TCC2011 CristianoRossi
TCC2011 CristianoRossi
TCC2011 CristianoRossi
INVERSOR DE FREQUÊNCIA
LONDRINA
2011
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
INVERSOR DE FREQUÊNCIA
CRISTIANO ROSSI
Cristiano Rossi
___________________________________
Profº Dr. Carlos Henrique Gonçalves Treviso
Orientador
_____________________________________
Profª Maria Bernadete de Morais França
Banca examinadora:
___________________________________
Profº Msc. André Luiz Batista Ferreira
___________________________________
Profº Dr. Walter Germanovix
Dedico este trabalho a Deus, aos meus pais e irmão que sempre estiveram
presentes me apoiando, e a todos aqueles que estiveram presentes em
minha vida me motivando.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por estar vivo e chegar até aqui, e que se faz
presente em tudo o que faço.
Agradeço ao meu pai Luis Roberto e minha mão Maria do Rosário e
ao meu irmão Rafael por todo o apoio e compreensão ao longo desses
anos de vida e convivência sempre amparando e apoiando uns aos outros.
Agradeço ao professor Dr. Carlos Henrique Gonçalves Treviso,
orientador deste trabalho, pelos momentos dedicados a me transmitir
conhecimento e idéias além de todo suporte técnico por ele fornecido, para
que pudesse realizar este trabalho.
Agradeço ao professor André Luiz Batista Ferreira por sempre me
auxiliar quando necessário com idéias, assim como aos demais membros do
laboratório que sempre me auxiliaram tecnicamente: Luis, Older, Luis Mathias.
Muito obrigado a todos pela cooperação para a realização deste trabalho.
Agradeço também ao João que sempre estava no laboratório compartilhando
idéias.
Agradeço ao meu amigo Régis que esteve comigo sempre presente na
realização deste projeto. Agradeço também aos demais amigos que sempre
estiveram comigo durante estes anos de curso, por todos os momentos de
apoio: Danilo, Heitor, Guilherme, César, Kawana, Raul, Anderson, Fabio, José
Octavio, Thiago, Douglas, Tulio, Fernanda, Gustavo, Edivaldo, Aline, João
Klayton, Cintia, Helton.
Agradeço a todo o corpo docente e técnico do Departamento de
Engenharia Elétrica da UEL, por todo o conhecimento disponibilizado por todos
as duvidas sanadas e pelos momentos de dedicação.
Agradeço a UEL e a todos os funcionários desta instituição que me
proporcionou a oportunidade de realizar este curso.
E por fim agradeço aos meus demais familiares e amigos que sempre
estiveram ao meu lado, me orientando e me ajudando.
Resumo do trabalho de conclusão de curso apresentado à UEL como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro
Eletricista.
INVERSOR DE FREQUÊNCIA
CRISTIANO ROSSI
Outubro/2011
CI – Circuito Integrado
CA – Corrente Alternada
CC – Corrente Contínua
DC – Direct Current
fm – Frequência da modulante
fp – Frequência da portadora
Lista de Figuras
1
constante, por isso é necessário se realizar a conversão de energia para que a
mesma possa ser transmitida através do sistema de distribuição que funciona
sobre o principio de transmissão de corrente alternada.
O processo de conversão de tensão continua para tensão alternada não
é tão simples, por isso se investe constantemente em pesquisas para
aperfeiçoar os métodos de conversão. Outro fato é que na conversão de
energia sempre ocorrem perdas por parte dos componentes dos próprios
inversores por isso se buscam métodos que minimizem a perda de energia em
um conversor a fim de se obter um melhor aproveitamento de energia.
Com o avanço da eletrônica esta se tornando possível melhorar cada
vez mais os processos de conversão, a pesar das técnicas e métodos de
conversões serem os mesmos de tempos atrás, a melhoria e o surgimento de
novos componentes eletrônicos tem tornado tais métodos cada vez mais
eficientes.
A principal metodologia utilizada em inversores é a modulação PWM
senoidal e todas as suas variantes. A eficiência de funcionamento desta técnica
depende sobe tudo da freqüência de chaveamento em que o inversor pode
operar, tal característica está diretamente ligada, ao tempo de resposta dos
dispositivos eletrônicos presentes nos inversores, com o avanço tecnológico a
capacidade de respostas dos mesmos esta cada vez maior, possibilitando
assim a utilização de altas freqüências na modulação PWM e como
conseqüência, melhorando a capacidade dos inversores.
