Aula 2 - Tipos Textuais

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Tipos & Gêneros

textuais

Profª. Alessandra Labanca


TIPOS Textuais

• Narração
• Descrição
• Argumentação
• Injunção
• Exposição
GÊNEROS Textuais

São os textos materializados encontrados em


nosso cotidiano. Esses apresentam características
sóciocomunicativas definidas por seu estilo,
função, composição, conteúdo e canal.
GÊNEROS Textuais

• Carta pessoal, • Aula expositiva, virtual


comercial, bilhete
• Debate
• Diário pessoal, agenda,
• Entrevista
anotações
• Lista de compras
• Romance
• Piada
• Resenha
• Cardápio
• Blog
• Horóscopo
• E-mail
• Instruções de uso
• Bate-papo (Chat)
• Telefonema etc.
• Orkut
RECEITA DE BOLO
BULA DE REMÉDIO
MANUAL DE INSTRUÇÃO
Em todos esses gêneros encontramos tipos
textuais, podendo ocorrer que o mesmo
gênero realize dois ou mais tipos.
Um texto é tipologicamente variado -
heterogêneo
Quando se nomeia um certo texto como
narrativo, descritivo ou argumentativo, não
está se nomeando o gênero e sim o
predomínio de um tipo de sequência de
base.
Os gêneros distribuem-se pelas
modalidades num contínuo, desde os mais
informais aos formais e em todos os
contextos e situações da vida cotidiana.

Há alguns gêneros que só são recebidos na


forma oral: notícias de televisão ou rádio.

Novenas e ladainhas , embora tenham sido


escritas, seu uso é sempre oral. Ninguém
reza por escrito e sim oralmente.
Os GÊNEROS textuais fundam-se em
critérios externos (sócio-comunicativos e
discursivos)

VS.

Os TIPOS textuais fundam-se em critérios


internos (linguístico e formais).
TIPOS de texto / GÊNEROS orais e escritos
Narração Conto, fábula, lenda, mito, biografia,
romance, novela, piada, crônica, notícia, relato...
Descrição Laudo, guia de viagem, perfil em comunidade
virtual, relatório, texto publicitário...
Argumentação Editorial, carta de leitor, assembleia,
debate, resenha, ensaio, texto de opinião...
Injunção Manual de instruções, receita de bolo,
regulamento, regras de jogo, receita médica...
Exposição Artigo científico, seminário, palestra, verbete,
reportagem, resumo, fichamento...
1. Narrativo:
• Texto utilizado para contar um caso, narrar fato(s),
historiar acontecimentos, não importando se fictícios
ou verídicos.
• Predominam os tempos pretéritos: perfeito ou
imperfeito.
• A ação é um dos principais ingredientes da narração.
O tempo é outro dos ingredientes. O autor, muitas
vezes, utiliza personagens que dialogam.
• Exemplos: uma crônica, um caso, um conto, uma
notícia de jornal, uma partida de futebol, um romance,
uma parábola, uma historinha infantil etc.
2. Descritivo:
• É o texto do objeto - da impressão física, da
imagem, da cor, do aroma, da beleza, da feiura, do
relevo, da paisagem, da precisão quanto aos
aspectos físicos.
• Predomina o tempo pretérito imperfeito ou mesmo
o presente ( indicativo e subjuntivo), frases
nominais e verbos de ligação (ser, estar, ficar,
parecer, tornar-se) .
• Exemplos: os aspectos físicos e tipos humanos de
uma favela carioca, a obra de um sociólogo que
descreve o biótipo de um determinado povo, o texto
de um “folder” turístico, etc.
3. Dissertativo:
• É o texto da ideia - da opinião, do ponto de vista.
• Privilegia o discurso indireto ( 3ª pessoa + se ),
embora possa redigido na 1ª pessoa do plural.
• Aborda, quase sempre, um tema palpitante do
comportamento humano: justiça social, ética
(práticas aéticas), ecologia (crimes ambientais), paz
(violência urbana), democracia, liberdade, futuro do
homem (seus medos e anseios) etc.
• Exemplos: um editorial de jornal, um artigo do
Diogo Mainardi (Veja), um texto de pensamentos
filosóficos etc.
4. Injuntivo:
Texto com a finalidade de instruir o leitor (interlocutor). Por esse
motivo, sua estrutura se caracteriza por verbos no imperativo:
ordenando ou sugerindo.

