Doenças Pulmonares Restritivas
Doenças Pulmonares Restritivas
Doenças Pulmonares Restritivas
Fisiopatologia:
4. Resultados possíveis:
↓ extensibilidade → ↓ compliance → ↓
ventilação
Os mecanismos anteriores contribuem para um ↑ da área de shunt intrapulmonar (áreas mais perfundidas que
ventiladas) → ↓ V/Q
Contudo, nos casos mais graves, pode ocorrer também destruição dos capilares sanguíneos (hemorragia), o que ↓
perfusão.
VENTILAÇÃO
1. Diferença de pressão entre o interior e o exterior dos pulmões - Pressão Transpulmonar (Ptp) → DOENÇAS
PULMONARES EXTRÍNSECAS
Ptp = Palv - Pip
Cp = Δ Vp / ΔPtp
Quanto > for a Cp, > o volume pulmonar
Pneumonia
Pneumonia: inflamação de um ou ambos os pulmões
Ocorre sob duas formas:
Etiologia
Pode ser causada por:
Bactérias (75% dos casos): Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzar, Staphilococcus aureus
Vírus: influenza;
Flora respiratória superior: normalmente existem em equilíbrio nas vias aéreas superiores não causando doença.
Contudo, quando aspiradas para as vias áreas inferiores causam pneumonia.
Streptococcus pneumoniae: uma das principais causas de pneumonia e meningite nos adultos.
Haemophilus influenzae: pode provocar meningites, otites, faringite, bronquite e pneumonia, geralmente em
crianças pequenas e imunodeprimidos.
Staphilococcus aureus: responsável por vários tipos de infeção nos jovens e idosos, sendo as mais frequentes
as das pele.
Bactérias saprófitas entéricas: Bactérias entéricas podem contaminar as vias aéreas ou alcançar os pulmões
através da circulação sanguínea.
Pseudomonas aeruginosa: causa comum de pneumonia adquirida no hospital (associada a ventilação mecânica
e broncoscopia).
Agentes patogénicos estranhos: Bactérias e vários fungos e vírus que não estão normalmente presentes na flora
nasofaríngea ou noutras superfícies corporais podem causar pneumonia se inaladas acidentalmente.
Patogénese
Os agentes patogénicos podem alcançar o parênquima pulmonar através de muitas vias, incluindo:
Inalação de agentes patogénicos presentes nos gotículas do ar: meio típico através do qual as infeções víricas
são disseminadas (Mycobacterium tuberculosis)
Aspiração de secreções infectadas das vias aéreas superiores: meio típico para a Streptococcus pneumoniae e a
Staphilococcus aureus.
Aspiração de partículas infetadas presentes nos conteúdos gástricos, alimentos e bebidas: meio comum para
bactérias saprófitas.
Via hematogénica: comum na bacteremia, que se pode desenvolver-se secundariamente a infeções urinárias ou
digestivas (bacteremia secundária), ou por injeções intra-venosas (bacteremia primária).
PNEUMONIA INTERSTICIAL
1º Invasão vírica ou bacteriana das células epiteliais alveolares;
Complicações
As pneumonias víricas raramente apresentam complicações;
No caso de agentes infeciosos virulentos (bactéria que se facilita com muita facilidade e mais resistente à
resposta inflamatória ex.: Pseudomonas aeruginosa e Staphilococcus aureus),
Em pacientes debilitados;
Pleurite: extensão da inflamação à superfície pleural que normalmente origina derrame pleural, o que leva a
uma diminuição dos volumes e capacidades pulmonares;
Causa destruição do parênquima pulmonar e pode originar bronquiectasias: dilatação irreversível das vias
aéreas
Associada a destruição do parênquima pulmonar e fibrose intersticial, resultando na aparência “favo de mel”.
Características clínicas
Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas afeta com mais frequência crianças com idade inferior a 5 anos e adultos
com mais de 70 anos;
Pneumonias secundárias: adquiridas no hospital (nosocomiais) ou que surgem em indivíduos com doenças pré-
existentes;
SINTOMATOLOGIA:
Diagnóstico
HISTÓRIA
Sinais e sintomas relatados: tosse produtiva, dispneia, febre (cujo início pode ser rápido ou progressivo)
EXAME FÍSICO
Imunossupressão (neutropenia) e
Útil para guiar biópsia pulmonar (se TCER
inconclusiva ou para determinar agente bacteremia;
patogénico). Distúrbio ácido-base e resposta
compensatória.
Intervenção
Determinada pelo agente causador da pneumonia;
No entanto, o espectro de agentes patogénicos é amplo e os meios de diagnóstico apresentam limitações como a
sensibilidade e especificidade, efeitos colaterais e custos elevados.
Comorbilidades (múltiplas ou clinicamente significativas, como insuficiência cardíaca, doenças renais, hepáticas,
malignas, ...)
Febre alta;
O tratamento consiste na erradicação da infeção e suporte de funções vitais até que a função pulmonar esteja
recuperada.
O paciente fica em isolamento se:
Tem neutropenia.