CP Capitulo 1 e 2 - Pag 31-94
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do Estado
• Atendendo às necessidades do meio envolvente, foi
necessária uma adaptação por parte da Administração
Pública por forma a prosseguir com o interesse público
e dar resposta aos desafios envolventes.
• A RAFE em Portugal teve início em 1990 com a
introdução da:
1. Lei n.º 8/90, de 20 de fevereiro (lei de bases da
contabilidade pública)
2. Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de julho, que finaliza a
arquitetura legislativa da reforma orçamental e de
contabilidade pública.
3. Lei nº 151/2015- Lei Enquadramento Orçamental
Reforma da Administração Financeira
do Estado
Estes e outros diplomas contribuíram para a
reforma da Administração Financeira e
orçamental estabelecendo, nomeadamente:
• Regras e princípios de disciplina de gestão
financeira nos domínios económico, financeiro,
patrimonial e orçamental;
• Um novo enquadramento jurídico financeiro,
contabilístico e orçamental;
• Uma nova sistematização em matéria de
normalização contabilística pública;
• Um regime regra de unidade de tesouraria.
Lei n.º 8/90, de 20 de Fevereiro
• A Lei de Bases da Contabilidade Pública (Lei
n.º 8/90, de 20 de Fevereiro) aprovou os
princípios orientadores da Reforma.
• Com esta Lei foram criados dois regimes
financeiros distintos: Regime de Exceção, os
serviços com autonomia
Regime Geral, os serviços administrativa e financeira
com autonomia
administrativa
desde que “ (...) se justifique para sua
adequada gestão e, cumulativamente, as
receitas próprias atinjam um mínimo de dois
terços das despesas totais
Lei n.º 8/90, de 20 de Fevereiro
Lei n.º 8/90, de 20 de Fevereiro
• A contabilidade digráfica ou partidas dobradas surge com a Lei n.º
8/90, de 20 Fevereiro e o DL n.º 155/92, de 28 Julho, mas apenas
para os serviços com autonomia administrativa e financeira
• Contabilidade de Caixa e de compromissos
• Controlo de gestão-Autonomia administrativa (ministro
competente + Ministro das finanças); Autonomia administrativa e
financeira (tribunal de contas+ órgão fiscalizador interno)
• De acordo com Cunha (2011, p.8), as principais alterações
verificadas com a publicação da LBCP foi a maior autonomia
administrativa concedida nos atos de gestão corrente dos
organismos da AC, e a possibilidade de os dirigentes dos serviços e
organismos da AC passarem a poder gerir os meios de que dispõem
Decreto-Lei 155/92
Regime da Administração Financeira do Estado
• O DL n.º155/92, de 28 de Julho, marcou uma
nova fase na reforma, com o Regime de
Administração Financeira do Estado, ao substituir
a legislação de contabilidade pública das
reformas do início do século XX,
• “ O presente diploma, que desenvolve os
princípios estabelecidos, substitui 31 diplomas
fundamentais da contabilidade pública que vão
desde a 3ª Carta de Lei, de 1908, até ao presente
“ .
Decreto-Lei 155/92
Regime da Administração Financeira do Estado
6. Fundo de maneio
Para a realização de pequenas despesas podem ser constituídos
fundos de maneio a favor dos respetivos responsáveis.
2. Sistema de contabilidade:
-Atualmente SNC-AP
3. Património
- Bens, direitos e obrigações
.
Decreto-Lei 155/92
Regime da Administração Financeira do Estado
• Enquadramento dos serviços com autonomia administrativa e
financeira
7. Instrumentos de gestão previsional
A gestão económica e financeira dos serviços autónomos estabelece-se segundo:
• plano de atividades;
• orçamento de tesouraria;
• demonstração de resultados;
• balanço previsional.
• Integração das políticas económicas e orçamentais num processo com duas fases
• 1.ª fase: Programa de estabilidade; Lei das Grandes Opções; Quadro
plurianual das despesas públicas
• 2.ª fase: proposta de lei do Orçamento do Estado
Orçamento do Estado
Princípios e regras previstos na Lei de Enquadramento Orçamental (LEO)
• Anualidade
• Integridade (unidade e universalidade)
• Estabilidade orçamental
• Sustentabilidade das finanças públicas
• Solidariedade Recíproca
• Discriminação orçamental (regras da especificação, da não compensação
e da não consignação),
• Publicidade e
• Equidade Intergeracional
• Economia , eficiência e eficácia
• Transparência orçamental
Orçamento do Estado
Princípios e regras previstos na Lei de Enquadramento
Orçamental (LEO)
• Integridade (unidade e universalidade) ‰
O orçamento apresentado será um e nele estão incluídas
todas as receitas e despesas que o Estado estima cobrar e
pagar no ano a que respeita. ‰
O Estado deve, assim, elaborar em cada período orçamental –
ano – apenas um orçamento, o qual integra as
componentes do orçamento da administração central e o
orçamento da segurança social.
