I Encontro Psico-Pedagógico: A Intervenção Psicopedagógica Nas Dificuldades de Aprendizagem Através Dos Jogos
I Encontro Psico-Pedagógico: A Intervenção Psicopedagógica Nas Dificuldades de Aprendizagem Através Dos Jogos
I Encontro Psico-Pedagógico: A Intervenção Psicopedagógica Nas Dificuldades de Aprendizagem Através Dos Jogos
PEDAGÓGICO
Colégio Prígule – SP
26 de abril de 2008
Piaget afirma que "O jogo é um tipo de atividade particularmente poderosa para o exercício
da vida social e da atividade construtiva da criança.”
O Mundo Lúdico
O mundo do lúdico é um mundo onde a criança se manifesta. É o mundo da fantasia, da
imaginação, do faz-de-conta, do jogo e da brincadeira. Podemos dizer que é através do lúdico que
ocorrem experiências inteligentes e reflexivas, praticadas com emoção, prazer e seriedade. Através do
brinquedo e das brincadeiras ocorre à descoberta de si mesmo e do outro, portanto, aprende-se.
É no brincar que a criança está livre para criar e é através da criatividade que o indivíduo
descobre seu eu. Segundo Platão: “Você aprende mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira
do que uma vida inteira de conversação.”
Pode-se dizer, que as brincadeiras e os jogos são as principais atividades físicas da criança;
além de propiciar o desenvolvimento físico e intelectual, promove saúde e maior compreensão do
esquema corporal. É jogando que a criança aprende a respeitar regras, limites, esperar a vez e aceitar
resultados.
O brincar e o jogar para a criança não é apenas um passatempo ou simples diversão, mas,
um momento sério, pois está aprendendo o que ninguém pode lhe ensinar, descobrindo o mundo e as
pessoas que a cercam. E o que é o faz-de-conta? É exercitar e promover o seu raciocínio abstrato, estará
fazendo uso da abstração para construir através da imaginação o seu mundo.
A criança pequena usa da brincadeira para imitar, e assim experimentar, suas relações com o
mundo e com as outras pessoas. Quando maiores, os jogos vão requisitar o raciocínio, a inteligência, as
relações sociais e de afetividade, o desenvolvimento físico, a acuidade dos sentidos e as questões éticas.
È importante que a criança brinque em grupos, para seu desenvolvimento social, em grupo, a criança
aprende a liderar, ser liderada, cooperar, compartilhar e, além disso, descobre e desenvolve suas
próprias habilidades e a de seus colegas. "Ela aprenderá que corre muito, é ágil, mas que seu
companheiro que não é ágil, é inteligente, criativo, e um terceiro tem grande habilidade artística.
O uso de brincadeiras e jogos na sala de aula se torna um veículo para o aprendizado.
"Quando forçamos a criança a assistir às aulas sentadas, de forma passiva, estamos indo contra a sua
natureza, que é ruidosa e alegre. Quando brincamos, estamos indo ao mundo da criança, a adesão é
fácil, ela participa com interesse, rende melhor e estabelece uma relação de confiança com seus colegas
e com o professor".
Os jogos da criança pequena são fundamentais para o seu desenvolvimento e para a
aprendizagem, pois envolvem diversão e ao mesmo tempo uma postura de seriedade. A brincadeira é
para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesma e sobre o
mundo. Brincar é uma forma de a criança exercitar sua imaginação. A imaginação é uma forma que
permite às crianças relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que
pouco conhecem. A brincadeira expressa a forma como uma criança reflete, organiza, desorganiza,
constrói,destrói e reconstrói o seu mundo. Rir, aceitar limites, organizar uma tarefa, concentrar,
disputar, estar atento, sentir frio na barriga, raciocinar, pensar, gargalhar, competir com os outros e
consigo próprio, ser curioso, ter prazer, cooperar, descobrir-se na relação com os outros, ser ágil,
surpreender-se com a atitude do outro, emocionar-se... Difícil esgotar a riqueza de contribuições que os
jogos e brincadeiras podem trazer para o desenvolvimento humano de seres pequenos, jovens ou
adultos.
