Didactica B 1

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Utilização de Recursos Didácticos no Ensino de Biologia

Mira Luís Basílio, 708194635

Curso: Ensino de Biologia


Disciplina: Didáctica de Biologia I
Ano de Frequência: 2º Ano

Quelimane, Junho, 2020

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Classificação
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 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

1 Introdução................................................................................................................................. 1

2 Recursos Didácticos ................................................................................................................. 2

2.1 Função dos recursos didácticos......................................................................................... 2

2.2 Utilização dos recursos didácticos e ensino de Biologia .................................................. 2

2.3 Diversidade de recursos didácticos ................................................................................... 3

2.4 A importância do uso de recursos didácticos .................................................................... 5

3 Conclusão ................................................................................................................................. 7

4 Bibliografia............................................................................................................................... 8

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1 Introdução

Na actualidade, a educação ainda apresenta inúmeras características de um ensino tradicional,


onde o professor é visto como detentor do saber, enquanto os alunos são considerados
sujeitos passivos no processo de ensino e aprendizagem.

Nessa lógica, com o passar do tempo o aluno perde o interesse pelas aulas de biologia, pois
muito pouco de diferente é feito para tornar a aula mais atractiva e que motive o mesmo a
aprender e construir seu próprio conhecimento. Os recursos utilizados geralmente são quadro
e giz e assim a aula acaba virando rotina, não chamando a atenção dos alunos para os
conteúdos abordados.

Para tornar a aula mais dinâmica e atractiva, existem diversos recursos que podem ser
utilizados pelos professores, contribuindo para a aprendizagem e motivação dos alunos.

Nesse sentido, o objectivo do presente trabalho é analisar a utilização dos recursos didácticos
no ensino de Biologia.

Para a materialização dos objectivos foi necessário recorrer a revisão bibliográfica.

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2 Recursos Didácticos

Os recursos didácticos são as ferramentas utilizadas pelo professor para facilitar o processo
ensino-aprendizagem, eles podem ser os mais simples como o pincel, apagador ou os mais
sofisticados como o computador, data show, camera digital etc.

Assim, recurso didáctico é todo material utilizado como auxílio no ensino aprendizagem do
conteúdo proposto para ser aplicado, pelo professor, a seus alunos. (SOUZA, 2007)

A teoria da comunicação os define como o canal através do qual se transmitem as actividades


docentes, são o sustento material das mensagens no contexto de sala de aula, qualquer objecto
pode ser um recurso desde que estabeleça uma relação de interacção recíproca com o aluno
na construção do conhecimento, ou seja, é o meio para se chegar a um fim.

A capacidade que os recursos têm de despertar e estimular os mecanismos sensoriais,


principalmente os audiovisuais, faz com o aluno desenvolva sua criatividade tornando-se
activamente participante de construções cognitivas. A utilização de recursos consiste em uma
mudança que abrange desde o próprio uso como também a postura do professor em
abandonar práticas tradicionais que não se enquadram nos novos padrões educacionais.

2.1 Função dos recursos didácticos

Os recursos didácticos têm como função aumentar o alcance das mensagens, ou seja, fazer
com que o maior número de alunos possa assimilar o conhecimento. Dessa forma, quanto
maior a diversidade de recursos, melhor é a aprendizagem, pois se os estudantes não
conseguem entender com um método, o uso de um segundo método pode melhorar o
entendimento e fixar a mensagem para quem já compreendeu.

2.2 Utilização dos recursos didácticos em ensino de Biologia

Quando falamos sobre a utilização de diferentes recursos didácticos no Ensino de Biologia, o


que surge com mais frequência é a associação com a realização de experimentos para facilitar
o entendimento de certos conteúdos, provavelmente devido ao cientificismo que transpõe os
limites da universidade e chega, muitas vezes, até as escolas de ensino básico.

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No entanto, é importante que percebamos que a experimentação representa apenas uma das
categorias de recursos didáctico que podem ser utilizados em sala de aula. Há diversos outros
que podem ser moldados e “reinventados” de modo a exemplificar, contextualizar e
esclarecer os conteúdos, facilitando o processo de ensino e aprendizagem. Marandino et al
(2009), ao falar do uso de tais recursos - em especial da experimentação - no ensino de
Biologia, pondera que:

Na escola, o que temos chamado de experimentação didáctica acompanha tradições, mas


sofre transformações em resposta às finalidades escolares historicamente consideradas. Nesta
instituição, a preocupação não é formar biólogos, e sim proporcionar a todos os alunos
vivências culturais criativas por meio das actividades experimentais que os ajudem a fazer
relações com os conhecimentos escolares em Biologia.

2.3 Diversidade de recursos didácticos

Tendo em vista a existência de diversos tipos de recursos didácticos-pedagógicos e a fim de


apresentar uma visão mais ampla desta diversidade passo a citar alguns recursos utilizada por
Mercado (2010) que conceitua e discute algumas modalidades didácticas.

