Revista Aegea 23 Web

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revista

edição 23
abril
2019

AMOR
PELA ÁGUA
Moradores de Manaus revelam em cartas como ter
água tratada mudou a vida deles. Veja os relatos
emocionantes que abordam também questões
ambientais na reportagem especial desta edição.
E também a gestão da Aegea para garantir e ampliar
cada vez mais o acesso a esse recurso tão fundamental,
com um cuidado especial e muitos investimentos
em tecnologia para reduzir as perdas de água.

Concessionárias da Aegea Saiba como funcionam os Prolagos investe em


no Sul utilizam mergulhadores comitês e toda a estrutura tecnologia inovadora
e técnicas usadas em navios da governança da Aegea, para a preservação da
na limpeza de reservatórios. que resultam em transparência Lagoa Araruama.
e boas práticas corporativas.
49 Municípios 7,6 milhões de 4,3 mil
11 Estados pessoas atendidas colaboradores
EDITORIAL

Palavra do
Presidente
Nesta edição tratamos de um tema que envolve todo o nosso
negócio e é uma das questões mais primordiais no dia a dia de
nossos colaboradores: a gestão da água. Trabalhar para que
cada vez mais usuários recebam água tratada em suas casas,
com qualidade e o tempo todo, e para que, depois de usada,
essa água seja novamente tratada a fim de que possa ser de-
volvida ao meio ambiente em seu estado natural, é o que nos
movimenta. É a razão de ser da nossa empresa. Está em nosso
DNA, no manifesto da Aegea e nas prioridades que damos aos
investimentos feitos nos 49 municípios onde atuamos. Fazer
uma boa gestão da água para nós significa investir em pes-
soas, disseminando conhecimento com condições igualitárias
de crescimento para todos; representa pesquisar novas tecno-
logias, formas de inovar, de fazer diferente para melhorar sem-
pre; envolve também muito planejamento, estratégia e ter uma
empresa bem estruturada em governança corporativa, com-
pliance e EHS. Para cumprir nosso propósito investimos ainda
na área de Responsabilidade Social, criando e fortalecendo os
laços com as comunidades onde nossas empresas estão inse-
ridas com uma relação de respeito à diversidade de culturas do
nosso país. Uma demonstração de que estamos no caminho
certo é o processo recente de trainee: a maior parte dos candi-
datos que chegaram ao fim do processo representava um perfil
semelhante ao da população brasileira, com uma grande pre-
sença de negros e pardos. Isso nos estimula a seguir em frente,
pois muito ainda precisa ser feito. Queremos evoluir ainda mais
em compliance, uma área nova no Brasil e no mundo, que só
deve ter uma norma certificadora própria em 2021, pois atual-
mente existe apenas a antissuborno, a ISO 37001, que a Aegea
já conquistou. E até lá queremos estar preparados para receber
também essa certificação, pois a área de Integridade da com-
panhia está evoluindo junto com a cultura do setor, e vamos
continuar melhorando o nosso modelo para nos mantermos à
frente entre as melhores empresas brasileiras em compliance.
A Aegea cresceu muito e, em 2019, nossa meta é o amadureci-
mento das nossas operações – operar com eficiência em uma
escala muito maior do que nós tínhamos antes. Isso leva à me-
lhoria da performance: com a mesma quantidade de recursos,
vamos produzir mais serviços, atender mais gente.
Vamos continuar cuidando das pessoas, trabalhando para
que elas recebam em suas casas a qualidade dos nossos
serviços e tendo consciência de que fazemos parte de um
ciclo maior.

Hamilton Amadeo
CEO da Aegea

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 3


WWW.AEGEA.COM.BR
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.663 DESTAQUES
DA EDIÇÃO
1º andar — Jardim Paulistano
CEP 01452-001 — São Paulo-SP
Fone: 55 11 3818.8150

CONSELHO DE CONSELHO EXPEDIENTE


ADMINISTRAÇÃO EDITORIAL COLABORADORES
Santiago Crespo Hamilton Amadeo Adan Garantizado, Adão Pi-
Presidente CEO da Aegea nheiro, Adriana Pereira, Ana
Paula Garcia, Bianca Vas-
Ana Paula Machado Pessoa Arlindo Sales concellos, Débora Ferneda,
Anastácio Ubaldino Fernandes Filho Diretor-presidente da Águas de Edivane Pinto Ribeiro, Eliana
Antonio Kandir
Eduardo José Bernini
Ariquemes, Águas de Buritis,
Águas de Pimenta Bueno e Águas
Sabino Marcondes, Fabiana
Simão, Fábio Júlio Cadete 16. Moradores expressam em cartas
Fernando Magalhães Portella de Rolim de Moura (RO) e Silva, Fernando Soutello, emocionantes as melhorias ocorridas na
Luiz Serafim Spinola Santos Francine Rosa, Gustavo vida deles depois que passaram a rece-
Ronald Schaffer Carlos Roma Jr. Amora, Jefferson Gonçalves,
Conselheiros Diretor-presidente da Águas de Joana Gall, João Felipe Ro- ber água tratada em casa e relembram
São Francisco do Sul, Águas de drigues, Juliana Campos de as dificuldades do passado.
DIRETORIA Camboriú, Águas de Penha e Matos, Julio Cesar Giuliano
Hamilton Amadeo Águas de Bombinhas (SC) Dilenardo, Júlio Guimarães,
CEO da Aegea Kamila Macedo, Letícia
Cleyson Jacomini de Sousa Caroline, Lucas Tannuri, Lu-
Rogério Tavares Diretor-presidente da Águas de ciana Zonta, Luíca Ferreira,
Vice-presidente de Teresina (PI) e Águas de Timon Luiz Gustavo Marzollo, Maria
Relações Institucionais (MA) Luiza Barbosa Moreira, Maya
Takebe Martins, Milane Lima
Felipe Marcondes Ferraz Fernando Humphreys de Souza, Patrícia Andrade,
Vice-presidente Administrativo Diretor-presidente da Mirante, Priscilla Demleitner, Roberta
Águas de Matão e Águas de Moraes, Rogério Valdez
Flávio Crivellari Holambra (SP) Gonzales, Salen Nascimento,
Vice-presidente Financeiro e Thaiane Paes, Thais Tomie,
de Relações com Investidores José Braga Thamires Figueiredo, Vanes-
Guillermo Deluca
Diretor-presidente da Águas de
São Francisco (PA)
sa Brito, Yolanda Carnevale 44. Mais de 100 projetos em execução,
Vice-presidente Regional EDIÇÃO muitas boas ideias em planejamento e
Julio de Oliveira Moreira Rosiney Bigattão a ampla atuação da área de Eficiência &
José João Fonseca Diretor-presidente da Aegea MT1 e
Vice-presidente Regional Águas de Novo Progresso (PA) Tecnologia da Aegea garantem redução
REVISÃO
Marco Storani de perdas e mais qualidade nos serviços.
Radamés Andrade Casseb Lucilaine Medeiros
Vice-presidente Regional Diretora-presidente da DESIGN GRÁFICO/
Yaroslav Memrava Neto
Águas Guariroba (MS) DIREÇÃO DE ARTE
Yuri Cambará
MATÉRIA DE CAPA
Diretor de Planejamento, Reginalva Mureb
Controle e de Relações Diretora-presidente da Ambiental COLABORAÇÃO EM ARTE
com Investidores Vila Velha e Ambiental Serra (ES) LEV Comunicação
Silvia Letícia Tesseroli Renato Medicis IMPRESSÃO
Diretora de Tesouraria Diretor-presidente da Águas de Gráfica Print
Manaus (AM)
Fernanda Bassanesi TIRAGEM
Diretora de Novos Negócios Sérgio Braga 4.761 exemplares
Diretor-presidente da Prolagos (RJ)
COORDENAÇÃO EDITORIAL
PERIODICIDADE
Fernanda Abdo Saad Themis de Oliveira Trimestral
Diretor-presidente da Aegea MT2
Equipe:
Eliana Sabino Marcondes
Natália Prétola Silvério de
12. Gestão da água: o cuidado diário
Mendonça da Aegea para tratar bem as pessoas, o
Raphael Ramos Ono meio ambiente e promover desenvolvi-
mento sustentável entre seus colabora-
dores e nas comunidades onde atua.

4 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


SUMÁRIO

EM PAUTA ÁGUAS DE MEIO AMBIENTE


6. Novo aplicativo traz faci- SÃO FRANCISCO 49. Nossa água: os manan-
lidades e estreita relaciona- 28. Os avanços conquis- ciais que abastecem as ci-
mentos. tados em cinco anos de dades atendidas pela Aegea
7. Homenagens para as atuação incluem 170 km de | Prolagos (RJ) investe em
mulheres na Aegea valoriza redes e R$ 40 milhões em pesquisa para conservação
talentos e emociona. investimentos em Barcare- da Lagoa Araruama.
na (PA).

EM PAUTA ÁGUAS DE TERESINA RESPONSABILIDADE


8. Estrutura de governança 30. Nova sede traz mais SOCIAL
corporativa da Aegea é bem conforto e integração entre 54. As histórias de cidada-
avaliada. Conheça melhor equipes | Quatro cidades em nia com a Tarifa Social em
como funciona. quatro estados unidas no Timon (MA) | Projeto em
mesmo call center | Ações Ariquemes (RO) leva mais
de comunicação interna e dignidade para cinco mil
acessibilidade. famílias.

OPINIÃO AMBIENTAL SERRA NOSSA GENTE


10. Rogério Tavares comen- 34. Um bilhão de litros de 57. Nova turma de trainees
ta o cenário do saneamento esgoto tratados por mês e consagra Programa Respeito
brasileiro com a MP 868. manutenção de certifica- Dá o Tom e amplia oportuni-
ções internacionais estão dades para jovens talentos |
entre os bons resultados da AE Pessoas reúne as melho-
unidade em quatro anos. res práticas para aproximar
gestores e equipes.

ENTREVISTA PROLAGOS 2013


COMPLIANCE
14. O CEO Hamilton Ama- 37. Negociação e relaciona- Análise da Lei
Anticorrupção. 2017
59. Os desafios, as conquis-
deo fala sobre gestão e os mento reduzem processos tas e os principais marcos
Criação da
Gerência de
2012 Integridade.
próximos passos da Aegea. judiciais | Implantação
Implementação
do Código de 2016
Análise de riscos da área de Integridade da
de Conduta.
Central de Monitoramento Aegea.
e estruturação
da Gerência de 2018
Integridade. Certificação

agiliza atendimento. ISO 37001,


de Sistemas
de Gestão
Antissuborno.

NOSSAS EMPRESAS AEGEA SÃO PAULO EHS


ÁGUAS GUARIROBA 40. Com investimentos da 60. Nova ferramenta facilita
20. O monitoramento crite- Águas de Matão cidade e inspeções de segurança |
rioso da Águas Guariroba concessionária são contem- Interage no monitoramento
para atender aos pacientes pladas com certificações presencial.
que fazem hemodiálise ambientais | Os avanços
em clínicas e hospitais de em três anos da Águas de
Campo Grande (MS). Holambra.

AEGEA MT2 AEGEA SUL NOTÍCIAS E AÇÕES


22. Concessionária apoia 42. Limpeza dos reservató- CORPORATIVAS
construção de rede de água rios com mergulhadores es- 62. Aegea vence Prêmio
no Laboratório de Hidráulica pecializados em Penha, São Eco Brasil com atuação
da Universidade Federal de Francisco do Sul e Camboriú sustentável.
Mato Grosso para fomentar resulta em mais qualidade e
os estudos na área. menos tempo.

ÁGUAS DE MANAUS TECNOLOGIA


24. Abastecimento de na- 48. Infra Inteligente passa
vios comprova qualidade da a ter comitê técnico para
água | Manaus (AM) vai ga- aprimorar implantação do
nhar cinco novos reservató- programa.
rios | Comunidade indígena
Y’apyrehyt passa a receber
água tratada em casa.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 5


Em
PAUTA

Águas APP
Mais praticidade
para os usuários
das concessionárias
da Aegea
Texto: Eliana Sabino Marcondes e Rosiney Bigattão

Os usuários dos serviços de saneamento básico das TODOS OS BRASIS EM UM ÚNICO APLICATIVO
unidades de negócio da Aegea contam com uma nova Para desenvolver o projeto, a equipe de TI percorreu
plataforma para atendimento, que pode ser acessada todas as regionais da Aegea a fim de conhecer as
por computador e celular. É o Águas APP, que permite necessidades reais dos usuários, o que eles espera-
acessos via web desde dezembro de 2018 por meio do vam de um atendimento on-line, se a ferramenta iria
link Serviços Online, no site das concessionárias. Na agregar valor e se tinha formas mais fáceis para fazer
versão mobile, a Aegea investiu no desenvolvimento a navegação. A partir desse conhecimento, adquirido
do aplicativo para Android (Google Play), e iOS (Apple também por meio de entrevistas, é que foi desenhado
Store), disponível desde janeiro deste ano. o Águas APP, respeitando a marca e a identidade visual
Totalmente gratuito, traz novidades como o pedido da Aegea. “O maior desafio foi reunir todos os Brasis
de religação por conta paga e o pagamento das fatu- dentro de uma experiência única para o usuário, pois
ras, função configurada por algumas concessionárias. cada região tem as suas necessidades. Antes da im-
O acesso agora é mais rápido e prático aos principais plantação, retornamos em algumas unidades para tes-
serviços, como segunda via de conta, verificação do tar a ferramenta. Voltamos à mesa de projetos e ajus-
cronograma de leitura, emissão de certidão negati- tamos o que poderia ser melhorado. O resultado é que,
va, consulta do histórico de contas e consumo, entre além da nova experiência para o usuário, temos uma
outros. Além da praticidade para os usuários, o novo ferramenta que traz uma grande evolução tecnológica,
aplicativo amplia as possibilidades de interação entre que permite a implantação de novas funcionalidades
empresas e comunidades e padroniza o atendimento com muita facilidade”, explica Celso Gavira, coordena-
de todas as unidades. dor de Projetos da área de TI da Aegea. O projeto foi
desenvolvido e coordenado pela área de TI da Aegea
e teve a contribuição das áreas Comercial, de Opera-
ções, Comunicação, Atendimento, GSS, Infraestrutura
e da diretoria.

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Em
PAUTA

Reconhecimento e
homenagens para as
mulheres da Aegea
Texto: Rosiney Bigattão

Uma ação corporativa com troca de mensagens por


meio de cartões e rodas de conversa homenageou as
profissionais da Aegea. Foram momentos marcados
por emoção, troca de afeto e reconhecimento durante
a semana que comemorou o Dia da Mulher em todas
as unidades.
Profissionais de áreas técnicas, do Atendimento,
da Comunicação e Relações Públicas, de Serviços, da
Engenheira, da diretoria ou responsáveis por setores
Colaboradoras da Prolagos (RJ), na foto acima, e das unidades inteiros da empresa, as mulheres ocupam cargos em
Thaís Forest Gallina,
da Regional SP (foto abaixo) se emocionaram com as mensagens praticamente todos os níveis hierárquicos na Aegea
diretora-executiva das
que fizeram parte das ações da Aegea no Dia da Mulher. em condições de igualdade de gênero ou raça, sem concessionárias da
distinção. Elas estão na diretoria: Liriane Celante dirige Aegea em Camboriú,
Bombinhas, Penha e São
a Academia Aegea, Silvia Letícia Tesseroli é diretora de
Francisco do Sul.
Tesouraria e Fernanda Bassanesi, de Novos Negócios.
E na presidência de três concessionárias: Lucilaine Me-
deiros em Campo Grande (MS) e Reginalva Mureb em
Serra e Vila Velha (ES).
As equipes das quatro unidades em Santa Catarina
são comandadas pela diretora-executiva Thaís Forest
Gallina. Determinação, visão de futuro e gentileza ao
mesmo tempo são características fortes da jovem ges-
tora, comuns às outras mulheres do grupo. “Me sinto
bastante motivada em trabalhar para uma empresa
que foca no amadurecimento e visa ser referência no
mercado. É um ambiente para quem gosta de desafios
e tem resiliência, independente de gênero, formação ou
ideologia. É um time de perfil forte e gosto muito da
ideia de transformação e da capacidade de adaptação
da empresa. Não há tempo difícil, pois estamos sem-
pre prontos – e prontas – a enfrentar, juntos”, comenta
a diretora-executiva Thaís.
Na Águas de São Francisco (PA) teve palestra, homenagens e exposição
com objetos que marcaram a vida das colaboradores da unidade.

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Em
PAUTA

Sistema de governança
da Aegea é bem avaliado
Comitês especializados e independentes
fortalecem propósito da empresa.
Texto: Rosiney Bigattão

Adotar boas práticas de governança corporativa é um passo Antes de chegar ao conselho, as demandas passam por
decisivo para qualquer empresa que quer conquistar credi- um dos quatro comitês de assessoramento, cada um coor-
bilidade, atrair capitais e se desenvolver de forma susten- denado por um conselheiro independente. Eles aprofundam
tável. Um caminho que a Aegea trilha com segurança e em os temas, estudam, fazem comparativos e recomendam
passos rápidos, construindo um sistema cada vez mais só- ações para que as reuniões do conselho – de oito a dez por
lido, seguindo as tendências internacionais de regulação, do ano – sejam ainda mais produtivas. A maioria dos conselhei-
Código Brasileiro de Governança Corporativa e do Instituto ros externos é especialista em sua área de atuação, o que é
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Tudo isso tem considerado uma boa prática.
trazido valor para a companhia. A constatação foi resultado As atividades entre acionistas, conselho, comitês, Dire-
de uma autoavaliação feita com a ajuda de uma consultoria toria-Executiva e interface com as áreas-chave da empresa
externa que abordou os processos e a metodologia usada são coordenadas pela Secretaria de Governança Corporati-
na governança corporativa da Aegea. “A estrutura adotada va, que fica sob a responsabilidade da gerência da área. Ou-
foi muito bem avaliada, o que sinaliza que devemos seguir tra boa prática da Aegea foi a criação de um portal exclusivo
assim”, afirma Lívia de Paula Freitas, gerente de Governança para governança, com acesso restrito aos conselheiros, que
Corporativa da Aegea. garante eficiência e segurança nas tomadas de decisões.
O sistema conta com oito conselheiros, sete deles inde-
pendentes, ou seja, nunca trabalharam na companhia, o que OS COMITÊS
garante um alto nível de governança segundo os critérios do O Comitê de Finanças e Avaliação de Projetos assessora
IBGC. “O Conselho de Administração promove os interesses nos temas relativos a planejamento financeiro; estrutura de
da companhia, protegendo, valorizando e buscando a pere- capital; fontes e alocação de recursos para novas conces-
nidade da empresa e o equilíbrio entre o retorno dos inves- sões e possíveis investimentos da empresa. Analisa se eles
timentos dos acionistas e as melhores práticas do mercado estão em sintonia com a estratégia, os valores e a missão
em que atua. O papel do conselho é o de ser o guardião das da companhia.
estratégias da companhia – ele as define e monitora para Já o Comitê de Auditoria, Riscos e Integridade assegu-
saber se o propósito da empresa está sendo cumprido ou ra que o negócio seja conduzido em conformidade com leis,
não”, explica Lívia. estatutos, acordos de acionistas, regimentos, normas, pro-
A gerente lembra que alguns temas têm de ser decidi- cedimentos, códigos de conduta e ética. Avalia os riscos, a
dos pelo conselho por lei, como a remuneração da diretoria, transparência e a adequação entre as propostas e os con-
já que não seria sustentável ela mesma decidir sobre isso. troles internos.
Todas as estratégias passam pelo conselho. “Não se trata O Comitê de Regulação faz a assessoria quanto aos
de burocratização ou engessamento no desenvolvimento contratos de concessão; do cenário regulatório do setor de
de projetos, mas de um sistema em que os membros têm saneamento; do ambiente regulatório onde as concessões
funções bem definidas para dar o suporte necessário a fim operam com avaliação de riscos e oportunidades para os
de que sejam tomadas as decisões mais assertivas. Na prá- stakeholders. Analisa ainda as estratégias em curso, poden-
tica, o conselho vê a empresa no médio e longo prazos, e a do propor ajustes.
Diretoria-Executiva, que cuida do dia a dia da operação, tem O de Gestão de Pessoas contribui nos processos de se-
uma visão de curto prazo. E o mais importante: quem propõe leção e critérios de remuneração da diretoria, de definição de
as estratégias não as aprova, garantindo blindagem e total políticas de RH, de retenção de talentos, de benefícios, das
transparência ao processo”, diz a executiva. metas para avaliação de desempenho da diretoria e faz aná-
lises das políticas em relação às práticas de mercado.

