Plano Diretor de São Leopoldo - RS
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Versão consolidada, com alterações até o dia 16/08/2023
LEI
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
1. Esta Lei institui o Plano Diretor Municipal - PDM e o Sistema de Planejamento Territorial e Gestão
Participativa do Município de São Leopoldo.
2. O PDM é o instrumento global da política de desenvolvimento do território municipal,
determinante para todos os agentes públicos e privados que atuam no Município.
§ 2º Além do PDM, o processo de planejamento municipal compreende, nos termos da Lei Federal nº
10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade, os seguintes itens:
II - zoneamento ambiental;
IV - Código de Obras;
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§ 3º Compete ao PDM definir as diretrizes e prioridades para as leis citadas nos incisos deste artigo.
Art. 4º O PDM adota como conceito de território o espaço físico de domínio do Município constituído
pelas suas relações sócio-culturais e elementos de estruturação que o compõe:
I - patrimônio natural;
II - sistema de circulação;
IV - elementos físico-espaciais;
Art. 6ºOs planos municipais, planos setoriais e locais, Código de Obras, Código Ambiental e Código de
Posturas são complementares a este Plano Diretor.
II - inclusão social, compreendida como garantia de acesso a bens, serviços e políticas públicas a
todos os munícipes;
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VII - o uso sustentável dos recursos naturais e a melhoria contínua da qualidade do ambiente
modificado;
VIII - a preservação do patrimônio cultural, material e imaterial, como recurso a ser usado para o
desenvolvimento da cidadania cultural;
XII - a integração dos órgãos e das ações da gestão pública, com transversalidade nas ações de
governo;
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais da
cidade expressas nesse PDM, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à
qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas.
CAPÍTULO II
CONTEÚDO DOCUMENTAL
a) Anexo I - Mapas:
01 - Macrozoneamento;
02 - Setorização;
03 - Sistema Viário;
04 - Áreas Especiais;
05 - Índices Construtivos;
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06 - Perímetro Urbano;
07 - Usos e Atividades;
b) Anexo II - Tabelas:
01 - Sistema Viário;
02 - Áreas Especiais;
03 - Parâmetros de Incomodidades;
08 - Estacionamentos;
09 - Dos Conceitos e Definições;
CAPÍTULO III
DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Art. 9º Para efeitos desta presente lei são adotados os conceitos e definições conforme Tabela 09 do
Anexo II desta Lei.
TÍTULO II
DAS DIRETRIZES E DOS OBJETIVOS GERAIS
CAPÍTULO I
DAS DIRETRIZES GERAIS
Art. 10. O PDM adota um modelo de política e desenvolvimento territorial para as gerações presentes e
futuras, incorporando como princípios a promoção e a exigência do cumprimento das funções sociais da
cidade e da propriedade com o objetivo de garantir as seguintes diretrizes:
III - redução das desigualdades que atingem diferentes camadas da população e regiões do Município;
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VII - preservação das sub-bacias hidrográficas de especial interesse para o abastecimento de água do
Município com ênfase numa visão integrada de sustentabilidade ambiental, econômica e social;
X - perpetuação do patrimônio natural, com a promoção das suas potencialidades e da superação dos
conflitos referentes à poluição e à degradação do ambiente, ao saneamento e ao desperdício energético;
XVI - justa distribuição dos benefícios e dos ônus decorrentes das obras e dos serviços de
infraestrutura municipal;
XVII - participação da iniciativa privada no financiamento dos custos de urbanização, mediante o uso
de instrumentos urbanísticos compatíveis com o interesse público e com as funções sociais da cidade;
XVIII - gestão integrada do saneamento ambiental por mecanismos de gestão que contemplem o
abastecimento de água potável, a coleta e tratamento do esgoto sanitário, o manejo das águas pluviais, o
manejo de resíduos e o controle de vetores, tendo-se como objetivos a melhoria das condições de saúde
pública e o desenvolvimento sustentável do Município;
XXII - integração e cooperação com o governo Federal, Estadual e com os Municípios da região, no
processo de planejamento e gestão das questões de interesse comum;
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CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS GERAIS
I - promover o zoneamento dos espaços urbano, rural e ambiental visando delimitar os respectivos
usos, respeitando a vocação de cada um dos espaços, compatibilizando os diferentes interesses e
propiciando o desenvolvimento do Município e o equilíbrio ambiental;
II - proteger as áreas de preservação permanente, especialmente o sistema de diques, o rio dos Sinos,
os arroios e o Morro de Paula;
XIV - transferir para a coletividade parte da valorização imobiliária inerente à urbanização e às ações
de transformação do território;
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XVI - manter sistema dinâmico de informação como suporte dos processos de planejamento, gestão e
controle das ações decorrentes do PDM;
XIX - priorizar o transporte coletivo municipal, garantindo a integração física das diferentes linhas e
integração tarifária;
XXI - garantir a justa distribuição dos custos e benefícios decorrentes de investimentos públicos e
alterações do regime de uso e ocupação do solo.
TÍTULO III
DOS EIXOS ESTRATÉGICOS
I - Inserção Metropolitana;
II - Ordenamento Territorial;
III - Habitação;
IV - Meio Ambiente;
V - Desenvolvimento Socioeconômico;
VI - Mobilidade Urbana.
CAPÍTULO I
EIXO ESTRATÉGICO INSERÇÃO METROPOLITANA
Seção I
Da Compatibilização e do Direito à Cidade
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III - proporcionar melhores condições para a moradia e o desempenho das atividades econômicas,
sociais e culturais, visando o desenvolvimento humano e o pleno exercício da cidadania;
IX - criar legislação específica, em até um ano da entrada em vigor do PDM, para promover a
despoluição visual da cidade, incentivando a conservação e recuperação do patrimônio histórico;
Art. 14. A promoção do direito à cidade tem por objetivo promover o acesso amplo, universal e
democrático e a inclusão social dos habitantes do Município aos benefícios e às oportunidades geradas
pelo processo de urbanização e transformação do território.
Seção II
Da Democratização do Planejamento, da Gestão e Das Informações Municipais
Art. 15. A estratégia de democratização do planejamento, da gestão e das informações municipais, visa
instituir um sistema de planejamento territorial e gestão democrática, com o objetivo de promover um
processo de planejamento dinâmico, contínuo, integrado e participativo, articulando as políticas da
administração municipal com os interesses da sociedade.
Art. 16. A estratégia de planejamento, gestão e informações municipais têm por objetivos:
II - constituir Comissão Técnica Multidisciplinar Interna, mediante ato do Chefe do Poder Executivo,
para a implantação, acompanhamento e avaliação do PDM;
III - integrar a produção e utilização das informações municipais, com a criação de um Sistema de
Informações Geográficas Municipal, estruturado através do Geoprocessamento;
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CAPÍTULO II
EIXO ESTRATÉGICO ORDENAMENTO TERRITORIAL
Seção I
Do Desenvolvimento Territorial
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Art. 19. A política de escalonamento urbano compreende a distribuição dos equipamentos e serviços no
território, tendo por objetivos:
III - elaborar o Plano de Gestão das Áreas Públicas, definindo critérios de uso e ocupação;
Seção II
Da Proteção e Integração do Patrimônio Cultural
Art. 20. A estratégia de proteção ao patrimônio cultural material e imaterial visa à preservação e à
valorização do legado transmitido pela sociedade, protegendo suas expressões.
Art. 21. A estratégia de proteção e integração do patrimônio cultural tem por objetivos:
II - elaborar legislação de proteção dos bens inventariados no decreto Municipal nº 9099/2018, que
deverá ser encaminhada à Câmara de Vereadores de São Leopoldo, no prazo máximo de um ano a contar
da data de publicação desta Lei.
VII - elaborar o Plano Municipal de Patrimônio Cultural, integrado ao Sistema Municipal de Cultura;
VIII - criar compensações, incentivos, captação de recursos e estímulos à preservação, para os imóveis
inventariados junto ao Conselho Municipal de Patrimônio Cultural - COMPAC, através da implantação do
Fundo Municipal de Patrimônio Cultural - FMPC;
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IX - elaborar junto às escolas programas municipais de educação para o patrimônio, com recurso do
Fundo Municipal de Patrimônio Cultural - FMPC ou com parceiros através de convênios ou programas
afins.
CAPÍTULO III
EIXO ESTRATÉGICO HABITAÇÃO
Seção I
Da Política Municipal de Habitação de Interesse Social
Art. 22. A estratégia da política municipal de habitação de interesse social é composta por 4 (quatro)
eixos:
I - regularização Fundiária;
II - produção Habitacional;
III - fiscalização;
IV - do Desenvolvimento Social.
Seção II
Da Regularização Fundiária
II - buscar parcerias com a sociedade civil organizada bem como com instituições privadas para
viabilizar as ações de regularização em assentamentos precários;
III - oferecer apoio técnico à comunidade para de regularização fundiária e para obras;
Seção III
Da Produção Habitacional
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Permanente;
III - ter como pressuposto a existência de adequada infraestrutura urbana de saneamento, transporte,
coleta de lixo e equipamentos públicos no local de implantação;
IV - buscar novos sistemas ecoeficientes nos empreendimentos tanto nas tecnologias construtivas
empregadas, quanto na gestão de resíduos e utilização dos sistemas de infraestrutura existentes.
V - estabelecer parcerias com o Governo Estadual, Federal e a iniciativa privada para a implantação de
empreendimentos habitacionais com a finalidade de atender a demanda habitacional da cidade,
priorizando a construção de habitação de interesse social.
Seção IV
Da Fiscalização Das áreas Públicas
Seção V
Do Desenvolvimento Social
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CAPÍTULO IV
DO EIXO ESTRATÉGICO MEIO AMBIENTE
Seção I
Da Qualificação Ambiental
I - proteger as áreas de preservação permanente, os cursos d`água e os banhados, e criar metas para
a recuperação ambiental das áreas degradadas, especialmente o Rio dos Sinos, os arroios e o Morro de
Paula utilizando estudos existentes e novos;
II - obedecer as cotas mínimas para urbanização nas áreas protegidas pelo Sistema de Controle de
Cheias;
III - promover o manejo da vegetação urbana de forma a garantir a proteção das áreas de interesse
ambiental e a diversidade biológica natural;
IV - ampliar as áreas verdes, melhorando a relação área verde por habitante no Município
uniformemente em todo município;
V - prevenir e controlar a poluição do ar, da água, do solo, do subsolo, sonora, visual, radioativa e
eletromagnética;
VII - integrar as ações de governo na área ambiental com as ações de saneamento, recursos hídricos,
saúde pública, habitação, desenvolvimento territorial, desenvolvimento econômico e inclusão social,
conforme Plano de Saneamento vigente;
XIII - estimular a adoção da prática do aproveitamento das águas pluviais e a reutilização das águas
servidas;
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III - manter uma porcentagem mínima de 20% da área total do município, como MACROZONA DE
PROTEÇÃO AMBIENTAL, para preservação e manutenção dos banhados do Rio dos Sinos e seus
ecossistemas associados;
IV - promover estudos e criar metas que permitam identificar os principais corredores de vento;
V - criar incentivos para dedução de impostos para munícipes que contribuem para sustentabilidade
da cidade;
VI - respeitar o plano de arborização urbana orientadora, aprovado pelo órgão municipal responsável
pelo meio ambiente;
VII - manter em funcionamento e quando necessário criar mais entrepostos nas regionais do
Orçamento Participativo do município para depósito de resíduos extradomiciliares visando eliminar o
descarte irregular e incentivar a reciclagem nos próprios entrepostos.
Art. 29.Integram o patrimônio natural os elementos naturais ar, água, solo, subsolo, fauna, flora, assim
como amostras significativas dos ecossistemas originais do sítio municipal indispensável à manutenção da
biodiversidade ou à proteção das espécies ameaçadas de extinção, as manifestações que representam
marcos referenciais da paisagem, que sejam de interesse proteger, preservar e conservar a fim de garantir
a qualidade de vida sadia.
Seção II
Da Política de Saneamento, Energia e Comunicação
II - priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e à ampliação dos serviços e ações
nas áreas ocupadas por população de baixa renda;
III - promover a gestão integrada da infraestrutura e o uso racional do subsolo e do espaço aéreo;
IV - estimular onde for possível o compartilhamento das redes, coordenando ações com
concessionários e prestadores de serviços e assegurando a preservação da qualidade ambiental e urbana;
V - desenvolver legislação junto aos órgãos competentes, de aterramento da rede de energia nas
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áreas comerciais e a não passagem de cabos aéreos em mais de um ponto da via nas áreas residenciais e
industriais.
II - criar metas para a despoluição e proteção dos cursos d`água e nascentes, especialmente os de
interesse para a captação para o fornecimento de água potável a população;
Art. 32.Deverá ser implantado, pelo órgão competente municipal nas áreas consolidadas, o sistema
separador absoluto das redes de esgotamento sanitário e de manejo das águas pluviais, com a proibição
de sua conexão.
II - conferir conforto e segurança à população, assegurando adequada iluminação nas vias, calçadas e
logradouros públicos;
Art. 34. A política de comunicação tem como objetivo a racionalização da ocupação e da utilização da
infraestrutura instalada e por instalar, garantindo o compartilhamento e evitando a duplicação de
equipamentos.
CAPÍTULO V
DO EIXO ESTRATÉGICO DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO
Seção I
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Do Desenvolvimento Socioeconômico
VI - criar política de incentivo e parceria com a iniciativa privada e órgãos institucionais para
capacitação em eventos e feiras;
VIII - ter metas para criar um instrumento de interesse urbanístico e/ou cultural para a área entre
diques, composta pela Rua da Praia;
XI - garantir uma Política Municipal de Apoio à Agricultura Urbana e Rural, como parte integrante da
política municipal de desenvolvimento econômico e social, de forma ambientalmente sustentável e
urbanisticamente harmoniosa, voltada para a segurança alimentar e nutricional da população;
XII - criar legislação específica para fomentar as atividades produtivas rurais no perímetro urbano em
até um ano da entrada em vigor do PDM;
XIII - fomentar em parceria ou isoladamente um observatório social da cidade em até três anos após a
vigência desta lei;
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XVIII - manter percentual mínimo de 14,0% da área total do município para o setor de produção
prioritário.
Art. 37. A política de desenvolvimento do turismo visa colocar o Município no mapa turístico nacional,
com os seguintes objetivos:
Art. 38.A estratégia de desenvolvimento agrícola visa propiciar fontes de trabalho e renda, através da
produção de alimentos de alta qualidade e valor agregado e de acesso direto do produtor ao consumidor,
através dos seguintes meios:
I - criar em até 12 meses após a entrada em vigor do PDM, lei que institua política municipal de apoio
à agricultura urbana e rural com os seguintes objetivos:
CAPÍTULO VI
DO EIXO ESTRATÉGICO MOBILIDADE URBANA
Seção I
Da Mobilidade e Acessibilidade Urbana
Art. 39. A estratégia de mobilidade urbana visa contribuir para o acesso universal à cidade, por meio do
planejamento e gestão do sistema de mobilidade urbana, garantindo a interação dos deslocamentos de
pessoas e bens com a cidade para seu desenvolvimento econômico e social.
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VI - possibilitar a articulação dos setores urbanos entre si, com seus respectivos centros e com a área
central da cidade;
X - garantir a integração física do transporte coletivo municipal entre as diferentes linhas e os outros
modais de transporte;
XV - implantar junto às escolas programas municipais de educação para o trânsito, com recurso da
Conta Municipal destinada à Mobilidade Urbana;
XVII - promover em até um ano, a partir da data de aprovação desta lei, a criação de uma cartilha com
orientações ao munícipe sobre o passeio público;
TÍTULO IV
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO
Art. 41. O Macrozoneamento fixa as regras fundamentais de ordenamento do território, tendo como
referência às características dos ambientes natural e construído.
Art. 42. O território do Município fica dividido em quatro Macrozonas, delimitadas no Mapa 01, Anexo I,
integrante dessa Lei:
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I - controlar e direcionar o adensamento urbano, em especial nas áreas centrais melhor urbanizadas,
adequando-o à infraestrutura disponível e aos condicionantes ambientais;
III - possibilitar a instalação de uso múltiplo no território do Município, desde que atendidos os
requisitos de instalação;
I - garantir a utilização dos imóveis para fins de produção rural nos moldes da Lei Federal nº 4.504 de
30 de novembro de 1964 - Estatuto da Terra;
II - oportunizar atividades para geração de trabalho e renda, como turismo rural e agroindústria
familiar;
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CAPÍTULO II
DA SETORIZAÇÃO
Art. 47. A Setorização institui as regras gerais de uso e ocupação do solo para cada um dos Setores em
que se subdividem as Macrozonas, sendo delimitados no Mapa 02, Anexo I, integrante dessa Lei.
II - Setor de Qualificação;
I - Setor de Estruturação;
II - Setor de Produção.
