O documento discute como as fake news têm sido usadas ao longo da história para espalhar desinformação durante tempos de crise e guerra. Ele explica que, embora as fake news se originam de observações individuais, elas se propagam quando encontram um ambiente favorável na sociedade. Apesar de não ser um fenômeno novo, as fake news assumiram um papel mais relevante hoje devido à era digital e à popularização de sua disseminação nas mídias sociais. O documento defende que é importante estudar como as fake news operam para combater a des
O documento discute como as fake news têm sido usadas ao longo da história para espalhar desinformação durante tempos de crise e guerra. Ele explica que, embora as fake news se originam de observações individuais, elas se propagam quando encontram um ambiente favorável na sociedade. Apesar de não ser um fenômeno novo, as fake news assumiram um papel mais relevante hoje devido à era digital e à popularização de sua disseminação nas mídias sociais. O documento defende que é importante estudar como as fake news operam para combater a des
O documento discute como as fake news têm sido usadas ao longo da história para espalhar desinformação durante tempos de crise e guerra. Ele explica que, embora as fake news se originam de observações individuais, elas se propagam quando encontram um ambiente favorável na sociedade. Apesar de não ser um fenômeno novo, as fake news assumiram um papel mais relevante hoje devido à era digital e à popularização de sua disseminação nas mídias sociais. O documento defende que é importante estudar como as fake news operam para combater a des
O documento discute como as fake news têm sido usadas ao longo da história para espalhar desinformação durante tempos de crise e guerra. Ele explica que, embora as fake news se originam de observações individuais, elas se propagam quando encontram um ambiente favorável na sociedade. Apesar de não ser um fenômeno novo, as fake news assumiram um papel mais relevante hoje devido à era digital e à popularização de sua disseminação nas mídias sociais. O documento defende que é importante estudar como as fake news operam para combater a des
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Fake News: a serviço da desinformação
Prof.(a) Dr.(a) Marina Chiara Legroski (UEPG)1
Prof.(a) Ms. Anna Carolina Legroski (UFPR)2
Resumo: Em 1921, o historiador Marc Bloch, em seu artigo “Reflexões de um
historiador sobre as notícias falsas da guerra”, para a Revue de synthèse historique, já alertava a sociedade europeia do pós 1ª guerra mundial de que, apesar de nascerem de observações individuais, inexatas e imperfeitas, as notícias falsas “(...) apenas se propaga[m], amplifica[m]-se e vive[m] sob uma única condição: encontrar dentro da sociedade um meio de cultura favorável para se expandir”. Em verdade, a linha do tempo desse tipo de inverdade parece caminhar junto com a linha do tempo das próprias civilizações humanas. Relatos de boatos mentirosos premeditados com o fim de estimular a dúvida e implantar uma nova noção da realidade em massas populacionais remontam à Grécia Antiga e à Roma, se espalham pela Idade Média (quando a adoração popular criou santos e hereges ainda hoje reverenciados) e impactam com força os períodos de guerras mundiais e tensões bélicas posteriores, alimentando-se do clima de medo e histeria que perpassa tempos críticos. O que experenciamos hoje, enquanto sociedade imersa no mundo digital e inserida na era da pós- verdade, com a popularização do uso e do temor das fake news não é, de forma alguma, inédito. Porém, a continuidade desse recurso de transformar uma realidade factual em questionável assume um papel de relevância e interesse científicos à medida em que é observável enquanto ocorre. De forma multidisciplinar, as fake news tornam-se assunto e objeto urgente, impactando a práxis de profissionais do campo do jornalismo, das mídias sociais, da história, 1 Doutora em Letras pela Universidade Federal do Paraná. Professora adjunta do Departamento de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa. E-mail: [email protected] 2 Mestra em Letras e doutoranda em Letras pela UFPR. Leciona Língua Portuguesa no Colégio
da geopolítica, da educação, e, também do discurso e das letras. Dado seu caráter expansionista e seu poder de comoção imediata, emocional e explosiva, somado à máscara de imparcialidade e isenção que algumas peças de fake news apresentam, o estudo e a atenção ao modus operandi das notícias falsas torna-se uma forma de combate à desinformação que corrói e influencia individual e coletivamente membros das sociedades contemporâneas. Dessa maneira, o presente simpósio objetiva abrir espaço a uma discussão acerca das fake news enquanto fenômeno contemporâneo e histórico, tendo em vista suas particularidades ligadas ao discurso e a gêneros textuais – sua emulação, sua constituição –, jogos de força, poder e intencionalidades por trás da produção de conteúdo falso, bem como investigações diversas a respeito das circunstâncias de incubação e gênese, e mecanismos de propagação e propulsão das fake news. Também são bem-vindos trabalhos profissionais e pesquisadores de áreas correlatas e impactadas pela circulação das notícias falsas.