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Em
PAUTA

ASSEMBLEIA GERAL DE ACIONISTAS


CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Santiago Crespo Ana Paula Anastácio Ubaldino Antonio Kandir NOVOS


Machado Pessoa Fernandes Filho
INTEGRANTES

O Comitê de Auditoria, Riscos e In-


tegridade tem dois novos membros
externos: Fábio Galindo Silvestre
(foto acima) e Fernando Maes-
Fernando Luiz Serafim Eduardo José Ronald Schaffer trello Caleiro Palma (foto abaixo).
Magalhães Portella Spinola Santos Bernini Fábio é graduado em Direito com
pós-graduação em Inteligência de
COMITÊ DE FINANÇAS E AVALIAÇÃO DE PROJETOS Estado e Inteligência de Seguran-
ça Pública. Fez cursos na Harvard
Anastácio Law School, na Stanford University
Fernando
Ubaldino
Magalhães
Luiz Serafim Ana Paula Thomas Daniel e na Boston University. Entre 2004
Fernandes Filho Spinola Santos Machado Pessoa Brull e 2017, foi promotor de justiça do
Portella
(coordenador)
Estado de Minas Gerais, secretário
de Estado de Segurança Pública
COMITÊ DE AUDITORIA, RISCOS E INTEGRIDADE do Estado de Mato Grosso e sub-
corregedor Nacional do Ministério
Público. Fernando é advogado,
Ronald Fernando
Santiago Fábio Galindo Thomas pós-graduado pela PUC-SP e pro-
Schaffer Maestrello
Crespo Silvestre Daniel Brull fissional de compliance certificado
(coordenador) Caleiro Palma
pela Academia Internacional SCCE
(Society of Corporate Compliance
COMITÊ DE REGULAÇÃO and Ethics). É professor na Funda-
ção Dom Cabral, na pós-graduação
do Insper, da FIA/USP e na Legal,
Eduardo José Bernini Lucilaine Tenório Ethics & Compliance (LEC). É tam-
Ana Cândida Tocheton
(coordenador) Medeiros bém professor visitante da FGV.
Passou por cargos executivos no
Brasil e no exterior e atualmen-
COMITÊ DE GESTÃO DE PESSOAS te é consultor independente de
compliance.
Antonio Kandir Felipe Marcondes
Gino M. Oyamada Hamilton Amadeo
(coordenador) Ferraz

DIRETORIA-EXECUTIVA

Vice-presidentes Diretores-presidentes
Presidente da Aegea
corporativos e regionais das unidades

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 9


OPINIÃO

*Rogério Tavares é vice-


presidente de Relações
Institucionais da Aegea,
membro do Conselho da
Associação Brasileira da
Infraestrutura e Indústrias
de Base e coordenador
do Comitê de Recursos
Hídricos e Saneamento
Básico da associação
(Abdib). Engenheiro civil
formado pela Pontifícia
Universidade Católica
do Rio de Janeiro
(PUC-RJ), Tavares tem
especialização em
Planejamento Urbano e
Regional na Coppe-UFRJ,
e MBA em Finanças
pelo Ibmec.

868: a medida provisória da água


Por: Rogério Tavares*

“Em time que está ganhando não se mexe.” O jargão É o caso do saneamento básico brasileiro - para
popular, imortalizado na rica história do nosso futebol, se alcançar melhorias e resultados diferentes, não po-
diz muito sobre o comportamento humano perante as demos continuar trabalhando da mesma forma. Os
mudanças. Carregado de algum conservadorismo e su- números são alarmantes: apenas 51,9% da população
perstição, já que quase sempre há oportunidades para brasileira possui acesso à coleta de esgoto. Quase 100
o aprimoramento, a expressão seria também um alerta milhões de brasileiros são obrigados a lidar em seu dia
à ambição que, em demasia, pode atrapalhar a conti- a dia com valas de sujeira e, em muitos casos, esgoto a
nuidade de algo que vai bem. Se, quando as coisas vão céu aberto na porta de casa. De todo o esgoto produzi-
bem, pode ser mesmo difícil decidir pela mudança, em do, somente 44,9% é tratado, e grande parte do restante
contrapartida, quando nem tudo vai tão bem assim as é despejada sem nenhum tipo de cuidado nos corpos
transformações e reinvenções são urgentes, pois a cul- hídricos do país, o que explica a profusão de rios Tietês
tura popular também nos alerta: “Não é possível obter e de baías de Guanabara pelo Brasil.
resultados diferentes fazendo sempre a mesma coisa”. Aliás, é importante registrar que o custo para lança-
mento do esgoto sem tratamento, em um rio, lago ou
no mar, é irrisório, conforme a regulação vigente. Em
contrapartida, os investimentos necessários ao ade-
quado tratamento dos efluentes gerados são elevados
e ultrapassam a capacidade financeira da maior parte
dos operadores públicos responsáveis pelos serviços.
Dessa forma, à primeira vista, “mexer no time” não é in-
teressante pelo seu custo para os que deveriam buscar
defender os interesses da população, do ponto de vista
da saúde pública.

10 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


OPINIÃO

A busca de mudanças para alcançar um novo re- Como já citado, o Poder Público – incluídos União,
sultado, qual seja a universalização do saneamento, é estados e municípios – enfrenta um momento econô-
sinalizada pela edição da MP 868, assinada no fim do mico adverso, de baixo potencial de investimento. Em
ano passado pelo governo federal. Entre outras coisas, 2017, a consultoria GO Associados apresentou, no estu-
a aprovação de seu texto no Congresso fará com que do “Diagnóstico e Perspectivas para o Investimento em
os contratos de prestação de serviços de operadores Saneamento no Brasil”, que 19 das 27 companhias es-
públicos e privados sigam os mesmos requisitos – que, taduais tiveram redução nos investimentos entre 2014
hoje, só constam nos contratos da iniciativa privada –, e e 2015, tendência que também vai na contramão do que
isso tornará obrigatória a apresentação de metas e pra- aponta a necessidade nacional.
zos bem definidos para o avanço da cobertura desses Se o que se procura é uma cobertura de saneamen-
serviços, sob risco de punição aos maus operadores. to básico que possa ser universalizada no menor tempo
Além disso, traz mais segurança jurídica para o inves- possível, para reverter o cenário atual, mudanças estru-
timento privado, ao atribuir à ANA a responsabilidade turais se fazem necessárias no setor. Dada a enorme
pela edição de normas de referência para a regulação quantidade de pessoas sem acesso ao saneamento, há
dos serviços. espaço de sobra para que operadores públicos e priva-
Do nosso ponto de vista, a MP 868, efetivamente, dos possam trabalhar em parceria, garantindo, por meio
poderá contribuir para direcionar o país no rumo de uma da complementariedade de investimentos, o destrava-
prestação de serviços de saneamento condizente com o mento e a superação dos desafios atualmente enfren-
fato de estar entre as dez maiores economias mundiais, tados.
completamente diferente do que hoje somos no ranking Hoje a iniciativa privada se encontra no banco de
do saneamento, onde ocupamos a 123ª posição. De reservas do saneamento brasileiro, mas, mesmo cor-
qualquer sorte, para que isso aconteça de forma mais respondendo a 6% de participação, já é responsável por
rápida, sem maiores atropelos, seriam necessárias algu- cerca de valiosos 20% dos investimentos aplicados para
mas alterações no texto da citada MP. expansão e melhoria das redes que atendem a popula-
O modelo atual do saneamento básico brasileiro é ção brasileira. É, portanto, uma alternativa plenamente
da década de 1970, quando se implementou o Plano capaz de trabalhar o grande passivo em esgotamento
Nacional de Saneamento, o Planasa. Desde então, a sanitário no país.
cobertura de saneamento no país é liderada pelas com- Há quem acredite que o quadro de saneamento bá-
panhias públicas estaduais, hoje responsáveis por 75% sico do país tende a melhorar por si mesmo, da maneira
da cobertura nacional – outros 19% ficam a cargo das que o cenário já se encontra. Enquanto isso, milhões de
autarquias municipais e 6% com a iniciativa privada. pessoas no país sofrem uma dura realidade com a falta
É também desde o Planasa que se decidiu priorizar o dessa infraestrutura básica e seus drásticos efeitos se
atendimento de água tratada à população, que partiu de abatem sobre a qualidade de vida dessas comunidades.
níveis irrisórios naquela década para a cobertura atual Em sua posse, o novo ministro do Desenvolvimento Re-
de 83,3%. Mesmo com tais avanços, o saldo atual dessa gional, Gustavo Canuto, registrou que o Ministério da
priorização e concentração operacional é de 35 milhões Integração Nacional – absorvido pela nova pasta junta-
de brasileiros ainda sem acesso à água tratada e o ce- mente com o de Cidades –, antes tristemente conheci-
nário de esgotamento sanitário alarmante já explicitado. do como o “Ministério da Seca”, alcançará o posto de
O governo federal trabalha com a meta de universali- “Ministério da Água”, e, para tanto, medidas concretas e
zação dos serviços de saneamento no Brasil para 2033, estratégicas se fazem necessárias.
como definido no Plano Nacional de Saneamento Bási- Lutar pela MP 868 é a maneira mais próxima dispo-
co, o Plansab. Para que isso aconteça, o investimento nível para tornar este ideal uma realidade viável no ho-
nacional teria de chegar à casa dos quase R$ 40 bilhões rizonte. Este seria um dos primeiros grandes avanços
anuais, entre 2018 e 2033, segundo estimativa prelimi- que o novo governo – Executivo e Congresso – poderia
nar da consultoria KPMG, que elabora um estudo para sinalizar para o mercado e à sua população.
atualizar e dimensionar o montante de investimentos
necessários para a universalização do saneamento no
Brasil.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 11


Matéria de
CAPA

AMOR
Receber água tratada
em casa é um benefício
que transforma a vida
de pessoas como a
dessa moradora de
Barcarena (PA).

PELA
ÁGUA
Boa gestão: o jeito de
a Aegea cuidar da água.
Texto: Rosiney Bigattão

Falar da gestão da água no Brasil é abordar um tema


Somos amplo e com muitas áreas envolvidas. Primeiro, porque
apaixonados é preciso entender que não é possível dissociar água e
pela água. esgoto – assim que a água entra em uma casa e uma
Afinal, dela torneira é aberta, o esgoto começa a ser gerado. E o que
viemos. fazer com ele a partir daí também faz parte do geren-
Ela nos traz ciamento dos recursos hídricos (leia mais sobre isto
o bem-estar na Entrevista com Hamilton Amadeo, a seguir). Depois,
enquanto os contrastes de um país com dimensões continentais,
alimenta com realidades sociais e culturais tão distintas, ficam
cidades, muito evidentes quando vistos pela ótica do saneamen-
reservas to. Édison Carlos, presidente-executivo do Instituto Tra-
ambientais e ta Brasil, costuma dizer que o saneamento divide o país
vidas melhores. em vários Brasis, tantos são os cenários em relação ao
Por meio da acesso à água e ao esgoto tratados.
água, O ritmo dos investimentos precisaria aumentar mui-
lutamos por to para resolver os números ainda alarmantes: 35 mi-
vidas mais lhões de brasileiros sem acesso à água tratada, 100 mi- Muitos são os caminhos na construção de um pa-
saudáveis e mais lhões vivendo em locais sem rede de esgoto e menos da norama melhor, que possa tirar o Brasil do 123º lugar
felizes. metade do esgoto coletado sendo tratada. Além disso, do ranking mundial do saneamento. Para a Aegea, que
Esta é a nossa é preciso superar as disparidades econômicas e as dis- atua em municípios de pouco mais de 5 mil moradores,
real natureza. tâncias geográficas para atender os municípios peque- a exemplo da Águas de Nortelândia (MT), e com mais de
nos e distantes dos grandes centros com as mesmas dois milhões de habitantes, como é o caso de Manaus
condições de acesso, levando mais dignidade, saúde e (AM), ao cuidar da água uma palavra soa como obriga-
qualidade de vida a todos. Em relação aos grandes cen- tória: boa gestão. É dessa forma que a empresa busca
tros, enfrentar problemas urbanos como ocupação irre- cumprir o compromisso assumido em suas unidades
gular, redes ociosas e sistemas antigos e deficitários, por meio dos contratos assinados. “A cada operação
entre outros. que assumimos procuramos levar o que há de melhor
da companhia para lá: toda a nossa expertise, sempre
respeitando os talentos e as características locais”, afir-
ma o CEO da Aegea, Hamilton Amadeo.

12 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Matéria de
CAPA

A TECNOLOGIA QUE FAZ A DIFERENÇA


Cuidar da água é também planejar cada detalhe das
operações para aumentar a eficiência, melhorar a qua-
lidade dos serviços e diminuir as perdas (veja nesta
edição uma matéria completa sobre este assunto). Na
Aegea, esse viés é levado muito a sério e a empresa
investe muito para ter a tecnologia a serviço do sane-
amento. “Setorização, Centros de Controle Operacio-
nal, toda essa tecnologia é para tornar mais confiável a
O CUIDADO DIÁRIO COM A ÁGUA
nossa produção, garantir a qualidade do produto e que
Na Aegea cuidar da água é cuidar das pessoas. Uma
ele chegue o tempo todo à casa do usuário. Isso é um
Buscamos lição que começa dentro de casa, com ações como a
princípio básico: levar a água de melhor qualidade para
trazer qualidade da Academia Aegea, que propõe novas formas de am-
os moradores com regularidade – é primordial: ter água
de vida para pliar o conhecimento e criar oportunidades para os 4,3
boa na torneira todos os dias, o tempo todo. Poucas ci-
famílias, mil colaboradores da empresa de forma igualitária, sem-
dades têm isso”, afirma o CEO Hamilton Amadeo.
restabelecendo a pre com a proposta de conectar as pessoas ao negócio
Em tecnologia, a gestão da Aegea avança a passos
aliança pura do da empresa e a tecnologia com a educação. O cuidado
largos. A empresa se prepara para uma mudança de pa-
homem com as pessoas passa ainda pelo incentivo à inovação,
tamar com a implantação do Programa Infra Inteligente,
com o meio pelo engajamento dos colaboradores e por propiciar
apoiado na modelagem por meio do BIM. “A gente de-
que o cerca e um ambiente de trabalho onde todos se sentem parte
senvolveu uma visão de futuro para a área de infraestru-
reconstituindo do processo que, de fato, modifica a vida dos usuários
tura e estamos perseguindo isso, vamos levar três anos
a vida como ela atendidos.
para chegar ao que a gente imagina, certamente não vai
deve ser. São muitos os benefícios desse cuidado diário e um
estabilizar ali, vai continuar se desenvolvendo, mas esta-
A vida da água e deles já foi comprovado com estudos em duas das uni-
mos em uma rampa acelerada de processos, de softwa-
das pessoas. dades da Aegea: a conquista de mais saúde. A atuação
res, de equipamentos que vão mudar muito a maneira
Porque a nossa da Prolagos na Região dos Lagos (RJ) fez com que a
como a gente produz, como implantamos uma unidade
natureza é saber taxa de internação hospitalar caísse em 93%, segundo
e como operamos os nossos sistemas”, conta Amadeo.
que trabalhamos, estudo divulgado em 2018. Em Campo Grande (MS),
de sol a sol, os investimentos da Águas Guariroba na ampliação
A MISSÃO DE SERVIR
para vidas da rede de esgoto também obtiveram resultado seme-
Enfim, para a Aegea, cuidar da água é atender bem, é
mais plenas de lhante, com redução em 91% dos casos de internações
trabalhar de portas abertas, ouvindo a comunidade, com
cidadania. por doenças diarreicas (estudo feito a partir do Datasus
projetos e programas que levam a empresa aos bairros
– Sistema de Informações do Ministério da Saúde, de
e trazem os moradores para dentro da empresa a fim de
2003 a 2015).
conhecer, participar, reivindicar e ser ouvidos. A área de
Responsabilidade Social amplia cada vez mais sua atu-
ação, com um olhar totalmente voltado para as necessi-
dades locais de cada comunidade. Um trabalho rotineiro
que fortalece laços, aproxima pessoas, ajuda na cons-
trução de mais cidadania. “Nossa atuação prevê fechar
os ciclos, pois a tecnologia e a inovação precisam estar
a serviço das pessoas, senão nada do que fazemos tem
razão de existir. A Aegea é uma empresa que cresceu
muito rapidamente, e agora buscamos operar com efi-
ciência em uma escala muito maior do que nós tínha-
mos antes. Isso leva à melhoria da performance – com
a mesma quantidade de recursos você vai produzir mais
serviços, atender mais gente”, pontua o CEO da Aegea.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 13


ENTREVISTA

AMOR
PELA
ÁGUA
O exemplo de uma empresa
de gente apaixonada pela água.
Texto: Rosiney Bigattão

Executivo que em oito anos levou a Aegea ao patamar


de maior empresa de saneamento do setor privado no
país, atendendo a 7,6 milhões de pessoas em 49 mu-
nicípios, Hamilton Amadeo segue incansável na busca
por melhorias e ampliação do acesso a água e esgoto
tratados para mais e mais brasileiros. Em 2019, o foco
Investimos de trabalho para o CEO da Aegea é o amadurecimento
em pessoas, das operações. “Nós atingimos um patamar estável e
em inovação e temos um nível de performance em setores como EHS,
tecnologia em Compliance, Eficiência & Tecnologia e de pessoas bem
todas as pontas estabilizado, mas todos continuam em ampla evolu- O QUE É GESTÃO DA ÁGUA PARA A AEGEA?
dos nossos ção. As cidades continuam em crescimento, umas No Brasil temos abundância de água e a boa gestão
serviços para em maior ritmo que outras, as tecnologias estão em é o que vai garantir o recurso para esta e as próximas
aumentar a evolução constante, então nós também temos de con- gerações. Para nós, da Aegea, gestão da água tem a
eficiência em tinuar nesta busca, neste ritmo, sempre buscando os abordagem da economia circular, que é cuidar do nosso
todo o processo. melhores serviços, a excelência, a superação”, afirma produto em todos os estágios do processo. O pneu, por
Hamilton Amadeo. Mais detalhes a seguir. exemplo, depois de usado ele polui o meio ambiente.
Então a indústria de pneus hoje não pode se preocupar
apenas em vender, mas também em recolher os pro-
dutos usados. A nossa indústria, de gestão da água,
já nasceu circular, pois a gente capta a água em uma
fonte natural, trata essa água, transporta até a casa do
morador, ele usa e essa água é recolhida e tratada nova-
mente. É um cuidado no ciclo integral e, se de um lado
este trabalho viabiliza a vida, permite que as pessoas
tenham conforto, bem-estar e mais saúde, de outro
respeita o meio ambiente, prestando o serviço de tra-
tamento do produto antes de devolver para a natureza.