As receitas são
As despesas inscritas são
especificadas por
estruturadas por classificação
classificador económico
orgânica, funcional e económico
e fonte de
financiamento
Orçamento do Estado
Princípios e regras previstos na Lei de
Enquadramento Orçamental (LEO)
• princípio da Economia, eficiência e eficácia
A economia, a eficiência e a eficácia consistem na
utilização do mínimo de recursos que assegurem
os adequados padrões de qualidade do serviço
público; na promoção do acréscimo de
produtividade pelo alcance de resultados
semelhantes com menor despesa; na utilização
dos recursos mais adequados para atingir o
resultado que se pretende alcançar.
Orçamento do Estado
Princípios e regras previstos na Lei de Enquadramento Orçamental
(LEO)
• transparência orçamental
Regras Orçamentais:
• Regra do Saldo estrutural (corresponde à variação do saldo orçamental
definido de acordo com o Sistema Europeu de Contas Nacionais e
Regionais)
• Excedentes orçamentais- são usados para amortizar a dívida pública ou
constituir uma reserva)
• Desvio significativo-pode não ser considerado significativo desde que não
coloque em risco a sustentabilidade orçamental a médio prazo. Se for
significativo são ativados os mecanismos de correção
• Mecanismos de correção do desvio
• Situações excecionais (recessão económica profunda ou catástrofes
naturais)
• Limite da dívida pública (artº 25)
a situação orçamental das suas AP´s deverá ser equilibrada ou excedentária,
através de um Objetivo de Médio Prazo (OMP)
Processo Orçamental
Fonte:http://www.dgo.pt/politicaorcamental/Paginas/ConhecerProcessoElaboracaoOE/index.html
Elaboração do O Orçamento
Fonte: http://www.dgo.pt/politicaorcamental/Paginas/ConhecerProcessoElaboracaoOE/index.html
https://www.parlamento.pt/Orcament
oEstado/Paginas/oe-sobre.aspx
Aprovação do Orçamento
Execução do orçamento- RECEITA
Execução do orçamento
DESPESA
Compromisso-
é a assunção
perante terceiros Obrigação-
Cabimento da é um
Pagamentos
visa assegurar a responsabilidade compromisso
são exfluxos de
existência de por um possível orçamental que se
caixa
dotação passivo, em constitui em
contrapartida do contas a pagar
fornecimento de
bens e serviços
Autorização
Fatura pagamento/cheque
Documento
Nota de encomenda/
interno
assinatura de contrato
Exercício 3
Operação
(cabimento/Compromisso/Obrigação/Pagamento/Nenhum/Liquidação/Cobrança
Descrição Valor
Objetivo:
Consiste em melhorar o status dos serviços públicos através da
eficiência, eficácia, responsabilidade, o qual é um processo
incremental e evolucionário (Araújo J. F., 2000)
Reforma
• A evolução da contabilidade pública em Portugal foi
impulsionada pelo resto dos países vizinhos e
principalmente por aqueles que eram mais industrializados.
• As maiores alterações verificaram-se a partir da década de
90, até este período a nossa contabilidade era pouco
desenvolvida e quase não sofria alterações, tratando-se de
uma contabilidade meramente orçamental com pouca
evolução.
• Foi a partir de 1990 que as grande alterações se fizeram
sentir na CP portuguesa. Começando pela lei das bases da
contabilidade pública e acabando no mais recente sistema
contabilístico, SNC-AP, passando ainda pelo recém
reformado POCP..
Reforma
• Reforma orçamental, de 1928, que aprova o
modelo de Orçamento Geral do Estado
• Contabilidade Pública: era contabilidade
orçamental (receitas e despesas) em partida
simples , base de caixa
• qualquer pessoa que soubesse ler e escrever
podia fazer contabilidade
Reforma
• Este regime (Contabilidade Pública = Contabilidade
Orçamental) vigorou durante um longo período e só
começou a ser questionado com a entrada de Portugal na
União Europeia em 1986:
• Lei n.º 8/90, designada por Lei de Bases de Contabilidade
Pública (aprovou os princípios orientadores da reforma)
• Decreto-Lei n.º 155/92- regime da Administração
financeira do Estado: os organismos com autonomia
financeira (regime excecional) utilizavam o regime de
contabilidade de acréscimo e o modo de registo digráfico
com base no POC; organismos sem autonomia financeira
(regime geral), só contabilidade orçamental no regime de
caixa modificada; contabilidade de compromissos; unidade
de tesouraria
Reforma
• O Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP),
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 232/97, obrigava
todos os organismos da Administração Central,
Regional e Local a implementar, de imediato, um
sistema integrado de contabilidade orçamental,
patrimonial e analítica, em método digráfico
A elaboração desta sebenta foi também, possível dada a consulta de material de apoio, na área de
contabilidade pública, do Professor Doutor Nuno Adriano Baptista Ribeiro (Professor do Instituto
Politécnico de Bragança)