Seminário - Extenso

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES - CCHLA


CURSO DE LETRAS

JOÃO VICTOR SALES DA SILVA


JOSÉ MICAEL SIMÕES CORDEIRO
WAGNER THIAGO LINS ALVES

SEMINÁRIO:
Um trabalho metalinguístico a
respeito de um gênero discursivo

JOÃO PESSOA/PB
2023
JOÃO VICTOR SALES DA SILVA
JOSÉ MICAEL SIMÕES CORDEIRO
WAGNER THIAGO LINS ALVES

SEMINÁRIO:
Um trabalho metalinguístico a
respeito de um gênero discursivo

Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia


do Trabalho Científico - GDLPL0035, como
requisito parcial para a obtenção de nota.

Orientador: Prof. Dra. Regina Baracuhy e Profa.


Ma. Laís Di Lauro

JOÃO PESSOA/PB
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................4
1.2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................... 4
1.3 OBJETIVOS.................................................................................................................. 4
1.4 METODOLOGIA.......................................................................................................... 4
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................. 5
2.1 DEFINIÇÃO..................................................................................................................5
2.2 FUNÇÃO....................................................................................................................... 6
2.3 PLANEJAMENTO........................................................................................................ 7
2.4 ROTEIRO...................................................................................................................... 7
2.5 TEMPO..........................................................................................................................8
2.6 CONTEÚDO................................................................................................................. 8
2.7 FORMA......................................................................................................................... 9
2.8 APRESENTAÇÃO........................................................................................................ 9
2.9 AVALIAÇÃO...............................................................................................................10
2.10 CONCLUSÃO........................................................................................................... 10
3 EXERCÍCIOS............................................................................................................... 10
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 11
REFERÊNCIAS...............................................................................................................12
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1 INTRODUÇÃO

Os gêneros discursivos permeiam a vida cotidiana tanto quanto a vida acadêmica


ao serem características intrínsecas da comunicação social. Há, no entanto, que destacar a
potencialidade de determinados gêneros como meios de contribuir coletivamente para
aquilo que, normalmente, encontra-se com seu desenvolvimento em bastante dificuldade,
tal qual a educação.

Notório, à vista disso, o gênero seminário que, por muitas vezes, encontra-se
como ferramenta facilitadora da didática em diversos campos: profissionais, educacionais
e políticos. O seminário é, a grosso modo, um veículo de comunicação pedagógica.

Ao longo deste trabalho, será esmiuçado as dimensões e capacidades do


seminário, assim como a decomposição de sua estrutura para total compreensão de sua
configuração em forma de gênero discursivo.

1.2 JUSTIFICATIVA

O tema seminário marca-se como de extrema importância para a formação


acadêmica e desenvolvimento profissional, pois tende a trazer maior contato com o
interlocutor e é uma ferramenta fundamental para aprimoramento de habilidades
metodológicas do locutor.

Sendo cada vez mais trazido ao ambiente educacional e tornando-se cada vez
mais intrínseco a esse, justifica-se sua escolha pelo tamanho da importância e da
necessidade de uma didática familiar a respeito do tema.

1.3 OBJETIVOS

Apresentar uma explanação a respeito do gênero discursivo seminário com o


intuito de nortear, didaticamente, aqueles que o pretendem produzir. Ademais, também
pretende-se abordar o tema através dele mesmo, evidenciando sua importância para o
meio acadêmico.

1.4 METODOLOGIA

A metodologia presente neste trabalho se deu por uma extensa pesquisa


bibliográfica de livros teóricos e artigos científicos a respeito do tema, estendendo-se até
mesmo aqueles que não o abordam de maneira exclusiva, mas definem sua importância
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entre os gêneros discursivos. Evidencia-se, claramente, a perspectiva de Mikhail Bakhtin


em relação aos gêneros discursivos que tendem a expor, oralmente, conceitos de maneira
indissociável a estilística de quem o escreve, assim como suas funções temáticas e
composicionais.
Reforçando o conteúdo mediante as dissertações das autoras Cláudia Goulart e
Maria Helena Rodrigues Chaves - cujas proximidades com o gênero discursivo se deram
dentro da sala de aula. Imprescindivelmente, buscou-se um intermédio entre ambas
perspectivas, por meio do artigo científico de Marilúcia dos Santos Domingues Striquer e
Felipe da Silva Mendonça em conjunto com o livro de Fabio Scorsolini-Comin.

