HIPERSENSIBILIDADES

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HIPERSENSIBILIDADES

(I – II – III e IV)

Prof. DJULI HERMES


Hiper – aumentada

Hipersensibilidades Sensibilidade - responsividade


Hipersensibilidade

 Reconhecimento “errôneo” do sistema imune.

 Desencadeamento de resposta imunológica por algum

epitopo (parte do antígeno) não patogênico.


 Alergenos

 Resposta desproporcional do sistema imune

 Destruição de células e tecidos


Hipersensibilidade
 Definição
 Resposta imune aumentada em indivíduo
sensibilizado levando a destruição de órgãos e tecidos

 Sensibilizados
 Primeiro contato
 Resposta primária
 Número de Ac produzido limitado
 Segundo contato
 Resposta secundária
 Número de Ac produzido muito superior
 Reação maior
Hipersensibilidade
 Tipos:

 Tipos I, II e III – Imediata – Anticorpos


 No segundo contato com o antígeno a reação é
imediata (horas ou minutos)
 Resposta humoral

 Tipo IV – Tardia – Células T


 24-48h para se manifestar
 Resposta celular
Hipersensibilidade
 Imediata ou humoral (mediada por anticorpos IgG, IgE e
IgM)
 Tipo I
 Tipo II
 Tipo III

 Tardia ou celular (mediada por linfócitos T e macrófagos)


 Tipo IV
Ag exógeno Antígeno na superfície celular

Ag – tecidos e órgãos
antígeno solúvel
Hipersensibilidade
 Imediata ou Humoral
 Anafilaxia → Ac associado a célula (IgE)
 Reações citotóxicas → Ag associado a célula, depende do complemento
(IgM e IgG)
 Reações por complexos imunes → nem Ag nem Ac estão associados à
célula, reação ocorre no meio intercelular (IgG e IgM, C’).
Hipersensibilidade
 Tardia ou celular
 Tuberculina ou a outras proteínas derivadas de germes
infecciosos
 Proteínas purificadas
 Substâncias químicas → dermatite de contato
Hipersensibilidade Transfusões
sanguíneas

Alergias
Alimentares
Medicamento

IC
lúpus

Tuberculose
Condições alérgicas Número estimados de
afetados (por milhões)
Rinite alérgica 19,6

Sinosite crônica 32,5

Dermatite de contato e eczema 5,8

Erupções de pele 12

Asma 9-12

Anafilaxia 1-2
Hipersensibilidade Tipo I
Hipersensibilidade Tipo I

Anafilaxia

Semana 1 Semana 2
Sensibilização Ingestão do alergeno
Exemplo: amendoim Exemplo: amendoim
Hipersensibilidade Tipo I
 Requisitos básicos:
 Exposição prévia ao antígeno (alergeno)
 Produção de IgE pelo indivíduo suscetível
 Presença do mastócito, basófilo e eosinófilo
 Liberação de mediadores inflamatórios
 Sensibilização
 Reexposição do mesmo antígeno
Linfócito B
Dose sensibilizante
do antígeno

Plasmócito
YY
Síntese de anticorpos Y Y

Y
Fixação de anticorpo ao

Y
mastócito pelo Fc

Y Reação antígeno-
Dose anticorpo produzindo
desencadeante do substâncias ativas
Y

antígeno (histamina, etc)


 Mastócitos:

 Residem nas mucosas e tecidos epiteliais que revestem as


superfícies corporais e servem para alertar o sistema imune
à infecções locais.
 Grânulos contém histamina, heparina, fator de necrose
tumoral (TNF), enzimas degradativas
 A sua ativação se dá através de qualquer Ag que posso
produzir ligação cruzada com moléculas de IgE a superfície
celular.
Hipersensibilidade Tipo I
 Liberações do conteúdos dos grânulos:

 Aumento de secreção de muco para tentar expulsar o Ag

 Vasoconstrição (histamina)

 Vermelhidão (devido TNF)


Hipersensibilidade Tipo I
 Alergeno
 É o antígeno que induz a reação de hipersensibilidade.

