Psicanalise - Freud

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RESUMO PARA PROVA DE PSICANALISE

Aparelho Psíquico
- O que é aparelho psíquico?
Uma organização psíquica dividida em sistemas, ou instâncias psíquicas. Com
funções específicas em cada uma delas, estão interligadas entre si e ocupam um
certo lugar na mente.
Modelo de lugares psíquicos.

1° Tópica do Aparelho Psíquico


Inconsciente, pré consciente e consciente.
Consciente: é a menor parte de um iceberg, emerge acima da superfície, podemos
ver num dado momento. Receber informações provenientes de excitações do
exterior e interior. Registradas qualitativamente de acordo com o prazer e/ou
desprazer que elas causam.
Pré-consciente: é a parte submersa do iceberg, mas facilmente acessível. São
dados não disponíveis num exato momento, mas que podem ser lembrados, com
um pequeno esforço. Peneira, o que permite ou não a passagem para o consciente.
Inconsciente: Já o inconsciente, a parte mais submersa, profunda de difícil acesso.
Representações das pulsões (vida ou morte). Depósito de repressões.

Fase I:
Processo primário: deslocamento e descarga da libido. Essa energia pulsional livre,
não há noção de hora, espaço ou contradições.
- Deslocamento: processo pelo qual uma carga efetiva ou uma representação
é transferida do objeto originário para um segundo objeto, que passa a
funcionar como uma alusão ao objeto primário.
- Condensação: mecanismo pelo qual uma representação inconsciente
concentra os elementos de uma série de outras representações.
Fase II:
A energia psíquica está presa e circula de forma mais compacta (controlada),
sempre ligada a alguma representação psíquica, principalmente aquelas que se
situam no sistema pré-consciente, consciente.
- É tudo aquilo que é consciente: imagens, sons, representações, ações,
palavras, entre outros conteúdos. Está associado ao ego e ao super-ego.

Pulsões
Da vida: toda demanda interna que nos manda buscar o prazer, a realizar projetos,
a criar. Fonte de energia: libido
- Energia empregada na manutenção da vida: Libido.

Da morte: Isolamento, estagnação, destruição e morte.


- Residem em todos nós, nunca sendo resolvido, um constante cabo de
guerra.
Id, ego e superego.
Id: estrutura original da personalidade - caótico, desorganizado e sem forma - todo
conteúdo do id é INCONSCIENTE.
- Todas as energias das pulsões, até mesmo as pulsões, busca a liberação
constante de toda energia, atenção e excitação.
- Não tolera frustrações, lógica, valores e ética não significam nada para o id.
- O id funciona segundo o princípio do prazer.

Ego: estrutura da personalidade que se desenvolve a partir do id a partir de quando


bebê vai tomando consciência de sua própria identidade.
- Seu objetivo é: atender e aplacar as exigências constantes do id,
preservando a saúde, segurança e a sanidade da psique.
- É lógico e racional
- A energia utilizada pelo ego vem do id.
- o ego se esforça pelo prazer e tenta evitar desprazer, porém ele considera as
limitações postas pelo mundo externo, observando se, como e quando elas
devem ser satisfeitas.
- O ego funciona segundo o princípio da realidade, separando o desejo
da fantasia.
- Fortalecer o ego para que ele se torne mais independente do
autoritarismo do superego, se torne mais senhor de si, com uma
capacidade de percepção mais apurada e ampliada lidando melhor com
as exigências que recaem sobre ele.

Superego: estrutura de personalidade que se desenvolve a partir do ego. É juiz das


ações e pensamentos do ego.
- Residem os códigos de conduta aprendidos no convívio social, as inibições e
os ideais.
- Age no sentido de proibir ou limitar certas atitudes
- Age independente das pressões do id por satisfação e das pressões do ego,
que ao seu modo também está na busca pelo prazer.
- Gera sentimentos de orgulho e amor-próprio, por bom comportamento
- Mas também gera sentimentos de culpa e inferioridade, pelo comportamento
desaprovado.

Mecanismos de defesa do ego:


Existe tensão entre o que o id quer realizar pelo prazer e as limitações impostas
pela realidade externa.
- Ansiedade: perigo iminente, você sente a sensação de perigo mas não há
ameaça por perto. Para Freud pode ser por libido contida (pulsões não
realizadas).
Mecanismos:
- Projeção: aponta nos outros o que tem nela.
- Formação reativa: inclinação para um comportamento que considera
reprovável então faz o comportamento contrário do que queria.
- Racionalização: uma ação inaceitável que foi cometida é reconhecida, mas
a intenção não, vendo o comportamento em si como inevitável, para escapar
do julgamento do superego.
- Negação: Da realidade: evento frustrante ou doloroso é negado para se
proteger psicologicamente daquela dor. Negação do pensamento ou desejo:
se recusa a admitir o que sente.
- Isolamento: separa entre pensamento e emoção
- Deslocamento: redirecionamos um impulso agressivo para algo que não
seja ameaçador.
-

Fases do desenvolvimento 5 fases


Fase oral: do nascimento até os 2 anos.
- Área erógena é a boca - Área na qual se concentram as necessidades do
bebê (sede e fome) e suas gratificações.
- A primeira área que o bebê vai aprender a controlar é a boca e é para ela que
ele direciona toda sua libido.
- Ainda que o bebê esteja alimentado ele deseja sugar objetos. A fome que é
uma necessidade orgânica já foi satisfeita, mas a pulsão que é uma
necessidade orgânica e psíquica nunca é saciada.