2
2. Revisão de Literatura
3
2.1. Modulação PWM
(2.1)
4
Figura 2.3 - Sinal PWM gerado com onda triangular
5
Tal forma de onda pode ser obtida utilizando uma onda triangular
chamada de portadora com uma freqüência de 10 kHz, sendo comparada com
uma onda senoidal chamada de modulante que possui freqüência de 1kHz,
com visto na figura 2.4.
A forma de onda obtida diretamente da comparação entre as duas
formas de ondas produz a lógica utilizada pra acionar os MOSFETS T1 e T3
em contrapartida um sinal complementar a este deve ser produzido para gerar
os pulsos que acionaram os mosfets T2 e T4 da figura 2.1. Esta técnica é
conhecida com modulação senoidal PWM bipolar [1].
Um fator que ajuda a avaliar a eficiência da modulação é o índice de
modulação expresso pela equação 2.2.
(2.2)
6
200
150
100
50
Tensao (V)
0
-50
-100
-150
-200
0 0.5 1 1.5
tempo (ms)
7
Figura 2.7 - Ondas de tensão e corrente sobre carga indutiva
Como a tensão sobre uma carga indutiva é proporcional a derivada de
corrente, como descreve a equação 2.3 quando se aplica uma tensão positiva
constante sobre a carga a corrente cresce linearmente e quando aplicamos
uma tensão negativa constante a corrente decresce linearmente e na ausência
de tensão a derivada de corrente é zero por isso a corrente permanece
constante. [8]
(2.3)
8
Figura 2.8 - Circulação de corrente sobre as chaves 1
9
As chaves T3 e T4 sendo colocadas em condução e a corrente
permanecendo positiva a corrente de roda livre circula por T3 e pelo diodo em
paralelo a T4.
10
Figura 2.13 - Circulação de corrente sobre as chaves 6
Agora disparando as chaves T2 e T4 teremos sobre a carga uma tensão
negativa de V- , sendo que a corrente ira circular pelas chaves T2 e T4.
11
Primeiramente é necessário gerar dois sinais de onda senoidal idênticos
em valores de amplitude e freqüência, no entanto eles devem estar defasados
de 180º. Com isso realizamos a comparação de nossa onda triangular de
referencia com ambas as ondas de forma senoidal.
Teremos quatro tipos de comparação, sendo que cada uma das
comparações ira gerar o sinal de controle de um dos MOSFETS.
Na primeira comparação temos que a onda senoidal é comparada com a
onda triangular, sendo que nesta comparação quando o sinal de tensão da
onda senoidal for maior que o da onda triangular o nível lógico de saída do
comparador será alto e caso contrário será baixo, sendo assim gerado o sinal
do MOSFET T1 com mostrado na figura 2.16.
12
Figura 2.17 - Sinal de controle de T4
Ao aplicarmos tais sinais nas chaves, será obtido entre as chaves T1 e
T4 uma forma de onda como a que se segue na figura 2.18.
13
Figura 2.19 - Sinal de controle de T2
No quarto comparador, iremos comparar a onda senoidal defasada de
180º, com a onda triangular da portadora, sendo que, quando o nível de tensão
da onda senoidal for maior do que ao da onda triangular o nível lógico de saída
do comparador será alto, caso contrário será baixo gerando assim um sinal de
controle complementar a T2 como visto na figura 2.20 sendo este o sinal de
controle de T3.
14
Figura 2.21 - Sinal de tensão entre as chaves T2 e T3
No entanto a tensão que surge sobre a carga é igual a diferença de
potencial ente tensão entre as chaves T1 e T4, e a tensão entre as chaves T3 e
T2 como pode ser visualizado na figura 2.22.
15
Fazendo uma analise gráfica das formas de onda dos sinais de controle
das chaves utilizando como onda de referencia um sinal senoidal de 2.4 V de
amplitude e freqüência de 1 kHz, sendo a onda portadora uma onda triangular
com amplitude de 2,6 kHz e freqüência de 10 kHz, é possível verificar a forma
de onda de tensão sobre a carga, figura 2.22.
É interessante notar que devido a tal técnica de controle, a freqüência de
comutação entre um estado e outro tem o dobro da freqüência da onda
triangular portadora.
