desnecessária a realização de qualquer prova pericial para
o deslinde da causa, tal como fundamentação de mérito que adiante segue.
E, nos termos da teoria da causa madura prevista no art. 515, § 3º, do CPC,
cuido julgar o feito em seu mérito.
Consta dos autos que a recorrente efetua o pagamento regular de suas fa-
turas de consumo de água e que, mesmo assim, não usufruir do respectivo
serviço, tal como demonstrado através da prova testemunhal produzida ao
ensejo da audiência de instrução e julgamento (art. 333, I, do CPC), não
tendo a empresa recorrida produzido nos autos qualquer prova no sentido
de demonstrar que, ao contrário do alegado pela recorrente, presta a esta
regularmente e de forma contínua o respectivo serviço de fornecimento de
fornecimento de água à residência da mesma (art. 333, II, do CPC).
259
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260
Direito Material
RELATÓRIO.
Alega em sede de preliminar que não pode ser responsável pelo ressarci-
mento uma vez que o art. 60 da lei nº 11.101/2005, isenta o adquirente em
alienação decorrente de recuperação judicial de qualquer ônus.
Voto
Da preliminar.
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Rejeito a preliminar argüida, pois, embora haja previsão legal que impede a su-
cessão de obrigação no caso de aquisição de unidade produtiva em recuperação
judicial, no caso, há expressa previsão no anexo II, item II, “a”, do edital de
alienação judicial, que o adquirente assumiria a responsabilidade e as obrigações
decorrentes dos “Transportes à executar”. Assim, é de responsabilidade do recor-
rente executar o transporte referente às passagens compradas pela recorrida ou
restituí-la do seu valor. Por isso meu voto é pela rejeição de preliminar.
Mérito
No caso, observa-se que o recorrente indica como ponto central de sua irre-
signação à decisão recorrida a falta de nexo de causalidade entre o alegado
ato ilícito por ela praticado e o dano suportado pela recorrida.
262
Direito Material
Posto isso, meu voto é pelo conhecimento do recurso para negar provimento
ao mesmo. Condeno o recorrente ao pagamento das custas processuais.
Deixo de condenar o recorrente ao pagamento de honorários advocatícios
haja vista que o recorrido não se fez representar por advogado no segundo
grau de jurisdição.
É como voto.
263
Direito Material
DECIDO
1. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
2. MÉRITO
264
Direito Material
“Aquele que por ato ilícito causa dano a outrem fica obrigado de
repará-lo”.
265
Direito Material
É o relatório.
266
Direito Material
celamento ser atribuída aos seus agentes. Na hipótese a relação jurídica que
serve de lastro ao litígio além de ter natureza privada e reclamar responsa-
bilidade objetiva, não autoriza interpretação extensiva a ponto de justificar
o chamamento da União ao processo.
267
Direito Material
268
Direito Material
269
Direito Material
270
Direito Material
No mérito, argumenta que não foi responsável pelo atraso, pois tal fato de-
correu de caso fortuito ou força maior, qual seja a chamada operação padrão
realizada pelos controladores de vôo, inexistindo, destarte fato ilícito que
possa ser atribuído à recorrente, não se podendo imputar responsabilidade
objetiva de forma irrestrita à demandada.
271
Direito Material
É o relatório.
Decido.
Cuido que o caso dos autos se refere à típica relação consumerista na qual
o autor, parte hipossuficiente, alega ter sofrido danos de ordem moral –
decorrente da má prestação do serviço de transporte aéreo contratado
perante a ré – bem como danos de ordem material.
272
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273
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274
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276
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277
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278
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É como voto.
279
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280
Direito Material
A respeito das despesas com passagens e táxi, elas não estão relacionadas
ao atraso de voo e seriam feitas de qualquer forma, independentemente
desse atraso. Daí o pleito relativo a elas não foi acatado na sentença, tendo
o demandante aceitado a decisão.
281
Direito Material
20% (vinte por cento) sobre a soma dos valores (devidamente atualizados)
das obrigações impostas a ela na decisão recorrida.
É como voto.
282
Direito Material
É o relatório.
283
Direito Material
aplicada a lei que melhor beneficie o consumidor, e nesse caso, a lei que be-
neficia o consumidor é o CDC, conforme disposto no art. 27 da lei específica.
Nesse sentido:
284
Direito Material
Passo ao mérito.
Não há qualquer dúvida quanto aos fatos alegados pelo autor em sua inicial,
mesmo porque cabe ao réu manifestar-se precisamente sobre todos os fatos
narrados na petição inicial, presumindo-se verdadeiros os fatos articulados
pelo autor e não impugnados (CPC, art. 302), como é o caso dos autos.
285
Direito Material
Ressalte-se que a manutenção das aeronaves deve ocorrer fora dos horários
de vôos previamente programados.
De outro lado, a indenização por danos morais foi arbitrada atende ao caráter
compensatório e punitivo que norteiam a fixação do quantum indenizatório
e condiz com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
A sentença monocrática não merece reparo, razão pela qual nego provimen-
to aos recursos, deixando de condená-los em honorários advocatícios de
sucumbência em razão da compensação, tendo as custas já sido satisfeitas.
É como voto.
286
Direito Material
287
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É o relatório.
Decido.
288
Direito Material
289
Direito Material
É COMO VOTO.
290
Direito Material
Na queixa, o autor alega que adquiriu na loja virtual denominada BETA SUL,
acessada por meio do SHOPPING UOL, de responsabilidade do demandado,
uma máquina fotográfica digital no valor de R$ 565,00, havendo pago in-
tegralmente esse valor mediante depósito bancário, sem que, no entanto,
tenha recebido a mercadoria.
291
Direito Material
292
Direito Material
Pois bem.
Entendo não ser indispensável à prova técnica, no caso, posto que a pro-
va apenas serve para firmar o convencimento do julgador e o prolator
da decisão recorrida entendeu desnecessária qualquer perícia para chegar
ao deslinde da questão. Por outro lado, verifica-se, nesses autos, que as
alegações e depoimentos dos próprios litigantes, bem como a prova docu-
mental produzida, afigura-se suficiente para o esclarecimento dos fatos e
293
Direito Material
Sem maiores delongas, não vejo como não manter in totum a sentença
recorrida.
294
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295
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296
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Contra-razões apresentadas.
Preliminares inexistem.
Mérito.
297
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298
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299
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300
Direito Material
301
Direito Material
A ré, na sua defesa, nega que o dito veículo tenha sido vendido a autora
com os vícios por ela apontados, frisando que a promovente age de má-fé,
pois o veículo saiu da loja em perfeitas condições de uso (tendo a promo-
vente examinado o veículo e constatado que o mesmo encontrava-se em
perfeitas condições de conservação e funcionamento), aduzindo também
que, se existem os defeitos mencionados pela demandante, esta contribuiu
para a ocorrência dos mesmos – fazendo uso indevido do bem.
Não há, assim, diante das provas produzidas pelas partes, como se alcançar
a elucidação desses pontos.
Aqui, para que se possa oferecer uma decisão correta, com os esclarecimentos
suficientes, é indispensável a realização de prova pericial. É impossível saber,
com os elementos de que se dispõe, se os defeitos efetivamente existiram, quais
as causas e a extensão dos mesmos, e há quanto tempo foram detectados.
Importa assentar, inclusive, que as partes sequer trouxeram aos autos algum
laudo técnico que pudesse servir de meio para, talvez, superar a ausência dos
esclarecimentos supra referenciados. Por corolário lógico, obstada é de se ter
qualquer conclusão acerca da responsabilidade que é imputada à recorrida.
Obrigatória, portanto, a apuração dos fatos com base em perícia que de-
manda certa complexidade, o que deságua na impossibilidade de admissão
do curso do presente feito em sede de Juizado Especial Cível, posto que,
nos termos da Lei nº 9.099/95, não se admite a realização de perícia no
procedimento dos Juizados.
302
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É COMO VOTO.”
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É como voto.
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309
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Contra-razões apresentadas.
310
Direito Material
Vale ressaltar ainda que não obstante nos parecer também ser sido lesada
a recorrente, é bom esclarecer que a falta dos cuidados necessários na
aprovação de cadastro constitui risco inerente a própria atividade comercial,
o que impõem-se a responsabilidade civil.
311
Direito Material
“O dano moral não pode mais ser conceituado como a dor, mas sim como a
violação antijurídica da esfera extrapatrimonial da pessoa, ou com o atentado
à dignidade humana”. (Bittar Filho, Carlos Alberto, Dano Moral nas Relações
de Consumo: uma abordagem jurisprudencial – São Paulo: IOB thomson,
2005, p-139).
312
Direito Material
Assim, por entender não merecer reforma a peça sob ataque, VOTO pelo
IMPROVIMENTO DO RECURSO, para manter em sua integralidade a sentença
rechaçada e condenar o recorrente aos pagamentos das custas processuais
e honorários advocatícios em 20% sobre o valor da condenação.