14 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


ENTREVISTA

QUAIS OS INVESTIMENTOS FEITOS PELA O QUE FALTA PARA AMPLIAR A PARTICIPAÇÃO


AEGEA PARA CUIDAR DA ÁGUA? DA INICIATIVA PRIVADA NO SETOR?
Investimos em pessoas, em inovação e tecnologia em É a regulação. A estrutura de regulação do país, ape-
todas as pontas dos nossos serviços para aumentar a sar de ter evoluído bastante, permitindo que a iniciativa
eficiência em todo o processo. Quanto mais eficiente privada passasse de menos de 4% de participação no
formos, maior será nossa capacidade de viabilizar os setor para mais de 6%, ela necessita ainda de vários ou-
serviços para mais pessoas. Eficiência no que tange tros ajustes e correções para permitir que a iniciativa
também à qualidade: garantir que a água que a pessoa privada consiga ampliar sua atuação, levando sanea-
recebe em casa tenha as melhores condições de con- mento para mais pessoas. A Medida Provisória 868 é
sumo e, em contrapartida, na outra ponta, garantir que importante neste sentido, depende de algumas mudan-
aquela água que foi utilizada seja descontaminada para ças que porventura venham a acontecer, mas ela pode
que possa voltar à natureza. Investimos muito em tec- representar um passo em direção à maior segurança
nologia nas duas pontas do processo (veja mais sobre regulatória e, dessa forma, incentivar os investimentos
as tecnologias usadas pela Aegea nas matérias das pá- de que o setor precisa. O serviço privado tem confirma-
ginas 44 a 48). do a expectativa que existe em relação a ele, de que
é capaz de investir mais do que os serviços públicos,
RECUPERAR OS MANANCIAIS É O e isso é uma característica e, ao mesmo tempo, uma
CAMINHO PARA A CONSERVAÇÃO obrigação, pois as empresas são contratadas por meio
DOS RECURSOS HÍDRICOS? de contratos de concessão com metas rígidas de cum-
O caminho é investir em tratamento de esgoto e em efi- primento, então de um lado é um mérito das concessio-
ciência de tal forma que você preserve os mananciais. nárias, mas ao mesmo tempo elas estão cumprindo a
Porque essa mesma água que atendeu uma população obrigação delas.
aqui vai atender outra rio abaixo, então ela tem de estar
limpa, do contrário não se presta ao uso. A INTEGRAÇÃO É A PALAVRA DE
ORDEM PARA 2019 NA AEGEA?
APESAR DE O BRASIL ESTAR ENTRE AS A tônica é a integração em busca de amadurecimento.
10 MAIORES ECONOMIAS MUNDIAIS, É uma época de integrar as operações de Manaus (AM),
NÃO ESTÁ NEM ENTRE AS 100 NO RANKING de Teresina (PI), de continuar a evolução de todas as
DO SANEAMENTO. É UM PARADOXO ATUAR outras unidades para se tornarem cada vez mais homo-
ENTRE TANTOS DESAFIOS? gêneas. Uma empresa que cresce rápido como a Aegea
É o DNA da companhia, nós somos Engenheiros da Or- precisa se preocupar em amadurecer, então o processo
dem, somos Profissionais Além da Conta, Agentes da de integração tem a ver com o amadurecimento, com
Dignidade, Mestres em Brasicidades, Embaixadores da o fato de a companhia ficar mais preparada para os
Saúde – temos cinco pilares segundo nossos talentos. desafios que o crescimento trouxe. O tamanho agora é
A razão da existência de uma companhia como a nos- novidade e, se tudo der certo, até o fim do ano não será
sa é justamente transpor essas barreiras. Porque um mais. Para isso estamos trabalhando com foco em pro-
serviço de água é repassado a uma empresa privada cessos cada vez mais integrados, temos várias ativida-
exatamente para que ela transponha os desafios que a des com o propósito de unir ainda mais as unidades e
companhia anterior não conseguiu superar. O sentido disseminar informações. Quando pensamos dentro de
para a Aegea atuar é o de levar ao máximo de pessoas o “avenidas” previamente definidas fica mais fácil de as
serviço que antes não era levado, tanto do ponto de vis- pessoas se entenderem e intercambiarem as suas ca-
ta das pessoas que não tinham água tratada em casa pacidades; a companhia ganha como um todo, porque
– a exemplo dos moradores de Manaus, que expres- está todo mundo pensando na mesma direção.
saram em suas cartas a importância de receber esse
benefício – como também garantir que a pessoa que QUAL O RECADO PARA OS COLABORADORES?
está no sistema receba água o tempo todo, todo dia. Reforço o convite para continuarmos apaixonados pela
Essa regularidade é fundamental e não é toda cidade água. Esta paixão nos motivou a chegar até aqui e acre-
que consegue garantir esse benefício para a população. dito que vai continuar nos motivando a seguir com nos-
so propósito de movimentar vidas – as nossas próprias,
da natureza e das pessoas que estão ao nosso redor.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 15


Matéria
ESPECIAL

AMOR
PELA
ÁGUA
Cartas de Manaus trazem depoimentos
emocionantes de moradores sobre a
importância da água em suas vidas.
Texto: Adan Garantizado e Kamila Macedo

Em junho do ano passado, a Aegea desembarcou na


capital do Amazonas e assumiu o compromisso de
melhorar a qualidade de vida, por meio dos serviços de
saneamento prestados pela Águas de Manaus e, assim,
escrever uma nova história para 2,2 milhões de pesso-
as que vivem na cidade. Neste período, a concessioná-
ria vem construindo uma trajetória de marcos signifi-
cativos e dando sua contribuição para a melhoria dos
indicadores sociais e econômicos dos manauaras. O
que está sendo realizado lá é mais uma demonstração
da boa gestão da Aegea nos 11 estados onde atua.

Nas “caixas da
empatia” os moradores
colocaram um objeto
pessoal, uma foto e
a carta contando sua
história de vida, a
relação com o bairro e
a importância da água.
Na foto, o material
enviado pelo morador
David Wendel.

16 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Matéria
ESPECIAL

A “caixa” da dona
Maria Cileuza foi
recebida por Eliomar,
colaborador da
concessionária da
Aegea em Manaus.

RELATOS EMOCIONANTES
Em suas cartas, os moradores relatam as dificuldades
enfrentadas no passado para ter acesso à água trata-
da. Uma das participantes da ação é Maria Cileuza de
Lima, 71. Nascida em Itacoatiara, a 190 quilômetros de
Manaus, a doméstica mora no bairro da Redenção des-
de 1980. “Cheguei aqui e vi tudo isso crescer. As coisas
eram bem difíceis naquela época”, recorda dona Maria,
com sua memória invejável.
O bairro surgiu nos anos de 1970 a partir de uma
ocupação conhecida como “Planeta dos Macacos”.
Para ficar ainda mais próxima da população e intensi- Não existia nenhuma infraestrutura no local. “Eu tinha
ficar o relacionamento com a cidade, em dezembro a de ir a pé até o bairro do Alvorada (cerca de cinco quilô-
concessionária – por meio da área de Responsabilida- metros) e pegar água em um poço. Caminhava quase
de Social – desenvolveu uma parceria com a consulto- uma hora para ir lá e voltar. Como não tínhamos ener-
ria de marketing social NBS SoMa para formatar ações gia elétrica, eu guardava essa água em um daqueles
sociais que construam uma visão de futuro para a ci- potes de barro. Todo mundo dizia que aqui era um fim
dade de Manaus e estreitem cada vez mais os vínculos de mundo, que jamais teria água, energia, ruas asfalta-
entre a população e a empresa. A Águas de Manaus das. Mas eu sempre tive muita fé e acreditei que nossa
já entra nas casas das pessoas todos os dias e agora vida ia melhorar”, descreve.
pretende trazer a comunidade para dentro da empresa,
estimulando a ideia de que a concessionária pertence
à cidade por meio de soluções eficientes e adaptadas
à realidade da população.
Foi então que surgiram as Cartas de Manaus, resul-
tado da iniciativa chamada de “caixa da empatia”. A
proposta é gerar afinidade entre quem envia e quem
recebe a “caixa”. Moradores de diversas regiões de Ma-
naus foram convidados a enviar suas “caixas” conten-
do uma carta a fim de contarem as suas histórias de
vida, a relação com o bairro e o que esperam da Águas
de Manaus, além de objetos pessoais que refletissem
quem eram eles, seus anseios, suas expectativas. As
“caixas da empatia” foram entregues aos gestores da
empresa com o intuito de humanizar e aproximar es-
ses usuários de cada um deles.

A moradora Maria Cileuza


exibe com orgulho a carta que
enviou para a Águas de Manaus
na atividade realizada para
fortalecer o relacionamento
entre a empresa e a sociedade.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 17


Matéria
ESPECIAL

Maria Celestina dos


Santos Marques, a
“Celesti”, com a carta
que escreveu para a
Águas de Manaus no
centro comunitário
em que faz artesanato
com outras moradoras
do bairro.

A TRANSFORMAÇÃO LIÇÕES DE VIDA


A realidade de dona Maria já é bem diferente. “Hoje, Seu grande sonho é ver o igarapé despoluído e cheio
não tenho preocupação quanto à água. Todo mundo de vida. Ela acredita que o trabalho da Águas de Ma-
pode lavar sua roupa, tomar seu banho, fazer a comida naus vai conseguir realizar esse desejo. “Quero que os
tranquilamente. E a Águas de Manaus tem se mostra- nossos filhos e netos vejam o que a gente viu de bom
do disposta a melhorar tudo isso. Vieram aqui, cadas- um dia. Tenho visto o trabalho da Águas de Manaus:
traram todo mundo, conversaram com os moradores. as equipes sempre andam por aqui, conversam com a
Me sinto valorizada em poder conversar diretamente gente e essa preocupação em entender a nossa reali-
com as pessoas da empresa. Sem a luz a gente ainda dade é muito importante. Que tudo o que a empresa
consegue viver, mas sem a água não. Então, todos nós planejou para melhorar nossa vida possa acontecer”,
temos de cuidar para preservar essa abundância de conclui.
água de nossa região”, completa dona Maria. Quem recebeu a caixa de Celesti foi Bárbara Ribei-
A artesã Maria Celestina dos Santos Marques, a ro, coordenadora da área de Segurança e Medicina do
“Celesti”, 34, mora na Redenção desde os 7 anos de Trabalho da Águas de Manaus. “A gente entende me-
idade. Natural de Óbidos (PA), ela relembra os bons lhor a realidade de nossos usuários se colocando no
momentos. “Isso era um lindo lugar. Tinha árvores e lugar deles. A dona Celesti depende do rio para sobre-
muitos pássaros. Eu e meu pai pescávamos vários viver e tem uma preocupação ambiental incrível. Nos
peixes no igarapé, como tamuatá, bodó, acará... co- trouxe uma grande lição com a sua história de vida.
locávamos a malhadeira e levávamos bastante peixe Nós trabalhamos com saúde, com o bom uso dos re-
pra casa. Sinto muita saudade disso. Mas as pessoas cursos naturais e sabemos que tudo o que fazemos
foram fazendo casas em cima do igarapé, jogando to- tem impacto na vida das pessoas”, afirma.
dos os seus dejetos nele e a poluição tomou conta de
tudo”, descreve Celesti.

Bárbara Ribeiro,
coordenadora da área de
Segurança e Medicina
do Trabalho da Águas
de Manaus, que recebeu
a “caixa” de Celesti,
se emocionou com o
conteúdo e os resultados
conquistados com a ação.

18 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Matéria
ESPECIAL

A integração entre
colaboradores e
sociedade reforça
um dos talentos da
Aegea: o Agentes
da Dignidade, que
trabalha com o
compromisso de
promover a igualdade
nos direitos essenciais
por meio do acesso
à água e ao esgoto
tratados.

GESTÃO PARTICIPATIVA

Para atender aos anseios e realizar os sonhos de pessoas como dona Maria e Celesti,
a Águas de Manaus planeja uma série de melhorias na capital do Amazonas. Nos
próximos cinco anos, a concessionária irá investir R$ 880 milhões na ampliação dos
serviços de água e esgoto da cidade. A capital amazonense terá, até 2030, 80% do
esgoto coletado e tratado. Isso significa ampliar em cinco vezes a capacidade atual,
além de ser um importante compromisso da iniciativa privada para a preservação do
meio ambiente na Amazônia. Um trabalho que é reflexo da maior proximidade com a
população, com ênfase no relacionamento proativo e no atendimento assertivo. Em
parceria com as comunidades, promove soluções participativas em benefício da cida-
de. Leia mais sobre a atuação da concessionária nas páginas 24 a 27.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 19


Nossas
EMPRESAS

Águas Guariroba garante


qualidade da água usada no
tratamento de hemodiálise
Concessionária conta com laboratório acreditado que fornece
os laudos com toda a segurança aos pacientes.
Texto: Jefferson Gonçalves

O laboratório de análises localizado na Estação de


Tratamento de Água (ETA) Guariroba realiza mensal-
mente a análise das amostras de água de cada clínica
de hemodiálise e dos hospitais que realizam o proce-
dimento em Campo Grande. É analisada uma média
de 57 amostras e 400 parâmetros mensalmente, nos
quais são verificados fatores como: pH, temperatura,
turbidez e cor aparente. As análises são realizadas em
amostras de água coletadas em nove clínicas de Cam-
po Grande e dois hospitais.
“Para garantir a qualidade da água fornecida pela
concessionária o laboratório realiza um monitoramen-
to periódico por meio das análises microbiológicas e
físico-químicas no cavalete de clínicas e hospitais”,
destaca a analista química do Laboratório de Monitora-
mento de Qualidade da Água da Águas Guariroba, Kari-
na Goulart Cunha. O mesmo cuidado existe em relação
ao fornecimento de água para praticamente todos os
moradores da cidade.

ÁGUA BEM TRATADA AUMENTA


A hemodiálise é a principal alternativa para o EFICIÊNCIA DA HEMODIÁLISE
tratamento de pacientes com insuficiência re- O controle da qualidade da água é fundamental para
nal crônica. O tratamento é indispensável na a prevenção de riscos aos pacientes e deve ser reali-
O controle feito
remoção de substâncias tóxicas do organismo zado por meio do monitoramento periódico das aná-
pelo Laboratório de
Monitoramento de em razão da falência dos rins. Para este pro- lises microbiológicas e físico-químicas assim como
Qualidade da Água, da cedimento, grandes quantidades de água são em diferentes pontos de distribuição da água após o
Águas Guariroba, nas
utilizadas como principal componente do trata- tratamento. Para o farmacêutico industrial e respon-
amostras retiradas de
clínicas e hospitais mento. Em Campo Grande (MS), a Águas Guari- sável pelo tratamento de água para hemodiálises de
de hemodiálise é roba é responsável pelo monitoramento e pela centros de terapia em Campo Grande, Renato Finotti, a
rigoroso e, como
análise da qualidade da água que chega até as garantia de uma água de qualidade por meio de laudos
todo procedimento,
segue padrões unidades de saúde especializadas. laboratoriais representa a segurança de um paciente e
internacionais. a eficiência da hemodiálise.
“É essencial que a sessão de hemodiálise seja rea-
lizada com uma água que tenha a sua qualidade valida-
da por laudos laboratoriais. O tratamento do paciente
exige aproximadamente 120 litros de água em uma
sessão de quatro horas e a utilização de água trata-
da é fundamental para este processo. Hoje contamos

20 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

Para controlar a qualidade da


água, a Águas Guariroba faz
mais de 25 mil análises por mês
nas mais de 3.800 amostras
coletadas mensalmente. São
analisados 91 parâmetros e
o processo do Laboratório de
Monitoramento de Qualidade
da Água da concessionária é
certificado pela ISO 9001.

com as análises realizadas pela Águas Guariroba, que


validam a água que chega até o cavalete da clínica. A
partir daí, em uma divisão de responsabilidades, a clí-
nica também realiza as suas análises para que essa
água seja distribuída e utilizada de forma eficiente no
tratamento”, afirma o farmacêutico.

CONTROLE DE QUALIDADE CONTÍNUO


O Laboratório de Monitoramento de Qualidade da
Água, da Águas Guariroba, é acreditado pela Norma
ISO 17025 e pela Coordenação-Geral de Acreditação
do Inmetro (CGCRE) em 15 processos e análises reali-
zados para controle da potabilidade da água, desde co-
leta, análise da captação e rede. Além disso, a conces-
sionária responsável pelos serviços de água e esgoto
de Campo Grande mantém há 15 anos a certificação
da Norma ISO 9001, que estabelece padrões interna-
cionais de qualidade em seus processos.

SOMOS FEITOS DE ÁGUA

Indispensável para a vida, a água é o elemento mais importante


do nosso corpo. É o principal componente das células – está
no sangue, nas articulações, nos sistemas digestivo e nervoso,
na urina, nas secreções, no suor, na nossa pele. A água é o sol-
vente biológico universal, responsável pelas reações químicas
internas. Essencial no transporte de alimentos, oxigênio e sais
minerais. O corpo humano adulto possui de 60% a 65% de água.

A água está em:


- 90% DO SANGUE
- 75% DO PESO DE UM MÚSCULO
- 22% DO TECIDO ÓSSEO
- 14% DA GORDURA CORPORAL

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 21


Nossas
EMPRESAS

Estudantes de
Engenharia Sanitária
e Ambiental agora
têm uma grande
aliada no aprendizado
que envolve
saneamento: a rede
de abastecimento
de água instalada
pela Aegea MT2
no Laboratório de
Hidráulica.

Aegea MT2 apoia construção


de rede de abastecimento em
universidade de Mato Grosso
Texto: Thais Tomie

Com o intuito de incentivar o fomento de estudos para A ideia é buscar a minimização das perdas na
o avanço do saneamento básico, a Aegea MT2 apoiou rede de distribuição, favorecendo a conservação dos
a construção de uma minirrede de abastecimento de recursos hídricos e possibilitando a redução de cus-
água no Laboratório de Hidráulica do Curso de Enge- tos de produção da água. Serão desenvolvidos ainda
nharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal equipamentos de baixo custo, como sensores, moni-
de Mato Grosso (UFMT). A iniciativa faz parte do con- toramento e ações para tomada de decisões durante
vênio firmado com a instituição desde 2016, para a ela- a operação do sistema. Os principais dados utilizados
boração de pesquisa voltada para o abastecimento de para implantação do projeto foram a tipologia de redes
água rural e de pequeno porte, aprovada pelo Conselho existentes em ambientes urbanos e rurais, média de
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico comprimentos de trechos, média de diâmetro de tubu-
(CNPq). lações de redes e população.
Além de auxiliar no desenvolvimento técnico e em
testes em campo, a concessionária forneceu todos os
materiais, como suportes metálicos, tubulações, co-
nexões e medidores de vazão para a implantação da
minirrede de abastecimento. O projeto é coordenado
pelo professor doutor Welitom Ttatom Pereira da Silva,
do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental
da UFMT, que utilizará a estrutura para as pesquisas da
instituição em andamento e os futuros projetos corre-
latos de redes de abastecimento de água para as disci-
plinas de graduação e de pós-graduação.

22 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

O coordenador do projeto,
professor doutor Welitom
Ttatom Pereira da Silva, do
Departamento de Engenharia
Sanitária e Ambiental da
UFMT, mostra aos alunos os
novos equipamentos para
estudos como minimização das
perdas na rede de distribuição,
conservação dos recursos
hídricos e redução de custos
de produção da água.