Elencando uma curadoria entre os participantes do grupo, foi necessário o


destrinchamento dos elementos essenciais de cada teórico, a fim de sintetizar e dar mais
praticidade ao produto final. Através disso, foi possível formatar um texto coeso e
didático para apresentação.

Por intermédio dos recursos visuais, foi possível entregar um caráter


metalinguístico para maior aproveitamento do conteúdo editado, ao colocar o interlocutor
dentro da criação de um seminário.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao decorrer da trajetória universitária, é dada quase como certa a necessidade de


apresentações educacionais que trabalham a oralidade, os chamados seminários. Como a
própria etimologia da palavra sugere ao derivar-se do latim seminarium (ou seja,
semente), tem como objetivo disseminar ideias e informações de teor diverso através de
sua exposição. Ainda é possível encontrar correlações com a concepção de palestra e
aula, onde é notório a função comunicativa de maneira didática para um público geral ou
determinado em norma culta.

2.1 DEFINIÇÃO

A função comunicativa presente, portanto, é abordada por Bakhtin em seu texto


“O gênero do discurso” ao definir os gêneros discursivos como formas “relativamente
estáveis” de enunciados. Esses gêneros, consequentemente, se dividem em dois grupos:
primários e secundários. Os primários são demonstrados no uso comunicativo cotidiano,
enquanto que os secundários em situações mais complexas e técnicas.
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O seminário define-se como um gênero discursivo da oralidade que serve tal qual
uma ferramenta didática para diversas situações, seja no ambiente educacional ou
profissional, atuando como veículo de uma conexão pedagógica entre os interlocutores.
Um gênero que passeia entre os grupos definidos por Bakhtin.

2.2 FUNÇÃO

Dentro do âmbito acadêmico, a funcionalidade do gênero seminário compreende


uma metodologia ativa, tendo em vista a autonomia do estudante, o que não anula a
responsabilidade de orientação do trabalho pelo professor, que oferece sugestões,
recomendações e contribui com exposições e conteúdos necessários para o
desenvolvimento do seminário. O docente atua como mediador para que o discente
assuma um caráter mais ativo e crítico diante do conhecimento enquanto descobre um
novo modo de aprofundar-se na leitura de temas variados.

Exige-se, através do seminário, o posicionamento dos estudantes para produção


de um estudo coletivo de determinado tema, tornando cada seminário único, a partir de
sua dedicação e reunião de conhecimentos de pesquisas qualificadas, mesmo que dois
grupos compartilhem das mesmas fontes, por exemplo.

O professor deve explicitar como o seminário deve ser organizado, subsidiado e


os critérios na atribuição da nota para que haja maior preparo na sua apresentação.

FONTE:Seminários: Como planejar e apresentar (2023).


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2.3 PLANEJAMENTO

Para a elaboração do seminário, se é preciso estabelecer determinados


questionamentos que tendem a facilitar o seu desenvolvimento:

1) Qual o tema que será abordado?


2) Quais as orientações gerais do professor?
3) Qual o tempo de apresentação?
4) Será em grupo? De quantas pessoas?
5) Em qual formato deve ser apresentado?

2.4 ROTEIRO

A partir das respostas dos questionamentos apresentados, se estabelece em


primeiro lugar a formatação do roteiro como um tipo de guia quanto ao que será
apresentado. Estruturalmente falando, o seminário pode ser organizado da seguinte
forma:

Primeiramente, os dados do seminário, tal qual: título do seminário, nomes dos


integrantes, da disciplina e do docente responsável pela mesma.

Em segundo lugar, o sumário do seminário, que poderá facilitar o conhecimento


de quem está assistindo ao apresentar o que será abordado e em qual ordem.

Em terceiro lugar, a apresentação de fato: se introduz o seminário, apresenta-se os


principais conceitos e delimita-se o tema, além de localizar e construir uma familiaridade
com o interlocutor. Em seguida, onde se configura sua maior parte, o desenvolvimento do
seminário que pode ser subdividido em tópicos e organizado de diversas formas.

