Treinamento Aeróbio e Anaeróbio
Treinamento Aeróbio e Anaeróbio
Treinamento Aeróbio e Anaeróbio
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Endereço para correspondência: Ana Paula Serra de Araújo. Rua Natal, 2982, CEP 87.504-
230, Centro, Umuarama, Paraná, Brasil. Telefone: (44) 3624-2003 / 9129-6105.
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RESUMO
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ABSTRACT
Among the various forms of physical training have existing two basic classifications that are
called aerobic and anaerobic training which basically refers to the type of energy metabolism
that is and / or is being used preferentially during physical activity. Aiming at these two
modes of physical training in this study aims to briefly review the literature on the aerobic and
anaerobic training, addressing the physiological aspects related to these arrangements and
their use in sports. Through literature review it was concluded that aerobic exercise training
only if there is oxygen consumption (O2) by the body and this type of exercise is for most of
the daily physical activities that people perform (low intensity and long duration) and
anaerobic training with regard to physical activities that are performed with no O2
consumption by the body to obtain energy, that are activities that involve strength training
(high intensity and short duration).
INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje muito se tem falado sobre a importância da prática de atividade física
para a manutenção da saúde, e sobre como a prática de atividade física pode vir a ser um
método eficaz para a prevenção de doenças do aparelho cardiorrespiratório, vasculares, ósseas
e do diabetes (GAVINI, s.d; LEITE, 2000).
Já é sabido que os efeitos e benefícios a nível fisiológico promovidos pela prática
regular de uma atividade física são inúmeros e vão desde: O aumento do Consumo máximo
de oxigênio (VO2 Max), melhora da circulação sanguínea periférica, aumento da massa
muscular, melhora do controle glicêmico, do perfil lipídico e diminuição do conteúdo
gorduroso total do corpo através da redução do acúmulo de células adiposas entre outros
(SANTOS et al., 2006; EVANGELISTA, 2003).
Dentre as diversas modalidades de treinamento físico existente temos duas
classificações básicas que são denominadas de treinamento aeróbio e anaeróbio que se
referem basicamente ao tipo de metabolismo energético que está e/ou que estará sendo
utilizado preferencialmente, durante a prática de atividade física (SANTAREM, 1998).
Por definição o treinamento e/ou exercício aeróbio é definido como: O exercício no
qual o O2 funciona como fonte de queima dos substratos que produzirão a energia
transportada para o músculo em atividade. São exercícios de longa duração, contínuos de
baixa e/ou moderada intensidade e prolongados. Que estimulam e beneficiam principalmente
os sistemas cardiorrespiratório, vascular e metabólico. Sendo exemplos bastante típicos deste
tipo de exercício físico as corridas, o ciclismo e a natação (SANTAREM, 1998; GAVINI,
s.d).
Já o treinamento e/ou exercício anaeróbio é, por definição, um exercício de força, que
exige a contração muscular contra uma resistência. Na maior parte das vezes, este tipo de
treinamento e/ou exercício não está associado ao movimento e utiliza uma forma de energia
que independe do uso do O2, sendo este tipo de treinamento e/ou exercício basicamente os de
alta intensidade e de curta duração, no qual a fadiga muscular surge mais rapidamente e os
exercícios são realizados de forma interrompida, para intercalar períodos de descanso com
períodos de atividade, sendo um exemplo típico deste tipo de atividade física a musculação
(SANTAREM, 1998).
Durante um programa de treinamento físico completo de o educador físico deverá
durante as escolhas dos exercícios a ser executados em seus alunos/clientes deve apresentar os
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dois tipos de atividade física (aeróbia e anaeróbia), para melhorar a resistência
cardiorrespiratória, fortalecer músculos, desacelerar a perda de massa muscular e evitar a
perda de massa óssea, além de muito alongamento para manter e melhorar a flexibilidade
muscular.
Visando os fatos acima relatados o presente trabalho tem por objetivo fazer uma breve
revisão de literatura sobre os aspectos fisiológicos do treinamento aeróbio e anaeróbio,
visando definir o que é o treinamento aeróbio e anaeróbio, exemplificar modalidades de
atividade física relacionadas ao treino aeróbico e ao treino anaeróbico e a sua aplicabilidade
nos esportes de alto rendimento, além dos benefícios promovidos por ambos os tipos de
treinamento aeróbio e anaeróbio.
REFLEXÕES
O treinamento aeróbio
Conforme Bem (1999) o treinamento aeróbio fornece uma serie de benefícios a nível
psicofisiológico tais como: Redução e/ou manutenção baixa das taxas e/ou a porcentagens de
a gordura corporal; aumento da capacidade do corpo de queimar gorduras durante os
exercícios e nos períodos de descanso (atividade lipolítica); melhora da composição corporal;
melhora do bem estar cardiovascular; redução dos níveis de estresse e de ansiedade; melhora
da auto estima, da capacidade de realização, confiança e o humor; redução dos níveis
pressóricos, dos níveis de colesterol, triglicerídeos; redução do risco de se desenvolver
problemas cardiovasculares.
