Contabilidade Básica I - Módulo de Estudo 1

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Contabilidade

Básica I
Módulo de Estudo 1
DISCIPLINA
Contabilidade Básica I – Aula 1
Docente: Camila Nunes

Aula 1 – Noções Preliminares de Contabilidade

Para iniciar nossos estudos primeiro vamos entender algumas diretrizes, tais como:
 Conceito
 Objeto de estudo
 Patrimonio
 Finalidade
 Usuários
 Técnica
 Auditoria
 Princípios contábeis Vamos lá!!

Qual é o Conceito

“Contabilidade é a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos


no patrimônio das empresas seja elas com fins lucrativos ou não.”

OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE

O patrimônio das entidades.

PATRIMÔNIO

Conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados as entidades

FINALIDADES DA CONTABILIDADE

Assegurar o controle do patrimônio administrado e fornecer informações sobre a


composição e as variações patrimoniais, bem como o resultado das atividades
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Contabilidade Básica I – Aula 1
Docente: Camila Nunes

econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins, que podem ser
lucrativos ou meramente ideais.

De acordo com o parágrafo acima, observamos duas funções básicas na contabilidade.


Uma é a administrativa, e a outra é a econômica.
Assim:
– Função administrativa: controlar o patrimônio
– Função econômica: apurar o resultado.

USUÁRIOS DA CONTABILIDADE:

Quem são as pessoas que irão utilizar a informação contábil

– Sócios, acionistas, proprietários;


– Diretores, administradores, executivos;
– Instituições financeiras;
– Empregados
– Sindicatos e associações;
– Institutos de pesquisas
– Fornecedores
– Clientes
– Órgãos reguladores
– Secretarias de Fazenda estadual e municipal
- União
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Contabilidade Básica I – Aula 1
Docente: Camila Nunes

TÉCNICAS CONTÁBEIS

A contabilidade para atingir sua finalidade se utiliza das seguintes técnicas.


Escrituração

É o registro de todos os fatos que ocorrem no patrimônio.

Demonstrações Financeiras

São demonstrativos contábeis obrigatórios e são apresentados num determinado


período. Representam a situação financeira e econômica das empresas ou entidades.
São elas:
– Balanço Patrimonial
– Demonstração do Resultado do Exercício
- Demonstração do Resultado Abrangente
– Demonstração das Mutações do patrimônio Líquido
– Demonstração do Fluxo de caixa
- Demonstração do valor adicionado
- Notas explicativas

Auditoria

É o exame e a verificação da exatidão ou não dos procedimentos contábeis adotados


nas escriturações e demonstrações contábeis.

Análise das Demonstrações Financeiras

Analisa e interpreta as demonstrações financeiras.


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Contabilidade Básica I – Aula 1
Docente: Camila Nunes

PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS

I) o da entidade;
II) o da continuidade;
III) o da oportunidade;
IV) o do registro pelo valor original; ;
V) o da competência; e
VI) o da prudência.

Princípio da entidade: O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como


objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos.

Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Princípio da continuidade: O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade


continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
Princípio da oportunidade.: O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas.

Principio Registro pelo valor original: O Princípio do Registro pelo Valor Original
determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados
pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
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Contabilidade Básica I – Aula 1
Docente: Camila Nunes

Princípio da competência: O Princípio da Competência determina que os efeitos


das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que

se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O


Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e
de despesas correlatas.

Princípio da prudência: O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor


valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
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Contabilidade Básica I – Aula 2
Docente: Camila Nunes

Aula 2 - Estudo do Patrimônio

O principal objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio. Entende-se por


patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações que pertencem a uma pessoa
física ou jurídica com ou sem fins lucrativos. A contabilidade estuda as variações
quantitativas e qualitativas que ocorrem no patrimônio de uma entidade (empresas,
pessoas, entre outras).

O principal objetivo da contabilidade é fornecer aos usuários informações sobre


aspectos de natureza econômica, financeira e física do patrimônio e suas mutações
como suporte à tomada de decisões.

O patrimônio e seus componentes:

Conforme se pode perceber do próprio conceito de patrimônio este é formado pelo


conjunto de bens, direitos e obrigações. Os bens e os direitos representam a parte
positiva do patrimônio e, portanto, fazem parte do ativo. Já as obrigações representam
a parte negativa e assim, fazem parte do passivo. Estas obrigações representam as
obrigações perante terceiro.

