Rodada 01 Pen PRF
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Sumário ............................................................................................................... 2
a. Teoria .............................................................................................................. 5
c. Revisão 01 ................................................................................................... 18
d. Revisão 02 .................................................................................................. 20
e. Revisão 03 .................................................................................................. 22
f. Normas .......................................................................................................... 24
g. Gabarito ....................................................................................................... 28
2
Rodada #01 –Direito Penal
Raio X da Banca
Prezado aluno,
PERCENTUAL DE
CONTEÚDO
COBRANÇA
6. Outros 5%
Total 100%
Obs.: Alguns dos itens do edital são novos para este concurso. Sendo
assim, poderemos ter muita variação.
3
Assuntos da Rodada
4
a. Teoria
Olá, pessoal!
Vamos iniciar o nosso estudo sobre o Direito Penal discorrendo sobre os
princípios da legalidade e da anterioridade e a aplicação da lei penal no
tempo e no espaço.
Após a leitura da matéria, traremos questões para testar e fixar o
conteúdo.
Boa aula!
A seguir vamos nos ater a alguns princípios que são importantes para
o nosso estudo de Direito Penal.
5
1.4 É expressamente vedada, conforme art. 62 da Constituição
Federal, a edição de medidas provisórias sobre a matéria
concernente a Direito Penal.
I – relativa a:
CRIMES
PRINCÍPIO DA
LEGALIDADE
ABRANGE CONTRAVENÇÕES
MEDIDAS DE
SEGURANÇA
6
“Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação legal.”
7
4.2 A revogação pode ser:
- parcial: derrogação
ABOLITIO CRIMINIS
RETROATIVIDADE
8
Mas o que é vacatio legis? É o prazo legal que uma lei tem
para entrar em vigor. Ou seja, é o lapso temporal entre a publicação
de uma norma e o início da sua vigência.
9
8.2 Preceito secundário ou sanctio iuris: a ele cabe a tarefa de
individualizar a pena cominando-a em abstrato. Vem logo depois do
preceito primário. Por exemplo, no preceito secundário do art. 155 do
Código Penal, temos a seguinte redação:
10
infrações de menor potencial ofensivo. Para o referido concurso é
importante apenas entender que há exceção, sem necessidade de se
aprofundar nesse sentido.
a. Incondicionada:
Hipóteses
11
b. Condicionada:
Hipóteses
Condições
12
14.1.3 plataforma continental: medindo 200 milhas;
14.1.4 espaço aéreo;
14.1.5 navios e aeronaves particulares, em alto mar ou
no espaço aéreo correspondente ao alto mar; e
14.1.6 navios e aeronaves de natureza pública
13
competência universal ou da universalidade do direito de
punir: todos os Estados de uma certa comunidade internacional
podem punir os autores de certos crimes que se encontrem em seu
território, segundo convenções ou tratados internacionais firmados,
não se levando em consideração a nacionalidade do agente, o bem
jurídico atingido ou o local do crime.
Leis Especiais
14
25. Segundo o princípio da especialidade, as leis especiais
prevalecem sobre as gerais.
Da contagem do prazo
15
31. Os prazos penais são IMPRORROGÁVEIS e FATAIS, ainda
que terminem em sábados, domingos ou feriados.
16
b. Mapa Mental
TET
L.U. T.A.
Crimes conexos
Crimes plurilocais
Atos infracionais
Crimes falimentares
17
c. Revisão 01
QUESTÃO 1
No Código Penal brasileiro, adota-se a teoria da ubiquidade, conforme
a qual o lugar do crime é o da ação ou da omissão, bem como o lugar
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
QUESTÃO 2
A lei mais benéfica deve ser aplicada pelo juiz quando da prolação da
sentença — em decorrência do fenômeno da ultratividade — mesmo
já tendo sido revogada a lei que vigia no momento da consumação do
crime.
QUESTÃO 3
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de
crime, José passou a portá-lo municiado, sem autorização e em
desacordo com determinação legal. O comportamento suspeito de José
levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização
de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada
nova lei que diminua a pena para o crime de receptação, ele não poderá
se beneficiar desse fato, pois o direito penal brasileiro norteia-se pelo
princípio de aplicação da lei vigente à época do fato.
QUESTÃO 4
Pelo princípio da irretroatividade da lei penal, não é possível a
aplicação de lei posterior a fato anterior à edição desta. É exceção ao
referido princípio a possibilidade de retroatividade da lei penal
benéfica que atenue a pena ou torne atípico o fato, desde que não
haja trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
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QUESTÃO 5
O crime contra a fé pública de autarquia estadual brasileira cometido
no território da República Argentina fica sujeito à lei do Brasil, ainda
que o agente seja absolvido naquele país.