(2.4)
Onde T é o período da onda são as amplitudes de suas componentes
harmônicas calculadas pela equação (2.5).
(2.5)
16
Assumindo que a onda da figura 2.22 é um sinal periódico com
freqüência de 1kHz podemos calcular seu espectro de freqüência, assumindo
um período de 1 ms e utilizando o software matlab conseguimos o espectro de
freqüência do mesmo representado na figura 2.23 em que temos as cinqüenta
primeiras componentes harmônicas múltiplas da freqüência fundamental do
sinal.
17
Figura 2.25 - Harmônicas para portadora de 30 kHz
18
De acordo com a norma IEC 61000-2-2 de distorção harmônica é
definida pela equação (2.6)[5].
(2.6)
Onde é o valor eficaz da harmônica de n-ésima ordem e V1 é o valor
eficaz da harmônica de freqüência fundamental.
A norma IEC 61000-2-2 [5] permite que se utiliza-se até os harmônicos
de ordem n igual a 50.
Se calculada a TDH para ondas apresentadas anteriormente geradas a
partir de onda portadora triangular de amplitude 2,6 V e amplitude de referencia
de 2,4 V com freqüência de 1 kHz, terá que para portadora de 10kHz a TDH
igual a 0,57 já para uma portadora com freqüência de 20 KHz a TDH é igual a
0,53 e para portadora de freqüência de 30 kHz a TDH é igual a 0,47 , ou seja,
para maiores valores de freqüência da portadora espera-se menor distorções.
19
3. Desenvolvimento
3.1. Inversor
20
Os transistores MOSFETS presentes no circuito, operam no mesmo na
condição de chaves, estando em corte ou saturação, sendo que na saturação o
potencial entre dreno e source é praticamente zero e estando em corte é como
se o MOSFET fosse um circuito aberto [2].
Este presente circuito possui quatro estados de operação distintos. Em
um determinado momento temos os MOSFET T1 e T3 acionados, com isso
uma tensão positiva de Vcc é aplicada sobre a carga, em um segundo
momento os MOSFETS T4 e T3 são colocados em condução criando assim
uma condição de roda livre para a corrente, gerando uma tensão de 0V sobre a
carga, já em um terceiro estado os MOSFETS T2 e T4 são colocados em
condução, fornecendo assim uma tensão de -Vcc sobre a carga, em um quarto
estado quando T1 e T2 são colocados em condução também ocorre a situação
de roda livre gerando assim uma tensão de 0V sobre a carga.
Para a escolha dos MOSFETS que irão atuar como chaves deve-se
levar em conta a corrente que passará pelos mesmos, a tensão máxima que
cada um irá ficar submetido como também o tempo de resposta de cada um,
visto que eles devem ser capazes de comutar dentro da freqüência de 100 kHz.
Tendo que a potência máxima do inversor é de 500 W com isso se
calcula a corrente para uma carga resistiva com fator de potencia igual a 1.
(3.1)
Sendo assim nossa corrente de pico será dada pelo valor da corrente
eficaz multiplicado por um fator igual a raiz quadrada de dois.
(3.2)
21
O MOSFET deve suportar tal corrente.
Quando uma chave esta em corte a chave complementar a ela está em
condução sendo assim a tensão máxima que esta submetido uma chave é a
tensão da fonte de alimentação menos a queda de tensão entre os terminais de
dreno e fonte da outra chave, com isso pode se considerar uma máxima tensão
de 200V que é a tensão de alimentação do inversor.[8]
Devido a tais características optou-se por utilizar o MOSFET IRF 840
[23] que pode suportar uma tensão de 500 V e uma corrente de 8 A e seu
tmepo de resposta é de 3,5 V/ns.
3.1.1. Snubbers
22
Este circuito faz com que, quando a chave que está conduzindo fique
bloqueada a tensão não sofra uma variação imediata mais sim determinada
pelo carregamento do capacitor, assim não ocorrem oscilações muito grandes
na tensão.
O método utilizado para projetar os componentes do snubber consiste
em, primeiro determinar a máxima potência dissipada no resistor do snubber,
em nosso caso tomamos com referencia uma potencia de 1W, o seguinte
passo é determinar a máxima tensão sobre a chave e consequentemente sobre
o resistor que no caso é a tensão de alimentação do inversor, ou seja, 200 V.