O Cérebro e a Aprendizagem
Os seis primeiros anos de vida das crianças, denominados a "primeira infância", são muito
importantes nessa jornada. É nessa etapa que ocorrem os aprendizados fundamentais da criança, pois
seu cérebro está assimilando todas as informações que recebe e formatando sua visão do mundo.
Somente aos sete anos é que a criança tem a estrutura neurológica pronta, como se fossem os pilares de
sustentação de um prédio que será erguido ao longo da vida.
Várias pesquisas já comprovaram que os estímulos emocionais e cognitivos recebidos
nesse período são fundamentais para desenvolver plenamente as funções cerebrais, abrindo portas para
o conhecimento. Se os estímulos são inadequados ou insuficientes, essas portas não são ativadas e a
criança perde inúmeras possibilidades. Em outras palavras, é a estimulação que permite o
desenvolvimento dos vários tipos de inteligência e de outros mecanismos como a memória e a
corporeidade - capacidade de utilizar o corpo para interagir com o mundo externo.
Os estímulos recebidos pela criança são processados pelo sistema nervoso central e ajudam
no estabelecimento de sinapses e na organização dos neurônios. A capacidade de reformulação desta
estrutura cerebral é chamada de "plasticidade". A plasticidade cerebral é máxima até os sete anos e,
após essa idade, começa a declinar lentamente, mas persiste até a fase adulta. O cérebro humano tem
uma notável plasticidade, a habilidade em ser modelado e modificado pelo crescimento de novas e mais
complexas conexões entre células.
Se não conhecerem os princípios do desenvolvimento infantil, professores e pais deixarão
de proporcionar experiências fundamentais às suas crianças, comprometendo assim a utilização plena
dos recursos de funcionamento do cérebro. Isso pode levar, no futuro, ao fracasso na escola, na vida
social e profissional.
SUGESTÕES DE JOGOS PSICOPEDAGÓGICOS
1- Trilha
Objetivo: Vai depender do desafio estipulado
Material necessário: 1 folha de papel cartão ou EVA ou A3, para servir de tabuleiro, papéis coloridos
para fazer as casas da trilha, cartões que corresponderão aos desafios.
Jeito de Fazer e de jogar: Ao confeccionar a trilha, apenas numerar as casas e estipular cores, pois essa
mesma trilha irá servir pra vários desafios. Ex. de desafios: completar uma palavra ou frase, cálculos,
formar frase, perguntas sobre assuntos trabalhados, leitura de palavras, figuras pra escreveram o nome
delas na lousa.......
Objetivo: Construir e jogar o jogo juntamente com a criança para melhor fixação das palavras.
Material necessário: quadrado de cartolina, revistas contendo variados tipos de figuras, cola, tesoura,
canetinhas, papel rascunho, lápis e borracha, computador e impressora.
Jeito de Fazer e de jogar: Pede-se à criança que escolha uma figura da revista, recortar e colar num dos
quadrados. Escrever o nome da figura a lápis, numa folha rascunho, depois escrever em outro pedaço de
cartolina com a canetinha, para reforçar ainda mais, escrever no computador a mesma palavra. Repetir
este procedimento tantas forem as figuras escolhidas para o jogo.
No final imprimem-se as palavras digitadas e deixa a criança levar para casa.
Outras possibilidades: Podem-se colar perguntas sobre diversos assuntos estudados ou de conhecimentos
gerais, dependendo do nível da turma.