QUESTÃO 6
Situação hipotética: João, brasileiro, residente em Portugal,
cometeu crime de corrupção e de lavagem de dinheiro no território
português, condutas essas tipificadas tanto no Brasil quanto em
Portugal. Antes do fim das investigações, João fugiu e retornou ao
território brasileiro.
Assertiva: Nessa situação, a lei brasileira pode ser aplicada ao crime
praticado por João em Portugal.
QUESTÃO 7
Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida,
passou a viger a lei Y, que, além de ser mais gravosa, revogou a lei
X. Depois de tais fatos, Lauro foi levado a julgamento pelo
cometimento do citado delito. Nessa situação, o magistrado terá de
se fundamentar no instituto da retroatividade em benefício do réu
para aplicar a lei X, por ser esta menos rigorosa que a lei Y.
19
d. Revisão 02
QUESTÃO 8
É legítima a criação de tipos penais por meio de decreto.
QUESTÃO 9
A revogação expressa de um tipo penal incriminador conduz a abolitio
criminis, ainda que seus elementos passem a integrar outro tipo
penal, criado pela norma revogadora.
QUESTÃO 10
O direito penal, mediante a interpretação das leis penais, proporciona
aos juízes um sistema orientador de decisões que contém e reduz o
poder punitivo, para impulsionar o progresso do estado constitucional
de direito.
QUESTÃO 11
O Código Penal brasileiro, ao tratar da competência criminal quanto
ao tempo do crime, adota a teoria mista ou da ubiquidade, que
considera o momento da ação ou da omissão típica,
independentemente do resultado danoso.
QUESTÃO 12
O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas
penais incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas
penais não incriminadoras.
QUESTÃO 13
A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir.
Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio
que esteja a serviço do governo brasileiro, ainda que a embarcação
esteja ancorada em território estrangeiro.
20
QUESTÃO 14
Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada com base na legislação de
regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a respeito de
execução penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime
impossível e arrependimento posterior.
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em
vigor de nova lei, esse tipo penal foi formalmente revogado, mas a
conduta de Manoel foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação,
Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio
criminis com a edição da nova lei.
21
e. Revisão 03
QUESTÃO 15
Segundo a atual redação do Código Penal Brasileiro, os crimes
cometidos no estrangeiro são puníveis segundo a lei brasileira se
praticados contra a administração pública quando o agente delituoso
estiver a serviço do governo brasileiro, salvo se já absolvido pela
justiça no exterior com relação àqueles mesmos atos delituosos.
QUESTÃO 16
Considerando os princípios informativos da retroatividade e
ultratividade da lei penal, a lei nova mais benéfica será aplicada
mesmo quando a ação penal tiver sido iniciada antes da sua vigência.
QUESTÃO 17
As medidas provisórias podem regular matéria penal nas hipóteses de
leis temporárias ou excepcionais.
QUESTÃO 18
O prazo prescricional começa a ser contado a partir do dia seguinte
ao da prática do delito, não se podendo considerar, em sua
contagem, frações de dia.
QUESTÃO 19
Considera-se lugar do crime, para efeito de fixação da competência
territorial da jurisdição penal brasileira, o lugar em que ocorreu a
ação ou a omissão, no todo ou em parte, bem como o lugar em que
se produziu o resultado.
QUESTÃO 20
Por adotar a teoria da ubiquidade, o CP reputa praticado o crime
tanto no momento da conduta quanto no da produção do resultado.
22
QUESTÃO 21
Um crime de extorsão mediante sequestro perdura há meses e, nesse
período, nova lei penal entrou em vigor, prevendo causa de aumento
de pena que se enquadra perfeitamente no caso em apreço. Nessa
situação hipotética, a lei penal mais grave deverá ser aplicada, pois a
atividade delitiva prolongou-se até a entrada em vigor da nova
legislação, antes da cessação da permanência do crime.
23
f. Normas
PARTE GERAL
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
Anterioridade da Lei
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os
efeitos penais da sentença condenatória.
Tempo do crime
Territorialidade
24
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
Lugar do crime
Extraterritorialidade
25
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei
brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
26
a)para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte
interessada;
Contagem de prazo
Legislação especial
27
g. Gabarito
1 2 3 4 5
C C E E C
6 7 8 9 10
C E E E C
11 12 13 14 15
E C C C E
16 17 18 19 20
C E E C E
21
28
h. Comentários às questões
QUESTÃO 1
No Código Penal brasileiro, adota-se a teoria da ubiquidade, conforme
a qual o lugar do crime é o da ação ou da omissão, bem como o lugar
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Certa. A teoria da ubiquidade prevê que, tanto o lugar onde se
pratica a conduta quanto o lugar do resultado, são considerados
como local do crime. Esta teoria é adotada pelo Código Penal, no seu
art. 6º.