CAPÍTULO III
DA MACROZONA URBANA
Seção I
Do Setor de Ocupação Prioritária
Art. 51. O Setor de Ocupação Prioritária caracteriza-se pela adequada infraestrutura e equipamentos
públicos, uso predominantemente misto, com áreas contrastantes em relação à densificação de uso e
ocupação do solo.
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Art. 52. São objetivos do Setor de Ocupação Prioritária:
Seção II
Do Setor de Qualificação
Art. 53. O Setor de Qualificação caracteriza-se pelo uso misto, atividades econômicas dispersas e
infraestrutura em consolidação.
III - permitir o adensamento populacional onde este ainda for possível, como forma de aproveitar a
infraestrutura disponível;
Seção III
Do Setor de Estruturação Prioritária
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VII - promover a urbanização e a regularização fundiária dos núcleos habitacionais de baixa renda;
(Lei Municipal nº 9.041, de 12.08.2019 .. 21)
Seção IV
Do Setor de Produção Prioritário
Art. 57. O Setor de Produção Prioritário caracteriza-se por atividades industriais e correlatas, bem como
por área destinada a receber resíduos sólidos e também unidades de reciclagem do material gerado; cujo
padrão de incomodidade é incompatível com sua existência em áreas residenciais ou mistas, exceto no
caso do Pólo de Informática.
CAPÍTULO IV
DA MACROZONA DE EXPANSÃO URBANA
Seção I
Do Setor de Estruturação
Art. 59. O Setor de Estruturação caracteriza-se pela baixa densidade, carência de infraestrutura e
equipamentos públicos, presença significativa de bens ambientais.
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Parágrafo único. A ocupação de característica urbana neste setor somente será permitida nas áreas
contíguas a áreas já estruturadas da Macrozona Urbana, em padrões a serem definidos em lei específica,
desde que fique a cargo do empreendedor toda infraestrutura necessária para viabilizar o
empreendimento.
Seção II
Do Setor de Produção
Art. 61. O Setor de Produção caracteriza-se pela baixa densidade, carência de infraestrutura e
equipamentos públicos, presença significativa de bens ambientais.
Parágrafo único. A ocupação de característica urbana neste setor somente será permitida nas áreas
contíguas a áreas já estruturadas da Macrozona Urbana, em padrões a serem definidos em lei específica,
desde que fique a cargo do empreendedor toda infraestrutura necessária para viabilizar o
empreendimento.
CAPÍTULO V
DA MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
Seção I
Do Setor de Recuperação Ambiental
Art. 63. O Setor de Recuperação Ambiental caracteriza-se por ser uma área de preservação permanente,
pela existência de ocupações e usos desordenados e ambientalmente inadequados, possuindo baixa
densidade populacional e carência de equipamentos públicos e infraestrutura urbana básica, e por áreas
ambientalmente degradadas.
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Seção II
Do Setor de Conservação Ambiental Leste
Art. 65. O Setor de Conservação Ambiental Leste caracteriza-se pela predominância de áreas de
preservação permanente - APP, por recursos naturais de interesse ambiental e por áreas de alta restrição
à ocupação.
II - ampliar a área territorial do Parque Imperatriz através de doação ou permuta das áreas alagadiças;
III - proibir a ocupação em áreas de risco atingidas pela Planície de Inundação do Rio dos Sinos,
observando estudos técnicos e normas específicas.
Seção III
Do Setor de Conservação Ambiental Oeste
Art. 67. O Setor de Conservação Ambiental Oeste caracteriza-se pela predominância de áreas de
preservação permanente - APP, pela existência de recursos naturais de interesse ambiental e de áreas de
lazer e pela baixa densidade populacional.
III - permitir ocupação de baixa densidade, com atividades econômicas compatíveis com a
preservação ambiental;
V - proibir a ocupação em áreas de risco atingidas pela Planície de Inundação do Rio dos Sinos,
observando estudos técnicos e normas específicas.
CAPÍTULO VI
DA ESTRUTURA VIÁRIA
Seção I
Do Sistema Viário Municipal
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Art. 69. O Sistema Viário Municipal é classificado conceitual e hierarquicamente conforme o Código de
Trânsito Brasileiro - CTB, estando delimitado no Mapa 03 - Anexo I, e Tabela 01 - Anexo II, integrante dessa
Lei, classificando-se em:
I - Trânsito Rápido - aquela caracterizada por acessos especiais com transito livre, sem interseções em
nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestre em nível;
II - Arterial Nível 1 - Via caracterizada por interseções em nível, geralmente controlado por semáforo,
com acessibilidade aos lotes lindeiros e as via secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as
regiões da cidade, utilizadas como ligações intermunicipais, com características de rodovia;
III - Arterial Nível 2 - Via caracterizada por interseções em nível, geralmente controlado por semáforo,
com acessibilidade aos lotes lindeiros e as via secundárias, locais e demais vias utilizadas como ligações
entre regiões do município;
IV - Vias coletoras: aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha a necessidade de
entrar ou sair de vias de transito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da
cidade;
V - Vias locais: aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao
acesso local ou a áreas restritas;
(Lei Municipal nº 9.041, de 12.08.2019 .. 24)
VII - Ciclovias: Pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum;
VIII - Passagem de pedestres: são aquelas que fazem parte do sistema viário entre os quarteirões
onde não é possível a via normal em razão da declividade.
Parágrafo único. No Sistema Viário Municipal a segurança e fluidez do tráfego são condicionantes
prioritários da disciplina do uso e ocupação do solo das propriedades lindeiras.
Art. 70. As vias projetadas estão descritas no Mapa 03 - Anexo I e tabela I - Anexo II.
Art. 71.Sem prejuízo das disposições do Plano Diretor Municipal - PDM, a largura das vias de
comunicação, sua divisão em faixas de rolamento e passeio e demais especificações técnicas deverão
obedecer aos seguintes padrões mínimos:
§ 1º Os passeios para pedestres e canteiros centrais das vias de comunicação projetadas terão suas
larguras estipuladas para cada caso, respeitada a faixa de rodagem estabelecida, sendo que a declividade
máxima dos passeios será de 3% (três por cento) desde a testada à linha do meio fio.
§ 2º O perfil transversal das vias públicas deverá obedecer ao estabelecido na Tabela 01 do anexo II,
estar de acordo com o sistema viário existente e a critério da municipalidade.
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Art. 72.Para implantar novas vias ou melhorar a segurança e fluidez do tráfego daquelas já existentes,
deverão ser definidas Áreas de Intervenção Urbana.
Parágrafo único. Nas Áreas de Intervenção Urbana, a critério do proprietário, poderá ser utilizado o
instrumento de transferência do direito de construir, conforme prevê o artigo 258, ou operações urbanas
consorciadas, conforme prevê o artigo 259.
Seção II
Do Corredor de Desenvolvimento
Art. 73. Os Corredores de Desenvolvimento tem por objetivo o adensamento populacional permitindo a
variedade de usos e atividades e reduzindo o deslocamento da população e do seu entorno a outras
regiões da cidade.
Art. 74. Os Corredores de Desenvolvimento estão expressos no Mapa 05 - Anexo I, deste Plano Diretor.
Seção III
Do Plano de Transporte e Mobilidade Urbana
Art. 75. As prioridades para melhoria e implantação de vias serão determinadas pelas necessidades do
transporte coletivo, pela complementação de ligações entre bairros e pela integração entre os municípios
da Região Metropolitana, e consolidadas no Plano de Transportes e Mobilidade Urbana que deverá ser
transformado em lei municipal em até 4 (quatro) anos a partir da vigência do PDM.
a) Seja respeitada a prioridade para o transporte coletivo e para a fluidez do volume de tráfego geral
registrado no uso das vias arteriais e coletoras;
b) Seja garantida a segurança e o acesso das pessoas aos lotes lindeiros;
c) Seja autorizado pelo Órgão Municipal responsável pela Mobilidade Urbana.
§ 3º O passeio público, como parte integrante da via pública, e as vias de pedestre destinam-se
exclusivamente à circulação dos pedestres com segurança e conforto, autorizada as exceções na forma da
lei.
Seção IV
Da Pavimentação
Art. 76.Nas vias de loteamentos aprovados a partir da vigência desta lei, bem como no leito carroçável
dos loteamentos fechados, deverão ser implantadas pavimentações de bloco de concreto ou de
tecnologia superior, que promova máxima permeabilidade e durabilidade.
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§ 1º Somente será permitida pavimentação asfáltica com Concreto Betuminoso Usinado a Quente -
CBUQ, nas ruas existentes por onde trafega o ônibus do Transporte Coletivo Urbano.
Somente será permitida a implantação de pavimentação asfáltica nas vias consolidadas, para
Art. 77.
manutenção e correção de nivelamento de pedras irregulares ou retalhos.
Parágrafo único. As vias compostas de pedras de basalto regular e granito rosa regular, deverão ser
preservadas e restauradas, mantendo suas características originais, sempre que possível.
Art. 78. Somente será permitida a implantação de pavimentação com pedra irregular para reposição e
nivelamento das vias com pedras irregulares já existentes.
§ 1º Entende-se por reposição de pavimentação de pedra irregular até 30% da via danificada. A partir
disso deverá ser feita conforme o novo padrão.
(Lei Municipal nº 9.041, de 12.08.2019 .. 26)
I - Projeto de Pavimentação;
II - memorial descritivo;
Art. 80.Todos os documentos exigidos para pavimentação citadas no art. 79, desta Lei, deverão ser
assinados e elaborados por profissionais habilitados, com a respectiva ART/RRT.
Art. 81. Fica ainda, o Poder Público Municipal através do Órgão Municipal responsável pelas Obras
Viárias, obrigado a exigir, no caso de loteamentos fechados, e apresentar no caso de execução própria,
todos os projetos dentro das normas, bem como a apresentação de laudos técnicos durante e após a
execução dos serviços de pavimentação.
Seção V
Da Ciclovia
Art. 82.Com o objetivo de incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte, dotando a cidade de
infraestrutura eficaz para implantação de uma Rede Cicloviária Integrada, o município de São Leopoldo
propõe ações de gestão para os próximos 10 anos com implementação da Rede Cicloviária.
Art. 83. Deverá ser elaborado pelo departamento responsável pela Mobilidade Urbana um projeto de
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Art. 84. A Rede Cicloviária busca adequar o transporte por bicicletas na matriz dos deslocamentos
urbanos, de forma a permitir a integração com outros modais de transporte urbano. Implantar o uso da
bicicleta de acordo com o Ministério das Cidades, tem por objetivo reduzir o impacto dos deslocamentos
motorizados e a degradação do meio ambiente.
II - buscar a integração da rede cicloviária com o transporte público, considerando dentre outros
critérios, os fatores de escolha individual dos ciclistas;
V - destinar em estacionamentos públicos e privados o espaço, equivalente de, no mínimo, uma vaga
de veículo para estacionamento de bicicletas.
VI - buscar iniciativa imediata para que num prazo de 10 anos o município atinja 38km de rede
cicloviária;
(Lei Municipal nº 9.041, de 12.08.2019 .. 27)
Seção VI
Do Passeio Público
Os passeios públicos são áreas que fazem parte da caixa viária, reservadas aos pedestres, com
Art. 86.
regramento conforme o que segue nesta seção.
Art. 87. A construção e reconstrução de passeios e logradouros em toda a extensão da testada dos
terrenos, edificados ou não, é obrigatória, independe de licença e compete ao proprietário, sempre que
houver o meio-fio.
Art. 88. O passeio público é composto pelos seguintes elementos (figuras 1 e 2):
I - meio fio;
§ 1º A largura da faixa livre, poderá ser modificada, à critério do órgão competente municipal, no caso
de loteamentos já existentes e outros de responsabilidade do Município de São Leopoldo tais como em
núcleos de regularização fundiária, localizados ou não em zonas especiais de interesse social, e ainda em
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§ 2º Outras situações não previstas nesta lei serão analisadas, caso a caso, pela secretaria
competente.
Art. 89. O rebaixamento do meio fio para acesso de veículos deverá atender aos condicionantes
estabelecidos no Código de Obras - Lei 6628/2008 e não poderá ultrapassar a faixa livre para circulação de
pedestres.
Art. 90. A faixa de serviço (faixa A da figura 1) localiza-se na face externa do passeio público, junto ao
meio fio, e deverá ser preferencialmente permeável e destinar-se à instalação de equipamentos e
mobiliário urbano, à vegetação e a outras interferências existentes nos passeios públicos, sendo rampas
de acesso, tampas de inspeção, lixeiras, postes de sinalização, iluminação pública, eletricidade e
identificação de ruas.
§ 1º No caso da existência de árvores na faixa de serviço deverá ser instalada orla de modo a protegê-
las, podendo servir de piso no mesmo nível do pavimento dos referidos passeios observando-se as
recomendações do órgão ambiental municipal.
Art. 92. A faixa livre (faixa B da figura 1) é a área destinada exclusivamente à livre circulação de
pedestres, desprovida de obstáculos, equipamentos urbanos ou de infraestrutura, mobiliário, vegetação,
floreiras, rebaixamento de meio fio para acesso de veículos ou qualquer outro tipo de interferência
permanente ou temporária, devendo atender às seguintes características (ver detalhes na figura 3):
III - ter inclinação transversal constante, não superior a 3% (três por cento);
IV - possuir largura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) e recomendável de 1,80m
(um metro e oitenta centímetros) medida a partir da faixa de serviço, podendo ser admitida a largura
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mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para os casos em que a largura total do passeio for
inferior a 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros);
VI - em casos especiais destacar-se-á visualmente no passeio público por meio de cores, texturas,
juntas de dilatação ou materiais em relação às outras faixas do passeio público.
Art. 93. As obras eventualmente existentes sobre o passeio público devem ser convenientemente
sinalizadas e isoladas, assegurando-se a largura mínima de 1,2m (um metro e vinte centímetros) para
circulação.
Parágrafo único. Nos casos em que a obra atinge todo o passeio público ou quando seja inviável
tecnicamente a manutenção da faixa constante no caput deste artigo deverá ser demarcado um desvio
pelo leito carroçável da via, providenciando-se uma rampa provisória, com largura mínima de 1m (um
metro) e inclinação máxima de 10% (dez por cento) devidamente protegida e sinalizada.
Art. 94.Faixa de acesso ou compatibilização (faixa C da figura 1) é a área destinada à acomodação das
interferências resultantes da implantação, do uso e da ocupação das edificações existentes de forma a
não interferir na faixa livre.
Nos lotes de esquina o proprietário será responsável pela execução da rampa de acessibilidade,
Art. 95.
de acordo com NBR 9050.
Art. 96. Os rebaixos do passeio público sob forma de rampa destinados a facilitar o trânsito de pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida deverão estar localizados junto às travessias de pedestres
sinalizadas com ou sem faixa, com ou sem semáforo, e sempre que houver foco de pedestres, meios de
quadra e canteiros divisores de pista, conforme detalhes da figura 4.
§ 2º Onde a largura do passeio público não for suficiente para acomodar o rebaixamento e a faixa
livre, deverá ser feito o rebaixamento total da calçada, em conformidade com a NBR 9050 vigente da
ABNT ou norma técnica oficial superveniente que a substitua (figura 5).
Art. 97. Os pavimentos dos passeios públicos deverão estar em harmonia com seu entorno, não
apresentar desníveis, ser construídos, reconstruídos ou reparados com materiais especificados no art. 98
desta Lei e padrões apropriados ao tráfego de pessoas e constituir uma rota acessível aos pedestres que
neles caminhem, com superfície regular, firme, antiderrapante e sem obstáculos, observando os níveis
imediatos dos passeios vizinhos.
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Art. 98 Os materiais empregados na construção, reconstrução ou reparo dos passeios públicos,
especialmente do pavimento, devem ser da seguinte forma:
a) faixa livre: bloco intertravado de concreto, basalto regular ou piso modular de concreto;
b) faixa de serviço: área permeável, sem pavimentação, com exceção das rampas de pedestres e
veículos;
c) faixa de acesso: preferencialmente permeável, podendo ser pavimentada se a área efetivamente
permeável da faixa de serviço atingir o percentual de 20% (vinte por cento) da área da calçada.
a) faixa livre: bloco intertravado de concreto, basalto regular ou piso modular de concreto;
b) faixa de serviço: pavimentada;
c) faixa de acesso: pavimentada;
d) piso tátil: deverá ser de concreto e possuir a dimensão de 25cm x 25cm (vinte e cinco centímetros
por vinte e cinco centímetros) e na cor definida pela NBR 16537/2016 ou outra que a substitua.
§ 2º A área central e zonas históricas, a critério do órgão municipal competente, poderão ter
tratamento diferenciado quanto aos materiais, técnicas e formas de instalação.