A parceria com a Aegea MT2 é vista como uma O coordenador de Operações da Aegea MT2, Murilo
excelente oportunidade de melhoria na qualidade da Seixas Formiga, que é engenheiro sanitarista e ambien-
formação de recursos humanos, possibilidade de pro- tal, acompanhou o processo de implantação do pro-
jetos de extensão, de pesquisa e de alocação de re- jeto. Ele ressalta que as parcerias com universidades
cém-formados no mercado de trabalho. “Representa são essenciais para fortalecer o conhecimento e os be-
também uma alternativa de geração de valores para nefícios oferecidos à comunidade. “É uma oportunida-
companhias de saneamento, uma vez que problemas de de termos uma comunicação maior entre os setores
reais poderão ser estudados e tratados, eliminando ou da sociedade a fim de avançar e colocar em prática a
reduzindo custos operacionais”, pontuou. tecnologia e inovação para a descoberta de novas so-
Para a engenheira sanitarista e ambiental, e mes- luções no setor. É importante também buscar a aproxi-
tranda do Programa de Pós-Graduação em Recursos mação com instituições de ensino para viabilizar aos
Hídricos (PPGRH/UFMT), Thaiza Pacheco de Mello, a estudantes o conhecimento prático e as experiências
unidade piloto de rede de distribuição de água contri- reais”, acrescentou.
buiu para a sua formação. “Me ajudou também no de-
senvolvimento da dissertação, que tem como objetivo
a localização de vazamentos em redes de distribuição
de água. Acredito que contribuirá no processo ensino-
-aprendizagem de outros alunos da graduação e pós-
-graduação”, destacou.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 23


Nossas
EMPRESAS

Navios da “temporada dos cruzeiros”


são abastecidos pela Águas de Manaus
e comprovam qualidade da água
fornecida para a cidade
Texto: Adan Garantizado e Júlio Guimarães

Do fim do mês de novembro até abril, Manaus recebe água fornecida pela Águas de Manaus pelas tripulações
navios turísticos no período que já ficou popularmente dos navios, comprovando a eficiência no tratamento fei-
conhecido na cidade como a “temporada dos cruzeiros”. to pela concessionária. Técnicos da empresa também
De acordo com a Empresa Estadual de Turismo do Ama- dão suporte ao processo. As embarcações costumam
zonas (Amazonastur), 15 navios de pequeno, médio e encher os seus tanques e chegam a comprar até um mi-
grande portes atracam na capital em cada temporada, lhão de litros de água da cidade, antes de seguir viagem.
trazendo para a capital amazonense aproximadamente Para o diretor-presidente da Águas de Manaus, Re-
18 mil turistas de diferentes nacionalidades, a maioria nato Medicis, todos os cuidados foram tomados para a
deles dos Estados Unidos, da Inglaterra, Austrália e do execução das obras no sistema de abastecimento dos
Canadá. Enquanto ficam ancorados na capital amazo- navios, em decorrência do valor do patrimônio histórico
nense, os transatlânticos são abastecidos com a água do Porto de Manaus. Segundo ele, a empresa optou por
tratada que é fornecida pela Águas de Manaus. uma construção sem interferir na estrutura das platafor-
Para melhorar este serviço, a concessionária rea- mas seculares existentes no local. A qualidade da água
lizou reparos no sistema e ampliou a capacidade de oferecida aos turistas também foi destacada. “Com a
abastecimento das embarcações que atracam no cen- rede submersa, mantemos a harmonia do local, com
Para abastecer os
tenário Roadway, o Porto de Manaus. Assim, os turistas melhorias significativas, tanto para o abastecimento navios da temporada,
que aportam na capital amazonense recebem um servi- quanto para a garantia da qualidade da água fornecida a concessionária
ço mais rápido, com a interligação das plataformas de no Porto de Manaus para os turistas, passageiros e tri- melhorou e ampliou
o sistema de
distribuição que operam de forma simultânea. São elas pulantes dos navios que desembarcam em nossa cida- abastecimento do
que levam a água tratada até os navios da temporada de de nesta temporada”, ressaltou Renato Medicis. Porto de Manaus.
cruzeiros 2018/2019.
O novo sistema é submerso e funciona a partir de
um macrocentral, um ponto fixo instalado na rede de
água que abastece o centro da cidade. A água segue
pela tubulação interligada ao porto e, antes de chegar
às plataformas, onde os navios ficam atracados, a água
ainda passa por uma casa de cloro instalada no local.
A nova tubulação fez a pressão da água melhorar. Por
conta disso, o tempo da operação para abastecer os na-
vios foi reduzido consideravelmente. Após as obras, 36
mil litros de água por segundo são fornecidos para as
embarcações.
A água que abastece os navios é a mesma que chega
a 98% da população da cidade. Ela passa por um rígido
controle de qualidade que vai desde a captação no Rio
Negro até o tratamento e a distribuição. Antes de iniciar
o abastecimento, são realizados testes de qualidade na

24 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

A construção dos
reservatórios, como
o do Jorge Teixeira,
faz parte do plano
de expansão e
melhorias da rede
de abastecimento
de Manaus.

Manaus ganhará cinco novos reservatórios


para ampliar a capacidade de reservação
e beneficiar 450 mil pessoas
Texto: Adan Garantizado e Vanessa Brito

A Águas de Manaus está trabalhando para reforçar a ca- estabilidade no sistema e reduzir as possibilidades de
pacidade de reservação do sistema de abastecimento da problemas no fornecimento de água em Manaus, trazen-
cidade com a construção de cinco reservatórios de água do avanços consideráveis para a população”, disse o ge-
neste ano. As obras fazem parte do plano de expansão e rente de Engenharia da Águas de Manaus, Denis Yurgel.
melhorias da rede de abastecimento da capital e contem- Para o diretor-presidente da Águas de Manaus, Re-
plam os bairros Compensa (zona oeste), Jorge Teixeira nato Medicis, os novos reservatórios reafirmam o com-
(zona leste), Cidade Nova (zona norte), Cidade de Deus promisso da concessionária com a cidade. “Nossa atual
(zona norte) e Colônia Santo Antônio (zona norte). capacidade de produção de água pode atender Manaus
As novas unidades vão aumentar a capacidade de re- tranquilamente. Os novos reservatórios, juntamente com
serva de água na cidade em 20 milhões de litros. Se esta as expansões de rede, vão nos colocar em um novo pa-
quantidade fosse dividida em caixas-d’água de 500 litros tamar e ajudar a resolver problemas antigos. Vamos pro-
(modelo mais comum nas residências da cidade), 40 mil mover grandes transformações na cidade, atuando sem-
caixas poderiam ser abastecidas. Os novos reservatórios pre com seriedade e transparência”, garantiu.
também devem ajudar a acabar com oscilações na pres- “A construção de um novo reservatório na nossa co-
são de água nos bairros que serão beneficiados. Juntos, munidade será de suma importância, pois somente uma
eles terão capacidade de melhorar a qualidade de vida de caixa-d’água não conseguia alcançar a demanda. Agora a
uma população aproximada de 450 mil pessoas. empresa vem para somar com a gente. Eu agradeço mui-
A previsão é de que os reservatórios de Compensa, to à Águas de Manaus por ter se mobilizado para fazer
Jorge Teixeira e Cidade Nova, que estão na fase de ajus- esse trabalho para os moradores”, alegou o líder comuni-
tes finais e acabamentos, sejam os primeiros a entrar em tário Frank da Silva.
funcionamento. Somente o sistema de abastecimento de Além da construção das novas unidades, a conces-
água do Cidade Nova deverá beneficiar aproximadamen- sionária revitalizou outros 33 reservatórios nos últimos
te 200 mil pessoas, com capacidade para 7 milhões de meses, fazendo manutenções essenciais para o funcio-
litros de água. O do Jorge Teixeira tem uma capacidade namento deles. Atualmente, Manaus possui 182 reserva-
de reserva ainda maior: 7,5 milhões de litros, benefician- tórios em operação contínua e uma capacidade de reser-
do cerca de 107 mil moradores do bairro. “As unidades vação de 226 milhões de litros para atender as 522 mil
estão sendo construídas para reforçar o abastecimento residências que têm ligação de água disponível na capital
nessas áreas estratégicas da cidade. Isso vai garantir a amazonense.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 25


Nossas
EMPRESAS

Comunidade
indígena
Y’apyrehyt
passa a receber
água tratada
Texto: Adan Garantizado

Criada em 1991, a comunidade indígena Y’apyrehyt é um


verdadeiro tesouro em meio ao cenário urbano de Ma-
naus. A tranquilidade do lugar e a integração com a na-
tureza contrastam com o movimento frenético das ruas
do bairro da Redenção, na zona centro-oeste de Manaus,
onde a tribo urbana está localizada. O local ainda conta
com uma pequena escola que ensina a língua materna
sateré mawé aos moradores.
Uma das grandes dificuldades dos habitantes da
Y’apyrehyt nestes 28 anos de existência foi conseguir
água potável para utilizar em seu dia a dia. Entretanto,
esse problema conseguiu ser resolvido: a Águas de
Manaus fez uma extensão de rede de 442 metros para
abastecer as 14 casas da comunidade. Hidrômetros
também foram colocados no local, para que cada famí-
lia faça o controle de seu consumo.
O primeiro contato entre a concessionária e a co-
munidade aconteceu em julho do ano passado, logo
após a chegada da Aegea a Manaus, quando o setor de
Responsabilidade Social da empresa fazia estudos no
bairro da Redenção. Ao tomar conhecimento da neces-
sidade dos indígenas, a empresa passou a trabalhar em
um projeto para executar as extensões de rede no local.
As obras duraram cerca de dois meses.
Antes das extensões de rede construídas pela
Águas de Manaus chegarem até a comunidade, os indí-
genas da Y’apyrehyt precisavam encarar alguns percal-
ços. A água que eles consumiam vinha de um córrego,
Águas de Manaus instala rede que passa por trás da comunidade, sem nenhum tipo
de água que vai beneficiar a de tratamento. Algumas das famílias da tribo urbana re-
comunidade, que abriga 35
indígenas de etnias variadas que corriam aos vizinhos para obter água. Agora, todos eles
vivem na área urbana da capital. terão água tratada dentro de casa, de forma ininterrupta.

26 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

Os moradores da Y’apyrehyt serão inseridos na Ta-


rifa Social, programa que concede 50% de desconto na
conta de água para usuários de baixa renda (leia mais
sobre o benefício na página 54). O setor de Responsa-
bilidade Social da Águas de Manaus também atua jun-
to aos indígenas orientando o consumo consciente de
água e tirando dúvidas dos moradores. “Fizemos algu-
mas reuniões com eles e explicamos todo o processo
de tratamento e distribuição para que a água tratada
chegue até a Y’apyrehyt. Estamos levando mais quali-
dade de vida e saúde para a comunidade que vive em
sintonia com a natureza e vai nos ajudar a preservar
tudo isso, utilizando a água da maneira correta”, disse
a supervisora de Responsabilidade Social da Águas de
Manaus, Geaneide Vilhena.
“Nosso povo tem essa responsabilidade de preservar
a natureza e vamos usar a água de maneira consciente.
Essa água vai ajudar e muito no nosso ‘miú’ (almoço),
no banho, naquele cafezinho do fim de tarde. O povo
sateré fica muito feliz com essa obra. Estávamos den-
Supervisora de “Há alguns anos, chegamos a conversar com a Funai tro da cidade e não tínhamos essa oportunidade de ter
Responsabilidade Social para construir um poço aqui na comunidade, mas esse água tratada dentro de casa”, completou Nilson Ferreira.
da Águas de Manaus,
Geaneide Vilhena, em projeto não evoluiu. Conseguir água aqui era complica- Assim como fez na comunidade indígena Y’apyrehyt, a
reunião com moradores do. Mas agora isso mudou. Estamos muito felizes pelo Águas de Manaus pretende implantar cerca de 20 mil
que são beneficiados fato de a empresa Águas de Manaus ter realizado essa metros de novas extensões de redes de abastecimento
pela Tarifa Social.
obra. É um benefício muito comemorado por nossa co- ao longo de 2019 para levar água tratada até áreas que
munidade. Nosso povo sempre sonhou com esse mo- ainda não são atendidas pela concessionária. E novos
mento aqui”, disse Nilson Ferreira, líder da comunidade reservatórios serão construídos, como mostra a repor-
Y’apyrehyt. tagem anterior.

MAIS SOBRE A Y’APYREHYT

A comunidade indígena abriga 35 indígenas de et-


nias variadas. A grande maioria é de saterés mawés,
que fundaram a tribo urbana. Mas ainda é possível
encontrar muras, kokamas e parintintins entre os
atuais moradores do local. Embora parte dos mem-
bros da tribo tenha um trabalho formal na cidade,
alguns deles ainda tiram seu sustento da venda de
artesanatos na própria comunidade.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 27


Nossas
EMPRESAS

Águas de São Francisco


comemora avanços em
Barcarena, no Pará
Texto: Fábio Cadete

O município de A concessionária completou cinco anos de atuação INVESTIMENTOS QUE CONSTROEM CIDADANIA
Barcarena (PA) no dia 5 de fevereiro e a data promoveu uma reflexão Além da rede de distribuição, a empresa investiu no
recebeu, nos dos colaboradores quanto aos desafios e às conquis- controle de qualidade, a exemplo da modernização
últimos cinco tas do período. E é também motivadora para o avanço da ETA Cabanos. Novos sete poços profundos foram
anos, mais de dos serviços de saneamento da cidade. “A gente co- perfurados, permitindo a captação em aquíferos con-
170 km de redes nheceu o município, compreendeu as necessidades e finados. Os reservatórios de água tratada passam por
de água. Os aprendeu muito. A expectativa é de que os próximos limpeza periódica. Análises físico-químicas e bacterio-
investimentos cinco anos sejam primordiais e que as transformações lógicas são realizadas a cada duas horas, proporciona-
realizados não parem”, afirma José Braga, diretor-presidente da das pelo laboratório próprio e equipado.
pela Águas de Águas de São Francisco. Um dos momentos emocio- O atendimento ao consumidor também é um desta-
São Francisco nantes da cerimônia foi o relato do colaborador Denil- que. Hoje a cidade conta com duas lojas de atendimento
chegam a R$ son de Jesus, contratado como agente de saneamento presencial; WhatsApp; call center; aplicativo Águas App
40 milhões e um dia após a assunção da empresa. “No começo eu e serviços on-line. Ainda há muito a avançar: o contrato
possibilitaram não pensava em chegar aonde eu cheguei”, disse o pro- de concessão prevê a universalização do abastecimen-
o acesso à agua fissional, que hoje é operador de estação de tratamen- to de água tratada em toda a zona de concessão nos
tratada e de to de água. próximos cinco anos. Já a coleta e o tratamento de es-
qualidade para goto chegarão a 80% em 2033 e serão universalizados
cerca de 50 mil até 2036.
moradores. “Nossa responsabilidade vai além. Incentivamos,
investimos e buscamos desenvolver a população, so-
bretudo no que diz respeito à educação e ao meio am-
biente”, destaca o coordenador de Operações, Fernan-
do Teles. Entre as ações estão programas de educação
ambiental em escolas das redes pública e privada, com
concurso de desenho e apresentação teatral (Progra-
ma Saúde Nota 10), e estreitamento de relacionamento
com lideranças comunitárias (Programa Afluentes).

Estudantes se divertem
enquanto aprendem
importantes lições de
saneamento básico com o
Programa Saúde Nota 10,
que as concessionárias da
Aegea levam para as escolas
públicas e privadas das
cidades onde atuam.

28 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

A diretora-presidente da
Prisma, Irene Gomes,
agradece o incentivo
recebido da Águas de
São Francisco para
a continuidade das
atividades com crianças
e adolescentes. Na foto
da direita, de baixo,
reunião do Programa
Afluentes no Conjunto
Habitacional São
Francisco.

INCENTIVO PARA MAIS EQUILÍBRIO SOCIAL


Uma das instituições incentivadas pela Águas de São
Francisco é a Sociedade de Preservação Socioambien-
Além do saneamento
tal, Cultural e Educacional (Prisma), que recebeu R$ O Saúde Nota 10 é desenvolvido desde 2015 pela
104 mil para a continuidade de atividades como balé, concessionária de Barcarena. Chega a 7.500 o núme-
caratê e judô para 160 crianças e adolescentes. “Que- ro de crianças que já participaram. “O programa leva
remos uma Barcarena equilibrada, com educação e para as crianças um outro tipo de cultura: o teatro, do
meio ambiente preservados e parcerias como essa são qual muitas vezes só ouviram falar. É perceptível os
essenciais, pois usamos tecnologia educacional como olhos brilharem de tanto encantamento”, relatou Elbe
forma de atuar preventivamente diante da comunidade. Amorim, coordenadora pedagógica do Fundamental I
Procuramos minimizar, a médio e longo prazo, a exclu- das escolas municipais de Barcarena. Ainda segundo
são social e a diminuição de grupos considerados de Elbe, o Saúde Nota 10 ultrapassa os muros das es-
vulnerabilidade social”, destacou a diretora-presidente colas, e isso é o grande diferencial. “Ele proporciona
da Prisma, Irene Gomes. No mesmo período, o Conse- que os pais conheçam ou reconheçam o potencial de
lho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente seus filhos”, completou. Outra linha de atuação é a
(CMDCA) também recebeu um montante de R$ 26 mil, interação dinâmica e transparente com as lideranças
para o financiamento de ações como capacitações da comunitárias, para que possam buscar em conjunto
rede de atendimento. soluções para o saneamento. Por meio do Programa
Afluentes, a Águas de São Francisco dá sequência às
reuniões periódicas que a empresa vem realizando
nos bairros como Vila do Conde, Murucupi, Barcare-
na Sede, Conjuntos Habitacionais e Luz Divina.

Parte da equipe da Águas de


São Francisco comemora o
aniversário de cinco anos da
concessionária.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 29


Nossas
EMPRESAS

Águas de Teresina
passa a funcionar em
nova sede administrativa
Texto: Patrícia Andrade

Um espaço amplo que possibilita a integração entre


os mais de 530 colaboradores e maior conforto para o
desenvolvimento das atividades está em funcionamen-
to na Águas de Teresina. A nova sede tem 500 metros
de área construída e está localizada no bairro Todos
os Santos, zona sudeste da capital. Aproximação das
Estacionamento equipes e facilidade de comunicação são outros pon-
para os tos positivos da mudança. O momento foi antecedido
funcionários e pelo tema “Navegando por Novas Águas”. A partir dessa
a definição das ideia, o público interno foi informado sobre as rotinas no
rotas de acesso novo espaço, como uso do refeitório; disponibilidade de
demonstram a estacionamento; rotas de trânsito e horários dos ônibus
preocupação da exclusivos para traslado dos colaboradores.
empresa com A mudança ocorreu em 18 de fevereiro e os colabo-
nosso bem-estar radores foram recepcionados com um café da manhã
e segurança de boas-vindas. “Nos empenhamos para que todo o
– Talita Silva, espaço ficasse agradável e receptivo, tudo foi pensado
analista para a valorização, o conforto e a comodidade dos cola-
administrativa boradores”, destaca Cleyson Jacomini, diretor-presiden-
do setor de te da Águas de Teresina. “Com a integração das equipes
Contratos. as rotinas produtivas foram otimizadas, o espaço foi es-
truturado para ser um local de trabalho integrado e cola-
borativo, proporcionando um novo nível organizacional
para todos. Entendemos que fazendo isso teremos um
retorno imensurável de boas relações, crescimento e
engajamento de setores”, completa Diego Dal Magro,
diretor-executivo da concessionária.

Diretores dão
boas-vindas aos
colaboradores
durante café da
manhã.

Novo layout da sede da


concessionária facilita a
aproximação e comunicação
entre as equipes, além de
um espaço amplo que
oferece mais comodidade
para o desenvolvimento
das atividades.

30 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

ESTRUTURA DA NOVA SEDE


Concessionária
é reconhecida
São dois prédios. O principal recebeu o nome
de Nossa Água e tem na área térrea: recepção;
Centro de Controle e Operações (CCO); Sala da Ficou agradável
Leitura; Serviços e Centro de Catalogação de Do-
cumentos (CDOC); Sala do Conhecimento, dedi-
e facilitou a
comunicação como parceira
do Teresina
cada ao desenvolvimento de pessoas por meio com os demais
da Academia Aegea, com computadores para setores que
diariamente
em Ação
os colaboradores acessarem os cursos nas ho-
ras vagas. O primeiro andar reúne as equipes de temos de ter
Planejamento, Administrativo, Engenharia, EHS, contato – Allan
Serviços, Operação, Comercial, Comunicação, Mateus, analista Texto: Patrícia Andrade
Socioambiental, Ouvidoria, Jurídico, Recursos de cadastro
Humanos, diretoria e secretaria. Tem ainda salas júnior.
O evento é uma iniciativa da TV Clube, afilia-
de reuniões, banheiros e o espaço do café. No da da Rede Globo, em parceria com a Prefei-
prédio anexo, nomeado de Encontro das Águas, tura de Teresina, e é realizado mensalmente
funciona o call center; setor de Fiscalização e em praça pública reunindo até 300 mil pes-
Combate às Fraudes; sala de reuniões e espaço soas. Nas quatro edições de que a conces-
de descanso. Na área externa encontram-se re- sionária participou no ano passado, foram
feitório, vestiário e amplo estacionamento para realizados cerca de 210 atendimentos entre
os colaboradores e visitantes. emissão de 2ª via de fatura; negociação de
débitos; orientação de consumo e pedido de
religação.
O case “Programa Afluentes – relacio-
namento com lideranças comunitárias”
concorreu ao 14º Prêmio Piauí de Inclusão
Social, realizado pelo Grupo de Comunica-
ção Meio Norte, em parceria com o gover-
no do estado. A empresa apoia ações que
proporcionam a integração dos serviços e a
acessibilidade à população. Durante a sole-
nidade, o diretor-presidente da Águas de Te-
resina, Cleyson Jacomini, foi homenageado
e recebeu um troféu.