 Pode ser de origem proteica, vegetal (pólen), ou

animal (pelo, leite, ovos), drogas (aspirina, penicilina,


anestésicos, etc).
 Inalados ou ingeridos (mais frequente), mas podem
ser inoculados através de injeção ou picadas de
insetos.
Hipersensibilidade Tipo I

Dermatite atópica
Urticária
Hipersensibilidade Tipo I
 Atopia

 Termo que descreve os achados clínicos da

reação de hipersensibilidade Tipo I de acordo


com sua localização.
 Ex: mucosa nasal, mucosa brônquica, pele,
trato gastrointestinal, etc.
Hipersensibilidade Tipo I
 Reação sistêmica
 Pode causar distúrbios
respiratórios,
broncoconstrição, edema de
glote, erupções cutâneas e
colapso vascular.
 Também chamada choque
anafilático.
Hipersensibilidade Tipo I

 Reação localizada

 Antígenos inalados (ex. asma, rinite alérgica)

 Antígenos ingeridos (ex. cólicas, diarreia)

 Antígenos inoculados (ex. urticária, picadas de

insetos)
Hipersensibilidade Tipo I

 Fatores determinantes

 Predisposição genética: um dos pais é alérgico

 Ambientais (n.° de exposições ao antígeno, estado

nutricional, presença de infecção crônica, infecção


viral aguda)
Hipersensibilidade Tipo I

 Células envolvidas
 Mastócitos: ricos em grânulos (histamina e heparina),

alta afinidade pela IgE.


 Basófilos: mastócitos na circulação sanguínea.

 Eosinófilos: liberam mediadores inflamatórios capazes

de aumentar a reação atópica.


Hipersensibilidade Tipo I
 Alguns mediadores da reação anafilática

 Histamina: liberada por mastócitos, basófilos e

plaquetas, tem ação vasodilatadora, aumenta


permeabilidade capilar e edema. Órgãos-alvo: vaso
sanguíneo, contratura do músculo liso.
 Heparina: liberada por mastócitos e basófilos, tem

função anticoagulante, e contração bronquiolar


Hipersensibilidade Tipo I

Ligação cruzada
IgE receptores FC
Ativação de mastócito
e liberação de grânulos

TGI Vias Aéreas Vasos Sanguíneos

Secreção aumentada de Diâmetro reduzido, Fluxo sanguíneo


líquido; secreção de muco; aumentado;
Expulsão do conteúdo do Expulsão do conteúdo das Edema, inflamação,
TGI: diarreia, vômito vias aéreas: tosse, transporte do Ag para os
expectoração linfonodos
Hipersensibilidade Tipo I
 Severidade da alergia proporcional a
quantidade de antígeno

 Motivo pelo qual a produção de IgE é feita no


local de IgG na resposta imune secundária
não se sabe

 Fatores genéticos tem possível envolvimento


Hipersensibilidade Tipo I
 Teste cutâneo

 Aplicação do antígeno

 Observação do alo de reação

 Níveis de IgE
 IgE específica
Hipersensibilidade Tipo I
Tratamentos:
 Sintomáticos
 Bloqueadores de receptores
 Anti-histamínicos
 Bloqueiam receptores de histamina
 Broncodilatadores
 Beta-agonistas
 Imunoterapia
 Hipossensibilização
 Injeção de pequenas doses do antígeno tentando levar a
produção de IgG a não IgE
Hipersensibilidade Tipo II
Hipersensibilidade Tipo II

 Anticorpos dirigem-se contra antígenos da


superfície celular de tecidos ou de células
específicas;

 É mediada por IgG e IgM;

 Se for exagerada, causa lesão tecidual.


Hipersensibilidade Tipo II

 Mecanismos:
1. Anticorpos dirigidos contra antígenos da superfície
celular (ex. grupos sanguíneos).
2. Fagocitose das células (ativação da via clássica do
complemento).
3. Citotoxicidade não fagocítica (destruição celular sem
fagocitose, mediada por linfócitos).
Hipersensibilidade Tipo II
Hipersensibilidade Tipo II
 Reação induzida por drogas

 Metabólitos da droga aderem à membrana celular de


eritrócitos e plaquetas.
Ac

complemento

Ligação de complexos imunes à membrana celular


complemento
Hipersensibilidade Tipo II
 Transfusões sanguíneas incompatíveis

Grupo Sanguíneo Antígenos Anticorpos


(nas hemácias) (produzidos)
A A Anti-B
B B Anti-A
AB AB Nenhum
O Nenhum Anti-A e Anti-B

Ex.: Transfundir hemácias com antígeno A em indivíduos


com anti-A leva a uma reação anafilática e lise das hemácias
Hipersensibilidade Tipo II

 Incompatibilidade materno-fetal
 Eritroblastose Fetal ou Doença
hemolítica do recém nascido