Art. 98. Os materiais empregados na construção, reconstrução ou reparo dos passeios públicos,
especialmente do pavimento, devem ser da seguinte forma: (NR)
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III - no Setor de Produção, definidas pelo Mapa de Setorização (mapa 02): preferencialmente bloco
intertravado de concreto, podendo também utilizar piso modular de concreto;
§ 2º A área central e zonas históricas, a critério do órgão municipal competente, poderão ter
tratamento diferenciado quanto aos materiais, técnicas e formas de instalação. (Redação dada pela Lei nº
9281/2020)
Art. 99. O órgão municipal competente poderá aprovar em projetos-pilotos, a utilização de outras
tecnologias ou materiais de pavimentação dos passeios públicos, desde que atendidos os critérios
técnicos estabelecidos nesta Lei e especialmente observando padrões adequados de segurança ao
pedestre, facilidade de reposição do material assentado, resistência e durabilidade quanto ao uso nas
seguintes situações:
Art. 100. Nenhum mobiliário, equipamento ou interferência poderá estar localizado na área reservada à
faixa livre.
Art. 101.Os postes da rede elétrica, a sinalização e os dispositivos controladores de trânsito deverão ser
instalados exclusivamente na faixa de serviço.
Art. 102. Os postes de iluminação pública, telefones públicos, caixas de correio, bancas de jornal,
armários de telefonia, tampas de inspeção, lixeiras e demais elementos que compõem o mobiliário
urbano deverão ser instalados na faixa de serviço ou na faixa de acesso, quando autorizados.
Art. 103. Os abrigos de ônibus poderão projetar-se sobre a área reservada a faixa livre desde que sua
base esteja localizada na faixa de acesso devendo obedecer a altura livre mínima de 2,50m (dois metros e
cinquenta centímetros).
Art. 105. A ligação entre passeios de nível diferente será feita, por meio de rampa com o máximo de
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12,5% de declividade.
Seção VII
Da Rede Elevada Transversal
Fica criada a Rede Elevada Transversal com o objetivo de gerar transversalidade a linha existente
Art. 108.
da Trensurb.
§ 1º O Mapa 08 - Anexo I deste PDM, aponta 12 pontos de integração modal que devem receber
atenção especial, inclusive em estudos de impacto de vizinhança.
§ 2º A urbanização no entorno destes pontos deve prever a possibilidade de integração com futuros
terminais.
CAPÍTULO VII
DAS ÁREAS ESPECIAIS
Art. 109. As áreas especiais compreendem áreas do território que exigem tratamento especial na
definição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo, sobrepondo-se aos da setorização,
delimitadas nos Mapas 04 -
Seção I
Das áreas Especiais de Interesse Ambiental - Aeia
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Art. 111. As intervenções em AEIA serão objeto de estudo de viabilidade específico compreendendo o
inventário do meio físico e biótico, a delimitação geográfica, o zoneamento interno de usos e definições
quanto ao traçado viário e equipamentos.
Parágrafo único. As AEIAs possuem definição de limites e regime urbanístico próprios, definidos no
Anexo II, Tabela 02.
Seção II
Das áreas Especiais de Interesse Institucional e Ambiental - Aeiia
Art. 112. São aquelas áreas públicas ou privadas de uso institucional, tais como as destinadas à
implantação de equipamentos de educação, esporte, lazer, recreação com características que exigem a
compatibilização do uso com a proteção da flora, da fauna e dos demais elementos naturais.
Art. 113.As intervenções em AEIIA serão objeto de estudo de viabilidade específico compreendendo o
inventário do meio físico e biótico, a delimitação geográfica, o zoneamento interno de usos e definições
quanto ao traçado viário e equipamentos.
Parágrafo único. As novas AEIIA possuem definição de limites e regime urbanístico próprios, definidos
no Anexo II, Tabela 02.
Seção III
Das áreas Especiais de Interesse Institucional - Aeii
Art. 114. As Áreas Especiais de Interesse Institucional - AEII, são aquelas públicas ou privadas destinadas
à implantação de equipamentos urbanos e comunitários ou que são objeto de projetos governamentais
que, por sua característica, devem ser objeto de regime urbanístico próprio, tais como:
§ 1º As novas AEII serão instituídas por lei municipal com definição de limites e regime urbanístico
próprios.
Seção IV
Das áreas Especiais de Interesse Social - Aeis
Art. 115. As Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS, são aquelas destinadas à regularização fundiária,
produção e manutenção de Habitação de Interesse Social, com normas especiais, nos termos da Lei
Municipal nº 5.984, de 26 de junho de 2006, alterada pela Lei Municipal nº 6.072, de 23 de outubro de
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III - AEIS III - para produção de Habitação de Interesse Social, com interveniência do Poder Público em
imóveis não-edificados, subutilizados, localizados na Macrozona Urbana.
Art. 116. A instituição de AEIS I e II pelo Executivo municipal será de oficio, por solicitação dos
beneficiários ou do empreendedor.
Art. 117. A instituição de AEIS III, por lei municipal específica, deverá ocorrer por iniciativa do Poder
Executivo, de oficio, por solicitação dos beneficiários ou do empreendedor.
§ 1º As áreas instituídas como AEIS III integrarão os programas de produção de habitação de interesse
social e serão destinadas para o atendimento do déficit anual e da demanda habitacional de interesse
social prioritária do município, sendo seu regime urbanístico conforme artigo 183 desta lei.
§ 3º O Poder Público Municipal deverá, anualmente, promover a instituição de AEIS III em glebas cuja
área total seja o suficiente para atender ao déficit habitacional de interesse social, de acordo com o
estabelecido em Plano Municipal de Habitação.
§ 4º Os imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados identificados pelo Município para
ocupação prioritária e aplicação dos instrumentos de cumprimento da função social da propriedade
previstos nesse plano diretor, destinar-se-ão, preferencialmente, a empreendimentos para habitação de
interesse social e atividades complementares a esta, podendo, para tanto, o Município instituí-los como
AEIS III.
Art. 118. Para atendimento do déficit anual e da demanda habitacional prioritária, o Município admitirá
parcerias e consórcios com o empreendedor e a iniciativa privada, em áreas a serem delimitadas como
AEIS III, através do instrumento Urbanizador Social.
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§ 2º No caso de parcerias com Urbanizadores Sociais, deverá o Poder Público Municipal promover
ações com vistas à redução dos custos de produção dos empreendimentos de caráter social, exigindo em
contrapartida, a redução do preço de venda das unidades produzidas ou ainda, a doação pelo
empreendedor de unidades a serem destinadas ao atendimento da demanda habitacional prioritária do
Município.
Seção V
Das áreas Especiais de Interesse de Atividades de Tecnologia e de Inovação - Aeiati
§ 1º Entende-se por atividades de base tecnológica todas aquelas que envolvam: a prestação de
serviços; a oferta de infraestrutura tecnológica para capacitação, desenvolvimento e pesquisa aplicada; a
implementação de processos tecnológicos e a oferta de bens baseados na aplicação sistemática de
conhecimentos científicos e tecnológicos e na utilização de técnicas consideradas avançadas ou pioneiras,
em setores vinculados à inovação tecnológica.
§ 2º As novas AEIATI serão instituídas por lei municipal com definições de limites e regime urbanístico
próprios.
Seção VI
Das áreas Especiais de Interesse Cultural - Aeic
Art. 120. As Áreas Especiais de Interesse Cultural - AEIC, são aquelas áreas públicas ou privadas que
apresentam ocorrência de patrimônio cultural que deve ser preservado, revitalizado ou reciclado a fim de
evitar a deterioração, a perda ou o desaparecimento das características que lhe conferem peculiaridade.
Art. 121. As novas construções, reformas, demolições, serviços, nos imóveis contidos nas áreas
demarcadas como AEIC, deverão ter prévia autorização deste órgão.
§ 1º Para as intervenções em imóveis contidos na poligonal dos bens tombados pelo Instituto do
Patrimônio Histórico Artístico do Estado do Rio Grande do Sul - IPHAE ou pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, deverão ter a anuência do Instituto correspondente, além da
autorização prévia deste órgão.
§ 2º As novas AEIC serão instituídas por lei municipal com definição de limites e regime urbanístico
próprios.
Seção VII
Das áreas Especiais de Interesse de Uso Misto - Aeium
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Art. 122. As Áreas Especiais de Interesse de Uso Misto - AEIUM, são aquelas áreas de uso
predominantemente residencial, já consolidadas, inseridas no setor de produção prioritário.
Art. 124. Nas AEIUMs serão permitidos todos os tipos de uso, sendo que para o uso residencial, o
proprietário deverá estar ciente dos usos concedidos para a área.
CAPÍTULO VIII
DO USO, OCUPAÇÃO, PARCELAMENTO DO SOLO E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA SUSTENTÁVEL
Seção I
Dos Usos
III - Misto: que envolve a associação dos usos residencial e não residencial, na mesma edificação ou
lote.
Todos os usos e atividades poderão se instalar na Macrozona Urbana, desde que obedeçam às
Art. 126.
condições estabelecidas abaixo.
§ 1º Os usos e as atividades serão analisados em função de sua potencialidade como geradores de:
I - Incomodidades;
II - Interferência no tráfego;
§ 2º As exceções previstas no caput deste artigo serão regulamentadas através de lei específica.
Seção II
Dos Usos Geradores de Incomodidades
Art. 127. Para fins de determinação do grau de incomodidade, deverão ser analisados os seguintes
fatores: poluição sonora, poluição atmosférica, poluição hídrica, geração de resíduos sólidos e vibração.
Parágrafo único. As atividades serão classificadas nas categorias de uso descritas no caput deste
artigo, a partir de seu enquadramento, de forma isolada ou cumulativa, nos parâmetros de incomodidade
segundo Tabela 03, Anexo II, considerando:
I - poluição Sonora: geração de impacto no entorno próximo pelo uso de máquinas, utensílios
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III - Poluição Hídrica: geração de efluentes líquidos incompatíveis ao lançamento na rede hidrográfica
e/ou sistema coletor de esgotos, e/ou poluição do lençol freático;
IV - Geração de Resíduos Sólidos: produção, manipulação e/ou estocagem de resíduos sólidos, com
riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública;
V - Vibração: uso de máquinas ou equipamentos que produzam choque ou vibração sensível além dos
limites da propriedade;
I - Categoria não incomoda - i0: Impacto Local: Residencial Unifamiliar, Multifamiliar até 3
pavimentos, Misto até 3 pavimentos, comércio e serviço local conforme Categoria "i0" da Tabela 06 do
anexo II;
III - Categoria incomoda 2 - (i2): Impacto de Cidade: Residencial Unifamiliar, Multifamiliar, Misto,
atividades constantes nas Categorias "i0" e "i1", comércio e serviço conforme Categoria "i2" da Tabela 06
do anexo II;
§ 1º A categoria incomoda 3 é incompatível com o uso residencial, assim como a categoria incomoda
0 é incompatível com o uso industrial;
§ 1º A categoria incomoda 3 é incompatível com o uso residencial; (Redação dada pela Lei nº
9129/2019)
§ 2º As atividades previstas na categoria "i2" poderão se instalar na categoria "i1" mediante análise
da Comissão Técnica Permanente Multidisciplinar - CTPM, acompanhado de Relatório para alteração da
categoria de uso, conforme Tabela 10 do anexo II.
§ 2º As atividades previstas nas categorias I3, I2 e I1, incompatíveis com o local de inserção, poderão
trocar de categoria mediante análise da Comissão Técnica Permanente Multidisciplinar - CTPM,
acompanhado de Relatório para alteração da categoria de uso, conforme Tabela 10 do Anexo II. (Redação
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Art. 130. As atividades agrícolas dentro do perímetro urbano serão regradas por legislação específica.
As atividades pré-existentes poderão permanecer e ampliar suas instalações nos setores em que
Art. 131.
se encontram desde que não gerem novas incomodidades aos vizinhos.
Art. 132. Caberá à CTPM dirimir as dúvidas e omissões relativas ao disposto nesta seção.
Art. 133. Caberá ao Conselho Municipal do Plano Diretor - COMPLAD deliberar sobre a inclusão de outras
atividades nas diferentes subcategorias de uso, bem como alterações gerais no enquadramento das
atividades existentes.
Art. 134. A análise técnica do nível de incomodidade não dispensa o Estudo de Impacto de Vizinhança -
EIV e o licenciamento ambiental, nos casos que a legislação os exigir.
Seção III
Dos Usos Geradores de Interferência no Tráfego
Art. 136. Os parâmetros para enquadramento como uso gerador de interferência no tráfego e as
exigências da análise técnica serão definidos por decreto municipal.
Parágrafo único. A análise dos usos geradores de interferência no tráfego será feita pelo órgão
competente.
Seção IV
Dos Usos Geradores de Impacto à Vizinhança
Art. 137. A análise para localização dos usos na Macrozona Urbana se completará com a exigência de
elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança para aqueles empreendimentos definidos nesta lei, no
Título V - Capítulo VII.
CAPÍTULO IX
DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS
Seção I
Do índice de Aproveitamento
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Art. 139. O índice de aproveitamento básico nos Detalhes e nos Corredores de Desenvolvimento da
Macrozona Urbana é igual a dois, podendo alcançar índice máximo como incentivo e índice adicional
através de outorga onerosa, nas seguintes situações:
I - Detalhe 1 - No perímetro compreendido entre a Av. Parobé (RS 240), BR 116, Rua Sergipe, Av.
Thomas Edison, R. Leopoldo Albino Scherer e Rua Jaime Biz serão permitidos os índices abaixo:
II - Detalhe 2 - No perímetro compreendido entre a BR 116, Rua Albino Kempf, Av. Mauá e Av. Atalíbio
Taurino de Resende serão permitidos os índices abaixo:
III - Detalhe 3 - No perímetro compreendido entre a Av. Mauá, Rua Amadeo Rossi, Av. Dr. Wilhelm
Rotermund e a Av. João Corrêa serão permitidos os índices abaixo:
IV - Detalhe 4 - No perímetro compreendido entre a Av. Feitoria, Rua D. Isabel, Rua Pedro Lessa, Rua
B. Manuel, Rua Rui Barbosa, Rua Dom Pedro I, Rua Otto Roth e Av. São Borja serão permitidos os índices
abaixo:
V - Detalhe 5 - No perímetro compreendido entre a Av. Dom João Becker, Rua Saldanha da Gama, Av.
Theodomiro Porto da Fonseca, Rua Nóbrega, Rua Jacob Jaeger, Rua Concórdia, Av. Cristo Rei, BR-116, Rua
Visconde de São Leopoldo, Rua Jacy Porto e Rua Santo Agostinho serão permitidos os índices abaixo:
VI - Detalhe 6 - No perímetro compreendido entre a Av. Dom João Becker, Av. Mauá, Av. Frederico
Wolfenbüttel, Av. Theodomiro Porto da Fonseca e Rua Saldanha da Gama serão permitidos os índices
abaixo:
VII - Detalhe 7 - No perímetro compreendido entre a Av. Theodomiro Porto da Fonseca, Limite da
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propriedade do 16º GAC, Imóvel da Sociedade Antônio Vieira e Parque Ecumênico Cristo Rei, serão
permitidos os índices abaixo:
VIII - Detalhe 8 - No perímetro compreendido entre a Av. Imperatriz Leopoldina, Av. Feitoria e Av.
Juliana Fortuna (Alta Tensão), serão permitidos os índices abaixo:
§ 2º O índice de que trata o § 1º, sempre deverá considerar os limites máximos estabelecidos no
caput do artigo;
§ 3º Sempre que um corredor de desenvolvimento cruzar ou fizer limite com áreas especiais são
válidos os parâmetros urbanísticos das áreas especiais.
§ 4º Sempre que um corredor de desenvolvimento cruzar ou fizer limite com detalhes (incisos de I ao
VII do art. 139) são válidos os parâmetros urbanísticos do corredor de desenvolvimento.
a) nas atividades residenciais, comerciais e de serviços não serão computadas em sua totalidade as
áreas de uso condominiais, as de pilotis, estacionamentos, garagens e terraços;
b) nas atividades residenciais, comerciais e de serviços não serão computadas as áreas de sacadas até
o limite máximo de 10% da área do apartamento;
c) o índice de aproveitamento poderá ser acrescido em até 50% do índice de aproveitamento
máximo, na Macrozona Urbana, de acordo com legislação específica, quando da transferência do direito
de construir, até o limite do índice adicional, quando couber;
d) mediante prévia aprovação do COMPAC e do COMPLAD as áreas preservadas e recuperadas das
edificações identificadas como Patrimônio Cultural do Município serão permitidas como acréscimo ao
índice de aproveitamento dos imóveis sobre as quais acederem.
Seção II
Da Taxa de Ocupação
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Art. 140. A taxa de ocupação, na Macrozona Urbana, para os usos abaixo é de:
IV - Misto na mesma edificação ou lote igual à média aritmética simples de cada uso;
§ 1º No Quadrilátero Central, independente do uso a taxa de ocupação será de oitenta por cento;
Seção III
Da Taxa de Permeabilidade
A taxa de permeabilidade tem como função possibilitar a recarga do lençol freático e auxiliar a
Art. 141.
drenagem das águas pluviais, diminuindo a sobrecarga do sistema público de drenagem existente.