5 X 3 = 15
Jeito de Fazer e de jogar: Distribuir as cartas uma a uma para cada jogador. Estas devem ser juntadas na
mão e sendo que as mesmas devem ficar viradas para baixo (na mão). Determina-se quem irá iniciar o
jogo. O primeiro jogador, vira uma carta, e coloca a mesma no centro e diz “um”, o próximo jogador, vira
outra carta e diz “2”, colocando a mesma em cima da que já está no centro. O jogo continua contando-se
até 10, ao chegar no 10, inicia-se do 1 novamente. Obs: Quando for virada uma carta que corresponde ao
número falado, quem da dupla for mais ágil, bate com a mão e fica com todas as cartas do centro da mesa.
O jogo termina até um dos jogadores não ter mais cartas na mão.
10 3 8 6 1
1 4 10 3 6
2 13 3 12 0
9 4 5 1 11
3 2 14 2 7
Jeito de Fazer e de jogar: Segue mesma regra do jogo Mais UM, apenas, soma-se +2 ao valor do dado.
3 5 7 4 8 4 3
6 4 3 6 5 6 7
5 6 5 8 4 5 3
7 4 4 5 3 6 4
3 7 6 7 6 5 7
19- Mais CINCO (2 a 4 participantes)
Jeito de Fazer e de jogar: Segue mesma regra do jogo Mais UM, apenas soma-se +5 ao valor do dado.
10 7 11 9
6 11 8 7
6 7 9 10
9 10 8 6
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Jeito de Fazer e de jogar: Diferenciar com alguma cor cada fileira de números. Escolher quem começa o
jogo, joga-se os dois dados e soma-se. Colocar o marcador na resposta. Ao jogar novamente e cair numa
resposta que já tenha marcado, passar a vez. Vence quem marcar tudo primeiro.
1 15 9 10 4 16
12 30 2 6 30 4
8 2 18 15 24 25
25 16 10 3 12 36
18 9 8 20 5 5
6 3 20 24 36 1
24- Jogo dos Pontinhos ( 2 participantes)
Jeito de Fazer e de jogar: Fazer quadrados pela ligação de pontos, de forma que não fique nenhum ponto
no interior do quadrado. Criar estratégias para formar o maior número possível de quadrados, evitando
que o oponente o faça. Utilizar a soma ou multiplicação para determinar o total de pontos. O jogador pode
começar a ligar os pontos onde quiser. Os pontos são unidos por um traço na horizontal ou na vertical.
Quem conseguir fechar um quadrado primeiro, coloca a letra inicial do seu nome no interior do quadrado.
Cada quadrado vale pontos, a ser definido no início do jogo. Vence quem fizer mais pontos.
Pedro 3 +4+3+6-5-1+5-1-2+2-4 10
Ex: Registro Caio 9 -3+4-5+2+4+1-4-3+1+5 11
A Criança de Aprendizagem Lenta
O que o professor precisa saber?
Como “diagnosticar”?
Como intervir?
As causas do não aprender podem ser diversas, é necessário reconhecer que não é tarefa fácil para
os educadores compreenderem as causas desse “não aprender”.
Muitas vezes as crianças de aprendizagem lenta são rotuladas como alunos “sem solução” e vítimas
de uma desigualdade social.
São inúmeros os problemas que encontramos durante o processo escolar. Em alguns momentos,
alguns são próprios da faixa etária, outras, no entanto, nos mostram que uma ou várias habilidades não foram
adquiridas adequadamente e que podem estar afetando o aprendizado, outras são originárias de lesões cerebrais.
Assim teríamos:
Problema: De origem emocional. Baixo-conceito de si próprio, não buscam o sucesso, minimizam o valor do
esforço e tendem a ser pessimistas no resultado escolar, falta de acompanhamento escolar, falta de interação
social.
Atitudes do Professor: Para auxiliar um aluno que vem apresentando alguma dificuldade, o professor
deve:
! Aceitá-lo como ele é; Encorajá-lo sem ser muito crítico; Apresentar sugestões positivas;
! Incentivar o companheirismo e a aceitação do aluno pela classe; Dar-lhe segurança;
! Procurar descobrir suas aptidões; Não fazer comparações, pois cada aluno tem um ritmo próprio de
amadurecimento e suas descobertas são individuais.