Segundo Almeida e Araújo (2003) muito embora já se saiba que os exercícios moderados
contribuem para a melhora da qualidade de vida e/ou para o aprimoramento do estado de
saúde, há evidências consistentes e recentes de que exercícios de alta intensidade ou vigorosos
produzem efeitos positivos ainda mais importantes sobre o perfil lipídico, com reduções de
até duas vezes nas taxas de mortalidade em período superior a uma década.
De acordo com estes mesmos autores os efeitos agudos e crônicos da pratica regular de
atividade física sobre o funcionamento do corpo humano têm sido alvo de inúmeras pesquisas
nas últimas décadas. E estas pesquisas tem demonstrado aparentemente, que os indivíduos
melhor condicionados aerobicamente possuem uma atividade autonômica mais eficiente do
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que os indivíduos considerados sedentários, havendo também indícios de que os indivíduos
com melhor tônus vagal cardíaco respondem melhor a um treinamento aeróbio.
O esporte de alto rendimento e o treinamento aeróbio
Para Cambraia e PulcinellI, (2002) o esporte de alto rendimento vem apresentando
uma evolução muito acentuada nos últimos 20 anos, principalmente devido ao embasamento
científico oriundo de áreas como a fisiologia do exercício, biomecânica e da área de
psicologia aplicada aos esportes. Os avanços na fisiologia desportiva promoveram um
interesse no desenvolvimento de perfis fisiológicos, capazes de descrever as qualidades e
características associadas aos atletas de elite nas mais variadas modalidades esportivas. Tais
perfis apresentam uma considerável aplicação no desenvolvimento do esporte e no
fornecimento de dados sobre atletas de elite, com os quais torna se possível a comparação
com dados de atletas aspirantes.
Segundo Cambraia e Pulcinelli (2002) há algum tempo já se estuda o comportamento
do organismo frente aos estímulos provocados pelo treinamento de resistência aeróbia, e a
fisiologia do exercício é, talvez, a área que mais vem contribuindo com estudos sobre o
assunto. Em geral, há um consenso sobre os efeitos do treinamento aeróbio sobre o
organismo, de forma que a maioria dos livros e periódicos abordam de forma semelhante esse
conteúdo.
De acordo com Fox, Bowers e Foss (apud CAMBRAIA; PULCINELLI, 2002) o
treinamento induz alterações fisiológicas em quase todos os sistemas do corpo,
particularmente dentro da musculatura esquelética (adaptações periféricas) e do sistema
cardiorrespiratório (adaptações centrais).
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um aumento gradual na quantidade de gordura utilizada para a produção de energia de até
80% acima do valor da energia total exigida para a execução da atividade física.
De acordo com Koury e Donangelo (2003) durante a prática de atividade física o
consumo de oxigênio pelo organismo e aumenta em cerca de 10 a 20 vezes acima do valor do
consumo de O2 total requerido pelo corpo, podendo ainda a captação de oxigênio pelo
organismo ser aumentada em até 200 vezes pelo tecido muscular.
Segundo Rodrigues (2004) o consumo de O2 e produção de dióxido de carbono pelos
tecidos estão muito aumentados em relação ao repouso.
Autores como Santos e Guimarães (2003) explicam que o consumo máximo de
oxigênio o VO2 máx alcançam um platô durante a prática de atividade física e não mostra
qualquer aumento adicional ou aumenta pouco com uma carga adicional de trabalho. Para este
mesmos autores o VO2 máx mede a capacidade funcional dos pulmões e do sistema
cardiovascular, relacionando-se dependendo dos sistemas de fornecimento, transporte,
chegada e utilização do oxigênio. Sendo que o VO2 máx e o limiar anaeróbico têm sido
utilizados para avaliar a gravidade do comprometimento cardíaco. O O2 esta intimamente
ligada com a velocidade de utilização de ATP.
Para Guirro e Guirro (2004) o consumo de O2 varia de acordo com a temperatura.
Estes mesmos autores explicam que em uma temperatura de 37º C uma célula apresenta um
VO2 máx de 100% ao passo que quando a temperatura diminui o consumo de O2 também
diminui, como por exemplo em uma temperatura de 15º C a necessidade de consumo de O2
pela célula e reduzido em 10%. Sendo os respectivos autores explicam que durante a prática
de atividade física ocorre um aumento no fluxo sangUíneo muscular devido ao aumento na
demandas de oxigênio, da frequência cardíaca e respiratória, pela maior oxidação dos ácidos
graxos com consequente diminuição do glicogênio, redistribuição do fluxo sanguíneo que
resulta da vasoconstrição reflexa das arteríola que irrigam as áreas inativas do corpo (órgãos e
vísceras), músculos ativos e da vasodilatação nos músculos ativos que causam o aumento da
temperatura local, aumento da concentração de dióxido de carbono e dos níveis de acido
lático.