313
Direito Material
RAZÕES DO VOTO
314
Direito Material
Ainda que a recorrida tenha dito que ela própria encaminharia o seu filho
ao médico, é dever da empresa prestadora do serviço colocar à disposição
dos usuários da área de lazer funcionários qualificados para eventuais
emergências, como as que se apresentaram nos presentes autos. Dito isso,
ficou comprovado, em audiência de instrução (fls. 17-20), que a empresa
recorrente não possuía funcionários hábeis a prestar primeiros socorros aos
seus clientes.
315
Direito Material
É como voto.
316
Direito Material
Contra-razões apresentadas.
De início, cuido que a sentença sob foco está a merecer reparo. Entendo
suficiente a circunstancia perpassada pelos recorridos a caracterizar evidente
a presença do dano moral em decorrência do fato narrado.
317
Direito Material
318
Direito Material
Da análise dos fatos, bem como dos documentos acostados aos autos,
vislumbro correta a interpretação do magistrado sentenciante no que tan-
ge à configuração do dano moral. O dano moral, de natureza puramente
subjetivista e necessita ser analisado a luz de um conjunto de condições,
desde o início do fato que deu origem à repercussão e propagação, da dor,
do vexame ou constrangimento e da humilhação sofrida, e se constitui
suficiente para dimensionar sua aplicação quando presentes alguns dos
requisitos essências.
319
Direito Material
ção do prévio anúncio dos preços por ela praticados em seu estabeleci-
mento comercial. É que, por ser uma modalidade de hospedagem utilizada
com freqüência por curto período, MOTEL, é necessário que os preços de
hospedagens e serviços estejam bem definidos e de fácil visualização, a fim
de que os clientes/consumidores possam definir sua escolha antes mesmo
de adentrarem no estabelecimento.
320
Direito Material
321
Direito Material
Com efeito, do cotejo dos elementos de prova coligidos aos autos, dúvidas
não restam que o computador adquirido pelo primeiro recorrente CLEYTON
CHERMAM PEREIRA DA SILVA no dia 06/08/2007 apresentou defeito ainda
dentro de seu prazo de garantia contratual, tendo sido por vezes encami-
nhado à assistência técnica, não tendo sido, todavia, sanado o respectivo
no prazo legal de 30 dias.
A esse respeito, vale ressaltar que, malgrado o disposto no art. 333, II, do
CPC, e 6°, VIII, do CDC, não se desincumbiram as recorridas CCE e ELE-
TRO SHOPPING do ônus de fazer qualquer prova no sentido de demonstrar
que, de fato, o indigitado defeito verificado no litigado computador tenha
decorrido de seu mau uso pelos recorrentes.
Desta feita, outra saída não resta, senão, concluir que, de fato, em virtude
de defeito insanável, o computador adquirido pelo primeiro recorrente não
foi consertado no prazo legal de 30 (trinta) dias.
Não bastasse isso, estabelece ainda o art. 18, § 1º, II, do CDC, que não
sendo o vício sanado no prazo máximo de 30 (trinta) dias, pode o consumidor
exigir a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada,
sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
Assim, uma vez que não elidido pelas recorridas CCE e ELETROSHOPPING
o vício que tornou imprestável a utilização do computador dos recorrentes
ainda dentro do respectivo prazo de garantia contratual e ausente a de-
monstração de culpa exclusiva do consumidor pela ocorrência desse defeito
como forma de exclusão de garantia, impõe-se o reconhecimento do vício
de qualidade do aparelho e, conseqüentemente, a condenação de seu fa-
bricante (CCE) e de seu revendedor (ELETRO SHOPPING), solidariamente,
à restituição imediata da importância paga, monetariamente atualizada, na
forma do art. 18, § 1º, II, do CDC.
322
Direito Material
Por outro lado, rejeito o pedido de indenização por danos morais também
formulado na queixa, vez que não se me afigura que somente por conta
do defeito apresentado pelo litigado computador e da ausência de provi-
dência capaz de resolver prontamente tal problema tenham os recorrentes
experimentado qualquer abalo moral de monta a quaisquer dos direitos
de personalidade protegidos por lei e que justifique o pagamento de uma
reparação pecuniária.
Daí porque a reparação pelo dano deve resultar sempre de prova inequí-
voca não somente do ato ilícito, como também do abalo moral, que como
resultado prático deve resultar em descrédito do ofendido no seu meio so-
cial, valendo também anotar que é necessário que se torne absolutamente
certo, induvidoso, que entre a conduta do ofensor e o prejuízo alegado
pelo ofendido haja um nexo de causalidade, o que, por certo, não se pode
afirmar no caso dos autos, afinal, não há como concluir que o(a) autor(a)
tenha sido realmente submetido(a) a qualquer vexame, constrangimento
ou mesmo que a sua imagem tenha sido vilipendiada ou ultrajada.
323
Direito Material
Baseado nisso, entendo que deve o Poder Judiciário estar sempre atento e
vigilante para evitar abusos, sendo aqui desnecessário enumerar os casos em
que este julgador negou pedidos de indenização, a par de que o instituto do
dano moral merecer tratamento sério e cuidadoso, não podendo um simples
transtorno, decorrente quase sempre da má qualidade de um produto ou
serviço, conquanto em alguns casos possa realmente trazer contrariedade
e aborrecimento a quem o sofre, ter o condão de atingir e ofender a pessoa
assim envolvida de forma a afetar-lhe o conjunto de suas faculdades morais,
o seu brio, o seu âmago, o seu nome, a sua honra, a ponto de lhe causar
vergonha e desprestígio, consoante ocorreria na generalidade das vezes,
em situações verdadeiramente vexatórias e humilhantes.
a) nos termos do art. 267, VI, do CPC, declarar a extinção do processo sem re-
solução de mérito em relação à recorrida M&D SERVICE TECH LTDA – ME, e;
324
Direito Material
325
Direito Material
DECIDO
1. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
2. MÉRITO
326
Direito Material
Após analisar exaustivamente os autos, página por página, nada foi locali-
zado que evidenciasse a existência de um “pacto” ou mesmo um “contrato”
firmado entre TÂNIA JANETE DA SILVA CAVALCANTE DE LIMA e a PEDRAGON
AUTOS LTDA, que contivesse aqueles cinco itens de acordo, condicionantes
à aquisição do veiculo junto àquela Demandada
De fato, fora acostada aos autos, pela Autora, uma Carta (fls. 162), dirigida
à PEDRAGON – Att. Setor de Seminovos, solicitando providências “no sen-
tido de sanar o débito com o BANCO ITAULESING S/A.”, além de relacionar
aqueles 05 itens, inobstante apresentar-se de forma unilateral, sem contudo
configurar-se um pacto ou um contrato.
327
Direito Material
Com efeito, o art. 383, Inciso I, do Código de Processo Civil, pontifica que:
328
Direito Material
Aduz o Recorrente que a “sentença prolatada nada tem a ver com as provas
colhidas à instrução, talvez o julgador em 1ª instância, por não ter realizado
a instrução processual, não tenha entendido alguns termos técnicos usados
pelo demandado e testemunhas”(sic), eis que ficou bem claro, segundo
argumenta, que o problema decorrera do “choque químico”, “devido à
demandante ter chegado ao salão do Demandado, DOIS ANOS APÓS o
tratamento inicial, e nesses dois anos, freqüentou salões diversos e nem
329
Direito Material
Não há, portanto, o que reparar no ato decisório, antes pelo contrário, deve
ser mantido por sua própria e jurídica fundamentação.
330
Direito Material
Voto:
331
Direito Material
A única prova produzida nos autos foi o Boletim de Ocorrência no qual narra
como ocorreram os fatos.
Mérito:
332
Direito Material
Assevera-se que a segurança pública exercida pelo Estado, não exclui a ne-
cessidade de fornecimento de segurança complementar, não se confundindo
com a atuação policial no local – estação de grande movimento.
Neste sentido:
333
Direito Material
“Essa é outra questão que enseja alguma polêmica nas ações de indeni-
zação. Como, em regra, não se presume o dano, há decisões no sentido
de desacolher a pretensão indenizatória por falta de prova do dano moral.
Entendemos, todavia, que por se tratar de algo imaterial ou ideal, a prova
do dano moral não pode ser feita através dos mesmos meios utilizados para
a comprovação do dano material. Seria uma demasia, algo até impossível,
exigir que a vítima comprove a dor, a tristeza ou a humilhação, através
de depoimentos, documentos ou perícia; não teria ela como demonstrar
o descrédito, o repúdio ou o desprestígio através dos meios probatórios
tradicionais, o que acabaria por ensejar o retorna à fase da irreparabilidade
do dano moral em razão de fatores instrumentais.
Neste ponto a razão se coloca ao lado daqueles que entendem que o dano
moral está ínsito na própria ofensa, decorre da gravidade do ilícito em si.
Se a ofensa é grave e de repercussão, por si só justifica a concessão de
uma satisfação de ordem pecuniária ao lesado. Em outras palavras, o dano
moral existe in re ipsa; deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo de
tal modo que provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral
à guisa de uma presunção natural, uma presunção hominis ou facti, que
decorre das regras da experiência comum. Assim, por exemplo, provada a
perda de um filho, do cônjuge, ou de outro ente querido, não há que se
exigir a prova do sofrimento, porque isso decorre do próprio fato de acordo
com as regras de experiência comum; provado que a vítima teve seu nome
aviltado, ou a sua imagem vilipendiada, nada mais ser-lhe-á exigido pro-
var, por isso que o dano moral está in re ipsa; decorre inexoravelmente da
gravidade do próprio fato ofensivo, de sorte que, provado o fato, provado
está o dano moral’. (Programa de Responsabilidade Civil. 6ª ed., São Paulo:
Malheiros, 2005, p. 108).