QUESTÃO 2
A lei mais benéfica deve ser aplicada pelo juiz quando da prolação da
sentença — em decorrência do fenômeno da ultratividade — mesmo
já tendo sido revogada a lei que vigia no momento da consumação do
crime.
Certa. A questão trata da ultratividade, que é quando a lei, mesmo
depois de revogada, continua a regular os fatos ocorridos durante a
sua vigência.
QUESTÃO 3
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de
crime, José passou a portá-lo municiado, sem autorização e em
desacordo com determinação legal. O comportamento suspeito de José
levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização
de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada
nova lei que diminua a pena para o crime de receptação, ele não poderá
se beneficiar desse fato, pois o direito penal brasileiro norteia-se pelo
princípio de aplicação da lei vigente à época do fato.
29
Errada. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado. Trata-se de novatio legis in mellius.
QUESTÃO 4
Pelo princípio da irretroatividade da lei penal, não é possível a
aplicação de lei posterior a fato anterior à edição desta. É exceção ao
referido princípio a possibilidade de retroatividade da lei penal
benéfica que atenue a pena ou torne atípico o fato, desde que não
haja trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
Errada. O art. 2º, parágrafo único, do Código Penal, dispõe que a lei
posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.
QUESTÃO 5
O crime contra a fé pública de autarquia estadual brasileira cometido
no território da República Argentina fica sujeito à lei do Brasil, ainda
que o agente seja absolvido naquele país.
Certa. Trata-se de hipótese de extraterritorialidade
incondicionada. Logo, a mera prática do crime em território
estrangeiro autoriza a incidência da lei penal brasileira,
independentemente de qualquer outro requisito.
As hipóteses de extraterritorialidade incondicionada encontram
previsão no art. 7.º, I, do Código Penal, e, no tocante a esses crimes,
o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
QUESTÃO 6
Situação hipotética: João, brasileiro, residente em Portugal,
cometeu crime de corrupção e de lavagem de dinheiro no território
português, condutas essas tipificadas tanto no Brasil quanto em
30
Portugal. Antes do fim das investigações, João fugiu e retornou ao
território brasileiro.
Assertiva: Nessa situação, a lei brasileira pode ser aplicada ao crime
praticado por João em Portugal.
Certa. É a hipótese da extraterritorialidade condicionada, a qual aduz
que, para que a lei penal brasileira seja aplicada, deve-se cumprir
cumulativamente os seguintes requisitos:
- entrar o infrator no território nacional;
- o fato deve ser punível no país em que foi praticado e também aqui
no Brasil;
- estar o crime incluído dentre aqueles que o Brasil autoriza
extradição;
- não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí
cumprido pena;
- não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou não estar, por
outro motivo, extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
QUESTÃO 7
Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida,
passou a viger a lei Y, que, além de ser mais gravosa, revogou a lei
X. Depois de tais fatos, Lauro foi levado a julgamento pelo
cometimento do citado delito. Nessa situação, o magistrado terá de
se fundamentar no instituto da retroatividade em benefício do réu
para aplicar a lei X, por ser esta menos rigorosa que a lei Y.
Errada. O magistrado terá de se fundamentar não no instituto da
retroatividade em benefício do réu para aplicar a lei x, mas sim na
ultratividade da lei mais benéfica. Conforme leciona Cleber
Masson, tal se verifica quando o crime foi praticado durante a
vigência de uma lei, posteriormente revogada por outra prejudicial ao
agente. Subsistem, no caso, os efeitos da lei anterior, mais favorável.
Isso porque a lei penal mais grave jamais retroagirá.
31
QUESTÃO 8
É legítima a criação de tipos penais por meio de decreto.
Errada. Somente por lei em sentido estrito se pode criar crime e
impor pena, em matéria de direito penal.
É o que preconiza o princípio da reserva legal (lex scripta): somente a
lei em sentido estrito pode veicular crimes ou penas. A lei ordinária
pode criar tipos penais além de cominar pena.
QUESTÃO 9
A revogação expressa de um tipo penal incriminador conduz a abolitio
criminis, ainda que seus elementos passem a integrar outro tipo
penal, criado pela norma revogadora.
Errada. Trata-se do princípio da continuidade normativo-típica, o
qual aduz que aparentemente pode ter havido abolição da figura
delitiva, mas em havendo continuidade normativo-típica, os
elementos do tipo penal revogado transferem-se para outro tipo
penal incriminador já existente ou que foi criado por uma nova lei.
Ora, se a nova lei revoga o tipo penal, mas os elementos
constitutivos deste passam a integrar outro tipo, a conduta continua
a ser considerada crime. Não há abolitio criminis, mas sim
desclassificação da conduta. Ocorreu tal hipótese no caso do crime de
atentado violento ao pudor, previsto no antigo art. 214, do CP,
revogado pela Lei nº 12.015/2009. Porém, os seus elementos do tipo
passaram a integrar o art. 213, do CP, crime de estupro.
