Seminário IV
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4. A agência de publicidade Bravia foi contratada pela empresa Xilitol para que
produzisse a campanha de seus novos produtos e, após definida a
estratégia, indicasse os melhores meios para a divulgação do anúncio. Além
da mídia na TV Tupi, a agência Bravia recomendou a exposição da
campanha via folder a ser inserido na revista “A Pastorinha” por dois
domingos seguidos, após a veiculação do anúncio na TV Tupi. No
orçamento referente à divulgação do anúncio, a agência inseriu o preço da
sua veiculação no horário nobre passado pela TV Tupi e também o preço
informado pela revista “A Pastorinha”. Ambos associaram o preço de seus
serviços aos tributos inerentes às suas atividades (gross up, em especial do
ISS, PIS e COFINS).
Ao receber o orçamento, o depto. jurídico da Xilitol questionou o gross up
do ISS apresentado pela revista “A Pastorinha”, com base no item “17.25 -
Inserção de textos, desenhos e outros materiais de propaganda e
publicidade, em qualquer meio (exceto em livros, jornais, periódicos e nas
modalidades de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita)”, introduzido na lista de serviços da LC 116/2003
pela LC 157/2016, e manifestou sua recusa no pagamento. Considerando o
disposto no art. 150 da CF, e os fundamentos utilizados pelos Ministros do
STF no julgamento dos RE 330.817 e RE 595.676, na sua opinião o
questionamento apresentado pelos advogados da Xilitol quanto à incidência
do ISS sobre os serviços prestados pela revista “A Pastorinha” procede?
Módulo Controle da Incidência Tributária
5. Como deve ser interpretado o disposto no art. 150, VI, “d” da CF: “livro,
jornais e periódicos e o papel destinado a sua impressão”. Pode-se dizer
que livros e periódicos eletrônicos (“e-books”), bem como o material
utilizado para sua comportá-los (“e-book readers”) são imunes com
fundamento neste dispositivo? E os Tablets? (Vide anexos XII e XIII e
considere para sua resposta, os fundamentos utilizados pelos Ministros do
STF no julgamento dos RE 330.817 e RE 595.676)
R: Deve-se levar em consideração primeiramente, que o objetivo principal da
imunidade tributária nesse ramo é difundir a cultura. Com isso, já se faz pacificado
o entendimento no STF de que a imunidade abarca os periódicos eletrônicos “e-
books”, bem como o material usado para comportá-los.
Em relação aos tablets o entendimento é diferente, visto que a função
primordial do mesmo não é a leitura ou a propagação de informações. É um
aparelho mais completo e com diversas outras funções.
8. O art. 146, inciso III, da CF, autoriza a lei complementar a definir os fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes dos impostos já discriminados
na Constituição? Isso não violaria o princípio da autonomia das pessoas
políticas? Considerar as recentes decisões proferidas pelos Ministros do
STF no RE 566.622 e ADI´s 2028, 2036, 2228 e 2621.
R: Sim, faz-se notório que existe essa possibilidade, mas, no meu entendimento
não há uma violação ao princípio da autonomia o que há é uma forma de
solucionar conflitos pois o que há é uma delimitação de limites materiais e
objetivos.