Primeira gravidez:
Mãe produz Ac Anti Rh (Estes Ac permanecem na circulação)
Segunda Gravidez:
Feto Rh+  Os Ac anteriormente produzidos destroem as hemácias do
feto.
Hipersensibilidade Tipo II
 Rejeição Hiperaguda de Transplantes
 ocorre entre 24 e 48 horas pós-transplantes;

 requer a presença de anticorpos pré-formados em


sensibilização prévia;

 os anticorpos pré-formados depositam-se no


endotélio vascular do enxerto e ativam o
complemento.
Hipersensibilidade Tipo II

 Doenças Autoimunes

 Nefrites: deposição de IgG na membrana basal do

glomérulo, causando fixação de C’ e necrose severa do


glomérulo.
Hipersensibilidade Tipo II
Doenças Autoimunes
 Miastenia Gravis: anticorpos dirigidos contra receptores
de acetilcolina no terminal da placa motora.
Hipersensibilidade Tipo III
Hipersensibilidade tipo III
 Complexos imunes

 Antígeno-anticorpo

 Porções do complemento C3a e C5a anafilotoxinas


 Degranulam mastócitos

 Exemplo lúpus eritematoso sistêmico


 Doença autoimune de complexos imunes

 Anti-DNA, anti-plaquetas

 Depositados nos rins – insuficiência renal


Hipersensibilidade tipo III

Inflamações agudas
# benéfica para eliminar o antígeno
Inflamações crônicas no mesmo local
# dano pelos mediadores liberados
DOENÇA AG ENVOLVIDO MANIFESTAÇÕES

Lúpus eritematoso DNA, nucleoproteínas Nefrite, artrite e


sistêmico vasculite

Poliarterite nodosa Ag de superfície do Vasculite


vírus HBV

Glomerulonefrite Ag da parede celular do Nefrite


pós estreptocócicos estreptococo

Doença do soro Diversas proteínas Nefrite, artrite e


vasculite
Hipersensibilidade Tipo IV
Hipersensibilidade tipo IV
 24-48h para se manifestar
 Tardia
 Mediada por linfócitos T
 Dermatite de contato
Reação de Hipersensibilidade Mediada por
Células (Tardia ou do Tipo IV)

 A presença de linfócitos T específicos sensibilizados é


necessária para produzir a resposta tardia (+12 horas).
 Representa uma imunidade protetora contra patógenos
intracelulares.
 A reação é dividida em três fases:

 SENSIBILIZAÇÃO
 FASE EFETORA (INFLAMATÓRIA)
 RESOLUÇÃO
Reação de Hipersensibilidade Tipo IV
 Existem três tipos básicos de reação de hipersensibilidade
tardia:
1) Contato: 48 – 72h (eczematosa e pruriginosa, ocorrendo
em qualquer região do corpo. Maior frequência em mãos,
pés e face. Ex: uso de sapato e maquiagem, sabão em pó,
detergentes, manuseio de frutos do mar, látex, níquel e
couro).
Reação de Hipersensibilidade Tipo IV

2) Tuberculínica: 48 – 72h (o exemplo clássico é o teste


de Mantoux ou PPD – derivado proteico purificado do
Mycobacterium tuberculosis)
Hipersensibilidade tipo IV
 Reação a tuberculose

 Teste Tuberculina

 Paciente com suspeita de tuberculose

 Antígeno derivado da tubreculose Micobacterium


tuberculosis
 Injetado na pele de indivíduo exposto a tuberculose

 24-48h observa a reação

 Útil para ver a exposição


Reação de Hipersensibilidade Tipo IV

3) Granulomatosa: Ocorre devido a persistência de


micro-organismos ou partículas não destruídas no
interior dos macrófagos. Ex: sílica, talco, fios de sutura,
Mycobacterium leprae, Histoplasma capsulatum,
Schistosoma.
TIPO DE MECANISMO MECANISMO DE LESÃO
HIPERSENSIBILIDADE IMUNOPATOLÓGICO TECIDUAL E DE DOENÇA

Imediata - tipo I Ac IgE e células TH2. Mastócitos, eosinófilos e seus


mediadores.
Mediada por Ac tipo II IgM e IgG contra anticorpos de Opsonização e fagocitose;
superfície celular ou de matriz Recrutamento e ativação de
RESUMINDO...

extracelular. leucócitos mediada por receptor Fc


e pelo complemento.
Anormalidades nas funções
celulares por exemplo sinalização
do receptor de hormônio e
bloqueio do receptor de
neurotransmissão.
Mediada por Imunocompleoxo de Antígeno e Recrutamento e ativação de
imunocompleoxo - tipo III anticorpo IgM e IgG. leucócitos mediado pelos
receptores Fc e pelo complemento.

Mediada por célula T - tipo IV Célula TCD4+ Th1 e TH17 Inflamação mediada por citocina.
CD8+ Morte direta da célula-alvo e
inflamação mediada por citocinas.

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