Ditadura Civil Militar
Ditadura Civil Militar
Ditadura Civil Militar
ENSINO MÉDIO
TRABALHO DE HISTÓRIA
DITADURA CIVIL-MILITAR (1964 – 1983)
SÃO PAULO
2023
GIOVANA LIMA OLIVEIRA
GIOVANNA BITARÃES RODRIGUES
GIOVANNA FERNANDES GALDINO
MARCOS R. VERDANIO FILHO
VITOR AUGUSTO MARQUES
JÚLIA GALDENCIO
3ºA
TRABALHO DE HISTÓRIA
DITADURA CIVIL-MILITAR (1964 – 1983)
SÃO PAULO
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. DITADURA MILITAR NO BRASIL
2.1 Como ocorreu?
2.2 Consequências
2.3 Atos institucionais
2.4 Economia
2.5 O fim da Ditadura
3. GOVERNO CASTELLO BRANCO
3.1 Golpe de 1964 e posse de Castello Branco
3.2 Aparato de repressão
3.3 A repressão aumenta: AL-2 e AL-3
3.4 Economia
4. GOVERNO COSTA E SILVA
4.1 Política econômica
4.2 A oposição cresce
4.3 Ato institucional nº5
4.4 Fim do governo
5. GOVERNO EMÍLIO MÉDICI
5.1 Governo Médici
5.2 Sequestro do diplomata americano Charles Elbrick
5.3 Milagre econômico
5.4 Biografia de Médici
6. MILAGRE ECONÔMICO
6.1 O que é e início
6.2 Obras durante o Milagre Econômico
6.3 Fim do Milagre Econômico
6.4 Consequências
6.5 Década perdida
7. CULTURA NA DITADURA MILITAR
8. INÍCIO DA ABERTURA POLÍTICA E GOVERNO GEISEL
8.1 Abertura política
8.2 Governo Geisel (1974-1979)
9. FIM DO REGIME MILITAR: GOVERNO JOÃO FIGUEIREDO
9.1 Governo João Figueiredo...........................................................................
9.2 Lei da Anistia...........................................................................................
9.3 Atentado do Riocentro............................................................................
9.4 Pluralidade Partidária..........................................................................
9.5 Revolução Iraniana .........................................................................
9.6 Década Perdida.....................................................................
10. CONCLUSÕES
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................
1. INTRODUÇÃO
A "Ditadura Civil-Militar" refere-se a um período sombrio da história do Brasil que
compreendeu aproximadamente as décadas de 1964 a 1983. Durante esse tempo,
o país foi governado por regimes autoritários que combinaram elementos militares e
civis, resultando em uma repressão política generalizada, restrições às liberdades
civis e violações dos direitos humanos.
O golpe que deu início a essa ditadura ocorreu em 31 de março de 1964, quando
militares brasileiros depuseram o presidente democraticamente eleito, João Goulart.
O pretexto para a intervenção militar foi a suposta ameaça comunista, que os
militares afirmavam que o governo de Goulart representava. No entanto, ao longo
dos anos, ficou claro que a ditadura tinha motivações mais amplas, incluindo
interesses econômicos, políticos e sociais.
O governo militar que se estabeleceu após o golpe suspendeu a Constituição,
dissolveu os órgãos legislativos e executivos, e governou através de atos
institucionais. A censura à imprensa foi imposta, a oposição política foi reprimida e
diversos líderes políticos, artistas, jornalistas e ativistas foram perseguidos, presos,
torturados ou exilados. Um dos episódios mais tristes desse período foi o recorrente
uso de tortura como método de obtenção de informações e controle sobre
dissidentes.
O regime ditatorial também promoveu um crescimento econômico concentrado,
favorecendo setores empresariais e multinacionais, enquanto marginalizava as
camadas mais pobres da sociedade. Programas de desenvolvimento foram
implementados, mas muitas vezes às custas dos direitos humanos e da justiça
social.
Ao longo dos anos, a resistência ao regime cresceu, com manifestações estudantis,
greves e movimentos populares ganhando força. Na década de 1970, a pressão
interna e externa aumentou, com países e organizações internacionais denunciando
as violações dos direitos humanos no Brasil.
O processo de abertura política, conhecido como "Abertura", começou nos anos
1970 e culminou na década de 1980 com a revogação dos atos institucionais e a
convocação de eleições diretas. Em 1985, o Brasil finalmente recuperou a
democracia com a eleição indireta de Tancredo Neves como presidente.
A Ditadura Civil-Militar deixou marcas profundas na sociedade brasileira, afetando
não apenas as vidas daqueles que sofreram diretamente com a repressão, mas
também influenciando a política, a cultura e a consciência coletiva do país até os
dias de hoje. O período é lembrado como um importante capítulo da história do
Brasil, que ressalta a importância da preservação das instituições democráticas, dos
direitos humanos e do Estado de Direito.
2. DITADURA MILITAR NO BRASIL
A Ditadura Militar foi um regime político comandado por membros das Forças
Armadas. Seu período mais recente no Brasil vigorou por 21 anos, entre 1964 e
1985.