Centro de Controle
e Operações (CCO)
e recepção dividem
o mesmo andar do
prédio principal, que
recebeu o nome de
Nossa Água.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 31


Nossas
EMPRESAS

Manaus, Teresina,
Timon e Barcarena integram
serviços de call center
Texto: Patrícia Andrade

Prestar um atendimento de excelência aos seus clientes A Central de Atendimento está localizada em Tere-
é um dos pilares das concessionárias da Aegea. Desde sina, que conta com mercado qualificado nesse seg-
o fim do ano passado, a Águas de Teresina (PI), Águas mento. O mobiliário é adaptável aos diversos biotipos
de São Francisco (PA), Águas de Timon (MA) e Águas de dos operadores, de forma a evitar dores causadas pela
Manaus (AM) unificaram o serviço de call center. postura incorreta durante o período de trabalho. Outro
O serviço já ocorria integrado em Teresina, Timon aspecto priorizado dentro da ergonomia foi a acústica
e Barcarena. Com a inclusão de Manaus, a demanda do ambiente.
aumentou em 100%, chegando à média diária de 2 mil “É importantíssimo ressaltar que, mais que atender
atendimentos nos quatro estados. “A avaliação dos pri- em quantidade e produtividade, o nosso foco é atender
meiros meses de integração é positiva, considerando a bem. Para isso, realizamos estudo direcionado para a
média do tempo de espera e o número de atendimentos satisfação do cliente e treinamentos para excelência e
realizados”, avalia o gerente Comercial, Victor Planas padronização do atendimento”, destaca Dulcelidia Sa-
Romani. les, coordenadora de call center.
Os operadores têm acesso aos sistemas comercial e
operacional das unidades para que estejam aptos a dar
encaminhamento às demandas de usuários das quatro
cidades. Periodicamente, passam por capacitação para
aprimorar habilidades, estimular o bom relacionamento
e solucionar conflitos.

Para integração
dos serviços foram
abertos 30 novos
postos de trabalho.
A sede funciona
em Teresina (PI),
que possui mão de
obra qualificada em
telemarketing.

32 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

Tamo Junto e Informado


reforça comunicação interna
Texto: Patrícia Andrade

Calebe Marques, agente


O informativo tem o colaborador como protagonista e “É mais uma ferramenta de interação que pode ser comercial da Águas de
São Francisco, diz que a
circula desde janeiro nas unidades de Teresina, Timon compartilhada com a família e os amigos. Nos faz co- publicação Tamo Junto
e Barcarena com conteúdos que focam em valorização nhecer mais sobre a história de pessoas que encontra- e Informado valoriza
das equipes, alinhamento de informações e conceitos mos pelos corredores e mal podemos imaginar como a empresa e também
os funcionários, que
sobre saneamento. chegaram até aqui”, avalia Camila Yangara Bitú, assis- contribuem com a qualidade
São seções como “Nossos Talentos”, “Gente que tente administrativa da Águas de Teresina. dos serviços prestados.
Inspira” e “Além das Águas”, que contam histórias de
profissionais que se destacam na carreira ou cujas ini-
ciativas promovem reflexão positiva e encorajam os tra-
balhadores para além dos portões da empresa.
“Nossa ideia é destacar e valorizar nossos colabo-
radores, pois são eles que fazem as empresas. Isso
está presente nas iniciativas inovadoras que ajudam no
cumprimento de indicadores, na melhoria da satisfação
dos usuários e em outros cases de sucesso que quere-
mos compartilhar com todos”, avalia Cleyson Jacomini,
diretor-presidente da Águas de Teresina e da Águas de
Timon (MA).

#PraCegoVer: ação inclusiva


garante acessibilidade
Texto: Patrícia Andrade

Águas de Teresina, Águas de Timon e Águas de São Francisco passaram a usar a hashtag #PraCegoVer em
suas páginas no Facebook e no perfil do Instagram. A iniciativa visa à inclusão e acessibilidade dos deficien-
tes visuais, explicando, por meio da linguagem escrita, o conteúdo da imagem que é publicada. Funciona
assim: ao ativar o comando de voz, ou “voiceover” do computador ou smartphone, a máquina passa a ler tudo
o que está na tela e o deficiente visual ouve uma descrição real do que está sendo exibido.
Segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil exis-
tem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 582 mil cegas e cerca de 6 milhões com
baixa visão. Com o uso da hashtag #PraCegoVer as concessionárias possibilitam a inclusão das pessoas
com deficiência visual e ampliam o conhecimento sobre as ações realizadas diariamente para a melhoria do
abastecimento de água e condições sanitárias na cidade.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 33


Nossas
EMPRESAS

Ambiental Serra
completa quatro
anos de atuação
Concessionária trata 1 bilhão de litros
de esgoto por mês e atua com o
objetivo de atingir a universalização do
acesso ao esgoto tratado até 2023.
Texto: Ana Paula Garcia

ETE Manguinhos, Com sede em Serra, cidade localizada na Região Metro- A PRIMEIRA PPP DO ESTADO
estação que usa politana do Espírito Santo, a Ambiental Serra mantém
muita tecnologia A concessionária de saneamento Ambiental Serra é a
e inovação no uma Parceria Público-Privada com a Cesan, desde ja- única empresa no Espírito Santo a atuar no modelo de
tratamento neiro de 2015. A meta da PPP é disponibilizar rede de gestão Parceria Público-Privada. O contrato de conces-
de esgoto, esgoto para toda a população do município, atualmente
beneficiando são administrativa foi firmado com a Cesan para aten-
moradores e o com mais de 500 mil habitantes, até 2023, cumprindo a der por 30 anos o município com o objetivo de acelerar
meio ambiente. universalização do sistema em nove anos. o processo de universalização do sistema de esgoto
Em 108 bairros atendidos pelos serviços, são coleta- e melhorar a prestação do serviço. Desde então, Serra
dos e tratados mais de 1 bilhão de litros de esgoto por passou de 60% para 80% de cobertura de rede de es-
mês. “Hoje, o município conta com 21 estações de trata- goto. O sistema continua sendo público, e a Cesan au-
mento de esgoto (ETEs) onde tecnologia e inovação ga- toriza, por contrato, a Ambiental Serra a desenvolver as
rantem produtividade e eficiência. Na ETE Manguinhos, atividades, além de fiscalizar os serviços do parceiro por
por exemplo, emprega-se a técnica de iodos ativados, meio de metas, prazos e indicadores contratuais esta-
que remove o nitrogênio – um dos responsáveis diretos belecidos. Desde janeiro de 2015, a Ambiental Serra é
pelo processo que causa poluição de lagos e lagoas”, responsável pela disponibilização de redes coletoras,
explica a diretora-presidente da Ambiental Serra, Regi- ligações, operação e manutenção do sistema.
nalva Mureb.
Ao longo de quatro anos de atuação em Serra foram
investidos R$ 160 milhões na construção de estações
elevatórias de esgoto, em melhorias nas estações de
tratamento de esgoto já existentes, na implantação de
cerca de 190 km de rede coletora de esgoto, além do tra-
balho para interligação de mais de 44 mil imóveis. Uma
população de aproximadamente 126 mil habitantes foi
beneficiada com melhor qualidade de vida, valorização
imobiliária e proteção ao meio ambiente. A cobertura do
sistema de esgoto do município é hoje de 83,8%, consi-
derada acima da média nacional (veja box).

34 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

RECONHECIMENTO SOCIAL
Os investimentos para oferecer um serviço de qualidade
para a população recebem reconhecimento e prêmios.
Em 2018 a empresa foi considerada a Melhor Empresa
Geral e Melhor Empresa Capixaba, pelo Instituto Euval-
do Lodi (IEL), da Federação das Indústrias do Estado do
Espírito Santo (Findes); conquistou o Prêmio Qualidade
Espírito Santo (PQES), do governo do estado – por meio
da Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes) –
e Espírito Santo em Ação; e recebeu, do Rotary Club de
Vitória, o Selo Empresa Cidadã.
O selo que reconhece esforços das empresas em
prol da cidadania é resultado do trabalho realizado em
ÍNDICE DE COBERTURA DE
saneamento – por si mesmo gerador de cidadania –, ESGOTO DE SERRA SUPERA
mas também de uma extensa pauta de responsabilida-
de social desenvolvida pela concessionária. “Atuar com
MÉDIA NACIONAL
responsabilidade social é uma das marcas da Ambiental
Incentivo à cultura local No Brasil, dados de 2015 do Sistema Nacional de
está entre as ações de Serra, que busca promover o bem-estar das comunida-
Informações sobre Saneamento (SNIS) revelam
responsabilidade social des e contribuir para o desenvolvimento local das regi-
desenvolvidas pela que 50,3% é o índice de cobertura da rede de es-
ões onde atuamos. Por isso apoiamos diversas iniciati-
Ambiental Serra que goto e, do total de esgoto gerado, apenas 42,7%
fazem da concessionária vas nos bairros em áreas como esporte, meio ambiente
é coletado e tratado adequadamente. Os dados
uma Empresa Cidadã. e cultura”, afirma Reginalva.
mostram que a universalização do saneamen-
to básico ainda é um projeto distante no país.
Serra foge à regra, aparecendo acima da média
nacional na disponibilização de rede de esgoto.
No município, 83,8% da população tem acesso
à rede de esgoto e 65% estão conectados a ela,
fruto do crescimento contínuo de investimentos
que foi ampliado com a Parceria Público-Privada
(PPP) entre a Cesan e a Ambiental Serra. Com a
ampliação e a modernização do sistema de es-
gotamento sanitário, a Ambiental Serra coleta e
trata mais de 1 bilhão de litros de esgoto/mês, o
equivalente a 400 piscinas olímpicas coletadas e
tratadas/mês ou 4.800 piscinas olímpicas cole-
tadas e tratadas/ano. As obras marcam o início
de um grande avanço para a cidade.

A PPP DE SERRA EM NÚMEROS


• 190 quilômetros de rede construída.
• 20 bairros receberam obras de implantação de rede.
• 21 elevatórias de esgoto construídas e modernizadas.
• 44 mil novas conexões de imóveis à rede de esgoto.
• 1 bilhão de litros de esgoto
coletados e tratados por mês.
• 400 piscinas olímpicas é o volume
equivalente de esgoto tratado por mês.
• 143 mil caminhões-pipa é o equivalente em
volume de tratamento de esgoto por mês.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 35


Nossas
EMPRESAS

Concessionária
mantém
certificações
internacionais
Ambiental Serra foi a primeira PPP
do Brasil certificada nas normas de
Qualidade, Meio Ambiente e Segurança
do Trabalho. A diretora-presidente da Ambiental
Serra, Reginalva Mureb, e o diretor-
Texto: Ana Paula Garcia executivo, Justino Brunelli Júnior,
comemoram a recertificação.

Em 2017, a concessionária conquistou, simultanea-


mente, as certificações ISO 9001 para Sistemas de
Gestão da Qualidade, ISO 14001 para Sistemas de Ges-
tão Ambiental e OHSAS 18001 para Sistemas de Ges-
tão da Saúde e Segurança no Trabalho. Um ano depois,
manteve as três certificações concedidas pela Fun-
dação Vanzolini e emitidas pelo Inmetro, reforçando
o compromisso da Ambiental Serra com os usuários;
associações de moradores do município; Cesan, a par-
ceira na PPP; Agência Estadual de Recursos Hídricos
Equipe da concessionária (Agerh); Agência de Regulação de Serviços Públicos
responsável pelas muitas
conquistas em quatro anos (Arsp); e outros órgãos de meio ambiente, recursos hí-
de atuação. dricos e saúde municipais e estaduais.

Para Reginalva Mureb, diretora-presidente da Am-


biental Serra, a recertificação é resultado do trabalho
integrado que vem sendo realizado pela concessio-
nária, com respeito a todos os envolvidos no proces-
so. “Ficamos muito felizes com essa conquista, fruto
contínuo de investimentos e muita dedicação de toda
a equipe.” Desde 2015, a Ambiental Serra implanta pro-
cedimentos do Sistema Integrado de Gestão, visando
obter as certificações que são meta contratual previs-
ta no contrato de PPP estabelecido com a Cesan. Em
2017, passou a contar com a consultoria do Instituto
Euvaldo Lodi (IEL), que pertence à Federação das In-
dústrias do Espírito Santo (Findes), intensificando a
implantação das normas.

36 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

Negociação e
relacionamento: a estratégia
da Prolagos para reduzir
processos judiciais
Concessionária redefiniu contratos, estabeleceu metas,
recrutou o apoio de outras áreas e conseguiu
redução de 50% no número de processos.
Texto: Roberta Moraes

Quando assumiu a Gerência Jurídica da Prolagos, a ad- Outro caminho importante foi a imersão dos advo-
O Jurídico se vogada Niella Morato Dutra Cançado se deparou com gados terceirizados na rotina dos funcionários. Os pro-
consolidou em um importante desafio: diminuir o número de processos fissionais diretamente responsáveis pela defesa da em-
um time. Cada judiciais. Diante dos cerca de 2.200 casos em andamen- presa acompanharam as equipes da Central de Serviços
um com suas to, a estratégia inicial foi rever as modalidades de con- durante um período. “A experiência em campo foi impor-
atribuições e tratação dos escritórios de advocacia e estabelecer me- tante para eles entenderem a dinâmica das atividades
todos de mãos tas mensais para encerramento de processos, seguindo e com isso construírem as defesas adequadamente,
dadas para o critérios preestabelecidos. considerando a realidade da empresa. Eles viram como
apoio mútuo Paralelamente, a equipe interna do setor se empe- é feita a leitura, a identificação de fraude, a geração da
e em busca nhou no aperfeiçoamento e na atualização das contes- Ordem de Serviço e como esses procedimentos estabe-
do resultado tações. As áreas Operacional, Comercial e de Serviços lecidos podem ser usados em favor da concessionária”,
desejado. passaram a ser envolvidas, indicando prepostos para acrescentou.
Em um ano participar de forma efetiva nas audiências, prestando
conseguimos esclarecimentos sobre os fatos discutidos no processo, CONSTRUÇÃO DE RELACIONAMENTO
diminuir o elevando as chances de êxito. Tão importante quanto reduzir o número de processos
número de “Eliminamos o modelo de pagamento por preço uni- ativos, garantir que novos não fossem iniciados tam-
processos em tário, ou seja, por processo, e definimos um valor global. bém foi fundamental. Para isso, o caminho foi a apro-
50% — comemora Além disso, estipulamos a meta de baixa de, no mínimo, ximação com a Defensoria Pública, o Procon e os Nú-
Niella Morato 174 processos por mês. Com esta iniciativa estimula- cleos de Práticas Jurídicas das universidades da região.
Dutra Cançado, mos o escritório a encontrar soluções para encerrar as A construção deste relacionamento abriu portas para
gerente Jurídica ações, seja por meio de acordo ou de pautões estabele- conciliações extrajudiciais, evitando o surgimento de
da Prolagos. cidos com os juízes das comarcas com maior número novos processos, contribuindo, inclusive, para diminuir
de processos”, explica Niella. a sobrecarga do Judiciário.
Além de encorajar o escritório a dar celeridade às Foram realizados encontros com juízes e promoto-
ações, os colaboradores internos ficaram encarregados res para apresentar informações sobre os serviços pres-
de revisar jurisprudências, eleger as mais recentes, re- tados, esclarecer dúvidas, ressaltar os benefícios e a
digir informações para subsidiar as defesas de forma importância da Prolagos no desenvolvimento da Região
mais robusta, além de garantir a melhoria das provas, dos Lagos, seja no aspecto social, ambiental ou econô-
como a qualidade das fotografias ou de qualquer outro mico. As visitas também contribuíram para buscar indi-
documento que pudesse demonstrar a boa-fé da con- cações de pontos que precisavam ser lapidados, seja na
cessionária. apresentação de defesas ou na prestação do serviço.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 37


Nossas
EMPRESAS

Prolagos implanta Central de


Monitoramento e ganha agilidade
no atendimento comercial
Acompanhamento em tempo real Com a estratégia
implantada, a
contribuiu para cumprimento de metas concessionária
e satisfação de usuários. conseguiu atender ao
aumento de demanda
com excelência.
Texto: Roberta Moraes

Para acompanhar as interações em todos os pontos


de contato – seis lojas comerciais em municípios dife-
rentes, call center, WhatsApp e Messenger – a empresa
implantou uma Central de Monitoramento. Assim foi
possível ajustar as equipes de acordo com a demanda,
reduzindo ou evitando filas de espera e oferecendo uma
boa experiência para o usuário. O projeto foi idealizado
pelo gestor Comercial José Carlos Almeida, que criou
um polo de inteligência na loja de Cabo Frio, de onde,
por meio de telões, todos os chamados foram acompa-
nhados e atendidos com muita agilidade e eficiência.
“O número de veranistas na Região dos Lagos é ele-
vado e durante boa parte do ano muitas casas ficam fe-
chadas. Quando esses moradores vêm passar o verão,
eles aproveitam para resolver assuntos relacionados
ao imóvel, como água e esgoto. Ciente desse aumento
no volume de atendimento e considerando estatísticas
anteriores, dimensionamos equipes, reforçamos nossos
sistemas, ampliamos horários e definimos a logística de
deslocamento. Dentro desse planejamento, a Central de O verão é o período mais desafiador para a ope-
Monitoramento representa um novo recurso para agili- ração da Prolagos, pois é nessa época do ano
zar a tomada de decisões, uma vez que conseguimos que a concessionária vê o número de pessoas
visualizar a movimentação, o tempo de cada atendi- atendidas saltar de aproximadamente 420 mil
mento, programar ações imediatas e dar celeridade aos habitantes para mais de um milhão. De acordo
processos. Quem sai ganhando é o usuário, que conse- com os dados registrados pelo Centro de Contro-
gue um atendimento mais rápido e satisfatório”, explica le Operacional (CCO) da empresa, este ano o nú-
José Carlos. mero chegou a 1,260 milhão, entre moradores e
A iniciativa foi fundamental nos dias de fluxo inten- visitantes – 200 mil a mais do que a média histó-
so, como em 4 de janeiro, quando a equipe bateu um rica dos últimos cinco anos. Com essa superpo-
recorde: 7.202 interações em apenas um dia, o que re- pulação nas cinco cidades atendidas, a demanda
presenta 300 atendimentos por hora. Entre os dias 2 e nos canais de atendimento também aumentou.
9 de janeiro de 2019, foram registrados 65.212 atendi-
mentos, aumento de 260% se comparados ao mesmo
período do ano anterior. O WhatsApp, que funcionou 24
horas por dia, foi o canal mais procurado, representando
47% dos chamados.