A diferença entre os bens, direitos e obrigações resulta no patrimônio líquido que, de


certo modo, também é uma obrigação da entidade só que perante os sócios da mesma.
É por esta razão que no balanço patrimonial o patrimônio líquido se localiza do lado
do passivo.

A seguir detalhamos melhor o que vem a ser os bens, direitos e as obrigações.


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Contabilidade Básica I – Aula 2
Docente: Camila Nunes

BENS

Os bens representam uma categoria de ativo que juridicamente se chama de coisas


podendo ser materiais ou imateriais e que possui um valor econômico. Essas coisas
possuem utilidade para seus possuidores e tem como objetivo satisfazer as
necessidades de quem as possuem.

Classificação

Para o estudo da contabilidade os bens podem ser classificados basicamente de duas


formas que são em relação à sua mobilidade e em relação a tangibilidade como segue:

Em relação à mobilidade

Bens Móveis: são móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção


por força alheia, alteração da substância ou da destinação econômico- social. Neste
sentido, todos os bens passivos de movimentação são considerados como bens
móveis. Ex: Mesa, veículos, quadros, máquinas, estoques etc.Inclui-se na categoria de
bens móveis os bens que têm movimento próprio como nos casos de animais que são
chamados de semoventes como, por exemplo, um cavalo.

Bens Imóveis: ao contrário dos bens móveis e por dedução lógica, são considerados
bens imóveis todos aqueles que não podem ser removidos sem perder as
características. Basicamente esta categoria de bens é representada pelo solo e suas
construções, seja artificial ou natural. Ex: Casas, árvores, terreno etc.
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Contabilidade Básica I – Aula 2
Docente: Camila Nunes

Em relação a tangibilidade

Bens Tangíveis: Os bens tangíveis ou também chamados de bens corpóreos são


aqueles que possuem existência material possuindo uma forma física e passível de
serem tocados. São concretos e visíveis. Ex: quadro, máquinas, casa, etc.

Bens Intangíveis: Já os bens intangíveis ou incorpóreos são aqueles que não


possuem uma existência material ou uma forma física. Não são concretos e também
não são visíveis. Ex: marcas, patente de invenção etc.

Direitos:

No âmbito contábil entende-se por direitos os recursos que a entidade tem a receber
e que se encontram em poder de terceiros. Estes recursos possuem a característica
própria de um ativo que é a capacidade de gerar benefícios presente ou futuros para
a empresa. O exemplo mais comum destes direitos são as duplicatas a receber.

Inclui-se ainda no conceito de direitos as despesas antecipadas.

Obrigações:

As obrigações, contabilmente falando, correspondem às dívidas da empresa perante


terceiros a exemplo das obrigações perante os fornecedores. Compreende um dever
ou responsabilidade de agir ou de desempenhar uma dada tarefa de certa maneira.
As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de contrato ou de
exigências estatutárias. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar
por bens e serviços recebidos.

Exemplos: Salários a pagar, Impostos, fornecedores etc.


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Contabilidade Básica I – Aula 2
Docente: Camila Nunes

Inclui-se ainda no conceito de obrigações as receitas antecipadas

Patrimônio Líquido

Da composição do patrimônio descrita acima deriva o que se chama em contabilidade


de equação fundamental da contabilidade da seguinte forma:

Ativo (bens + direitos)= Passivo (obrigações) + Patrimônio Liquido

Ativo

O ativo também chamado de Patrimônio Bruto, capital aplicado, recursos aplicado ou


capital investido é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a
entidade. É a fonte de investimentos da entidade

Passivo

Já o passivo que pode ser chamado também de capital alheio, capital de terceiro,
passivo exigível ou passivo real é uma obrigação presente da entidade, derivada de
eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos
capazes de gerar benefícios econômicos. É a fonte de financiamento da entidade.