Família e escola são pontos de apoio e sustentação ao ser humano; são marcos de referência
existencial. Quanto melhor for a parceria entre ambas, mais positivos e significativos serão os resultados na
formação do sujeito.
No processo de Alfabetização.........
Nesse processo, a criança que apresenta dificuldades na linguagem oral pode ter problemas para
relacionar-se ou integrar-se em seu grupo. Se não conseguem entendê-la, normalmente será alvo de gozações ou
de exclusão o grupo, que provavelmente repercutirá no seu rendimento escolar global. Em alguns casos, se a
criança apresentar alteração na fala (trocas, omissões ou distorções) estas poderão se refletir em sua escrita
espontânea.
Quando devemos nos preocupar? Quando comparada a outras de sua faixa etária chama atenção nos
seguintes itens:
- Agnosia: Impossibilidade de obter informações através dos canais de recepção dos sentidos embora o órgão do
sentido não esteja afetado. Encontramos: agnosias táteis, auditivas e visuais.
- Afasia: É a perda parcial ou total da capacidade de linguagem, de causa neurológica central decorrentes de
AVC (Acidente Vascular Cerebral), lesões cerebrais nas áreas da fala e linguagem.
- Anartria: Perturbação na realização motora da fala não interferindo na compreensão da linguagem falada;
- Alexia: Perda da capacidade de leitura de letras manuscritas ou impressas;
- Apraxias: Incapacidade de executar os movimentos apropriados a um determinado fim, conquanto não haja
paralisias. Perturbações que se refletem na psicomotricidade;
- Dislalia: Transtorno funcional primário que corresponde ao atraso da fala, à linguagem “bebê”.
- Discalculia - Dificuldade para a realização de operações matemáticas usualmente ligadas a uma disfunção
neurológica, lesão cerebral, deficiência de estruturação espaço-temporal
- Ecolalia: Imitação de palavras ou frases ditas por outra pessoa, sem a compreensão do significado da palavra.
- Gagueira ou tartamudez - Distúrbio do fluxo e do ritmo normal da fala que envolve bloqueios, hesitações,
prolongamentos e repetições de sons, sílabas, palavras ou frases. É acompanhada rapidamente por tensão
muscular, rápido piscar de olhos, irregularidades respiratórias e caretas. Atinge mais homens que mulheres.
- Paratonia - É a persistência de certa rigidez muscular, que pode aparecer nas quatro extremidades do corpo ou
somente em duas. Quando a criança caminha ou corre, os braços e as pernas se movimentam mal e rigidamente.
- Memória: A memória pode ser definida como a capacidade do indivíduo de gravar as experiências e
acontecimentos ao longo da vida. Dificuldade de concentração, não ouve bem, esquece fácil, não é capaz de
seguir instruções com vários passos.
Disgrafia
! coordenação visuo-motora para que se possam realizar os movimentos finos e precisos que exigem o
desenho gráfico das letras;
! da linguagem, para compreender o paralelismo entre o simbolismo da linguagem oral e da
linguagem escrita;
! da percepção que possibilita a discriminação e a realização dos caracteres numa situação espacial
determinada; cada letra dentro da palavra, das palavras na linha e no conjunto da folha de papel,
assim como o sentido direcional de cada grafismo e da escrita em geral.
Disortografia
A disortografia consiste numa escrita, não necessariamente disgráfica, mas com numerosos erros,
que se manifesta logo que se tenham adquirido os mecanismos da leitura e da escrita.
Uma criança é disortográfica quando comete um grande número de erros. Entre os diversos motivos
que podem condicionar uma escrita desse tipo, destacamos os seguintes:
Dentro desta área estão os erros originados por uma alteração específica da linguagem, como são os
casos das dislalias e/ou disartrias.