QUESTÃO 10
O direito penal, mediante a interpretação das leis penais, proporciona
aos juízes um sistema orientador de decisões que contém e reduz o
poder punitivo, para impulsionar o progresso do estado constitucional
de direito.
Certa. A questão invoca o princípio da legalidade, o qual, além de
orientar o magistrado a respeito dos limites repressivos do direito
32
punitivo, também serve como uma proteção aos cidadãos, os quais
poderão fazer tudo aquilo que a lei permitir, e tudo o que não for
expressamente vedado por ela.
QUESTÃO 11
O Código Penal brasileiro, ao tratar da competência criminal quanto
ao tempo do crime, adota a teoria mista ou da ubiquidade, que
considera o momento da ação ou da omissão típica,
independentemente do resultado danoso.
Errada. O CP adota quanto ao tempo do crime a teoria da atividade
(momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado) e, quanto ao lugar do crime, adota a teoria
mista/ubiquidade (momento da ação ou omissão ou o momento do
resultado).
QUESTÃO 12
O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas
penais incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas
penais não incriminadoras.
Certa. As normas penais não incriminadoras, em relação as quais
não vige o princípio da legalidade, quando apresentarem falhas ou
omissões, podem ser integradas pelos recursos fornecidos pela
ciência jurídica, e não apenas pela lei, assim como acontece com as
normas penais incriminadoras que devem seguir o estrito
cumprimento do tal princípio elencado no Art.1 do CP.
QUESTÃO 13
A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir.
Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio
que esteja a serviço do governo brasileiro, ainda que a embarcação
esteja ancorada em território estrangeiro.
33
Certa. Observe que se o navio está a serviço do governo brasileiro é
considerado extensão territorial do Brasil onde quer que ele se
encontre, aplicando-se o Art. 7º, II, C, do CP.
QUESTÃO 14
Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada com base na legislação de
regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a respeito de
execução penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime
impossível e arrependimento posterior.
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em
vigor de nova lei, esse tipo penal foi formalmente revogado, mas a
conduta de Manoel foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação,
Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio
criminis com a edição da nova lei.
Certa. É a aplicação do princípio da continuidade normativa.
QUESTÃO 15
Segundo a atual redação do Código Penal Brasileiro, os crimes
cometidos no estrangeiro são puníveis segundo a lei brasileira se
praticados contra a administração pública quando o agente delituoso
estiver a serviço do governo brasileiro, salvo se já absolvido pela
justiça no exterior com relação àqueles mesmos atos delituosos.
Errada. É caso de extraterritorialidade incondicionada, logo será
aplicada a lei brasileira ainda que o agente já tenha sido condenado
ou absolvido no exterior.
QUESTÃO 16
Considerando os princípios informativos da retroatividade e
ultratividade da lei penal, a lei nova mais benéfica será aplicada
mesmo quando a ação penal tiver sido iniciada antes da sua vigência.
34
Certa. Considerando os princípios informativos da retroatividade e da
lei penal, a lei nova mais benéfica será aplicada mesmo quando a
ação penal tiver sido iniciada antes da sua vigência.
QUESTÃO 17
As medidas provisórias podem regular matéria penal nas hipóteses de
leis temporárias ou excepcionais.
Errada. Consoante o art. 62 da CF, é vedada a edição de medidas
provisórias relativas à matéria de Direito Penal
QUESTÃO 18
O prazo prescricional começa a ser contado a partir do dia seguinte
ao da prática do delito, não se podendo considerar, em sua
contagem, frações de dia.
Errada. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se
os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
QUESTÃO 19
Considera-se lugar do crime, para efeito de fixação da competência
territorial da jurisdição penal brasileira, o lugar em que ocorreu a
ação ou a omissão, no todo ou em parte, bem como o lugar em que
se produziu o resultado.
Certa. É a teoria da ubiquidade: Considera-se praticado o crime no
lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
QUESTÃO 20
Por adotar a teoria da ubiquidade, o CP reputa praticado o crime
tanto no momento da conduta quanto no da produção do resultado.
Errada. O momento do crime é o da ação ou omissão, ainda que
outro seja o do resultado. O legislador adotou para o tempo do crime
a teoria da atividade.
35
QUESTÃO 21
Um crime de extorsão mediante sequestro perdura há meses e, nesse
período, nova lei penal entrou em vigor, prevendo causa de aumento
de pena que se enquadra perfeitamente no caso em apreço. Nessa
situação hipotética, a lei penal mais grave deverá ser aplicada, pois a
atividade delitiva prolongou-se até a entrada em vigor da nova
legislação, antes da cessação da permanência do crime.
Certa. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou
da permanência.
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