Racismo
Racismo
Racismo
INTRODUÇÃO
AS FACES DO RACISMO
A escola é, por excelência, o espaço da diversidade, sendo assim, cabe aos educadores
considerar os alunos como sujeitos pertencentes a culturas coletivas e diversas. O respeito às
diferenças é a primeira atitude que se espera de um educador comprometido com o combate
ao racismo e com a construção de uma Educação Antirracista.
O pesquisador Paulo Sérgio Da Silva (2013, p. 239) pontua, em sua tese de doutorado,
que:
[...] A efetiva implementação da Lei 10.639/03, irá ocorrer, de fato, a partir do momento
em que as pessoas compreenderem, no contexto escolar e fora dele, a importância da
erradicação do racismo do seio da nossa sociedade. A implementação da Lei 10.639/03 somente
se efetivará, reafirmamos, na sua plenitude, no momento em que as diferenças étnicas deixarem
de ser consideradas de modo vertical, em escala hierárquica.
Ou seja, as diferenças precisam ser ressignificadas no contexto escolar, sendo afirmadas
com positividade e como características da nossa constituição enquanto povo brasileiro, que
possui matrizes africanas, europeias e indígenas.
É imperioso destacar ainda, que quando a diferença é concebida como riqueza cultural,
o diálogo entre os diferentes é fomentado pelo desejo recíproco do conhecimento, pela troca
de saberes e converge no intercâmbio cultural, ferramenta de trocas e aprendizagens
recíprocas. É na convivência democrática, que os sujeitos dialogam com seus parceiros e
constroem a consciência crítica que lhes possibilitam transformar suas realidades e a sociedade.
O currículo, quando pensado e construído a partir das culturas dos sujeitos que
permeiam o contexto escolar, valorizando, sobretudo, as culturas “outras”, aquelas que foram
escravizadas, exploradas, expropriadas e negadas pelo processo de colonização, como as
culturas da população negra, cumpre o seu papel social, garantindo a dignidade da pessoa
humana.