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Traumatismo Raquimedular (TRM) CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO SALGADO

Prof. Marcos Raí da Silva Tavares


Esp. Traumato-ortopedia funcional e desportiva
Pós graduando em Neurofuncional adulto e pediátrico
 Qualquer agressão à medula de origem não
traumática:
 Má formações congênitas;
Lesão Medular
 Tumores, etc.
 O traumatismo raquimedular é uma lesão que ocorre nos
elementos neurais do canal medular de forma traumática
DEFINIÇÃO e abrupta que resulta em déficits neurológicos,
acometendo estímulos sensitivos e motores entre a
TRM
medula e o encéfalo.
 5% dos TCE’s -> Lesão de coluna associada;
 25% dos TRM, tem pelo menos um TCE moderado;
 55 % dos traumas vertebrais ocorrem na região cervical;
 Mortalidade:
DADOS
EPIDEMIOLÓGICOS - 30% no local;
- 10% 1º ano;
- 50% tetraplégicos.

Sexo mais acometido


M→ 81,2%
F→ 18,8%
Classificação

Nível da lesão
As lesões medulares podem ser classificadas, tais como:

 Lesões por flexão pura;


FISIOPATOLOGIA
 Hiperextensão e compressão;

 Flexão-rotação.
Lesões penetrantes: na medula são geralmente
resultado de ferimento por arma de fogo ou faca.

FISIOPATOLOGIA
 Lesões não traumáticas: comprometimento
circulatório resultando em isquemia, que causa dano
neurológico do nível envolvido e abaixo deste.

FISIOPATOLOGIA
 Mecanismo de lesão sugestivo (causas de TRM), mesmo sem
sintomas;
 Politraumatizado;
 Vítimas inconscientes que sofreram algum tipo de trauma;
 Dor ou deformidade em qualquer região da coluna
Suspeita de vertebral;
TRM
 Traumatismo facial grave ou traumatismo de crânio
fechado;
 "Formigamento" (anestesia) ou paralisia de qualquer parte
do corpo abaixo do pescoço;
 Mergulho em água rasa.
 A coluna cervical é particularmente
vulnerável ao trauma devido a sua
exposição e mobilidade.

COLUNA
CERVICAL  1/3 morrem no local do trauma →
apneia provocada por perda da
inervação → nervo frênico.

 Abaixo do nível de C3 →
probabilidade de provocar lesões
medulares.
 Mobilidade mais restrita.
 Possui um apoio adicional que lhe é conferido
pelos arcos costais.
 Fraturas da coluna torácica →compressão.

COLUNA
TORÁCICA  TRANSIÇÃO TORACOLOMBAR:
 Constitui-se no ponto de apoio entre a região
torácica, e os níveis lombares.
 Torna mais vulnerável ao trauma, o que faz com
que 15% de todas as lesões de coluna ocorram
nessa região.
 A medula é danificada por um trauma →
rompimento vascular

 Ao nível da lesão e ↓ → abolição total ou


parcial das funções (motora e sensitiva)
 Completa ou incompleta
Classificação

Extensão da
lesão
Classificação
 Ocorre entre 30 a 60 minutos
após o trauma;

 Ausência de atividade reflexa →


abaixo da lesão;
CHOQUE
MEDULAR  Pode durar desde algumas horas
até semanas

 Extensão da lesão → choque


medular → resolvido
 Refere-se à flacidez (perda do
tônus muscular)

CHOQUE  Lesão cervical ou torácica alta


MEDULAR pode ocasionar:

 1. Hipoventilação (paralisia dos


músculos intercostais);

 2. Paralisia do diafragma (lesão


de C3-C5);
 Definido pelo segmento mais caudal da
medula;

Nível de  Se traduz através das funções motoras e


extensão da sensoriais em ambos os lados do corpo (que
lesão conservam a função);

 Qualquer sensação de esfíncter indica que a


lesão é incompleta.
 SÍNDROME CENTRAL DA MEDULA

 SÍNDROME ANTERIOR DA MEDULA


Síndromes
Medulares  SÍNDROME DA COLUNA POSTERIOR DA MEDULA

 SÍNDROME DE BROWN-SÉQUARD
 Lesão em flexão;
 Para/tetra plegia → função motora
 Perda sensorial à dor e temperatura;
SÍNDROME ANTERIOR
DA MEDULA  Coluna posterior preservada (propriocepção,
vibração, pressão profunda);

 Geralmente, secundária à um infarto/embolia


da medula e no território da art. espinhal
anterior;
SÍNDROME ANTERIOR
DA MEDULA
 Desproporção entre a perda da força motora MMSS > MMII.

