Editorrevistaufg,+Revista Ufg 24 Reforco+de+Matematica
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Daniela Pelissari2
https://orcid.org/0000-0002-6081-4327
Resumo: As oficinas são um recurso interessante para a articulação entre teoria e prática. São
uma forma de construir conhecimento a partir da ação e da reflexão. As oficinas possuem
como finalidade articular conceitos com ações concretas, vivenciadas pelos participantes, e
oportunizar a vivência e a execução de tarefas em equipe, contribuindo com a construção
coletiva de saberes. Neste trabalho, traz-se a utilização de oficinas para momentos de reforço
de Matemática. O projeto foi desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Campus Caxias do Sul, no ano de 2017. Teve por
objetivo oportunizar aos estudantes do curso de Licenciatura em Matemática momentos
de reflexão sobre a prática docente na área de Matemática. Para tanto, foram desenvolvidas
oficinas de Matemática, as quais foram aplicadas com turmas de Ensino Fundamental de
duas escolas municipais da comunidade local do Campus. Com este trabalho, os estudantes
do curso de Licenciatura em Matemática vivenciaram práticas de ensino de Matemática,
contribuindo para a construção de seu itinerário formativo. Além disso, os alunos das escolas
que participaram das oficinas tiveram um rendimento escolar melhor, bem como foram
incluídos em um ambiente diferenciado do vivido regularmente por eles.
Palavras-chave: Ensino de Matemática. Oficinas de Matemática. Material Concreto. Reforço
Escolar. Comunidade Local.
1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Campus Caxias
do Sul, RS.
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
Esta pesquisa é de natureza qualitativa, tendo em vista que ela busca a ava-
liação da parte subjetiva do problema, e ela aponta dados que não podem ser
Este olhar individual foi possível pois as turmas atendidas tinham em média
de 5 a 10 estudantes. A caracterização de cada turma e a descrição da aplica-
ção das oficinas encontram-se nas subseções seguintes.
Após a execução de cada oficina os ministrantes realizaram a avaliação por
meio de uma análise sobre sua aplicação e sobre o crescimento dos participan-
tes. A Figura 1 apresenta um esquema do trabalho realizado.
Planejamento: Oficinas
Atividade: Elaboraçãode oficinas com a utilização
Sujeitos: Voluntários.
de material concreto.
Execução
Sujeitos: Voluntários e alunos do Ensino Atividade: Aplicação das oficinas com encontros
Fundamental selecionados pelas Escolas. semanais.
Avaliação
Atividade: Análise do desempenho dos alunos
Sujeitos: Voluntários.
participantes e da aplicação do material utilizado.
Fonte: Material disponibilizado pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Ester Justina
Troian Benvenutti.
No quinto encontro, foi proposto que os alunos resolvessem uma lista com
atividades de divisão com divisores de um e dois números, e os alunos deve-
riam utilizar materiais de contagem para auxiliar, disponibilizados pela escola.
Esta atividade foi planejada para verificar se os alunos possuíam dificuldades
no pensamento sobre a divisão, ou sobre a utilização do algoritmo. Foi obser-
vado que muitos não compreenderam o algoritmo da divisão, e mostraram-se
realizar os cálculos sem possuir algum material para contagem, já que utiliza-
vam os dedos e lápis para contar.
Para o quarto encontro na Escola, foi preparado uma retomada de concei-
tos sobre números primos, números múltiplos e decomposição em fatores pri-
mos. Esta revisão foi necessária para que a turma conseguisse jogar o Jogo do
MMC, o qual é constituído por um tabuleiro onde deve-se realizar a decom-
posição dos números dados com as peças de números primos e, em seguida,
multiplicar os primos da decomposição dos dois números fornecidos. Além
desta atividade, devido ao fato de haver uma aluna com dificuldades superio-
res ao resto da turma, preparou-se um jogo específico para ela, o Dominó da
Adição (Figura 7), pois no terceiro encontro foi observado que sua dificuldade
estava em princípios básicos como contas de adição e subtração.
Nos dois encontros seguintes, como havia sido totalizado 4 histórias, foi
distribuído duas para cada aula da oficina, sendo um total de 20 minutos para
cada cena. Inicialmente era feita a leitura individual da situação, em seguida
um aluno tentava representar a cena atuando, não poderia ocorrer repetição
do aluno que atuasse, dessa forma foi possível proporcionar a todos a opor-
tunidade de encenar o que haviam compreendido da situação, e após a repre-
sentação da cena era dado um tempo para solução do problema, deixando os 5
minutos finais para mostrar a resolução do problema. Essa dinâmica além de
exercitar a capacidade matemática dos alunos, também evidenciou a presença
da matemática no cotidiano deles em sala de aula, algo que não era perceptível
por se tratar de situações normais do dia a dia deles.
No último encontro referente às oficinas foi aplicada a atividade de sonda-
gem utilizada no primeiro encontro. Dessa vez os alunos deveriam solucionar
as questões que haviam errado na primeira tentativa. Os alunos que manti-
veram uma boa frequência nos encontros conseguiram realizar as atividades
rapidamente, mostrando o bom aproveitamento referente às oficinas.
Nas aulas finais do projeto, após abordar os conteúdos solicitados pela es-
cola, foram dedicados aproximadamente três encontros para solução de dú-
vidas individuais dos alunos, nesses últimos encontros até mesmo alunos que
não participavam do projeto de oficinas compareceram, tendo em vista que
estava próximo do período de provas finais. Os conteúdos abordados nesses
encontros foram muito vastos, partindo desde números múltiplos até relações
básicas de trigonometria.
Dois encontros não foram realizados devido a questões referente ao servi-
ço militar obrigatório do estudante voluntário, e outros dois encontros foram
adiados devido a feriados prolongados da escola e também a eventos como a
Semana Farroupilha.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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