334
Direito Material
Insurge-se o recorrente contra a sentença de fls. 38/39 dos autos, que julgou
procedente em parte os pedidos inaugurais, condenado-o ao pagamento de
indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), ante o
reconhecimento de ter a recorrida sofrido constrangimentos em razão de disparo
de alarme de segurança e posterior abordagem na saída da loja da demandada.
335
Direito Material
Enfim, diz não ter havido constrangimento e, ao fim, pede a reforma integral
da sentença, ante a inexistência de danos morais.
É o relatório.
336
Direito Material
sua honradez e imagem, sofre com a conduta levada a efeito por prepostos
da demandada.
337
Direito Material
338
Direito Material
É como voto.
339
Direito Material
Sem preliminares.
340
Direito Material
uma obrigação que não existia, O fato ocorrido fez aflorar-lhe a frustração
de confiança junto a Instituição Financeira, tão bem conceituada. A inquie-
tude de ser ridicularizado diante uma situação vexatória e vivenciado com
os que lhe são próximos.
“O dano moral não pode mais ser conceituado como a dor, mas sim como
a violação antijurídica da esfera extrapatrimonial da pessoa, ou com o
atentado à dignidade humana”. (Bittar Filho, Carlos Alberto, Dano Moral
nas Relações de Consumo: uma abordagem jurisprudencial – São Paulo:
IOB thomson, 2005, p-139).
341
Direito Material
342
Direito Material
Defende assim o direito de ser indenizada pelos danos morais sofridos. Re-
quer a reforma da decisão a quo para reconhecer o direito de haver a repa-
ração pelos danos morais e para arbitrar o valor da indenização levando-se
em consideração os constrangimentos e abalos emocionais sofridos.
343
Direito Material
É como voto.
344
Direito Material
Em suas contra-razões de fls. 63/64 dos autos, a recorrida pugna pela ma-
nutenção da sentença do juízo de piso.
É o relatório.
Extrai-se dos depoimentos das testemunhas ouvidas em juízo (fl. 28) ser
prática corriqueira do recorrido a utilização de meios vexatórios e intimida-
345
Direito Material
É como voto.
346
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347
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348
Direito Material
É como voto.
349
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350
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É o relatório.
Por seu turno, a testemunha PEDRO DE ARAÚJO SILVA, ouvida em juízo (fl.
109), dia apenas de se utilizado da força necessária para retirar o autor do
vagão, pois era horário de pico.
351
Direito Material
Dessa forma, as provas carreadas aos autos pela recorrente não foram
suficientes a elidir o conjunto probatório acostado pelo recorrido, de forma
que as agressões por ele sofridas restaram demonstradas, tendo o autor,
por conta disso, experimentado um vexame, constrangimento, passível de
reparação pecuniária, a fim de minorar o seu sofrimento, consoante dispõem
os art. 186, c/c o art. 927, parágrafo único do Código Civil pátrio.
A sentença monocrática não merece reparo, razão pela qual nego provimento
ao recurso e condeno a recorrente ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios que arbitro em 20% do valor da condenação.
É como voto.
352
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Sem contra-razões.
353
Direito Material
Neste sentido:
Por fim, entendo que o valor arbitrado a título de danos morais não merece
ser alterado, pois respeita a razoabilidade e a proporcionalidade, sendo
condizente com as peculiaridades do caso sub judice.
É como voto.
354
Direito Material
VOTO VENCIDO:.
Por sua vez, o MM. juiz sentenciante entendeu que “não ficou comprovada
a circunstância de que o estabelecimento comercial tomou para si a guarda
355
Direito Material
sobre o veículo estacionado na lateral da loja, com acesso à via pública, não
havendo qualquer prova de que fosse fornecido recibo pelo citado estacio-
namento, ou de que existe no local monitoramento eletrônico, ao contrário
do que ocorre em estabelecimentos comerciais estacionamentos fechados,
onde efetivamente o veículo fica sob a guarda de que oferece a comodidade
como forma, inclusive, de atrair o cliente”, fls.69.
Decido.
Da prova.
356
Direito Material
Por estas circunstâncias, salvo melhor juízo, malgrado a presente lide tra-
tar de relação de consumo, não vislumbro plausibilidade nos argumentos
do recorrente, ao declinar que “É pacífico na jurisprudência pátria que a
responsabilidade do estabelecimento, sobre os veículos estacionados, não
condiciona à cobrança ou a controle ou mesmo à entrega se senha ou cartão,
mas pela oferta desse estacionamento como forma de atrair maior número
de clientes”. Tudo decorreu por conta e risco de sua pessoa.
Ora, citada prova, por si só, não seria suficiente à comprovação do alegado.
No que são relevantes as argumentações da recorrida a respeito.
357
Direito Material
358
Direito Material
Irrelevante que a guarda seja gratuita, posto que o local para estaciona-
mento constitui um atrativo aos consumidores, dada a segurança que dele
esperam e da possibilidade de conjugar a compra com a guarda do veículo.
359
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360
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O fato é que a autora entrou no coletivo para fazer sua viagem, contudo, só
dispunha de uma cédula de R$50,00 para pagar a passagem. O cobrador,
por sua vez, não dispunha de dinheiro suficiente para passar o troco.
361
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DECIDO.
362
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“O dano moral é uma lesão sofrida pela pessoa física ou jurídica em certos
aspectos de sua personalidade, em razão de investidas, injustas de outrem
é aquele dano que atinge a moralidade e a afetividade da pessoa, causando-
lhe constrangimento, sentimentos e sensações negativas”. (Juiz Álvaro Torre
Jr. – 1a.TAC / SP.)
É como voto.
363
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364
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365
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366
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Diante das razões supra elencadas, voto pelo provimento do recurso. Sem
custas e honorários advocatícios.
É COMO VOTO.
367
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Insurge-se a recorrente contra a sentença de fls. 26/28 dos autos, que julgou
procedente em parte os pedidos inaugurais, condenado-a ao pagamento de
indenização por danos morais no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos
reais), ante o reconhecimento de ter a recorrida sofrido constrangimentos
em razão de disparo de alarme de segurança e posterior abordagem na
saída da loja da demandada.
Em suas razões (fls. 51/73), alega, em suma, que a própria recorrida diz ter
sido atendida com rapidez, bem assim que não foi revistada e, sim, retirou
os livros de sua bolsa de forma espontânea e que fora abordada de forma
cortês. Assim, diz não parecer razoável a condenação em danos morais,
sob o argumento de ser quase unânime o entendimento nos juizados de
que casos como os dos autos configura constrangimento. Diz ainda que ao
permanecer a autora chorando, após o fato, por 45 minutos na porta da
loja, atrai a atenção de outras pessoas. Ressalta ter havido o acionamento
indevido de indicador luminoso, fruto de erro de fabricação das etiquetas
magnéticas, sendo tal fato plausível e que o funcionário pediu-lhe desculpas
pelo ocorrido. Enfim, diz não ter havido constrangimento e, ao fim, pede a
reforma integral da sentença, ante a inexistência de danos morais.
É o relatório.
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369
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É como voto.
371
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372
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373
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A decretação da revelia, per si, não afasta o ônus do autor provar o declara-
do, conforme disposições do art. 333, I CPC. No processo ora em epígrafe,
375
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Não foi demonstrada, igualmente, pujança nas argüições do autor, ora re-
corrente, demonstrando a ofensa a direito da personalidade, conformando o
dano extrapatrimonial, imaterial. Na maioria das relações humanas, há sítio
para conflitos e desavenças cotidianos, inerentes ao viver em sociedade.
Esses conflitos, a priori, trazem meros aborrecimentos. Não se pode mitigar
o instituto, vulgarizando a indenização a esse titulo para todas as situações
em que haja simples amuamento. O dano moral exige, face a situações
vexatórias, um desacordo na ordem psíquica do individuo resultante da
antijuridicidade da conduta.
É fato que o julgador criminal pode formar sua convicção, face às ave-
riguações, no sentido de não serem os recorridos autores do fato ou
que não há, sequer, materialidade da conduta. Com o escopo de evitar
a ocorrência de julgamentos contraditórios, prudente a manutenção da
sentença em seus termos no sentido da exclusividade da jurisdição da
esfera criminal.
376
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É como voto.
377
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É como voto.
378
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Se por um lado é certo que a viagem não ocorreu por razões exteriores
à vontade da agência de turismo, também há de se considerar a falta de
amparo aos consumidores que se encontravam fora do seu País de origem
em excursão programada pela operadora ré. Nessa seara, observo que
houve defeito na prestação do serviço em razão da falta de informação
aos consumidores.