Patrimônio Líquido (PL)

O Patrimônio liquido, comumente chamado apenas de PL é o valor residual dos ativos


da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. O PL também pode ser
denominado de Situação Liquida, Capital Próprio, Passivo não exigível, Passivo Fictício
ou Recurso Próprio
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Contabilidade Básica I – Aula 2
Docente: Camila Nunes

A COMUNICAÇÃO DAS VARIAÇÕES DO PATRIMONIO

A demonstração contábil tem procurado atender à demanda de seus usuários, e por


vezes foi simplesmente este o seu foco. Atualmente, com a convergência das Normas
Brasileiras de Contabilidade à Contabilidade Internacional, as demonstrações contábeis
vêm se especializando em atender aos usuários gerenciais das organizações. Dentro
do cenário globalizado de mercado econômico, é necessário que as demonstrações
financeiras sejam vitrine para as organizações que tem interesse em se lançar em
novos mercados. As mesmas devem ser preparadas com o intuito de revelarem a
situação econômica e financeira das entidades. É a partir da análise das demonstrações
contábeis que, todos os usuários, deveriam ter condições de balizar as decisões em
relação às empresas aos quais estão relacionados. Por exemplo, um acionista

deve ter condições, a partir dos demonstrativos contábeis, de identificar se o seu


investimento na empresa está alcançando o resultado esperado por ele.
O Patrimônio, objeto de estudo da Contabilidade, é resultado da combinação de Ativo
e Passivo. Hoje, é necessário mensurar, evidenciar e classificar corretamente os
elementos patrimoniais que o compõem, afim de que o resultado das demonstrações
dê a maior transparência possível aos usuários. Tanto a definição de Ativo quanto de
Passivo vem sendo aprimoradas na Ciência Contábil.
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Contabilidade Básica I – Aula 3
Docente: Camila Nunes

Aula 3 - CONTAS PATRIMONIAIS, DE RESULTADO E PATRIMONIO

LIQUIDO

O que é a classificação das contas contábeis?

As contas contábeis de uma empresa são classificadas em ativos, passivos, receitas e


despesas. Elas são utilizadas justamente para organizar os registros, dando nome a
cada movimentação realizada pelo negócio. Sem esse método, fazer a análise fica
muito mais difícil. Vamos entender a que atividade ou bem se refere cada uma das
contas contábeis. Vejam essa ilustração da qual vamos estudar

Ativos

Neste grupo ficam as contas nas quais são registrados os bens, créditos e direitos que
compõem o patrimônio da empresa. Alguns exemplos de ativos são: estoque (de
produtos acabados ou de matéria-prima); bens, como máquinas, equipamentos e
prédios; e ainda contas de ativos financeiros, como investimentos ou duplicatas a
receber.

A sede da empresa, por exemplo, se for própria, é contabilizada como um ativo, pois
faz parte do patrimônio. Da mesma forma, os resultados da participação em um fundo
imobiliário também podem entrar nesta classificação, pois a aplicação foi realizada com
recursos do negócio e com o objetivo de

aumentar o patrimônio é algo menos palpável, mas é um bem da empresa. Temos


dentro deste grupo algumas outras divisões
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Contabilidade Básica I – Aula 3
Docente: Camila Nunes

1- ATIVO CIRCULANTE - Bens e direitos realizáveis em um prazo inferior ao ciclo


operacional de uma empresa ou o que não ultrapasse doze meses após a data do
balanço.

2- ATIVO NÃO CIRCULANTE - Bens e direitos realizáveis em um prazo superior ao


ciclo operacional de uma empresa ou o que ultrapasse doze meses após a data do
balanço.
• Realizável a longo prazo;
• Investimentos;
• Imobilizado;
• Intangível.

Passivos

Aqui ficam as contas em que são registrados os deveres e obrigações da empresa com
terceiros, como parceiros de negócio, bancos e governos. Alguns exemplos de passivos
são pagamento dos fornecedores, empréstimos e financiamentos, obrigações fiscais e
sociais. Geralmente, são registros em longo prazo, ou seja, compromissos assumidos
por um determinado período de tempo. Imagine que uma empresa comprou um bem
e ele entrou na classificação das contas contábeis como ativo. O financiamento que
ela fez para adquirir esse imóvel, consequentemente, entra nas contas do passivo,
pois configura um compromisso que o empresário assumiu com um banco ou com a
instituição que cedeu a quantia.
O mesmo pode ser dito da matéria-prima. O material adquirido entra como um ativo
do negócio, mas os pagamentos periódicos feitos de forma parcelada aos fornecedores
são contabilizados como passivos.
Assim como no ativo existem as sub divisões, no passivo também temos

1- PASSIVO CIRCULANTE - Obrigações exigíveis em um prazo inferior ao ciclo


operacional* empresa ou o que não ultrapasse doze meses após a data do balanço.
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Contabilidade Básica I – Aula 3
Docente: Camila Nunes

2- PASSIVO NÃO CIRCULANTE - Obrigações exigíveis em um prazo superior


ao ciclo operacional* da empresa ou o que ultrapasse doze meses após a data do
balanço.

3- PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Capitais próprios dos sócios ou dos acionistas de uma


empresa num determinado momento.

Plano de Contas Planos

Já conhecemos a divisão das contas, agora vamos entender como serão organizadas
no plano de contas
Plano de Contas Planos de contas é um conjunto de contas que direcionam as tarefas
da área contábil como meio de uniformizar os registros contábeis. É considerado uma
ferramenta indispensável nas tarefas contábeis.
Toda empresa deve elaborar o seu plano de contas conforme a peculiaridades das
atividades da empresa, observando os princípios contábeis e as disciplinas existentes
nas Lei nº 6.404/76 e a Lei nº 11.648/07. Apenas as instituições financeiras estão
condicionadas à adoção do plano de contas específico das Instituições do Sistema
Financeiro Nacional – Cosif. As empresas de seguros estão condicionadas ao plano de
contas específico da Superintendência de Seguros Privados –
Susep. Como o plano de contas deve ser estruturado?
A estrutura do plano de contas segue as diretrizes da lei das Sociedades Anônimas
(S/As) e suas alterações. Por isso, deve ser dividido em cinco grandes grupos:
• ATIVO - CONTAS DEVEDORAS;
• PASSIVO - CONTAS CREDORAS;
• CUSTOS - CONTAS DEVEDORAS;
• DESPESAS - CONTAS DEVEDORAS;
• RECEITAS - CONTAS CREDORAS.
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Contabilidade Básica I – Aula 3
Docente: Camila Nunes

O que é Plano de Contas Referencial da Receita (PCRR)?

O Plano de Contas Referencial foi criado pela Receita Federal do Brasil. O objetivo
deste plano é padronizar as contas para informar adequadamente os saldos contábeis,
a fim de cumprir o previsto na Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Portanto, na entrega
da ECF, quando uma empresa utiliza um plano de contas específico, tem que ser feito
um “DE/P
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Contabilidade Básica I – Aula 4
Docente: Camila Nunes

Aula 4 - PARTIDAS DOBRADAS – CONTAS PL E AS NATUREZAS

CONTABEIS

Na nossa aula anterior estudamos as contas patrimoniais, agora estudaremos os


lançamentos das contas de Resultados, que dará origem a DRE significa Demonstração
do Resultado do Exercício. Trata-se de uma demonstração contabil, que é elaborado
anualmente e que detalha como foi o ano da empresa do ponto de vista contábil e
patrimonial tendo por base as contas de resultado

DRE é uma demonstração que visa trazer demonstrar as informações referentes à


receita, despesas, investimentos, custos e provisões da organização.

É um documento anual, realizado após o fim do exercício financeiro (que começa em


1 de janeiro e vai até 31 de dezembro) e cujo maior objetivo é discriminar o resultado
do exercício, ou seja, o resultado líquido do ano (receitas subtraídas das despesas).

Apesar de apenas o documento anual ser obrigatório, há empresas que realizam a DRE
mensalmente ou trimestralmente para tornar os processos ainda mais organizados e
usar os dados na tomada de decisões. Agora vamos analisar as contas que o compõe

Receitas

Nas contas do grupo de receitas são registrados todos os valores recebidos pela
empresa. Eles podem ser provenientes da operação direta, como venda de produtos
ou serviços, de receitas não operacionais, como juros recebidos, e, até mesmo, da
venda de um ativo que não é mais utilizado.
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Contabilidade Básica I – Aula 4
Docente: Camila Nunes

Claro que as principais receitas de uma empresa vêm da venda de produtos e serviços,
mas há outras formas de fazer o dinheiro entrar no caixa. O próprio patrimônio é um
exemplo. Imagine uma empresa que cresceu e expandiu para um lugar maior. A antiga
sede pode render de duas formas: com a venda ou com o aluguel. Na primeira, o valor
entra de uma vez só. Já na segunda é recorrente, garantindo uma quantia importante
para o negócio de maneira periódica.
Além disso, a receita pode ser utilizada para aumentar o patrimônio. Depois de apurar
o lucro, ou seja, verificar se sobrou algum dinheiro após arcar com os custos e as
despesas, o empresário tem em mãos um recurso que pode ser investido na compra
de máquinas ou no aumento da capacidade física.
Despesas