38 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

+260%

VENCENDO DESAFIOS COM INTEGRAÇÃO No foto acima,


equipes de várias
A alta temporada é um período para o qual todas as áreas da Prolagos
áreas se preparam com antecedência e as ações, con- comemoram a
centradas no Plano Verão, são registradas na agência integração que
garantiu o sucesso
reguladora. Além da nova central, foi montada uma for- no atendimento.
ça-tarefa com a convocação de colaboradores de outros
setores como Administrativo, Jurídico, RH, Responsa-
bilidade Social, TI, Planejamento, EHS e Serviços para
apoiar o atendimento nas lojas. “Essa contribuição foi
fundamental para superarmos as nossas metas e para
que todos os desafios fossem vencidos, principalmente
em um ano no qual a quantidade de pessoas na região
superou as expectativas. Foi gratificante ver que a em-
presa não está dividida em áreas, com cada um cuidan-
do apenas da sua atividade. Com esta ação no verão,
vimos que somos uma só Prolagos”, comemora Marcos
Valério de Araújo, diretor-executivo da concessionária.
A integração também foi importante para a intera-
ção entre os colaboradores. “Ver colegas de outros
setores tendo uma experiência de como realmente fun-
ciona o atendimento foi incrível, pois todos nós temos
o mesmo objetivo: a satisfação do cliente”, disse Keila
de Abreu, funcionária da loja de Iguaba Grande, que aju-
dou a analista de RH Laís Raposo na função temporária.
“Essa experiência me permitiu conhecer a outra ponta
do nosso negócio, por meio do contato direto com os
nossos clientes e com os colaboradores da loja. Pude
entender de uma forma mais ampla o funcionamento da
empresa. Foi muito gratificante”, finalizou Laís.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 39


Nossas
EMPRESAS

Saneamento avança em
Matão com investimentos
feitos pela Aegea em cinco
anos de atuação na cidade
Texto: Adriana Pereira

Em fevereiro, a Águas de Matão completou Para superar o desafio de ampliar e melhorar o sistema de abastecimento de água, a
cinco anos de atividade no município. Nesse Águas de Matão implantou mais de 19 km de adutoras e redes de distribuição e colocou
curto período de tempo, os investimentos em operação quatro estações elevatórias de água. A concessionária investiu também na
realizados pela concessionária contribuíram interligação de 17 reservatórios, procedimento que permite maior agilidade ao sistema,
para a melhoria da qualidade de vida de funcionando, inclusive, como contingência – quando algum reservatório temporariamente
milhares de pessoas, ajudaram a preservar deixa de funcionar, é possível remanejar água de outro local. A modernização do sistema
os recursos naturais e a cidade a se elétrico e das bombas tem garantido maior segurança ao abastecimento, assim como
desenvolver. Investindo na modernização o Centro de Controle de Operações (CCO), que monitora em tempo real, dia e noite, as
de equipamentos e no uso de tecnologias unidades operacionais.
que contribuem com o desenvolvimento A coleta e o tratamento de esgoto também evoluíram em Matão. A concessionária
sustentável do município, além dos construiu a ETE de São Lourenço do Turvo e implantou 6,81 km de novas redes coletoras
programas de responsabilidade social, a de esgoto e linhas de recalque. Para evitar que esgoto corresse a céu aberto, foram cons-
Águas de Matão foi contemplada com a truídos ainda os coletores-tronco IV Centenário e Padre Nelson, com 764 e 200 metros de
“Green Company”, importante certificação extensão, respectivamente, e mais quatro estações elevatórias de esgoto.
ambiental do Estado de São Paulo. O
diretor-presidente da empresa, Fernando RESPONSABILIDADE SOCIAL
Humphreys, recebeu o certificado ao lado No total, as atividades executadas em cinco anos beneficiaram cerca de 22.060 pesso-
do supervisor de Responsabilidade Social, as. “Os resultados alcançados representam os investimentos em obras, equipamentos,
Paulo Guerreiro. estrutura tecnológica e a dedicação diária de uma equipe empenhada em atender as de-
mandas da melhor forma possível. As ações são realizadas em parceria com os usuários,
pois somente assim asseguramos o bom funcionamento dos sistemas de água e esgoto
do município”, afirma o diretor-presidente da Águas de Matão, Fernando Humphreys. O
reconhecimento por esse trabalho está na certificação “Green Company”, para a Águas de
Matão, e no Selo Município Verde Azul, destinado ao município também em função dos
investimentos feitos pela concessionária. “Foi a melhor colocação já conquistada por Ma-
tão e as notas que obtivemos com o saneamento foram decisivas para a nossa pontuação
final”, orgulha-se o secretário de Meio Ambiente, Marcos Nascimento.

ATENDIMENTO
Para ficar cada vez mais perto dos clientes, a Águas
de Matão modernizou as suas instalações, disponibi-
lizou mais uma unidade de atendimento e ampliou os
canais de comunicação. Em cinco anos, foram reali-
zados 425 mil atendimentos e mais de 9 mil pessoas
foram beneficiadas pela Tarifa Social (saiba mais
sobre o benefício na página 54).

40 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

Águas de
Holambra
completa três
anos de operação
Texto: Adriana Pereira

O mês de janeiro foi especial para os colaboradores Para conquistar resultados na prestação de serviços Equipe comemora as
da Águas de Holambra, que comemoraram os três de água e esgoto e aliar desenvolvimento com susten- conquistas realizadas
no aniversário da
anos de operação da empresa. Holambra é um dos 29 tabilidade, a empresa conta com quadro técnico quali- concessionária da Aegea
municípios paulistas considerados estâncias turísti- ficado e colaboradores comprometidos. A companhia em Holambra (SP).
cas. Além do turismo, a cidade, fundada pela colônia também faz da tecnologia uma das suas principais
neerlandesa, se destaca por estar bem posicionada aliadas, seja na utilização de equipamentos na execu-
no ranking de índice de qualidade de vida e por ser ção de obras ou no monitoramento e na gestão dos
o maior centro de produção de flores e plantas orna- seus sistemas, que têm mais de 48 km de extensão de
mentais da América Latina. rede de água e 47 km de extensão de rede de esgoto.
Em três anos de operação, a empresa investiu na
modernização e instalação de máquinas e equipamen-
tos a fim de garantir a regularidade e qualidade no
TRABALHANDO PELAS PESSOAS abastecimento e a equipe trabalhou, ininterruptamen-
te, 26.280 horas para distribuir mais de 1,712 bilhão de
E PELO MEIO AMBIENTE litros de água. Para o supervisor de Operações, Gilson
Domingos Camilo, que há 13 anos trocou o Paraná por
Para a Águas de Holambra, tão importante quan- Holambra, o trabalho diário é uma espécie de agradeci-
to investir em infraestrutura, é poder promover mento à excelente acolhida que ele recebeu na cidade.
ações sociais e de sustentabilidade, contribuin- “Sinto muito orgulho em trabalhar na concessionária
do com o fomento da educação ambiental e a e em ajudar a melhorar a vida das pessoas e do mu-
preservação do meio ambiente. Em três anos, nicípio. É uma grande responsabilidade, mas ao fazer
a área de Responsabilidade Social desenvolveu o meu melhor, todos os dias, acredito que estou retri-
132 projetos como o Afluentes, realizado junto buindo aos holambrenses tudo de bom que já fizeram
às comunidades, e o Saúde Nota 10, viabilizado por mim e por minha família”, revela Gilson.
nas instituições de ensino. Trabalhou com um
cronograma de ações direcionadas a diferentes
faixas etárias, voltadas a empreendedorismo,
educação ambiental, saúde, qualidade de vida,
preservação dos recursos hídricos e uso correto
do sistema de saneamento. No total, foram be-
neficiadas aproximadamente 9.500 pessoas.

O supervisor de
Operações, Gilson
Domingos Camilo,
opera máquina em
uma das obras que
ajudaram a melhorar
ainda mais o índice de
qualidade de vida dos
moradores da cidade.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 41


Nossas
EMPRESAS

O mergulhador
profissional Duarte
Antônio da Cruz
Junior se inspirou
em exemplo
norte-americano da
técnica utilizada
para a limpeza dos
reservatórios.

Mergulhadores
especializados
garantem limpeza
dos reservatórios
na Aegea Sul
Procedimento é realizado duas vezes
por ano nos reservatórios da Águas de
Penha, Águas de São Francisco do Sul
e Águas de Camboriú.
Texto: Joana Gall

Na cabeça, uma lanterna especial de uso subaquático.


Nas mãos, um aparelho que suga resíduos e garante a
limpeza de paredes e pisos. Desde 2016, uma equipe
de profissionais especializados mergulha para fazer a
higienização dos reservatórios da Águas de São Fran-
cisco do Sul – a primeira concessionária a utilizar os
serviços. Desde o ano passado, a Águas de Penha e a
Um mergulhador veste seu traje, instala o oxigê- Águas de Camboriú também aderiram à iniciativa.
nio e se prepara para entrar na água. Pode até De acordo com o mergulhador Duarte Antônio da
parecer uma cena de mergulho recreativo para Cruz Junior, o trabalho é pensado especialmente para
observar os peixes e as paisagens do fundo do empresas e áreas comerciais. A inspiração vem de fora
mar. Neste caso, porém, o mergulho acontece do Brasil – esse tipo de serviço é bastante utilizado nos
nos reservatórios das três concessionárias da Estados Unidos. “Nós aspiramos o material com o au-
Aegea em Santa Catarina. xílio de bombas e uma mangueira de sucção como se
fosse uma dragagem portátil”, explica ele.
A limpeza dos reservatórios é feita a cada semes-
tre e, conforme Matheus Felipe Cunha da Silva, coor-
denador de Operações da Águas de São Francisco do
Sul, essa foi a melhor técnica encontrada para reali-
zar o trabalho. “Com o mergulhador não é necessário
esvaziar o reservatório para a limpeza, o que poderia
prejudicar todo o sistema. Além do que seria um des-
perdício de água e um risco ficarmos sem nossa reser-
vação”, comenta.

42 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossas
EMPRESAS

Mergulhadores
especializados
entram nos
reservatórios de
água com aparelhos
que fazem a limpeza
de pisos e paredes
por sucção.

MAIS QUALIDADE, MENOS TEMPO


Entre as vantagens da limpeza com mergulhador tam-
bém está a economia de tempo. O trabalho é realizado
de forma mais ágil, sem afetar o abastecimento para a
população. “Nossa limpeza mais recente foi realizada
na ETA Vega, em uma construção que tem capacidade
para até 2 milhões de litros de água. O próximo proce-
dimento está previsto para ser feito ainda no primeiro
semestre”, conta o coordenador de Operações.

A LIMPEZA EM CAMBORIÚ E PENHA


A Águas de Camboriú possui um total de 15 reservató-
rios, sendo que 4 deles são de concreto. O procedimen-
to também foi realizado no fim do ano passado e con-
forme o coordenador de Operações da concessionária,
Gabriel Balparda Fasola, a escolha da técnica teve
bons resultados, principalmente por não comprometer
o trabalho cotidiano das equipes.
Em Penha, os quatro reservatórios que fazem par-
te do sistema também passaram pelo procedimento.
Para o coordenador da Águas de Penha, Guilherme
Bueno, a técnica permite melhor controle na qualida-
de da água distribuída e diminui as perdas, pois não
é necessário fazer o descarte. As próximas operações
devem ocorrer ainda neste semestre.
“Optamos pela técnica para não interromper nossa
operação, além disso é um método bastante econômi-
co. Os profissionais são especializados e todo o ma-
terial sedimentado é retirado com os equipamentos”,
completa ele. Vale reforçar que todo o resíduo retirado
dos reservatórios é encaminhado aos aterros sanitários.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 43


TECNOLOGIA

PERDAS DE ÁGUA
O indicativo que qualifica
a gestão operacional das
empresas de saneamento
Texto: Rosiney Bigattão

Evitar perder água tratada é um dos grandes desafios BOA GESTÃO E TECNOLOGIA REDUZEM
das empresas de saneamento, de governos e da popu- ÍNDICES E AMPLIAM EFICIÊNCIA
lação, pois o índice de perda é também um demonstra- Ao cuidar de perdas a Aegea criou uma ampla estrutura que
tivo de eficiência na gestão – ou da falta dela, trazendo cuida da água em seu ciclo integral, desde a captação até a de-
prejuízos financeiros e ambientais para todos os envol- volução para o meio ambiente do efluente e do lodo resultante
vidos. É uma questão que envolve organismos interna- do tratamento do esgoto. São mais de 100 projetos divididos
cionais e afeta desde os países menos desenvolvidos em Controle de Perdas (GCP), Energia e Eficiência Energética
até as maiores economias do mundo. “Existe uma nova (GEE), Processos (GPROC) e Inovação e Recursos Hídricos.
forma de enxergar perdas e comparar os dados que é o “Nós estamos lidando com a operação como um todo:
indicador criado pelo Banco Mundial, que nós estamos distribuição, consumo de energia, está tudo envolvido. Em três
começando a acompanhar na Aegea: o Infrastructure anos de atividades atingimos um nível de maturidade muito
Leakage Index (ILI). Ele pode ser traduzido por ‘indica- grande. Quando se trata de perdas nós apenas coordenamos
dor de vazamento e infraestrutura’ e permite analisar as os projetos, pois envolve todas as áreas – até o consumidor
Aegea trabalha para pode ajudar controlando vazamentos”, afirma o gerente do
perdas mesmo diante de realidades distintas como as
integrar os Centros de Núcleo de E&T.
Controle Operacionais, de Estados Unidos, África e América Latina, por exem-
“Fazemos a gestão dos recursos financeiros, o acompa-
passo que trará plo. Na Aegea nós também temos situações muito pe-
um grande avanço nhamento das obras e das atividades como controle da pres-
culiares entre as concessionárias”, conta Marco Aurélio
tecnológico para toda a são, da vazão, de vazamentos, micromedição, velocidade e
empresa. Na foto, CCO Pereira da Silva, gerente do Núcleo de Eficiência & Tec-
qualidade nos reparos, detecção e regularização de fraudes,
da Prolagos (RJ). nologia da Aegea.
assertividade, enfim, são várias intervenções que tratam tam-
bém da gestão da infraestrutura”, explica Ítalo Edson de Sou-
za, coordenador de Perdas do Núcleo de E&T.
O assunto é tão importante para a Aegea que são reali-
zadas reuniões mensais com o CEO Hamilton Amadeo para
decisões estratégicas. Todas as unidades têm gestores de
perdas e de eficiência energética, e todos os envolvidos po-
dem acessar os dados disponíveis por ferramentas on-line
como Web Tableau.

INVESTIMENTO PRIORITÁRIO
Para o Instituto Trata Brasil, reduzir perdas é uma tarefa das
mais difíceis dentro da operação de um sistema de distribui-
ção de água tratada. “Quando falamos em redução de perdas
de água não estamos falando de algo trivial. Há necessidade
de investimentos altos e constantes, uma vez que a empresa
luta contra o tempo, a degradação natural das redes, o uso de
materiais antigos e instalados há décadas, a necessidade de
automação para controle das vazões, tecnologias para detec-
ção dos vazamentos, etc. É essencial, também, combater frau-
des, roubos, vandalismos e a necessária troca dos hidrôme-
tros para se ter uma medição cada vez mais correta”, afirma
Édison Carlos, presidente-executivo do Trata Brasil.

44 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


TECNOLOGIA

PROJETOS EM PERDAS NO BRASIL


DESENVOLVIMENTO Segundo dados do SNIS de 2017 (Sistema Nacio-

NA AEGEA nal de Informações sobre Saneamento), 38,29% da


água tratada se perde pelo meio do caminho. É como
você comprar um litro de refrigerante e, ao chegar
INTEGRAÇÃO ENTRE GESTÃO
em casa, ter pouco mais de 600 ml na garrafa para
DE ENERGIA E BALANÇO HÍDRICO
consumir. O índice varia de um local para outro,
Na busca por dados mais confiáveis e padronizados, a
chegando a mais de 70% na Região Norte e a pouco
Aegea utiliza o software Viridis, de gestão de energia.
mais de 10% na Sudeste, o que dá uma dimensão das
“Agora é possível ver o que foi produzido de água por fon-
diferenças de maturidade dos sistemas de abasteci-
te produtora (poço ou ETA) e a distribuição por reservató-
mento no país. A medida considerada aceitável pelas
rio. Além de alimentar os modelos hidráulicos, sabemos
organizações internacionais é de 15%.
se os recursos estão sendo bem geridos”, explica Ítalo.

AMPLIAÇÃO DA SETORIZAÇÃO
E DO SENSORIAMENTO DA REDE
Não existe controle de perdas sem controlar a pressão,
e verificar a localização das redes existentes é o grande O QUE O ÍNDICE DE
desafio. “A Aegea está bem avançada neste sentido, fa-
zemos a setorização junto com o sensoriamento. É um
PERDAS REPRESENTA
investimento alto, mas essencial para desenvolver proje-
A metodologia do índice de perdas segue a proposta
tos mais assertivos”, diz o especialista Carlos Galhardo.
da International Water Association (IWA), que analisa
os processos pelos quais a água passa durante o sis-
EVOLUÇÃO DA SIMULAÇÃO
tema de distribuição, também chamado de “balanço
Equipe do Núcleo HIDRÁULICA EM TEMPO REAL
de Eficiência & hídrico”. Ele considera o volume de água que entra,
Houve avanços também na simulação hidráulica, que já é
Tecnologia da Aegea menos o consumo autorizado (medido ou não). As
que atua com projetos feita em todas as unidades. “É uma ferramenta poderosa
principais causas são os vazamentos, erros na me-
interdisciplinares para usada em outros lugares do mundo que a Aegea começa
reduzir as perdas e dição (macromedidores e hidrômetros ineficientes)
a usar com o Water Gems, software que é referência. É
aumentar a eficiência e as fraudes. As perdas podem ser classificadas em
operacional das uma atuação integrada com o Programa Infra Inteligen-
aparentes (são as comerciais, resultantes de frau-
unidades. te”, conta Tatiana Gomes, da equipe de E&T.
des, falhas no cadastro e erros de medição) e reais
(perdas físicas por vazamentos e extravasamentos
em reservatórios, adutoras, redes e ramais).

Hoje existem indicadores avançados como o Infras-


tructure Leakage Index (ILI), que varia em A, B, C e D.
Os valores mudam de acordo com o nível de desen-
volvimento do país e as análises são por economia
(unidade consumidora ligada à rede). “Muitas unida-
des da Aegea passaram de C para B, e algumas já
chegaram em A”, afirma Marco Aurélio, o gerente do
Núcleo de E&T. A partir dele pode-se falar em Nível
Econômico de Perdas (NEP), que considera as des-
pesas que a empresa tem com perdas e analisa se é
viável investir para reduzir ainda mais.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 45


TECNOLOGIA

Colaborador acompanha
dados no Centro de
Controle Operacional
da Águas de Holambra
(SP). A concessionária já
começou a implantação
do software Scada, que
permite a simulação de
dados em tempo real
e será disponibilizado
também para outras
concessionárias em 2019.

RENOVAÇÃO PROATIVA DE
ATIVOS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
ILI Água é nossa
Com o Projeto Ramais, são analisados os ativos para INFRASTRUCTURE matéria-prima
saber se vale a pena fazer a manutenção ou a substitui-
ção deles. Em Teresina (PI), por exemplo, foi registrada
LEAKAGE INDEX e nosso produto
final, a Aegea
uma redução de 83% na quantidade de vazamentos em investe muito
ramais nas áreas onde o projeto foi implantado. para não perder
nenhuma gota.
MAPEAMENTO E ATUAÇÃO D Ao reduzir
EM ÁREAS VULNERÁVEIS perdas se
Uma ação para preservar o direito de todos terem acesso 8 16 trabalham todos
à água tratada. “Em Teresina (PI) dois bairros foram re- os pilares da
gularizados: o Dilma Rousseff e o Parque Vitória. Foi um
grande investimento para trazer os moradores para den-
C sustentabilidade:
o ambiental, o
tro do sistema e melhorar a qualidade do abastecimento social, a questão
para eles”, explica Luisa Clemente Eneas Souza, gestora 4 8 econômica. Você
dos projetos de perdas de Teresina. “Esse trabalho tem reduz o custo
um viés social, pois o morador passa a ter comprovan- B operacional,
te de residência, se sente um cidadão. Ouvimos relatos torna a empresa
emocionantes em relação a isso”, revela Marco Aurélio. 2 4 mais eficiente
e competitiva

A para ampliar
os serviços
Países Países em
Desenvolvidos Desenvolvimento
tão essenciais
para a vida da
população –
A = Sistemas B = Potencial para
eficientes, maiores melhorias em Marco Aurélio
reduções podem ser controle da pressão, Pereira da Silva,
antieconômicas. vazamentos e rede.
gerente do
D = Programas de Núcleo de E&T
C = Natureza e volume
redução de perdas da Aegea.
de vazamentos exigem
devem ser máxima
esforço para redução.
prioridade.