381
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arquem com esse ônus. Por outro lado, usufruíram o trecho Recife-Lisboa
e não seria igualmente justo determinar o reembolso do trecho da ida para
Europa. Assim como entendo não ser justo determinar à agência de viagens
que arque com todas as despesas decorrentes da estadia prolongada em
solo português uma vez que os demandantes ali permaneceram por razões
de força maior.
Por todo o exposto, tomando por base a equidade, entendo ser justa a
reforma da sentença apenas para condenar a empresa demandada ao
reembolso de metade do valor das passagens – R$ 2.607,38 (dois mil seis-
centos e sete reais e trinta e oito centavos) – excluindo-se a condenação
relativa ao reembolso das despesas dos autores em Portugal e mantendo-se
a condenação por danos morais.
É Como Voto
382
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De logo, verifico que o pagamento feito pelo recorrente (às fls. 05) foi co-
brado pelo Banco Bradesco S.A., tendo por cedente a empresa MERCADO
LIVRE.COM ATIVIDADES DE INTERNET LTDA., no valor de R$ 3.501,66 (três
mil quinhentos e um reais sessenta e seis centavos). Tal fato, por si só, já
configura a legitimidade dela para integrar a presente relação jurídica no
pólo passivo da ação.
383
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Entretanto, não se evidencia o dano moral, uma vez que o recorrente (assim
como ocorre com qualquer usuário do serviço de compras pela internet)
se submeteu a um risco de não execução do contrato maior do aquele que
comumente acompanha a contratação convencional. Assim, diante dessa
predisposição a contratar sob risco mais elevado, não se mostra razoável a
alegação de ocorrência de dano moral no presente caso, mormente quando
se sabe que o descumprimento do contrato, por si só, não configura, de
plano, prejuízo dessa natureza.
É como voto.
384
Direito Material
Contrarrazões às fls.43/48.
385
Direito Material
roupas pela recorrente na loja recorrida, sem que houvesse sido retirada a
tarja de segurança.
386
Direito Material
387
Direito Material
É como voto.
388
Direito Material
12.20. Ataque de cão da raça pit bull contra jumento. Lesões com-
provadas por ilustrações fotográficas. Dano material con-
figurado. Indenização bem arbitrada. Sentença mantida.
Recurso improvido.
389
Direito Material
“São animais fortes, resistentes aos mais diversos climas e ambientes. Pra-
ticamente não precisam de manutenção. Procuram seu próprio alimento e
comem de tudo inclusive cactos e podem viver até 45 anos. São extrema-
mente dóceis e meigos ”.
390
Direito Material
Na precisa lição do sempre lembrado Aguiar Dias “o prejuízo deve ser cer-
to. É a regra essencial da reparação. Com isso, se estabelece que o dano
hipotético não justifica a reparação” (Repertório Enciclopédico do Direito
Brasileiro, vol. 14/221 – Carvalho Santos e colaboradores).
Pois bem.
É como voto.
391
Direito Material
1. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
392
Direito Material
2. MÉRITO
De modo que, esse Juízo decidiu de forma técnica e inteligente, não mere-
cendo a sentença profligada qualquer reparo
393
Direito Material
394
Parte II
Direito Material
Direito Processual
Direito Processual
Consta dos autos que o veículo arrendado pelo recorrido à recorrente fora
objeto de retomada por via judicial, tendo a posse sida mantida com a
recorrente/arrendadora, quando realizados quatro pagamentos do VGR no
397
Direito Processual
Do mérito.
398
Direito Processual
399
Direito Processual
Assim voto.
400
Direito Processual
401
Direito Processual
Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a
mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despa-
chou em primeiro lugar.
Art. 263. Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja
despachada pelo juiz, ou simplesmente distribuída, onde houver mais de
uma vara.
Desse modo, entendo que assiste razão à suscitante, uma vez que a pri-
meira das ações aqui examinadas foi proposta perante o I Juizado Especial
Cível da Capital – Rosarinho – no dia 14/07/2005.
402
Direito Processual
403
Direito Processual
Sem preliminares.
Contra tal decisão, impetrou mandado de segurança (fl. 61/63) o qual foi
extinto sem julgamento do mérito e encontra-se arquivado, ex vi do docs.
de fls. 72/73, datado de 16.04.2009.
Pari passu, a execução teve prosseguimento (fl. 75) tendo sido determinado
bloqueio de R$26.984,00 em conta bancária do executado no Banco do
Brasil (fl. 78/87), contudo, sem sucesso em da inexistência de saldo como
declarou o Banco do Brasil (fl. 96).
Tal fato deu ensejo ao ingresso de Embargos à Execução (fls. 88/94) sequer
apreciada em face de não ter sido efetuado o bloqueio (fl. 97).
404
Direito Processual
Pois bem.
Com efeito, vistos e examinados, cuido que agiu com acerto a MM Juíza
sentenciante, inclusive, quando julgou deserto o recurso inominado. Não
enxergo qualquer vício que viesse a gerar a inconstitucionalidade na sen-
tença questionada.
Por essa razão, pode-se dizer que a querela nullitatis, por ser espécie
de ação autônoma de impugnação, encontra especial utilidade no
Juizado Especial Federal por ser a única forma autônoma de afastar
405
Direito Processual
406
Direito Processual
Pois bem.
407
Direito Processual
408
Direito Processual
409
Direito Processual
Salta aos olhos que, é de ser reconhecida deserção do recurso por falta de
comprovação do preparo.
410
Direito Processual
É como voto.
411
Direito Processual
Sustenta, ao termino, que não houve qualquer ato ilícito perpetrado pela
Recorrente, hábil a configurar a responsabilidade civil, nos termos dos arts.
188 I e 927 do Código Civil. Tece, ainda, considerações acerca do quantum
indenizatório e seus critérios de fixação.
Relatados, Decido.
Verifica-se que a lide tem como objeto suposta ofensa á direitos de per-
sonalidade de menor, filha da autora, titular de plano de saúde contratado
com a Recorrente.
412
Direito Processual
Por outro lado, poderia a menor ter ingressado com ação, representada por
sua genitora, na Justiça Comum, em face da vedação contida no art. 8º da
Lei nº 9.099/95.
É como voto.
413
Direito Processual
414
Direito Processual
415
Direito Processual
416
Direito Processual
Contrarrazões apresentadas.
VOTO.
417
Direito Processual
418
Direito Processual
É como voto.
419
Direito Processual
Salvo melhor juízo, entendo que o presente feito não pode ter regular an-
damento, em sede de Juizado Especial Cível, considerando que há interesse
de incapaz.
O voto deste relator é para extinguir o processo, sem mérito, com base no
art. 51, II, da lei 9.099/95. Sem custas e honorários advocatícios.
420
Direito Processual
Deflui daí que a sentença recorrida é manifestamente extra petita, eis que
conheceu de pedido diverso daquele formulado pela parte, sendo que, a
propósito, estabelece expressamente o art. 128 do CPC que é defeso ao
juiz conhecer de questões não suscitadas, devendo a sua decisão regular-se
dentro dos limites em que foi proposta, sendo-lhe vedado solucionar a causa
diversa daquela apresentada para julgamento, ressaltando-se, ainda, que a
sentença recorrida também transgride o art. 460 do CPC, o qual determina
421
Direito Processual
422
Direito Processual
A autora alegou que foi contratada pela ré, verbalmente, como sempre
acontece nos pedidos de solicitação de serviços ao longo dos anos, para
realizar o transporte de containeres no Porto de Suape, onde fica a sede da
devedora; que diversas foram as cargas transportadas, acondicionadas em
containeres conforme vasta documentação acostada na instrução, compro-
vando a entrega das mercadorias; que após a efetiva prestação dos serviços,
a Cooperativa procedeu ao faturamento, enviando a ré a documentação de
cobrança, discriminando valores e trechos percorridos, na forma dos do-
cumentos anexos (doc. 05); que transcorrido o prazo estabelecido para o
pagamento, a diretoria da Cooperativa, através dos seus sócios Presidente
e Vice Presidente, bem como do seu departamento jurídico, envidaram
tentativas administrativas para o recebimento do crédito, no valor de
R$10.629,00, inclusive conversas telefônicas; que em 29.09.2009, a autora
promoveu uma Notificação Extrajudicial protocolada na sede da ré, a fim de
constituí-la em mora, conforme comprovante anexo (doc. 06); que ocorre
que até a presente data, a ré permaneceu silente e inerte com relação ao
pagamento dos serviços prestados, descumprindo, pois, com sua obrigação,
acarretando prejuízos de ordem material para a autora que é uma entidade
cooperativista, sem fins lucrativos e que atua em prol dos seus sócios; que
por estas razões, não restou alternativa à autora senão promover a presen-
te Queixa Cível de Cobrança, a fim de recuperar o seu crédito que possui
ante a prestação dos serviços descritos nos documentos anexos (doc. 03)
já montando até o dia 10/02/2010 em R$11.442,92, corrigido desde a data
da notificação extrajudicial promovida pela credora, pelo índice do IGP-M
mais juros de 1% ao mês, consoante planilha anexa (doc. 07).
423
Direito Processual
Desta forma, hei por bem anular a Sentença, para determinar o retorno
destes autos ao Juizado de Origem, para fazê-lo.