A conclusão, em quarto lugar, deverá apresentar uma resenha crítica com os


pontos positivos e negativos do gênero a focar nas particularidades mais importantes e
que devam ser levadas pelo receptor, além de expandir o tema de maneira a incentivar o
desempenho crítico do próprio.
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2.5 TEMPO

Ao desenvolver o planejamento, é necessário tratar o tempo rigidamente como


norteador da preparação. No seminário em grupo, em algumas ocasiões pode ser
recomendado que apenas alguns membros o apresentem, mas evidencia-se a importância
de todos eles apresentarem. É imprescindível, assim, verificar a orientação do docente
para com suas condições e se essa parte será avaliada na composição da nota.

Na circunstância de todos os membros do grupo apresentarem, é importante que


haja uma distribuição simétrica de tempo entre os participantes, pois é notório que seu
controle afeta diretamente a performance.

A ordenação de tempo pode ser feita de diferentes modos, onde, por exemplo, há
a influência na quantidade de slides utilizados na apresentação. Entretanto, os ensaios são
partes fundamentais para tal diligência de alinhamento dos componentes. É cabível
deixar a responsabilidade da administração temporal nas mãos de um membro em
específico para melhor organização.

2.6 CONTEÚDO

É comum que os professores incentivem a pesquisa qualificada para que haja


autonomia dos estudantes, embora também exista a possibilidade de recomendações e a
especificação de pontos a serem abordados. É necessário, entretanto, que essas buscas de
informações aconteçam grupalmente ou particularmente de forma rigorosa, pois trazem à
tona informações, a fim de enriquecer o corpo da apresentação com diferentes níveis de
aprofundamento. O conteúdo é o que define um seminário de qualidade.

Deve-se creditar evidentemente os autores que fundamentaram a pesquisa. Ao


haver estudos de mais de uma autoria, tem-se que mencionar o nome do primeiro autor
enquanto que os demais serão aludidos como colaboradores, sempre atentando para como
esses autores normalmente são referidos.

Referente à apresentação por meio dos slides, usa-se o padrão “autor/data”,


cabível a citação da informação no rodapé, em fonte menor. Ao final, será preciso trazer
as referências completas dos estudos mencionados em norma ABNT, caso o docente não
recomende nenhuma especificidade em relação.
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O orientador pode pedir a entrega de um trabalho escrito, cuja forma pode variar
entre um breve ensaio, um roteiro, uma transposição da apresentação ou um trabalho
independente ao seminário, mas do mesmo tema.

2.7 FORMA

O seminário não necessita obrigatoriamente de recursos visuais para sua


funcionalidade, pois ocorre como uma exposição oral, mas a apresentação de slides pode
vir como um suporte bastante útil, cumprindo seu papel como referencial e não principal.

Os slides, sozinhos, não formam um seminário e, sendo assim, precisam ser


construídos de maneira atenta, atrativa e organizada para que haja uma coesão e
uniformidade em sua composição, além de uma atenção à sua sequência lógica.
Pontua-se, então, a necessidade do cuidado minucioso com a norma culta padrão para não
haver erros na construção textual.

O uso de tópicos, figuras e outros aspectos imagéticos tornam a apresentação mais


fluida e facilita o acompanhamento pelo interlocutor, mas precisam de um uso mais
objetivo e uma atenção aos possíveis excessos de informações em seus recursos textuais e
visuais.

2.8 APRESENTAÇÃO

A apresentação será o culminar de todos os pontos antes citados, e depende da


eficiência do grupo para seu desempenho. O seminário necessita de explicações didáticas
que estabeleçam um vínculo com o interlocutor. Tendo isso em vista, os ensaios serão
primordialmente esclarecedores para a maneira que tudo se desenrolará e para aprender
administrar emocionalmente aquilo que poderá trazer dificuldades em meio a ela.