Ditadura Militar foi o regime político no qual membros das Forças Armadas de
um país centralizam política e administrativamente o poder do Estado em suas
mãos, negando à maior parte dos cidadãos a participação e a decisão nas
instituições estatais. Seu período mais recente durou de 1964 a 1985. Durante a
ditadura, ocorreu o “milagre econômico”, ao mesmo tempo que houve congelamento
dos salários. Prisões, torturas e outras violências extremas ocorreram nesse regime.
O primeiro governo civil após a ditadura foi de José Sarney, eleito indiretamente em
1985.
2.2 Consequências
A Ditadura Civil-Militar no Brasil foi marcada pela extrema violência com a
qual foram combatidos os opositores do regime. Prisões arbitrárias, torturas,
estupros e assassinatos aconteceram pelas forças militares e policiais no país.
Desde o primeiro momento, direitos políticos foram cassados, instaurando-se ainda
uma rígida censura aos meios de comunicação e à expressão literária e artística da
população.
3.4 Economia
No plano econômico, o governo de Castello Branco ficou marcado por uma
política de austeridade que tinha como objetivo primordial o controle e a redução da
inflação no Brasil, além do combate ao endividamento público. Para alcançar esses
propósitos, foi criado o Plano de Ação Econômico do Governo (Paeg).
Esse plano procurava reduzir o endividamento do governo a partir do controle
de gastos. Para isso, foi elaborada também uma política de reajuste salarial que
ofertava ao trabalhador reajustes anuais sempre menores que a inflação do ano
anterior. Essa política de controle dos salários do trabalhador demonstra bem o
caráter austero da política econômica do governo de Castello Branco.
Esse pacote trabalhista e econômico consta também da Lei de Greve de
1964, que estipulava condições extremamente complicadas para a realização de
greve no Brasil, tornando quase impossível a realização desse direito no país.
Em relação aos seus objetivos, o Paeg foi considerado bem-sucedido, pois a
inflação caiu a partir de 1965. Apesar disso, esse plano, bem como toda a política
econômica desse governo, visava a atender aos interesses do grande empresariado
do país, fato que ficou evidente com as medidas tomadas pelo governo de Castello
Branco, como controlar o salário dos trabalhadores, restringir o direito de greve,
além de retirar outros benefícios dos trabalhadores.
6. MILAGRE ECONÔMICO
6.1 O que era e início
O início do milagre econômico está na criação do Programa de Ação
Econômica do Governo (Paeg) na gestão do presidente Castelo Branco (1964-
1967).
O Paeg previa incentivo às exportações, abertura ao capital exterior, bem
como reforma nas áreas fiscal, tributária e financeira.
Durante o milagre econômico, o PIB alcançou 11,1% de crescimento anual.
Para centralizar as decisões econômicas foi criado o Banco Central. Da
mesma forma, a fim de favorecer o crédito e resolver o déficit habitacional, o
governo instituiu o SFH (Sistema Financeiro Habitacional), formado pelo BNH
(Banco Nacional de Habitação) e pela CEF (Caixa Econômica Federal).
A principal fonte de recursos para o sistema habitacional viria do FGTS
(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Este imposto, criado em 1966, era
descontado do trabalhador e foi usado para estimular a construção civil.
Também se favoreceu a criação de bancos para estimular o mercado de
capitais e a abertura de crédito para o consumidor melhorando, entre outros, o
desempenho da indústria de automóvel.
Além disso, nada mais que 274 estatais, como a Telebrás, Embratel e
Infraero foram abertas neste período.
Na época, o ministro da Fazenda, Delfim Neto, justificou essas medidas como
fundamentais para impulsionar o crescimento do País. Delfim Neto utilizava a
metáfora que “o bolo precisava crescer para depois ser repartido”.
Pontos Positivos
Construção de obras importantes, como a ponte Rio-Niterói e a usina de
Itaipu
Aceleração da industrialização
Incentivo à indústria da construção civil com a criação do Sistema
Financeiro Habitacional
Pontos Negativos
Aumento da pobreza
Aumento da inflação
Redução do poder aquisitivo do trabalhador pobre
Investimento mínimo em saúde, educação e previdência social
Desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar
Aumento da dívida externa
Corrupção e favorecimento a empreiteiras ligadas ao governo
Dependência de empréstimos do exterior, principalmente dos Estados
Unidos
6.4 Consequências
A política econômica do regime ditatorial foi centralizadora, privilegiou o
aumento da máquina pública e favoreceu as camadas mais ricas com isenção de
impostos.
Assim, houve elevado déficit do salário mínimo e a redução da renda das
camadas mais pobres da população. Em contrapartida, os mais ricos acumularam
proventos.
Os serviços de áreas como a saúde, educação e previdência social ficaram
prejudicadas, pois não acompanharam o crescimento populacional e não receberam
investimentos. Desta maneira, foram perdendo a qualidade e eficiência.
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branco.htm
Acessado em:18/08/2023 às 19:30
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Acessado em:17/08/2023 às 17:09
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Acessado em: 19/08/2023 às 20:20
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Acessado em: 17/08/2023 às 17:42
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Acessado em: 18/08/2023 às 14:50