§ 1º Na Macrozona Urbana a taxa de permeabilidade mínima será de vinte por cento da área do lote.
§ 2º Será considerada área permeável qualquer parte do terreno não construída e/ou não
pavimentada que permita a infiltração de água no solo.
§ 3º Caso sejam utilizados elementos de concreto tipo piso-grama, piso cimentício drenante ou
qualquer outro tipo que reduza a área permeável, deverá ser apresentado um laudo do fabricante
indicando o percentual de permeabilidade do pavimento.
a) na utilização de pavimentação com blocos de concreto do tipo intertravado será considerada uma
permeabilidade de 10%, permeabilidade de 20% para o intertravado permeável (poroso) e na utilização
de pavimentação com blocos vazados (piso-grama) será considerada uma permeabilidade de 50%, caso
não seja apresentado um laudo do fabricante especificando o percentual de permeabilidade do
pavimento.
§ 5º A taxa de permeabilidade poderá ser reduzida em até cinqüenta por cento, desde que o
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proprietário implante técnica de retenção das águas pluviais, de acordo com a Lei Municipal nº
8665/2017.
DOS RECUOS
Art. 142. Os recuos previstos por esta lei classificam-se em frontal, lateral e de fundos.
Art. 143.Entende-se por recuo frontal, o parâmetro urbanístico necessário para a qualificação dos
espaços abertos frontais do lote, a reserva de áreas para ampliação visual, iluminação e ventilação dos
espaços públicos e para a estruturação do sistema viário podendo ser dividido em:
II - recuo de ajardinamento.
§ 1º O recuo do sistema viário é a faixa de domínio de utilização pública, obtida a partir do eixo da
caixa viária em direção a cada uma de suas laterais.
a) O Poder Público pode desconsiderar a orientação do eixo da caixa viária nos casos onde já
existirem loteamentos consolidados registrados.
I - no quadrilátero compreendido entre a Av. Dom João Becker; Av. Mauá; Av. João Corrêa e Av.
Getúlio Vargas (BR-116).
II - nos lotes de esquina, será permitida a redução de um dos recuos de ajardinamento para dois
metros a critério da municipalidade.
III - nos lotes de esquina com formato irregular ou os lotes que na data da publicação desta lei
estejam em desacordo com a lei vigente do parcelamento do solo, no que se refere a metragem e área
mínima, serão estudados de acordo com suas peculiaridades, pela Comissão Técnica Permanente
Multidisciplinar - CTPM.
IV - nas áreas preservadas e recuperadas das edificações identificadas como Patrimônio Cultural do
Município, mediante prévia aprovação do COMPAC e do COMPLAD.
V - nas passagens de pedestres, os recuos laterais das construções terão, no mínimo, dois metros
(2m) e não poderá haver frente de lotes voltada para as mesmas.
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VI - nos terrenos em aclive ou declive, em que a diferença de cota do nível do alinhamento predial
(C1) e a cota do nível do recuo de jardim na linha de 4,00m (C2), for igual ou maior que 2,00m, poderá ser
edificada a garagem para guarda de veículos no recuo de jardim para o uso unifamiliar.
Art. 145. Para os projetos residenciais unifamiliares, construídos sem previsão de garagem ou
estacionamento para veículo, o Recuo de Jardim deverá ser de, no mínimo, 9,00m (nove metros).
Nas propriedades de esquina, localizadas no Quadrilátero Central, formado pelas avenidas Dom
Art. 146.
João Becker, Mauá, João Correa e Getúlio Vargas (BR-116), será obrigatória a previsão de uma Área
Padrão de Visibilidade e Segurança nas esquinas das vias, observando as seguintes normas e figuras
abaixo:
I - Deve - se manter um afastamento obrigatório de, no mínimo, 4,00m (quatro metros), em relação
ao início do raio de giro ou do ponto de concordância da curva;
II - O ponto divisório das testadas será regra a interseção do chanfro ou curva de concordância com a
bissetriz do ângulo dos alinhamentos retos de cada rua;
III - Considera - se "chanfro" - corte transversal na junção das divisas dos lotes, quando localizados em
esquinas, para ampliar a área padrão de visibilidade e segurança;
IV - No lote de esquina isento de recuo conforme legislação vigente, será permitido balanço aberto ou
fechado sobre o mesmo, sem obstáculos, a uma altura mínima de 3,50m (três metros e cinquenta
centímetros), desde que atinja no máximo o prolongamento dos limites frontais do lote.
Art. 147. Para as edificações construídas no alinhamento com aberturas (janelas e sacadas) serão
permitidas a projeção de marquises até o limite de dois terços da largura do passeio ou 1,80m (um metro
e oitenta centímetros) de largura a partir da altura de três metros a contar do nível médio do passeio
público.
Art. 148.O recuo de ajardinamento deverá estar completamente livre e desocupado, não sendo
permitidos quaisquer tipos de construções, incluindo garagens, abrigos para veículos, alpendres,
varandas, torres de reservatórios, pilares isolados, pergolados cobertos e pórticos de entrada,
excetuando-se:
I - projeção de marquises até o limite de dois terços da largura do recuo a partir da altura de três
metros a contar do piso do térreo;
II - projeção de beirais até o limite de um metro a partir da altura de três metros a contar do piso do
térreo;
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III - elementos construtivos, desde que estejam junto ao corpo do prédio, não podendo ultrapassar o
limite de cinquenta centímetros de projeção;
V - escadarias e rampas de acesso, quando necessárias pela conformação dos terrenos (aclive ou
declive);
VI - toldos e acessos cobertos para pedestres, desde que sejam de estruturas leves e de fácil remoção
e sem fechamento lateral;
Art. 150.Os recuos laterais e de fundos, são estabelecidos em conformidade com o uso e pelo
regramento abaixo:
I - Residencial unifamiliar ou multifamiliar horizontal, para altura igual ou maior que sete metros se
utiliza a fórmula R = H/6 + 2m, a começar no terceiro pavimento;
a) para altura igual ou menor que 45,00m utiliza-se a fórmula R = H/8 + 1,5 m, a começar no quarto
pavimento ou na altura de 9,01m (medida do piso do térreo ao forro do terceiro pavimento),
considerando o que alcançar primeiro;
b) para altura maior que 45,00m utiliza-se a fórmula R = H/6, a começar no quarto pavimento ou na
altura de 9,01m (medida do piso do térreo ao forro do terceiro pavimento), considerando o que alcançar
primeiro;
c) localizado no Quadrilátero Central, utiliza-se a fórmula R = H/12 + 1,5m, a começar no quarto
pavimento ou na altura de 9,01m (medida do piso do térreo ao forro do terceiro pavimento),
considerando o que alcançar primeiro;
d) localizado nos Corredores de Desenvolvimento e nos incisos I a VIII descritos no Art. 139, utiliza-se
a fórmula R = H/10 + 1,5, a começar no quarto pavimento ou na altura de 9,01m (medida do piso do
térreo ao forro do terceiro pavimento), considerando o que alcançar primeiro;
§ 2º Para efeito da análise da altura da edificação, não serão consideradas as lajes de casa de
máquinas e reservatórios.
§ 3º Mediante prévia análise e aprovação pelo COMPAC e COMPLAD os recuos laterais e de fundo
poderão sofrer ajustes visando a preservação e/ou a valorização do patrimônio edificado, preservando-se
o equilíbrio das relações de vizinhança.
§ 4º Será permitida, nos recuos laterais ou de fundos, a construção do reservatório superior e da casa
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Art. 151.Para os lotes em desnível, será considerado para a altura da edificação (H) como base, a cota do
perfil médio do terreno.
§ 1º Para o cálculo da cota do perfil médio será considerada a fórmula CPM = (CA + CB)/2, onde:
§ 3º Caso o lote possua desnível nos dois sentidos, será considerado para o perfil natural o de maior
inclinação.
§ 4º Mediante prévia análise e aprovação pelo COMPAC e COMPLAD as alturas das edificações
poderão sofrer ajustes visando a preservação e/ou a valorização do patrimônio edificado, preservando-se
o equilíbrio das relações de vizinhança.
§ 5º Edificações em área de influência de bem identificado como Patrimônio Cultural Material de São
Leopoldo, deverão ter sua volumetria previamente analisada e aprovada pelo COMPAC, visando a
valorização do patrimônio cultural.
§ 6º Para efeitos do disposto no parágrafo 4º do presente artigo, são desde já identificados como
imóveis situados na área de influência, e, portanto, com volumetria sujeita à análise prévia pelo COMPAC
e COMPLAD, os imóveis lindeiros e fronteiros a edificações protegidas por tombamento, ou por decreto
municipal, como de interesse cultural, bem como os constantes nas áreas especiais de interesse cultural
do Anexo I - Mapa 04.
Seção V
Das Zonas de Amortecimento
Art. 152.Ficam instituídas diretrizes e critérios para o estabelecimento de zonas de amortecimento entre
os setores da Macrozona Urbana, e demais áreas protegidas no território do Município de São Leopoldo,
estabelecendo normas e restrições para o uso do solo em novas áreas urbanizadas, limítrofes ao Setor de
Produção.
Parágrafo único. A situação de loteamentos aprovados anteriormente a presente lei deve ser
analisada individualmente pela CTPM, de forma a diminuir ao máximo a incomodidade já estabelecida
entre as zonas existentes.
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Art. 154.As zonas de amortecimento compreendem as vias públicas, áreas públicas verdes, institucionais
e os imóveis particulares imediatamente contíguos aos Setores de Produção, Ocupação, Qualificação e
Estruturação, onde o uso do solo e as atividades urbanas estão sujeitas a normas e restrições específicas,
com o propósito de minimizar os impactos negativos das incompatibilidades dos usos residenciais,
comerciais, de serviço e industriais.
Art. 155. A Zona de Amortecimento será constituída de uma borda de sessenta metros (60m) de
distância, sendo 30,00m para cada lado, a partir do eixo divisório dos setores, onde:
I - na Macrozona Urbana - Setor de Produção Prioritária - Setor de Produção, não será permitida a
instalação fabril da empresa;
SECÃO VI
Art. 157. O número de vagas de estacionamento para as edificações deverá atender a Tabela 08, do
Anexo II deste Plano Diretor, conforme o uso estabelecido.
CAPÍTULO X
DO PARCELAMENTO DO SOLO
Seção I
Das Diretrizes
Art. 158.Na implementação do parcelamento do solo para fins urbanos, e da regularização fundiária
serão observadas as diretrizes gerais da política urbana, relacionadas no art. 2º da Lei nº 10.257, de 10 de
julho de 2001, e os seguintes princípios:
III - garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado como bem de uso comum do povo;
VII - recuperação pelo Poder Público das mais-valias urbanas decorrentes de suas ações;
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IX - defesa do consumidor.
Seção II
Das Disposições Preliminares
Art. 159.O parcelamento do solo para fins urbanos e a regularização fundiária de área urbana regem-se
por esta seção, observadas, no que couberem, as disposições da legislação federal e estadual pertinentes.
Art. 160. Na implementação do parcelamento do solo para fins urbanos e na regularização fundiária
sustentável, serão observadas especialmente as diretrizes gerais da política urbana dispostas na Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade, nos fundamentos, princípios e diretrizes
do Plano Diretor do Município de São Leopoldo.
Art. 161.O Parcelamento do Solo tem por objetivo ordenar o espaço físico do Município equilibrando - o
com o ambiente sobre o qual se estabelece, o zoneamento de uso do solo, a infraestrutura e os serviços
públicos orientando, assim, agentes públicos e privados.
Parágrafo único. Somente será permitido o parcelamento do solo de expansão urbana com critérios e
regimes definidos em lei municipal própria, sem prejuízo aos dispositivos da presente Lei.
Parágrafo único. Também fica obrigado ao cumprimento das disposições firmadas pela presente Lei o
parcelamento do solo em virtude de divisão de imóvel, seja amigável ou judicial, inclusive quando
praticada em inventário.
Art. 163. Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura
de novas vias de circulação, de logradouros públicos, ou prolongamento, modificação ou ampliação das
existentes.
Constitui forma de parcelamento do solo, para os efeitos desta lei, a instituição de condomínios
Art. 164.
por unidades autônomas para a construção de mais de uma edificação sobre o terreno.
Art. 166. Considera-se arruamento o sistema viário constante de projetos de loteamentos, assim como o
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prolongamento ou abertura das vias projetadas por iniciativas do município, com vistas a dar
continuidade ao sistema viário da cidade.
Art. 167. Considera-se extinção de condomínio o parcelamento do solo em virtude de divisão de imóvel,
seja amigável ou judicial, inclusive quando praticada em inventário.
§ 2º Os lotes mencionados no parágrafo anterior não poderão ser menores do que o tamanho
mínimo dos lotes de interesse social.
Seção III
Das Normas Urbanísticas
Art. 169. Será permitido o parcelamento integrado à edificação, sendo este o parcelamento em que a
construção das edificações nos lotes ou unidades autônomas é feita pelo empreendedor, concomitante à
implantação das obras de urbanização, podendo ser liberado habite-se parcial somente quando a
infraestrutura tiver sido executada em sua totalidade.
II - áreas não urbanizadas atingidas pela Planície de Inundação do Rio dos Sinos, observando estudos
técnicos e normas específicas;
III - áreas que tenham sido aterradas com material nocivo à saúde pública, sem que sejam
previamente saneadas;
IV - áreas com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se observadas as
exigências ditadas pelo Município e órgão ambiental competente;
a) ao longo de rio ou qualquer curso de água, em faixa marginal não edificável, nunca inferior a
30,00m (trinta) metros, e em situações consolidadas, nunca inferior a 15,00 (quinze) metros;
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios de água naturais ou artificiais com barramento de curso
hídrico natural, em faixa marginal nunca inferior a 30,00m (trinta metros);
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c) nas nascentes, mesmo nos chamados olhos d`água, seja qual for a situação topográfica, num raio
mínimo de 50,00 m (cinquenta metros);
d) no topo de morros e montes;
e) nas encostas com declividade superior a 45º (quarenta e cinco graus), equivalente a 100% (cem por
cento) na linha de maior declividade;
f) a atenuar a erosão das terras;
g) a proteger sítios de excepcional beleza, valor científico ou histórico; e
h) a asilar exemplares de fauna e da flora ameaçados de extinção.
i) quando realizados ao longo do Rio dos Sinos será obrigatória a reserva, em cada lado, a partir da
margem, de faixa não edificável, com larguras mínimas de 50,00 m (cinquenta metros);
j) nos parques e ambientes naturais destinados à recreação e /ou à preservação, a não ser que
indicados ou que vierem a ser indicados pelo Plano de Desenvolvimento Metropolitano e /ou pelo órgão
de planejamento do município;
§ 1º Em áreas com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), será permitido o
parcelamento do solo se observadas as exigências ditadas pelo Município e órgão ambiental competente;
§ 2º As faixas não edificáveis, de que tratam a letra "i" e "j" devem ser identificadas na planta de
aprovação do parcelamento e averbadas na matrícula do respectivo imóvel.
I - em parcelamento do solo para fins urbanos, as APP´s podem ser utilizadas como espaços livres de
uso público ou de uso comum dos condôminos para implantação de infraestrutura destinada ao esporte,
lazer, atividades educacionais e culturais ao ar livre desde que:
II - em parcelamento do solo para fins urbanos, as APP´s podem localizar-se no interior de lote ou de
unidade autônoma, utilizadas como espaços livres, desde que:
§ 1º Nas APP´s utilizadas como espaços livres de uso público ou de uso comum dos condomínios na
forma do caput, fica vedada a movimentação de terra, a menos que se destine ao controle de cheias, à
regularização de vazão, à proteção dos mananciais ou a estabilização de encostas, com autorização prévia
do órgão ambiental competente.
§ 2º A APP que integre lote ou unidade autônoma resultante de parcelamento pode ser computada
na área total do referido imóvel para aplicação dos índices urbanísticos fixados pelo PDM;
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§ 3º A critério da autoridade ambiental competente a APP pode ser transposta pelo sistema viário ou
utilizada para implantação e manutenção de sistemas de drenagem de águas pluviais e outras obras
exigidas pelo Poder Público e concessionários de serviços públicos, desde que a intervenção seja de baixo
impacto ambiental e não descaracterize a APP.
§ 4º As nascentes e suas APP´s deverão estar localizadas em espaços livres de uso público nos
loteamentos ou de uso comum nos condomínios.
Art. 173.O parcelamento do solo não poderá prejudicar o escoamento natural das águas pluviais e as
obras necessárias à sua garantia serão feitas, obrigatoriamente, nas vias ou em faixas, reservadas para
este fim.
