1-Introdução Ao Desenho Técnico
1-Introdução Ao Desenho Técnico
1-Introdução Ao Desenho Técnico
TÉCNICO
MECÂNICO
Fernanda Royer Voigt
Introdução ao
desenho técnico
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O desenho técnico é um tipo específico de representação gráfica que
contempla um conjunto de informações técnicas, que têm como objetivo
comunicar a intenção de um projeto. No caso do desenho técnico voltado
às engenharias e à arquitetura, as regras e os padrões para a apresentação
final desses desenhos, assim como outros elementos técnicos da área,
também são regidas por Normas Brasileiras Regulamentadoras, as NBRs.
De forma abrangente, pode-se destacar, dentre as funções do dese-
nho técnico: a comunicação entre os profissionais de uma mesma área
ou de áreas afins; a aprovação do cliente ou dos órgãos competentes
que devem emitir parecer de aprovação do projeto; a revisão; e, de fato,
a execução/fabricação do projeto.
Neste capítulo, você vai ser apresentado ao universo do desenho
técnico, conhecer os principais elementos que compõem este tipo de
desenho, compreender o formato deste material, como ele é produzido,
e os padrões que devem seguir.
2 Introdução ao desenho técnico
Traço grosso e macio: série B (B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B, 9B),
ideais para o desenho artístico, pois executam traços mais escuros, mais
soltos, com estilo croqui, sem muita precisão; quanto maior o número,
mais macio é o grafite.
Traço fino e duro: série H (9H, 8H,7H, 6H, 5H, 4H, 3H, 2H), ideais
para o desenho técnico, pela sua precisão e também por terem um traço
mais leve; quanto maior o número, mais duro é o grafite.
Traço médio: H, F, HB, utilizados para escrita e desenho.
Introdução ao desenho técnico 3
A borracha é o instrumento que nos permite apagar traços que foram reali-
zados de forma equivocada. O ideal é sempre buscar uma borracha compatível
com os instrumentos que estão sendo utilizados. Dê preferência às borrachas
macias, dentre as quais a mais indicada é a plástica (Figura 2). As borrachas
comuns acabam por esfarelar demais e não cumprem com a função de apagar
com eficiência o desenho.
Há nove espessuras de ponta disponíveis, desde extremamente fina (0,13 mm)
a muito grossa (2 mm). Um conjunto básico de canetas deve incluir as quatro
espessuras de linha padrão — 0,25, 0,35, 0,5 e 0,7 mm — especificadas pela
Organização Internacional para Padronização (ISO) [...] (CHING, 2011, p. 4).
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Escalímetro
Transferidor
Régua T
Compasso e compasso de
ponta seca
Borrachas e mata-gatos
padronização, tanto que esta contempla até mesmo as características das folhas
em que os desenhos técnicos devem ser feitos, como poderemos ver a seguir.
Se você quiser entender melhor a origem do formato da série A, leia as normas espe-
cíficas estabelecidas pela ABNT.
As folhas de menores dimensões (A4 e A3, por exemplo) são mais fáceis de manusear,
porém exigem uma grande redução do desenho, o que vai influenciar na escala
escolhida. Já as folhas de maiores dimensões (A2, A1, A0) exigem uma redução menor
no desenho, porém são mais difíceis de manusear, e o seu custo de impressão pode
tornar-se mais elevado devido à sua grande área.
A0 25 mm 10 mm 1,4 mm
A1 25 mm 10 mm 1,0 mm
A2 25 mm 7 mm 0,7 mm
A3 25 mm 7 mm 0,5 mm
A4 25 mm 7 mm 0,5 mm
Para que você compreenda melhor esse tipo de legenda, um exemplo são os projetos
elétricos ou hidrossanitários. Nesses projetos, é comum visualizar as plantas baixas
repletas apenas de símbolos e linhas. Para que o projeto seja corretamente compreen-
dido, é necessária a sua legenda explicando cada um deles, pois os símbolos utilizados
pelos projetistas nem sempre são padronizados; alguns criam os seus próprios. Kubba
(2014, p. 170), reforça essa questão dizendo que “[...] a legenda em um projeto deve
mostrar qualquer símbolo fora do padrão e o seu significado [...]”.