 Na primeira modalidade apresentada, Mercado fala sobre a experimentação didáctica


e a utilização do laboratório, ressaltando, ao citar Marandino (2009, p. 103), que tal
modalidade de aula “resulta de processos de transformação de conteúdos e de
procedimentos científicos para atender às finalidades de ensino”, pois ainda que
existam semelhanças e diferenças com o contexto científico, a experimentação
didáctica assume configurações próprias no ambiente escolar. A autora também atenta
para o facto de que a aula prática não precisa, necessariamente, de um laboratório para
ser realizada, uma vez que o principal objectivo deste tipo de actividade não é que os
alunos manipulem vidrarias de laboratório, mas que sejam capazes de elaborar
hipóteses e discutir a respeito de suas concepções.

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 A próxima modalidade, apresentada por Mercado, é o Jogo didáctico. A autora o
caracteriza como actividade lúdica de criação, expressão e simbolismo. “Criação, pois
no jogo o estudante deve ter liberdade de inventar uma forma de aplicar o seu
conhecimento dentro das regras estabelecidas; expressão no sentido de que quando se
está jogando, estão sendo expostas formas de pensar e agir que são próprias do
sujeito; e simbolismo porque permite que o jogador manifeste e dê significados a
objectos, situações, conceitos que estão no plano psíquico” . Além disso, a autora
defende que o jogo pode ser utilizado de diversas formas com o objectivo de ensinar e
aprender e diz que a actividade lúdica é condição de desenvolvimento e expressa a
evolução mental do sujeito e a sua utilização possibilita que “aprender rime com
prazer” (Fortuna, 2000 apud Mercado, 2010 p. 9).

 Na terceira modalidade, é abordada a elaboração de histórias (histórias em quadrinhos


e tirinhas). A autora valoriza a elaboração destas actividades pelos próprios alunos,
ressaltando a importância do processo de criação na construção do conhecimento.
Além disso, ao citar Rittes (2006), Mercado comenta que o uso de histórias em
quadrinhos na sala de aula propicia o desenvolvimento de habilidades como escrita,
aquisição de vocabulário e desenvolvimento de leitura, além dos pontos específicos
trabalhados através das histórias. Mais do que isso, a autora ainda afirma que esse tipo
de modalidade didáctica pode ser utilizado como ferramenta para conhecer e valorizar
o conhecimento prévio dos estudantes em relação a determinados temas.

 Na modalidade que engloba excursões e trabalhos de campo, a autora destaca,


principalmente, a possibilidade de oferecer um contacto mais directo dos alunos com
conhecimentos variados e que isso pode, inclusive, potencializar o processo de
aprendizagem. Além disso, ela ressalta que as saídas podem ser realizadas para
parques, museus de ciências, ou até mesmo para proximidades da escola. Algumas
vezes, sair da sala de aula, ainda que seja para ir a algum lugar ao redor da escola,
pode ser o suficiente para contextualizar um ou outro conteúdo.

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A partir desta breve classificação, podemos perceber que existem diversas possibilidades de
fugir do padrão clássico de aula expositiva que consiste, basicamente, em uma forma de
informar os alunos dos mais variados conteúdos, sendo o centro da aula o professor e que
tende a se tornar entediante e não significativa para os alunos, pois necessitam prestar atenção
a uma grande quantidade de informações que dificilmente conseguirão ser bem processadas.

2.4 A importância do uso de recursos didácticos

Biologia é uma disciplina que muitas vezes não desperta interesse dos alunos, devido à
utilização de nomenclatura complexa para as mesmas. Isso exige do professor que faça a
transposição didáctica de forma adequada e também faça uso diversas estratégias e recursos.

A utilização de jogos, filmes, oficinas orientadas, aulas em laboratório, saídas de campo são
alguns recursos que podem ser utilizados sendo que, podem possibilitar a compreensão dos
alunos no sentido da construção de conhecimentos relacionados à área. Dessa forma, alguns
autores ressaltam a sua importância de alguns recursos didácticos que foram acima citados.

Enquanto joga, o aluno desenvolve a iniciativa, a imaginação, o raciocínio, a memória, a


atenção, a curiosidade e o interesse, concentrando-se por longo tempo em uma actividade.
Cultiva o senso de responsabilidade individual e colectiva, em situações que requerem
cooperação e colocar-se na perspectiva do outro. Enfim, a actividade lúdica ensina os
jogadores a viverem numa ordem social e num mundo culturalmente simbólico. (FORTUNA,
2003)

A realização de experimentos, em Ciências, representa uma excelente ferramenta para que o


aluno faça a experimentação do conteúdo e possa estabelecer a dinâmica e indissociável
relação entre teoria e prática. (REGINALDO et al., 2012)

As actividades de campo constituem importante estratégia para o ensino de Ciências, uma vez
que permitem explorar uma grande diversidade de conteúdos, motivam os estudantes,
possibilitam o contacto directo com o ambiente e a melhor compreensão dos fenómenos.
(VIVEIRO; DINIZ, 2009)

Para que os alunos demonstrem maior interesse pelas aulas, todo e qualquer recurso ou
método diferente do habitual utilizado pelo professor é de grande valia, servindo como apoio

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para as aulas. Assim, “recurso didáctico é todo material utilizado como auxílio no ensino
aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado, pelo professor, a seus alunos”
(SOUZA, 2007).