Utilizando da equação 3.3 calculamos o resistor.
(3.3)
(3.4)
24
(3.5)
Da equação 3.5 pode-se chegar ao calculo da freqüência de corte do
filtro dada pela equação 3.6:
(3.6)
Também é possível obter o fator Q dado pela equação 3.7:
(3.7)
É interessante buscar um fator Q igual a 0,707 que produz assim um
filtro passa baixa com característica de Butterworth, no entanto devido ao fato
do fator Q depender da carga sendo esta variável, então adota-se para projeto
a maior carga que nosso inversor irá alimentar.
3.2.1. Indutor
25
(3.8)
Núcleo Kj X
20 ºC< < 60ºC
POTE 74,78. 0,17
EE 63,35. 0,12
X 56,72. 0,14
RM 71,70. 0,13
EC 71,70. 0,13
PQ 71,70. 0,13
(3.9)
26
A corrente de pico sobre a carga é igual a 6,41 A, contudo é importante
adotar um valor de corrente 20 % maior para melhor segurança no projeto.
(3.10)
Consultando o catalogo do fabricante encontramos que Ae é igual a 60
e utilizando Bmax com sendo 0,3 T encontra-se o fator de indutância Al.
(3.11)
Onde: = 4.π.
Al=
Ae=60
le=67 mm
(3.12)
27
Onde é o comprimento do entreferro
(3.13)
(3.14)
28
Neste caso opta-se por utilizar 5 fios.[4]
3.2.2. Capacitor
29
logo pode-se notar que existe uma pequena variação do modelo de filtro
idealizado para o modelo real.
Utilizando do modelo matemático do filtro dado pela equação 3.5 temos:
Temos que:
31
O principio de geração dos pulsos está em comparar um sinal senoidal
de referencial com uma onda triangular, portanto, o passo inicial é gerar a onda
triangular portadora para a comparação e geração do sinal PWM.
O circuito integrado NE566 pode ser utilizado para a geração do sinal de
onda triangular portadora. O capacitor C e o resistor R, como a tensão V5 são
responsáveis por realizar o controle da freqüência do sinal sendo relacionados
pela equação 3.15 [9].
(3.15)
6V
R3
100k
C1
C3 U1 47p U2A
4
5.6n 5 3 C4 TL074A
6 MOD SQWOUT 4 3 TRIANG
TRES TRWOUT +
7 1
TCAP 47u
2
-
LM566C OUTPAD
R2 C2
11
10k 2.2n
SET = 0.5
0 0
32
12V
10k
POT
3 1
12V
6V 12V
2
0 U3A
4
R11 U3C
4
C2 1k 3 trian_port
10 R8 + 1
+ 8 2
triangular
1n
9 -
- 3k3
TL074
11
TL074
11
0
0
2
1 3
10k
POT
33
12V
12V R6
R3 10k
10k 3 1
3 1 12V
12V
2
6V 12V
2
0 U1B
4
0 U1A
4
R7 U1C 5
+
4
C1 1k 3 R4 7
10 R1 + 1 6
+ 8 2 -
1n - 3k3
ref 9 TL074
11
- 3k3
TL074
11
TL074
11
0
0 10k
2
0 POT snoide_c
2
1 3
1 3
10k
POT senoide
34
complementar a este. Quando s situação é inversa, ou seja, T1 esta em nível
baixo e irá comutar para alto, mesmo que a saída do comparador responsável
por gerar a lógica de comutação de T1 esteja em nível lógico alto, a saída da
porta AND correspondente ao pulso T1 só ira comutar para nível lógico alto
quando o sinal de T4 habilitar a porta AND através do circuito RC[13][12][11].