46 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


TECNOLOGIA

Redução de
perdas na Águas
Guariroba equivale
ao abastecimento
de 1.300 famílias
Texto: Jefferson Gonçalves

De janeiro a novembro de 2018 a cidade de Campo Gran- res decisivos para as perdas na distribuição terem caído
de registrou a redução de 227,8 milhões de litros de água. aos níveis atuais”, afirma o presidente-executivo do Insti-
O índice é equivalente ao abastecimento de aproximada- tuto Trata Brasil, Édison Carlos.
mente 1.300 famílias com água tratada por um ano. E é A conquista se torna ainda mais relevante diante do
resultado de ações conjuntas das equipes comerciais, quadro nacional: os dados do SNIS, de 2016 para 2017,
operacionais e de serviços da Águas Guariroba na execu- mostram que as perdas de água aumentaram em quase
ção das estratégias traçadas pelo Núcleo de Eficiência & todo o país. “Em função da crise hídrica muitas operado-
Tecnologia, que desenvolve o Programa de Gestão e Con- ras concentraram os investimentos em novas fontes de
trole de Perdas da Aegea (GCP) para todas as unidades. captação de água e reduziram os recursos no combate
às perdas. O que mostra a necessidade de a sociedade
CAPITAL DE MS É REFERÊNCIA estar mais atenta ao problema e de as autoridades cobra-
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre rem esses esforços de maneira mais constante. Temos
Saneamento (SNIS) divulgado no ano passado, o índice de ter políticas de financiamento para o combate às per-
de perdas no sistema de distribuição de água de Campo das a fim de que as empresas possam fazer as trocas de
Equipe da
concessionária Grande foi de 19,42% ao passo que a média nacional foi redes antigas e outras ações sem ter de reduzir os inves-
no CCO faz o de 38,29%. Com estes dados, Campo Grande esteve entre timentos na expansão das redes”, explica.
monitoramento as cinco cidades com o menor índice de desperdício de
diário do volume de
água produzido e água por distribuição e também por ligação. TRABALHO CONTÍNUO PARA REDUZIR AS PERDAS
distribuído na cidade, “Analisando o histórico da redução de perdas de água “Monitoramos diariamente o volume de água produzido
ação que permite tratada em Campo Grande, vemos que é um exemplo a e distribuído na cidade, e dessa forma conseguimos ve-
verificar e agir de
forma rápida em ser seguido por outras cidades. O alto investimento e rificar quais são as principais causas de perda de água.
casos de perdas. foco dado ao combate pela empresa operadora são fato- Com essas ações, melhoramos o tempo de atendimento
de um reparo e implantamos setores menores de abas-
tecimento de água, para melhor controle de pressão na
rede”, afirma a coordenadora de Operações da Águas
Guariroba, Francis Moreira Faustino.
Entre as ações implantadas pela Águas Guariroba
para a redução de perdas estão ainda o constante moni-
toramento do volume de água fornecido para toda a cida-
de, a implantação de equipamentos na rede para controle
de pressão e a instalação de válvulas redutoras de pres-
são (VRP), melhorando o monitoramento de vazamentos
em mais 48.857,20 metros de rede. Os trabalhos garan-
tem melhor regularidade no fornecimento e conservação
do recurso hídrico. É um trabalho contínuo que envolve
investimentos em tecnologia, melhorias operacionais e
capacitação dos colaboradores.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 47


TECNOLOGIA

INFRA
INTELIGENTE
Novos passos para
a implantação do
programa COMITÊ TÉCNICO
Texto: Eliana Sabino Marcondes DO INFRA INTELIGENTE

Para aprimorar a implantação do programa foi


Novos passos estão sendo dados para treinar e capa-
instituído um comitê técnico multidisciplinar
citar os colaboradores para o novo patamar no qual a
que revisa, faz recomendações a respeito dos
Aegea vai entrar com o Infra Inteligente, programa que
projetos e acompanha a execução. Chamado
permitirá a gestão de ativos das concessionárias por
de Comitê de Gestão de Ativos (CGA), tem o
meio da modelagem. Giovan Christofolletti, analista de
apoio de um manual elaborado pela Aegea En-
engenharia da Mirante, em Piracicaba (SP), participou
genharia com normas e padrões que são utiliza-
do treinamento de modelagem hidráulica de esgoto,
dos na gestão de ativos da empresa. A área de
promovido pela Academia Aegea. “Aqui na Mirante, a
EHS também participa do processo e integra o
ferramenta contribui e facilita a realização de projetos
comitê, garantindo o cumprimento das normas
por permitir ter o conhecimento do sistema de esgoto
e da legislação do setor. O principal objetivo do
como um todo”, afirma Giovan. A padronização é uma
comitê é preparar o Plano Diretor de Gestão de
das grandes vantagens, segundo ele. “O Infra Inteligen-
Ativos Aegea Infra Inteligente. Ele estabelece
te é um programa que vai padronizar a operação, con-
atribuições, responsabilidades e a contribuição
tribuindo muito para um planejamento e controle mais
de cada parte interessada; define o calendário
eficazes do sistema, com menores índices de manuten-
de atividades e o roteiro de agenda para os en-
ções corretivas e paradas emergenciais”, afirma.
contros entre os integrantes. O comitê tem uma
O colaborador Tulifi Moraca Lallo, auxiliar de enge-
formação ampla com representantes de vários
nharia da Águas de Matão (SP), participou do treina-
setores envolvidos das unidades, do corporati-
mento de modelagem de redes de água e está animado
vo e da Aegea Engenharia.
com a novidade. “O Infra Inteligente vai integrar diversas
ferramentas já utilizadas pela Aegea para que os cola-
boradores tenham acesso às informações concisas e
atualizadas. Isso contribui para uma melhor gestão de
recursos e uma sinergia maior entre os profissionais”,
diz ele. “Quando tivermos todas as redes de água e es-
goto modeladas vamos começar um novo estágio de
trabalho, pois o modelo tem uma significativa importân-
cia no que diz respeito à gestão dessas redes. Aspectos
técnicos intrínsecos às redes, sejam de distribuição de
água ou de coleta e afastamento de esgoto, poderão ser
mais bem visualizados com as ferramentas de modela-
gem, preconizando e fazendo com que as tomadas de
decisões sejam realizadas com mais embasamento e
primor”, explica Tulifi.

48 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Meio
AMBIENTE

NOSSA ÁGUA
A fonte de vida que brota
dos mananciais que
abastecem as cidades
atendidas pela Aegea
Texto: Rosiney Bigattão

Contornando cidades, serras e matas, os rios, córregos e lagoas que fornecem a


água para o abastecimento das concessionárias da Aegea são também fonte de
beleza e contemplação. Compõem imagens encantadoras, inspiram turistas, levam
vida por onde passam. Exigem cuidado e atenção. Como a grande parte dos recur-
sos hídricos nas proximidades das cidades, impõem um grande desafio: o cuidado
constante para manter o abastecimento, evitando a poluição, o assoreamento, a
escassez perante o crescimento desordenado e tantas outras questões do desen-
volvimento urbano. Uma busca constante por equilíbrio que está na pauta diária das
concessionárias da Aegea. Selecionamos algumas das belas paisagens formadas
pelos nossos mananciais.

MANANCIAL
LOCAL ONDE A ÁGUA SE ORIGINA, NASCENTE, MINA DE ÁGUA, OLHO-
-D’ÁGUA. FONTE DE ÁGUA SUPERFICIAL OU SUBTERRÂNEA QUE PODE SER
USADA PARA O ABASTECIMENTO PÚBLICO DE ÁGUA. O QUE É CONSIDERADO
PRINCÍPIO OU FONTE ABUNDANTE DE ALGO. PALAVRA ORIGINÁRIA DO LA-
TIM QUE SIGNIFICA O QUE FLUI, BROTA OU MANA.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 49


Meio
AMBIENTE

Fonte de vida, de renda, de cidadania e dignidade para os moradores


O Parnaíba fornece água também para a população de Timon, no Esta-
que recebem a água tratada pela Águas de Teresina (PI), que é captada
do do Maranhão. O rio separa e integra as duas cidades.
no Rio Parnaíba.

Céu e água parecem ser um só na bela pai-


sagem da captação da Águas Guariroba,
em Campo Grande (MS).

Lago do Holandês, em Holambra (SP), que Encontro dos rios Garças e Araguaia em Barra do Garças (MT). A cidade mato-grossense é abas-
abastece 100% da cidade. tecida em grande parte pelas águas do Rio Garças.

50 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Meio
AMBIENTE

O Rio Jamari corre protegido pela mata


para abastecer Ariquemes (RO).

Um dos mais importantes mananciais da Prolagos (RJ), a Represa de Juturnaíba é também um dos A beleza do Candeias, rio que fornece água
mais belos cartões-postais da Região dos Lagos. para Buritis (RO).

O Rio Jacaraípe nasce em um complexo de lagoas, abastece o município de Serra (ES) e deságua Rio Pimenta, manancial da cidade de Pi-
no mar, formando o principal balneário da região em torno da praia de Jacaraípe. menta Bueno (RO).

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 51


Meio
AMBIENTE

Tecnologia inovadora
que inclui simulação
está sendo usada
para a recuperação e
conservação de um
dos mais importantes
ecossistemas do país,
situado na Região dos
Lagos (RJ).

Prolagos investe em estudo


inédito sobre a Lagoa Araruama
Texto: Roberta Moraes e Yolanda Carnevale

Reproduzir o modelo hidrodinâmico da Lagoa Araru- COMPROMISSO COM A


ama digitalmente para analisar como o ecossistema CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO
reagirá a partir de possíveis intervenções. Este é o ob- Apesar dos investimentos que vêm sendo feitos e que
jetivo do estudo contratado pela Prolagos junto à Fun- possibilitaram a recuperação da Lagoa Araruama, alguns
Saiba mais sobre a
pesquisa que está dação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos locais ainda são prejudicados pela baixa renovação da
sendo realizada Tecnológicos (Coppetec), ligada à Coppe/UFRJ. A ini- água, pelo acúmulo de resíduos de anos de lançamento
assistindo ao vídeo ciativa da concessionária vem ao encontro do anseio
feito pela Prolagos. de esgoto in natura, antes da concessão dos serviços de
Acesse pelo da sociedade em ver esse patrimônio natural comple- esgotamento sanitário, ou pela proliferação de algas em
QR Code. tamente saudável. consequência desses fatores. O projeto tem como finali-
dade oferecer dados técnicos e científicos aos gestores
públicos para a tomada de decisões. A Prolagos está
comprometida com a preservação e recuperação plena
desse importante recurso hídrico, por isso está investin-
do em soluções técnicas que de fato contribuam para a
recuperação desses pontos.
“A empresa nunca se limitou às obrigações do con-
trato e vem adotando diversas iniciativas, envolvendo o
poder concedente, a sociedade civil organizada e a popu-
lação na busca por soluções de melhoria técnica e efetiva
para esse ecossistema. Buscamos e colocamos à dispo-
sição da região profissionais altamente qualificados, in-
tegrando-os com as comunidades científica e ambiental
e os pescadores da região. As propostas virão a partir do
diálogo, em um ambiente construtivo para que a Lagoa
Araruama, que hoje já é referência, se torne mais plena-
mente saudável”, disse Sérgio Braga, diretor-presidente
da concessionária.

52 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Meio
AMBIENTE

Pesquisadores fazem
coletas de material
em superfície, meio
e fundo da lagoa,
e medições para o
levantamento dos
dados que serão
usados na modelagem
hidrodinâmica.

ESTUDO AVANÇADO E SIMULAÇÃO INÉDITA SENSORES, METEOROLOGIA E


O estudo tem a coordenação-geral do Ph.D. em Engenharia Costeira e professor titular MODELAGEM NA LAGUNA
do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica/UFRJ, Para coletar os dados foram instalados sensores e uma
Paulo Cesar Rosman. Com larga experiência em hidrodinâmica ambiental, controle de estação meteorológica. Em seguida, foram feitas a bati-
poluição e qualidade de água, processos sedimentológicos, obras costeiras e fluviais, metria e a coleta de qualidade da água em diversas pro-
dragagens, emissários submarinos e lançamento de efluentes, o especialista explica fundidades e pontos diferenciados. “Esses medidores
que, apesar de já terem sido desenvolvidos diversos estudos sobre a lagoa, este será o permitirão que o modelo hidrodinâmico seja calibrado,
primeiro com medições em diferentes parâmetros simultaneamente em vários pontos. identificando as mais diversas variáveis. Com isso, pode-
“O que está sendo proposto pela Prolagos é uma novidade. O estudo projeta a situ- remos verificar, antes de fazer investimentos, se as ações
ação atual e, a partir dela, simula ações de melhoria, como a dragagem de uma área as- propostas terão mais efetividade”, explicou o doutor em
soreada, que esteja impedindo a boa circulação da água. Na sequência, verifica se essa Oceanologia, professor Júlio Wasserman, coordenador
medida gera o resultado esperado. O programa nos permite avaliar diferentes cenários. adjunto do projeto. Depois de seis meses de estudos, o
Podemos, por exemplo, ver o que acontece se houver diminuição de carga de esgoto, documento final será enviado aos governos federal, es-
passando as estações para tratamento terciário ou transferindo o lançamento do efluen- tadual e municipal e ao Consórcio Intermunicipal Lagos
te tratado do corpo lagunar para outra bacia hidrográfica. Outra hipótese é a abertura de São João para que tenham subsídios técnicos a fim de
novos canais. São intervenções que custam muito e é interessante ter um instrumento definirem suas ações em prol da Lagoa Araruama.
de gestão que dê suporte à tomada de decisões”, comentou Rosman. Antes de iniciar as atividades, a Prolagos promoveu
uma reunião técnica entre os pesquisadores que coorde-
nam o estudo, secretários de Meio Ambiente, pescado-
res, representantes de órgãos ambientais, Consórcio e
MAIS SOBRE A LAGOA ARARUAMA Comitê de Bacias Hidrográficas Lagos São João para a
troca de conhecimentos. O projeto é comemorado pelo
Com superfície de 220 km² e volume de água estimado em 636 milhões de m³, ambientalista Arnaldo Vila Nova, secretário-executivo do
é considerada a maior laguna hipersalina do mundo. Estende-se por seis muni- comitê, que há mais de 40 anos se dedica à preservação
cípios: Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio da laguna. “Este estudo vai orientar, com dados técnicos
e Arraial do Cabo, e possui uma conexão com o Oceano Atlântico, o Canal do e científicos, como interferir nesse ecossistema, onde
Itajuru, em Cabo Frio. Esse grande patrimônio passou por processo de eutro- dragar, abrir ou fechar. Será uma ferramenta muito mais
fização no início dos anos 2000, comprometendo sua sobrevivência. Mas em apropriada e nos permitirá trabalhar com mais eficiência
função dos investimentos contínuos em saneamento realizados pela Prolagos e aplicar recursos que, efetivamente, trarão melhores re-
e por iniciativas de outras entidades, a lagoa tem registrado melhora significa- sultados”, acrescentou Arnaldo.
tiva no índice de balneabilidade. Voltou a ser importante destino de lazer para
turistas e moradores e a atividade pesqueira vem sendo retomada. Tainhas,
carapebas e camarões, entre outras espécies, voltaram a aparecer, impulsio-
nando a economia da região.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 53


Responsabilidade
SOCIAL

Histórias de vida
mostram como a
Tarifa Social promove
mais cidadania e
dignidade por meio do
acesso à água tratada
Texto: Maria Luiza Moreira

Tarifa Social, benefício oferecido pela Aegea em diver- Em Timon (MA), cerca de 3.500 famílias estão cadas-
sas concessões, tem o objetivo de manter e aumentar tradas no programa. Uma delas é a de Joselane de An-
o acesso das famílias de baixa renda à água tratada e drade, de 33 anos, que está desempregada e mora com
de qualidade. Ao oferecer uma alternativa que atende os oitos filhos, de idades entre 3 e 18 anos. O pequeno
as necessidades da população vulnerável, a Aegea e Neymar, de 7 anos, foi diagnosticado com atrofia ce-
suas unidades de negócio criam valor compartilhado, rebral quando era recém-nascido e os médicos disse-
traduzindo um modelo de desenvolvimento focado nas ram que ele não iria caminhar. Mas aos 3 anos e meio
pessoas e mantendo-as integradas à sociedade. Ao Neymar deu os primeiros passos e já corre e se diverte
reconhecer que todos precisam ser vistos como iguais com os irmãos, apesar de ainda exigir cuidados espe-
em seus direitos essenciais, a empresa abraça esses ciais. “Me sinto abençoada por ser mãe dos meus filhos
valores de forma legítima – esta é a natureza que faz e a maior conquista foi quando ele caminhou; só tenho
dela e de seus colaboradores Agentes da Dignidade. a agradecer a Deus”, conta.
A moradora recebe o desconto de 50% na fatura de
água e conta como o benefício ajuda nas despesas da
família. “Eu tenho de cuidar dos meus filhos e, por isso,
tenho dificuldade em conseguir trabalho formal. Às ve-
zes, faço faxina e recebo R$ 60,00, mas é um dinheiro
com que não podemos contar sempre, nós vivemos
apenas com o Bolsa Família. O dinheiro é contado, por
isso a Tarifa Social é a única oportunidade de continu-
armos recebendo a água tratada em casa”, avalia.

MAIS INCLUSÃO COM A TARIFA SOCIAL


O maior objetivo da Tarifa Social é promover a inclusão
social, oferecendo mais dignidade e saúde para a popu-
lação. “Nosso interesse é que cada vez mais pessoas
como Joselane sejam contempladas com o benefício,
para que possam usufruir de água tratada com quali-
dade”, afirma Natália Frota, responsável pelos projetos
socioambientais da Águas de Timon. Para ingressar no
programa é preciso preencher requisitos que demons-
tram a necessidade da família em receber o benefício,
tais como ligações de água e esgoto obrigatoriamente
classificadas como residenciais, limites nos consumos
de água e energia elétrica e renda familiar.

54 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Responsabilidade
SOCIAL

Agentes da Dignidade
Cinco mil famílias de
Ariquemes (RO) aderiram ao
projeto “Todos Conectados” e
têm água de qualidade em casa
Texto: Fabiana Simão

Mais água, mais famílias sendo atendidas, mais saúde para a cidade, mais dignidade. O
Projeto “Todos Conectados”, da Águas de Ariquemes (RO), visitou aproximadamente 5
mil famílias levando informações, por meio de panfletos e cartilhas, sobre a importân-
cia da água tratada e as principais doenças relacionadas ao saneamento básico inade-
quado, como as fossas e latrinas domiciliares e os poços irregulares.

O acesso ao saneamento básico e ao conhecimento sobre a importância da água tratada


está ajudando os moradores a transformarem a realidade da comunidade onde vivem.
“A informação é algo libertador, eu não imaginava que meu poço, por estar a pouco mais
de um quilômetro do cemitério, poderia estar contaminado. As análises comprovaram
isso. Hoje eu e minha família estamos seguros”, contou a moradora do bairro Jardim
América, Francisca Júlia, que passou a utilizar água tratada.
O sucesso do projeto “Todos Conectados” mostra que não basta ampliar os serviços,
é preciso investir em educação e relacionamento para conquistar a confiança da comu-
nidade. “Minha família tinha muita resistência para isolar o poço, moramos aqui há 26
anos. Após a visita do agente, entendemos a importância de consumir uma água com
cloro e flúor, ainda mais eu, que tenho um filho”, afirmou a moradora do setor 6, Franciele
Buchinger.

ÁGUA QUE TRANSFORMA VIDAS


Localizado a pouco mais de 200 quilômetros de Porto Velho, Ariquemes tem se des-
tacado no cenário de saneamento em Rondônia após a Aegea assumir os serviços no
município. Além de alavancar os índices de acesso à água tratada, a Águas de Arique-
mes duplicou a capacidade de operação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Rio
Jamari, implantou novas redes, setorizou os sistemas de abastecimento e instalou equi-
pamentos de pressurização para melhorar a regularidade da distribuição nos bairros.
“Hoje o município tem perspectiva de crescer ainda mais; é notável que nas cidades
Para a moradora
Camila Martins, onde existem água tratada e sistema de esgoto a população é mais saudável, os imóveis
ter água tratada em são valorizados e aumenta a renda dos trabalhadores. É isso que esperamos ver em Ari-
casa todos os dias quemes nos próximos anos e contamos com a concessionária para que isso aconteça o
é uma conquista.
Na foto mais acima, mais rápido”, afirmou Ilda Salvático, presidente regional da Associação de Pais e Amigos
Ilda Salvático dos Excepcionais (Apae), que tamponou o poço da sede da Apae de Ariquemes, que
ao lado do poço atende a mais de 200 crianças.
tamponado.
“Eu só tenho a agradecer à concessionária por ter implantado a rede de água aqui
no bairro. Na época da estiagem meu poço secava, era uma tristeza, íamos mudar de
casa”, disse o morador do bairro Jardim América, professor Edivaldo. “É uma conquista
ter água todos os dias”, contou a moradora do setor 9, Camila Martins.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 55


Responsabilidade
SOCIAL

Equipe da Regional Sul da


Aegea recebe certificação
pelo trabalho de educação
ambiental desenvolvido
em escolas municipais e
doação de caixas-d’água.
A cerimônia de entrega
foi realizada no Teatro
Municipal Bruno Nitz,
em Camboriú (SC).

O trabalho de educação ambien-


tal chamado EMAS, realizado pela
Águas de Camboriú (SC) nas escolas
municipais, e a doação de caixas-
-d’água para famílias carentes foram

Águas de reconhecidos como projetos de im-


pacto social na comunidade.