424
Direito Processual
425
Direito Processual
Tenho que lhe assiste razão. A citação é ato essencial sem o que a relação
processual não se instaura validamente. Não é o caso em que se supre a falta
ou irregularidade pelo comparecimento espontâneo (CPC, art. 214, §1º).
É como voto.
426
Direito Processual
427
Direito Processual
È COMO VOTO
428
Direito Processual
Trata-se de recurso interposto pelo autor contra a sentença que teria julgado
improcedente o pedido inicial.
429
Direito Processual
Voto:
430
Direito Processual
2. Após fazer uma leitura cuidadosa da inicial e dos pedidos nela tecidos,
possível é se constatar que o magistrado “a quo” incorreu em equívoco ao
431
Direito Processual
Como cediço, cabe ao juiz sentenciante decidir a lide nos limites em que
foi proposta, não podendo conceder à parte providência além da requerida
na inicial (sentença ultra petita), aquém do pedido (decisão citra petita) e,
muito menos, fora do requerido pelas partes (sentença extra petita).
Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando decida relação
jurídica condicional”.
432
Direito Processual
por recurso de apelação, se tiver sido proferida extra ou ultra petita. Por pe-
dido deve ser entendido o conjunto formado pela causa (ou causae) pretendi
e o pedido em sentido estrito. A decisão do juiz fica vinculada à causa de
pedir e ao pedido” (NERY JÚNIOR Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade.
Código de Processo Civil Comentado e legislação processual extravagante
em vigor, 6ª ed., São Paulo, RT, 2002, p. 477, nota 2).
Diante disso, tenho que a sentença é nula, uma vez que decidida com base
na compreensão errônea do magistrado acerca do que estava efetivamente
sendo requerido.
Conclui-se, portanto, que a sentença não decidiu a presente lide dentro dos
limites do pedido, devendo ser declarada nula de pleno direito em razão dos
vícios de julgamento “extra petita” e “citra petita” que encerra.
“convém lembrar que a decisão do juiz não pode ser de natureza diversa
da pretensão do autor mesmo quando lhe seja favorável. Não pode haver
433
Direito Processual
Cumpre destacar que não se mostra possível o exame da matéria por este
Colegiado – aliás, nem mesmo se houvesse no caso invocação do parágrafo
1º, do art. 515, do CPC, – pois a questão não foi sequer analisada de maneira
imperfeita ou incompleta pelo juiz sentenciante, não sendo possível, assim,
o afastamento da nulidade da sentença para se permitir completar o exame
da matéria, sob pena de ofensa ao princípio do duplo grau de jurisdição.
434
Direito Processual
Os documentos de fls. 09, 11/16 e 27/35 comprovam que o produto fora ad-
quirido por MARIONEL CARGAS DESCARGAS LTDA, CNPJ 70.206.933/0001-
15, como expressamente consta na NOTA FISCAL nº. 396735, emitida em
17/05/2006 pelo MACKRO ATACADISTA S/A (FLS. 09 E 35).
Estabelece o CPC:
435
Direito Processual
É como voto.
436
Direito Processual
437
Direito Processual
Com efeito, nada obstante tenha este relator deferido inicialmente o pe-
dido de liminar formulado na peça postulatória, cuido agora por revogar a
referida decisão por entender como juridicamente inadmissível a pretensão
deduzida pela impetrante, visto que o acolhimento de seu intento produzirá
inegavelmente o efeito de rescindir o acórdão proferido por esta mesma 2ª
Turma deste órgão colegiado, o que é expressamente vedado no sistema
dos juizados especiais pelo art. 59 da Lei nº 9.099/95.
438
Direito Processual
Por conseguinte, tenho como equivocada a via eleita pela impetrante para
obter o seu intento, pelo que entendo por aplica ao caso em apreço o disposto
no art. 10 da Lei do Mandado de Segurança (Lei nº 10.016/2009), o qual
estabelece que “A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada,
quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos
requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração”.
439
Direito Processual
A autora, ora recorrente, alega, em síntese, que apesar de ter restado claro
nos autos que os óculos e lentes multifocais por ela adquiridos estavam
com as especificações corretas, a consumidora não consegue enxergar ao
utilizá-los, concluindo, desta forma, que o produto apresenta vício e se
encontra inadequado ao uso.
440
Direito Processual
É o relatório.
Decido.
441
Direito Processual
É como voto.
442
Direito Processual
É como voto.
443
Direito Processual
Voto:
444
Direito Processual
Voto pelo improvido o recurso. Fixo a verba honorária em 20% sobre o valor
da causa, suspendendo o pagamento ante os favores da justiça gratuita.
445
Direito Processual
Contra-razões apresentadas.
Neste sentido:
446
Direito Processual
447
Direito Processual
448
Direito Processual
Afirma, por fim, que buscou todas as formas de cumprir sua obrigação, o
que foi inviabilizada diante da recusa da autora, que o não cumprimento
justificado afasta a incidência da multa diária, porém acaso mantida a im-
posição de multa diária, o que qualifica de extrema injustiça e penalização
indevida ao impugnante, esta não poderá ser aplicada em face da nulidade
da citação, bem como, que a multa fixada é excessiva e gerará enriqueci-
mento ilícito, requerendo redução da multa.
449
Direito Processual
É como voto.
450
Direito Processual
Ora, como não se considerar citado o demandado que traz a juízo a infor-
mação de fls. 04, protocolada no juizado do Rosarinho em 20 de julho de
2004, quando a audiência estava designada para o dia 28 daquele mês. Não
houve recusa do AR, tanto que este foi juntado aos autos em 21/07/2004.
Inclusive a exótica rubrica constante do documento de fls. 04 corresponde
a rubrica de fls. 96 que constitui cópia dos atos constitutivos da empresa.
451
Direito Processual
É como voto.
452
Direito Processual
453
Direito Processual
É Como Voto
454
Direito Processual
Analiso o tema trazido a esta Instância Revisora, eis que tempestiva a sua
interposição contra a r.sentença extintiva da execução(fl.204).
De saída, entendo garantido o juízo, eis que quando dos embargos tem-
pestivos, havia o depósito ainda que proveniente da atuação judicial, por
via do bloqueio BACEN JUD.
455
Direito Processual
“230631-8
Descrição..........APELAÇÃO
Relator.............ITABIRA DE BRITO FILHO
Data............... 02/03/11 16:25
456
Direito Processual
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Direito Processual
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Direito Processual
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Direito Processual
460
Direito Processual
Diz o art. 1.664 do atual Código Civil: “Os bens da comunhão respondem
pelas obrigações contraídas pelo marido ou pela mulher para atender aos
encargos da família, às despesas de administração e às decorrentes de
imposição legal”. Essa mesma orientação norteia a parte final do parágrafo
primeiro do art. 1.663 daquele diploma legal, baseando-se no proveito que o
proprietário do bem tenha auferido dos atos promovidos pelo outro cônjuge.
Pelo exposto, e por não merecer reparos a sentença, cabe conhecer o re-
curso, mas para negar-lhe provimento, com a condenação da parte recor-
rente ao pagamento das custas recursais (já recolhidas), e de honorários
advocatícios, estes à base de 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído
aos embargos de terceiro, observados como base de cálculo quando do
recolhimento daquelas custas.
461
Direito Processual
462
Direito Processual
463
Direito Processual
A propósito, estabelece o art. 41, § 2º, da Lei nº 9.099/95 que “no recur-
so as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado”. Nesse
mesmo sentido também dispõe o Enunciado nº 15 deste Colégio Recursal
que “ao recorrer, o advogado da pessoa jurídica deve juntar instrumento
procuratório, não se admitindo mandato verbal pelo simples fato de haver
acompanhado o preposto na fase inicial”.
464
Direito Processual
465
Direito Processual
13.03.08, a Lei nº. 9.099/95 em seu artigo 41, c/c o parágrafo 2º, exige
que, no recurso, as partes estejam representadas por advogado, não ha-
vendo previsão na Lei de Regência – 9.099/95 – de concessão de prazo
para a apresentação posterior do instrumento de procuração/substabele-
cimento, nestes autos.
466
Direito Processual
467
Direito Processual
468
Direito Processual
5.2. INTEMPESTIVIDADE
469
Direito Processual
Isto posto, voto pelo não conhecimento do recurso em razão de sua intem-
pestividade.
É como voto.
470
Direito Processual
dos Juízes de Direito Dr. ISAÍAS ANDRADE LINS NETO, Dr. SÉRGIO JOSÉ
VIEIRA LOPES e Dra. MARIA BETÂNIA BELTRÃO GONDIM, sob a presidência
do primeiro. Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Juízes
componentes da 7ª Turma Julgadora do Colégio Recursal dos Juizados
Especiais Cíveis, na conformidade da Ata de Julgamento, por unanimidade,
não conhecer do recurso interposto em razão da intempestividade.
471
Direito Processual
472
Direito Processual
Trata-se de Recurso Inominado, interposto pela Sony Ericsson, que visa re-
formar Sentença que julgou parcialmente procedentes os pedidos do autor,
ora Recorrido.