É preciso manter o contato visual e verbal com o público para que haja confiança
no conteúdo que está sendo exposto e, sendo assim, é conveniente a não-leitura dos slides
de maneira integral pois a forma do seminário não irá transpor a apresentação, mas será
um elemento interativo durante ela, servindo para apontamentos, localizações de aspectos
e ilustrações textuais.
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2.9 AVALIAÇÃO

Formalmente, a avaliação se dá pelo cumprimento dos critérios previamente


estabelecidos como, por exemplo, o cumprimento do tempo. Pertinentemente, se dá
também pela exploração do tema, nível de profundidade e o posicionamento crítico em
relação ao mesmo. Considera-se também elementos estéticos e seleção de fontes de
pesquisa, para determinar a qualidade do embasamento teórico.

Em suma, a avaliação, como espera-se de um ambiente acadêmico, precisa notar a


desenvoltura do aluno para com o seminário de maneira a evoluir suas questões de
ponderação e discernimento em relação a temas diversos criteriosamente para sua
formação.

2.10 CONCLUSÃO

O gênero discursivo seminário exige bastante empenho para sua produção, a


contar que seja algo de caráter didático e que precise agir de tal maneira a fim de alcançar
sua funcionalidade e cumprir seu papel, tornando-o de maneira alguma prático de ser
feito ao demandar bastante tempo e preparo.

Entretanto, o gênero tende a exercitar o trabalho de pesquisa em grupo e


individual, além de tornar o estudante mais próximo ao conteúdo tendo em vista a
necessidade de uma noção crítica para selecionar qualitativamente o conteúdo,
fomentando o poder de síntese e compreensão.

3 EXERCÍCIOS

1) De que maneira o seminário pode contribuir para a formação acadêmica do


discente?

Fomentando o aprofundamento de temas relevantes e desenvolvendo a criticidade


do estudante quanto a pesquisa em um só trabalho.

2) Como a apresentação de um seminário atua na avaliação do aluno pelo docente


de maneira individual e em grupo?
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Por ele, o professor consegue ter melhor noção do quão empenhado os alunos
estão nas aulas e nos assuntos abordados, além de ter um panorama generalizado a
respeito do desenvolvimento acadêmico em questões de leitura, pesquisa e aprendizagem.

3) Qual a importância dos seminários para a formação de professores?

Como o seminário e o formato das aulas compartilham do uso do gênero oral para
sua elaboração, o gênero seminário tende a ser um bom ponto de desenvolvimento para
aqueles que almejam se tornarem docentes ao praticar exposições orais.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante ao trabalho apresentado, foi de extrema importância posicionar-se a


respeito do conteúdo abordado para que transpareça educativamente uma uniformidade
para com o tema pesquisado. Precedeu-se a necessidade de grande poder de síntese para
repassar um conteúdo volumoso em caráter de pesquisa com um prazo tão curto de
tempo.

Na formação de um seminário em sentido metalinguístico, isto é, ao apresentar


um seminário por meio do mesmo e pormenorizar as particularidades do gênero, ao
decorrer do desenvolvimento do trabalho foi criando-se uma noção cada vez maior deste
gênero discursivo em questão e quão refletivo seria para graduandos em licenciatura - ou
seja, nós.

Ao recuperar o texto bakhtiniano, teve-se a plena noção e consciência do estudo


do discurso e do dialogismo, ampliando a noção docente para a apresentação de uma aula
ou seminário.
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REFERÊNCIAS

MENDONÇA, Felipe da Silva; STRIQUER, Marilúcia dos Santos Domingues. O gênero


discursivo/textual seminário no livro didático de língua portuguesa, Criar Educação,
Criciúma, v. 9, no1, jan/jul 2020.

GOULART, Cláudia. As práticas orais na escola: o seminário como objeto de ensino.


2005. 210 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Letras, Instituto de Estudos da
Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.

CHAVES, Maria Helena Rodrigues. O gênero seminário escolar como objeto de


ensino: instrumentos didáticos nas formas do trabalho docente. 2008. 183 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Letras, Instituto de Letras e Comunicação,
Universidade Federal do Pará, Belém, 2008.

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal.


Introdução e tradução Paulo Bezerra. 4a Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.
261-269.

SCORSOLINI-COMIN, Fabio. Seminários: Como planejar e apresentar, Centro de


Apoio Editorial da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2023.

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