12V
12V
U12
senoide U10 1
5
6
8 R20 3
2 1k 2
+ 7
1k AND2 T1
3
-
1k R24 U14
trian_port LM311
4
1
C6 10k
3 12 1
0
1n
2
0 INV
R25 U15
12V
12V C5 10k
3 12 1
0R23
U11 1n
5
6
8
1k
2
2 1k
+ 7 INV
3
- U13
1k LM311 1
4
1
3
2
AND2 T4
35
necessário, pois os mosfets necessitam de um nível de tensão entre seus
terminais de gate e source para que entre em saturação, sendo também
interessante propiciar um sinal de tensão negativo entre os mesmo para
garantir que os mesmos permaneçam em corte nos períodos de tempo em que
não devem conduzir. Contudo devido a estrutura do inversor temos que os
mosfets estão posicionados de tal maneira que estejam em níveis de potenciais
diferentes, como os sinais oriundos do circuito de controle estão todos sobre
um mesmo referencial e os mesmo não possuem níveis altos de tensão mas
apenas níveis lógicos (0 e 5V) que representam os dois modos de operação do
mosfet, então se faz uso de um circuito responsável por interpretar tal lógica e
assim, proporcionar os níveis de tensão necessários sobre os terminais de gate
e source dos mosfets.
O circuito proposto para realização do condicionamento dos sinais de
controle e disparo dos mosfets está representado na figura 3.8.
37
Neste circuito temos que o amplificador operacional que funciona como
um comparador, sendo que ele realiza a comparação entre um nível de tensão
DC, ajustado por um trimpot e uma onda triangular proveniente do circuito de
controle. Quando a onda triangular assume valores menores do que o nível DC
o amplificador operacional satura para a tensão de 12V e quando a tensão da
onda triangular tem níveis de tensão maiores que o nível DC o amplificador
operacional satura para a tensão de 0V, com resultado da comparação temos
na saída do amplificador operacional um onda pulsada com sendo seu ciclo
ativo (Duty cicle) dependente do nível DC, que pode ser ajustado pelo trimpot.
O sinal de saída do amplificador operacional é aplicado em um transistor
IRF540 [21], sendo que durante o ciclo ativo do sinal o transistor é colocado em
saturação com isso o transformador fica sujeito a uma tensão de 12V sendo
assim aparece um corrente de magnetização no enrolamento primário do
transformador que induz tensão nos enrolamentos secundários do
transformador, quando transistor esta em corte o enrolamento primário do
transformador agora esta sujeito à tensão do diodo zener e do diodo retificador
em série fazendo com que surja uma corrente de desmagnetização evitando
assim a saturação do núcleo.
Devido a relação de espiras dos enrolamentos primário e secundários,
surge uma tensão de 15 V nos enrolamentos secundários durante o ciclo ativo
dos pulsos, devido a conexão dos mesmos com diodos retificadores durante o
ciclo ativo os mesmo fornecem tensão ao circuito de drive e carregando um
capacitor, durante a desmagnetização do núcleo a tensão que surge nos
secundários é inversa sendo assim o diodo retificador permanece em corte
então quem exerce o papel de fornecer tensão ao circuito de drive é o
capacitor.
O circuito possui dois transformadores sendo cada um tendo
enrolamento primário de 29 espiras e dois secundários de 36 espiras sendo
ambos construídos com núcleo EE 25/10/6 [22] e fio AWG 23. Sendo assim
obtemos quatro fontes independentes e isoladas eletricamente sendo cada
uma alimentando um circuito de drive que realiza o controle de um mosfet.[16]
38
4. Resultados e análise
4.1. Protótipos
39
4.1.3. Circuito de controle
40
Figura 4.4 - Triangular na entrada do comparador PWM
41
Figura 4.6 - Ondas senoidais defasadas 180º
As formas de onda da figura 4.7 representam aos sinais dos pulsos
necessários para acionar as chaves do circuito inversor, nela estão
representados os sinais de T1 e T4 em um momento em que o valor da onda
senoidal atinge seu pico negativo e com isso temos valores pequenos de razão
cíclica.
42
Figura 4.8 - Sinais dos pulso T1 e T4 razão cíclica alta.
Na figura 4.9 podemos verificar os sinais de onda enviados para as
chaves T1 e T2, nesta figura é possivel visualizar a diferença entre os dois
pulso. É interessante observar que quando as chaves T1 e T2 estão em
condução temos que se cria uma roda livre através dessas duas chaves, e com
isso uma potencial de 0V sobre a carga.
43
Figura 4.10 - Pulsos PWM complementares com atraso
44
Os pulos da figura 4.13 mostram os sinais dos pulsos das chaves T1 e
T4 após passarem pelo circuito de drive e serem adequados, sendo estas as
ondas aplicadas sobre os mosfets do inversor.
46
Tendo sido ajustada a onda modulante para se obter a melhor tensão de
saída, variou-se o valor da tensão de alimentação do inversor (Vin) e
monitorou-se as correntes de entrada, de saída e a tensão de saída.
