JULHO 4-5 - Formação Da Cidade
JULHO 4-5 - Formação Da Cidade
JULHO 4-5 - Formação Da Cidade
JULHO
TURMA:
A organização de contextos de
aprendizagem e desenvolvimento
para crianças de 4 e 5 anos na
cidade de São Paulo
2023
APRESENTAÇÃO
Chegamos ao quinto mês da Formação da Cidade .No mês passado, fomos
convidadas/os a ampliar nossas reflexões para os espaços coletivos e seus
diferentes usos; também tratamos as brincadeiras da cultura da infância como um
importante contexto de descobertas sobre si, o outro e o mundo.
Neste mês, vamos aprofundar um pouco mais essa discussão sobre contextos de
aprendizagens, colocando nossa lanterna na sala de referência e nas marcas das
pesquisas e descobertas das crianças neste espaços com o intuito de torná-lo um
ambiente de autoria das crianças.
Bons estudos!
OBJETIVOS:
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PERCURSO FORMATIVO
Entre as inúmeras formas de cuidar e educar na Educação Infantil, o cuidado com o
ambiente revela como olhamos para as singularidades das crianças e buscamos
conhecer melhor a identidade do nosso grupo. Neste mês, aprofundaremos nossas
discussões sobre os espaços físicos e as marcas das crianças tendo como foco as
salas de referência. Nosso convite é para que estes sejam espaços de autoria das
crianças e um ambiente que imprima as marcas do que vivem, brincam, interagem e
aprendem neste lugar.
Critérios e possibilidades
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SALA DE REFEÊNCIA - CENTRALIDADE NAS
AÇÕES DAS CRIANÇAS
As salas de referência são espaços reveladores das marcas das criança, elas
comunicam os processos vivido pelo grupo, as investigações que estão realizando,
o que estão aprendendo, mas, principalmente, as concepções de infância e criança
das/os adultas/os que ali habitam com as crianças. Pensar a criança como sujeito
que produz cultura e aprende na interação com o mundo demanda uma
reorganização destes espaços de modo que eles possam garantir a autonomia das
crianças para a construção de suas aprendizagens por meio das investigações e
brincadeiras.
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QUESTÕES REFLEXIVAS
Considerando as reflexões apresentadas anteriormente, reflita:
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POSSIBILIDADES E INSPIRAÇÕES
O modo com que cuidamos da organização do espaço da sala de referência sem
que as crianças precisem solicitar a todo instante o apoio da/o adulta/o revela um
olhar pautado na crença de que as crianças são protagonistas de seu próprio
percurso.
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ESPAÇOS PARA OLHAR, OBSERVAR, SE ENCONTRAR
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que
descobrisse o mar. Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois
de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a
imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
‒ Me ajuda a olhar!
Pensar que a sala é espaço de pertencimento e que, por isso, ela deve acolher
as especificidades da turma é essencial para garantir o compromisso com a
educação equânime e inclusiva. As marcas dos registros, mas também das
coleções, materiais e materialidades ali disponíveis irão revelar a identidade
deste grupo que vai se constituindo diante desta diversidade. As famílias são
ótimas interlocutoras deste processo, compondo com suas culturas de origem,
seja regional ou internacional, para a construção do acervo da turma.
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UM OLHAR PARA O COTIDIANO: BRINQUEDOS
E MATERIAIS: UMA ORGANIZAÇÃO COM E NÃO
PARA AS CRIANÇAS
O trabalho com pequenos grupos e a organização dos tempos, espaços e
materialidades
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ATIVIDADE
ARTICULANDO TEORIA E PRÁTICA
Que tal exercitar diferentes jeitos de planejar a organização da sala de
referência? O diálogo com as crianças, as observações, os registros escritos e
fotográficos podem ajudar nas escolhas, nas disposições dos mobiliários e na
construção de uma sala repleta de marcas e pesquisas. Nosso primeiro convite é
a leitura do texto "O protagonismo das crianças diante dos desafios dos objetos
e materiais" de Maria da Graça Souza Horn.
Neste mês, você é convidada/o a desenhar uma planta baixa de sua sala de
referência, colocando o máximo de detalhes que puder se lembrar (o que tem
nos cantos, nas paredes, no teto, no chão). A seguir, uma sugestão de planta
baixa para se inspirar.
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Após este exercício, responda: há algo em excesso ou que falte para garantir que
a sala revele a identidade do grupo e historicize o percurso dos projetos
realizados pelas crianças?
Desenhe uma segunda planta baixa agora com as mudanças que você propôs
durante o mês.
LIVE
A live deste mês tem como tema: "Organização do espaço das salas de
referência". Apesar da live não compor a carga horária das unidades parceiras,
todas as professoras estão convidadas a assistirem, sem a necessidade de
registrar presença.
Esperamos que tenha sido um ciclo proveitoso para o estudo e reflexão crítica.
Que o percurso tenha contribuído no seu olhar para a importante atividade que
você, professora/or, desempenha com bebês e crianças pequenas na cidade de
São Paulo.
Até mais!
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