instrucional: prescretivo:
A orientação não é coercitiva, não A orientação é uma imposição,
estabelece claramente uma ordem, uma ordem baseada em
mas uma sugestão, um conselho. condições sine qua non.
Exemplos: Exemplos:
a) o texto que predomina num a) a receita de um médico (a um
livro de autoajuda; paciente) transmitida à
b) o manual de instruções de um enfermeira responsável;
eletroeletrônico; b) os artigos da Constituição
c) o manual de instruções ( ou do Código de Processo
programação ) - dirigido a Penal;
determinados funcionários de uma c) a norma culta da Língua
empresa – sobre metas, funções Portuguesa;
etc.; d) manuais de guerrilha;
d) uma ingênua receita de bolo d) as cláusulas de um contrato;
escrita pela avó... e) o edital de um concurso
público...
Exemplo prático de tipos textuais:
1º) Fui criada ( e até hoje moro ) numa casa
simples, mas de cômodos bem amplos e
confortáveis. Um jardim colorido e aromático.
Beija-flores por aqui não faltam. Tenho duas filhas.
Ana, uma menina alta, meio desengonçada, mas de
um brilho especial nos olhos muito pretos. Virgínia,
uma menina muito magra, gestos e rosto delicados,
tem uma cabeleira tão ruiva que poderia ser
confundida com uma dessas atrizes do cinema
americano....
(Texto Descritivo)
2º) Certo dia, minhas duas filhas e eu fomos passear
pelo sítio. Na margem do rio havia uma pequena
canoa. O espírito de aventura falou mais alto.
Entramos na canoa e, no meio do leito, notamos a
água infiltrando-se. Percebi o desespero das
meninas, mas tive de aparentar toda a calma e...
(Percebe-se que se trata de um texto narrativo)
3º) A vida de uma mulher não é fácil em parte alguma
deste mundo. A sociedade machista impõe-lhe
regras e destinos que ela jamais pode escolher. A
mulher será sempre uma escrava totalmente
submissa ao marido, às tradições, aos costumes e à
hipocrisia chauvinista dos...
(Este é o exemplo clássico do texto dissertativo)
4º) Minhas receitas preferidas. Bolo de Banana.
Caramelize uma forma com açúcar, corte 10
bananas no sentido do comprimento, coloque-as na
forma, bata 4 ovos com uma xícara de leite, duas de
farinha de trigo e uma colher de fermento. Despeje a
massa na forma, polvilhe (a gosto) com canela e
açúcar e leve ao forno pré-aquecido em 180ºC.
Deixe...
(Este é um texto injuntivo-instrucional)
5ª) Como fazer um parto de emergência ( recado
para minhas filhas e netas). Mantenha a calma.
Prepare uma superfície limpa para ela se deitar.
Pegue uma tesoura e três pedaços de linha de 25cm.
Ferva tudo por 10 minutos. Dobre um cobertor e
coloque-o sobre a futura mamãe. Lave bem as mãos
e as unhas com água e sabão. Quando as contrações
aumentarem...
(Este é um texto injuntivo-prescritivo)
Qual é a função
• REPRESENTAR NARRAR
• AÇÕES E DESCREVER
• OBJETOS, SERES,
ESPAÇOS.

• ANALISAR ARGUMENTAR
• FATOS, IDEIAS, (dissertação)
CONCEITOS.
O conceito de narração

• Narrar é contar, relatar fatos, histórias. Neste ato,


involuntariamente, respondemos às perguntas: o quê,
onde, quem, como, quando, por quê. Nas histórias há a
presença das personagens que praticam ou sofrem ações,
ocorridas em um tempo e espaço físico. A ação é
obrigatória, não existe narração sem ação. Poderá haver
mistura de realidade e ficção ou a predominância de uma
sobre a outra.
Exemplo: narração
• O lacaio do hotel Bazar Eslavo, em Moscou, Nikolai
Tchikildieiev, adoeceu. Suas pernas ficaram dormentes,
seu passo se tornou claudicante até que, certa vez, quando
caminhava por um corredor, ele tropeçou e caiu com uma
bandeja, na qual havia presunto e ervilhas. Foi obrigado a
se demitir. Todo o dinheiro que possuía, seu e de sua
esposa, ele gastou no tratamento, já não tinha como se
alimentar, se entediava sem trabalho e resolveu que era
preciso ir para casa de sua família, no interior.
TIPO NARRATIVO
NARRAÇÃO

Modo de organização de texto cujo


conteúdo está vinculado às ações ou
acontecimentos contados por um narrador.

Para construir esse tipo de texto, é preciso


explorar os elementos da narrativa
ELEMENTOS DA NARRATIVA
• Enredo
• Personagens
• Espaço
• Tempo
• Narrador
• Narrador

• Enredo
• O QUÊ? : fato acontecido
• COMO? : modo como o fato ocorreu
• POR QUÊ? : causa, razão por que o fato aconteceu
• Personagens • QUEM? : personagem(ns)
• ONDE? : lugar (espaço) em que o fato ocorreu
• Espaço
• QUANDO? : tempo em que o fato ocorreu