Art. 174.Os cursos de água não poderão ser aterrados ou canalizados sem prévia autorização do
Município e, no que couber, dos demais Órgãos Federais e Estaduais competentes.
Art. 175.É obrigatória a reserva de área não edificável, ao longo de dutos, adutoras e linhas de
transmissão de alta tensão, de acordo com as normas dos órgãos competentes.
Art. 176. Os parcelamentos situados ao longo de rodovias federais, estaduais, e linhas férreas, deverão
conter ruas paralelas e contíguas às faixas de domínio, com largura mínima de 15,00m (quinze metros).
Parágrafo único. Na impossibilidade técnica de atender o caput, será obrigatória a reserva de faixa
não edificada com largura mínima de 15,00m (quinze metros), contíguas às faixas de domínio, para a qual
não será admitida testada de lotes.
Art. 177.Todos os loteamentos deverão, além de assegurar a continuidade das ruas e avenidas contíguas
existentes ou projetadas, incorporar ao seu traçado viário as vias de circulação previstas no Sistema Viário
Municipal, quando contidas na gleba ou lindeiras a esta.
§ 1º O Poder Executivo determinará a largura, perfil transversal, inclinação máxima e sistema viário
referido neste artigo.
§ 2º Quando não houver condições técnicas para a continuidade de via projetada do loteamento,
deverá ter projetada e executada praça de retorno que permita a inscrição, na faixa de rolamento, de um
círculo com diâmetro mínimo de 20,00m (vinte metros) para vias com largura inferior a 15,00m (vinte
metros), e 40,00m (quarenta metros) para as demais.
Seção IV
Dos Loteamentos
I - Geral;
II - Interesse Social.
Art. 180. Para o loteamento de Padrão Geral, são obrigatórios os seguintes serviços:
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§ 1º os lotes deverão ter área mínima de cento e cinquenta metros quadrados (150,00m²) e testada
mínima de cinco metros (5,00m), acrescido de dois metros (2,00m) nas esquinas;
§ 2º fica estabelecida a fração ideal de cento e cinquenta metros quadrados (150,00m²) de área de
terreno para a construção de uma unidade autônoma, ou seja, uma edificação unifamiliar;
§ 3º a área máxima permitida de quadra será de 10.000,00 m2 (dez mil metros quadrados);
§ 4º a extensão máxima de quadra para parcelamento será de até 200,00 m (duzentos metros).
Art. 181. O loteamento de Interesse Social é definido como aquele que apresenta característica especial,
podendo ser aprovado somente em Áreas Especiais de Interesse Social III - AEIS, e seja destinado
especificamente, à população de baixo poder aquisitivo, onde são obrigatórios os seguintes serviços:
§ 1º Os lotes deverão ter área mínima de oitenta metros quadrados (80,00m²) e testada mínima de
quatro metros (4,00m), acrescido de dois metros (2,00m) nas esquinas;
§ 2º A área máxima permitida de quadra será de 8.000,00 m2 (oito mil metros quadrados);
§ 3º A extensão máxima de quadra para parcelamento será de até 200,00 m (duzentos metros);
§ 4º Serão permitidos nos loteamentos do caput deste artigo, somente pequeno comércio próprio, a
critério do órgão competente e em localização dada pelo mesmo;
§ 5º O número de lotes por hectare não poderá exceder a oitenta (80) e a área viária mínima deverá
ser de 20% da área total.
Art. 182. A execução de loteamentos de interesse social será de competência do Poder Público Municipal,
que poderá fazê-lo:
I - isoladamente ou,
Art. 183. Fica definido o seguinte Regime Urbanístico para Loteamentos de Interesse Social no Município:
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II - DENSIDADE: lotes/há;
III - ÁREA MÍNIMA: 80 lotes, sendo permitido somente uma unidade habitacional por lote;
VIII - ÁREA VERDE: 10% (podendo conter até 50% de Área de Preservação Permanente - A.P.P.);
XI - PERFIL VIÁRIO MÍNIMO: 12m (2,5m de passeio em ambos os lados e 7,00m de pista de rolagem);
XIV - as edificações novas e reformas que aumentem a área construída, observarão o regime
urbanístico e recuo de jardim estabelecidos no PDM.
Parágrafo único. Não será permitido unificação de lotes em AEIS III, SOMENTE POR INICIATIVA DO
PODER PÚBLICO;
§ 1º Não será permitido unificação de lotes em AEIS III, SOMENTE POR INICIATIVA DO PODER
PÚBLICO; (Redação dada pela Lei nº 9281/2020)
Art. 184. Em loteamentos de interesse social, será priorizada a implantação de ciclovia na via de maior
expressão e/ou integração do loteamento, sempre que possível.
Art. 185. Não será permitido desmembramento ou fracionamento quando deles resultar faixa de lotes
contíguos, de frente para uma mesma via, com extensão superior a 200,00 m (duzentos metros),
caracterizando-se nesses casos a figura do loteamento.
Art. 186.As extensões de quadras poderão ser alteradas, mediante parecer dos órgãos técnicos do
Município, quando:
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Seção V
Das áreas Não Viárias de Uso Público
Art. 187. Ao Poder Público Municipal caberá a indicação das áreas para equipamentos comunitários,
espaços de uso público e de preservação ambiental ou paisagística e ainda, determinar a forma e a
localização dessas áreas, quando considerar necessário;
As áreas não viárias de uso público terão garantido acesso direto à via pública, independente da
Art. 188.
modalidade de parcelamento a que pertencer.
Art. 189.De todo e qualquer projeto de loteamento deverá constar a previsão de áreas verdes para
praças ou parques, na proporção de dez por cento (10%) da área total, além da previsão de área
destinada a uso público institucional não viário, na proporção de cinco por cento (5%).
§ 1º As áreas acima descritas deverão ser transferidas à Prefeitura Municipal, sem ônus para a
mesma, no prazo máximo de até seis (06) meses após o registro do desmembramento no Ofício de
Registro de Imóveis, sendo a Matrícula averbada para o Município de São Leopoldo como proprietário da
área;
§ 2º As áreas públicas não viárias deverão possuir fácil acesso e estarem localizadas
preferencialmente em esquinas;
§ 3º Para efeito de cálculo do percentual referido no caput, a Área Verde deverá possuir no mínimo
10%, podendo ser considerado das seguintes formas:
§ 4º A Área Institucional deverá possuir, no mínimo, 5% do total da gleba, localizada na área útil;
§ 5º As áreas referidas no caput poderão ser traduzidas em outros bens imóveis, edificações e
equipamentos públicos, situadas fora do empreendimento, desde que equivalente valor, expresso o
interesse público e com anuência da CTPM e do COMPLAD.
As áreas verdes públicas deverão ser entregues mobiliadas conforme diretrizes urbanísticas para
Art. 191.
parcelamento do solo.
Art. 192. As áreas de que tratam o art. 189, deverão ser transferidas ao município até o
descaucionamento dos lotes hipotecados.
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Seção VI
Dos Loteamentos Industriais
Art. 193. Os quarteirões com finalidade industrial poderão ter um comprimento máximo de 300,00m
(trezentos metros), desde que a largura não ultrapasse 150,00m (cento cinquenta metros).
Art. 194. Deverão ser previstas áreas públicas não viárias conforme seção V, do capítulo X desta Lei.
Parágrafo único. Para tratamento de efluentes deverá atender as normas ambientais vigentes.
Art. 196. Os lotes industriais terão testada mínima de vinte metros (20m) e área mínima de 1.000,00 m2
(mil metros quadrados).
Seção VII
Dos Loteamentos Rurais ou Agrícolas
Art. 197. Os loteamentos de características rurais e agrícolas serão feitos em função do "módulo rural",
de acordo com a legislação vigente que dispõe sobre o estatuto da terra e que fixa normas de direito
agrário, dispõe sobre o sistema de organização e funcionamento do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária - INCRA.
Art. 198. No caso de loteamentos rurais, além do estabelecido no artigo anterior, os lotes deverão
apresentar as seguintes características:
I - testada mínima de 40,00 m (quarenta metros), voltada para a via existente ou projetada;
Art. 199. Nos loteamentos é obrigatória a transferência ao Município de áreas para instalação de
equipamentos urbanos e comunitários, sistemas de circulação e espaços livres de uso público, cuja
localização será determinada pelo Poder Executivo Municipal.
Parágrafo único. As áreas transferidas ao Município devem ter acesso direto ao sistema viário e as
áreas destinadas à instalação de equipamentos urbanos e comunitários e os espaços livres de uso público
devem ser cercadas, conforme especificações definidas em decreto que regulamentar.
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Seção VIII
Dos Desmembramentos
Art. 200 No caso de terrenos de área igual ou superior a 10.000,00 m2 (dez mil metros quadrados), a
autorização para desmembramento estará condicionada à transferência ao Município, pelo proprietário,
de um percentual de 10% (dez por cento), destinada ao uso público e/ou interesse social, de acordo com
o Plano Diretor Municipal - PDM, cuja forma e localização ficará a critério do órgão municipal
competente.
§ 1º As áreas acima descritas deverão ser transferidas à Prefeitura Municipal, sem ônus para a
mesma, no prazo máximo de até seis (06) meses após o registro do desmembramento no Ofício de
Registro de Imóveis, sendo a Matrícula averbada para o Município de São Leopoldo como proprietário da
área;
§ 2º Para efeito de cálculo do percentual referido no caput, a área de doação deverá possuir no
mínimo 10%, podendo ser considerado das seguintes formas:
§ 5º A doação de área de terras prevista no caput deste artigo, poderá ser substituída por pecúnia ou
medida compensatória equivalente ao valor da pecúnia, em não havendo o interesse do Município na
área objeto da doação e, desde que, obedecidos os seguintes critérios:
§ 6º Fica assegurada servidão de passagem com dimensão mínima de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros) ao terreno eventualmente encravado, permitida a compensação de áreas entre os
proprietários, em caso de determinação judicial.
Art. 200.No caso de terrenos de área igual ou superior a 10.000,00 m2 (dez mil metros quadrados), a
autorização para desmembramento estará condicionada à transferência ao Município, pelo proprietário,
de um percentual de 10% (dez por cento), destinada ao uso público e/ou interesse social, de acordo com
o Plano Diretor Municipal - PDM, cuja forma e localização ficará a critério do órgão municipal
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§ 1º As áreas acima descritas deverão ser transferidas à Prefeitura Municipal, sem ônus para a
mesma, no prazo máximo de até seis (06) meses após o registro do desmembramento no Ofício de
Registro de Imóveis, sendo a Matrícula averbada para o Município de São Leopoldo como proprietário da
área; (Redação dada pela Lei nº 9281/2020)
§ 2º Para efeito de cálculo do percentual referido no caput, a área de doação deverá possuir no
mínimo 10%, podendo ser considerado das seguintes formas: (Redação dada pela Lei nº 9281/2020)
I - 10% do total, sendo considerado 5% na APP e 5% na área útil; (Redação dada pela Lei nº
9281/2020)
II - 10% da área útil, sendo considerado 10% na área útil. (Redação dada pela Lei nº 9281/2020)
§ 6º A doação de área de terras prevista no caput deste artigo, poderá ser substituída por pecúnia ou
medida compensatória equivalente ao valor da pecúnia, em não havendo o interesse do Município na
área objeto da doação e, desde que, obedecidos os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº
9281/2020)
II - o Executivo Municipal realizará a avaliação da área e emitirá laudo técnico; (Redação acrescida
pela Lei nº 9281/2020)
III - o valor em pecúnia será depositado no Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano; (Redação
acrescida pela Lei nº 9281/2020)
§ 7º Fica assegurada servidão de passagem com dimensão mínima de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros) ao terreno eventualmente encravado, permitida a compensação de áreas entre os
proprietários, em caso de determinação judicial. (Redação acrescida pela Lei nº 9281/2020)
Art. 201. Ficam dispensados da doação de 10% (dez por cento), referida no art. 200, os seguintes casos:
I - nos remembramentos, desde que a(s) área(s) remanescente(s) continue(m) com a área superficial
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II - quando a gleba de que trata este artigo tiver sido objeto de parcelamento anterior e dele tenha
resultado prévia doação de área.
Art. 202. Além da percentagem de área pública prevista, poderá ser solicitada área de reserva para
passagem de redes de infraestrutura previstas em planos ou projetos.
Seção IX
Do Condomínio Horizontal
§ 1º Para o caso de 2 (duas) unidades residenciais, fica dispensada a área de uso comum.
Art. 205. No caso de terrenos de área igual ou superior a 4.000,00 m2 (quatro mil metros quadrados), a
autorização para condomínio estará condicionada à cessão ao Município, pelo proprietário, de um
percentual de 10% (dez por cento), destinada ao uso público e/ou interesse social, de acordo com o Plano
Diretor Municipal - PDM, cuja forma e localização ficará a critério do órgão de planejamento, quando
considerar necessário.
§ 1º As áreas acima descritas deverão ser transferidas à Prefeitura Municipal, sem ônus para a
mesma, no prazo máximo de até seis (06) meses após o registro do desmembramento no Ofício de
Registro de Imóveis, sendo a Matrícula averbada para o Município de São Leopoldo como proprietário da
área;
§ 2º Para efeito de cálculo do percentual referido no caput, a área de doação deverá possuir no
mínimo 10%, podendo ser considerado das seguintes formas:
§ 3º Fica dispensada a doação de área quando a gleba de que trata este artigo tiver sido objeto de
loteamento e desmembramento anterior e dele tenha resultado prévia doação de área.
§ 4º A doação de área de terras prevista no caput deste artigo, poderá ser substituída por pecúnia ou
medida compensatória equivalente ao valor da pecúnia, em não havendo o interesse do Município na
área objeto da doação e, desde que, obedecidos os seguintes critérios:
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I - quando em área de terras cujo entorno da região já contemple as áreas públicas destinadas a área
verde e uso institucional;
§ 5º Para os demais condomínios, as glebas a serem consideradas para doação de área ao município,
no percentual de 10%, serão aquelas maiores ou iguais a 10.000,00m² (dez mil metros quadrados).
Art. 206. Nos condomínios horizontais deverão ser implantados todos os serviços de infraestrutura
previstos para loteamentos.
Parágrafo único. A manutenção dos serviços de infraestrutura de que trata este artigo, bem como a
manutenção dos demais serviços (limpeza pública, praças, gramados, vias, e internos do condomínio)
ficará a cargo dos seus condôminos.
Art. 207. Fica assegurado ao Poder Público Municipal o acesso irrestrito aos condomínios, inclusive
quando integrados à edificação, para o cumprimento das operações relativas à verificação dos serviços e
fiscalização que lhe são cabíveis.
Art. 208.O sistema viário existente, ou previsto pelo Município, não poderá ser prejudicado, devendo sua
hierarquia ser mantida e atendida junto ao projeto de parcelamento.
Parágrafo único. Poderão ser requeridas novas vias públicas ao entorno do condomínio para
preservar a continuidade viária, a critério do órgão de planejamento e gestão territorial.
Art. 209. A largura das vias internas de condomínios deverá ser de no mínimo 6,00m (seis metros) de
pista de rolagem, e 1,50m para passeios.
Parágrafo único. Nos condomínios com pista de rolamento com no mínimo 7,50m (sete metros e
cinquenta centímetros) será permitida a colocação de grama em 100% do passeio desde que seja
executado na pista de rolamento, um espaço separado por pintura ou elemento físico separador de
1,50m (um metro e cinquenta centímetros), livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de
pedestres.
Art. 210. Aos condôminos cabe a manutenção do sistema viário, das áreas destinadas ao uso comum, da
infraestrutura básica e complementar interna, do paisagismo, do acondicionamento e condução
adequada dos resíduos sólidos até a área pública, fora do condomínio.
Art. 211. São considerados de propriedade e responsabilidade comum dos condôminos, além daquelas
constantes em convenção de condomínio:
II - infraestrutura instalada;
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IV - áreas de lazer;
VI - guaritas.
Art. 212.As áreas degradadas que integrarem espaços de uso comum serão recuperadas e mantidas
pelos condôminos, bem como as APP`s a eles incorporadas.
§ 2º Às áreas de uso comum será dado tratamento paisagístico a constar junto às atribuições na
convenção de condomínio.
Seção X
Do Descaucionamento
Art. 213.O descaucionamento dos lotes somente será efetivado após a apresentação das Matrículas de
Registro de Imóveis das áreas públicas, tendo o Município de São Leopoldo como Proprietário.
Art. 215. Para garantia do cumprimento das obrigações assumidas pelo proprietário de acordo com o
"Termo de Compromisso e Caução" será exigida uma caução ao Município, correspondente a 50 %
(cinquenta por cento) do total de lotes do projeto aprovado.
Parágrafo único. Fica dispensada a exigência de caução referida no caput para os casos expressos na
Lei Municipal nº 8868/2018.