O prazo recursal, para a Sony Ericsson, começou a fluir dia 27.04.2010, uma
terça-feira, e o seu termo final se deu em 06.05.2010, uma quinta-feira.
473
Direito Processual
É como voto.
474
Direito Processual
Ora, é por demais sabido que o prazo do preparo é de 48 horas (art. 42, §
1º, da Lei n° 9.099/95), a contar do momento da interposição do recurso
inominado, sob pena de deserção.
475
Direito Processual
476
Direito Processual
nais”, Ed. Revistas dos Tribunais, 2ª edição, pág. 288, que “Deverá o
apelante atentar, porém, que o prazo concedido não é de dois dias, mas
de quarenta e oito horas, procedendo-se à contagem, portanto, de mi-
nuto a minuto”.
Sob tais fundamentos, voto pelo não conhecimento do presente recurso, por
deserção, condenado o recorrente ao pagamento das custas processuais, já
satisfeitas, e honorários advocatícios de 10% do valor da condenação (art.
55 da Lei nº 9.099/95).
477
Direito Processual
5.3. DESERÇÃO
478
Direito Processual
DECIDO
O art. 42, § 1º, da Lei nº 9099/95 pontifica que: “O preparo será feito
independentemente de intimação, nas quarenta e oito horas seguintes à
interposição, sob pena de deserção”
Ademais disso, o Sr. JOSÉ MÁRIO MINDUCA reside à beira mar, pagando um
condomínio cuja taxa importa em R$ 1.274,29 (um mil duzentos e setenta
e quatro reais e vinte e nove centavos).
Como se explica que o mesmo “não possui Recursos suficientes para custear
qualquer demanda, sem prejuízo do sustento próprio da família,?”.
479
Direito Processual
Ipso facto, meu voto é no sentido de, com alicerce no art. 42, § 1º, da Lei
9099/95, não conhecer o Recurso Inominado, por evidenciar-se deserto e,
com fundamento nos arts. 17, inciso II e 18, caput, primeira parte, do Código
de Processo Civil, condenando JOSÉ MÁRIO MINDUCA a pagar multa de 1%
(um por cento) do valor da causa.
480
Direito Processual
Passo ao voto.
481
Direito Processual
É como voto.
482
Direito Processual
É o relatório.
483
Direito Processual
484
Direito Processual
Eis o relatório.
485
Direito Processual
486
Direito Processual
É como voto.
487
Direito Processual
488
Direito Processual
Registre-se ainda que o excipiente sequer fez prova do fato apontado como
ensejador da suspeição, qual seja, de que o pedidos por ele formulados
tenham sido indeferidos pelo excepto, seja neste ou em outros processos.
489
Direito Processual
490
Direito Processual
Por sua vez, o parágrafo segundo do mesmo art. 557 dispõe: “Quando ma-
nifestamente inadmissível ou infundado o agravo, o tribunal condenará o
agravante a pagar ao agravado multa entre 1% (um por cento) e 10% (dez
por cento) do valor corrigido da causa, ficando a interposição de qualquer
outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor”.
É como voto.
491
Direito Processual
É o relatório.
O artigo 25, inciso IV, da Lei 8.906, de 4 de julho de 1994, que regula a
prescrição da ação de cobrança de honorários advocatícios é claro ao estatuir
que o prazo (de cinco anos) é contado da data da transação. Na hipótese,
o termo de transação judicial foi aperfeiçoado no dia 18 de maio de 1999,
contrariamente ao sustentado pelo recorrente, não lhe sobreveio nenhuma
causa interruptiva elencada no artigo 172, do Antigo Código Civil, ou mesmo
do artigo 202, do Novel Código Civil.
Relevante frisar que o caso em tela não se insere nas hipóteses de inci-
dência do artigo 2028, da Lei nº 10.406/2002, vez que o seu artigo 296,
§5º. Inciso II, ao incorporar o disciplinamento do prazo prescricional
para ajuizamento da ação de cobrança de verba advocatícia não alterou
o seu quantum.
492
Direito Processual
493
Direito Processual
494
Direito Processual
A AESO por seu turno interpôs recurso para ver afastada a decretação de revelia,
reconhecida na sentença que julgou procedente em parte os embargos opostos
pela autora. Argumenta ter apresentado a procuração e a carta de preposição
juntamente com a defesa, tendo os atos constitutivos sido acostados aos autos
no dia seguinte à realização da audiência. Pugnou pela reforma de sentença que
decretou a revelia para considerar válida a representação processual.
495
Direito Processual
O art. 210, do Código Civil estatui que “deve o juiz, de ofício, conhecer da
decadência, quando estabelecida por lei”.
É como voto.
496
Direito Processual
Trata-se de Recurso Inominado que visa reformar a sentença a quo que de-
terminou a reintegração de posse à Recorrida do imóvel descrito na queixa.
Em suas razões de Recurso, a Recorrente afirma que houve nulidade da
intimação da audiência de instrução e julgamento. Aduz que há incompe-
tência dos Juizados Especiais Cíveis estaduais, sob o argumento de que o
terreno do imóvel pertenceria à União. No mérito, apresentou teses novas,
requerendo, por fim, a anulação da Sentença prolatada.
497
Direito Processual
RAZÕES DO VOTO
Das Preliminares
Às fls. 03v dos autos, verifica-se que a Recorrente foi devidamente citada,
tendo ela própria aposto sua assinatura ao AR, portanto estava ciente da
data da audiência de tentativa de conciliação. O fato de ser enviada, por
engano, intimação da audiência de instrução e julgamento, a qual foi reali-
zada mesmo sem a devida intimação da recorrente, não é passível de gerar
nulidade ao processo.
Do Mérito
498
Direito Processual
É como voto.
499
Direito Processual
500
Direito Processual
501
Direito Processual
É como voto.
502
Direito Processual
Doutra banda, nos exatos termos da Decisão proferida pelo Min. Aldir Pas-
sarinho Junior nos autos da Reclamação de n.º 3.887/PR, para a hipótese,
é de se aplicar subsidiariamente o preconizado no § 2.º do art. 511 do CPC,
que dispõe a concessão do prazo de cinco dias para fins de complementação
das despesas processuais para a hipótese de insuficiência.
503
Direito Processual
7. MANDADO DE SEGURANÇA
504
Direito Processual
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Direito Processual
O Ministério Público ofertou parecer pela denegação, por não ser cabível
mandado de segurança para atacar decisão judicial transitada em julgado.
508
Direito Processual
Custas satisfeitas.
É o relatório.
509
Direito Processual
Direito líquido e certo, na acepção adotada pela CF, é aquele que não desperta
dúvidas, é isento de obscuridades e não requer aclaração por intermédio
de dilação probatória.
Nesse sentido:
510
Direito Processual
511
Direito Processual
Alega a impetrante que DILMA MARIA VIEIRA SOARES interpôs ação contra a
mesma visando a realização do tratamento Eximer Laser (PTK) e indenização
por danos morais, tendo o MM. Juiz do então I Juizado das Relações de Con-
sumo da Capital julgado parcialmente procedente o pedido, condenando-a a
conceder autorização para o tratamento solicitado, no prazo de cinco dias, sob
pena de multa diária de R$500,00, limitada ao valor de alçada. Sustenta que,
entretanto, apenas tomou conhecimento da sentença, já na fase executória,
quando do bloqueio realizado em sua conta via BACEN Jud. Argumenta que,
por isso, interpôs exceção de pré-executividade alegando nulidade de citação,
já que a correspondência contendo a citação não foi encaminhada para o
endereço correto da impetrante, tanto que foi recusado o seu recebimento.
Sustenta, ainda, que não poderia ter sido aplicada a multa sem a intimação
pessoal do devedor para cumprimento da obrigação de fazer, assim como
a mesma se afigura excessiva para o caso em comento.
512
Direito Processual
Relatados, decido.
513
Direito Processual
514
Direito Processual
É como voto.
515
Direito Processual
Nesse sentido, inclusive, o seguinte julgado que adoto como fundamento: “CIVIL.
PROCESSO CIVIL. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. COMPARECI-
516
Direito Processual
Importante aqui realçar o fato de que direito líquido e certo é aquele decorrente
da certeza, da convicção de algo que existe objetivamente e que está conforme
a realidade. Daí a lição de HELY LOPES MEIRELLES, segundo a qual direito
líquido e certo “É o que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado
na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração. Por outras
palavras, o direito invocado, para ser amparável por mandado de segurança, há
de vir expresso em norma legal e trazer em si todos os requisitos e condições de
sua aplicação ao impetrante: se a sua extensão ainda não estiver delimitada; se
o seu exercício depender de situações e fatos ainda indeterminados, não rende
ensejo à segurança, embora possa ser defendido por outros meios judiciais”
(Mandado de Segurança, São Paulo: RT, 13ª ed., 1989, p. 13).
Significa isso dizer que quando a lei alude a direito líquido e certo, está
exigindo que esse direito se apresente com todos os requisitos para o seu
reconhecimento e exercício no momento da impetração, o que, no caso em
apreço, conforme fundamentação supra, entendo plenamente configurado,
por não haver respaldo legal para o ato impugnado.