• Tempo
Chamamos de ENREDO as sequencias de ações.
Conheça as partes do enredo:
1. Apresentação: As personagens são apresentadas. São
localizadas no tempo e no espaço. Não há conflito.
2. Conflito: Surge a complicação entre as personagens. Ocorre
então a quebra da normalidade.
3. Clímax: É o ponto culminante. Aumenta a tensão entre as
personagens. É o ponto-chave da história.
4. Desfecho: O conflito criado entre as personagens tem seu
final. O desfecho pode ser feliz, trágico ou pode ser deixado em
suspense (o leitor dá o final que desejar, de acordo com sua
imaginação).
O ENREDO
• É o conjunto de fatos ligados entre si que fundamentam
a ação de um texto narrativo.
• O enredo pode ser organizado de diversas formas.
Observe a seguir, a organização mais comum:
• situação inicial – personagens e espaço são apresentados.
• estabelecimento de um conflito – surge uma situação a ser
resolvida, que quebra a estabilidade de personagens e
acontecimentos.
• desenvolvimento – busca de solução do conflito.
• clímax – ponto de maior tensão na narrativa.
• desfecho – solução do conflito.
O ESPAÇO
Espaço é o lugar em que a narrativa ocorre.

A construção do espaço contribui para


elaborar as personagens. Se o autor descreve
uma personagem que mora na cidade, em
uma casa grande e todo organizado, o leitor
imagina certas características para essa
personagem, diferentes das que suporia para
alguém que sempre viveu num deserto, por
exemplo.
O TEMPO
Tempo em uma narrativa pode ser definido como a
duração da ação. Pode ser cronológico ou psicológico.

• Tempo cronológico: fatos apresentados na


ordem dos acontecimentos.
• Tempo psicológico: é a maneira pela qual a
passagem do tempo é vivenciada. O tempo
nesse caso não é uma sequência temporal
linear, pois é medido pelas emoções e não pelo
relógio.
NARRADOR
• Tudo na narrativa depende do narrador, isto é, a voz
que conta a história.
• O ponto principal de uma narrativa é o seu ponto de
vista, ou seja, a perspectiva, o modo de contar e de
organizar o que é contado.
• Desse modo, o narrador funciona como um mediador
entre a história narrada e o leitor, ouvinte ou
espectador.
• Basicamente, existem três tipos de ponto de vista, ou
foco narrativo, determinado pelo tipo de narrador.
TIPOS DE NARRADORES
1 - Narrador-personagem: é o que conta a história da qual é
participante. Ele é narrador e personagem ao mesmo tempo, e
conta a história em 1ª pessoa.

• Quando avistei-a sozinha na arquibancada da quadra, percebi


que era a melhor oportunidade para definitivamente conhecê-la.
Então pedi a meu melhor amigo Fabrício que me ajudasse com o
plano que eu tinha bolado. Mas enquanto eu passava algumas
coordenadas para Fabrício vi Marcos da 8ª série se aproximar e
sentar ao lado dela. Será que eles estavam ficando? Mas logo o
Marcos...
2 - Narrador-observador (neutro): é o que conta uma história como
alguém que observa o que acontece. Transmite para o leitor
apenas os fatos que consegue observar e conta a história em 3ª
pessoa.

• Aos quatorze anos, Miguel Strogoff, que desde os onze


acompanhava o pai nas frequentes incursões pela estepe, matara seu
primeiro urso. A vida na estepe dera-lhe uma força e resistência
incomuns e o rapaz podia passar vinte e quatro horas sem comer e
dez noites sem dormir, sem aparentar excessivo desgaste físico,
conseguindo sobreviver onde outros em pouco tempo morreriam.
Era capaz de guiar-se em plena noite polar, pois o pai lhe ensinara
os segredos da orientação – valendo-se de sinais quase
imperceptíveis na neve e nas árvores, no vento e no voo dos
pássaros. (Júlio Verne, Miguel Strogoff, p. 16
3 – Narrador intruso (onisciente): Não participa da história, mas faz
várias intervenções com comentários e opiniões acerca das ações
das personagens. O foco narrativo é em 3ª pessoa.

• “Flávia logo percebeu que as outras moradoras do prédio, mães


dos amiguinhos do seu filho, Paulinho, seis anos, olhavam-na
com um ar de superioridade. Não era para menos. Afinal o garoto
até aquela idade — imaginem — se limitava a brincar e ir à
escola.”
• “Se tinha medo, então era para a natação mesmo que ele
iriaentrar. Os medos devem ser eliminados na infância.
Paulinhoainda quis argumentar. Sugeriu alpinismo. Foi a vez de
os pais tremerem. Mas o medo dos pais é outra história.
Paulinhoentrou para a natação.”
(Carlos Eduardo Novaes. A cadeira do dentista e
outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994. p. 15-7.
Bezerro sem mãe
Rachel de Queiroz
Foi numa fazenda de gado, no tempo do ano me que as apresentação
vacas dão cria. Cada vaca toda satisfeita com o seu bezerro. Mas
complicação: quebra da
dois deles andavam tristes de dar pena: uma vaca que tinha perdido situação inicial e
estabelecimento de um
o seu bezerro e um bezerro que ficou sem mãe. conflito
A vaquinha até parecia estar chorando, com os peitos cheios
de leite, sem filho para mamar. E o bezerro sem mãe gemia,
morrendo de fome e abandonado.
Não adiantava juntar os dois, porque a vaca não aceitava.
Ela sentia pelo cheiro que o bezerrinho órfão não era filho dela, e o
empurrava para longe.
Aí o vaqueiro se lembrou do couro do bezerro morto, que enredo
estava secado ao sol. Enrolou naquele couro o bezerrinho sem mãe desenvolvimento

