Aula 03
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A obediência a essa conduta significa atuar preventivamente aos custos
relacionados ao processo de fabricação, uma vez que preenche os atributos a
uma medição, minimizando o retrabalho e o refugo. Ressalta-se que o controle
dimensional e consequentemente a qualidade de uma peça fabricada têm início
no autocontrole; ou seja, a atividade de medição de acordo com a necessidade
é executada pelo próprio operador da máquina, após a usinagem, por exemplo.
Na sequência, também conforme a necessidade, a peça ou um lote delas é
encaminhado para análise mais detalhada por meio do Controle Estatístico do
Processo (CEP).
A Figura 1 ilustra uma situação na qual é recomendado efetuar o CEP,
pois grande número de peças é fabricado em lotes. A validação delas ocorre por
meio de ensaios nos quais determinado número de peças é retirado para
verificação. Se elas forem aprovadas, todo lote é validado; caso contrário, poderá
ser refugado. A quantidade a ser avaliada será definida de acordo com o número
de peças fabricadas. Elas são elos de corrente, produzidas por meio do processo
de conformação dos metais, mediante corte no comprimento e furação por meio
da mesma ferramenta de estampo.
Créditos: Tumbartsev/Shutterstock.
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Toda produtividade está relacionada à evolução dos sistemas de
produção e de medição.
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Quadro 1 – Evolução do sistema de medição
Aplicação Comentários
(a) Aplicações das dimensões do corpo
humano para fabricação de utensílios
(vestimenta, capacete, calçado, luvas
etc.)
Créditos: Smile ilustras.
Créditos: Nadiinko/Shutterstock.
(b) Paquímetro e micrômetro, os dois
principais instrumentos de medição
utilizados na indústria
Créditos: AlexanderZam/Shutterstock.
(c) Uso de uma MMC para verificação de
um bloco de motor automotivo
Créditos: oYOo/Shutterstock.
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2.1 Tendência da medição
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Figura 3 – Complexidade da medição em um automóvel
(a) (b)
Saiba mais
3.1 Introdução
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graduada, normalmente fabricada de aço inoxidável, na maioria das vezes com
graduação no sistema métrico e sistema inglês, com traços bem definidos,
uniformes e finos; deve apresentar distâncias iguais, obedecendo a normas
internacionais de retilinidade e precisão.
(a) (b)
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Figura 5 – Polegada e exemplos de produtos que a utilizam
(a) (b)
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O Quadro 3 apresenta breve histórico de datas e eventos ocorridos em
relação ao metro. É interessante salientar que tais eventos estão atrelados ao
estágio da Revolução Industrial, uma vez que sistemas cada vez mais apurados
de controle dimensional são necessários conforme os materiais e processos de
fabricação empregados.
Período Evento
1789 Durante a Revolução Francesa, a França criou o sistema métrico decimal
1790 Charles M. Talleyrand propôs a décima milionésima parte de ¼ do meridiano
terrestre como padrão internacional de medida, e a esse padrão foi dado o
nome de metro
1799 Sistema métrico decimal (padrão corporificado de platina)
1862 D. Pedro II sancionou a Lei n. 1175, introduzindo o sistema métrico decimal
no Brasil
1889 Evoluiu de simples barra de platina para uma barra com secção transversal
em “X” (denominado protótipo a traços)
1920 A preocupação com a qualidade e a variabilidade encontrada nos processos
produtivos fez com que surgisse um novo método de análise da qualidade,
por meios estatísticos (CEP)
1960 Em 1960, o sistema métrico decimal foi substituído pelo sistema internacional
de unidades (SI), mais complexo e sofisticado do que o anterior
1920 Ciclo PDCA, que proporcionou à empresa estabilidade, organização,
coerência nos processos de solução de problema e auxiliou na otimização
dos processos produtivos
1983 Comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo durante o intervalo de
1/299.792.458 do segundo (vantagem natural e indestrutível)
20 de maio Dia Internacional da Metrologia
4.1 Introdução
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O Sistema de Análise de Medição (em inglês, Measurement System
Analysis – MSA) consiste em uma avaliação completa de medição. Essa
metodologia busca identificar os componentes da variação no processo de
medição. Quando devidamente aplicado, o MSA, por meio da coleta adequada
e confiável dos dados, é possível conhecer a variabilidade do sistema de
medição. Desse modo, trata-se de uma metodologia de análise aprofundada
sobre um processo de medição já existente. A Figura 7 ilustra a coleta de dados
em uma breve planilha visando à aplicação do MSA.