Cumpre, por isso, proteger o direito líquido e certo da impetrante em ver manti-
da nos autos a sua contestação em razão da não caracterização de sua revelia.
517
Direito Processual
518
Direito Processual
Relatado. Decido.
519
Direito Processual
520
Direito Processual
521
Direito Processual
Ao receber pela primeira vez estes autos, não concedi a liminar pleiteada
pela empresa impetrante, que objetivava a suspensão da decisão anteci-
patória de tutela.
522
Direito Processual
inépcia da inicial, uma vez que o pedido inicial se limitou à pretensão liminar,
sem o pleito principal. No mais, defendeu aquela decisão interlocutória ora
atacada pela impetrante.
É COMO VOTO.
523
Direito Processual
524
Direito Processual
VOTO.
Não caberia, por isso, nos casos por ela abrangidos, a aplicação subsidiária
do Código de Processo Civil, sob a forma do agravo de instrumento ou a
utilização do instituto do mandado de segurança, cujos prazos para inter-
por e impetrar, respectivamente, não se coaduna com os fins pretendidos
pela Lei 9.099/95.
525
Direito Processual
526
Direito Processual
8. RECLAMAÇÃO
527
Direito Processual
de dez dias contados da ciência, do despacho que não admitiu o recurso (fl.
155), além de que face a que como estabelece o art. 41 deste Regimento,
“No julgamento da Reclamação, observar-se-á o mesmo procedimento
para os julgamentos dos recursos de competência da Turma”, sendo que as
custas processuais e a taxa judiciária, pagas pela reclamante, quando da
interposição do recurso que lhe foi negado o seguimento, aproveita para a
finalidade desta reclamação, as quais foram recolhidas.
Que esta situação detectada, implica que a petição inicial é inepta (art. 295,
inciso I, c/c o parágrafo único, inciso II, CPC, em aplicação subsidiária à Lei nº.
9.099/95 – “da narração dos fatos não decorre logicamente a conclusão” – para
o que se pretende, acarretando o indeferimento da petição inicial da Reclamação.
528
Direito Processual
Voto:
529
Direito Processual
expressa daquela ou sem deter poderes específicos para firmar tal de-
claração e, principalmente, sem qualquer referência a responsabilidade
penal dela decorrente ().
530
Direito Processual
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Direito Processual
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Direito Processual
533
Direito Processual
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DECIDO.
()
536
Direito Processual
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Direito Processual
Ante o exposto, VOTO por não conhecimento do recurso, por deserto que
se acha.
538
Direito Processual
É o breve relatório.
VOTO:
539
Direito Processual
540
Direito Processual
A questão que ora se apresenta não é nova para esta 8ª Turma, pois quando
do julgamento da Reclamação n. 00736/2009, na sessão realizada no dia
17.03.2009, acatou, por unanimidade, o entendimento da reclamante – a
mesma Telemar Norte Leste S.A., conforme o voto proferido pelo juiz de
direito Robinson José de Albuquerque Lima, cuja ementa transcrevo a seguir:
É como voto.
541
Direito Processual
É o relatório.
Decido.
542
Direito Processual
Se a advogada não tinha poderes para receber intimação jamais poderia ter
comparecido ao juizado para tomar ciência da sentença.
É como voto.
543
Direito Processual
544
Direito Processual
Relatei.
DECIDO.
545
Direito Processual
É COMO VOTO.
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Direito Processual
9. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Eis o relatório.
Nesse sentido:
547
Direito Processual
É como voto.
548
Direito Processual
549
Direito Processual
É O RELATÓRIO.
DECIDO
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Direito Processual
551
Direito Processual
552
Direito Processual
Nesse sentido, eis a lição de jurisprudência adotada por este juízo como
fundamento desta decisão:
“Os embargos de declaração não se prestam para submeter o que foi decidido
a um novo exame, como se se tratasse de recurso capaz de modificar a presta-
ção jurisdicional. Visam escoimar a sentença ou o acórdão de defeitos técnicos,
tornando-os claros para o exato cumprimento do comando decisório. A parte não
pode, a pretexto de obter uma declaração do exato sentido do julgado, valer-se
dos embargos para novo pronunciamento jurisdicional, reformando o anterior, nem
para prequestionar matéria não discutida, com vistas a recurso à instância superior.
A via declaratória é imprópria para impugnar a justiça da decisão. Se houve erro
no julgamento, a questão desafia recurso próprio” (Verbete 12 – T1 – TRT10).
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Direito Processual
554
Direito Processual
É como voto.
555
Direito Processual
Passo ao voto.
556
Direito Processual
EMENTA:
RESPONSABILIDADE CIVIL. SPC. INSCRIÇÃO. NOVAÇÃO. PARCELAMENTO
DA DÍVIDA. OMISSÃO DO CREDOR ORIGINÁRIO DE DETERMINAR A BAIXA
DO APONTAMENTO. DANO MORAL CONFIGURADO.
1. – Comprovado que o credor originário, não obstante cientificado sobre
o parcelamento da dívida, omitiu-se em determinar a baixa da inscrição no
SPC, está configurado o dano moral.
2. – O arbitramento do dano moral é ato complexo e o julgador deve pon-
derar a extensão do dano, a condição sócio-econômica das partes, a razoa-
bilidade, o caráter pedagógico/punitivo da condenação e a impossibilidade
da indenização constituir-se em fonte de enriquecimento indevido, dentre
outras variantes.”
557
Direito Processual
É como voto.
558
Direito Processual
Do mesmo modo, não foi omissa a decisão embargada, a qual, de fato deixou
de analisar o mérito da questão apresentada porque a mesma foi no sentido
de indeferir a petição inicial e extinguir o processo sem resolução de mérito.
Nesse sentido, eis a lição de jurisprudência adotada por este juízo como
fundamento desta decisão:
559
Direito Processual
“Os embargos de declaração não se prestam para submeter o que foi deci-
dido a um novo exame, como se se tratasse de recurso capaz de modificar a
prestação jurisdicional. Visam escoimar a sentença ou o acórdão de defeitos
técnicos, tornando-os claros para o exato cumprimento do comando decisó-
rio. A parte não pode, a pretexto de obter uma declaração do exato sentido
do julgado, valer-se dos embargos para novo pronunciamento jurisdicional,
reformando o anterior, nem para prequestionar matéria não discutida, com
vistas a recurso à instância superior. A via declaratória é imprópria para
impugnar a justiça da decisão. Se houve erro no julgamento, a questão
desafia recurso próprio” (Verbete 12 – T1 – TRT10).
560
Direito Processual
matéria trazida aos autos pelas partes, interpretando a lei e os fatos postos
à sua apreciação, em consonância com a legislação constitucional e infra-
constitucional pertinente à espécie.
561
Direito Processual
É como voto.
562
Direito Processual
È COMO VOTO
563
Direito Processual
Isso porque o acórdão embargado abordou toda a matéria nos limites que
foi posta em julgamento.
É certo que mesmo nos casos de omissão a respeito de uma questão federal
ou constitucional que devesse ter sido objeto de discussão no julgamento,
os embargos de declaração devem observar os limites traçados pelo art. 535
do CPC, somente podendo ser recebido se forem apontadas obscuridade,
564
Direito Processual
In casu, o acórdão combatido apurou toda a matéria trazida aos autos pelas
partes, interpretando a lei e os fatos postos à sua apreciação, em consonância
com a legislação constitucional e infraconstitucional pertinente à espécie.
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Direito Processual
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Direito Processual
VOTO
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Direito Processual
Destaco que existe Recurso cabível em caso de decisão que denega segui-
mento a recurso inominado, qual seja, Recurso Extraordinário. É pacífico,
porém, a aplicação da Súmula 280, do STF, a qual dispõe, n verbis:
574
Direito Processual
A impetrante justifica seu pedido no fato de que o recurso está com seu
preparo devidamente recolhido, tendo em vista a condenação em pagar,
fundamentado na referida Lei Estadual, em seu art. 4º, e no Enunciado nº
36 deste Colégio Recursal.
575
Direito Processual
576
Direito Processual
É como voto.
577
Direito Processual
Relatório.
É o relatório.
Voto do relator.
578
Direito Processual
rança quando se tratar: (i) de ato do qual caiba recurso administrativo com
efeito suspensivo, independente de caução; (ii) de decisão judicial da qual
caiba recurso com efeito suspensivo; (iii) de decisão judicial transitada em
julgado”, enquanto o seu art.10 estabelece que “a inicial será desde logo
indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de
segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o
prazo legal para a impetração.”
579
Direito Processual
580
Direito Processual
Nesse sentir, deve ser indeferida a inicial, com fundamento na Súmula 268
do Supremo Tribunal Federal que fora incorporada por assim, dizer, ao novo
texto da Lei Mandamental, tendo em vista o trânsito em julgado da decisão
atacada, visto que a mesma foi publicada na sessão de julgamento do dia
12/05/2010, com trânsito em julgado certificado no dia 28/05/2010, nos
termos da já referida Certidão de fl.184 dos autos, vindo o presente mandado
de segurança a ser impetrado apenas no dia 09/09/2010.