Fase anal: 2 aos 4 anos


- Aprende a controlar os esfíncteres e a bexiga. A expulsão das fezes pelo
anus pode gerar prazer, mas mantê-la também pode gerar prazer.
- Porém existe lugar certo e hora certa para fazer, esse é um dos primeiros
conflitos entre o indivíduo e as exigências da vida social.
- Pode controlar e não controlar de propósito para chamar a atenção.

Fase fálica: 4 a 6 anos


- É nessa fase que é percebida a existência de um penis, ou da falta dele.
- Os meninos: ereções - interesse da região genital, e os perceber que as
meninas não tem, e então vem o medo da castração.
- Mãe e pai: para o menino - começa a ver o pai como um rival - Complexo de
édipo. O menino fantasia matar o pai e casar-se com a mãe, mas também
pensa que seu pai o vê como rival e pensa que ele pode castrá-lo (ansiedade
de castração).
- Para a menina: ama e deseja a mãe, mas também a culpa pela falta de
pênis, então passa a desejar o pai (inveja do pênis) e pensa que se casa-se
com o pai e tivesse um filho com ele, isso compensaria sua falta de pênis).
Não tem medo de perder o pênis pois já não o tem, então as meninas
passam mais tempo no complexo. Tem medo de perder o amor dos pais pela
falta de pênis.
- Para Freud: o amor, o medo de castração , temor por ambos os pais e o
desejo pela mãe nunca vão ser resolvidos por completo. SÃO
RECALCADOS: ainda na infância tudo isso é descartado para o inconsciente,
reprimir o complexo de édipo é uma das primeiras tarefas que o superego
tem.

Latência: 5 aos 12
- Desejos sexuais não resolvidos anteriormente são reprimidos pelo superego.
- Sexualidae nã avança na latência
- Ego desenvolve a moralidade e a vergonha e a repulsa.

Fase genital: Início da obesidade


- Libido retorna.
- Já sabem quais são suas diferenças sexuais.
- O desejo sexual se torna adulto e buscam formas de satisfazer suas
necessidades eróticas.
- Sentimentos edipianos que não foram resolvidos anteriormente podem voltar
e assombrar a vida psíquica de alguns adolescentes.

Fixação: o que ocorre quando a pessoa não consegue passar normalmente de uma
fase para outra.
- Permanece com formas de gratificação mais simples ou infantis.

Estruturas clínicas
Neurose: distúrbio psíquico, patologias de ordem psicológica. Resultado de desejos
infantis que foram interditados ou esquecidos.
- Causa: recalque imperfeito (negação) de desejos que foram censurados.
Esses desejos que foram aprisionados no inconsciente buscam meios de se
manifestar, SINTOMAS NEURÓTICOS.
- Ego é incapaz de lidar com esses desejos reprimidos sem sofrer, então
quando esses desejos voltam de alguma forma eles precisam ser
mascarados. Máscara = sintoma neurótico.
Neuroses:
- Neurose de conversão: um sentimento ou desejo permanece reprimido no
inconsciente, mas mesmo não sendo mais lembrado causam sintomas
físicos: dores corporais, paralisia, cegueira, surdez.

- Neurose obsessiva: pensamento ou desejo que foi recalcado permanece no


inconsciente, mas a emoção atrelada a ele escapa e se liga a outras ideias
que se tornam obsessivas. E será necessário repetir essas ideias para tentar
(em vão) realizar o desejo original. Apego a rituais - checar o fogão antes
de sair várias vezes.
- Neurose fóbica: medos irracionais a coisas, trauma relacionado ao desejo
recalcado é deslocado para um novo objeto. Tem consciência que esses
medos não fazem sentido mas não conseguem CONTROLAR suas
reações de medo.

Na neurose a ponte com a realidade ainda existe, apesar de afetar a vida da


pessoa, ela sabe na maioria das vezes que precisa de ajuda.

Psicose:
Já o psicótico: constrói uma realidade paralela, não tem essa ponte com a
realidade, acredita na história que criou. Doenças em que há um
comprometimento neurofisiológico.
- Paranoia: sintoma - delírio. Na paranoia, o delírio pode ser relativamente
compatível com o dia a dia do psicótico, ou seja, pode não comprometer seu
convívio social.
- Esquizofrenia: afastamento da própria personalidade, estranha a si mesmo
e pode ter alucinações, perde o contato com a realidade e apresenta delírios
que o tiram do laço social.
- Alterações severas de humor: empobrecimento afetivo com sentimentos de
apatia e desmotivação. Um desaparecimento da energia e da iniciativa o
sujeito pode permanecer inerte por horas- catatônico- podem ocorrer
alucinações olfativas.

- Sexualidade para a psicanálise - as formas de lidar com o prazer.

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