Art. 216. A liberação dos lotes ou das unidades autônomas hipotecados será total ou por etapas, na
medida em que forem executadas as obras, de acordo com o Termo de Compromisso, mediante
requerimento do interessado e a critério do Município.
Art. 217. O loteador perderá a caução em favor do município, a título de penalidade pelo não
cumprimento das obrigações previstas no "Termo de Compromisso e Caução".
Art. 218.Poderá o Município aceitar o recebimento das obras de forma parcelada, uma vez atendidas
todas as obrigações a que se vinculou o proprietário na forma desta Lei.
Art. 219.A liberação dos lotes caucionados se fará total ou por etapas, à medida que forem sendo
entregues as obras, de acordo com o "Termo de Compromisso e Caução", e aceitas pelo Poder Executivo
Municipal através de seu órgão técnico.
Art. 220. A solicitação de vistoria deverá ser instruída com os seguintes documentos:
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Seção XI
Das Obrigações, Procedimentos, Tramitações e Execução
Art. 221. Os procedimentos, tramitações, obrigações e execução encontram - se no anexo III desta Lei.
Seção XII
Do Perímetro Urbano
Art. 222.O perímetro urbano delimitado no Mapa 06, Anexo I, Tabela 04, Anexo II, integrante dessa Lei, é
descrito da seguinte forma:
"Inicia na margem esquerda do arroio Bopp junto à divisa do loteamento Residencial Colina
(inclusive) e as terras de Kern e Mattes (exclusive) (c.UTM 1. X=481217.3013, Y=6714858.8980). Segue
por esta divisa em sentido leste por aproximadamente 300 m (c.UTM 2. X=481521.3627,
Y=6714786.1592), após deflete para norte aproximadamente 380m, pelo limite oeste do loteamento
Residencial Colina (inclusive) e limite leste das terras de Kern e Mattes (exclusive), até o vértice noroeste
da quadra 2766 do loteamento Residencial Colina (inclusive) e limite sul do Centro Experimental Unisinos
(exclusive), prosseguindo em linha seca no sentido nordeste até o ponto (c.UTM 4. X=483764.8205,
Y=6713710.5757) de onde segue sentido nordeste e leste pela divisa entre São Leopoldo e Novo
Hamburgo até encontrar o eixo da Estrada Presidente Lucena (c. UTM 5. E=484597.0192,
Y=6715317.5360). Segue sentido geral sul pelo eixo da Estrada Presidente Lucena por aproximadamente
1.915m, onde deflete para leste e após sul, sempre na divisa entre São Leopoldo e Novo Hamburgo, até
encontrar o eixo da Estrada do Boqueirão (c. UTM 6. X= 484763.6268, Y= 6712635.3907), seguindo por
esta estrada em sentido leste aproximadamente 950m, até encontrar a rodovia BR-116. Prossegue pelo
eixo da rodovia BR-116 em sentido norte aproximadamente 150m (c.UTM 7. X=485698.8918,
Y=6712732.0185), de onde segue por linha seca de sentido leste aproximadamente 30m, até o arroio
Gauchinho (c.UTM 8. X=485728.0468, N=6712730.8691), seguindo a jusante pelo arroio Gauchinho em
sentido sudeste pelo limite municipal com Novo Hamburgo até o encontro do dique de proteção de
cheias a margem direita do rio Dos Sinos (c.UTM 9. X=487453.1572, Y=6709776.8917), seguindo pelo eixo
deste dique em sentido geral sudoeste, até encontrar a ponte metroviária (c.UTM 10. X=486235.37235,
Y=6708304.3880), de onde segue pelo alinhamento leste da ponte metroviária em sentido geral sul,
passando pelo rio Dos Sinos até o dique de proteção de cheias a margem esquerda do rio Dos Sinos,
prosseguindo pelo eixo deste dique em sentido sudeste até seu término na propriedade da Sociedade
Ginástica São Leopoldo (inclusive) (c.UTM 11. X=486728.6802, Y=6707617.3324). Prossegue por linha
seca de sentido geral leste por 50m até a divisa da Sociedade Ginástica de São Leopoldo e da propriedade
da Secretaria Municipal de Obras e Viação - SEMOV (ambas inclusive) (c.UTM 12. X=486779.0235,
Y=6707643.5521), de onde segue por linha seca de sentido norte aproximadamente 90m, até o arroio
Kruze (c.UTM 13. X=486770.5373, Y=6707731.2839), seguindo pelo arroio Kruze, a montante até um
ponto distante 100m do alinhamento norte da avenida Imperatriz Leopoldina (c.UTM 14. X=486861.4525,
Y=6707612.1746). Prossegue por linha seca de sentido leste aproximadamente 810m, paralela e distante
100m do alinhamento norte da avenida Imperatriz Leopoldina (c.UTM 15. X=487670.2484,
Y=6707701.8131), prosseguindo pela divisa do Parque Natural Municipal Imperatriz Leopoldina
(exclusive), em sentido noroeste 65m (c.UTM 16. X=487634.6883, Y=6707754.8378); em sentido geral
norte 160m (c.UTM 17. X=487662.1775, Y=6707911.8156); em sentido nordeste por 100m até o vértice
noroeste da quadra 478-B do loteamento Vila Mello (inclusive). Deste ponto prossegue pelo limite norte
do loteamento Vila Mello (inclusive), no sentido leste aproximadamente 90m até o vértice nordeste da
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quadra 477-B, de onde segue em sentido geral sul pelo limite leste desta quadra e parte da quadra 477-A
em sentido sul até um ponto situado a 100m do alinhamento norte da avenida Imperatriz Leopoldina.
Prossegue por linha de sentido leste, aproximadamente 130m, paralela e distante 100m do alinhamento
norte da avenida Imperatriz Leopoldina até o limite oeste da quadra 2.051 do outro bloco do loteamento
Vila Mello (inclusive), de onde segue pelo limite oeste deste bloco em sentido norte, aproximadamente
130m até o seu vértice noroeste (inclusive), prosseguindo em sentido leste pelo limite norte deste
loteamento aproximadamente 50m até o prolongamento da rua João Alves Pereira, junto ao banhado do
rio Dos Sinos. Prossegue pelo prolongamento da rua João Alves Pereira, em sentido sul, aproximadamente
74m, até um ponto distante 126m do alinhamento norte da avenida Imperatriz Leopoldina, prosseguindo
em sentido leste, aproximadamente 94m, segue em sentido sul, aproximadamente 31m, até um ponto
distante 100m do alinhamento norte da avenida Imperatriz Leopoldina seguindo por linha de sentido
geral leste aproximadamente 1036m, paralela e distante 100m do alinhamento norte da avenida
Imperatriz Leopoldina até a divisa oeste da quadra 499 do loteamento Independência (inclusive).
Prossegue pela divisa oeste em sentido norte aproximadamente 837m, até o limite noroeste do
loteamento Independência (c.UTM 18. X=489197.9063, Y=6708792.0806), de onde segue em linha seca
de sentido geral leste aproximadamente 150m (c.UTM 19. X=489346.8777, Y=6708773.9519), seguindo
sentido norte por aproximadamente 128m (c. UTM 20. X=489363.8036, Y=6708899.8962), deste ponto
segue sentido leste por aproximadamente 228m até encontrar a quadra 2.415 do loteamento Parque dos
Imigrantes (c. UTM 21. X=489588.7825, Y=6708863.6453). Deste ponto segue por aproximadamente
175m até o limite norte do loteamento Parque dos Imigrantes (inclusive) (c.UTM 22. X= 489608.3210,
Y=6709037.6385). Segue por linha seca sentido leste até encontrar a divisa oeste do loteamento São
Geraldo II (exclusive) (c.UTM 23. X=489977.5673, Y=6708977.1711). Deste ponto prossegue pela divisa
entre o loteamento São Geraldo II (exclusive) e a propriedade do Patronato Agrícola Visconde de São
Leopoldo (inclusive), em sentido norte aproximadamente 188m até o vértice noroeste do loteamento São
Geraldo II (inclusive) (c. UTM 24. X=490006.0688, Y=6709162.8614), segue sentido leste por 132m
aproximadamente até encontrar o alinhamento oeste da Rua Pottenstein (c.UTM 25. X=490137.7091,
Y=6709146.7306). Deste ponto segue sentido geral norte por 1167m (c. UTM 26. X=490305.8200,
Y=6710300.6100), deste ponto segue sentido geral leste por 267m pela rua Aberto Ramos até encontrar o
alinhamento leste da rua Otto Daudt (c.UTM 27. X=490572.0201, Y=6710322.5396), de onde segue pelo
alinhamento leste da Rua Otto Daudt sentido sul até encontrar o alinhamento norte da rua Eugênio Emílio
Daudt (c.UTM 28. X=490549.6690, Y=6710118.2137), prosseguindo pelo alinhamento norte da rua
Eugênio Emílio Daudt até encontrar o alinhamento leste da rua Nero Faria Leal (c.UTM 29.
X=491060.0945, Y=6710046.8299). Deste ponto segue sentido geral leste por aproximadamente 63m nas
proximidades da quadra 1.287 (c.UTM 30. X=491123.1080, Y=6710049.1911), (c.UTM 30. X=491211.8579,
Y= 6710131.7975; 31. X=491332.2632, Y= 6710124.6222; 32. X=491328.2512, Y=6710057.2980; 33. X=
491650.1783 Y=6710022.8697) de onde segue pelo arroio Peão também a montante, ainda limite
municipal com Novo Hamburgo, até um ponto localizado aproximadamente 220m do encontro do arroio
Peão com a estrada do Quilombo (c.UTM 34. X=491968.2330, Y=6706552.2649). Deste ponto segue por
linha seca de sentido sudoeste aproximadamente 1037.458m (c.UTM 35. X= 491487.1913,
Y=6705633.0709; 36. X=491820.9537, Y=6705569.0673; 37. X=491391.0391, Y=6705399.3066)
contornando o terreno do Sítio dos Professores, seguindo pela mesma linha seca anterior por mais
3.058.750m até o vértice sudeste da quadra 2.103 do loteamento Parque Lago São Borja (inclusive)
(c.UTM 38. X=490089.0445, Y=6702636.9898), prosseguindo pela divisa do loteamento Parque Lago São
Borja (inclusive) até o vértice sudoeste (c.UTM 39. X=489755.2758, Y=6702596.1164), parte em direção
geral noroeste, medindo aproximadamente 1978.969m pela divisa municipal com Sapucaia do Sul (c.UTM
40. X=487451.8679, Y=6703233.2098), deflete sentido norte, aproximadamente 150m até encontrar o
limite sul do Loteamento COHAB Duque (c.UTM 41. X=487458.6186, Y=6703383.5710). Continua sentido
oeste pela divisa com município de Sapucaia do Sul (exclusive) e loteamento COHAB Duque (inclusive),
Quartel 18 BIMTZ e Unisinos (inclusive) por aproximadamente 3000m até o vértice sudeste do
loteamento Santo Inácio (c.UTM 42. X=484479.7364, Y=6703363.4495), deste ponto, prossegue sentido
noroeste até o eixo da rodovia BR-116 (c.UTM 43. X=484048.7424), Y=6703673.0507). Prossegue pelo
eixo da rodovia BR-116, em sentido norte, aproximadamente 177m, até a divisa sul do loteamento Vila
Batista (inclusive) (c.UTM 44. X=484074.4652, Y=6703848.4739), de onde segue em sentido oeste,
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aproximadamente 350m, pela divisa sul do loteamento Vila Batista (inclusive) e limite norte do Horto
Florestal (exclusive) até o alinhamento oeste da rua do Horto (c.UTM 45. X=483739.4679,
Y=6703950.7693). Desde ponto segue em sentido norte, aproximadamente 452m, pelo alinhamento
oeste da rua do Horto, até o alinhamento sul da rua do Carioca (c.UTM 46. X=483795.9650,
Y=6704393.5197). De onde segue por linha seca de sentido nordeste aproximadamente 462m pela área
do Estado do Rio Grande do Sul (c.UTM 47. X=483987.2754, Y=6704814.0265). Deste ponto segue pelo
eixo do dique de proteção de cheias, em sentido nordeste aproximadamente 785.064m sentido leste até
encontrar o alinhamento oeste da avenida Tomaz Edison (projetada) (c.UTM 49. X=484700.3355,
Y=6708106.3603). Deste ponto prossegue pelo Rio do Sinos, pelo alinhamento oeste da avenida Tomaz
Edison (projetada), por aproximadamente 215m, até encontrar o eixo do dique de proteção de cheias da
margem direita do Rio do Sinos (c.UTM 50. X=484728.9442, Y=6708320.6302), prosseguindo pelo eixo
deste em sentido geral oeste e noroeste aproximadamente 2.025m (c.UTM 51. X=483749.6088,
Y=6709448.0203), deflete sentido oeste por aproximadamente até encontrar o arroio da Manteiga em um
ponto situado a 500m do alinhamento sul da estrada do Socorro (c. UTM 52. X=482939.7408,
Y=6709422.4277). Segue sentido oeste por uma linha paralela e distante 500m do alinhamento sul da
estrada do Socorro (c. UTM 53. X=482733.4243, Y=6709375.2442), segue pela linha de cota 10,00m no
sentido sul aproximadamente 380m (c.UTM 54. X=482020.5276, Y=6709454.2335), segue sentido geral
sudoeste aproximadamente 100m (c.UTM 55. X=481922.0164, Y=6709423.4775), deste ponto segue em
linha seca sentido sul por aproximadamente 380m (c.UTM 56. X=481900.8545, Y=6709043.6856), segue
em linha sinuosa sobre a cota 40,00m aproximadamente 1.400m (c.UTM 57. X=480836.6134,
Y=6708968.8950), segue em linha seca sentido norte aproximadamente 430m até encontrar o
alinhamento sul da Estrada Vicinal (c.UTM 58. X=480839.1065, Y=6709401.8688), deste ponto segue pelo
alinhamento sul da Estrada Vicinal por aproximadamente 640m (c.UTM 59. X=481197.4872,
Y=6709845.5546). Prossegue em linha seca, sentido norte de aproximadamente 270m até um ponto
distante 350m do alinhamento sul da estrada do Socorro (c.UTM 60. X=481197.9902, Y=6710115.0430),
segue sentido oeste por uma linha paralela e distante 350m do alinhamento sul da estrada do Socorro,
em sentido geral oeste até o arroio Bopp (c.UTM 61. X=479633.7420, Y=6710510.3431), de onde segue
pelo arroio Bopp, a montante, até a divisa entre as terras de Kern e Mattes (exclusive) e o Loteamento
Residencial Colina (inclusive) ponto inicial da descrição (c.UTM 1. E=481217.3013, N=6714858.8980)".
CAPÍTULO XI
DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 223.A política de habitação tem por objetivo estabelecer as ações do Poder Público e da iniciativa
privada para garantir o direito social à moradia para o conjunto da população, previsto na Declaração
Universal dos direitos humanos de 1948 bem como na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 6.
Art. 224.Além das diretrizes gerais de política urbana previstas pela Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho
de 2001, e dos princípios previstos nesse PDM, a regularização fundiária sustentável deve pautar-se pelas
seguintes diretrizes:
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III - garantir a regularização fundiária de interesse social nas ocupações consolidadas, de acordo com
o Plano Local de Habitação de Interesse Social - PLHIS;
IV - estruturar a fiscalização de áreas públicas, visando inibir novas ocupações irregulares e exercendo
o controle sobre áreas já ocupadas;
V - promover a articulação entre poder público, setor privado e sociedade civil organizada com as
políticas públicas e/ou privadas de habitação e urbanização por meio CMHIS - Conselho Municipal de
Habitação de Interesse Social de acordo com seu Regimento Interno;
VII - ampliar os recursos do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social - FMHIS mediante
previsão no orçamento municipal de aportes regulares de recursos e utilização dos instrumentos de
política urbana, previstos neste PDM.
§ 2º Poderão ser previstos em lei complementar parâmetros urbanísticos diferenciados para edifícios
populares e de interesse social a fim de incentivar a construção das referidas habitações nas áreas de
influência dos eixos estruturantes e naqueles dotados de infraestrutura próxima ao transporte público
coletivo, assim como nas demais áreas de interesse público, inclusive podendo conceder dedução na
compra de potencial construtivo e demais benefícios, conforme regramento específico.
Art. 225. Fica estabelecida a Cota de Habitação de Interesse Social, entendida como a contrapartida
obrigatória exigida nos loteamentos populares para a produção de habitação de interesse social.
Art. 226. Sem prejuízo as demais obrigações previstas na legislação, a contrapartida para cumprimento
das Políticas de Habitação de Interesse Social poderá ser exigida de forma isolada ou cumulativa,
conforme o caso, consistindo em:
Art. 227. Lei Municipal específica, com base no PDM, regulamentará a Cota de Habitação de Interesse
Social.