47
Figura 4.18 - Vin = 90V
48
Figura 4.21 - Vin=201 V
Com o intuito de se observar a resposta do inversor para uma variação
de carga resistiva, ajustou-se o inversor com uma tensão de entrada de até se
obter na saída um sinal com 110 V eficaz, sinal da portadora como sendo sinal
triangular de 5 V de pico a pico e freqüência de 100 kHz. Ajustou-se a
modulante acompanhando a tensão de saída a fim de se obter o maior valor de
amplitude sem distorção na tensão de saída. Utilizando como carga um
reostato de 1kΩ e máxima potencia de 1kW, alimentando-se o mesmo com o
inversor, e monitorando as correntes de entrada e saída, variou-se resistência
do reostato. Os resultados podem ser verificados na tabela 4.2.
49
Monitorando-se as correntes de entrada e de saída com a freqüência da
modulante mantida em 60 Hz, a freqüência da portadora em 100 kHz, realizou-
se uma variação na tensão de alimentação entre 60 e 120 V. Os resultados
obtidos estão na tabela 4.3.
50
Figura 4.23 - fp = 50 kHz
51
Devido à baixa freqüência da modulante é difícil avaliar a presença de
distorção, por isso para se ter uma melhor visualização, realizou-se o teste com
uma freqüência de onda modulante de 1 kHz.
Tabela 4.5 - Variação de fp (fm=1k, R=1k)
52
Figura 4.27 - fm = 1k e fp = 30k
53
Figura 4.30 - fm = 1k e fp = 15k
Constatou-se que para freqüências de onda portadora abaixo de 50 kHz
à presença de distorções se tornam mais evidentes visualmente com o auxilio
do osciloscópio. Na imagem da figura 4.27 podemos observar uma forma de
onda bem distorcida.
Na tabela 4.5 podemos verificar um aumento na corrente de entrada
para a diminuição da freqüência da onda portadora mostrando uma queda de
rendimento do inversor para uma diminuição de freqüência de chaveamento.
Calculo dos índices de modulação observados.
fm = 1 kHz e fp = 100 kHz:
fm = 1 kHz e fp = 50 kHz:
fm = 1 kHz e fp = 30 kHz:
fm = 1 kHz e fp = 25 kHz:
fm = 1 kHz e fp = 20 kHz:
fm = 1 kHz e fp = 15 kHz:
54
Como pode ser observado quanto menor o índice de modulação maior
será a distorção sofrida pela tensão de saída. Tal efeito pode se explicado
porque um índice de modulação baixo resulta em uma menor resolução na
amostragem dentro de um período do sinal modulante, sendo assim temos um
aumento de harmônicas próximas a freqüência de saída do sinal dificultando
assim a ação do filtro.
Com o objetivo de realizar uma avaliação das técnicas empregadas na
geração do PWM senoidal, realizou-se uma analise comparativa com a técnica
de modulação PWM senoidal bipolar realizada em [27].
A técnica utilizada neste trabalho faz com que a frequência de
chaveamento do inversor seja duas vezes a da onda portadora, sendo assim,
para efeito de comparação devemos tomar a modulação senoidal PWM bipolar
sempre com a frequência da portadora igual ao dobro da portadora da
modulação senoidal PWM unipolar pois assim teremos as duas com a mesma
freqüência de chaveamento.
Uma principal vantagem apresentada pela técnica bipolar é que seu
circuito possui um número menor de componentes, tornando sua
implementação e manutenção menos complexas e, consequentemente, com
custo mais baixo.
Realizando uma comparação das formas de onda das figuras com as de
[27] podemos observar que a técnica PWM senoidal unipolar, gera uma menor
distorção na saída do que a técnica de modulação PWM senoidal bipolar.