Com efeito, tem-se a Súmula nº 268 do STF: “não cabe mandado de segu-
rança contra decisão com trânsito em julgado”.
“Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando
não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos
legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração.”
Desse modo, com base no Art. 5º, inciso II, c/c o Art.10º, “Caput”, ambos da
Lei nº. 12.016/2009, indefere-se a petição inicial do presente Mandado de
Segurança na forma ainda, do Art.267, I, do CPC, deixando-se de condenar
a impetrante em honorários advocatícios por incabíveis na espécie (Súmula
512/ STF e 105/STJ).
581
Parte III
Direito Penal
Direito Penal
1. APELAÇÃO CRIMINAL
RELATÓRIO
585
Direito Penal
É O RELATÓRIO.
VOTO
Em seu parecer, a Bela. LUCIANA DE BRAGA VAZ DA COSTA opina pela ma-
nutenção da sentença, argumentando que os crimes definidos pelo Estatu-
to do Idoso são de ação penal pública condicionada. Além disso, de acordo
com a mesma norma, não só os crimes definidos pelo Estatuto, como todos
os demais cometidos contra idoso são de iniciativa do Promotor de Justi-
ça. Aduz ainda que o recorrente não possui legitimidade para impetrar o
presente recurso, uma vez que em nenhum momento, nem no curso da
instrução, nem antes dela, foi deferida a assistência ao subscritor da ape-
lação. No mérito, também opinou a Douta. Promotora pela improcedência
da apelação, uma vez que as provas trazidas aos autos não comprovam
existência material e a autoria dos crimes e das contravenções.
586
Direito Penal
Vistos, etc.
587
Direito Penal
NO MÉRITO:
É o relatório.
Voto
588
Direito Penal
Por todo o exposto é que opino pelo conhecimento do recurso para dar
provimento e declarar a nulidade do procedimento e consequentemente da
sentença atacada.
589
Direito Penal
Ora, o TCO pode ser comparado ao inquérito policial e, como tal, seu ar-
quivamento dependerá de provocação do Órgão do Ministério Público. Na
hipótese aqui tratada, o magistrado, sponte sua, determinou o arquivamento,
sem a necessária manifestação do Parquet.
590
Direito Penal
É como voto.
Sustenta o recorrido que não há provas suficientes nos autos para a sua
condenação, alegando que as declarações das testemunhas em nada
acrescentaram a instrução do processo, logo não teriam forças para
ratificar as palavras da vítima. Alega, ainda, que cabe à acusação de-
monstrar de forma plena e convincente a culpa do acusado, restando
a esse a absolvição, quando restar dúvidas, em virtude do princípio in
dubio pro reo, requerendo, por fim, a manutenção da sentença de ab-
solvição do réu, com base no artigo 386, III e VII do Código de Processo
Penal pátrio.
591
Direito Penal
É O RELATÓRIO
VOTO
592
Direito Penal
593
Direito Penal
Diante do exposto, não ficou demonstrado qualquer fato que pudesse lan-
çar dúvidas sobre as declarações da vítima ou das testemunhas. Destarte,
o voto é no sentido de conhecer do recurso, e lhe dar provimento, devendo
ser a sentença reformada e o réu condenado nas sanções do art. 65 da lei
de Contravenções Penais.
Com efeito, com base na análise acima esboçada, fixo a pena base em 02
(dois) meses de prisão simples, pena que torno definitiva ante a ausência
de circunstâncias atenuantes ou agravantes,nem mesmo a do art. 61,
II, e, já que os depoimentos trazidos á colação, informam que o réu já
se encontrava separado da vítima há mais de um ano dos fatos da ação
penal em tela.
594
Direito Penal
Vistos, etc.
595
Direito Penal
É o relatório.
Voto
Analisando a preliminar suscitada tenho que não tem razão de ser. Não
obstante de forma por demais suscinta não se pode dizer que o juízo a quo
não tenha fundamentado a sentença. Da leitura atenta resta claro que se
apegou a magistrada aos depoimentos em juízo ressaltando inclusive que
o réu não compareceu para esclarecer a ocorrência.
Quanto ao mérito:
A meu sentir das provas colhidas restou no mínimo a dúvida do que de fato
ocorreu e esta vem em benefício dos réus/recorrentes.
A resistência sem violência, sem grave ameaça, sem ofensa a honra subjetiva,
certamente pode ser atribuída ao estado ébrio de ambos os recorrentes na
ocasião mas que não se configura em desacato, até porque, por fim, a ordem
foi efetivamente cumprida com os policias envidando a força necessária.
596
Direito Penal
Vistos etc.
597
Direito Penal
É o relatório.
Voto
De tudo analisado, tenho que a Douta Magistrada decidiu o fato com justiça.
O que a prova dos autos esclarece e a juíza sentenciante soube bem analisar
é que as condutas do apelante se amoldam sim, ao fato típico descrito no
art. 129 da Lei Penal, com todas as suas elementares. “
598
Direito Penal
599
Direito Penal
Eis o relatório.
VOTO
600
Direito Penal
601
Direito Penal
Certo é que a denuncia imputa ao apelante o delito previsto no art. 42, inciso
II da Lei de Contravenções Penais que diz que se encontra incurso nas penas
do citado dispositivo legal quem perturba o trabalho ou sossego alheios no
exercício de sua profissão de forma incômoda e ruidosa, em desacordo com
as prescrições legais.
O sujeito ativo do ilícito é pessoa física, tanto é que foi denunciado o Sr. Breno
Emmanuel Bernardo Neves como responsável pela perturbação, havendo
o Ministério Público indicado a pessoa do pastor como causador do delito.
No entanto, a prova produzida não foi suficiente nem para se chegar à certeza
do cometimento do ilícito, muito menos para responsabilizar o recorrente
pela conduta a ele apontada.
602
Direito Penal
Como nenhuma outra prova foi trazida à baila além da palavra da vítima e de sua
testemunha torna-se deveras frágil e insuficiente a acusação contida na denúncia.
2. HABEAS CORPUS
RELATÓRIO
603
Direito Penal
VOTO
604
Direito Penal
VOTO
605
Direito Penal
Portanto, vê-se que a denúncia narra fato em tese típico e não fato que a
evidencia não seja crime, assim é que só mesmo a instrução criminal vai
trazer os elementos de convicção necessários para se esclarecer se incorreu
ou não o ora paciente nas sanções previstas no art. 42 da LCP.
VOTO DO RELATOR
606
Direito Penal
A dinâmica processual empreendida nos autos foi a seguida pela lei que
disciplina os juizados especiais, logo, não poderia o juízo monocrático pre-
sidir o feito e, muito menos, exaurir a jurisdição com provimento definitivo.
À vista do exposto, voto no sentido de abrigar a ordem, anulando-se a
decisão, com subseqüente remessa ao juízo competente.
É como voto.
607
Parte IV
Enunciados
Enunciados
ENUNCIADOS CÍVEIS
611
Enunciados
Enunciado 16 – (CANCELADO).
Enunciado 18 – (CANCELADO)
612
Enunciados
Enunciado 29 – (CANCELADO)
613
Enunciados
Enunciado 34 – (CANCELADO)
614
Enunciados
615
Enunciados
Enunciado 56 – (CANCELADO).
Enunciado 57 – (CANCELADO).
616
Enunciados
617
Enunciados
618
Enunciados
619
Enunciados
620
Enunciados
621
Enunciados
622
Enunciados
Enunciado 123 – O art. 191 do CPC não se aplica aos processos cíveis que
tramitam perante o Juizado Especial. (Aprovado no XXI Encontro – Vitória/ES).
Enunciado 127 – O cadastro de que trata o art. 1.°, § 2.°, III, “b”, da
Lei nº. 11.419/2006 deverá ser presencial e não poderá se dar mediante
procuração, ainda que por instrumento público e com poderes especiais
(Aprovado Fonaje Florianópolis/SC).
623
Enunciados
Enunciado 129 – Nos juizados especiais que atuem com processo ele-
trônico, ultimado o processo de conhecimento em meio físico, a execução
dar-se-á de forma eletrônica, digitalizando as peças necessárias (Aprovado
Fonaje Florianópolis/SC).
624
Enunciados
625
Enunciados
Enunciado 143 (novo) – A decisão que põe fim aos embargos à execução
de título judicial ou extrajudicial é sentença, contra a qual cabe apenas re-
curso inominado. (Aprovado por unanimidade no XXVIII FONAJE – BA, 24
a 26 de novembro de 2010).
626
Enunciados
627
Enunciados
ENUNCIADOS CRIMINAIS
628
Enunciados
Enunciado 21 – (CANCELADO).
Enunciado 23 – (CANCELADO).
629
Enunciados
Enunciado 26 – (CANCELADO).
630
Enunciados
Enunciado 41 – (CANCELADO).
Enunciado 45 – (CANCELADO).
631
Enunciados
632
Enunciados
633
Enunciados
634
Enunciados
635
Enunciados
636
Enunciados
637
Enunciados
638
Enunciados
639
Enunciados
640
Enunciados
641
Enunciados
642
Enunciados
643
Enunciados
644
Enunciados
645