! Erros na percepção, tanto visual como auditiva: fundamentalmente estão baseados numa dificuldade para
memorizar os esquemas gráficos ou para discriminar qualitativamente os fonemas.
! Falhas de atenção: se esta é instável ou frágil, não permite a fixação dos grafemas ou dos fonemas
corretamente.
! Uma aprendizagem incorreta da leitura e da escrita, especialmente na fase de iniciação, pode originar
lacunas de base com a conseqüente insegurança para escrever. Igualmente, numa etapa posterior, a
aprendizagem deficiente de normas gramaticais pode levar à realização de erros ortográficos que não se
produziriam se não existissem lacunas no conhecimento gramatical da língua.
Muitas destas alterações entroncam a disortografia com a dislexia, ao ponto de, para muitos autores,
a disortografia ser apontada como uma seqüela da dislexia.
Discalculia
Discalculia é definido como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma
pessoa de compreender e manipular números. A discalculia pode ser causada por um déficit de percepção visual.
O termo discalculia é usado freqüentemente ao consultar especificamente à inabilidade de executar
operações matemáticas ou aritméticas, mas é definido por alguns profissionais educacionais como uma
inabilidade mais fundamental para conceitualizar números como um conceito abstrato de quantidades
comparativas.
A discalculia é um impedimento da matemática que apresenta também outras limitações, tais como a
introspecção espacial, o tempo, a memória pobre, e os problemas da ortografia.
Sintomas:
Dislexia
Pré-escola:
Fique alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas:
• Imaturidade no trato com outras crianças.
• Fraco desenvolvimento da atenção.
• Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem.
• Atraso no desenvolvimento visual.
• Dificuldade em aprender rimas e canções.
• Fraco desenvolvimento da coordenação motora.
• Dificuldade com quebra-cabeças.
• Falta de interesse por livros impressos.
1. Manifeste sua apreciação pelo esforço, como por exemplo, elogiando por tentar escrever uma história.
Mesmo que ela contenha muitos erros, diga que a maioria das palavras estavam certas.
2. Estimule a olhar as palavras detalhadamente, poucas letras de cada vez.
3. Fale francamente sobre dificuldades dele.
4. Ajude a reconhecer que há muitas coisas que pode fazer bem.
5. Motive a ir devagar, dando tempo ao tempo.
É de extrema importância haver uma boa troca de informações, experiências e até sintonia dos
procedimentos executados, entre profissional, escola e família.
Hiperatividade
TDAH é uma patologia de ordem neurológica, ou seja, não estamos falando de uma lesão ou defeito
e sim de um funcionamento diferente do cérebro. É diagnosticado pelo neurologista e uma equipe
multidisciplinar composta por psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo. A investigação envolve questionários
que servem como escalas de avaliação, além de um detalhado estudo clínico que analisa o desenvolvimento da
criança desde os primeiros dias de vida, o aproveitamento na escola e sua relação com os pais. “Sintomas como
desatenção devem estar presentes com freqüência por mais de seis meses e em diversos contextos para que o
distúrbio seja caracterizado”.
Um TDAH apresenta um menor fluxo sangüíneo na região frontal do cérebro, responsável pelo
comportamento inibitório (freio), pelo nível de atenção, controle das emoções e do sono, além de “filtrar os
estímulos, entre outras funções”.
Sabe-se também que a quantidade de dopamina, adrenalina e serotonina, neurotransmissores
responsáveis pelo controle motor e pelo poder de concentração é menor no cérebro destas pessoas.
O tratamento é medicamentoso acompanhado de terapia psicológica e psicopedagógica.
Os problemas de hiperatividade não podem ser curados, mas sim controlados.
A hiperatividade é um desvio comportamental, caracterizada pela excessiva mudança de atitudes e
atividades, o sujeito hiperativo tem dificuldades de se manter quieto para que possa desenvolver atividades
comuns do seu dia-a-dia como: fazer refeições à mesa, assistir TV sentado, ficar sentado em sala de aula, escutar
uma história, etc.