Figura 4.31 - Saída do inversor PWM senoidal bipolar fp=100 kHz e FM=1 kHz
55
Figura 4.32 - Saída inversor senoidal PWM unipolar fp=50 kHz Fm=1kHz
Figura 4.33 - Saída do inversor PWM senoidal bipolar fp=50 kHz e FM=1 kHz
Figura 4.34 - Saída do inversor senoidal PWM unipolar fp=25 kHz e FM=1 kHz
56
Figura 4.35 - Saída do inversor PWM senoidal bipolar fp=30 kHz e FM=1 kHz
Figura 4.36 - Saída do inversor senoidal PWM unipolar fp=15 kHz e FM=1 kHz
Tal diferença se justifica pelo fato de que a técnica PWM senoidal
bipolar, gerar uma forma de onda com um maior conteúdo harmônico,
apresentando componentes harmônicas de baixa freqüência com valores mais
altos de amplitude, sendo estas mais difíceis de serem eliminadas pela ação do
filtro causando assim uma maior distorção no sinal de saída.
Contudo observa-se que na modulação unipolar, os níveis de corrente
de entrada são mais altos do que na modulação PWM senoidal bipolar.
Para um alto índice de modulação, contudo a diferença entre as duas
técnicas é muito pequena, pois o conteúdo harmônico está diretamente ligado
com a freqüência da onda portadora, assim a distorção causada por ambas as
técnicas é muito pequena, se analisadas com o osciloscópio é quase que
imperceptível sendo assim a resposta do inversor para ambas as técnicas é
57
muito parecido, portanto para determinada aplicação qualquer uma das duas
técnicas pode ser empregada.
58
5. Conclusões
59
Para trabalhos futuros pretende-se realizar a melhoria do circuito de
controle com a inserção de um compensador, para uma melhor resposta do
filtro, além da criação de circuitos para a proteção contra curtos circuitos e
sobre aquecimento.
60
6. Bibliográfia
[6] OPPENHEIM, Alan V.; WILLSKY, Alan S.; NAWAB, S. Hamid. Signals and
Systems. 2. Ed. Nova Jersey: Prentice-Hall, 1997.
[7] MALVINO, Albert Paul. Eletrônica. 4. Ed. São Paulo: MAKRON Books,
1997. V. 2.
62
[21] Fairchild Semiconductor. IRF540N Datasheet. 2002.
http://www.datasheetcatalog.org/datasheet/fairchild/IRF540N.pdf (acessado em
23/10/11)
63
7. Apêndice
64
Figura 7.3 – Bottom Layer
65
V
12Vd 8 R7
c 22
4
SET =
k 12V
0.5 1 2
0
1
12 C5
10k 470 0
PO V 5
8 u
6 3 T 1 D
V 12 R10 TRAFO UF400
2 V1
6 12 2 V 10
1 23 6
V V K Z1 1 7 C6 6
0 1N474 7 470 OUTPA
4 U41 8 0
R7 R11
4 U41 D
7 9 u D
100 C6 1 3 + A TRIMP UF400
6 2
C3 6 14 + C R9 1 20
2
2
7 4 1 GND_
C3 U2 47 k U24 k 8 2 - D
7 4 1 09 7 K 0 1
5.6
9 5 3 3 p C4 TL074
B - 3k UF400
3 V1
n 6 MO SQWOU 4
0 5 + A n 1 TL07 R10 7 7
7 TRE
D
TCA
TRWOU
T 47 7 1 TL07 3 4 0 0 75