Dessa forma, as utilizações desses recursos no processo de ensino podem possibilitar a


aprendizagem dos alunos de forma mais significativa, ou seja, no intuito de tornar os
conteúdos apresentados pelo professor mais contextualizados propiciando aos alunos a
ampliação de conhecimentos já existentes ou a construção de novos conhecimentos. Com a
utilização de recursos didácticos diferentes é possível tornar as aulas mais dinâmicas,
possibilitando que os alunos compreendam melhor os conteúdos e que, de forma interactiva e
dialogada, possam desenvolver sua criatividade, sua coordenação, suas habilidades, dentre
outras.

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3 Conclusão

Os recursos didácticos são as ferramentas utilizadas pelo professor para facilitar o processo
ensino-aprendizagem, eles podem ser os mais simples como o pincel, apagador ou os mais
sofisticados como o computador, data show, camera digital.

Quando falamos sobre a utilização de diferentes recursos didácticos no Ensino de Biologia, o


que surge com mais frequência é a associação com a realização de experimentos para facilitar
o entendimento de certos conteúdos, provavelmente devido ao cientificismo que transpõe os
limites da universidade e chega, muitas vezes, até as escolas de ensino básico.

A partir desta breve classificação, podemos perceber que existem diversas possibilidades de
fugir do padrão clássico de aula expositiva que consiste, basicamente, em uma forma de
informar os alunos dos mais variados conteúdos, sendo o centro da aula o professor e que
tende a se tornar entediante e não significativa para os alunos, pois necessitam prestar atenção
a uma grande quantidade de informações que dificilmente conseguirão ser bem processadas.

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4 Bibliografia

CAVALCANTE, D. D.; SILVA, A. F. A. Modelos didácticos de professores: concepções


de ensino-aprendizagem e experimentação. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO
DE QUÍMICA, 14, Curitiba, 2008. Anais do XIV ENEQ. Disponível em:
<http://www.quimica.ufpr.br/eduquim/eneq2008/resumos/R0519-1.pdf>. Acesso em: 20 abr.
2020.

FORTUNA, T. R. Sala de aula é lugar de brincar? In: XAVIER, M. L. M. e DALLAZEN,


M. I.H. (org.) Planejamento em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre:
Mediação, 2000. (Cadernos de Educação Básica, 6) p. 147-164.

MARANDINO, Martha; SELLES, Sandra Escovedo; FERREIRA, Marcia Serra. Ensino de


Biologia: histórias e práticas em espaços educativos. São Paulo: Cortez, 2009.

MERCADO, Luisa Weber. Actividades práticas podem facilitar o processo de (re)


construção dos conceitos de Ciências e Biologia? Trabalho de Conclusão de Curso.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências
Biológicas: Licenciatura. Or: Eunice A. I. Kindel, 2010.

KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. 4ª Ed., São Paulo: Editora Edusp, 2008.

REGINALDO, C. C.; SHEID. N. J.; GULLICH, R. I. C. O ensino de ciências e a


experimentação. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA REGIÃO SUL, 9,
Caxias do Sul, 2012. Anais do IX ANPED SUL. Disponível em:
<http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/2782/286
> Acesso em 20 de Abril de 2020.

SOUZA, S. E. O uso de recursos didácticos no ensino escolar. In: I ENCONTRO DE


PESQUISA EM EDUCAÇÃO, IV JORNADA DE PRÁTICA DE ENSINO, XIII SEMANA
DE PEDAGOGIA DA UEM, Maringá, 2007. Arq. Mudi. Periódicos. Disponível em:
<http://www.pec.uem.br/pec_uem/revistas/arqmudi/volume_11/suplemento_02/artigos/019.d
f>. Acesso em: 20 Abril. 2020.

VIVEIRO, A. A.; DINIZ, R. E. S. Atividades de campo no ensino das ciências e na


educação ambiental: refletindo sobre as potencialidades desta estratégia na pratica
escolar. Ciência em tela, Rio de janeiro, v. 2, n. 1, 2009. Disponível em <
http://www.cienciaemtela.nutes.ufrj.br/artigos/0109viveiro.pdf> acesso em 20 de Abril. 2020.

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