A Construção Do Discurso de Sedução em Um Jornal Sensacionalista
A Construção Do Discurso de Sedução em Um Jornal Sensacionalista
A Construção Do Discurso de Sedução em Um Jornal Sensacionalista
A construção
do discurso
de sedução
em um jornal Aparece finalmente sob a forma de livro a importante
dissertação de mestrado de Rosa Nívea Pedroso
sensacionalista (Ufrgs), “A construção do discurso de sedução
em um jornal sensacionalista”, defendida na
Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1983.
O texto é bastante enxuto, mas não são poucos
os seus méritos, sobretudo considerando que,
sem ter passado por qualquer revisão, resiste
bem à distância temporal de vinte anos existente
entre nós e a época de sua elaboração. Depois de
“O Desvio nosso de cada dia” (1980), de Antônio
Serra, o trabalho foi um dos primeiros a deter-se
de maneira sistemática e em atitude reflexiva
sobre o jornalismo popular e sensacionalista,
que tanto marcou, pelo menos durante certo
período, a trajetória da imprensa no centro do
País.
Rosa Nívea trabalha criativamente com
um paradigma metodológico em relação ao
qual temos muitas reservas e restrições, a
análise do discurso, porque logra escapar do
seu formalismo esterilizante e cosmeticamente
científico. A preocupação em apanhar a maneira
como se constrói o sentido e se instaura
um mundo através das páginas do veículo
estudado não se separa de uma análise sobre
as circunstâncias sociais e históricas que o
determinam, tanto quanto de uma reflexão sobre
seu sentido na formação da imagem do mundo
do homem excluído ou marginalizado.
Influenciada pelo que de melhor, segundo
nos parece, originou-se da produção teórica do
argentino Eliseo Verón, mas indo além, no sentido
de questões de autêntico interesse humano, a
autora se detém sobre o caso do finado jornal
“Luta” (RJ). Primeiro situa as condições gerais da
atividade jornalística na sociedade capitalista,
combinando sua indicação com o relato da
maneira como surgiu e se estruturou o produto
cultural em exame. Destaca-se ainda, embora
não se a analise como poderia, a conexão
entre esse jornal e o que sucedeu, o “Luta
Democrática”.
Fundado pelo político udenista Tenório
Cavalcanti, “Luta Democrática” foi, respeitadas
Francisco Rüdiger as diferenças, o equivalente carioca do jornal
Professor do PPGCOM PUCRS/RS