Conforme Viviani; Garcia (2004) o exercício físico torna se um potente estressor do
corpo que leva o corpo para longe do desequilíbrio influenciando diversos processos que
dependem de ATP. Dentre os benefícios promovidos pela prática de atividade física regular
além dos já citados temos também o aumento da capacidade em hidrolisar o triacilglicerol do
tecido adiposo e oxidar os ácidos graxos que chegam ao músculo, a fim de se atender o
aumento da demanda energética impostas pelos mesmos durante a prática da atividade física,
além da liberação de substâncias como a adrenalina e noradrenalina que se ligarão aos
receptores B – adrenérgicos das membranas dos adipócitos, desencadeando uma serie de
reações em cadeia.
Segundo Curi et al. (2003) durante a prática de atividade física aeróbia atividade
lipolítica está aumentada o que resulta em um aumento significativo no número e na atividade
das mitocôndrias além de um aumento na oxidação de AGL. E as consequências metabólicas
dessas adaptações do músculo ao treinamento aeróbio exercem importante papel com relação
aos seguintes aspectos de acordo com Filho (2001) relacionados ao aumento da resistência
aeróbia e o aumento da capacidade para exercitar.
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cardíaco, da extração de O2, da função respiratória e do fluxo e distribuição do sangue no
corpo descritas a seguir:
Filho (2001) ressalta que alguns estudos realizados a respeito dos efeitos do
treinamento de resistência aeróbia sobre o organismo, tem classificados estas adaptações em
bioquímicas, sistêmicas (em repouso, durante exercício submáximo e durante exercício
máximo), respiratórias e outras, que conforme Gueths e Flor (2004) são: Aumento do número
das mitocôndrias do músculo esquelético; da atividade enzimática; redução da gordura
corporal; maior capacidade de oxidação de carboidratos e gorduras; promove modificações
nas fibras musculares, tais como aprimoram seus potenciais aeróbicos já existentes, promove
a hipertrofia seletiva nas fibras vermelhas e brancas de acordo com o tipo de treinamento,
com sobrecargas específica; além de uma série de outras adaptações que vão desde alterações
nos níveis de colesterol e de triglicerídeos (menor nível de colesterol sérico, LDL e aumento
nos níveis de HDL; Alterações nos ossos tais como estimulação do crescimento no
comprimento e na circunferência do osso, com baixa intensidade no exercício. Em alta
intensidade esses efeitos são inibidos, fazendo aumentar a densidade óssea; Alterações nos
ligamentos e tendões, que com o treinamento aeróbio o indivíduo consegue sustentar maiores
tensões e, com isso existe menos chances de surgirem lesões nos ligamentos e nos tendões;
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alterações nas articulações e nas cartilagens, o treinamento promove um aumento na espessura
da cartilagem em todas as articulações entre outros como os benefícios ao nível psicológicos
que com a prática regular de atividade física independente da idade, tem a possibilidade de
modificar favoravelmente o estado psicológicos de homens e mulheres,através da redução no
estado de ansiedade, redução na depressão de ligeira a moderada; redução no neuroticismo
(em exercícios a longo prazo), melhora no humor, auto estima e auto imagem e redução dos
índices de estresse.
Sistema Anaeróbio
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exercícios realizados por sessão causando adaptações necessárias ao metabolismo (SOARES,
2001).
O efeito do treinamento anaeróbio pode ser decorrente de alterações morfológicas,
fisiológicas ou psicológicas. Essas adaptações metabólicas que acompanham o treinamento,
exigem um alto nível de metabolismo que produzem alterações específicas nos diferentes
sistemas de transferência de energia.
Em decorrência do treinamento anaeróbio os músculos esqueléticos, resultantes do
treinamento anaeróbio, apresentam maiores capacidades do sistema ATP-CP e da glicose
anaeróbia em gerar ATP. Isso se dá com um aumento nos níveis de substratos anaeróbios em
repouso que indicam um aprimoramento da força muscular (com aumentos significativos de
ATP e CP, creatina livre e glicogênio). Em decorrência dessas alterações, também há um
aumento na quantidade e na atividade das enzimas-chave que controlam a fase anaeróbia do
fracionamento da glicose, bem como o treinamento pode ocasionar aumentos significativos no
tamanho das fibras musculares de contração rápida (SOARES, 2001).
Mediante está revisão de literatura foi possível concluir que o treinamento aeróbio só
existe se houver O2, ou seja, se houver consumo de O2 pelo organismo, se refere a maioria
das atividades físicas diárias que as pessoas realizam durante o dia indo desde o dormir até o
andar e sentar. Que este tipo de treinamento dito aeróbio reduz as reservas de gordura
corporal, pois melhora a capacidade de queima de energia do organismo contribuindo para a
perda de peso corporal (substituição de massa gorda “gordura” por massa magra ”músculo”),
sendo ainda o treinamento aeróbio considerado aquele que envolve a execução de exercícios
físicos de longa duração e baixa intensidade. Ao passo que o treinamento anaeróbio se refere
às atividades físicas que não necessitam de oxigênio para serem realizadas, se referindo,
portanto as atividades físicas que envolvem o treino de força (musculação) sendo os
exercícios executados no treinamento aeróbios aqueles de alta intensidade e curta duração.
REFERÊNCIAS
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