Art. 228. Além do Poder Público, a iniciativa da regularização fundiária sustentável será facultada aos seus
beneficiários, individual ou coletivamente, e ainda:
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II - as vias de circulação existentes ou projetadas e, quando possível, as outras áreas destinadas a uso
público;
III - as medidas necessárias para a garantia da sustentabilidade urbanística, social e ambiental da área
ocupada, incluindo as formas de compensação, quando for o caso;
Art. 230.A regularização fundiária sustentável poderá ser implementada em etapas, sendo que, neste
caso, o plano de regularização poderá abranger apenas a parcela do assentamento informal a ser
regularizada em cada etapa respectiva.
Art. 231. O conteúdo do plano de regularização fundiária, no que se refere aos projetos, ao memorial
descritivo e, quando for o caso, ao cronograma de obras e serviços a serem realizados, será definido por
decreto do Poder Executivo Municipal, assegurada sempre a indicação e o detalhamento das informações
necessárias para o devido registro imobiliário.
Art. 232.No caso da ocupação configurar situação irreversível e não se localizar em área considerada de
risco ou protegida, nos termos da legislação ambiental poderá ser regularizada quadra a quadra.
Parágrafo único. Considera-se situação irreversível aquela em que o prazo e a natureza da ocupação,
bem como as edificações, o sistema viário, a infraestrutura urbana e os equipamentos comunitários
existentes, indiquem grave dano social, reconhecido pelo Poder Público Municipal, no caso de eventual
reversão da situação possessória já consolidada pelo tempo.
Art. 233. Na regularização fundiária de interesse específico, a regularização quadra a quadra deverá
incluir formas de compensação a ser definida em cada caso.
Parágrafo único. Não se exigirá licença urbanística e ambiental da regularização fundiária que envolva
apenas a regularização jurídica da situação dominial das áreas ocupadas irregularmente, porém o meio
ambiente deverá emitir um termo de anuência.
Art. 235. A regularização jurídica da situação dominial das áreas ocupadas irregularmente poderá ser
precedente, concomitante ou superveniente à elaboração ou à implantação do plano de regularização
fundiária.
Art. 236.Nas regularizações fundiárias de interesse social, o fato de não ter sido concluída a regularização
jurídica da situação dominial não constitui impedimento à realização de obras de implantação de
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Art. 237. A regularização fundiária sustentável em APP (áreas de preservação permanente) deverá
atender o disposto do Código Florestal - Lei 12.651/2012.
Art. 238. O PLHIS deverá ser aprovado, em até um ano, a partir da data de publicação do PDM.
Seção II
Da Regularização Fundiária de Interesse Social
Art. 239.Os assentamentos informais objeto de regularização fundiária de interesse social promovida
pelo Poder Público deverão integrar Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS, nos termos das legislações
vigentes.
Art. 240.As AEIS I e AEIS II, ficam sob competência do Órgão Municipal responsável pela Habitação,
sendo este órgão responsável pelo trâmite completo de aprovações de regularizações fundiárias nestas
áreas.
Art. 241. O plano de regularização fundiária de interesse social observará o disposto neste PDM e definirá
parâmetros urbanísticos e ambientais específicos, e estabelecerá ainda:
Art. 242.É vedada a regularização de ocupações específicas que, no plano de regularização fundiária de
interesse social, sejam identificadas como situadas em áreas sujeitas a inundações, a corrida de lama, a
movimentos de massa rochosa e a outras situações de risco.
Art. 243. Na regularização fundiária de interesse social caberá ao Poder Público, quando empreendedor,
ou a seus concessionários ou permissionários, a implantação:
I - do sistema viário;
II - da infraestrutura básica;
Seção III
Da Regularização Fundiária de Interesse Específico
Art. 244. Os assentamentos informais objeto de regularização fundiária de interesse específico devem
observar os procedimentos de projeto, licenciamento, aprovação e registro previstos nesse PDM.
Art. 245. O Município deverá definir na licença da regularização fundiária de interesse específico as
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I - do sistema viário;
II - da infraestrutura básica;
Art. 246. A critério da autoridade licenciadora, os encargos poderão ser compartilhados com os
beneficiários, considerando os investimentos em infraestrutura e equipamentos comunitários já
realizados pelos moradores, e o poder aquisitivo da população a ser beneficiada.
Art. 247.Sendo o responsável pela irregularidade identificável, o Poder Público deverá exigir dele as
importâncias despendidas para regularizar o parcelamento, podendo, para tanto, promover as medidas
necessárias.
Seção IV
Do Cumprimento da Função Social da Propriedade
Art. 248.A estratégia de cumprimento da função social da propriedade objetiva promover a otimização
do uso da propriedade subutilizada, não-utilizada e dos terrenos e glebas não-edificadas que se
encontram em áreas providas de infraestrutura, através da definição dos critérios que caracterizam essas
áreas e da aplicação dos instrumentos do Estatuto da Cidade para a indução da urbanização, a gestão da
valorização social do solo e do melhor aproveitamento dessas propriedades, garantindo:
Seção V
Da Democratização do Acesso a Terra e Habitação
Art. 249. A estratégia de democratização do acesso à terra e à habitação buscará o direito à moradia
digna e à reestruturação e qualificação dos espaços territoriais informais, através da ampliação da oferta,
da democratização do acesso e do reconhecimento e regularização das ocupações habitacionais
consolidadas, tendo como objetivos:
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III - a coordenação e a integração dos programas de habitação de interesse social aos elementos
estruturadores do território, visando à diminuição de conflitos e a melhoria da qualidade de vida nos
assentamentos;
TÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
Art. 250. O Município de São Leopoldo adotará os instrumentos previstos neste Plano Diretor, com o
objetivo de ordenar o processo de planejamento, controle, gestão e desenvolvimento do território e
viabilizar a implementação de seus princípios e diretrizes, buscando o bem coletivo, sem prejuízo da
utilização de outros instrumentos previstos no ordenamento jurídico.
Art. 251. Os instrumentos da gestão social da valorização imobiliária e intervenção no solo são:
IV - Direito de preempção;
V - Direito de superfície;
VI - Consórcio imobiliário;
§ 1º Lei Municipal específica, baseada no Plano Diretor poderá delimitar área para aplicação de
operações consorciadas, nas quais poderão ser previstos modificações de índices e características de
parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado
o impacto ambiental delas decorrente e/ou a regularização de construções, reformas ou ampliações
executadas em desacordo com a legislação vigente.
III - desapropriação com títulos da dívida pública, situação que exigirá prévia autorização legislativa.
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Art. 253. Deverão ser definidas, anualmente, Áreas de Urbanização e Ocupação Prioritárias, aquelas
localizadas na área urbana de ocupação intensiva que deverão ser notificadas, visando à adequação de
seu aproveitamento nos termos do Plano Diretor.
II - parcelamento do solo.
CAPÍTULO I
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR E DA ALTERAÇÃO DO USO
Art. 255. O Município poderá outorgar onerosamente o exercício do direito de construir e de alteração de
uso do solo, mediante contrapartida financeira a ser prestada pelo beneficiário, conforme disposto nos
artigos 28 a 31 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade e de acordo com os
critérios e procedimentos definidos em lei municipal específica.
Art. 256. São consideradas áreas passíveis de outorga onerosa de potencial construtivo aquelas onde o
direito de construir poderá ser exercido acima do índice máximo de aproveitamento, até o limite máximo
do índice adicional permitido, mediante contrapartida financeira, que será revertida para o financiamento
das seguintes finalidades:
IX - mobilidade urbana.
Art. 257.A fixação, através de legislação específica, do valor correspondente à contrapartida financeira a
ser exigida do proprietário do imóvel em que se dará a aplicação do presente instrumento deverá
incentivar a utilização do mesmo, de maneira a garantir a implementação de uma política urbana nas
zonas demarcadas.
CAPÍTULO II
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR
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Art. 258.Lei municipal, baseada no Plano Diretor, estabelecerá as condições relativas à aplicação do
presente instrumento, bem como poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a
exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir previsto no Plano
Diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel for considerado
necessário para fins de:
II - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental (incluindo áreas
inundáveis), paisagístico, social e cultural;
III - servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de
baixa renda e habitação de interesse social;
Parágrafo único. A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Município seu
imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput.
CAPÍTULO III
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
Art. 259. As Operações Urbanas Consorciadas são o conjunto de medidas coordenadas pelo Município
com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o
objetivo de alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental,
notadamente ampliando os espaços públicos, organizando o transporte coletivo, implantando programas
habitacionais de interesse social e melhorias de infraestrutura e no sistema viário, num determinado
perímetro.
Parágrafo único. A área de abrangência de cada nova operação urbana consorciada será delimitada
por lei específica, respeitadas as disposições dos artigos 32 a 34 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho
de 2001 - Estatuto da Cidade, bem como os princípios da presente lei.
CAPÍTULO IV
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
Art. 260. O Poder Público Municipal poderá exercer o direito de preempção para aquisição de imóvel
urbano, objeto de alienação onerosa entre particulares, conforme disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001.
Parágrafo único. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de
áreas para:
I - regularização fundiária;
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§ 1º Os imóveis colocados à venda nas áreas de incidência do direito de preempção deverão ser
obrigatoriamente oferecidos ao Município, que terá preferência para aquisição, pelo prazo de até cinco
anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.
§ 2º O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do presente
artigo, independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.
Art. 262. O Poder Executivo Municipal deverá notificar pessoalmente o proprietário do imóvel, ou seu
representante legal, localizado em área delimitada para o exercício do direito de preempção, dentro do
prazo de noventa dias a partir da vigência da lei que a delimitou.
Art. 263. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo
máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.
III - certidão atualizada de inteiro teor da matrícula do imóvel, expedida pelo cartório de registro de
imóveis da circunscrição imobiliária competente;
IV - declaração assinada pelo proprietário, sob as penas da lei, de que não incidem quaisquer
encargos e ônus sobre o imóvel, inclusive os de natureza real, tributária ou executória.
Art. 264. A notificação deverá ser analisada por comissão formada por representantes dos Órgãos
Municipais responsável pela Planejamento Urbano, Gestão e Finanças.
Art. 265.Após o recebimento da notificação mencionada no artigo 263 e dentro do prazo de trinta dias, o
Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande
circulação, edital de aviso da notificação recebida e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da
proposta apresentada.
Parágrafo único. Transcorrido o prazo sem manifestação do Município, fica o proprietário autorizado a
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Art. 267.A alienação processada sem notificação do Município, ou efetivada em preço ou em condições
diversas da proposta apresentada, ou entregue sem os documentos necessários, existindo interesse do
Município na aquisição, é nula de pleno direito.
Parágrafo único. Mesmo não havendo interesse do Município, ocorrendo alienação nos termos do
caput, será cobrada multa em valor a ser estabelecido em lei específica.
Art. 268. Em caso de nulidade da alienação efetuada pelo proprietário, o Poder Executivo Municipal
poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano ou pelo
valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.
Art. 269. O Poder Executivo Municipal promoverá as medidas judiciais cabíveis para a declaração de
nulidade de alienação onerosa efetuada em condições diversas da proposta apresentada, a adjudicação
de imóvel que tenha sido alienado a terceiros apesar da manifestação do Poder Executivo Municipal de
seu interesse em exercer o direito de preferência e cobrança da multa a que se refere o parágrafo único
do artigo 267.
CAPÍTULO V
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE
Art. 270.O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo
ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística, sendo que o
superficiário fica responsável por responder integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre
a propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de ocupação efetiva, com os
encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito de superfície, salvo disposição em
contrário do contrato respectivo, podendo o direito de superfície ser transferido a terceiros, obedecidos
os termos do contrato respectivo.
§ 1º Para a regularização de áreas públicas de ocupação consolidada o Poder Público utilizará o direito
de superfície, nos termos da legislação municipal vigente, caso em que preservará a titularidade da área.
§ 2º O direito de superfície também pode ser utilizado pelo proprietário notificado para parcelamento
ou edificação compulsória, visando o cumprimento da função social de sua propriedade, o qual poderá
conceder a outrem o direito de parcelar e edificar em seu terreno.
CAPÍTULO VI
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
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Art. 271.O Poder Executivo Municipal poderá facultar ao proprietário do imóvel o requerimento para o
estabelecimento do Consórcio Imobiliário, como forma de viabilizar a urbanização, edificação ou
recuperação ambiental do imóvel.
Art. 272. Considera-se Consórcio Imobiliário quando o proprietário transfere ao Poder Executivo
Municipal seu imóvel e, após a realização das intervenções, recebe como pagamento parte do imóvel
devidamente utilizável para fins diversos.
Parágrafo único. O valor da parcela do imóvel a ser entregue ao proprietário será correspondente ao
valor do imóvel antes da execução das intervenções, observado o § 2º, do artigo 8º, da Lei Federal nº
10.257, de 10 de julho de 2001.
As condições para execução do consórcio imobiliário serão fixadas por lei municipal e contrato
Art. 273.
firmado entre as partes envolvidas, contendo, no mínimo:
I - interesse público para aplicação do instrumento, com descrição das melhorias que serão
executadas, o valor do imóvel, índices e critérios utilizados para a avaliação do empreendimento, bem
como da repartição e descrição das partes correspondentes ao Poder Executivo Municipal e ao
proprietário do imóvel após a urbanização;
II - destinação que será dada a parcela do imóvel que passará a ser de propriedade pública;
CAPÍTULO VII
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
Art. 274. Ficam criados critérios para regulamentar o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
estabelecendo as atividades que dependerão do Termo de Aprovação do Relatório de Impacto de
Vizinhança (RIV), ou Termo de Dispensa do EIV para dar continuidade aos trâmites que dependem do
mesmo.
§ 1º Caberá ao Órgão Municipal responsável pelo Planejamento Urbano e Gestão, através da Diretoria
de Urbanismo, a responsabilidade pela análise e aprovação do EIV/RIV.
Para a aprovação do EIV/RIV, será necessário, protocolar o mesmo, juntamente com o Termo de
Art. 275.
Referência (TR) pré-solicitado e RRT/ART do responsável técnico pelo estudo.
§ 2º O EIV deverá ser elaborado por arquiteto ou engenheiro civil e por equipe multidisciplinar,
quando for o caso, cujos membros deverão estar devidamente credenciados na sua área de atuação e se
responsabilizarão pelas informações, resultados e conclusões apresentadas no RIV.
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Art. 276. O EIV/RIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas
proximidades, incluindo a análise das seguintes questões pertinentes:
I - adensamento populacional;
IV - valorização imobiliária;
VI - ventilação e iluminação;
VIII - capacidade dos equipamentos urbanos, incluindo consumo de água e de energia elétrica, bem
como geração de resíduos sólidos, líquidos e efluentes de drenagem de águas pluviais;
IX - mobilidade urbana: sistema de circulação e transportes, incluindo, entre outros, tráfego gerado,
acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque;
XI - vibração;
XII - periculosidade;
§ 1º O Órgão Municipal responsável pelo Planejamento Urbano e Gestão ou a CTPM poderão solicitar
estudos não contemplados na lista acima, para casos excepcionais, nos quais a especificidade requerer.
Art. 277.Dependerão de EIV/RIV, as atividades privadas ou públicas listadas na Tabela 07 - Anexo II, desta
Lei, onde a classificação de uso será através do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas)
correspondente.
Art. 278.As atividades listadas na Tabela 07 - Anexo II, localizados no Setor de Produção Prioritário,
descrito no Plano Diretor, poderão ser dispensadas do EIV/RIV, quando a análise do Termo de Referência
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assim apontar.
Art. 279.As atividades listadas na Tabela 07 - Anexo II, quando localizadas em áreas não conflitantes, seja
por afinidade de uso, polos geradores ou entorno onde não exista vizinhança, poderão ser dispensadas do
EIV/RIV, quando da análise do Termo de Referência.
Art. 280. A Licença de Construção e/ou o Alvará de Localização e Funcionamento Definitivo, para
atividades condicionadas a EIV/RIV, conforme Tabela 07 - Anexo II, somente serão emitidos após a
apresentação do Termo de Aprovação do EIV/RIV ou Termo de Dispensa do EIV/RIV.
§ 1º Entende-se por mesma atividade quando apresentar a mesma tipologia arquitetônica e funções
correlatas da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE principal, sendo no mesmo lote de
terras, ou lindeiro.
§ 2º Entende-se por mesma atividade conjuntos adjacentes (lado a lado), que sigam a mesma
tipologia arquitetônica, sendo ou não de mesmo proprietário, devendo ambos apresentar EIV/RIV.
Art. 283.Ao município cabe o direito e o dever de solicitar EIV/RIV a qualquer atividade que julgar
necessário enquanto causador de impacto, mesmo não listadas.