Créditos: Microgen/Shutterstock.
4.2 Tolerância
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Organization (ISO), que consiste em uma série de princípios, regras e tabelas
que permitem a escolha racional de tolerâncias na produção de peças.
O campo de tolerância é o conjunto de valores compreendidos entre os
afastamentos superior e inferior. Corresponde também ao intervalo entre a
dimensão máxima e a mínima. O sistema de tolerância ISO prevê 21 campos,
que são representados por letras do alfabeto latino, sendo:
Diâmetro de projeto = 50
Diâmetro maior admissível = 50,025
Diâmetro menor admissível = 50
Expectativa = o diâmetro real da peça deverá estar entre 50,025 e 50,00
Diâmetro de projeto = 50
Diâmetro maior admissível = -25
Diâmetro menor admissível = -50
Expectativa = o diâmetro real da peça deverá estar entre 49,975 e 49,950
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Vale assinalar uma observação importante: o sistema de tolerância ISO
foi criado para a produção de peças intercambiáveis, com dimensões entre 1 a
500. Esses valores foram reunidos em 13 grupos de dimensões para simplificar
o sistema e tornar mais prática sua utilização. O Quadro 5 mostra os 13 grupos.
Grupos e dimensões em mm
1 3 6 6 10 18 30 50 80 120 180 315 400
a a a a a a a a a a a a a
3 6 10 10 18 30 50 80 120 180 250 400 500
Todo resultado metrológico possui certo grau de erro devido aos muitos
fatores existentes em um processo de medição, como erro do instrumento,
geometria irregular da peça, meio ambiente e instrumento de medição.
Os erros podem ser divididos em dois grandes grupos: erro aleatório e
erro sistemático. Resumidamente, o aleatório é aquele que acontece de forma
inesperada e com intensidade que danifica nossas medições; representa as
pequenas variações observadas em medidas repetidas de uma grandeza. Já o
sistemático é aquele verificado em todas as medições mais ou menos com a
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mesma intensidade. Assim como o erro aleatório, não pode ser eliminado, porém
frequentemente pode ser reduzido.
Sabido do fato e necessário maior assertividade possível, somada às
aplicações técnicas, alguns cálculos são requeridos com o objetivo de alcançar
maior consistência nos resultados. A repetitividade e a reprodutividade fazem
parte desse caso, sendo tratado na sequência (Inmetro, 2012).
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O Quadro 7 ilustra a hierarquia dos padrões de referências, os laboratórios
acreditados e as possibilidades de verificação, de acordo com o Inmetro.
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Figura 9 – Barramento de uma máquina-ferramenta
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Figura 10 – Exemplo de intercambialidade
Créditos: Fusionstudio/Shutterstock.
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Figura 11 – Pneu como elemento intercambiável
Créditos: i_viewfinder/Shutterstock.
Saiba mais
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certificação, outras, periódicas, são realizadas sem anúncio prévio, também
denominadas auditorias de rotina.
Fazem parte de um SGQ o gerenciamento de padrões e a validação de
um conjunto de filosofias sobre o gerenciamento de qualidade por meio de
situações que visam alavancar a melhoria sobre o processo desejado.
O Quadro 8 ilustra o ciclo sugerido à empresa que almeja o SGQ.
Sistema SGQ
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Figura 12 – Sistema solar
Créditos: sickmoose/Shutterstock.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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