Por fim, o grupo de despesas é composto pelas contas em que são registrados todos
os desembolsos realizados pela organização, como pagamento de funcionários e
fornecedores, compra de matéria-prima ou equipamentos e pagamento por serviços
de terceiros. É aqui que a empresa consolida os passivos. Caso não exista esse registro,
há possibilidade de ocorrer 2 problemas: erro no processo ou falta de pagamento.
Ambos são graves e devem ser motivo de preocupação para os gestores.
Controlar cada uma das contas é essencial para manter a saúde financeira do
empreendimento. Vamos pegar como exemplo o pagamento das parcelas de uma
compra de matéria-prima. Elas devem ser contabilizadas conforme forem sendo pagas
e o dinheiro realmente sair do caixa da empresa. Se essa despesa for registrada antes
do dinheiro sair do caixa, pode dar a entender que o gasto já ocorreu e que o valor
referente a ele está sobrando.
O contrário também pode acontecer. A sua empresa fez o pagamento do
financiamento das novas máquinas, mas não fez o registro corretamente. Alguns dias
depois, outra pessoa, vendo nas contas que não havia ocorrido o pagamento, faz uma
nova retirada do caixa para quitá-lo.
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Contabilidade Básica I – Aula 4
Docente: Camila Nunes

Nos dois casos será necessário fazer ajustes para corrigir as falhas. Por isso, insistimos
na necessidade de fazer todos os lançamentos corretamente, especialmente no que
diz respeito à classificação correta de cada categoria. E

para ajudá-lo nesse desafio, disponibilizamos um modelo de plano de contas


simplificado, que funciona como o pontapé inicial para você entender, de forma mais
clara, todo o processo.

Natureza das contas na Contabilidade

Natureza Devedora: na contabilidade refere-se aquilo que a pessoa física ou jurídica,


vai receber sobre alguma coisa para restituição ou prestações posteriores. O Ativo,
como dito anteriormente, tem essa natureza, porém pode haver casos de uma conta
com natureza devedora figurar no Passivo, com, por exemplo, às contas Prejuízo do
Período e Capital a Integralizar.
Natureza Credora: está ligado a todos os pagamentos e saídas que a pessoa física
ou jurídica venha a realizar, ou o compromisso de efetuá-lo. Dentro do balanço a maior
parte deste tipo de natureza, figura no Passivo, mas existem casos de natureza credora
no Ativo, estas são conhecidas como contas redutoras. Como exemplo de contas
redutoras temos a Depreciação Acumulada e a Provisão para Devedores Duvidosos
Simplificando:

 PARA AUMENTAR OS BENS E DIREITOS = DÉBITO


 PARA DIMINUIR OS BENS E DIREITOS = CRÉDITO
 PARA AUMENTAR AS OBRIGAÇÕES E PATRIMÔNIO LÍQUIDO= CRÉDITO
 PARA DIMINUIR AS OBRIGAÇÕES E PATRIMÔNIO LÍQUIDO= DÉBITO Débito e
Crédito

Vamos entender o que vem a ser Débito e Crédito dentro da contabilidade. Muitos
acham que esses dois termos são iguais ao que vemos no extrato da nossa conta no
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Contabilidade Básica I – Aula 4
Docente: Camila Nunes

banco, onde o Débito seria uma saída de dinheiro de nossa conta e o Crédito seria
uma entrada. Na contabilidade esse termo não tem o mesmo significado. Os
lançamentos contábeis são formados através de Debito e Crédito.

• Débito: significa todo o aumento de bens e direitos, e toda a diminuição de


obrigações da empresa ou entidade. Também representa a aplicação de recursos. A
aquisição de uma máquina, a entrada de dinheiro em caixa, e tudo que aumente o
Ativo, será debitado, assim como os pagamentos de obrigações existentes e quando
incorrerem gastos.
• Crédito: significa a diminuição dos Bens e dos direitos, e todo o aumento das
obrigações da empresa ou entidade. Representa a origem de capitais, ou seja, todo
aumento das obrigações e as realizações de receitas, serão creditadas, assim como a
diminuição dos Bens e Direitos da empresa ou entidade.

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