Camboriú é
reconhecida com
Selo Social
Texto: Joana Gall

A concessionária da Aegea recebeu o Selo Social 2018


em Balneário Camboriú no dia 14 de fevereiro. Orga-
nizado pelo Instituto Abaçaí, o objetivo é reconhecer
projetos de empresas, organizações e órgãos públicos
que colaboram com o desenvolvimento social de Cam-
boriú e de Balneário Camboriú. “O Selo Social permite,
por meio do trabalho do instituto, uma troca entre ou-
tras organizações que se preocupam com a responsa-
bilidade social. Além disso, os projetos são avaliados
por meio de um conselho especial, que atesta os im-
pactos das ações. Ter a certificação dos projetos que
realizamos é uma alegria”, explica a responsável pelos
projetos socioambientais da Águas de Camboriú, Ra-
quel Helm.

56 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


Nossa
GENTE

Novo Programa de Trainee


da Aegea amplia oportunidades para
talentos de várias regiões do país
Texto: Jefferson Gonçalves e Rosiney Bigattão

Participar do A partir de inserções em hotsite, Facebook e grupos Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e
Programa de de diversidade, de afro-empreendedores e de departa- Rio de Janeiro”, conta a gerente. Na segunda etapa dos
Trainee da Aegea mentos coletivos de universidades com cotas, 12 mil testes presenciais, mais novidades: a presença de um
é a realização jovens se inscreveram para participar do Programa de ex-trainee para compartilhar a experiência.
de um sonho, Trainee Aegea 2019. Mas a maior diferença em relação No final, selecionar os trainees foi uma escolha di-
pois eu tenho aos anos anteriores não foi apenas a quantidade de ins- fícil. “Tínhamos ali um banco de talentos riquíssimo.
características crições, mas o perfil dos inscritos. “Nós conseguimos O processo trouxe um aprendizado enorme, tivemos
semelhantes às abrir oportunidades para quem normalmente não tem a preocupação em demonstrar o que é de fato mobi-
metas da empresa, chance de participar porque mora em regiões distantes lidade e a importância de convivermos mais próximos
que é trabalhar para ou não tem acesso à informação. Então anunciamos das comunidades. Conseguimos vencer os desafios a
levar dignidade o programa em canais diferenciados e o resultado foi fim de abrir as portas certas e dar oportunidades para
às pessoas. Já um grande número de inscrições de jovens que se au- que jovens talentosos possam construir uma carreira
fazendo parte todeclaram negros”, explica a gerente de RH da Aegea, de sucesso. Foi emocionante encontrar jovens que têm
do treinamento, Andrea Terra Debortoli. propósitos de vida muito alinhados com os propósitos
pude ver o quanto Outro grande diferencial foi o processo seletivo. Pri- da Aegea”, afirma Andrea. Os candidatos que não fo-
somos valorizados meiro porque as provas on-line, realizadas no site da ram selecionados receberam um comunicado com um
para, assim, Across, empresa especialista em programas de traine- feedback sobre o desempenho que tiveram.
nos tornarmos es, já incluíram questões relacionadas com a cultura da Os aprovados terão dois anos de capacitação e se-
profissionais Aegea, o FIT Cultural. Além disso, foram feitas dinâmi- rão acompanhados de perto por tutores – mais uma
cada vez mais cas presenciais, que envolveram apresentação pesso- novidade do programa deste ano. São 20 profissionais
competentes – al e estudo em grupo de um caso de saneamento, em de áreas distintas que vão disponibilizar no mínimo
Jéssica Candeia de locais diferenciados. “Para dar condições mais iguali- duas horas por semana para os trainees. “É importante
Andrade Pinheiro, tárias, nós fomos onde a maioria dos jovens estava e que eles aproveitem esta oportunidade de aprendiza-
trainee da Aegea. não o contrário. Fizemos a seleção em cinco estados: do para desenvolver seus talentos e se sintam à von-
tade para contribuir, trazendo uma visão de inovação
para o saneamento”, destaca o diretor-executivo da
Águas Guariroba, Celso Paschoal. “Está sendo muito
interessante conhecer o trabalho desenvolvido na área
do saneamento e encarar o desafio de contribuir para
o crescimento da empresa. Nós, trainees, estávamos
ansiosos por esta oportunidade”, afirma Luis Carlos da
Silva Júnior, de São Pedro da Aldeia (RJ).

Da esquerda para a direita estão: a gerente de


RH, Andrea Terra Debortoli, os trainees Luis
Carlos da Silva Júnior, Waldo Coelho Bitencourt,
Lucas Martins Franco, Malcom Barbosa Bispo,
Isabelly Naianne Martins Gonçalves, o vice-
presidente Administrativo, Felipe Marcondes
Ferraz, os trainees Luana Santos Braguin,
Jéssica Candeia de Andrade Pinheiro e Olímpio
Baldoíno da Costa Vargens Neto.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 57


Nossa
GENTE

AS NOVIDADES

ORGANOGRAMA
Exibe a hierarquia dos colaboradores, permitindo ao
gestor uma visão completa e imediata do quadro geral
de sua equipe e da organização.

WORKFLOW
Ferramenta que descentraliza os processos de RH: au-
tomatiza e rastreia as principais requisições, reduz o
tempo e o custo de administração.

GESTÃO DE METAS
Uma maneira simples para o gestor administrar as me-
tas da equipe. Otimiza o tempo com os processos ma-
nuais e oferece melhor acompanhamento aos controles
paralelos.

FORMULÁRIO
Implementa a gestão on-line para preenchimento no
AE Pessoas: sistema de formulários, como os de admissão de pes-
soal, desligamento, aumento salarial, mudança de fun-

um novo aliado ção, transferência, alteração de centro de custo, movi-


mentação de chefia, matriz de competências, plano de

para otimizar
metas, avaliação de desempenho e avaliação de térmi-
no de experiência.

a gestão FEEDBACK
Possibilita o registro de feedback de maneira contínua,
Texto: Eliana Sabino Marcondes facilitando a gestão do desempenho e desenvolvimento
das equipes.

O AE Pessoas é um sistema de gestão baseado em


uma metodologia criada com as melhores práticas de
recursos humanos para facilitar a gestão de talentos,
aumentar a praticidade no dia a dia e aproximar ainda PRÓXIMAS ETAPAS
mais gestores e suas equipes com inovação. Com uma
estrutura simples e intuitiva, a ferramenta irá ajudar em REMUNERAÇÃO
planejamento de ações, análises de remuneração, ges- Vai possibilitar o acesso à Descrição de Cargos, ao his-
tão de metas e mapa de carreira, trazendo eficiência tórico e à evolução salarial, além de auxiliar na gestão
e agilidade para atender as solicitações internas, além da remuneração.
de fornecer acesso rápido aos líderes a todas as infor-
mações necessárias de seus colaboradores para uma PEOPLE ANALYTICS
tomada de decisões. O AE Pessoas substitui a maio- Dará acesso rápido a dados por meio de painéis perso-
ria dos formulários que eram preenchidos no Excel – nalizados com gráficos, rankings e indicadores de RH,
apenas a marcação de ponto e programação de férias possibilitando a análise intuitiva de informações rele-
continuarão a ser feitas no processo atual, e todas as vantes à gestão de pessoas. O sistema vai manter um
outras deixam de existir. Para facilitar o uso da nova histórico dos indicadores, permitindo a visualização da
ferramenta, a Academia Aegea criou um tutorial que evolução da empresa e das pessoas ao longo dos anos
está disponível no portal. – apoiando a tomada de decisões.

58 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


COMPLIANCE

Equipe vence distâncias geográficas


e consolida cultura de compliance
na rotina da Aegea
O foco agora é a manutenção da ISO 37001 e se preparar para novas conquistas.

Texto: Rosiney Bigattão

O Programa de Integridade da Aegea comemora dois Levar o conhecimento e a cultura de compliance


anos de existência com uma retrospectiva que tem para regiões tão distantes e tão diferentes e conseguir
mais de sete anos de trabalho. É que a gerência da área o mesmo comprometimento com o programa é um de-
foi criada em 2017, mas ela é resultado de ações que safio constante. “Para superar a gente tem uma agen-
começaram bem antes, pois desde o início da trajetória da de treinamento intenso, com uma analista que está
da Aegea já se pensava muito em ética, em transparên- sempre viajando e treina os funcionários operacionais
cia e em integridade nos negócios. “O primeiro Código e administrativos. Temos a coordenadora da área, que
de Conduta da Aegea foi implementado em 2012, ano faz treinamentos com os gerentes e coordenadores, e
em que também foi contratada a Contato Seguro, uma eu mesma capacito os executivos e os diretores-pre-
empresa terceirizada com profissionais especializa- sidentes. É um trabalho quase corpo a corpo, que não
dos”, explica Tamara Willmann, gerente de Integridade para nunca; não é porque o programa está implantado
da Aegea. que acabou”, analisa Tamara Willmann.
Com a Lei nº 12.846, de 2013, conhecida como Lei O método de Gestão de Qualidade utilizado pela
Anticorrupção Brasileira, foi contratada a consultoria Gerência de Integridade é o PDCA – sigla em inglês
Pierpaolo Bottini para interpretar e analisar as conse- que significa planejar, fazer, checar e agir. “É preciso
quências que a nova legislação traria para as empre- fazer o ciclo completo de gestão, sem parar de pla-
sas e fazer as adaptações necessárias. Em 2016, foi nejar, melhorar e treinar, porque sempre temos novos
criado o Grupo de Gestão de Integridade e feito um colaboradores. Os procedimentos nos retroalimentam
levantamento de riscos de compliance. Com a Gerên- e mostram que, às vezes, alguns ajustes são necessá-
cia de Integridade, um ano depois, a Aegea passou a rios, por exemplo”, afirma. Entre as conquistas, Tamara
ter uma equipe dedicada a buscar a certificação inter- aponta as duas mais importantes: ter uma cultura de
nacional de Sistemas de Gestão Antissuborno, a ISO compliance consolidada em pouco tempo e a certifi-
37001, que veio em 2018. cação da 37001. “Hoje temos um sistema sólido, com
procedimentos e controles no nível de uma ISO, e todos
na empresa pensam em compliance, de alguma manei-
ra, pois as pessoas entendem que têm procedimentos
a ser seguidos”, afirma.
2013
Análise da Lei Para os colaboradores, outra vantagem: o orgulho
Anticorrupção. 2017 de pertencer a uma empresa que a cada dia quer ser
Criação da melhor, mais íntegra e que no dia a dia traz uma alter-
Gerência de
2012 Integridade. nativa confiável para ajudá-los naquilo que não está
Implementação 2016 funcionando da maneira mais correta, como um assé-
do Código Análise de riscos
de Conduta. dio moral, um conflito de interesses. “Eles têm uma li-
e estruturação
da Gerência de 2018 nha segura em que podem fazer denúncias do que está
Integridade. Certificação afetando o dia a dia deles, e somos capazes de inter-
ISO 37001,
de Sistemas ferir quando necessário, caso as coisas não estiverem
de Gestão ocorrendo de acordo com as normas e regras”, finaliza.
Antissuborno. Os próximos passos? Trabalhar na revisão mais pro-
funda na questão de riscos e na manutenção da certifi-
cação internacional.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 59


EHS

BENEFÍCIOS
Ferramenta implantada pela
- Facilidade e acessibilidade (via aplicativo mobile);
- Padronização dos registros de inspeção;
- Não conformidades geram a necessidade de correções;
Aegea torna as inspeções de - Acompanhamento das ações de correção
via sistema, com evidências de execução;

segurança mais eficientes - Registro e histórico das inspeções;


- Rastreabilidade e confiabilidade;
- Rapidez na prevenção de acidentes de trabalho.
Texto: Eliana Sabino Marcondes

No dia a dia da operação das unidades, o tempo é um FUNCIONAMENTO


dos obstáculos a serem vencidos quando se trata da Pelo celular o técnico de segurança registra em uma lis-
busca pela eficiência nos serviços prestados. Com as ta de verificação padrão as informações coletadas em
questões de EHS, a situação é a mesma. Além das obri- campo em tempo real, inclusive com fotos e comentá-
gações diárias de rotina, os colaboradores executam rios sobre as situações que precisam de atenção e re-
as atividades programadas e as eventuais. Todas são porte. Em uma segunda etapa, todos os colaboradores
de extrema importância pois tratam da prevenção dos poderão fazer o registro. Após o preenchimento, os res-
acidentes e da eficácia das inspeções de segurança. ponsáveis pela área, obra e unidade são notificados so-
Pensando nisso, a área de EHS da Aegea implantou bre o resultado da inspeção. O tratamento das não con-
uma ferramenta prática para registro das inspeções. Ela formidades é realizado por meio de um workflow a fim
pode ser utilizada por meio do aplicativo do SESuite em de que estas sejam encaminhadas pelos responsáveis
sistemas Android. por meio de planos de ação para correção de possíveis
problemas identificados via sistema SESuite.
Os resultados obtidos por meio das inspeções de se-
gurança podem ser utilizados nas tomadas de decisões
e reuniões de avaliação crítica pela direção da unidade,
pois eles oferecem: quantificação das regularidades/
conformidades; itens em regularidade, não aplicáveis e
com pendências solucionadas; número de não confor-
midades abertas originadas de prazos não atendidos e/
ou ações de tratamento não eficazes.
A consolidação dos resultados visa à realização de
uma análise crítica dessa massa de dados para que se-
jam incorporados na melhoria contínua para a preven-
ção de impactos ambientais, de perigos e riscos à saúde
ocupacional e de segurança do trabalho e ajustes na sis-
temática de inspeções. "Com essa ferramenta nós, aqui
do corporativo, podemos saber como estão as fiscaliza-
ções, se há melhorias a serem feitas e quais medidas
precisam ser adotadas. Assim, conseguimos tomar as
decisões de forma mais rápida. A velocidade, a qualida-
de e a quantificação das inspeções melhoraram", afir-
ma Mauro Precegueiro Dias, especialista em sistemas
da área de EHS, que participou do desenvolvimento do
projeto.

60 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea


EHS

Programa Interage
OS TIPOS DE INSPEÇÕES
As inspeções de segurança podem ser classificadas de acordo com
entra na fase de
as suas atividades.
monitoramento
presencial
ROTINEIRAS
São realizadas em processos e atividades que apresentem peculia-
ridades envolvendo requisitos de EHS relacionados à liberação e/ou
à integridade de equipamentos, sob responsabilidade dos respecti- Texto: Eliana Sabino Marcondes
vos encarregados e líderes da atividade. Alguns exemplos: serviços
de escavação; movimentações de cargas; equipamentos utilizados
O Programa Interage tem por objetivo estabelecer a pa-
para levantamento/movimentação de cargas; trabalhos em altura e
dronização de procedimentos que garantam locais de tra-
ambientes confinados.
balho sempre saudáveis e seguros, além de defender po-
líticas ambientais em todas as operações da companhia.
PROGRAMADAS
Feitas pela área de EHS em conjunto com os gestores dos pro-
cessos, são planejadas levando-se em consideração os seguintes
critérios: a complexidade das atividades versus a dificuldade de
seus processos e atividades; o potencial de danos ambientais e/ou
ocupacionais em função dos perigos e riscos identificados; a pos-
sibilidade de perda com incidentes ocorridos; a frequência de ocor- Desde o início da implantação, em 2017, já foram realizadas
rência deles; o desempenho em EHS verificado em cada processo e as fases de preparação e desenvolvimento das empresas
atividade com base nos indicadores; o risco empresarial associado para adaptação de normas e procedimentos; e a avaliação
ao não atendimento a requisitos legais e outros aplicáveis; tipos remota, na qual as evidências foram postadas eletronica-
de máquinas e equipamentos; sistemas de combate a incêndio e mente para análise e comentários dos profissionais envolvi-
controles ambientais, e exigências contratuais. dos no processo. Agora, com um nível de amadurecimento
maior, o Programa Interage começa o monitoramento pre-
EVENTUAIS sencial para validar as informações apresentadas eletroni-
Servem para verificação da eficácia e eficiência de medidas de camente.
controle e prevenção associadas às rotinas operacionais das uni- É uma fase de extrema importância, pois a partir da aná-
dades. Ficam sob a responsabilidade da área de EHS em conjunto lise presencial a Aegea poderá constatar a real aderência
com o encarregado ou líder envolvido. Estão relacionadas às situ- das unidades ao programa. “Entendemos que a sinergia que
ações envolvendo aspectos ambientais significativos e/ou perigos será construída irá consolidar a implantação do Interage e
e riscos presentes, tais como: processos e atividades específicas a conformidade com o atendimento dos procedimentos
e não rotineiras; manobras especiais com equipamentos e cargas; implantados, indicando as melhorias necessárias para apri-
recebimento de equipamentos, produtos químicos ou insumos; li- moramento do sistema”, afirma a gestora de EHS da Aegea,
beração de processos/atividades/sistemas/equipamentos para ma- Ana Maria Pattaro.
nutenção; recebimento de sistemas/equipamentos/instrumentos Vale ressaltar que o monitoramento presencial, mais do
após manutenção e/ou calibração; liberação de equipamentos de que anteceder uma possível auditoria de validação, é uma
proteção coletiva (EPC) para utilização; requisitos legais e/ou con- oportunidade a fim de que as unidades realizem os ajustes
tratuais novos ou modificados. necessários para correção de eventuais desvios. Será mais
uma etapa para completar o ciclo PDCA que passa por qua-
tro ações: planejar, fazer, checar e agir. O monitoramento
presencial começa pelas concessionárias Águas de São
Francisco, Águas de Timon e Águas de Teresina.

EDIÇÃO 23 • Revista Aegea 61


Notícias e
AÇÕES CORPORATIVAS

Ana Maria Pattaro,


gestora de EHS da
Aegea (à direita
na foto), e Thiago
Terada, gerente de
Responsabilidade
Social, recebem a
premiação.

Aegea vence o Prêmio Eco Brasil


na categoria Sustentabilidade
em Processos
Realizada pela Amcham, Câmara Americana de Comér- O reconhecimento considera também o trabalho
cio, desde 1982, a premiação aconteceu em São Pau- realizado em cada uma das concessionárias presentes
lo em 21 de fevereiro. Apenas no último ano, a Aegea em 11 estados brasileiros para estabelecer um contato
investiu cerca de R$ 520 milhões na ampliação de re- próximo com as comunidades. Esta ação está a cargo
des e no aprimoramento de padrões de eficiência dos do Programa Afluentes, que já conduziu cerca de 9.000
sistemas de saneamento. Isso gera uma combinação encontros com diferentes lideranças e representantes
de efeitos positivos em benefício tanto da saúde e qua- dos moradores das cidades onde opera. “Um relacio-
lidade de vida da população, aumentando o percentu- namento próximo e transparente é muito importante
al de pessoas com acesso a esses serviços básicos, para garantir o sucesso das ações da empresa, e o
quanto do meio ambiente, contribuindo com a preser- Afluentes é um ponto de contato para sanar dúvidas
vação de corpos hídricos, por meio do tratamento cor- da população, contribuir com sua educação ambiental,
reto para o esgoto produzido. além de guiar o planejamento estratégico da Aegea”,
Ao longo de todos esses anos de atuação a Aegea explica Thiago Terada, gerente de Responsabilidade
tem vivenciado bons resultados, com exemplos dos Social.
benefícios gerados para as pessoas, sobretudo na A conquista do Prêmio Eco Brasil é um importante
área da saúde. Em Campo Grande (MS), por exemplo, a indicador do caminho que a empresa vem trilhando:
Águas Guariroba investiu R$ 364 milhões em dez anos, “Estamos muito satisfeitos com os benefícios que es-
possibilitando que a rede coletora de esgoto sextupli- tamos provendo por meio das nossas operações pelo
casse de tamanho, atingindo uma cobertura 51% maior país e contentes pelo reconhecimento que a empresa
do que quando assumiu a operação. Tudo isso está tem conquistado no mercado”, destaca Hamilton Ama-
refletido na diminuição das taxas de internação por do- deo, CEO da Aegea.
enças diarreicas e dos gastos com hospitalização, que
nesse mesmo período registraram, respectivamente,
quedas de 91% e 77%.

62 EDIÇÃO 23 • Revista Aegea

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