Art. 284. Durante o prazo da análise técnica do EIV/RIV, caberá ao órgão municipal competente:
I - dar resposta ao processo no prazo máximo de 30 dias úteis da data de protocolo; ou da data do
retorno do processo após correções das pendências por parte do requerente;
§ 1º Em caso, de falta de procura do processo, no período de noventa dias, o mesmo será arquivado,
salvo quando o Órgão Municipal responsável pelo Planejamento Urbano e Gestão e/ou o CTPM julgar
pertinente a prorrogação do prazo.
§ 2º A prorrogação do prazo, de que trata o parágrafo primeiro deste artigo, deverá ser requerida pelo
proprietário.
§ 3º A necessidade da realização de audiência pública, poderá ser requerida somente pelo órgão
municipal.
§ 4º Em casos que houver necessidade de audiência pública, a mesma será realizada às expensas do
requerente.
Art. 285. Caberá a CTPM, a mediação dos recursos referentes as medidas mitigadoras, compatibilizadoras
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§ 2º No caso de o processo ser arquivado, conforme art. 283, parágrafo 1º, para que seja reativado,
deverá ser paga nova taxa de análise.
Art. 287. Os valores referentes à taxa mencionada no artigo anterior serão destinados ao Fundo
Municipal de Desenvolvimento Urbano - FMDU.
Art. 288. Qualquer pessoa poderá requerer, mediante protocolo, a consulta local de qualquer EIV/RIV
aprovado e arquivado no órgão municipal competente.
Art. 289.Quanto a validade do EIV/RIV, do Termo de referência e do Termo de Dispensa do EIV/RIV, fica
assim estabelecido:
I - o Termo de Referência terá sua validade condicionada a lei vigente atual, ou seja, todos emitidos
por leis anteriores, que não possuem EIV/RIV protocolados, não serão aceitos;
II - o Termo de Dispensa do EIV/RIV terá sua validade condicionada a lei vigente atual, ou seja, todos
emitidos por leis anteriores, não serão aceitos;
III - o EIV/RIV aprovado por esta lei, terá sua validade condicionada à vigência da mesma e com prazo
de validade de um ano a contar da data de aprovação, podendo ser revalidado a qualquer tempo
mediante análise do setor competente;
IV - o EIV/RIV aprovado anteriormente a esta lei, terá validade por um ano, a contar da data de sua
aprovação, podendo ser revalidado a qualquer tempo mediante análise do setor competente e desde que
esteja de acordo com esta lei.
Fica instituído o Termo de Compromisso Urbanístico - TCU, cujo objetivo é garantir a execução
Art. 290.
das medidas compensatórias, compatibilizadoras e/ou mitigatórias dos impactos gerados à vizinhança,
por meio da fixação de obrigações e condicionantes técnicas que deverão ser rigorosamente cumpridas
pelo executor da atividade potencialmente impactante.
Art. 291. O TCU deverá ser submetido à apreciação da assessoria jurídica do município.
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Art. 292. Caberá à autoridade máxima do Órgão Municipal responsável pelo Planejamento Urbano e
Gestão do município firmar o TCU, bem como atestar seu integral cumprimento, ouvidas as unidades
técnicas competentes.
Art. 293. O TCU produzirá efeitos legais a partir de sua celebração e possui força de Título Executivo
Extrajudicial, nos termos do artigo 585, VII da Lei Federal nº 5.869/73 (Código de Processo Civil) e desta
Lei.
Art. 294. A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança não substitui o Estudo de Impacto Ambiental
- EIA, requerido nos termos da legislação ambiental.
Art. 295. Cada atividade, a partir dos impactos que produzir, será enquadrado em um ou mais incisos
deste artigo:
Parágrafo único. Poderá ser solicitado a apresentação de um estudo complementar, conforme o polo
gerador em que o empreendimento se classificar.
CAPÍTULO VIII
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS
Art. 298. O Poder Executivo Municipal, poderá exigir do proprietário de imóvel não edificado,
subutilizado, ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente,
de:
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública, situação que exigirá prévia
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autorização legislativa.
Art. 299. As áreas passíveis de aplicação de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, são
aquelas fixadas em leis específicas, compreendendo imóveis não edificados, subutilizados, nos termos do
artigo 5º, da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, ou não utilizados, para os quais os respectivos
proprietários serão notificados a dar melhor aproveitamento, de acordo com o Plano Diretor, em prazo
determinado, sob pena de sujeitar-se ao Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo e à
desapropriação com pagamento em títulos.
Parágrafo único. Fica facultado aos proprietários dos imóveis, de que trata este artigo, propor ao
Poder Executivo Municipal o estabelecimento de consórcio imobiliário, conforme disposições do art. 46
da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, - Estatuto da Cidade.
Art. 300. São considerados passíveis de parcelamento, edificação e utilização compulsórios, imposto
predial e territorial urbano progressivo no tempo e desapropriação com títulos da dívida pública, os
imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados instituídos como Áreas Especiais de Interesse
Social - AEIS III localizados na Macrozona Urbana.
§ 1º São considerados solo urbano não-edificado, os terrenos e glebas com área superior a 1.000,00
m² que se encontram vazios, localizados na Macrozona Urbana, no setor de ocupação prioritário.
§ 2º São considerados solo urbano subutilizados, os terrenos e glebas com área superior a 1.000,00
m², onde a edificação não atingir vinte e cinco por cento do índice de aproveitamento básico previsto na
Macrozona Urbana, no setor de ocupação prioritário.
§ 3º É considerado imóvel não utilizado, a unidade imobiliária autônoma que tenha sua área
construída, na totalidade ou "em osso", e desocupada há mais de cinco anos, ressalvados os casos em
que a desocupação decorra de impossibilidades jurídicas ou resultantes de pendências judiciais incidentes
sobre o imóvel.
§ 4º Para efeito de aferição do tempo, relativo ao parágrafo anterior no que se refere aos casos de
não utilização do imóvel nas edificações, considera-se como data inicial aquela da expedição do
respectivo alvará de construção.
§ 5º Consideram-se edificações "em osso" aquelas que se encontram com sua estrutura e demais
elementos construtivos principais finalizados, aguardando apenas por revestimentos, acabamentos ou
instalações de equipamentos necessários ao funcionamento da mesma.
§ 6º No caso das operações urbanas consorciadas, as respectivas leis poderão determinar regras e
prazos específicos para a aplicação do parcelamento, edificação e utilização compulsórios.
(Lei Municipal nº 9.041, de 12.08.2019 .. 80)
§ 7º Os imóveis nas condições a que se referem os § 1º, 2º e 3º deste artigo serão identificados e seus
proprietários notificados, de acordo com o disposto nesse plano diretor.
§ 9º Os parcelamentos e edificações deverão ser iniciados no prazo máximo de dois anos a contar da
aprovação do projeto, pelo Município.
§ 10 As edificações enquadradas como não utilizadas, nos termos do parágrafo 3º deste artigo,
deverão estar ocupadas ou terem suas obras reiniciadas no prazo máximo de um ano, a partir do
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recebimento da notificação.
§ 12 A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação,
transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização compulsórias previstas no caput, sem
interrupção de quaisquer prazos.
Art. 301. No caso de descumprimento das etapas e dos prazos estabelecidos no artigo anterior, o
Município aplicará alíquotas progressivas do IPTU, majoradas anualmente, pelo prazo de cinco anos
consecutivos até que o proprietário cumpra com a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar, conforme o
caso.
§ 1º Lei específica estabelecerá a graduação anual das alíquotas progressivas e a aplicação deste
instituto, com base no artigo 7º da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade.
§ 2º Caso a obrigação de parcelar, edificar e utilizar não estiver atendida no prazo de cinco anos, o
Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a
aplicação da medida prevista.
Art. 302.Decorridos os cinco anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo, sem que o proprietário
tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder a
desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública, nos termos do artigo 8º da Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade.
TÍTULO VI
DO SISTEMA DE GESTÃO E PLANEJAMENTO TERRITORIAL
CAPÍTULO I
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO SISTEMA
Art. 303. A gestão democrática do planejamento territorial tem como objetivo estabelecer uma relação
entre a Administração Pública e a população, construída com base na democracia
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III - garantir o funcionamento dos instrumentos de participação e controle social previstos nesta lei e
em legislação específica;
V - garantir uma gestão integrada envolvendo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário e a sociedade
civil.
Art. 305. A gestão democrática será implementada através das seguintes estruturas:
I - órgãos colegiados, tais como o Conselho do Plano Diretor e demais Conselhos Municipais;
III - conferências;
V - plebiscito;
VI - referendo;
Parágrafo único. As audiências públicas têm por finalidade informar, colher subsídios, debater, rever e
analisar o conteúdo do presente Plano Diretor.
Art. 307. O Poder Executivo Municipal promoverá, quando necessário, debates com Municípios
limítrofes, podendo formular políticas, diretrizes e ações comuns, que abranjam a totalidade ou parte de
seu território, baseadas nesta lei e destinadas à superação de problemas setoriais ou regionais comuns,
bem como firmar convênios ou consórcios com este objetivo, sem prejuízo de igual articulação com
outros entes da Federação.
Art. 308. O processo de participação previsto no presente Plano Diretor deverá ser articulado e integrado
ao processo participativo de elaboração do orçamento, e levar em conta as proposições originadas.
Art. 309. O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual incorporarão as
diretrizes e prioridades estabelecidas nesta lei.
CAPÍTULO II
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Art. 312. O Sistema Municipal de Gestão e Planejamento atua nos seguintes níveis:
III - nível de monitoramento e controle dos instrumentos urbanísticos e dos programas e projetos
aprovados.
Art. 314. O Poder Executivo Municipal criará a Comissão Técnica Permanente Multidisciplinar - CTPM,
vinculada ao Órgão Municipal responsável pelo Planejamento Urbano e Gestão, formada por servidores
públicos, que representem áreas técnicas de diferentes segmentos, com as seguintes funções:
III - promover a integração dos planos, programas e projetos setoriais, tanto no âmbito municipal,
quanto com órgãos públicos ou instituições de outros níveis governamentais;
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CAPÍTULO III
DO CONSELHO DO PLANO DIRETOR
Art. 315.O Conselho Municipal do Plano Diretor - COMPLAD será composto paritariamente pelo Poder
Executivo e por representantes das entidades da sociedade civil, devendo se reunir no máximo a cada 60
dias, tendo por atribuições:
I - propor, acompanhar, fiscalizar e avaliar a implementação dos objetivos e diretrizes do Plano Diretor
e a execução dos planos, programas e projetos de interesse para o desenvolvimento territorial;
VII - deliberar sobre a aplicação dos recursos oriundos do Fundo Municipal de Desenvolvimento
Urbano;
VIII - emitir pareceres nos processos administrativos encaminhados a sua apreciação pelo Poder
Executivo;
XIII - deliberar sobre os casos omissos referentes a aplicação deste Plano Diretor.
Art. 316. O Conselho Municipal do Plano Diretor será paritário, composto por vinte componentes, da
seguinte forma:
I - dez representantes de órgãos do Poder Executivo Municipal e respectivos suplentes, das áreas
vinculadas à Política de Desenvolvimento Territorial, indicados pelo Executivo Municipal, assim
distribuídos:
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II - Dez representantes de entidades da sociedade civil e respectivos suplentes, com atuação em São
Leopoldo, indicados pelas respectivas entidades, assim distribuídos:
§ 1º Participarão do Conselho Municipal do Plano Diretor, como convidados, com direito a voz,
representantes do legislativo, de organismos regionais e metropolitanos:
a) Um representante do COMITESINOS;
b) Um representante da METROPLAN;
c) Um representante de Consórcio Intermunicipal;
§ 3º Os mandatos deverão ser de no máximo dois anos, permitida uma recondução, com a
necessidade de renovação em cada eleição de no mínimo um terço de seus membros.
CAPÍTULO IV
DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO - FMDU
Art. 318. Fica criado o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, com a finalidade de apoiar ou
realizar investimentos destinados a concretizar os objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano, integrantes ou decorrentes deste Plano Diretor, de acordo com as prioridades
nele estabelecidas. (Vide regulamentação dada pelo Decreto nº 10496/2023)
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§ 3º O FMDU deverá estar regulamentado e apto para as operações dos recursos financeiros em até
seis meses após a vigência desta lei.
Art. 319. O Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano será constituído de recursos provenientes de:
II - repasses ou dotações de origem orçamentária da União, dos Estados e dos Municípios a ele
destinados;
IX - contribuição de melhoria decorrente de obras públicas realizadas com base na lei do Plano
Diretor;
XII - aplicação dos valores decorrentes do imposto predial e territorial urbano progressivo no tempo
previsto neste Plano Diretor;
Art. 320. Os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano serão depositados em conta
corrente especial, mantida em instituição financeira designada pelo Órgão Municipal responsável pelas
Finanças, especialmente aberta para esta finalidade.
Art. 321.Os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano serão aplicados com base na Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2.001, e neste Plano Diretor, em:
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III - implantação de equipamentos públicos urbanos e comunitários, espaços públicos de lazer e áreas
verdes;
CAPÍTULO V
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS
O Poder Executivo Municipal deverá criar um Núcleo Gestor e uma estrutura mínima necessária
Art. 322.
para manter atualizada de forma permanente, todas as informações e indicadores de segurança pública,
ambientais, sociais, culturais, econômicos e outros de relevante interesse para o Município - os quais
serão georreferenciados em meio digital e disponibilizado na medida de sua implementação.
Parágrafo único. O poder público deverá instituir, através de Decreto Municipal, o Núcleo de
Informações Estratégicas - NIE, responsável pela gestão do Sistema de Informações Municipais.
Art. 323. O Município poderá firmar convênio com instituições acadêmicas para realização de pesquisa,
análise e divulgação dos dados fornecidos pelo Núcleo Gestor;
Art. 324. O Poder Executivo deverá criar em até um (01) ano após a homologação do Plano Diretor a
estrutura física mínima necessária e o Núcleo Gestor.
I - da Segurança Pública
II - Ambiental
III - Sociais
IV - Cultural
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V - Econômica
VI - Planejamento
IV - estabelecer parcerias com a sociedade civil organizada, buscando a cooperação entre agentes
públicos e privados, universidades e entidades de classe, visando a produção e validação de informações;
Art. 326. O Sistema de Informações Municipais terá cadastro técnico multifinalitário, que reunirá
informações de natureza de segurança pública, imobiliária, tributária, judicial, patrimonial, ambiental e
outras de interesse para a gestão municipal, inclusive sobre planos, programas e projetos.
Art. 327. O Sistema de Informações Municipais deverá oferecer indicadores de qualidade dos serviços
públicos, da infraestrutura instalada e dos demais temas pertinentes, divulgados à comunidade.
Art. 328. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos
que desenvolvem atividades no Município, deverão fornecer ao Poder Executivo Municipal, no prazo que
este fixar, todos os dados e informações que forem considerados necessários ao Sistema de Informações
Municipais.
Art. 329. O Poder Executivo Municipal dará ampla publicidade a todos os documentos e informações de
relevante interesse público, produzidos no processo de elaboração, revisão, aperfeiçoamento e
implementação do presente Plano Diretor, bem como no controle e fiscalização de sua implementação, a
fim de assegurar o conhecimento dos mesmos, ressalvadas as situações em que o sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
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Art. 330. O Poder Executivo Municipal manterá atualizado, de forma permanente, todas as informações e
indicadores ambientais, sociais, culturais, econômicos, financeiros, patrimoniais, administrativos, físico-
territoriais, inclusive cartográficos e outros de relevante interesse para o Município - os quais serão
georreferenciados em meio digital e disponibilizado na medida de sua implementação.
TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Os planos municipais, a Lei do Código de Obras, a Lei do Código de Posturas, Lei do Código
Art. 331.
Ambiental, são complementares a este Plano Diretor e deverão ser revistas e encaminhados ao Legislativo
Municipal no prazo máximo de trezentos e sessenta dias contados a partir de sua vigência. (Prazo
prorrogado pela Lei nº 6478/2007)
Art. 332. Nos termos do § 3º do art. 40 da Lei federal 10.257, de 10 de julho de 2001, o Plano Diretor será
revisto, pelo menos, a cada dez anos;
Art. 333. No prazo de trinta dias o poder executivo regulamentará por decreto a CTPM.
Art. 334. Os projetos arquitetônicos e urbanísticos protocolados no período de vacância do PDM, terão
prazo de validade de 12 meses e, uma vez não executados no prazo, decaem do direito da aprovação sem
possibilidade de renovação.
Art. 335. Serão objeto de lei municipal de iniciativa exclusiva do Poder Executivo Municipal, as matérias
previstas neste Plano Diretor e as que tratarem de:
Art. 336. Esta lei entrará em vigor 90 dias após a data de sua publicação.
§ 1º As atividades já licenciadas, ou com alvará de licença com validade, poderão ser instaladas
conforme diretrizes definidas em seu licenciamento.
§ 4º As aprovações de projetos solicitadas a partir da vigência desta lei considerarão as diretrizes nela
previstas.
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