Sinais de alerta
Procure um profissional habilitado para que seja feito um bom diagnóstico, um neuropediatra ou psiquiatra
deve ser consultado, em muitos casos a medicação apropriada se faz necessária.
Estabeleça uma agenda de horários para as atividades de seu filho, ele deve Ter horário para acordar, comer,
tomar banho, ver TV, fazer os deveres, brincar, e dormir. Uma rotina fixa contribuirá para que a criança se
organize.
É importante a realização de uma atividade física, de preferência não competitiva, assim entre outros ganhos
haverá gasto de energia.
Tenham momentos de atividades em família, contar pequenas histórias, brincar com algum jogo, atividades
que possibilitem o sentar junto, o falar e o ouvir.
Quando for fazer os deveres, procure um lugar tranqüilo, sem TV, sem música. Os brinquedos e objetos que
não fazem parte da atividade devem ser guardados.
Quando for pedir algo, ou dar uma ordem , faça de maneira clara, se necessário divida a tarefa, certifique se a
criança entendeu.
Nunca chame seu filho de “malandro”, “preguiçoso”, “burro”, pelo contrário elogie suas conquistas, valorize
pequenos passos. Palavras duras e gritos só prejudicarão o desenvolvimento e aprendizagem dele.
Estabeleça limites e regras claras, seu filho deve saber o que pode e o que não pode fazer.
Seu filho deve estar sempre em companhia de um responsável, atravessar ruas, andar de bicicleta e outras
atividades devem ser supervisionadas, a criança TDA distrai-se facilmente podendo assim se envolver em
acidentes graves.
Se interesse pelo desenvolvimento escolar de seu filho, vá a escola, converse com a professora, procure saber
em que ela pode ajudar para melhor aprendizagem da criança.
Demonstre seu amor pôr ele, diga que ele é importante pelo que ele é e não pelo que ele faz. Carinho e
conforto em uma relação de confiança o ajudarão muito.
Procure conversar com os profissionais que atendem seu aluno, com todos os envolvidos no processo falando
a mesma linguagem, será mais fácil auxiliar está criança.
Coloque a criança sempre próxima à você, se possível longe de janelas e portas . As carteiras dispostas em
circulo facilitam a visualização da turma.
Comece a aula expondo a rotina do dia, fale do seu plano de aula, se necessário faça por escrito.
Busque assuntos de interesse da turma e os atuais que estão sendo vinculados na mídia.
Faça intervalos para alongamento, idas ao banheiro, tomar água.Cante com seus alunos . Ficar muito tempo
sentado é torturante para um TDAH.
Faça atividades curtas, que exijam pouco tempo para serem realizadas. Aumente gradativamente este tempo
conforme o progresso da criança.
Mande deveres que a criança consiga realizar sozinha, ou com pouca interferência dos pais. Procure
atividades que estejam dentro das possibilidades e limites dela, não sendo motivo de tortura para pais e
filhos.
Nunca exponha os erros e dificuldades da criança, gritos para chamar a atenção só pioram as coisas.
Não faça da agenda escolar um diário de reclamações, chame os pais para conversarem, quando possível.
Bilhetes de reclamação constantes tiram a confiança e baixam a auto-estima da criança.
Leia, estude, busque orientação e ajuda quando necessário, esclareça suas dúvidas. Estando bem informada
você terá maior segurança para trabalhar junto aos seus alunos.
Nunca esqueça que seu aluno com TDAH, tem inteligência normal ou até superior, ele só tem um
funcionamento diferente, busque com ele a melhor maneira de promoverem sua aprendizagem. Ambos só
tem a ganhar.
7- “Método das Boquinhas” – Alfabetização e Reabilitação dos Distúrbios da Escrita e da Leitura. V.1 e 2
Renata Savastano R. Jardini
Ed. Casa do Psicólogo