Instituições de Direito Público e Privado
Instituições de Direito Público e Privado
Instituições de Direito Público e Privado
CURSO: ADMINISTRAÇÃO
APOSTILA
2023
UNIDADE I – FONTES DO DIREITO
1 - Conceito:
Históricas
O Direito não é uma vontade do legislador mas uma criação que depende da
vontade social. É a sociedade que vai fornecer ao legislador os elementos necessários para
a formação dos estatutos jurídicos. Como causa do Direito, as fontes materiais são
constituídas pelos fatos sociais, pelos problemas que emergem da sociedade.
Formais
É comum, na historia do Direito, sua relação com os fatos sociais, que constituem
a sua fonte material. No passado, os costumes além de fonte material eram a forma de
expressão do direito, já que era a principal forma de expressão do Direito. Atualmente,
os costumes, ou fatos sociais são considerados o órgão gerador do Direito e têm a função
apenas supletiva da lei.
O Direito escrito já absorveu quase a totalidade das normas consuetudinárias,
salvo dos povos anglo-americanos, onde o Direito costumeiro ainda tem uma relativa
importância, mas tende a diminuir com a crescente produção legislativa.
Todos os povos, primitivamente, adotaram normas de controle social, geradas
pelo consenso popular e as antigas legislações, como as XII tábuas que foram em grande
parte compilações dos costumes.
Não se pode admitir, entretanto, que o Direito teve uma formação totalmente
espontânea e democrática, como uma criação do povo. Pesquisas revelam que a estrutura
das sociedades primitivas era mais patriarcal do que democrática.
A partir do séc. XIX, começou a haver uma mudança na forma de manifestação
do Direito. Com o racionalismo filosófico, doutrina que destaca o poder da razão humana
e a elaboração do Código de Napoleão, influenciaram na codificação do Direito de quase
todos os povos.
Conceito.
É uma prática gerada pelas forças sociais. A lei é um processo intelectual que se
baseia nos fatos e expressa a opinião do Estado. A formação dos costumes é lenta e
decorre das necessidades sociais. Diante de um caso concreto, não definido por qualquer
norma vigente, as partes envolvidas, com base no bom senso e no sentido natural de
justiça, adotam uma solução, que por ser racional e estar de acordo com o bem comum,
vai servir de modelo para casos semelhantes. Essa pluralidade de casos, com o passar do
tempo, cria a norma costumeira.
O direito costumeiro pode ser definido como um conjunto de normas de
conduta social, criadas espontaneamente pelo povo, através do uso reiterado,
uniforme e que gera a certeza de obrigatoriedade, reconhecidas e impostas pelo
Estado.
Na prática, a distinção entre lei e costume consiste no fato de a lei ser sempre
escrita e o costume ser oral, pois a fonte e o conteúdo são iguais. Assim, podemos concluir
que uma vez escrita, a norma deixa de ser costumeira para incorporar-se à categoria de
Direito Codificado.
Apesar dos costumes representarem a forma mais legítima e autêntica do Direito,
pois são o produto voluntário das relações da vida, não garantem a segurança jurídica
como as normas positivadas. Essa circunstância dá a lei uma superioridade aos costumes,
principalmente em Estados com grandes extensões territoriais, onde há uma diversidade
de usos e costumes.
Elementos do Costume
Para o Direito Brasileiro, a principal fonte formal do Direito é a lei, como pode-
se observar na segunda parte do art. 126 do CPC, “ No julgamento da lide, caber-lhe-á
aplicar as normas legais, não as havendo, deverá recorrer a analogia, aos costumes e aos
princípios gerais do Direito. Em vários ramos do direito, os costumes são aceitos, civil,
comercial, trabalhista, menos no direito penal, em face do princípio da reserva legal (
“Não há crime, não há pena, sem lei anterior” ), a norma costumeira não é admitida como
fonte.
O princípio segundo o qual os juízes conhecem o Direito, pelo qual as partes não
precisam provar a existência do Direito invocado, não tem aplicação para os costumes já
que o art. 337 do CPC dispõe “A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro
ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência se assim determinar o juiz”. Podem
ser provados por diversos modos. Documentos, testemunhas, vistorias, etc..
4- Jurisprudências
Conceito
Jurisprudência X Costume
É análoga a lei por sua formação reflexiva e semelhante ao costume por necessitar
de uma pluralidade de atos. A formação de ambos exige uma pluralidade de práticas: o
costume necessita de repetição de um ato pelo povo e a jurisprudência requer uma série
de decisões judiciais sobre uma determinada questão de Direito.
Costume e jurisprudência pressupõem uma uniformidade de procedimentos: é
necessário que a prática social se reitere igualmente e que as sentenças judiciais sejam
invariáveis.
Se diferenciam porque: 1) enquanto a norma costumeira é obra de uma
coletividade de indivíduos que integram a sociedade a jurisprudência é produto de um
setor de organização social. 2) A norma costumeira é criada no relacionamento comum
dos indivíduos, no exercício natural de direitos e cumprimento dos deveres, a
jurisprudência é formada, geralmente, diante de conflitos é e produto dos tribunais. 3) A
norma costumeira é criação espontânea enquanto a jurisprudência é elaboração intelectual
e reflexiva.
Súmula Vinculante
Conceito
Observe-se que a referida espécie de súmula não vincula o Poder Legislativo, sob
pena de criar uma indesejável petrificação legislativa, nem o próprio STF, que pode
alterar o seu entendimento esposado em súmula vinculante, através de votação que
obedeça ao mesmo quórum necessário à sua aprovação inicial (2/3 dos seus membros).
5- Doutrina Jurídica -
Funções da Doutrina
A doutrina não é uma fonte formal do Direito, porque não possui estrutura de
poder, indispensável à caracterização das fontes formais.
É uma fonte indireta do Direito, já que favorece o trabalho do legislador.
Argumento de autoridade
6 - Analogia Legal
Procedimento Analógico
Conceito
Conflito de Princípios
Em razão da maior dificuldade para modificação de suas normas, que não podem
ser alteradas pela simples edição de leis infraconstitucionais, a Constituição rígida é
considerada a lei suprema do país, a denominada “lex legum” (a lei das leis ), localizada
no ápice da pirâmide normativa do Estado, da qual todas as demais leis e atos normativos
necessariamente extraem seu fundamento de validade. Não só os atos legislativos, como
todos os atos do poder público (administrativo e jurisdicionais) além dos atos particulares.
Importante ressaltar que a constituição brasileira apesar de ser escrita, devendo ter
suas normas todas contidas em um único documento, excepcionalmente previu ( EC
45/2004 ) a existência de normas fora de seu corpo, ao permitir que tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos sejam admitidos em nosso ordenamento com força
de emenda constitucional.
Constituições quanto à estabilidade: imutáveis, rígidas, semirrígidas ou
flexíveis.
Constituição imutável: Aquela que não pode sofrer qualquer espécie de alteração
de seu texto. Muito rara, podem ser citadas como exemplos as cartas políticas de alguns
países islâmicos, em razão da forte vinculação do Estado à religião.
1- A Lei
2 - Formação da Lei