15120516022012fisica B Aula 2
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Aula 2
MECÂNICA RELATIVISTA – PARTE II
META
Dar continuidade ao estudo do movimento relativo a partir das transformadas
de Lorentz; detalhando-a e observando a genial interpretação dada por Einstein
àquelas estranhas equações desenvolvidas pelo físico holandês Lorentz.
Mostrar ainda as fortes implicações dos postulados de Einstein na Dinâmica
das partículas em movimento.
OBJETIVO
O estudante ao fim dessa aula deve ser capaz de compreender as
transformações de Lorentz bem como seu alcance e implicações, assim como
a interpretação que Albert Einstein concebeu para a aparente contradição
implícita na citada transformação.
PRÉ-REQUISITOS
Postulados de Einstein para a cinemática dos movimentos. Conceito de força,
energia e momento linear.
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Inn trodução
Quando Albert Einstein formulou seus postulados da Teoria da Relatividade
Especial, ele procurava responder a algumas aparentes incoerências e inconsistências entre
os experimentos dos físicos americanos Michelson-Morley e as equações do grande físico
holandês Hendrick Lorentz (1853-1928).
3 - Transformação de Lorentz
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Como o PL move-se paralelo aos eixos x e x´, então os valores das outras duas
coordenadas serão idênticos, tanto no sistema O como no O´, assim
(3.1)
(3.2)
(3.3)
(3.4)
(3.5)
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(3.6)
(3.7)
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Para obtermos a equação inversa de 3.7, deve-se introduzir a equação 3.3 em 3.2,
assim
(3.8)
(3.9)
(3.10)
(3.11)
(3.12)
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Exemplo 3.1
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Exemplo 3.2
U ma nave espacial está viajando e passa pela Terra com velocidade relativa V =
0,8c. O rádio da nave sofreu uma pane e eles ficaram tentando estabelecer a
c omunicação e ela foi retornada depois dos pilotos concertarem o rádio, tarefa que
d emorou 2,5h. Qual foi o tempo esperado pela central de controle na Terra.
(3.13)
(3.14)
(3.15)
(3.16)
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(3.17)
(3.18)
(3.19)
(3.20)
(3.21)
(3.22)
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Exemplo 3.3
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Exemplo 3.4
(3.23)
Com uma série de deduções que não cabe no nível deste curso, chegou à conclusão
que a massa relativística varia segundo a equação 3.24
(3.24)
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Figura 3.2 Variação da massa relativística com a velocidade. Próximo da velocidade da luz (c), a massa
inercial cresce para o infinito. Para baixas velocidades, a massa inercial permanece quase inalterada, indicando
o limite clássico.
(3.35)
E xemplo 3.5
Uma navve tem uma massa de repouso igual a 1 tonelada, desloca com relação a um
sistema inercial O. Qual deveria ser a velocidade v da nave para que a mesma
s ofresse um aumento na massa inercial de 1 g?
e como
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, então
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Finalmente,
(3.36)
(3.37)
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(3.38)
Através da equação 3.38, percebe-se que no repouso, a cada massa ( ) pode ser
associada uma energia ( ) e vice-versa, assim
Pode-se também, se uma massa sofrer uma variação ( ) teremos uma variação na
energia ( ) e vice-versa, então
(3.39)
A equação 3.39 foi proposta por Einstein, mas já foi amplamente comprovada
experimentalmente e passou a ser a equação mais conhecida pelas pessoas leigas – a
imagem de Einstein é sempre associada a .
Pode-se obter uma expressão que correlaciona momento com energia
multiplicando a equação 3.35 por , temos
(3.40)
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, assim
, sabendo que
, então
(3.41)
E xemplo 3.6
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E xemplo 3.7
Finalmente,
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Exemplo 3.8
e como , temos
Com a energia cinética de 10 MeV, o elétron se desloca com uma velocidade muito
próxima a da velocidade da luz, que equivale a 99,88% da velocidade da luz.
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Exemplo 3.9
ATIVIDADES
1) Um observador em O anota o espaço e o tempo de um evento como sendo
e . Qual é o espaço e o tempo deste evento em O´, o
qual se move na direção de crescimento de com ? Assumindo que
em . R.: 81 km e 39 μs.
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CONCLUSÃO
Pudemos demonstrar nessa aula que, com o auxílio da transformada de Lorentz é
possível relacionar as coordenadas x, y, z e o tempo t, de um evento no referencial O às
coordenadas x´, y´, z´ e o tempo t´, do mesmo evento observado pelo referencial O´, o
qual se move com velocidade V paralelo ao eixo x, relativa ao referencial O. Amparados
ainda pela interpretação de Einstein para tais fenômenos demonstramos que nossa visão de
espaço e tempo nunca mais seria a mesma, visto que esse dois conceitos se auto-relacionam
para corpos em movimento.
Verificamos ainda que a Dinâmica Newtoniana também precisaria ser revista em função
dos novos pressupostos introduzidos por Einstein. Concluímos, portanto que, o que aumenta
com a velocidade não é a quantidade de matéria do corpo, mas sim sua massa inercial – aumenta a
resistência da partícula ao movimento.
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RESUMO
Coeficiente de Lorentz:
Dinâmica Relativistica
Variação da massa relativística com a velocidade. Próximo da velocidade da luz (c), a massa inercial cresce
para o infinito. Para baixas velocidades, a massa inercial permanece quase inalterada, indicando o limite
clássico.
Energia Relativística
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PRÓXIMA AULA
Em nossa próxima aula discutiremos um novo assunto: a evolução das idéias sobre
a origem e organização do universo até chegarmos ao conceito de gravidade.
REFERÊNCIAS
ALONSO, M., Finn, E. J. Física. Vol1. 1ed. São Paulo: Addison-Wesley, 1999, 936p.
TIPLER, P. A., MOSCA, G. Física. Vol. 3. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006, 293p.
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