S T 6 - 1 AO C6 OUTPA
u 1 4 10 R10 MOS
P
LM566 0 3 + 1 470
2 D
R7 C3 1 TRIANG K
R9 6 3 IRF54
1
C 2.2 0 2 2 - u
10
5 8 1 2 1 9 0
SET = n 1 10 CA314 R10 1 GND_
k 1 3 1 D
0.5 481 0 2 0 2
K k TRAFO UF400
4 V1
0 0 24 6
10 0 7 9
PO 0 C6 OUTPA
k 0 7
T 9 470
3 D
INV4 0
INPA CD4049 1 INPA 1 u
D 9 4 GND_3
V1
D A 0 V2
D 0
5 2 D V2
12 R11 5 1
12 R13 R9 OPTO 47 5 4 UF4007
OUTPA
R13 10
5 V 47 6N13 3 C64
10 V 8 5 0 T1 D 470u
3 3 k 1 0 2 7 8
3 k 1 12 R11 BC33
5 R12
12 2 V 7 1
0 7 1
3 G
6 12 2 V 0 6 7 6 5 1 9 GND_
U42 3 K 2
V V 0 4 R12 4
4 U41 B
R13
4 U42 5 + 1
2
C6 1 1 D R13 7 Z2 T1
16 + C R12 + 1 0 Z1 1N473 1 K BC32
9 k 2 4 6 - 5 0 9 6
1 0 8 4 1 - 4 3k 1N473
9 6 0 7
re 9 - 3k 3 1 TL07 3 GND_
f n 1 TL07 3 4 1
TL07 3 1 Z1 C5 GND_
1 1 4
4 1N472
4 47
7 1
1 0
0 10k1 9 u
0 2 11 12
2 PO
0
1 T 3
1 3
GND_
10k 1 14 15
9PO INV4
T CD4049
B
INPA A 5 4 INPA
V1
D V1
D
1 2
R10
R10 OPTO 47
6 5 4
47
4 6N13
6 0
0 2 7 8 T
R10 BC33
9 R10
7 1
5 7 81 G1
6 7 6 5 1 0
3 K 2
R10
1
7
Z1 Z1 T1
0 1N473 1N473 9 1 K BC32
5 6 7 0
12 3 6 0 7
V 12 GND_
V U3 2
568 U3 1 6 Z1 C5 GND_
R12 R12 3 1N472
5 47
6 1 1 2
2 + 4 1 2
5
R12 7 7 9 u 1 2
1 3 - k AND
6
k1
LM31 R13 U32 1 1
k 41 10 8
1 C6 1 INV4 GND_ 4 5
0 8 3 k 12 1 CD4049
C 2
1 INPA A 7 6 INPA
2 V1
D V1
D
n 3 4
0 IN
12 R13 U3 R11
V
12 C6 210 9 R10 OPTO 47 5 4
V 47 6N13 2
V 0 3 k 12 1 9
568 U3 R13 7
1 0 2 7
7 8 0 T1
R12 0 2 R11 BC33
1 R11
2 + 5 1 n 7 1 1 G1
8
R12 IN 1 7 6
1 7 6 7 6 5 1 1
3 - k V 3 K 2
9
k1 U3 R11
41 LM31 1 7 1
5
k 1 3 Z2 Z2 T1
2 0 1N4732 1N473 9 1 K BC32
5 3 2
AND 3 6 0 GND_ 7
0 2 3
Z2 C6 GND_
1N472
1 47
1 1 1 3
9 u 1 2
1 1
12 GND_ 4 5
V 12 3
V U2
568 U2 1 7
R7 R7 3
2 + 5 1 2
7
R7 7 9 INV4
1 k AND CD4049
8 3 - E
k1 U22 INPA A 1 1 INPA
LM31 R9 V1 V2 C5 C4 C4 C5
41 D 1 2 D
k 1 C5 10
5 9 8 0 DR 3 5 1
7 1
4 DR
G R8 S 1 G R8 S
9 3 k
0 12 1
R11
UF400
5 1 u u UF400
6
1 2
5 1 0 3 7 u u 2
7 1 2 4 7
2 47
9 5 4 10 C4 10
n 0 IRF84 9 IRF84
0 IN T1 R R
12 R9 U4 R11 BC33 R12 0 1 0
V 3
12 C5 610 0 1 1 R8 u R9
V 8 7 1 R8 C4 47 R8 C4 47
V 0R9 8 3 k 12 1 K 7 6 5 22 9 SAÍDA 22 0
568 U2 1 6 1 k 5 2 k
R9 4 2 R12 1 n 11 2 1 n
2 + 6 1 n 1 L L
2
R9 IN 0 k k
1 7 Z2 T1 1 3 2 1 4 2
3 - k V R117 OPTO8 1N473 9 1 K BC32 V
3
k1 U2 6 4 202.8Vd 59 59
470 6N137 6 0 7 9
41 LM31 1 8 2 8 GND_ c u u
k 1 3 4
2 7 GND_ G12 DR DR
1 1 G R8 D UF400 C5 G R8 D1 UF400
AND 6 4 1 8 7
3 1 2 2 6 2 1 9 7 0 8 2 3 0 7
0 2 1 10 1 1 10
IRF84 IRF84
R u R
Z25 1 1 0 C5 C4 C4 C5 0
0 1N4733 R8 1 1 1 1 R9
5 4 5 2 6 8 1
R8 C4 47
8 u u u u R8 C4 47
1
7 22
4 k 4 22
3 k
Rs 1 n 1 n
Z24 C65 1 k k
1N4729 47u 1
k
GND_4
66