e levou o bichinho disfarçado para junto da vaca sem filho.


Ora, foi uma beleza! a vaca deu uma lambida no couro,
sentiu o cheiro do filho e deixou que o outro mamasse à vontade. E
por três dias foi aquela mascarada. Mas no quarto dia, a vaca, de
repente, meteu o focinho no couro e puxou fora o disfarce. clímax

Lambeu o bezerrinho direto, como se dissesse: “Agora você já está


adotado.”
E ficaram os dois no maior amor, como filho e mãe de desfecho
verdade.
O conceito de descrição

• Descrever é enumerar, sequenciar, listar características de


seres com o objetivo de formar uma imagem mental. As
características podem ser físicas e/ou psicológicas. Pode
haver mistura dessas características no mesmo texto.
Pode haver ou não ação na descrição. A descrição pode,
ainda, se ater ao real e/ou fictício (ou misturá-los).
Exemplo: descrição
• Depois das propriedades dos camponeses, começava um
barranco abrupto e escarpado, que terminava no rio; aqui
e ali, no meio da argila, afloravam pedras enormes. Pelo
declive, perto das pedras e das valas escavadas pelos
ceramistas, corriam trilhas sinuosas, entre verdadeiras
montanhas de cacos de louça, ora pardos, ora vermelhos,
e lá embaixo se estendia um prado vasto, plano, verde-
claro, já ceifado, onde agora vagava o rebanho de
camponeses.
(Anton Tchekhov)
O conceito de
dissertação
Dissertar é debater, discutir um tema, assunto da
realidade, normalmente da atualidade, com o leitor. É
apresentar argumentos, provas, comprovações que visam
a convencê-lo.
A dissertação pressupõe o conhecimento do assunto
a ser debatido e a organização das ideias, dos argumentos.
Neste tipo de texto não há a possibilidade de se inventar
fatos, argumentos, ideias, dados, gráficos inexistentes.
Tudo dever ter por base o real.
Exemplo: dissertação
A mídia vem divulgando de forma acentuada o uso
de tablets nas salas de aula e afirma que o Ministério da
Educação vai distribuir estas maravilhas tecnológicas para
professores do ensino médio. Em seu artigo na Folha On Line,
Gilberto Dimenstein fica com um pé atrás em relação a esta
tecnologia e sua contribuição real para o ensino em nosso país.
No sentido real da educação, isso tem repercussão apenas
midiática quando sabemos que, como diz o grande educador
Rubem Alves, não se faz comida de qualidade apenas com boas
panelas, pois o cozinheiro é mais importante.
(Francisco Djacyr Silva de Souza)
GÊNERO TEXTUAL l MODALIDADE DISCURSIVA SUPORTE DO AMBIENTE DISCURSIVO INTERAÇÃO VERBAL
TEXTO (INSTITUIÇÃO) ENUNCIADORES

NOVELA Narrar Televisão Mídia televisiva Autores telespectadores

CRÔNICA Expor / Argumentar Seção coluna de Mídia impressa Escritor leitor de jornal/revista
jornal/revista jornal/revista

ROMANCE Narrar Livro Indústria literária Escritor leitor

ENTREVISTA Interativo/Dialogal Revista Mídia escrita Jornalista e entrevistado/leitor

CARTA OFÍCIO Expor/Argumentar Folha papel Acadêmico escolar oficial Universidade/Escola


timbrado e envelope Prefeitura

BIOGRAFIA Relatar Livro Indústria Literária Escritor/Leitor

MANUAL DE INSTRUÇÃO DE Instruir Folheto, folder, livro Indústria-comércio Empresa indústria cliente
TV impresso (mercantil)

CHEQUE Expor/Instruir Talão de cheque Bancária Cliente - banco

EDITORIAL Argumentar/Expor Jornal /revista Mídia jornal impresso Empresa (jornal/revista) leitor
impressos

NOTICIÁRIO Relatar Jornal tevê rádio Mídia Apresentador público

NARRAÇÃO DE JOGO DE Narrar Rádio/TV Mídia esportiva Narrador –


FUTEBOL ouvintes/telespecta-dores

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