 Normalmente decorre de movimentos de hiperextensão na preexistência


de estenose de canal cervical prévia.

 Habitualmente, a história é de uma queda para frente que resulta em


impacto facial.

 Ocorre com ou sem fratura ou luxação.


SÍNDROME CENTRAL DA
 Recuperação da força muscular
MEDULA
 Melhor prognóstico.
 Resulta da hemisseccção da medula.

 Geralmente por Trauma penetrante.

 Apresenta: Comprometimento motor (trato


corticoespinhal)
SÍNDROME DE + perda da sensibilidade postural

BROWN-SÉQUARD + perda contralateral da sensibilidade térmica e à


dor (começa 1-2 níveis abaixo do nível da lesão).

 Costuma ocorrer algum grau de recuperação.

 Rara.
 Envolve as colunas dorsais → perda da sensibilidade vibratória +
propriocepção.

 Lesão rara → Associada a traumas em extensão

SÍNDROME DA COLUNA
POSTERIOR
 Entre o cone medular e as raízes sacrais

 Arreflexia de bexiga + Intestino + MMII

 Anestesia em sela
Lesão Equina
 Há riscos com a imobilização prolongada:
Lesões por pressão;
 Recomendado realizar rotação em bloco se
período
Imobilização > 2 hs na prancha longa;
prolongada
 Precoces: • Tardias:
 Depende da gravidade da • Infecção
lesão • Escaras
• Espasticidade
Complicações  Mais frequente → cervical ou
torácica alta
• Bexiga neurogênica
• Dor crônica
• Rigidez articular
 Insuficiência respiratória → • Tromboses
Choque neurogênico
 Farmacológico- Crescimento axonal

 Cirúrgico- Artrodese

Tratamento  Uso de Colar Filadélfia


Clínico
 Órtese Toracolombossacra
 Avaliar presença de:
 1. Deformidades ósseas;
 2. Fraturas dos processos ou corpo vertebral;
 3. Desalinhamento;
 4. Aumento da distância dos corpos;
 5. Estreitamento do canal cervical;
Avaliação  6. Aumento de partes moles pré-vertebrais;

radiológica
Avaliação
radiológica
Avaliação
radiológica
Avaliação
radiológica
 Avaliação do paciente TRM → Fase aguda

Avaliação  Anamnese;
 Exame físico;
Fisioterapêutica
 Reflexos;
 Função sexual;
 Mobilidade no leito.
Tornar o paciente
mais
participativo
possível

 Depende do nível, tipo e extensão da lesão


 Exercícios passivos, ativos, ativo assistidos,
resistidos
 Estimulação sensorial
 Estimulação Cognitiva
TRATAMENTO
FISIOTEREPÊUTICO  Treino de transferências e aquisições
motoras
 Treinos funcionais → AVD’s/ AIVD’s
 Tecnologia assistiva
 Órteses
 Orientações domiciliares Fase aguda
Prevenir e evitar
complicações
 FES;
 FNP;
 Cadeira de rodas;
Reabilitação do  Cinesioterapia clássica;
paciente:  Hidroterapia (paresia + posição
Tratamento ortostática?)
ambulatorial
 Fortalecimento de tronco
 Fortalecimento de MMSS
 Mobilização articular
Abordagem
ambulatorial
Como fica a
parte sexual?
80% ainda podem ter ereção

 Dois tipos de ereção:


 Psicogênica: alterada com a lesão medular;
 Ver algo → toque → desperte o desejo sexual (através de estímulos)
Parte sexual → TRM
 Reação reflexa: (geralmente preservada) estímulo direto o pênis →
ereção

Depende da gravidade da lesão


 UMPHRED, D. A. Reabilitação Neurológica. 5 ed. São Paulo:
Elsevier, 2009. (Biblioteca Física)

 O SULIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e


tratamento. 5 ed. Barueri-SP: Manole, 2010. (Biblioteca Física)

• KOPCZYNSKI, M. C. Fisioterapia em Neurologia. 1º ed. São


Paulo: Manole, 2012. Seção 3; Pág. 321. (Biblioteca Física e Virtual)
REFERÊNCIAS

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