1) O documento descreve o Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil, que estabelece os direitos fundamentais de crianças e adolescentes.
2) Inclui o direito à vida, saúde, atendimento médico pré-natal e parto, aleitamento materno e desenvolvimento saudável.
3) Também determina deveres do poder público e da sociedade em garantir esses direitos e priorizar as políticas públicas para a infância.
1) O documento descreve o Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil, que estabelece os direitos fundamentais de crianças e adolescentes.
2) Inclui o direito à vida, saúde, atendimento médico pré-natal e parto, aleitamento materno e desenvolvimento saudável.
3) Também determina deveres do poder público e da sociedade em garantir esses direitos e priorizar as políticas públicas para a infância.
1) O documento descreve o Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil, que estabelece os direitos fundamentais de crianças e adolescentes.
2) Inclui o direito à vida, saúde, atendimento médico pré-natal e parto, aleitamento materno e desenvolvimento saudável.
3) Também determina deveres do poder público e da sociedade em garantir esses direitos e priorizar as políticas públicas para a infância.
1) O documento descreve o Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil, que estabelece os direitos fundamentais de crianças e adolescentes.
2) Inclui o direito à vida, saúde, atendimento médico pré-natal e parto, aleitamento materno e desenvolvimento saudável.
3) Também determina deveres do poder público e da sociedade em garantir esses direitos e priorizar as políticas públicas para a infância.
Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 57
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS b) precedência de atendimento nos serviços
públicos ou de relevância pública;
2.10 Lei nº8.069/90 – Estatuto da Criança e do c) preferência na formulação e na execução das Adolescente políticas sociais públicas; LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à Dispõe sobre o Estatuto da juventude. Texto compilado Criança e do Adolescente Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será Vigência e dá outras providências. objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a aos seus direitos fundamentais. seguinte Lei: Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do Título I bem comum, os direitos e deveres individuais e Das Disposições Preliminares coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Título II Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Dos Direitos Fundamentais Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e Capítulo I adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Do Direito à Vida e à Saúde Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a entre dezoito e vinte e um anos de idade. proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos políticas sociais públicas que permitam o nascimento e os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, dignas de existência. assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas Art. 8º É assegurado à gestante, através do as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal. desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e Art. 8 o É assegurado a todas as mulheres o social, em condições de liberdade e de dignidade. acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao discriminação de nascimento, situação familiar, idade, puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, integral no âmbito do Sistema Único de condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, Saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) condição econômica, ambiente social, região e local de § 1º A gestante será encaminhada aos diferentes moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as níveis de atendimento, segundo critérios médicos famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela específicos, obedecendo-se aos princípios de Lei nº 13.257, de 2016) regionalização e hierarquização do Sistema. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da § 1 o O atendimento pré-natal será realizado por sociedade em geral e do poder público assegurar, com profissionais da atenção primária. (Redação dada pela absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes Lei nº 13.257, de 2016) à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, § 2º A parturiente será atendida preferencialmente ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré- respeito, à liberdade e à convivência familiar e natal. comunitária. § 2 o Os profissionais de saúde de referência da Parágrafo único. A garantia de prioridade gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre compreende: da gestação, ao estabelecimento em que será realizado a) primazia de receber proteção e socorro em o parto, garantido o direito de opção da quaisquer circunstâncias; mulher. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio integral da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de alimentar à gestante e à nutriz que dele necessitem. 2016) § 3 o Os serviços de saúde onde o parto for Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser realizada recém-nascidos alta hospitalar responsável e anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, contrarreferência na atenção primária, bem como o com o objetivo de disseminar informações sobre acesso a outros serviços e a grupos de apoio à medidas preventivas e educativas que contribuam para amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de a redução da incidência da gravidez na 2016) adolescência. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 2019) § 4 o Incumbe ao poder público proporcionar Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o assistência psicológica à gestante e à mãe, no período disposto no caput deste artigo ficarão a cargo do poder pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou público, em conjunto com organizações da sociedade minorar as consequências do estado civil, e serão dirigidas prioritariamente ao público puerperal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 2019) 2009) Vigência Art. 9º O poder público, as instituições e os § 5 o A assistência referida no § 4 o deste artigo empregadores propiciarão condições adequadas ao deverá ser também prestada a gestantes ou mães que aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães manifestem interesse em entregar seus filhos para submetidas a medida privativa de liberdade. adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 1 o Os profissionais das unidades primárias de § 5 o A assistência referida no § 4 o deste artigo saúde desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou deverá ser prestada também a gestantes e mães que coletivas, visando ao planejamento, à implementação e manifestem interesse em entregar seus filhos para à avaliação de ações de promoção, proteção e apoio ao adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrem aleitamento materno e à alimentação complementar em situação de privação de liberdade. (Redação dada saudável, de forma contínua. (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 13.257, de 2016) 13.257, de 2016) § 6 o A gestante e a parturiente têm direito a 1 § 2 o Os serviços de unidades de terapia intensiva (um) acompanhante de sua preferência durante o neonatal deverão dispor de banco de leite humano ou período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto unidade de coleta de leite humano. (Incluído pela Lei nº imediato. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 13.257, de 2016) § 7 o A gestante deverá receber orientação sobre Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos aleitamento materno, alimentação complementar de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem são obrigados a: como sobre formas de favorecer a criação de vínculos I - manter registro das atividades desenvolvidas, afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) anos; § 8 o A gestante tem direito a acompanhamento II - identificar o recém-nascido mediante o saudável durante toda a gestação e a parto natural registro de sua impressão plantar e digital e da cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas outras intervenções cirúrgicas por motivos normatizadas pela autoridade administrativa médicos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) competente; § 9 o A atenção primária à saúde fará a busca ativa III - proceder a exames visando ao diagnóstico e da gestante que não iniciar ou que abandonar as terapêutica de anormalidades no metabolismo do consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais; comparecer às consultas pós-parto. (Incluído pela Lei nº IV - fornecer declaração de nascimento onde 13.257, de 2016) constem necessariamente as intercorrências do parto e § 10. Incumbe ao poder público garantir, à do desenvolvimento do neonato; gestante e à mulher com filho na primeira infância que V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao se encontrem sob custódia em unidade de privação de neonato a permanência junto à mãe. liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e VI - acompanhar a prática do processo de assistenciais do Sistema Único de Saúde para o amamentação, prestando orientações quanto à técnica acolhimento do filho, em articulação com o sistema de adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade ensino competente, visando ao desenvolvimento hospitalar, utilizando o corpo técnico já existente. (Incluído pela Lei nº 13.436, de de tratamento aprovado e com tratamento incorporado 2017) (Vigência) no Sistema Único de Saúde. (Incluído pela Lei nº § 1º Os testes para o rastreamento de doenças no 14.154, de 2021) Vigência recém-nascido serão disponibilizados pelo Sistema § 3º O rol de doenças constante do § 1º deste Único de Saúde, no âmbito do Programa Nacional de artigo poderá ser expandido pelo poder público com Triagem Neonatal (PNTN), na forma da base nos critérios estabelecidos no § 2º deste regulamentação elaborada pelo Ministério da Saúde, artigo. (Incluído pela Lei nº 14.154, de com implementação de forma escalonada, de acordo 2021) Vigência com a seguinte ordem de progressão: (Incluído pela § 4º Durante os atendimentos de pré-natal e de Lei nº 14.154, de 2021) Vigência puerpério imediato, os profissionais de saúde devem I – etapa 1: (Incluído pela Lei nº 14.154, de informar a gestante e os acompanhantes sobre a 2021) Vigência importância do teste do pezinho e sobre as eventuais a) fenilcetonúria e outras diferenças existentes entre as modalidades oferecidas no hiperfenilalaninemias; (Incluída pela Lei nº 14.154, Sistema Único de Saúde e na rede privada de de 2021) Vigência saúde. (Incluído pela Lei nº 14.154, de b) hipotireoidismo congênito; (Incluída pela 2021) Vigência Lei nº 14.154, de 2021) Vigência Art. 11. É assegurado atendimento médico à c) doença falciforme e outras criança e ao adolescente, através do Sistema Único de hemoglobinopatias; (Incluída pela Lei nº 14.154, de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às 2021) Vigência ações e serviços para promoção, proteção e recuperação d) fibrose cística; (Incluída pela Lei nº 14.154, da saúde. de 2021) Vigência Art. 11. É assegurado atendimento integral à e) hiperplasia adrenal congênita; (Incluída pela saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Lei nº 14.154, de 2021) Vigência Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e f) deficiência de biotinidase; (Incluída pela Lei igualitário às ações e serviços para promoção, proteção nº 14.154, de 2021) Vigência e recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº g) toxoplasmose congênita; (Incluída pela Lei 11.185, de 2005) nº 14.154, de 2021) Vigência Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de II – etapa 2: (Incluído pela Lei nº 14.154, de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, 2021) Vigência por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado a) galactosemias; (Incluída pela Lei nº 14.154, o princípio da equidade no acesso a ações e serviços de 2021) Vigência para promoção, proteção e recuperação da b) aminoacidopatias; (Incluída pela Lei nº saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 14.154, de 2021) Vigência § 1º A criança e o adolescente portadores de c) distúrbios do ciclo da ureia; (Incluída pela deficiência receberão atendimento especializado. Lei nº 14.154, de 2021) Vigência § 1 o A criança e o adolescente com deficiência d) distúrbios da betaoxidação dos ácidos serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em graxos; (Incluída pela Lei nº 14.154, de suas necessidades gerais de saúde e específicas de 2021) Vigência habilitação e reabilitação. (Redação dada pela Lei nº III – etapa 3: doenças lisossômicas; (Incluído 13.257, de 2016) pela Lei nº 14.154, de 2021) Vigência § 2º Incumbe ao poder público fornecer IV – etapa 4: imunodeficiências gratuitamente àqueles que necessitarem os primárias; (Incluído pela Lei nº 14.154, de medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao 2021) Vigência tratamento, habilitação ou reabilitação. V – etapa 5: atrofia muscular espinhal. (Incluído § 2 o Incumbe ao poder público fornecer pela Lei nº 14.154, de 2021) Vigência gratuitamente, àqueles que necessitarem, § 2º A delimitação de doenças a serem rastreadas medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias pelo teste do pezinho, no âmbito do PNTN, será assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou revisada periodicamente, com base em evidências reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com científicas, considerados os benefícios do rastreamento, as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades do diagnóstico e do tratamento precoce, priorizando as específicas. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) doenças com maior prevalência no País, com protocolo § 3 o Os profissionais que atuam no cuidado diário Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá ou frequente de crianças na primeira infância receberão programas de assistência médica e odontológica para a formação específica e permanente para a detecção de prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem a população infantil, e campanhas de educação sanitária como para o acompanhamento que se fizer para pais, educadores e alunos. necessário. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à crianças nos casos recomendados pelas autoridades saúde deverão proporcionar condições para a sanitárias. permanência em tempo integral de um dos pais ou § 1 o É obrigatória a vacinação das crianças nos responsável, nos casos de internação de criança ou casos recomendados pelas autoridades adolescente. sanitárias. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à 13.257, de 2016) saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia § 2 o O Sistema Único de Saúde promoverá a intensiva e de cuidados intermediários, deverão atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes, de proporcionar condições para a permanência em tempo forma transversal, integral e intersetorial com as demais integral de um dos pais ou responsável, nos casos de linhas de cuidado direcionadas à mulher e à internação de criança ou adolescente. (Redação dada criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) pela Lei nº 13.257, de 2016) § 3 o A atenção odontológica à criança terá função Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes maus-tratos contra criança ou adolescente serão de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos respectiva localidade, sem prejuízo de outras de vida, com orientações sobre saúde bucal. (Incluído providências legais. pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de § 4 o A criança com necessidade de cuidados castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de odontológicos especiais será atendida pelo Sistema maus-tratos contra criança ou adolescente serão Único de Saúde. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da § 5 º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, respectiva localidade, sem prejuízo de outras nos seus primeiros dezoito meses de vida, de protocolo providências legais. (Redação dada pela Lei nº 13.010, ou outro instrumento construído com a finalidade de de 2014) facilitar a detecção, em consulta pediátrica de Parágrafo único. As gestantes ou mães que acompanhamento da criança, de risco para o seu manifestem interesse em entregar seus filhos para desenvolvimento psíquico. (Incluído pela Lei nº 13.438, adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça de 2017) (Vigência) da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Capítulo II § 1 o As gestantes ou mães que manifestem Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas nº 13.257, de 2016) humanas em processo de desenvolvimento e como § 2 o Os serviços de saúde em suas diferentes sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos portas de entrada, os serviços de assistência social em na Constituição e nas leis. seu componente especializado, o Centro de Referência Art. 16. O direito à liberdade compreende os Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais seguintes aspectos: órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; atendimento das crianças na faixa etária da primeira II - opinião e expressão; infância com suspeita ou confirmação de violência de III - crença e culto religioso; qualquer natureza, formulando projeto terapêutico IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; singular que inclua intervenção em rede e, se necessário, V - participar da vida familiar e comunitária, sem acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº discriminação; 13.257, de 2016) VI - participar da vida política, na forma da lei; VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. II - encaminhamento a tratamento psicológico ou Art. 17. O direito ao respeito consiste na psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral III - encaminhamento a cursos ou programas de da criança e do adolescente, abrangendo a preservação orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, IV - obrigação de encaminhar a criança a idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. tratamento especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da de 2014) criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório 2014) ou constrangedor. VI - garantia de tratamento de saúde especializado Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito à vítima. (Incluído pela Lei nº 14.344, de de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico 2022) Vigência ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de Parágrafo único. As medidas previstas neste correção, disciplina, educação ou qualquer outro artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família prejuízo de outras providências legais. (Incluído pela ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos Lei nº 13.010, de 2014) executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los Capítulo III ou protegê-los. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária Parágrafo único. Para os fins desta Lei, Seção I considera-se: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Disposições Gerais I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a criança ou o adolescente que resulte em: (Incluído pela ser criado e educado no seio da sua família e, Lei nº 13.010, de 2014) excepcionalmente, em família substituta, assegurada a a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº convivência familiar e comunitária, em ambiente livre 13.010, de 2014) da presença de pessoas dependentes de substâncias b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) entorpecentes. II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao criado e educado no seio de sua família e, adolescente que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) excepcionalmente, em família substituta, assegurada a a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de convivência familiar e comunitária, em ambiente que 2014) garanta seu desenvolvimento integral. (Redação dada b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 13.257, de 2016) 13.010, de 2014) § 1 o Toda criança ou adolescente que estiver c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de inserido em programa de acolhimento familiar ou 2014) institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária ampliada, os responsáveis, os agentes públicos competente, com base em relatório elaborado por executores de medidas socioeducativas ou qualquer equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de pessoa encarregada de cuidar de crianças e de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que familiar ou colocação em família substituta, em utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta degradante como formas de correção, disciplina, Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, § 1 o Toda criança ou adolescente que estiver sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes inserido em programa de acolhimento familiar ou medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a do caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) cada 3 (três) meses, devendo a autoridade judiciária I - encaminhamento a programa oficial ou competente, com base em relatório elaborado por comunitário de proteção à família; (Incluído pela Lei nº equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de 13.010, de 2014) forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta considerando inclusive os eventuais efeitos do estado Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) gestacional e puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de § 2 o A permanência da criança e do adolescente 2017) em programa de acolhimento institucional não se § 2 o De posse do relatório, a autoridade judiciária prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada poderá determinar o encaminhamento da gestante ou necessidade que atenda ao seu superior interesse, mãe, mediante sua expressa concordância, à rede devidamente fundamentada pela autoridade pública de saúde e assistência social para atendimento judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.010, de especializado. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) 2009) Vigência § 3 o A busca à família extensa, conforme definida § 2 o A permanência da criança e do adolescente nos termos do parágrafo único do art. 25 desta Lei, em programa de acolhimento institucional não se respeitará o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo prorrogável por igual período. (Incluído pela Lei nº comprovada necessidade que atenda ao seu superior 13.509, de 2017) interesse, devidamente fundamentada pela autoridade § 4 o Na hipótese de não haver a indicação do judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) genitor e de não existir outro representante da família § 3 o A manutenção ou reintegração de criança ou extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária adolescente à sua família terá preferência em relação a competente deverá decretar a extinção do poder familiar qualquer outra providência, caso em que será esta e determinar a colocação da criança sob a guarda incluída em programas de orientação e auxílio, nos provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de termos do parágrafo único do art. 23, dos incisos I e IV entidade que desenvolva programa de acolhimento do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. familiar ou institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, 129 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de de 2017) 2009) Vigência § 5 o Após o nascimento da criança, a vontade da § 3 o A manutenção ou a reintegração de criança mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral ou adolescente à sua família terá preferência em relação ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que a qualquer outra providência, caso em que será esta se refere o § 1 o do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo incluída em serviços e programas de proteção, apoio e sobre a entrega. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) promoção, nos termos do § 1 o do art. 23, dos incisos I e § 6 o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.509, de IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do 2017) art. 129 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de § 6º Na hipótese de não comparecerem à 2016) audiência nem o genitor nem representante da família § 4 o Será garantida a convivência da criança e do extensa para confirmar a intenção de exercer o poder adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por familiar ou a guarda, a autoridade judiciária suspenderá meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, o poder familiar da mãe, e a criança será colocada sob a nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade guarda provisória de quem esteja habilitado a adotá- responsável, independentemente de autorização la. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) judicial. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) § 7 o Os detentores da guarda possuem o prazo de § 5 o Será garantida a convivência integral da 15 (quinze) dias para propor a ação de adoção, contado criança com a mãe adolescente que estiver em do dia seguinte à data do término do estágio de acolhimento institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, convivência. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) de 2017) § 8 o Na hipótese de desistência pelos genitores - § 6 o A mãe adolescente será assistida por equipe manifestada em audiência ou perante a equipe especializada multidisciplinar. (Incluído pela Lei nº interprofissional - da entrega da criança após o 13.509, de 2017) nascimento, a criança será mantida com os genitores, e Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste será determinado pela Justiça da Infância e da Juventude interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou o acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da oitenta) dias. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, § 9 o É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o de 2017) nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta § 1 o A gestante ou mãe será ouvida pela equipe Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude, § 10. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.509, que apresentará relatório à autoridade judiciária, de 2017) § 10. Serão cadastrados para adoção recém- competente para a solução da divergência. (Expressão nascidos e crianças acolhidas não procuradas por suas substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência famílias no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, dia do acolhimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes 2017) ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e Art. 19-B. A criança e o adolescente em fazer cumprir as determinações judiciais. programa de acolhimento institucional ou familiar Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os poderão participar de programa de responsáveis, têm direitos iguais e deveres e apadrinhamento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) responsabilidades compartilhados no cuidado e na § 1 o O apadrinhamento consiste em estabelecer e educação da criança, devendo ser resguardado o direito proporcionar à criança e ao adolescente vínculos de transmissão familiar de suas crenças e culturas, externos à instituição para fins de convivência familiar assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta e comunitária e colaboração com o seu Lei. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, Art. 23. A falta ou a carência de recursos cognitivo, educacional e financeiro. (Incluído pela Lei materiais não constitui motivo suficiente para a perda nº 13.509, de 2017) ou a suspensão do pátrio poder poder § 2 o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.509, de familiar . (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2017) 2009) Vigência § 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas Parágrafo único. Não existindo outro motivo que maiores de 18 (dezoito) anos não inscritas nos cadastros por si só autorize a decretação da medida, a criança ou de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos o adolescente será mantido em sua família de origem, a pelo programa de apadrinhamento de que fazem qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas parte. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) oficiais de auxílio. § 3 o Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança § 1 o Não existindo outro motivo que por si só ou adolescente a fim de colaborar para o seu autorize a decretação da medida, a criança ou o desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de adolescente será mantido em sua família de origem, a 2017) qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas § 4 o O perfil da criança ou do adolescente a ser oficiais de auxílio. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014 apadrinhado será definido no âmbito de cada programa § 1 o Não existindo outro motivo que por si só de apadrinhamento, com prioridade para crianças ou autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescentes com remota possibilidade de reinserção adolescente será mantido em sua família de origem, a familiar ou colocação em família adotiva. (Incluído pela qual deverá obrigatoriamente ser incluída em serviços e Lei nº 13.509, de 2017) programas oficiais de proteção, apoio e § 5 o Os programas ou serviços de promoção. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da § 2 o A condenação criminal do pai ou da mãe não Juventude poderão ser executados por órgãos públicos implicará a destituição do poder familiar, exceto na ou por organizações da sociedade civil. (Incluído pela hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena Lei nº 13.509, de 2017) de reclusão, contra o próprio filho ou filha. (Incluído § 6 o Se ocorrer violação das regras de pela Lei nº 12.962, de 2014) apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e pelos § 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não serviços de acolhimento deverão imediatamente implicará a destituição do poder familiar, exceto na notificar a autoridade judiciária competente. (Incluído hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena pela Lei nº 13.509, de 2017) de reclusão contra outrem igualmente titular do mesmo Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do poder familiar ou contra filho, filha ou outro casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e descendente. (Redação dada pela Lei nº 13.715, de qualificações, proibidas quaisquer designações 2018) discriminatórias relativas à filiação. Art. 24. A perda e a suspensão do pátrio Art. 21. O pátrio poder poder familiar será poder poder familiar serão decretadas judicialmente, exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela em procedimento contraditório, nos casos previstos na mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, legislação civil, bem como na hipótese de assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações discordância, recorrer à autoridade judiciária a que alude o art. 22. (Expressão substituída pela Lei nº audiência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência § 3 o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta Seção II o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de Da Família Natural afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências Art. 25. Entende-se por família natural a decorrentes da medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus 2009) Vigência descendentes. § 4 o Os grupos de irmãos serão colocados sob Parágrafo único. Entende-se por família extensa adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, ou ampliada aquela que se estende para além da unidade ressalvada a comprovada existência de risco de abuso pais e filhos ou da unidade do casal, formada por ou outra situação que justifique plenamente a parentes próximos com os quais a criança ou excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos afetividade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de vínculos fraternais. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento § 5 o A colocação da criança ou adolescente em poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou família substituta será precedida de sua preparação separadamente, no próprio termo de nascimento, por gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela testamento, mediante escritura ou outro documento equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância público, qualquer que seja a origem da filiação. e da Juventude, preferencialmente com o apoio dos Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder técnicos responsáveis pela execução da política o nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se municipal de garantia do direito à convivência deixar descendentes. familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação 2009) Vigência é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, § 6 o Em se tratando de criança ou adolescente podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, indígena ou proveniente de comunidade remanescente sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça. de quilombo, é ainda obrigatório: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Seção III I - que sejam consideradas e respeitadas sua Da Família Substituta identidade social e cultural, os seus costumes e Subseção I tradições, bem como suas instituições, desde que não Disposições Gerais sejam incompatíveis com os direitos fundamentais Art. 28. A colocação em família substituta far-se- reconhecidos por esta Lei e pela Constituição á mediante guarda, tutela ou adoção, Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010, de independentemente da situação jurídica da criança ou 2009) Vigência adolescente, nos termos desta Lei. II - que a colocação familiar ocorra § 1º Sempre que possível, a criança ou prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a adolescente deverá ser previamente ouvido e a sua membros da mesma etnia; (Incluído pela Lei nº 12.010, opinião devidamente considerada. de 2009) Vigência § 1 o Sempre que possível, a criança ou o III - a intervenção e oitiva de representantes do adolescente será previamente ouvido por equipe órgão federal responsável pela política indigenista, no interprofissional, respeitado seu estágio de caso de crianças e adolescentes indígenas, e de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as antropólogos, perante a equipe interprofissional ou implicações da medida, e terá sua opinião devidamente multidisciplinar que irá acompanhar o caso. (Incluído considerada. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência Art. 29. Não se deferirá colocação em família § 2º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta substituta a pessoa que revele, por qualquer modo, o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de incompatibilidade com a natureza da medida ou não afetividade, a fim de evitar ou minorar as conseqüências ofereça ambiente familiar adequado. decorrentes da medida. Art. 30. A colocação em família substituta não § 2 o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de admitirá transferência da criança ou adolescente a idade, será necessário seu consentimento, colhido em terceiros ou a entidades governamentais ou não- caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos governamentais, sem autorização judicial. termos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Art. 31. A colocação em família substituta § 2 o Na hipótese do § 1 o deste artigo a pessoa ou estrangeira constitui medida excepcional, somente casal cadastrado no programa de acolhimento familiar admissível na modalidade de adoção. poderá receber a criança ou adolescente mediante Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta responsável prestará compromisso de bem e fielmente Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência desempenhar o encargo, mediante termo nos autos. § 3 o A União apoiará a implementação de serviços de acolhimento em família acolhedora como Subseção II política pública, os quais deverão dispor de equipe que Da Guarda organize o acolhimento temporário de crianças e de adolescentes em residências de famílias selecionadas, Art. 33. A guarda obriga a prestação de capacitadas e acompanhadas que não estejam no assistência material, moral e educacional à criança ou cadastro de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.257, de adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor- 2016) se a terceiros, inclusive aos pais. (Vide Lei nº 12.010, § 4 o Poderão ser utilizados recursos federais, de 2009) Vigência estaduais, distritais e municipais para a manutenção dos § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de serviços de acolhimento em família acolhedora, fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, facultando-se o repasse de recursos para a própria nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de família acolhedora. (Incluído pela Lei nº 13.257, de adoção por estrangeiros. 2016) § 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer dos casos de tutela e adoção, para atender a situações tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou Ministério Público. responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados. Subseção III § 3º A guarda confere à criança ou adolescente a Da Tutela condição de dependente, para todos os fins e efeitos de Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei direito, inclusive previdenciários. civil, a pessoa de até vinte e um anos incompletos. § 4 o Salvo expressa e fundamentada Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei determinação em contrário, da autoridade judiciária civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos competente, ou quando a medida for aplicada em incompletos. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de preparação para adoção, o deferimento da guarda de 2009) Vigência criança ou adolescente a terceiros não impede o Parágrafo único. O deferimento da tutela exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão dever de prestar alimentos, que serão objeto de do pátrio poder poder familiar e implica regulamentação específica, a pedido do interessado ou necessariamente o dever de guarda. (Expressão do Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência Art. 37. A especialização de hipoteca legal será Art. 34. O poder público estimulará, através de dispensada, sempre que o tutelado não possuir bens ou assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o rendimentos ou por qualquer outro motivo relevante. acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou Parágrafo único. A especialização de hipoteca adolescente órfão ou abandonado. legal será também dispensada se os bens, porventura Art. 34. O poder público estimulará, por meio de existentes em nome do tutelado, constarem de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o instrumento público, devidamente registrado no registro acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou de imóveis, ou se os rendimentos forem suficientes adolescente afastado do convívio familiar. (Redação apenas para a mantença do tutelado, não havendo sobra dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência significativa ou provável. § 1 o A inclusão da criança ou adolescente em Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou programas de acolhimento familiar terá preferência a qualquer documento autêntico, conforme previsto no seu acolhimento institucional, observado, em qualquer parágrafo único do art. 1.729 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil , deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) pedido destinado ao controle judicial do ato, observando anos, independentemente do estado civil. (Redação o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de § 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos 2009) Vigência do adotando. Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão § 2º A adoção por ambos os cônjuges ou observados os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 desta concubinos poderá ser formalizada, desde que um deles Lei, somente sendo deferida a tutela à pessoa indicada tenha completado vinte e um anos de idade, na disposição de última vontade, se restar comprovado comprovada a estabilidade da família. que a medida é vantajosa ao tutelando e que não existe § 2 o Para adoção conjunta, é indispensável que os outra pessoa em melhores condições de assumi- adotantes sejam casados civilmente ou mantenham la. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência união estável, comprovada a estabilidade da Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o família. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de disposto no art. 24. 2009) Vigência § 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis Subseção IV anos mais velho do que o adotando. Da Adoção § 4º Os divorciados e os judicialmente separados Art. 39. A adoção de criança e de adolescente poderão adotar conjuntamente, contanto que acordem reger-se-á segundo o disposto nesta Lei. sobre a guarda e o regime de visitas, e desde que o Parágrafo único. É vedada a adoção por estágio de convivência tenha sido iniciado na constância procuração. da sociedade conjugal. § 1 o A adoção é medida excepcional e § 4 o Os divorciados, os judicialmente separados e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, esgotados os recursos de manutenção da criança ou contanto que acordem sobre a guarda e o regime de adolescente na família natural ou extensa, na forma do visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido parágrafo único do art. 25 desta Lei. (Incluído pela Lei iniciado na constância do período de convivência e que nº 12.010, de 2009) Vigência seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e § 2 o É vedada a adoção por procuração. (Incluído afetividade com aquele não detentor da guarda, que pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência justifiquem a excepcionalidade da concessão. (Redação § 3 o Em caso de conflito entre direitos e interesses dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência do adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais § 5º A adoção poderá ser deferida ao adotante que, biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer do adotando. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) no curso do procedimento, antes de prolatada a Art. 40. O adotando deve contar com, no sentença. máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já § 5 o Nos casos do § 4 o deste artigo, desde que estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. demonstrado efetivo benefício ao adotando, será Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive no art. 1.584 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais - Código Civil . (Redação dada pela Lei nº 12.010, de e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. 2009) Vigência § 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o § 6 o A adoção poderá ser deferida ao adotante filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a respectivos parentes. sentença. (Incluído pela Lei nº 12.010, de § 2º É recíproco o direito sucessório entre o 2009) Vigência adotado, seus descendentes, o adotante, seus Art. 43. A adoção será deferida quando ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se observada a ordem de vocação hereditária. em motivos legítimos. Art. 42. Podem adotar os maiores de vinte e um Art. 44. Enquanto não der conta de sua anos, independentemente de estado civil. administração e saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado. Art. 45. A adoção depende do consentimento dos máximo, 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogável por até pais ou do representante legal do adotando. igual período, uma única vez, mediante decisão § 1º. O consentimento será dispensado em relação fundamentada da autoridade judiciária. (Redação dada à criança ou adolescente cujos pais sejam pela Lei nº 13.509, de 2017) desconhecidos ou tenham sido destituídos do pátrio § 3 o -A. Ao final do prazo previsto no § 3 o deste poder poder familiar . (Expressão substituída pela Lei artigo, deverá ser apresentado laudo fundamentado pela nº 12.010, de 2009) Vigência equipe mencionada no § 4 o deste artigo, que § 2º. Em se tratando de adotando maior de doze recomendará ou não o deferimento da adoção à anos de idade, será também necessário o seu autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de consentimento. 2017) Art. 46. A adoção será precedida de estágio de § 4 o O estágio de convivência será acompanhado convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da que a autoridade judiciária fixar, observadas as Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio peculiaridades do caso. dos técnicos responsáveis pela execução da política de Art. 46. A adoção será precedida de estágio de garantia do direito à convivência familiar, que convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo apresentarão relatório minucioso acerca da máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da conveniência do deferimento da medida. (Incluído pela criança ou adolescente e as peculiaridades do Lei nº 12.010, de 2009) Vigência caso. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) § 5 o O estágio de convivência será cumprido no § 1º O estágio de convivência poderá ser território nacional, preferencialmente na comarca de dispensado se o adotando não tiver mais de um ano de residência da criança ou adolescente, ou, a critério do idade ou se, qualquer que seja a sua idade, já estiver na juiz, em cidade limítrofe, respeitada, em qualquer companhia do adotante durante tempo suficiente para se hipótese, a competência do juízo da comarca de poder avaliar a conveniência da constituição do vínculo. residência da criança. (Incluído pela Lei nº 13.509, de § 1 o O estágio de convivência poderá ser 2017) dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por guarda legal do adotante durante tempo suficiente para sentença judicial, que será inscrita no registro civil que seja possível avaliar a conveniência da constituição mediante mandado do qual não se fornecerá certidão. do vínculo. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de § 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes 2009) Vigência como pais, bem como o nome de seus ascendentes. § 2º Em caso de adoção por estrangeiro residente § 2º O mandado judicial, que será arquivado, ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência, cancelará o registro original do adotado. cumprido no território nacional, será de no mínimo § 3º Nenhuma observação sobre a origem do ato quinze dias para crianças de até dois anos de idade, e de poderá constar nas certidões do registro. no mínimo trinta dias quando se tratar de adotando § 3 o A pedido do adotante, o novo registro poderá acima de dois anos de idade. ser lavrado no Cartório do Registro Civil do Município § 2 o A simples guarda de fato não autoriza, por si de sua residência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de só, a dispensa da realização do estágio de 2009) Vigência convivência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de § 4º A critério da autoridade judiciária, poderá ser 2009) Vigência fornecida certidão para a salvaguarda de direitos. § 2 o -A. O prazo máximo estabelecido § 4 o Nenhuma observação sobre a origem do ato no caput deste artigo pode ser prorrogado por até igual poderá constar nas certidões do registro. (Redação dada período, mediante decisão fundamentada da autoridade pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 5º A sentença conferirá ao adotado o nome do § 3 o Em caso de adoção por pessoa ou casal adotante e, a pedido deste, poderá determinar a residente ou domiciliado fora do País, o estágio de modificação do prenome. convivência, cumprido no território nacional, será de, § 5 o A sentença conferirá ao adotado o nome do no mínimo, 30 (trinta) dias (Incluído pela Lei nº 12.010, adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá de 2009) Vigência determinar a modificação do prenome. (Redação dada § 3 o Em caso de adoção por pessoa ou casal pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência residente ou domiciliado fora do País, o estágio de § 6º A adoção produz seus efeitos a partir do convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no trânsito em julgado da sentença, exceto na hipótese prevista no art. 42, § 5º, caso em que terá força retroativa § 2º Não será deferida a inscrição se o interessado à data do óbito. não satisfizer os requisitos legais, ou verificada § 6 o Caso a modificação de prenome seja qualquer das hipóteses previstas no art. 29. requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do § 3 o A inscrição de postulantes à adoção será adotando, observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. precedida de um período de preparação psicossocial e 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de jurídica, orientado pela equipe técnica da Justiça da 2009) Vigência Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio § 7 o A adoção produz seus efeitos a partir do dos técnicos responsáveis pela execução da política trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na municipal de garantia do direito à convivência hipótese prevista no § 6 o do art. 42 desta Lei, caso em familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de que terá força retroativa à data do óbito. (Incluído pela 2009) Vigência Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 4 o Sempre que possível e recomendável, a § 8 o O processo relativo à adoção assim como preparação referida no § 3 o deste artigo incluirá o outros a ele relacionados serão mantidos em arquivo, contato com crianças e adolescentes em acolhimento admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por familiar ou institucional em condições de serem outros meios, garantida a sua conservação para consulta adotados, a ser realizado sob a orientação, supervisão e a qualquer tempo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da 2009) Vigência Juventude, com apoio dos técnicos responsáveis pelo § 9º Terão prioridade de tramitação os processos programa de acolhimento e pela execução da política de adoção em que o adotando for criança ou adolescente municipal de garantia do direito à convivência com deficiência ou com doença crônica. (Incluído pela familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Lei nº 12.955, de 2014) 2009) Vigência § 10. O prazo máximo para conclusão da ação de § 5 o Serão criados e implementados cadastros adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma estaduais e nacional de crianças e adolescentes em única vez por igual período, mediante decisão condições de serem adotados e de pessoas ou casais fundamentada da autoridade judiciária. (Incluído pela habilitados à adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Lei nº 13.509, de 2017) 2009) Vigência Art. 48. A adoção é irrevogável. § 6 o Haverá cadastros distintos para pessoas ou Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua casais residentes fora do País, que somente serão origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito consultados na inexistência de postulantes nacionais ao processo no qual a medida foi aplicada e seus habilitados nos cadastros mencionados no § 5 o deste eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência anos. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de § 7 o As autoridades estaduais e federais em 2009) Vigência matéria de adoção terão acesso integral aos cadastros, Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção incumbindo-lhes a troca de informações e a cooperação poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 mútua, para melhoria do sistema. (Incluído pela Lei nº (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e 12.010, de 2009) Vigência assistência jurídica e psicológica. (Incluído pela Lei nº § 8 o A autoridade judiciária providenciará, no 12.010, de 2009) Vigência prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a inscrição das Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece crianças e adolescentes em condições de serem o pátrio poder poder familiar dos pais adotados que não tiveram colocação familiar na naturais. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de comarca de origem, e das pessoas ou casais que tiveram 2009) Vigência deferida sua habilitação à adoção nos cadastros estadual Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada e nacional referidos no § 5 o deste artigo, sob pena de comarca ou foro regional, um registro de crianças e responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de adolescentes em condições de serem adotados e outro 2009) Vigência de pessoas interessadas na adoção. (Vide Lei nº 12.010, § 9 o Compete à Autoridade Central Estadual zelar de 2009) Vigência pela manutenção e correta alimentação dos cadastros, § 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após com posterior comunicação à Autoridade Central prévia consulta aos órgãos técnicos do juizado, ouvido Federal Brasileira. (Incluído pela Lei nº 12.010, de o Ministério Público. 2009) Vigência § 10. A adoção internacional somente será necessidades específicas de saúde, além de grupo de deferida se, após consulta ao cadastro de pessoas ou irmãos. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) casais habilitados à adoção, mantido pela Justiça da Art. 51 Cuidando-se de pedido de adoção Infância e da Juventude na comarca, bem como aos formulado por estrangeiro residente ou domiciliado fora cadastros estadual e nacional referidos no § 5 o deste do País, observar-se-á o disposto no art. 31. artigo, não for encontrado interessado com residência Art. 51. Considera-se adoção internacional permanente no Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.010, de aquela na qual a pessoa ou casal postulante é residente 2009) Vigência ou domiciliado fora do Brasil, conforme previsto no § 10. Consultados os cadastros e verificada a Artigo 2 da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, ausência de pretendentes habilitados residentes no País Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em com perfil compatível e interesse manifesto pela adoção Matéria de Adoção Internacional, aprovada pelo de criança ou adolescente inscrito nos cadastros Decreto Legislativo n o 1, de 14 de janeiro de 1999, e existentes, será realizado o encaminhamento da criança promulgada pelo Decreto n o 3.087, de 21 de junho de ou adolescente à adoção internacional. (Redação dada 1999 . (Redação dada pela Lei nº 12.010, de pela Lei nº 13.509, de 2017) 2009) Vigência § 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal Art. 51. Considera-se adoção internacional interessado em sua adoção, a criança ou o adolescente, aquela na qual o pretendente possui residência habitual sempre que possível e recomendável, será colocado sob em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de guarda de família cadastrada em programa de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação acolhimento familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de em Matéria de Adoção Internacional, promulgada 2009) Vigência pelo Decreto n o 3.087, de 21 junho de 1999 , e deseja § 12. A alimentação do cadastro e a convocação adotar criança em outro país-parte da criteriosa dos postulantes à adoção serão fiscalizadas Convenção. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) pelo Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de § 1º O candidato deverá comprovar, mediante 2009) Vigência documento expedido pela autoridade competente do § 13. Somente poderá ser deferida adoção em respectivo domicílio, estar devidamente habilitado à favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado adoção, consoante as leis do seu país, bem como previamente nos termos desta Lei quando: (Incluído apresentar estudo psicossocial elaborado por agência pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência especializada e credenciada no país de origem. I - se tratar de pedido de adoção § 1 o A adoção internacional de criança ou unilateral; (Incluído pela Lei nº 12.010, de adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil somente 2009) Vigência terá lugar quando restar comprovado: (Redação dada II - for formulada por parente com o qual a criança pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e I - que a colocação em família substituta é a afetividade; (Incluído pela Lei nº 12.010, de solução adequada ao caso concreto; (Incluída pela Lei 2009) Vigência nº 12.010, de 2009) Vigência III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou I - que a colocação em família adotiva é a solução guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou adequada ao caso concreto; (Redação dada pela Lei nº adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência 13.509, de 2017) comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, II - que foram esgotadas todas as possibilidades e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer de colocação da criança ou adolescente em família das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta substituta brasileira, após consulta aos cadastros Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência mencionados no art. 50 desta Lei; (Incluída pela Lei nº § 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, 12.010, de 2009) Vigência o candidato deverá comprovar, no curso do II - que foram esgotadas todas as possibilidades procedimento, que preenche os requisitos necessários à de colocação da criança ou adolescente em família adoção, conforme previsto nesta Lei. (Incluído pela Lei adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos nº 12.010, de 2009) Vigência autos, da inexistência de adotantes habilitados § 15. Será assegurada prioridade no cadastro a residentes no Brasil com perfil compatível com a pessoas interessadas em adotar criança ou adolescente criança ou adolescente, após consulta aos cadastros com deficiência, com doença crônica ou com mencionados nesta Lei; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) III - que, em se tratando de adoção de adolescente, informações sobre a identidade, a capacidade jurídica e este foi consultado, por meios adequados ao seu estágio adequação dos solicitantes para adotar, sua situação de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a pessoal, familiar e médica, seu meio social, os motivos medida, mediante parecer elaborado por equipe que os animam e sua aptidão para assumir uma adoção interprofissional, observado o disposto nos §§ 1 o e internacional; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2 o do art. 28 desta Lei. (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência III - a Autoridade Central do país de acolhida § 2º A autoridade judiciária, de ofício ou a enviará o relatório à Autoridade Central Estadual, com requerimento do Ministério Público, poderá determinar cópia para a Autoridade Central Federal a apresentação do texto pertinente à legislação Brasileira; (Incluída pela Lei nº 12.010, de estrangeira, acompanhado de prova da respectiva 2009) Vigência vigência. IV - o relatório será instruído com toda a § 2 o Os brasileiros residentes no exterior terão documentação necessária, incluindo estudo psicossocial preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção elaborado por equipe interprofissional habilitada e cópia internacional de criança ou adolescente autenticada da legislação pertinente, acompanhada da brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de respectiva prova de vigência; (Incluída pela Lei nº 2009) Vigência 12.010, de 2009) Vigência § 3º Os documentos em língua estrangeira serão V - os documentos em língua estrangeira serão juntados aos autos, devidamente autenticados pela devidamente autenticados pela autoridade consular, autoridade consular, observados os tratados e observados os tratados e convenções internacionais, e convenções internacionais, e acompanhados da acompanhados da respectiva tradução, por tradutor respectiva tradução, por tradutor público juramentado. público juramentado; (Incluída pela Lei nº 12.010, de § 3 o A adoção internacional pressupõe a 2009) Vigência intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer Federal em matéria de adoção internacional. (Redação exigências e solicitar complementação sobre o estudo dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência psicossocial do postulante estrangeiro à adoção, já § 4º Antes de consumada a adoção não será realizado no país de acolhida; (Incluída pela Lei nº permitida a saída do adotando do território 12.010, de 2009) Vigência nacional. (Revogado pela Lei nº 12.010, de VII - verificada, após estudo realizado pela 2009) Vigência Autoridade Central Estadual, a compatibilidade da Art. 52. A adoção internacional poderá ser legislação estrangeira com a nacional, além do condicionada a estudo prévio e análise de uma comissão preenchimento por parte dos postulantes à medida dos estadual judiciária de adoção, que fornecerá o requisitos objetivos e subjetivos necessários ao seu respectivo laudo de habilitação para instruir o processo deferimento, tanto à luz do que dispõe esta Lei como da competente. legislação do país de acolhida, será expedido laudo de Parágrafo único. Competirá à comissão manter habilitação à adoção internacional, que terá validade registro centralizado de interessados estrangeiros em por, no máximo, 1 (um) ano; (Incluída pela Lei nº adoção. 12.010, de 2009) Vigência Art. 52. A adoção internacional observará o VIII - de posse do laudo de habilitação, o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, interessado será autorizado a formalizar pedido de com as seguintes adaptações: (Redação dada pela Lei nº adoção perante o Juízo da Infância e da Juventude do 12.010, de 2009) Vigência local em que se encontra a criança ou adolescente, I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em conforme indicação efetuada pela Autoridade Central adotar criança ou adolescente brasileiro, deverá Estadual. (Incluída pela Lei nº 12.010, de formular pedido de habilitação à adoção perante a 2009) Vigência Autoridade Central em matéria de adoção internacional § 1 o Se a legislação do país de acolhida assim o no país de acolhida, assim entendido aquele onde está autorizar, admite-se que os pedidos de habilitação à situada sua residência habitual; (Incluída pela Lei nº adoção internacional sejam intermediados por 12.010, de 2009) Vigência organismos credenciados. (Incluída pela Lei nº 12.010, II - se a Autoridade Central do país de acolhida de 2009) Vigência considerar que os solicitantes estão habilitados e aptos § 2 o Incumbe à Autoridade Central Federal para adotar, emitirá um relatório que contenha Brasileira o credenciamento de organismos nacionais e estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de desenvolvidas, bem como relatório de habilitação à adoção internacional, com posterior acompanhamento das adoções internacionais efetuadas comunicação às Autoridades Centrais Estaduais e no período, cuja cópia será encaminhada ao publicação nos órgãos oficiais de imprensa e em sítio Departamento de Polícia Federal; (Incluída pela Lei nº próprio da internet. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a § 3 o Somente será admissível o credenciamento Autoridade Central Estadual, com cópia para a de organismos que: (Incluída pela Lei nº 12.010, de Autoridade Central Federal Brasileira, pelo período 2009) Vigência mínimo de 2 (dois) anos. O envio do relatório será I - sejam oriundos de países que ratificaram a mantido até a juntada de cópia autenticada do registro Convenção de Haia e estejam devidamente civil, estabelecendo a cidadania do país de acolhida para credenciados pela Autoridade Central do país onde o adotado; (Incluída pela Lei nº 12.010, de estiverem sediados e no país de acolhida do adotando 2009) Vigência para atuar em adoção internacional no Brasil; (Incluída VI - tomar as medidas necessárias para garantir pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência que os adotantes encaminhem à Autoridade Central II - satisfizerem as condições de integridade Federal Brasileira cópia da certidão de registro de moral, competência profissional, experiência e nascimento estrangeira e do certificado de responsabilidade exigidas pelos países respectivos e nacionalidade tão logo lhes sejam concedidos. (Incluída pela Autoridade Central Federal Brasileira; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5 o A não apresentação dos relatórios referidos III - forem qualificados por seus padrões éticos e no § 4 o deste artigo pelo organismo credenciado poderá sua formação e experiência para atuar na área de adoção acarretar a suspensão de seu credenciamento. (Incluído internacional; (Incluída pela Lei nº 12.010, de pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência § 6 o O credenciamento de organismo nacional ou IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo estrangeiro encarregado de intermediar pedidos de ordenamento jurídico brasileiro e pelas normas adoção internacional terá validade de 2 (dois) estabelecidas pela Autoridade Central Federal anos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Brasileira. (Incluída pela Lei nº 12.010, de § 7 o A renovação do credenciamento poderá ser 2009) Vigência concedida mediante requerimento protocolado na § 4 o Os organismos credenciados deverão Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) ainda: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência dias anteriores ao término do respectivo prazo de I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas validade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de condições e dentro dos limites fixados pelas autoridades 2009) Vigência competentes do país onde estiverem sediados, do país § 8 o Antes de transitada em julgado a decisão que de acolhida e pela Autoridade Central Federal concedeu a adoção internacional, não será permitida a Brasileira; (Incluída pela Lei nº 12.010, de saída do adotando do território nacional. (Incluído pela 2009) Vigência Lei nº 12.010, de 2009) Vigência II - ser dirigidos e administrados por pessoas § 9 o Transitada em julgado a decisão, a qualificadas e de reconhecida idoneidade moral, com autoridade judiciária determinará a expedição de alvará comprovada formação ou experiência para atuar na área com autorização de viagem, bem como para obtenção de adoção internacional, cadastradas pelo Departamento de passaporte, constando, obrigatoriamente, as de Polícia Federal e aprovadas pela Autoridade Central características da criança ou adolescente adotado, como Federal Brasileira, mediante publicação de portaria do idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços peculiares, órgão federal competente; (Incluída pela Lei nº 12.010, assim como foto recente e a aposição da impressão de 2009) Vigência digital do seu polegar direito, instruindo o documento III - estar submetidos à supervisão das autoridades com cópia autenticada da decisão e certidão de trânsito competentes do país onde estiverem sediados e no país em julgado. (Incluído pela Lei nº 12.010, de de acolhida, inclusive quanto à sua composição, 2009) Vigência funcionamento e situação financeira; (Incluída pela Lei § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira nº 12.010, de 2009) Vigência poderá, a qualquer momento, solicitar informações IV - apresentar à Autoridade Central Federal sobre a situação das crianças e adolescentes Brasileira, a cada ano, relatório geral das atividades adotados (Incluído pela Lei nº 12.010, de a sentença ser homologada pelo Superior Tribunal de 2009) Vigência Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 11. A cobrança de valores por parte dos § 2 o O pretendente brasileiro residente no exterior organismos credenciados, que sejam considerados em país não ratificante da Convenção de Haia, uma vez abusivos pela Autoridade Central Federal Brasileira e reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação que não estejam devidamente comprovados, é causa de da sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de seu descredenciamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o § 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não Brasil for o país de acolhida, a decisão da autoridade podem ser representados por mais de uma entidade competente do país de origem da criança ou do credenciada para atuar na cooperação em adoção adolescente será conhecida pela Autoridade Central internacional. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Estadual que tiver processado o pedido de habilitação 2009) Vigência dos pais adotivos, que comunicará o fato à Autoridade § 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou Central Federal e determinará as providências domiciliado fora do Brasil terá validade máxima de 1 necessárias à expedição do Certificado de Naturalização (um) ano, podendo ser renovada. (Incluído pela Lei nº Provisório. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência § 14. É vedado o contato direto de representantes § 1 o A Autoridade Central Estadual, ouvido o de organismos de adoção, nacionais ou estrangeiros, Ministério Público, somente deixará de reconhecer os com dirigentes de programas de acolhimento efeitos daquela decisão se restar demonstrado que a institucional ou familiar, assim como com crianças e adoção é manifestamente contrária à ordem pública ou adolescentes em condições de serem adotados, sem a não atende ao interesse superior da criança ou do devida autorização judicial. (Incluído pela Lei nº adolescente. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira § 2 o Na hipótese de não reconhecimento da poderá limitar ou suspender a concessão de novos adoção, prevista no § 1 o deste artigo, o Ministério credenciamentos sempre que julgar necessário, Público deverá imediatamente requerer o que for de mediante ato administrativo fundamentado. (Incluído direito para resguardar os interesses da criança ou do pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência adolescente, comunicando-se as providências à Art. 52-A. É vedado, sob pena de Autoridade Central Estadual, que fará a comunicação à responsabilidade e descredenciamento, o repasse de Autoridade Central Federal Brasileira e à Autoridade recursos provenientes de organismos estrangeiros Central do país de origem. (Incluído pela Lei nº 12.010, encarregados de intermediar pedidos de adoção de 2009) Vigência internacional a organismos nacionais ou a pessoas Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o físicas. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Brasil for o país de acolhida e a adoção não tenha sido Parágrafo único. Eventuais repasses somente deferida no país de origem porque a sua legislação a poderão ser efetuados via Fundo dos Direitos da Criança delega ao país de acolhida, ou, ainda, na hipótese de, e do Adolescente e estarão sujeitos às deliberações do mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser respectivo Conselho de Direitos da Criança e do oriundo de país que não tenha aderido à Convenção Adolescente (Incluído pela Lei nº 12.010, de referida, o processo de adoção seguirá as regras da 2009) Vigência adoção nacional. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no 2009) Vigência exterior em país ratificante da Convenção de Haia, cujo processo de adoção tenha sido processado em Capítulo IV conformidade com a legislação vigente no país de Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao residência e atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo Lazer 17 da referida Convenção, será automaticamente Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à recepcionada com o reingresso no Brasil. (Incluído pela educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua Lei nº 12.010, de 2009) Vigência pessoa, preparo para o exercício da cidadania e § 1 o Caso não tenha sido atendido o disposto na qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - direito de ser respeitado por seus educadores; e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à III - direito de contestar critérios avaliativos, escola. podendo recorrer às instâncias escolares superiores; Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação IV - direito de organização e participação em de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de entidades estudantis; ensino. V - acesso à escola pública e gratuita próxima de Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de sua residência. ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de os casos de: sua residência, garantindo-se vagas no mesmo I - maus-tratos envolvendo seus alunos; estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão etapa ou ciclo de ensino da educação básica. (Redação escolar, esgotados os recursos escolares; dada pela Lei nº 13.845, de 2019) III - elevados níveis de repetência. Parágrafo único. É direito dos pais ou Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem experiências e novas propostas relativas a calendário, como participar da definição das propostas seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, educacionais. com vistas à inserção de crianças e adolescentes Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, excluídos do ensino fundamental obrigatório. clubes e agremiações recreativas e de estabelecimentos Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão congêneres assegurar medidas de conscientização, os valores culturais, artísticos e históricos próprios do prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de contexto social da criança e do adolescente, garantindo- drogas ilícitas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e cultura. ao adolescente: Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, da União, estimularão e facilitarão a destinação de inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade recursos e espaços para programações culturais, própria; esportivas e de lazer voltadas para a infância e a II - progressiva extensão da obrigatoriedade e juventude. gratuidade ao ensino médio; III - atendimento educacional especializado aos Capítulo V portadores de deficiência, preferencialmente na rede Do Direito à Profissionalização e à Proteção no regular de ensino; Trabalho IV - atendimento em creche e pré-escola às Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores crianças de zero a seis anos de idade; de quatorze anos de idade, salvo na condição de IV – atendimento em creche e pré-escola às aprendiz. (Vide Constituição Federal) crianças de zero a cinco anos de idade; (Redação dada Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes pela Lei nº 13.306, de 2016) é regulada por legislação especial, sem prejuízo do V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da disposto nesta Lei. pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação cada um; técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às bases da legislação de educação em vigor. condições do adolescente trabalhador; Art. 63. A formação técnico-profissional VII - atendimento no ensino fundamental, através obedecerá aos seguintes princípios: de programas suplementares de material didático- I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. ensino regular; § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é II - atividade compatível com o desenvolvimento direito público subjetivo. do adolescente; § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório III - horário especial para o exercício das pelo poder público ou sua oferta irregular importa atividades. responsabilidade da autoridade competente. Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de § 3º Compete ao poder público recensear os idade é assegurada bolsa de aprendizagem. educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de adolescentes, tendo como principais ações: (Incluído quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas pela Lei nº 13.010, de 2014) e previdenciários. I - a promoção de campanhas educativas Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é permanentes para a divulgação do direito da criança e assegurado trabalho protegido. do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, dos instrumentos de proteção aos direitos assistido em entidade governamental ou não- humanos; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) governamental, é vedado trabalho: II - a integração com os órgãos do Poder I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria de um dia e as cinco horas do dia seguinte; Pública, com o Conselho Tutelar, com os Conselhos de II - perigoso, insalubre ou penoso; Direitos da Criança e do Adolescente e com as entidades III - realizado em locais prejudiciais à sua não governamentais que atuam na promoção, proteção formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, e defesa dos direitos da criança e do moral e social; adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) IV - realizado em horários e locais que não III - a formação continuada e a capacitação dos permitam a freqüência à escola. profissionais de saúde, educação e assistência social e Art. 68. O programa social que tenha por base o dos demais agentes que atuam na promoção, proteção e trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade defesa dos direitos da criança e do adolescente para o governamental ou não-governamental sem fins desenvolvimento das competências necessárias à lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele prevenção, à identificação de evidências, ao diagnóstico participe condições de capacitação para o exercício de e ao enfrentamento de todas as formas de violência atividade regular remunerada. contra a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº § 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade 13.010, de 2014) laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução desenvolvimento pessoal e social do educando pacífica de conflitos que envolvam violência contra a prevalecem sobre o aspecto produtivo. criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de § 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo 2014) trabalho efetuado ou a participação na venda dos V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que produtos de seu trabalho não desfigura o caráter visem a garantir os direitos da criança e do adolescente, educativo. desde a atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais Art. 69. O adolescente tem direito à e responsáveis com o objetivo de promover a profissionalização e à proteção no trabalho, observados informação, a reflexão, o debate e a orientação sobre os seguintes aspectos, entre outros: alternativas ao uso de castigo físico ou de tratamento I - respeito à condição peculiar de pessoa em cruel ou degradante no processo educativo; (Incluído desenvolvimento; pela Lei nº 13.010, de 2014) II - capacitação profissional adequada ao mercado VI - a promoção de espaços intersetoriais locais de trabalho. para a articulação de ações e a elaboração de planos de atuação conjunta focados nas famílias em situação de Título III violência, com participação de profissionais de saúde, Da Prevenção de assistência social e de educação e de órgãos de Capítulo I promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do Disposições Gerais adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de VII - a promoção de estudos e pesquisas, de ameaça ou violação dos direitos da criança e do estatísticas e de outras informações relevantes às adolescente. consequências e à frequência das formas de violência Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito contra a criança e o adolescente para a sistematização Federal e os Municípios deverão atuar de forma de dados nacionalmente unificados e a avaliação articulada na elaboração de políticas públicas e na periódica dos resultados das medidas execução de ações destinadas a coibir o uso de castigo adotadas; (Incluído pela Lei nº 14.344, de físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir 2022) Vigência formas não violentas de educação de crianças e de VIII - o respeito aos valores da dignidade da contra crianças e adolescentes. (Incluído pela Lei nº pessoa humana, de forma a coibir a violência, o 13.046, de 2014) tratamento cruel ou degradante e as formas violentas de Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que educação, correção ou disciplina; (Incluído pela Lei atuem nas áreas da saúde e da educação, além daquelas nº 14.344, de 2022) Vigência às quais se refere o art. 71 desta Lei, entre outras, devem IX - a promoção e a realização de campanhas contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas a educativas direcionadas ao público escolar e à reconhecer e a comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas sociedade em geral e a difusão desta Lei e dos ou casos de crimes praticados contra a criança e o instrumentos de proteção aos direitos humanos das adolescente. (Redação dada pela Lei nº 14.344, de crianças e dos adolescentes, incluídos os canais de 2022) Vigência denúncia existentes; (Incluído pela Lei nº 14.344, de Parágrafo único. São igualmente responsáveis 2022) Vigência pela comunicação de que trata este artigo, as pessoas X - a celebração de convênios, de protocolos, de encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ajustes, de termos e de outros instrumentos de promoção ministério, profissão ou ocupação, do cuidado, de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes assistência ou guarda de crianças e adolescentes, e entidades não governamentais, com o objetivo de punível, na forma deste Estatuto, o injustificado implementar programas de erradicação da violência, de retardamento ou omissão, culposos ou tratamento cruel ou degradante e de formas violentas de dolosos. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014) educação, correção ou disciplina; (Incluído pela Lei Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a nº 14.344, de 2022) Vigência informação, cultura, lazer, esportes, diversões, XI - a capacitação permanente das Polícias Civil espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Bombeiros, dos profissionais nas escolas, dos Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não Conselhos Tutelares e dos profissionais pertencentes excluem da prevenção especial outras decorrentes dos aos órgãos e às áreas referidos no inciso II deste caput, princípios por ela adotados. para que identifiquem situações em que crianças e Art. 73. A inobservância das normas de adolescentes vivenciam violência e agressões no âmbito prevenção importará em responsabilidade da pessoa familiar ou institucional; (Incluído pela Lei nº física ou jurídica, nos termos desta Lei. 14.344, de 2022) Vigência XII - a promoção de programas educacionais que Capítulo II disseminem valores éticos de irrestrito respeito à Da Prevenção Especial dignidade da pessoa humana, bem como de programas Seção I de fortalecimento da parentalidade positiva, da Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões educação sem castigos físicos e de ações de prevenção e Espetáculos e enfrentamento da violência doméstica e familiar Art. 74. O poder público, através do órgão contra a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº competente, regulará as diversões e espetáculos 14.344, de 2022) Vigência públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas XIII - o destaque, nos currículos escolares de etárias a que não se recomendem, locais e horários em todos os níveis de ensino, dos conteúdos relativos à que sua apresentação se mostre inadequada. prevenção, à identificação e à resposta à violência Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões doméstica e familiar. (Incluído pela Lei nº 14.344, de e espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível 2022) Vigência e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, Parágrafo único. As famílias com crianças e informação destacada sobre a natureza do espetáculo e adolescentes com deficiência terão prioridade de a faixa etária especificada no certificado de atendimento nas ações e políticas públicas de prevenção classificação. e proteção. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que às diversões e espetáculos públicos classificados como atuem nas áreas a que se refere o art. 71, dentre outras, adequados à sua faixa etária. devem contar, em seus quadros, com pessoas Parágrafo único. As crianças menores de dez anos capacitadas a reconhecer e comunicar ao Conselho somente poderão ingressar e permanecer nos locais de Tutelar suspeitas ou casos de maus-tratos praticados apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável. Art. 76. As emissoras de rádio e televisão Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou somente exibirão, no horário recomendado para o adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento público infanto juvenil, programas com finalidades congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos educativas, artísticas, culturais e informativas. pais ou responsável. Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de sua Seção III classificação, antes de sua transmissão, apresentação ou Da Autorização para Viajar exibição. Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e da comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou funcionários de empresas que explorem a venda ou responsável, sem expressa autorização judicial. aluguel de fitas de programação em vídeo cuidarão para Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor que não haja venda ou locação em desacordo com a de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para fora da classificação atribuída pelo órgão competente. comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo responsáveis sem expressa autorização deverão exibir, no invólucro, informação sobre a judicial. (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019) natureza da obra e a faixa etária a que se destinam. § 1º A autorização não será exigida quando: Art. 78. As revistas e publicações contendo a) tratar-se de comarca contígua à da residência da material impróprio ou inadequado a crianças e criança, se na mesma unidade da Federação, ou incluída adolescentes deverão ser comercializadas em na mesma região metropolitana; embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo. a) tratar-se de comarca contígua à da residência da Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as criança ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, capas que contenham mensagens pornográficas ou se na mesma unidade da Federação, ou incluída na obscenas sejam protegidas com embalagem opaca. mesma região metropolitana; (Redação dada pela Lei nº Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao 13.812, de 2019) público infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, b) a criança estiver acompanhada: fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas b) a criança ou o adolescente menor de 16 alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão (dezesseis) anos estiver acompanhado: (Redação dada respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da pela Lei nº 13.812, de 2019) família. 1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos grau, comprovado documentalmente o parentesco; que explorem comercialmente bilhar, sinuca ou 2) de pessoa maior, expressamente autorizada congênere ou por casas de jogos, assim entendidas as pelo pai, mãe ou responsável. que realizem apostas, ainda que eventualmente, § 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos cuidarão para que não seja permitida a entrada e a pais ou responsável, conceder autorização válida por permanência de crianças e adolescentes no local, dois anos. afixando aviso para orientação do público. Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente: Seção II I - estiver acompanhado de ambos os pais ou Dos Produtos e Serviços responsável; Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao II - viajar na companhia de um dos pais, adolescente de: autorizado expressamente pelo outro através de I - armas, munições e explosivos; documento com firma reconhecida. II - bebidas alcoólicas; Art. 85. Sem prévia e expressa autorização III - produtos cujos componentes possam causar judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em dependência física ou psíquica ainda que por utilização território nacional poderá sair do País em companhia de indevida; estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida; V - revistas e publicações a que alude o art. 78; VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. Parte Especial IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e Título I municipais vinculados aos respectivos conselhos dos Da Política de Atendimento direitos da criança e do adolescente; Capítulo I V - integração operacional de órgãos do Disposições Gerais Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Art. 86. A política de atendimento dos direitos da Pública e Assistência Social, preferencialmente em um criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto mesmo local, para efeito de agilização do atendimento articulado de ações governamentais e não- inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato governamentais, da União, dos estados, do Distrito infracional; Federal e dos municípios. VI - mobilização da opinião pública no sentido da Art. 87. São linhas de ação da política de indispensável participação dos diversos segmentos da atendimento: sociedade. I - políticas sociais básicas; VI - integração operacional de órgãos do II - políticas e programas de assistência social, em Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho caráter supletivo, para aqueles que deles necessitem Tutelar e encarregados da execução das políticas sociais II - serviços, programas, projetos e benefícios de básicas e de assistência social, para efeito de agilização assistência social de garantia de proteção social e de do atendimento de crianças e de adolescentes inseridos prevenção e redução de violações de direitos, seus em programas de acolhimento familiar ou institucional, agravamentos ou reincidências; (Redação dada pela Lei com vista na sua rápida reintegração à família de origem nº 13.257, de 2016) ou, se tal solução se mostrar comprovadamente III - serviços especiais de prevenção e inviável, sua colocação em família substituta, em atendimento médico e psicossocial às vítimas de quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de e opressão; 2009) Vigência IV - serviço de identificação e localização de pais, VII - mobilização da opinião pública para a responsável, crianças e adolescentes desaparecidos; indispensável participação dos diversos segmentos da V - proteção jurídico-social por entidades de sociedade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de defesa dos direitos da criança e do adolescente. 2009) Vigência VI - políticas e programas destinados a prevenir VIII - especialização e formação continuada dos ou abreviar o período de afastamento do convívio profissionais que trabalham nas diferentes áreas da familiar e a garantir o efetivo exercício do direito à atenção à primeira infância, incluindo os conhecimentos convivência familiar de crianças e sobre direitos da criança e sobre desenvolvimento adolescentes; (Incluído pela Lei nº 12.010, de infantil; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 2009) Vigência IX - formação profissional com abrangência dos VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob diversos direitos da criança e do adolescente que forma de guarda de crianças e adolescentes afastados do favoreça a intersetorialidade no atendimento da criança convívio familiar e à adoção, especificamente inter- e do adolescente e seu desenvolvimento racial, de crianças maiores ou de adolescentes, com integral; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) necessidades específicas de saúde ou com deficiências X - realização e divulgação de pesquisas sobre e de grupos de irmãos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de desenvolvimento infantil e sobre prevenção da 2009) Vigência violência. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 88. São diretrizes da política de atendimento: Art. 89. A função de membro do conselho I - municipalização do atendimento; nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos II - criação de conselhos municipais, estaduais e direitos da criança e do adolescente é considerada de nacional dos direitos da criança e do adolescente, órgãos interesse público relevante e não será remunerada. deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a participação popular paritária por Capítulo II meio de organizações representativas, segundo leis Das Entidades de Atendimento federal, estaduais e municipais; Seção I III - criação e manutenção de programas Disposições Gerais específicos, observada a descentralização político- Art. 90. As entidades de atendimento são administrativa; responsáveis pela manutenção das próprias unidades, assim como pelo planejamento e execução de de funcionamento: (Incluído pela Lei nº 12.010, de programas de proteção e sócio-educativos destinados a 2009) Vigência crianças e adolescentes, em regime de: (Vide) I - o efetivo respeito às regras e princípios desta I - orientação e apoio sócio-familiar; Lei, bem como às resoluções relativas à modalidade de II - apoio sócio-educativo em meio aberto; atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de III - colocação familiar; Direitos da Criança e do Adolescente, em todos os I V - abrigo; níveis; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência IV - acolhimento institucional; (Redação dada II - a qualidade e eficiência do trabalho pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência desenvolvido, atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo V - liberdade assistida; Ministério Público e pela Justiça da Infância e da V - prestação de serviços à Juventude; (Incluído pela Lei nº 12.010, de comunidade; (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2009) Vigência 2012) (Vide) III - em se tratando de programas de acolhimento VI - semi-liberdade; institucional ou familiar, serão considerados os índices VI - liberdade assistida; (Redação dada pela Lei de sucesso na reintegração familiar ou de adaptação à nº 12.594, de 2012) (Vide) família substituta, conforme o caso. (Incluído pela Lei VII - internação. nº 12.010, de 2009) Vigência VII - semiliberdade; e (Redação dada pela Lei nº Art. 91. As entidades não-governamentais 12.594, de 2012) (Vide) somente poderão funcionar depois de registradas no VIII - internação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do 2012) (Vide) Adolescente, o qual comunicará o registro ao Conselho Parágrafo único. As entidades governamentais e Tutelar e à autoridade judiciária da respectiva não-governamentais deverão proceder à inscrição de localidade. seus programas, especificando os regimes de Parágrafo único. Será negado o registro à entidade atendimento, na forma definida neste artigo, junto ao que: Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do § 1 o Será negado o registro à entidade Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de que: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho a) não ofereça instalações físicas em condições Tutelar e à autoridade judiciária. adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e § 1 o As entidades governamentais e não segurança; governamentais deverão proceder à inscrição de seus b) não apresente plano de trabalho compatível programas, especificando os regimes de atendimento, com os princípios desta Lei; na forma definida neste artigo, no Conselho Municipal c) esteja irregularmente constituída; dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas. manterá registro das inscrições e de suas alterações, do e) não se adequar ou deixar de cumprir as que fará comunicação ao Conselho Tutelar e à resoluções e deliberações relativas à modalidade de autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.010, de atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de 2009) Vigência Direitos da Criança e do Adolescente, em todos os § 2 o Os recursos destinados à implementação e níveis. (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência manutenção dos programas relacionados neste artigo § 2 o O registro terá validade máxima de 4 (quatro) serão previstos nas dotações orçamentárias dos órgãos anos, cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da públicos encarregados das áreas de Educação, Saúde e Criança e do Adolescente, periodicamente, reavaliar o Assistência Social, dentre outros, observando-se o cabimento de sua renovação, observado o disposto no § princípio da prioridade absoluta à criança e ao 1 o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de adolescente preconizado pelo caput do art. 227 da 2009) Vigência Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único do Art. 92. As entidades que desenvolvam programas art. 4 o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de de abrigo deverão adotar os seguintes princípios: 2009) Vigência Art. 92. As entidades que desenvolvam § 3 o Os programas em execução serão reavaliados programas de acolhimento familiar ou institucional pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do deverão adotar os seguintes princípios: (Redação dada Adolescente, no máximo, a cada 2 (dois) anos, pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência constituindo-se critérios para renovação da autorização I - preservação dos vínculos familiares; I - preservação dos vínculos familiares e parentes, em cumprimento ao disposto nos incisos I e promoção da reintegração familiar; (Redação dada pela VIII do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, Lei nº 12.010, de 2009) Vigência de 2009) Vigência II - integração em família substituta, quando § 5 o As entidades que desenvolvem programas de esgotados os recursos de manutenção na família natural acolhimento familiar ou institucional somente poderão ou extensa; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de receber recursos públicos se comprovado o atendimento 2009) Vigência dos princípios, exigências e finalidades desta II - integração em família substituta, quando Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência esgotados os recursos de manutenção na família de § 6 o O descumprimento das disposições desta Lei origem; pelo dirigente de entidade que desenvolva programas de III - atendimento personalizado e em pequenos acolhimento familiar ou institucional é causa de sua grupos; destituição, sem prejuízo da apuração de sua IV - desenvolvimento de atividades em regime de responsabilidade administrativa, civil e co-educação; criminal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de V - não desmembramento de grupos de irmãos; 2009) Vigência VI - evitar, sempre que possível, a transferência § 7 o Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 para outras entidades de crianças e adolescentes (três) anos em acolhimento institucional, dar-se-á abrigados; especial atenção à atuação de educadores de referência VII - participação na vida da comunidade local; estáveis e qualitativamente significativos, às rotinas VIII - preparação gradativa para o desligamento; específicas e ao atendimento das necessidades básicas, IX - participação de pessoas da comunidade no incluindo as de afeto como prioritárias. (Incluído pela processo educativo. Lei nº 13.257, de 2016) Parágrafo único. O dirigente de entidade de abrigo Art. 93. As entidades que mantenham programas e equiparado ao guardião, para todos os efeitos de de abrigo poderão, em caráter excepcional e de direito. urgência, abrigar crianças e adolescentes sem prévia § 1 o O dirigente de entidade que desenvolve determinação da autoridade competente, fazendo programa de acolhimento institucional é equiparado ao comunicação do fato até o 2º dia útil imediato. guardião, para todos os efeitos de direito. (Incluído pela Art. 93. As entidades que mantenham programa Lei nº 12.010, de 2009) Vigência de acolhimento institucional poderão, em caráter § 2 o Os dirigentes de entidades que desenvolvem excepcional e de urgência, acolher crianças e programas de acolhimento familiar ou institucional adolescentes sem prévia determinação da autoridade remeterão à autoridade judiciária, no máximo a cada 6 competente, fazendo comunicação do fato em até 24 (seis) meses, relatório circunstanciado acerca da (vinte e quatro) horas ao Juiz da Infância e da Juventude, situação de cada criança ou adolescente acolhido e sua sob pena de responsabilidade. (Redação dada pela Lei família, para fins da reavaliação prevista no § 1 o do art. nº 12.010, de 2009) Vigência 19 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Parágrafo único. Recebida a comunicação, a 2009) Vigência autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público e se § 3 o Os entes federados, por intermédio dos necessário com o apoio do Conselho Tutelar local, Poderes Executivo e Judiciário, promoverão tomará as medidas necessárias para promover a conjuntamente a permanente qualificação dos imediata reintegração familiar da criança ou do profissionais que atuam direta ou indiretamente em adolescente ou, se por qualquer razão não for isso programas de acolhimento institucional e destinados à possível ou recomendável, para seu encaminhamento a colocação familiar de crianças e adolescentes, incluindo programa de acolhimento familiar, institucional ou a membros do Poder Judiciário, Ministério Público e família substituta, observado o disposto no § 2 o do art. Conselho Tutelar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 101 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência § 4 o Salvo determinação em contrário da Art. 94. As entidades que desenvolvem autoridade judiciária competente, as entidades que programas de internação têm as seguintes obrigações, desenvolvem programas de acolhimento familiar ou entre outras: institucional, se necessário com o auxílio do Conselho I - observar os direitos e garantias de que são Tutelar e dos órgãos de assistência social, estimularão o titulares os adolescentes; contato da criança ou adolescente com seus pais e II - não restringir nenhum direito que não tenha familiar. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de sido objeto de restrição na decisão de internação; 2009) Vigência III - oferecer atendimento personalizado, em § 2º No cumprimento das obrigações a que alude pequenas unidades e grupos reduzidos; este artigo as entidades utilizarão preferencialmente os IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de recursos da comunidade. respeito e dignidade ao adolescente; Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, V - diligenciar no sentido do restabelecimento e que abriguem ou recepcionem crianças e adolescentes, da preservação dos vínculos familiares; ainda que em caráter temporário, devem ter, em seus VI - comunicar à autoridade judiciária, quadros, profissionais capacitados a reconhecer e periodicamente, os casos em que se mostre inviável ou reportar ao Conselho Tutelar suspeitas ou ocorrências impossível o reatamento dos vínculos familiares; de maus-tratos. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014) VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e Seção II segurança e os objetos necessários à higiene pessoal; Da Fiscalização das Entidades VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes Art. 95. As entidades governamentais e não- e adequados à faixa etária dos adolescentes atendidos; governamentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, pelo Judiciário, pelo Ministério Público e pelos odontológicos e farmacêuticos; Conselhos Tutelares. X - propiciar escolarização e profissionalização; Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de contas serão apresentados ao estado ou ao município, lazer; conforme a origem das dotações orçamentárias. XII - propiciar assistência religiosa àqueles que Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de desejarem, de acordo com suas crenças; atendimento que descumprirem obrigação constante do XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada art. 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal caso; de seus dirigentes ou prepostos: XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com I - às entidades governamentais: intervalo máximo de seis meses, dando ciência dos a) advertência; resultados à autoridade competente; b) afastamento provisório de seus dirigentes; XV - informar, periodicamente, o adolescente c) afastamento definitivo de seus dirigentes; internado sobre sua situação processual; d) fechamento de unidade ou interdição de XVI - comunicar às autoridades competentes programa. todos os casos de adolescentes portadores de moléstias II - às entidades não-governamentais: infecto-contagiosas; a) advertência; XVII - fornecer comprovante de depósito dos b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas pertences dos adolescentes; públicas; XVIII - manter programas destinados ao apoio e c) interdição de unidades ou suspensão de acompanhamento de egressos; programa; XIX - providenciar os documentos necessários ao d) cassação do registro. exercício da cidadania àqueles que não os tiverem; Parágrafo único. Em caso de reiteradas infrações XX - manter arquivo de anotações onde constem cometidas por entidades de atendimento, que coloquem data e circunstâncias do atendimento, nome do em risco os direitos assegurados nesta Lei, deverá ser o adolescente, seus pais ou responsável, parentes, fato comunicado ao Ministério Público ou representado endereços, sexo, idade, acompanhamento da sua perante autoridade judiciária competente para as formação, relação de seus pertences e demais dados que providências cabíveis, inclusive suspensão das possibilitem sua identificação e a individualização do atividades ou dissolução da entidade. atendimento. § 1 o Em caso de reiteradas infrações cometidas § 1º Aplicam-se, no que couber, as obrigações por entidades de atendimento, que coloquem em risco constantes deste artigo às entidades que mantêm os direitos assegurados nesta Lei, deverá ser o fato programa de abrigo. comunicado ao Ministério Público ou representado § 1 o Aplicam-se, no que couber, as obrigações perante autoridade judiciária competente para as constantes deste artigo às entidades que mantêm providências cabíveis, inclusive suspensão das programas de acolhimento institucional e atividades ou dissolução da entidade. (Redação dada possibilidade da execução de programas por entidades pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência não governamentais; (Incluído pela Lei nº 12.010, de § 2 o As pessoas jurídicas de direito público e as 2009) Vigência organizações não governamentais responderão pelos IV - interesse superior da criança e do danos que seus agentes causarem às crianças e aos adolescente: a intervenção deve atender adolescentes, caracterizado o descumprimento dos prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do princípios norteadores das atividades de proteção adolescente, sem prejuízo da consideração que for específica. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de devida a outros interesses legítimos no âmbito da 2009) Vigência pluralidade dos interesses presentes no caso concreto; (Incluído pela Lei nº 12.010, de Título II 2009) Vigência Das Medidas de Proteção V - privacidade: a promoção dos direitos e Capítulo I proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada Disposições Gerais no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao da sua vida privada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de adolescente são aplicáveis sempre que os direitos 2009) Vigência reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados: VI - intervenção precoce: a intervenção das I - por ação ou omissão da sociedade ou do autoridades competentes deve ser efetuada logo que a Estado; situação de perigo seja conhecida; (Incluído pela Lei nº II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou 12.010, de 2009) Vigência responsável; VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser III - em razão de sua conduta. exercida exclusivamente pelas autoridades e Capítulo II instituições cuja ação seja indispensável à efetiva Das Medidas Específicas de Proteção promoção dos direitos e à proteção da criança e do Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo adolescente; (Incluído pela Lei nº 12.010, de poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem 2009) Vigência como substituídas a qualquer tempo. VIII - proporcionalidade e atualidade: a Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão intervenção deve ser a necessária e adequada à situação em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se de perigo em que a criança ou o adolescente se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos encontram no momento em que a decisão é familiares e comunitários. tomada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de Parágrafo único. São também princípios que 2009) Vigência regem a aplicação das medidas: (Incluído pela Lei nº IX - responsabilidade parental: a intervenção deve 12.010, de 2009) Vigência ser efetuada de modo que os pais assumam os seus I - condição da criança e do adolescente como deveres para com a criança e o adolescente; (Incluído sujeitos de direitos: crianças e adolescentes são os pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência titulares dos direitos previstos nesta e em outras Leis, X - prevalência da família: na promoção de bem como na Constituição Federal; (Incluído pela Lei direitos e na proteção da criança e do adolescente deve nº 12.010, de 2009) Vigência ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou II - proteção integral e prioritária: a interpretação reintegrem na sua família natural ou extensa ou, se isto e aplicação de toda e qualquer norma contida nesta Lei não for possível, que promovam a sua integração em deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos família substituta; (Incluído pela Lei nº 12.010, de direitos de que crianças e adolescentes são 2009) Vigência titulares; (Incluído pela Lei nº 12.010, de X - prevalência da família: na promoção de 2009) Vigência direitos e na proteção da criança e do adolescente deve III - responsabilidade primária e solidária do ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou poder público: a plena efetivação dos direitos reintegrem na sua família natural ou extensa ou, se isso assegurados a crianças e a adolescentes por esta Lei e não for possível, que promovam a sua integração em pela Constituição Federal, salvo nos casos por esta família adotiva; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de expressamente ressalvados, é de responsabilidade 2017) primária e solidária das 3 (três) esferas de governo, sem XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o prejuízo da municipalização do atendimento e da adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e capacidade de compreensão, seus pais ou responsável família substituta, não implicando privação de devem ser informados dos seus direitos, dos motivos liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de que determinaram a intervenção e da forma como esta 2009) Vigência se processa; (Incluído pela Lei nº 12.010, de § 2 o Sem prejuízo da tomada de medidas 2009) Vigência emergenciais para proteção de vítimas de violência ou XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e abuso sexual e das providências a que alude o art. 130 o adolescente, em separado ou na companhia dos pais, desta Lei, o afastamento da criança ou adolescente do de responsável ou de pessoa por si indicada, bem como convívio familiar é de competência exclusiva da os seus pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e autoridade judiciária e importará na deflagração, a a participar nos atos e na definição da medida de pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo promoção dos direitos e de proteção, sendo sua opinião interesse, de procedimento judicial contencioso, no qual devidamente considerada pela autoridade judiciária se garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício competente, observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. do contraditório e da ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência § 3 o Crianças e adolescentes somente poderão ser Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses encaminhados às instituições que executam programas previstas no art. 98, a autoridade competente poderá de acolhimento institucional, governamentais ou não, determinar, dentre outras, as seguintes medidas: por meio de uma Guia de Acolhimento, expedida pela I - encaminhamento aos pais ou responsável, autoridade judiciária, na qual obrigatoriamente mediante termo de responsabilidade; constará, dentre outros: (Incluído pela Lei nº 12.010, de II - orientação, apoio e acompanhamento 2009) Vigência temporários; I - sua identificação e a qualificação completa de III - matrícula e freqüência obrigatórias em seus pais ou de seu responsável, se estabelecimento oficial de ensino fundamental; conhecidos; (Incluído pela Lei nº 12.010, de IV - inclusão em programa comunitário ou oficial 2009) Vigência de auxílio à família, à criança e ao adolescente; II - o endereço de residência dos pais ou do IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou responsável, com pontos de referência; (Incluído pela comunitários de proteção, apoio e promoção da família, Lei nº 12.010, de 2009) Vigência da criança e do adolescente; (Redação dada pela Lei nº III - os nomes de parentes ou de terceiros 13.257, de 2016) interessados em tê-los sob sua guarda; (Incluído pela V - requisição de tratamento médico, psicológico Lei nº 12.010, de 2009) Vigência ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; IV - os motivos da retirada ou da não reintegração VI - inclusão em programa oficial ou comunitário ao convívio familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e 2009) Vigência toxicômanos; § 4 o Imediatamente após o acolhimento da VII - abrigo em entidade; criança ou do adolescente, a entidade responsável pelo VII - acolhimento institucional; (Redação dada programa de acolhimento institucional ou familiar pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência elaborará um plano individual de atendimento, visando VIII - colocação em família substituta. à reintegração familiar, ressalvada a existência de VIII - inclusão em programa de acolhimento ordem escrita e fundamentada em contrário de familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de autoridade judiciária competente, caso em que também 2009) Vigência deverá contemplar sua colocação em família substituta, IX - colocação em família substituta. (Incluído observadas as regras e princípios desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Parágrafo único. O abrigo é medida provisória e § 5 o O plano individual será elaborado sob a excepcional, utilizável como forma de transição para a responsabilidade da equipe técnica do respectivo colocação em família substituta, não implicando programa de atendimento e levará em consideração a privação de liberdade. opinião da criança ou do adolescente e a oitiva dos pais § 1 o O acolhimento institucional e o acolhimento ou do responsável. (Incluído pela Lei nº 12.010, de familiar são medidas provisórias e excepcionais, 2009) Vigência utilizáveis como forma de transição para reintegração § 6 o Constarão do plano individual, dentre familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em outros: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência I - os resultados da avaliação § 10. Recebido o relatório, o Ministério Público interdisciplinar; (Incluído pela Lei nº 12.010, de terá o prazo de 15 (quinze) dias para o ingresso com a 2009) Vigência ação de destituição do poder familiar, salvo se entender II - os compromissos assumidos pelos pais ou necessária a realização de estudos complementares ou responsável; e (Incluído pela Lei nº 12.010, de de outras providências indispensáveis ao ajuizamento 2009) Vigência da demanda. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de III - a previsão das atividades a serem 2017) desenvolvidas com a criança ou com o adolescente § 11. A autoridade judiciária manterá, em cada acolhido e seus pais ou responsável, com vista na comarca ou foro regional, um cadastro contendo reintegração familiar ou, caso seja esta vedada por informações atualizadas sobre as crianças e expressa e fundamentada determinação judicial, as adolescentes em regime de acolhimento familiar e providências a serem tomadas para sua colocação em institucional sob sua responsabilidade, com família substituta, sob direta supervisão da autoridade informações pormenorizadas sobre a situação jurídica judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.010, de de cada um, bem como as providências tomadas para 2009) Vigência sua reintegração familiar ou colocação em família § 7 o O acolhimento familiar ou institucional substituta, em qualquer das modalidades previstas no ocorrerá no local mais próximo à residência dos pais ou art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de do responsável e, como parte do processo de 2009) Vigência reintegração familiar, sempre que identificada a § 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério necessidade, a família de origem será incluída em Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da programas oficiais de orientação, de apoio e de Assistência Social e os Conselhos Municipais dos promoção social, sendo facilitado e estimulado o Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência contato com a criança ou com o adolescente Social, aos quais incumbe deliberar sobre a acolhido. (Incluído pela Lei nº 12.010, de implementação de políticas públicas que permitam 2009) Vigência reduzir o número de crianças e adolescentes afastados § 8 o Verificada a possibilidade de reintegração do convívio familiar e abreviar o período de familiar, o responsável pelo programa de acolhimento permanência em programa de acolhimento. (Incluído familiar ou institucional fará imediata comunicação à pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério Art. 102. As medidas de proteção de que trata Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo em este Capítulo serão acompanhadas da regularização do igual prazo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de registro civil. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência § 1º Verificada a inexistência de registro anterior, § 9 o Em sendo constatada a impossibilidade de o assento de nascimento da criança ou adolescente será reintegração da criança ou do adolescente à família de feito à vista dos elementos disponíveis, mediante origem, após seu encaminhamento a programas oficiais requisição da autoridade judiciária. ou comunitários de orientação, apoio e promoção social, § 2º Os registros e certidões necessários à será enviado relatório fundamentado ao Ministério regularização de que trata este artigo são isentos de Público, no qual conste a descrição pormenorizada das multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta providências tomadas e a expressa recomendação, prioridade. subscrita pelos técnicos da entidade ou responsáveis § 3 o Caso ainda não definida a paternidade, pela execução da política municipal de garantia do será deflagrado procedimento específico destinado à direito à convivência familiar, para a destituição do sua averiguação, conforme previsto pela Lei n o 8.560, poder familiar, ou destituição de tutela ou de 29 de dezembro de 1992. (Incluído pela Lei nº guarda. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 12.010, de 2009) Vigência § 10. Recebido o relatório, o Ministério Público § 4 o Nas hipóteses previstas no § 3 o deste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias para o ingresso com a é dispensável o ajuizamento de ação de investigação de ação de destituição do poder familiar, salvo se entender paternidade pelo Ministério Público se, após o não necessária a realização de estudos complementares ou comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir outras providências que entender indispensáveis ao a paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada ajuizamento da demanda. (Incluído pela Lei nº 12.010, para adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de de 2009) Vigência 2009) Vigência § 5 o Os registros e certidões necessários à Capítulo III inclusão, a qualquer tempo, do nome do pai no assento Das Garantias Processuais de nascimento são isentos de multas, custas e Art. 110. Nenhum adolescente será privado de emolumentos, gozando de absoluta sua liberdade sem o devido processo legal. prioridade. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre § 6 o São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação outras, as seguintes garantias: requerida do reconhecimento de paternidade no assento I - pleno e formal conhecimento da atribuição de de nascimento e a certidão correspondente. (Incluído ato infracional, mediante citação ou meio equivalente; dada pela Lei nº 13.257, de 2016) II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e produzir Título III todas as provas necessárias à sua defesa; Da Prática de Ato Infracional III - defesa técnica por advogado; Capítulo I IV - assistência judiciária gratuita e integral aos Disposições Gerais necessitados, na forma da lei; Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta V - direito de ser ouvido pessoalmente pela descrita como crime ou contravenção penal. autoridade competente; Art. 104. São penalmente inimputáveis os VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas responsável em qualquer fase do procedimento. nesta Lei. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve Capítulo IV ser considerada a idade do adolescente à data do fato. Das Medidas Sócio-Educativas Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança Seção I corresponderão as medidas previstas no art. 101. Disposições Gerais Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, Capítulo II a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente Dos Direitos Individuais as seguintes medidas: Art. 106. Nenhum adolescente será privado de I - advertência; sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou II - obrigação de reparar o dano; por ordem escrita e fundamentada da autoridade III - prestação de serviços à comunidade; judiciária competente. IV - liberdade assistida; Parágrafo único. O adolescente tem direito à V - inserção em regime de semi-liberdade; identificação dos responsáveis pela sua apreensão, VI - internação em estabelecimento educacional; devendo ser informado acerca de seus direitos. VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e VI. o local onde se encontra recolhido serão incontinenti § 1º A medida aplicada ao adolescente levará em comunicados à autoridade judiciária competente e à conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e família do apreendido ou à pessoa por ele indicada. a gravidade da infração. Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob § 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, pena de responsabilidade, a possibilidade de liberação será admitida a prestação de trabalho forçado. imediata. § 3º Os adolescentes portadores de doença ou Art. 108. A internação, antes da sentença, pode deficiência mental receberão tratamento individual e ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco especializado, em local adequado às suas condições. dias. Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos Parágrafo único. A decisão deverá ser arts. 99 e 100. fundamentada e basear-se em indícios suficientes de Art. 114. A imposição das medidas previstas nos autoria e materialidade, demonstrada a necessidade incisos II a VI do art. 112 pressupõe a existência de imperiosa da medida. provas suficientes da autoria e da materialidade da Art. 109. O adolescente civilmente identificado infração, ressalvada a hipótese de remissão, nos termos não será submetido a identificação compulsória pelos do art. 127. órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para Parágrafo único. A advertência poderá ser efeito de confrontação, havendo dúvida fundada. aplicada sempre que houver prova da materialidade e indícios suficientes da autoria. II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento Seção II escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua Da Advertência matrícula; Art. 115. A advertência consistirá em III - diligenciar no sentido da profissionalização admoestação verbal, que será reduzida a termo e do adolescente e de sua inserção no mercado de assinada. trabalho; IV - apresentar relatório do caso. Seção III Da Obrigação de Reparar o Dano Seção VI Art. 116. Em se tratando de ato infracional com Do Regime de Semi-liberdade reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, determinado desde o início, ou como forma de transição promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, para o meio aberto, possibilitada a realização de compense o prejuízo da vítima. atividades externas, independentemente de autorização Parágrafo único. Havendo manifesta judicial. impossibilidade, a medida poderá ser substituída por § 1º São obrigatórias a escolarização e a outra adequada. profissionalização, devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade. Seção IV § 2º A medida não comporta prazo determinado Da Prestação de Serviços à Comunidade aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à Art. 117. A prestação de serviços comunitários internação. consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a Seção VII entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros Da Internação estabelecimentos congêneres, bem como em programas Art. 121. A internação constitui medida privativa comunitários ou governamentais. da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas excepcionalidade e respeito à condição peculiar de conforme as aptidões do adolescente, devendo ser pessoa em desenvolvimento. cumpridas durante jornada máxima de oito horas § 1º Será permitida a realização de atividades semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo úteis, de modo a não prejudicar a freqüência à escola ou expressa determinação judicial em contrário. à jornada normal de trabalho. § 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante Seção V decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses. Da Liberdade Assistida § 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de Art. 118. A liberdade assistida será adotada internação excederá a três anos. sempre que se afigurar a medida mais adequada para o § 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente. anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em § 1º A autoridade designará pessoa capacitada regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida. para acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada § 5º A liberação será compulsória aos vinte e um por entidade ou programa de atendimento. anos de idade. § 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo § 6º Em qualquer hipótese a desinternação será mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, Público. ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor. § 7 o A determinação judicial mencionada no § o Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a 1 poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade supervisão da autoridade competente, a realização dos judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) seguintes encargos, entre outros: Art. 122. A medida de internação só poderá ser I - promover socialmente o adolescente e sua aplicada quando: família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se I - tratar-se de ato infracional cometido mediante necessário, em programa oficial ou comunitário de grave ameaça ou violência a pessoa; auxílio e assistência social; II - por reiteração no cometimento de outras XVI - receber, quando de sua desinternação, os infrações graves; documentos pessoais indispensáveis à vida em III - por descumprimento reiterado e injustificável sociedade. da medida anteriormente imposta. § 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade. § 1º O prazo de internação na hipótese do inciso § 2º A autoridade judiciária poderá suspender III deste artigo não poderá ser superior a três meses. temporariamente a visita, inclusive de pais ou § 1 o O prazo de internação na hipótese do inciso responsável, se existirem motivos sérios e fundados de III deste artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, sua prejudicialidade aos interesses do adolescente. devendo ser decretada judicialmente após o devido Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade processo legal. (Redação dada pela Lei nº 12.594, de física e mental dos internos, cabendo-lhe adotar as 2012) (Vide) medidas adequadas de contenção e segurança. § 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada. Art. 123. A internação deverá ser cumprida em Capítulo V entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto Da Remissão daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa Art. 126. Antes de iniciado o procedimento separação por critérios de idade, compleição física e judicial para apuração de ato infracional, o gravidade da infração. representante do Ministério Público poderá conceder a Parágrafo único. Durante o período de internação, remissão, como forma de exclusão do processo, inclusive provisória, serão obrigatórias atividades atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao pedagógicas. contexto social, bem como à personalidade do Art. 124. São direitos do adolescente privado de adolescente e sua maior ou menor participação no ato liberdade, entre outros, os seguintes: infracional. I - entrevistar-se pessoalmente com o Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a representante do Ministério Público; concessão da remissão pela autoridade judiciária II - peticionar diretamente a qualquer autoridade; importará na suspensão ou extinção do processo. III - avistar-se reservadamente com seu defensor; Art. 127. A remissão não implica IV - ser informado de sua situação processual, necessariamente o reconhecimento ou comprovação da sempre que solicitada; responsabilidade, nem prevalece para efeito de V - ser tratado com respeito e dignidade; antecedentes, podendo incluir eventualmente a VI - permanecer internado na mesma localidade aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, ou naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou exceto a colocação em regime de semi-liberdade e a responsável; internação. VII - receber visitas, ao menos, semanalmente; Art. 128. A medida aplicada por força da VIII - corresponder-se com seus familiares e remissão poderá ser revista judicialmente, a qualquer amigos; tempo, mediante pedido expresso do adolescente ou de IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e seu representante legal, ou do Ministério Público. asseio pessoal; X - habitar alojamento em condições adequadas Título IV de higiene e salubridade; Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável XI - receber escolarização e profissionalização; Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou XII - realizar atividades culturais, esportivas e de responsável: lazer: I - encaminhamento a programa oficial ou XIII - ter acesso aos meios de comunicação social; comunitário de proteção à família; XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua I - encaminhamento a serviços e programas crença, e desde que assim o deseje; oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção XV - manter a posse de seus objetos pessoais e da família; (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de dispor de local seguro para guardá-los, recebendo 2016) comprovante daqueles porventura depositados em II - inclusão em programa oficial ou comunitário poder da entidade; de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; III - encaminhamento a tratamento psicológico ou Art. 132. Em cada Município e em cada Região psiquiátrico; Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, IV - encaminhamento a cursos ou programas de 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da orientação; administração pública local, composto de 5 (cinco) V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e membros, escolhidos pela população local para acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar; mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por VI - obrigação de encaminhar a criança ou novos processos de escolha. (Redação dada pela Lei nº adolescente a tratamento especializado; 13.824, de 2019) VII - advertência; Art. 133. Para a candidatura a membro do VIII - perda da guarda; Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes IX - destituição da tutela; requisitos: X - suspensão ou destituição do pátrio I - reconhecida idoneidade moral; poder poder familiar . (Expressão substituída pela Lei II - idade superior a vinte e um anos; nº 12.010, de 2009) Vigência III - residir no município. Parágrafo único. Na aplicação das medidas Art. 134. Lei municipal disporá sobre local, dia e previstas nos incisos IX e X deste artigo, observar-se-á horário de funcionamento do Conselho Tutelar, o disposto nos arts. 23 e 24. inclusive quanto a eventual remuneração de seus Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, membros. opressão ou abuso sexual impostos pelos pais ou Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, o local, dia e horário de funcionamento do Conselho como medida cautelar, o afastamento do agressor da Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos moradia comum. membros, aos quais é assegurado o direito a: (Redação Parágrafo único. Da medida cautelar constará, dada pela Lei nº 12.696, de 2012) ainda, a fixação provisória dos alimentos de que I - cobertura previdenciária; (Incluído pela Lei nº necessitem a criança ou o adolescente dependentes do 12.696, de 2012) agressor. (Incluído pela Lei nº 12.415, de 2011) II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração Título V mensal; (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) Do Conselho Tutelar III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei nº Capítulo I 12.696, de 2012) Disposições Gerais IV - licença-paternidade; (Incluído pela Lei nº Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente 12.696, de 2012) e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela V - gratificação natalina. (Incluído pela Lei nº sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da 12.696, de 2012) criança e do adolescente, definidos nesta Lei. Parágrafo único. Constará da lei orçamentária Art. 132. Em cada Município haverá, no mínimo, municipal previsão dos recursos necessários ao um Conselho Tutelar composto de cinco membros, funcionamento do Conselho Tutelar. eleitos pelos cidadãos locais para mandato de três anos, Parágrafo único. Constará da lei orçamentária permitida uma reeleição. municipal e da do Distrito Federal previsão dos recursos Art. 132. Em cada Município haverá, no mínimo, necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à um Conselho Tutelar composto de cinco membros, remuneração e formação continuada dos conselheiros escolhidos pela comunidade local para mandato de três tutelares. (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012) anos, permitida uma recondução. (Redação dada pela Art. 135. O exercício efetivo da função de Lei nº 8.242, de 12.10.1991) conselheiro constituirá serviço público relevante, Art. 132. Em cada Município e em cada Região estabelecerá presunção de idoneidade moral e Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, assegurará prisão especial, em caso de crime comum, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da até o julgamento definitivo. administração pública local, composto de 5 (cinco) Art. 135. O exercício efetivo da função de membros, escolhidos pela população local para conselheiro constituirá serviço público relevante e mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) estabelecerá presunção de idoneidade moral. (Redação recondução, mediante novo processo de dada pela Lei nº 12.696, de 2012) escolha. (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012) Capítulo II XIV - atender à criança e ao adolescente vítima Das Atribuições do Conselho ou testemunha de violência doméstica e familiar, ou Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: submetido a tratamento cruel ou degradante ou a formas I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses violentas de educação, correção ou disciplina, a seus previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas familiares e a testemunhas, de forma a prover orientação previstas no art. 101, I a VII; e aconselhamento acerca de seus direitos e dos II - atender e aconselhar os pais ou responsável, encaminhamentos necessários; (Incluído pela Lei nº aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; 14.344, de 2022) Vigência III - promover a execução de suas decisões, XV - representar à autoridade judicial ou policial podendo para tanto: para requerer o afastamento do agressor do lar, do a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, domicílio ou do local de convivência com a vítima nos educação, serviço social, previdência, trabalho e casos de violência doméstica e familiar contra a criança segurança; e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de b) representar junto à autoridade judiciária nos 2022) Vigência casos de descumprimento injustificado de suas XVI - representar à autoridade judicial para deliberações. requerer a concessão de medida protetiva de urgência à IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de criança ou ao adolescente vítima ou testemunha de fato que constitua infração administrativa ou penal violência doméstica e familiar, bem como a revisão contra os direitos da criança ou adolescente; daquelas já concedidas; (Incluído pela Lei nº 14.344, de V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de 2022) Vigência sua competência; XVII - representar ao Ministério Público para VI - providenciar a medida estabelecida pela requerer a propositura de ação cautelar de antecipação autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de de produção de prova nas causas que envolvam I a VI, para o adolescente autor de ato infracional; violência contra a criança e o adolescente; (Incluído VII - expedir notificações; pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência VIII - requisitar certidões de nascimento e de XVIII - tomar as providências cabíveis, na esfera óbito de criança ou adolescente quando necessário; de sua competência, ao receber comunicação da IX - assessorar o Poder Executivo local na ocorrência de ação ou omissão, praticada em local elaboração da proposta orçamentária para planos e público ou privado, que constitua violência doméstica e programas de atendimento dos direitos da criança e do familiar contra a criança e o adolescente; (Incluído adolescente; pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência X - representar, em nome da pessoa e da família, XIX - receber e encaminhar, quando for o caso, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, as informações reveladas por noticiantes ou inciso II, da Constituição Federal ; denunciantes relativas à prática de violência, ao uso de XI - representar ao Ministério Público, para efeito tratamento cruel ou degradante ou de formas violentas das ações de perda ou suspensão do pátrio poder. de educação, correção ou disciplina contra a criança e o XI - representar ao Ministério Público para efeito adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após 2022) Vigência esgotadas as possibilidades de manutenção da criança XX - representar à autoridade judicial ou ao ou do adolescente junto à família natural. (Redação Ministério Público para requerer a concessão de dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência medidas cautelares direta ou indiretamente relacionada XII - promover e incentivar, na comunidade e nos à eficácia da proteção de noticiante ou denunciante de grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento informações de crimes que envolvam violência para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em doméstica e familiar contra a criança e o crianças e adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de adolescente. (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2014) 2022) Vigência XIII - adotar, na esfera de sua competência, ações Parágrafo único. Se, no exercício de suas articuladas e efetivas direcionadas à identificação da atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o agressão, à agilidade no atendimento da criança e do afastamento do convívio familiar, comunicará adolescente vítima de violência doméstica e familiar e à incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe responsabilização do agressor; (Incluído pela Lei nº informações sobre os motivos de tal entendimento e as 14.344, de 2022) Vigência providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. (Incluído pela Lei nº Do Acesso à Justiça 12.010, de 2009) Vigência Capítulo I Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar Disposições Gerais somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou a pedido de quem tenha legítimo interesse. adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos. Capítulo III § 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada Da Competência aos que dela necessitarem, através de defensor público Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra ou advogado nomeado. de competência constante do art. 147. § 2º As ações judiciais da competência da Justiça Capítulo IV da Infância e da Juventude são isentas de custas e Da Escolha dos Conselheiros emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má- Art. 139. O processo eleitoral para a escolha dos fé. membros do Conselho Tutelar será estabelecido em Lei Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão Municipal e realizado sob a presidência de Juiz eleitoral representados e os maiores de dezesseis e menores de e a fiscalização do Ministério Público. vinte e um anos assistidos por seus pais, tutores ou Art. 139. O processo para a escolha dos membros curadores, na forma da legislação civil ou processual. do Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal Parágrafo único. A autoridade judiciária dará e realizado sob a responsabilidade do Conselho curador especial à criança ou adolescente, sempre que Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e os interesses destes colidirem com os de seus pais ou a fiscalização do Ministério Público. (Redação dada responsável, ou quando carecer de representação ou pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991) assistência legal ainda que eventual. § 1 o O processo de escolha dos membros do Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o policiais e administrativos que digam respeito a crianças território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro e adolescentes a que se atribua autoria de ato domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da infracional. eleição presidencial. (Incluído pela Lei nº 12.696, de Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do 2012) fato não poderá identificar a criança ou adolescente, § 2 o A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá vedando-se fotografia, referência a nome, apelido, no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de filiação, parentesco e residência. escolha. (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do § 3 o No processo de escolha dos membros do fato não poderá identificar a criança ou adolescente, Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, vedando-se fotografia, referência a nome, apelido, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de nome e sobrenome. (Redação dada pela Lei nº 10.764, pequeno valor. (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) de 12.11.2003) Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de Capítulo V atos a que se refere o artigo anterior somente será Dos Impedimentos deferida pela autoridade judiciária competente, se Art. 140. São impedidos de servir no mesmo demonstrado o interesse e justificada a finalidade. Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o Capítulo II cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e Da Justiça da Infância e da Juventude enteado. Seção I Parágrafo único. Estende-se o impedimento do Disposições Gerais conselheiro, na forma deste artigo, em relação à Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão autoridade judiciária e ao representante do Ministério criar varas especializadas e exclusivas da infância e da Público com atuação na Justiça da Infância e da juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de distrital. infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em plantões. Título VI Seção II b) conhecer de ações de destituição do pátrio Do Juiz poder poder familiar , perda ou modificação da tutela ou Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é guarda; (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de o Juiz da Infância e da Juventude, ou o juiz que exerce 2009) Vigência essa função, na forma da lei de organização judiciária c) suprir a capacidade ou o consentimento para o local. casamento; Art. 147. A competência será determinada: d) conhecer de pedidos baseados em discordância I - pelo domicílio dos pais ou responsável; paterna ou materna, em relação ao exercício do pátrio II - pelo lugar onde se encontre a criança ou poder poder familiar ; (Expressão substituída pela Lei adolescente, à falta dos pais ou responsável. nº 12.010, de 2009) Vigência § 1º. Nos casos de ato infracional, será e) conceder a emancipação, nos termos da lei competente a autoridade do lugar da ação ou omissão, civil, quando faltarem os pais; observadas as regras de conexão, continência e f) designar curador especial em casos de prevenção. apresentação de queixa ou representação, ou de outros § 2º A execução das medidas poderá ser delegada procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja à autoridade competente da residência dos pais ou interesses de criança ou adolescente; responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que g) conhecer de ações de alimentos; abrigar a criança ou adolescente. h) determinar o cancelamento, a retificação e o § 3º Em caso de infração cometida através de suprimento dos registros de nascimento e óbito. transmissão simultânea de rádio ou televisão, que atinja Art. 149. Compete à autoridade judiciária mais de uma comarca, será competente, para aplicação disciplinar, através de portaria, ou autorizar, mediante da penalidade, a autoridade judiciária do local da sede alvará: estadual da emissora ou rede, tendo a sentença eficácia I - a entrada e permanência de criança ou para todas as transmissoras ou retransmissoras do adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, respectivo estado. em: Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é a) estádio, ginásio e campo desportivo; competente para: b) bailes ou promoções dançantes; I - conhecer de representações promovidas pelo c) boate ou congêneres; Ministério Público, para apuração de ato infracional d) casa que explore comercialmente diversões atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis; eletrônicas; II - conceder a remissão, como forma de e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e suspensão ou extinção do processo; televisão. III - conhecer de pedidos de adoção e seus II - a participação de criança e adolescente em: incidentes; a) espetáculos públicos e seus ensaios; IV - conhecer de ações civis fundadas em b) certames de beleza. interesses individuais, difusos ou coletivos afetos à § 1º Para os fins do disposto neste artigo, a criança e ao adolescente, observado o disposto no art. autoridade judiciária levará em conta, dentre outros 209; fatores: V - conhecer de ações decorrentes de a) os princípios desta Lei; irregularidades em entidades de atendimento, aplicando b) as peculiaridades locais; as medidas cabíveis; c) a existência de instalações adequadas; VI - aplicar penalidades administrativas nos casos d) o tipo de freqüência habitual ao local; de infrações contra norma de proteção à criança ou e) a adequação do ambiente a eventual adolescente; participação ou freqüência de crianças e adolescentes; VII - conhecer de casos encaminhados pelo f) a natureza do espetáculo. Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis. § 2º As medidas adotadas na conformidade deste Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou artigo deverão ser fundamentadas, caso a caso, vedadas adolescente nas hipóteses do art. 98, é também as determinações de caráter geral. competente a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de: a) conhecer de pedidos de guarda e tutela; Seção III lei, a autoridade judiciária poderá investigar os fatos e Dos Serviços Auxiliares ordenar de ofício as providências necessárias, ouvido o Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração Ministério Público. de sua proposta orçamentária, prever recursos para Parágrafo único. O disposto neste artigo não se manutenção de equipe interprofissional, destinada a aplica para o fim de afastamento da criança ou do assessorar a Justiça da Infância e da Juventude. adolescente de sua família de origem e em outros Art. 151. Compete à equipe interprofissional procedimentos necessariamente contenciosos. (Incluído dentre outras atribuições que lhe forem reservadas pela pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência legislação local, fornecer subsídios por escrito, Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem 214. assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, Seção II orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo Da Perda e da Suspensão do Pátrio Poder Poder sob a imediata subordinação à autoridade judiciária, Familiar assegurada a livre manifestação do ponto de vista (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de técnico. 2009) Vigência Parágrafo único. Na ausência ou insuficiência de Art. 155. O procedimento para a perda ou a servidores públicos integrantes do Poder Judiciário suspensão do pátrio poder poder familiar terá início por responsáveis pela realização dos estudos psicossociais provocação do Ministério Público ou de quem tenha ou de quaisquer outras espécies de avaliações técnicas legítimo interesse. (Expressão substituída pela Lei nº exigidas por esta Lei ou por determinação judicial, a 12.010, de 2009) Vigência autoridade judiciária poderá proceder à nomeação de Art. 156. A petição inicial indicará: perito, nos termos do art. 156 da Lei no 13.105, de 16 I - a autoridade judiciária a que for dirigida; de março de 2015 (Código de Processo II - o nome, o estado civil, a profissão e a Civil) . (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) residência do requerente e do requerido, dispensada a qualificação em se tratando de pedido formulado por Capítulo III representante do Ministério Público; Dos Procedimentos III - a exposição sumária do fato e o pedido; Seção I IV - as provas que serão produzidas, oferecendo, Disposições Gerais desde logo, o rol de testemunhas e documentos. Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a aplicam-se subsidiariamente as normas gerais previstas autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, na legislação processual pertinente. decretar a suspensão do pátrio poder poder familiar , Parágrafo único. É assegurada, sob pena de liminar ou incidentalmente, até o julgamento definitivo responsabilidade, prioridade absoluta na tramitação dos da causa, ficando a criança ou adolescente confiado a processos e procedimentos previstos nesta Lei, assim pessoa idônea, mediante termo de como na execução dos atos e diligências judiciais a eles responsabilidade. (Expressão substituída pela Lei nº referentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência § 1 o Recebida a petição inicial, a autoridade § 1º É assegurada, sob pena de responsabilidade, judiciária determinará, concomitantemente ao despacho prioridade absoluta na tramitação dos processos e de citação e independentemente de requerimento do procedimentos previstos nesta Lei, assim como na interessado, a realização de estudo social ou perícia por execução dos atos e diligências judiciais a eles equipe interprofissional ou multidisciplinar para referentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de comprovar a presença de uma das causas de suspensão 2009) Vigência ou destituição do poder familiar, ressalvado o disposto § 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e no § 10 do art. 101 desta Lei, e observada aplicáveis aos seus procedimentos são contados em dias a Lei n o 13.431, de 4 de abril de 2017 . (Incluído pela corridos, excluído o dia do começo e incluído o dia do Lei nº 13.509, de 2017) vencimento, vedado o prazo em dobro para a Fazenda § 2 o Em sendo os pais oriundos de comunidades Pública e o Ministério Público. (Incluído pela Lei nº indígenas, é ainda obrigatória a intervenção, junto à 13.509, de 2017) equipe interprofissional ou multidisciplinar referida no Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não § 1 o deste artigo, de representantes do órgão federal corresponder a procedimento previsto nesta ou em outra responsável pela política indigenista, observado o disposto no § 6 o do art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei público a apresentação de documento que interesse à nº 13.509, de 2017) causa, de ofício ou a requerimento das partes ou do § 3º A concessão da liminar será, Ministério Público. preferencialmente, precedida de entrevista da criança ou Art. 161. Não sendo contestado o pedido, a do adolescente perante equipe multidisciplinar e de autoridade judiciária dará vista dos autos ao Ministério oitiva da outra parte, nos termos da Lei nº 13.431, de 4 Público, por cinco dias, salvo quando este for o de abril de 2017. (Incluído pela Lei nº 14.340, de requerente, decidindo em igual prazo. 2022) Art. 161. Se não for contestado o pedido e tiver § 4º Se houver indícios de ato de violação de sido concluído o estudo social ou a perícia realizada por direitos de criança ou de adolescente, o juiz comunicará equipe interprofissional ou multidisciplinar, a o fato ao Ministério Público e encaminhará os autoridade judiciária dará vista dos autos ao Ministério documentos pertinentes. (Incluído pela Lei nº Público, por 5 (cinco) dias, salvo quando este for o 14.340, de 2022) requerente, e decidirá em igual prazo. (Redação dada Art. 158. O requerido será citado para, no prazo pela Lei nº 13.509, de 2017) de dez dias, oferecer resposta escrita, indicando as § 1º Havendo necessidade, a autoridade judiciária provas a serem produzidas e oferecendo desde logo o poderá determinar a realização de estudo social ou rol de testemunhas e documentos. perícia por equipe interprofissional, bem como a oitiva Parágrafo único. Deverão ser esgotados todos os de testemunhas. meios para a citação pessoal. § 1 o A autoridade judiciária, de ofício ou a § 1 o A citação será pessoal, salvo se esgotados requerimento das partes ou do Ministério Público, todos os meios para sua realização. (Incluído pela Lei nº determinará a realização de estudo social ou perícia por 12.962, de 2014) equipe interprofissional ou multidisciplinar, bem como § 2 o O requerido privado de liberdade deverá ser a oitiva de testemunhas que comprovem a presença de citado pessoalmente. (Incluído pela Lei nº 12.962, de uma das causas de suspensão ou destituição do poder 2014) familiar previstas nos arts. 1.637 e 1.638 da Lei § 3 o Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou no art. 24 desta Lei . (Redação dada pela Lei nº 12.010, residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de de 2009) Vigência ocultação, informar qualquer pessoa da família ou, em § 1º A autoridade judiciária, de ofício ou a sua falta, qualquer vizinho do dia útil em que voltará a requerimento das partes ou do Ministério Público, fim de efetuar a citação, na hora que designar, nos determinará a oitiva de testemunhas que comprovem a termos do art. 252 e seguintes da Lei n o 13.105, de 16 presença de uma das causas de suspensão ou destituição de março de 2015 (Código de Processo do poder familiar previstas nos arts. 1.637 e 1.638 da Civil) . (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , § 4 o Na hipótese de os genitores encontrarem-se ou no art. 24 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº em local incerto ou não sabido, serão citados por edital 13.509, de 2017) no prazo de 10 (dez) dias, em publicação única, § 2º Se o pedido importar em modificação de dispensado o envio de ofícios para a guarda, será obrigatória, desde que possível e razoável, localização. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) a oitiva da criança ou adolescente. Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade § 2 o Em sendo os pais oriundos de comunidades de constituir advogado, sem prejuízo do próprio indígenas, é ainda obrigatória a intervenção, junto à sustento e de sua família, poderá requerer, em cartório, equipe profissional ou multidisciplinar referida no § que lhe seja nomeado dativo, ao qual incumbirá a 1 o deste artigo, de representantes do órgão federal apresentação de resposta, contando-se o prazo a partir responsável pela política indigenista, observado o da intimação do despacho de nomeação. disposto no § 6 o do art. 28 desta Lei. (Redação dada Parágrafo único. Na hipótese de requerido pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência privado de liberdade, o oficial de justiça deverá § 2 o (Revogado) . (Redação dada pela Lei nº perguntar, no momento da citação pessoal, se deseja que 13.509, de 2017) lhe seja nomeado defensor. (Incluído pela Lei nº 12.962, § 3 o Se o pedido importar em modificação de de 2014) guarda, será obrigatória, desde que possível e razoável, Art. 160. Sendo necessário, a autoridade a oitiva da criança ou adolescente, respeitado seu judiciária requisitará de qualquer repartição ou órgão estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida. (Incluído pela Lei nº em favor da criança ou adolescente. (Incluído pela Lei 12.010, de 2009) Vigência nº 13.509, de 2017) § 4 o É obrigatória a oitiva dos pais sempre que Art. 163. A sentença que decretar a perda ou a esses forem identificados e estiverem em local suspensão do pátrio poder poder familiar será averbada conhecido. (Incluído pela Lei nº 12.010, de à margem do registro de nascimento da criança ou 2009) Vigência adolescente. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, § 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre que de 2009) Vigência eles forem identificados e estiverem em local Art. 163. O prazo máximo para conclusão do conhecido, ressalvados os casos de não procedimento será de 120 (cento e vinte) dias. (Redação comparecimento perante a Justiça quando devidamente dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência citados. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 163. O prazo máximo para conclusão do § 5 o Se o pai ou a mãe estiverem privados de procedimento será de 120 (cento e vinte) dias, e caberá liberdade, a autoridade judicial requisitará sua ao juiz, no caso de notória inviabilidade de manutenção apresentação para a oitiva. (Incluído pela Lei nº 12.962, do poder familiar, dirigir esforços para preparar a de 2014) criança ou o adolescente com vistas à colocação em Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade família substituta. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de judiciária dará vista dos autos ao Ministério Público, por 2017) cinco dias, salvo quando este for o requerente, Parágrafo único. A sentença que decretar a perda designando, desde logo, audiência de instrução e ou a suspensão do poder familiar será averbada à julgamento. margem do registro de nascimento da criança ou do § 1º A requerimento de qualquer das partes, do adolescente. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Ministério Público, ou de ofício, a autoridade judiciária 2009) Vigência poderá determinar a realização de estudo social ou, se possível, de perícia por equipe interprofissional. Seção III § 1º (Revogado) . (Redação dada pela Lei nº Da Destituição da Tutela 13.509, de 2017) Art. 164. Na destituição da tutela, observar-se-á § 2º Na audiência, presentes as partes e o o procedimento para a remoção de tutor previsto na lei Ministério Público, serão ouvidas as testemunhas, processual civil e, no que couber, o disposto na seção colhendo-se oralmente o parecer técnico, salvo quando anterior. apresentado por escrito, manifestando-se sucessivamente o requerente, o requerido e o Ministério Seção IV Público, pelo tempo de vinte minutos cada um, Da Colocação em Família Substituta prorrogável por mais dez. A decisão será proferida na Art. 165. São requisitos para a concessão de audiência, podendo a autoridade judiciária, pedidos de colocação em família substituta: excepcionalmente, designar data para sua leitura no I - qualificação completa do requerente e de seu prazo máximo de cinco dias. eventual cônjuge, ou companheiro, com expressa § 2 o Na audiência, presentes as partes e o anuência deste; Ministério Público, serão ouvidas as testemunhas, II - indicação de eventual parentesco do colhendo-se oralmente o parecer técnico, salvo quando requerente e de seu cônjuge, ou companheiro, com a apresentado por escrito, manifestando-se criança ou adolescente, especificando se tem ou não sucessivamente o requerente, o requerido e o Ministério parente vivo; Público, pelo tempo de 20 (vinte) minutos cada um, III - qualificação completa da criança ou prorrogável por mais 10 (dez) minutos. (Redação dada adolescente e de seus pais, se conhecidos; pela Lei nº 13.509, de 2017) IV - indicação do cartório onde foi inscrito § 3 o A decisão será proferida na audiência, nascimento, anexando, se possível, uma cópia da podendo a autoridade judiciária, excepcionalmente, respectiva certidão; designar data para sua leitura no prazo máximo de 5 V - declaração sobre a existência de bens, direitos (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) ou rendimentos relativos à criança ou ao adolescente. § 4 o Quando o procedimento de destituição de Parágrafo único. Em se tratando de adoção, poder familiar for iniciado pelo Ministério Público, não observar-se-ão também os requisitos específicos. haverá necessidade de nomeação de curador especial Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos do pátrio poder poder familiar , ou houverem aderido expressamente ao refere o § 3 o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, pedido de colocação em família substituta, este poderá de 2009) Vigência ser formulado diretamente em cartório, em petição § 4 o O consentimento prestado por escrito não assinada pelos próprios requerentes. (Expressão terá validade se não for ratificado na audiência a que se substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência refere o § 1 o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº Parágrafo único. Na hipótese de concordância dos 13.509, de 2017) pais, eles serão ouvidos pela autoridade judiciária e pelo § 5 o O consentimento é retratável até a data da representante do Ministério Público, tomando-se por publicação da sentença constitutiva da termo as declarações. adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem § 5 o O consentimento é retratável até a data da sido destituídos ou suspensos do poder familiar, ou realização da audiência especificada no § 1 o deste houverem aderido expressamente ao pedido de artigo, e os pais podem exercer o arrependimento no colocação em família substituta, este poderá ser prazo de 10 (dez) dias, contado da data de prolação da formulado diretamente em cartório, em petição assinada sentença de extinção do poder familiar. (Redação dada pelos próprios requerentes, dispensada a assistência de pela Lei nº 13.509, de 2017) advogado. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de § 6 o O consentimento somente terá valor se for 2009) Vigência dado após o nascimento da criança. (Incluído pela Lei § 1 o Na hipótese de concordância dos pais, esses nº 12.010, de 2009) Vigência serão ouvidos pela autoridade judiciária e pelo § 7 o A família substituta receberá a devida representante do Ministério Público, tomando-se por orientação por intermédio de equipe técnica termo as declarações. (Incluído pela Lei nº 12.010, de interprofissional a serviço do Poder Judiciário, 2009) Vigência preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis § 1 o Na hipótese de concordância dos pais, o pela execução da política municipal de garantia do juiz: (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) direito à convivência familiar. (Incluído pela Lei nº I - na presença do Ministério Público, ouvirá as 12.010, de 2009) Vigência partes, devidamente assistidas por advogado ou por § 7 o A família natural e a família substituta defensor público, para verificar sua concordância com a receberão a devida orientação por intermédio de equipe adoção, no prazo máximo de 10 (dez) dias, contado da técnica interprofissional a serviço da Justiça da Infância data do protocolo da petição ou da entrega da criança e da Juventude, preferencialmente com apoio dos em juízo, tomando por termo as declarações; e (Incluído técnicos responsáveis pela execução da política pela Lei nº 13.509, de 2017) municipal de garantia do direito à convivência II - declarará a extinção do poder familiar. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) familiar. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a § 2 o O consentimento dos titulares do poder requerimento das partes ou do Ministério Público, familiar será precedido de orientações e esclarecimentos determinará a realização de estudo social ou, se prestados pela equipe interprofissional da Justiça da possível, perícia por equipe interprofissional, decidindo Infância e da Juventude, em especial, no caso de adoção, sobre a concessão de guarda provisória, bem como, no sobre a irrevogabilidade da medida. (Incluído pela Lei caso de adoção, sobre o estágio de convivência. nº 12.010, de 2009) Vigência Parágrafo único. Deferida a concessão da guarda § 3 o O consentimento dos titulares do poder provisória ou do estágio de convivência, a criança ou o familiar será colhido pela autoridade judiciária adolescente será entregue ao interessado, mediante competente em audiência, presente o Ministério termo de responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 12.010, Público, garantida a livre manifestação de vontade e de 2009) Vigência esgotados os esforços para manutenção da criança ou do Art. 168. Apresentado o relatório social ou o adolescente na família natural ou extensa. (Incluído pela laudo pericial, e ouvida, sempre que possível, a criança Lei nº 12.010, de 2009) Vigência ou o adolescente, dar-se-á vista dos autos ao Ministério § 3 o São garantidos a livre manifestação de Público, pelo prazo de cinco dias, decidindo a vontade dos detentores do poder familiar e o direito ao autoridade judiciária em igual prazo. sigilo das informações. (Redação dada pela Lei nº Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da 13.509, de 2017) tutela, a perda ou a suspensão do pátrio poder poder § 4 o O consentimento prestado por escrito não familiar constituir pressuposto lógico da medida terá validade se não for ratificado na audiência a que se principal de colocação em família substituta, será observado o procedimento contraditório previsto nas repercussão social, deva o adolescente permanecer sob Seções II e III deste Capítulo. (Expressão substituída internação para garantia de sua segurança pessoal ou pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência manutenção da ordem pública. Parágrafo único. A perda ou a modificação da Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade guarda poderá ser decretada nos mesmos autos do policial encaminhará, desde logo, o adolescente ao procedimento, observado o disposto no art. 35. representante do Ministério Público, juntamente com Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência. observar-se-á o disposto no art. 32, e, quanto à adoção, § 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a o contido no art. 47. autoridade policial encaminhará o adolescente à Parágrafo único. A colocação de criança ou entidade de atendimento, que fará a apresentação ao adolescente sob a guarda de pessoa inscrita em representante do Ministério Público no prazo de vinte e programa de acolhimento familiar será comunicada pela quatro horas. autoridade judiciária à entidade por este responsável no § 2º Nas localidades onde não houver entidade de prazo máximo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº atendimento, a apresentação far-se-á pela autoridade 12.010, de 2009) Vigência policial. À falta de repartição policial especializada, o adolescente aguardará a apresentação em dependência Seção V separada da destinada a maiores, não podendo, em Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a qualquer hipótese, exceder o prazo referido no Adolescente parágrafo anterior. Art. 171. O adolescente apreendido por força de Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a ordem judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade policial encaminhará imediatamente ao autoridade judiciária. representante do Ministério Público cópia do auto de Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante apreensão ou boletim de ocorrência. de ato infracional será, desde logo, encaminhado à Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, autoridade policial competente. houver indícios de participação de adolescente na Parágrafo único. Havendo repartição policial prática de ato infracional, a autoridade policial especializada para atendimento de adolescente e em se encaminhará ao representante do Ministério Público tratando de ato infracional praticado em co-autoria com relatório das investigações e demais documentos. maior, prevalecerá a atribuição da repartição Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria especializada, que, após as providências necessárias e de ato infracional não poderá ser conduzido ou conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição transportado em compartimento fechado de veículo policial própria. policial, em condições atentatórias à sua dignidade, ou Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional que impliquem risco à sua integridade física ou mental, cometido mediante violência ou grave ameaça a pessoa, sob pena de responsabilidade. a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. Art. 179. Apresentado o adolescente, o 106, parágrafo único, e 107, deverá: representante do Ministério Público, no mesmo dia e à I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência ou testemunhas e o adolescente; relatório policial, devidamente autuados pelo cartório II - apreender o produto e os instrumentos da judicial e com informação sobre os antecedentes do infração; adolescente, procederá imediata e informalmente à sua III - requisitar os exames ou perícias necessários oitiva e, em sendo possível, de seus pais ou responsável, à comprovação da materialidade e autoria da infração. vítima e testemunhas. Parágrafo único. Nas demais hipóteses de Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o flagrante, a lavratura do auto poderá ser substituída por representante do Ministério Público notificará os pais boletim de ocorrência circunstanciada. ou responsável para apresentação do adolescente, Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou podendo requisitar o concurso das polícias civil e responsável, o adolescente será prontamente liberado militar. pela autoridade policial, sob termo de compromisso e Art. 180. Adotadas as providências a que alude o responsabilidade de sua apresentação ao representante artigo anterior, o representante do Ministério Público do Ministério Público, no mesmo dia ou, sendo poderá: impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto I - promover o arquivamento dos autos; quando, pela gravidade do ato infracional e sua II - conceder a remissão; III - representar à autoridade judiciária para § 4º Estando o adolescente internado, será aplicação de medida sócio-educativa. requisitada a sua apresentação, sem prejuízo da Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos notificação dos pais ou responsável. ou concedida a remissão pelo representante do Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela Ministério Público, mediante termo fundamentado, que autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em conterá o resumo dos fatos, os autos serão conclusos à estabelecimento prisional. autoridade judiciária para homologação. § 1º Inexistindo na comarca entidade com as § 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, características definidas no art. 123, o adolescente a autoridade judiciária determinará, conforme o caso, o deverá ser imediatamente transferido para a localidade cumprimento da medida. mais próxima. § 2º Discordando, a autoridade judiciária fará § 2º Sendo impossível a pronta transferência, o remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça, adolescente aguardará sua remoção em repartição mediante despacho fundamentado, e este oferecerá policial, desde que em seção isolada dos adultos e com representação, designará outro membro do Ministério instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o Público para apresentá-la, ou ratificará o arquivamento prazo máximo de cinco dias, sob pena de ou a remissão, que só então estará a autoridade responsabilidade. judiciária obrigada a homologar. Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante ou responsável, a autoridade judiciária procederá à do Ministério Público não promover o arquivamento ou oitiva dos mesmos, podendo solicitar opinião de conceder a remissão, oferecerá representação à profissional qualificado. autoridade judiciária, propondo a instauração de § 1º Se a autoridade judiciária entender adequada procedimento para aplicação da medida sócio-educativa a remissão, ouvirá o representante do Ministério que se afigurar a mais adequada. Público, proferindo decisão. § 1º A representação será oferecida por petição, § 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de que conterá o breve resumo dos fatos e a classificação medida de internação ou colocação em regime de semi- do ato infracional e, quando necessário, o rol de liberdade, a autoridade judiciária, verificando que o testemunhas, podendo ser deduzida oralmente, em adolescente não possui advogado constituído, nomeará sessão diária instalada pela autoridade judiciária. defensor, designando, desde logo, audiência em § 2º A representação independe de prova pré- continuação, podendo determinar a realização de constituída da autoria e materialidade. diligências e estudo do caso. Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para § 3º O advogado constituído ou o defensor a conclusão do procedimento, estando o adolescente nomeado, no prazo de três dias contado da audiência de internado provisoriamente, será de quarenta e cinco apresentação, oferecerá defesa prévia e rol de dias. testemunhas. Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade § 4º Na audiência em continuação, ouvidas as judiciária designará audiência de apresentação do testemunhas arroladas na representação e na defesa adolescente, decidindo, desde logo, sobre a decretação prévia, cumpridas as diligências e juntado o relatório da ou manutenção da internação, observado o disposto no equipe interprofissional, será dada a palavra ao art. 108 e parágrafo. representante do Ministério Público e ao defensor, § 1º O adolescente e seus pais ou responsável sucessivamente, pelo tempo de vinte minutos para cada serão cientificados do teor da representação, e um, prorrogável por mais dez, a critério da autoridade notificados a comparecer à audiência, acompanhados de judiciária, que em seguida proferirá decisão. advogado. Art. 187. Se o adolescente, devidamente § 2º Se os pais ou responsável não forem notificado, não comparecer, injustificadamente à localizados, a autoridade judiciária dará curador audiência de apresentação, a autoridade judiciária especial ao adolescente. designará nova data, determinando sua condução § 3º Não sendo localizado o adolescente, a coercitiva. autoridade judiciária expedirá mandado de busca e Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou apreensão, determinando o sobrestamento do feito, até suspensão do processo, poderá ser aplicada em qualquer a efetiva apresentação. fase do procedimento, antes da sentença. Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer medida, desde que reconheça na sentença: I - estar provada a inexistência do fato; infiltração antes do término do prazo de que trata o II - não haver prova da existência do fato; inciso II do § 1 º deste artigo. (Incluído pela Lei nº III - não constituir o fato ato infracional; 13.441, de 2017) IV - não existir prova de ter o adolescente § 2 º Para efeitos do disposto no inciso I do § concorrido para o ato infracional. 1 º deste artigo, consideram-se: (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando 13.441, de 2017) o adolescente internado, será imediatamente colocado I – dados de conexão: informações referentes a em liberdade. hora, data, início, término, duração, endereço de Art. 190. A intimação da sentença que aplicar Protocolo de Internet (IP) utilizado e terminal de origem medida de internação ou regime de semi-liberdade será da conexão; (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) feita: II – dados cadastrais: informações referentes a I - ao adolescente e ao seu defensor; nome e endereço de assinante ou de usuário registrado II - quando não for encontrado o adolescente, a ou autenticado para a conexão a quem endereço de IP, seus pais ou responsável, sem prejuízo do defensor. identificação de usuário ou código de acesso tenha sido § 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação atribuído no momento da conexão. far-se-á unicamente na pessoa do defensor. § 3 º A infiltração de agentes de polícia na internet § 2º Recaindo a intimação na pessoa do não será admitida se a prova puder ser obtida por outros adolescente, deverá este manifestar se deseja ou não meios. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) recorrer da sentença. Art. 190-B. As informações da operação de infiltração serão encaminhadas diretamente ao juiz Seção V-A responsável pela autorização da medida, que zelará por (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) seu sigilo. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) Da Infiltração de Agentes de Polícia para a Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, Investigação de Crimes contra a Dignidade Sexual o acesso aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério de Criança e de Adolescente” Público e ao delegado de polícia responsável pela Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na operação, com o objetivo de garantir o sigilo das internet com o fim de investigar os crimes previstos investigações. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) nos arts. 240 , 241 , 241-A , 241-B , 241-C e 241-D Art. 190-C. Não comete crime o policial que desta Lei e nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218- oculta a sua identidade para, por meio da internet, colher B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 indícios de autoria e materialidade dos crimes previstos (Código Penal) , obedecerá às seguintes nos arts. 240 , 241 , 241-A , 241-B , 241-C e 241-D regras: (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) desta Lei e nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218- I – será precedida de autorização judicial B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 devidamente circunstanciada e fundamentada, que (Código Penal) . (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) estabelecerá os limites da infiltração para obtenção de Parágrafo único. O agente policial infiltrado que prova, ouvido o Ministério Público; (Incluído pela Lei deixar de observar a estrita finalidade da investigação nº 13.441, de 2017) responderá pelos excessos praticados. (Incluído pela II – dar-se-á mediante requerimento do Ministério Lei nº 13.441, de 2017) Público ou representação de delegado de polícia e Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro conterá a demonstração de sua necessidade, o alcance público poderão incluir nos bancos de dados próprios, das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das mediante procedimento sigiloso e requisição da pessoas investigadas e, quando possível, os dados de autoridade judicial, as informações necessárias à conexão ou cadastrais que permitam a identificação efetividade da identidade fictícia criada. (Incluído pela dessas pessoas; (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) Lei nº 13.441, de 2017) III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que dias, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o trata esta Seção será numerado e tombado em livro total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja específico. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) demonstrada sua efetiva necessidade, a critério da Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os autoridade judicial. (Incluído pela Lei nº 13.441, de atos eletrônicos praticados durante a operação deverão 2017) ser registrados, gravados, armazenados e encaminhados § 1 º A autoridade judicial e o Ministério Público ao juiz e ao Ministério Público, juntamente com poderão requisitar relatórios parciais da operação de relatório circunstanciado. (Incluído pela Lei nº 13.441, representação do Ministério Público, ou do Conselho de 2017) Tutelar, ou auto de infração elaborado por servidor Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados efetivo ou voluntário credenciado, e assinado por duas citados no caput deste artigo serão reunidos em autos testemunhas, se possível. apartados e apensados ao processo criminal juntamente § 1º No procedimento iniciado com o auto de com o inquérito policial, assegurando-se a preservação infração, poderão ser usadas fórmulas impressas, da identidade do agente policial infiltrado e a intimidade especificando-se a natureza e as circunstâncias da das crianças e dos adolescentes envolvidos. (Incluído infração. pela Lei nº 13.441, de 2017) § 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavratura do auto, certificando-se, Seção VI em caso contrário, dos motivos do retardamento. Da Apuração de Irregularidades em Entidade de Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para Atendimento apresentação de defesa, contado da data da intimação, Art. 191. O procedimento de apuração de que será feita: irregularidades em entidade governamental e não- I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for governamental terá início mediante portaria da lavrado na presença do requerido; autoridade judiciária ou representação do Ministério II - por oficial de justiça ou funcionário Público ou do Conselho Tutelar, onde conste, legalmente habilitado, que entregará cópia do auto ou necessariamente, resumo dos fatos. da representação ao requerido, ou a seu representante Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a legal, lavrando certidão; autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, III - por via postal, com aviso de recebimento, se decretar liminarmente o afastamento provisório do não for encontrado o requerido ou seu representante dirigente da entidade, mediante decisão fundamentada. legal; Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto no prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo ou não sabido o paradeiro do requerido ou de seu juntar documentos e indicar as provas a produzir. representante legal. Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no necessário, a autoridade judiciária designará audiência prazo legal, a autoridade judiciária dará vista dos autos de instrução e julgamento, intimando as partes. do Ministério Público, por cinco dias, decidindo em § 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e igual prazo. o Ministério Público terão cinco dias para oferecer Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em judiciária procederá na conformidade do artigo anterior, igual prazo. ou, sendo necessário, designará audiência de instrução § 2º Em se tratando de afastamento provisório ou e julgamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de definitivo de dirigente de entidade governamental, a 2009) Vigência autoridade judiciária oficiará à autoridade Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar- administrativa imediatamente superior ao afastado, se-ão sucessivamente o Ministério Público e o marcando prazo para a substituição. procurador do requerido, pelo tempo de vinte minutos § 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da autoridade judiciária poderá fixar prazo para a remoção autoridade judiciária, que em seguida proferirá das irregularidades verificadas. Satisfeitas as sentença. exigências, o processo será extinto, sem julgamento de mérito. Seção VIII § 4º A multa e a advertência serão impostas ao (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência dirigente da entidade ou programa de atendimento. Da Habilitação de Pretendentes à Adoção Art. 197-A. Os postulantes à adoção, Seção VII domiciliados no Brasil, apresentarão petição inicial na Da Apuração de Infração Administrativa às qual conste: (Incluído pela Lei nº 12.010, de Normas de Proteção à Criança e ao Adolescente 2009) Vigência Art. 194. O procedimento para imposição de I - qualificação completa; (Incluído pela Lei nº penalidade administrativa por infração às normas de 12.010, de 2009) Vigência proteção à criança e ao adolescente terá início por II - dados familiares; (Incluído pela Lei nº 12.010, § 1 o É obrigatória a participação dos postulantes de 2009) Vigência em programa oferecido pela Justiça da Infância e da III - cópias autenticadas de certidão de Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos nascimento ou casamento, ou declaração relativa ao responsáveis pela execução da política municipal de período de união estável; (Incluído pela Lei nº 12.010, garantia do direito à convivência familiar e dos grupos de 2009) Vigência de apoio à adoção devidamente habilitados perante a IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Justiça da Infância e da Juventude, que inclua Cadastro de Pessoas Físicas; (Incluído pela Lei nº preparação psicológica, orientação e estímulo à adoção 12.010, de 2009) Vigência inter-racial, de crianças ou de adolescentes com V - comprovante de renda e domicílio; (Incluído deficiência, com doenças crônicas ou com necessidades pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência específicas de saúde, e de grupos de irmãos. (Redação VI - atestados de sanidade física e dada pela Lei nº 13.509, de 2017) mental (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2 o Sempre que possível e recomendável, a etapa VII - certidão de antecedentes obrigatória da preparação referida no § 1 o deste artigo criminais; (Incluído pela Lei nº 12.010, de incluirá o contato com crianças e adolescentes em 2009) Vigência regime de acolhimento familiar ou institucional em VIII - certidão negativa de distribuição condições de serem adotados, a ser realizado sob a cível. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de Justiça da Infância e da Juventude, com o apoio dos 48 (quarenta e oito) horas, dará vista dos autos ao técnicos responsáveis pelo programa de acolhimento Ministério Público, que no prazo de 5 (cinco) dias familiar ou institucional e pela execução da política poderá: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência municipal de garantia do direito à convivência I - apresentar quesitos a serem respondidos pela familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de equipe interprofissional encarregada de elaborar o 2009) Vigência estudo técnico a que se refere o art. 197-C desta § 2 o Sempre que possível e recomendável, a etapa Lei; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência obrigatória da preparação referida no § 1 o deste artigo II - requerer a designação de audiência para oitiva incluirá o contato com crianças e adolescentes em dos postulantes em juízo e testemunhas; (Incluído pela regime de acolhimento familiar ou institucional, a ser Lei nº 12.010, de 2009) Vigência realizado sob orientação, supervisão e avaliação da III - requerer a juntada de documentos equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude e complementares e a realização de outras diligências que dos grupos de apoio à adoção, com apoio dos técnicos entender necessárias. (Incluído pela Lei nº 12.010, de responsáveis pelo programa de acolhimento familiar e 2009) Vigência institucional e pela execução da política municipal de Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, garantia do direito à convivência familiar. (Redação equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância dada pela Lei nº 13.509, de 2017) e da Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, § 3 o É recomendável que as crianças e os que conterá subsídios que permitam aferir a capacidade adolescentes acolhidos institucionalmente ou por e o preparo dos postulantes para o exercício de uma família acolhedora sejam preparados por equipe paternidade ou maternidade responsável, à luz dos interprofissional antes da inclusão em família requisitos e princípios desta Lei. (Incluído pela Lei nº adotiva. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) 12.010, de 2009) Vigência Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da § 1 o É obrigatória a participação dos postulantes participação no programa referido no art. 197-C desta em programa oferecido pela Justiça da Infância e da Lei, a autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e Juventude preferencialmente com apoio dos técnicos oito) horas, decidirá acerca das diligências requeridas responsáveis pela execução da política municipal de pelo Ministério Público e determinará a juntada do garantia do direito à convivência familiar, que inclua estudo psicossocial, designando, conforme o caso, preparação psicológica, orientação e estímulo à adoção audiência de instrução e julgamento. (Incluído pela Lei inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes, nº 12.010, de 2009) Vigência com necessidades específicas de saúde ou com Parágrafo único. Caso não sejam requeridas deficiências e de grupos de irmãos. (Incluído pela Lei nº diligências, ou sendo essas indeferidas, a autoridade 12.010, de 2009) Vigência judiciária determinará a juntada do estudo psicossocial, abrindo a seguir vista dos autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. (Incluído 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , e suas alterações pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência posteriores, com as seguintes adaptações: Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da será inscrito nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei, Infância e da Juventude, inclusive os relativos à sendo a sua convocação para a adoção feita de acordo execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o com ordem cronológica de habilitação e conforme a sistema recursal da Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de disponibilidade de crianças ou adolescentes 1973 (Código de Processo Civil) , com as seguintes adotáveis. (Incluído pela Lei nº 12.010, de adaptações: (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2009) Vigência 2012) (Vide) § 1 o A ordem cronológica das habilitações I - os recursos serão interpostos somente poderá deixar de ser observada pela autoridade independentemente de preparo; judiciária nas hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta II - em todos os recursos, salvo o de agravo de Lei, quando comprovado ser essa a melhor solução no instrumento e de embargos de declaração, o prazo para interesse do adotando. (Incluído pela Lei nº 12.010, de interpor e para responder será sempre de dez dias; 2009) Vigência II - em todos os recursos, salvo nos embargos de § 2 o A recusa sistemática na adoção das crianças declaração, o prazo para o Ministério Público e para a ou adolescentes indicados importará na reavaliação da defesa será sempre de 10 (dez) dias; (Redação dada pela habilitação concedida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 2009) Vigência III - os recursos terão preferência de julgamento e § 2 o A habilitação à adoção deverá ser renovada dispensarão revisor; no mínimo trienalmente mediante avaliação por equipe IV - o agravado será intimado para, no prazo de interprofissional. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de cinco dias, oferecer resposta e indicar as peças a serem 2017) trasladadas; (Revogado pela Lei nº 12.010, de § 3 o Quando o adotante candidatar-se a uma nova 2009) Vigência adoção, será dispensável a renovação da habilitação, V - será de quarenta e oito horas o prazo para a bastando a avaliação por equipe extração, a conferência e o conserto do interprofissional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) traslado; (Revogado pela Lei nº 12.010, de § 4 o Após 3 (três) recusas injustificadas, pelo 2009) Vigência habilitado, à adoção de crianças ou adolescentes VI - a apelação será recebida em seu efeito indicados dentro do perfil escolhido, haverá reavaliação devolutivo. Será também conferido efeito suspensivo da habilitação concedida. (Incluído pela Lei nº 13.509, quando interposta contra sentença que deferir a adoção de 2017) por estrangeiro e, a juízo da autoridade judiciária, § 5 o A desistência do pretendente em relação à sempre que houver perigo de dano irreparável ou de guarda para fins de adoção ou a devolução da criança ou difícil reparação; (Revogado pela Lei nº 12.010, de do adolescente depois do trânsito em julgado da 2009) Vigência sentença de adoção importará na sua exclusão dos VII - antes de determinar a remessa dos autos à cadastros de adoção e na vedação de renovação da superior instância, no caso de apelação, ou do habilitação, salvo decisão judicial fundamentada, sem instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária prejuízo das demais sanções previstas na legislação proferirá despacho fundamentado, mantendo ou vigente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) reformando a decisão, no prazo de cinco dias; Art. 197-F. O prazo máximo para conclusão da VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o habilitação à adoção será de 120 (cento e vinte) dias, escrivão remeterá os autos ou o instrumento à superior prorrogável por igual período, mediante decisão instância dentro de vinte e quatro horas, fundamentada da autoridade judiciária. (Incluído pela independentemente de novo pedido do recorrente; se a Lei nº 13.509, de 2017) reformar, a remessa dos autos dependerá de pedido expresso da parte interessada ou do Ministério Público, Capítulo IV no prazo de cinco dias, contados da intimação. Dos Recursos Art. 199. Contra as decisões proferidas com base Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da no art. 149 caberá recurso de apelação. Infância e da Juventude fica adotado o sistema recursal Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção do Código de Processo Civil, aprovado pela Lei n.º produz efeito desde logo, embora sujeita a apelação, que será recebida exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de adoção internacional ou se houver IV - promover, de ofício ou por solicitação dos perigo de dano irreparável ou de difícil reparação ao interessados, a especialização e a inscrição de hipoteca adotando. (Incluído pela Lei nº 12.010, de legal e a prestação de contas dos tutores, curadores e 2009) Vigência quaisquer administradores de bens de crianças e Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou adolescentes nas hipóteses do art. 98; qualquer dos genitores do poder familiar fica sujeita a V - promover o inquérito civil e a ação civil apelação, que deverá ser recebida apenas no efeito pública para a proteção dos interesses individuais, devolutivo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de difusos ou coletivos relativos à infância e à 2009) Vigência adolescência, inclusive os definidos no art. 220, § 3º Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de inciso II, da Constituição Federal ; adoção e de destituição de poder familiar, em face da VI - instaurar procedimentos administrativos e, relevância das questões, serão processados com para instruí-los: prioridade absoluta, devendo ser imediatamente a) expedir notificações para colher depoimentos distribuídos, ficando vedado que aguardem, em ou esclarecimentos e, em caso de não comparecimento qualquer situação, oportuna distribuição, e serão injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive colocados em mesa para julgamento sem revisão e com pela polícia civil ou militar; parecer urgente do Ministério Público. (Incluído pela b) requisitar informações, exames, perícias e Lei nº 12.010, de 2009) Vigência documentos de autoridades municipais, estaduais e Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo federais, da administração direta ou indireta, bem como em mesa para julgamento no prazo máximo de 60 promover inspeções e diligências investigatórias; (sessenta) dias, contado da sua conclusão. (Incluído c) requisitar informações e documentos a pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência particulares e instituições privadas; Parágrafo único. O Ministério Público será VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências intimado da data do julgamento e poderá na sessão, se investigatórias e determinar a instauração de inquérito entender necessário, apresentar oralmente seu policial, para apuração de ilícitos ou infrações às parecer. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência normas de proteção à infância e à juventude; Art. 199-E. O Ministério Público poderá VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e requerer a instauração de procedimento para apuração garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, de responsabilidades se constatar o descumprimento das promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais providências e do prazo previstos nos artigos cabíveis; anteriores. (Incluído pela Lei nº 12.010, de IX - impetrar mandado de segurança, de injunção 2009) Vigência e habeas corpus, em qualquer juízo, instância ou tribunal, na defesa dos interesses sociais e individuais Capítulo V indisponíveis afetos à criança e ao adolescente; Do Ministério Público X - representar ao juízo visando à aplicação de Art. 200. As funções do Ministério Público penalidade por infrações cometidas contra as normas de previstas nesta Lei serão exercidas nos termos da proteção à infância e à juventude, sem prejuízo da respectiva lei orgânica. promoção da responsabilidade civil e penal do infrator, Art. 201. Compete ao Ministério Público: quando cabível; I - conceder a remissão como forma de exclusão XI - inspecionar as entidades públicas e do processo; particulares de atendimento e os programas de que trata II - promover e acompanhar os procedimentos esta Lei, adotando de pronto as medidas administrativas relativos às infrações atribuídas a adolescentes; ou judiciais necessárias à remoção de irregularidades III - promover e acompanhar as ações de porventura verificadas; alimentos e os procedimentos de suspensão e XII - requisitar força policial, bem como a destituição do pátrio poder poder familiar , nomeação e colaboração dos serviços médicos, hospitalares, remoção de tutores, curadores e guardiães, bem como educacionais e de assistência social, públicos ou oficiar em todos os demais procedimentos da privados, para o desempenho de suas atribuições. competência da Justiça da Infância e da XIII - intervir, quando não for parte, nas causas Juventude; (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, cíveis e criminais decorrentes de violência doméstica e de 2009) Vigência familiar contra a criança e o adolescente. (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência § 1º A legitimação do Ministério Público para as Parágrafo único. Será prestada assistência ações cíveis previstas neste artigo não impede a de judiciária integral e gratuita àqueles que dela terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo dispuserem a necessitarem. Constituição e esta Lei. Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua § 2º As atribuições constantes deste artigo não a prática de ato infracional, ainda que ausente ou excluem outras, desde que compatíveis com a finalidade foragido, será processado sem defensor. do Ministério Público. § 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe- § 3º O representante do Ministério Público, no á nomeado pelo juiz, ressalvado o direito de, a todo exercício de suas funções, terá livre acesso a todo local tempo, constituir outro de sua preferência. onde se encontre criança ou adolescente. § 2º A ausência do defensor não determinará o § 4º O representante do Ministério Público será adiamento de nenhum ato do processo, devendo o juiz responsável pelo uso indevido das informações e nomear substituto, ainda que provisoriamente, ou para documentos que requisitar, nas hipóteses legais de o só efeito do ato. sigilo. § 3º Será dispensada a outorga de mandato, § 5º Para o exercício da atribuição de que trata o quando se tratar de defensor nomeado ou, sido inciso VIII deste artigo, poderá o representante do constituído, tiver sido indicado por ocasião de ato Ministério Público: formal com a presença da autoridade judiciária. a) reduzir a termo as declarações do reclamante, instaurando o competente procedimento, sob sua Capítulo VII presidência; Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, b) entender-se diretamente com a pessoa ou Difusos e Coletivos autoridade reclamada, em dia, local e horário Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei previamente notificados ou acertados; as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos c) efetuar recomendações visando à melhoria dos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao serviços públicos e de relevância pública afetos à não oferecimento ou oferta irregular: criança e ao adolescente, fixando prazo razoável para I - do ensino obrigatório; sua perfeita adequação. II - de atendimento educacional especializado aos Art. 202. Nos processos e procedimentos em que portadores de deficiência; não for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério III - de atendimento em creche e pré-escola às Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida crianças de zero a seis anos de idade; esta Lei, hipótese em que terá vista dos autos depois das III – de atendimento em creche e pré-escola às partes, podendo juntar documentos e requerer crianças de zero a cinco anos de idade; (Redação dada diligências, usando os recursos cabíveis. pela Lei nº 13.306, de 2016) Art. 203. A intimação do Ministério Público, em IV - de ensino noturno regular, adequado às qualquer caso, será feita pessoalmente. condições do educando; Art. 204. A falta de intervenção do Ministério V - de programas suplementares de oferta de Público acarreta a nulidade do feito, que será declarada material didático-escolar, transporte e assistência à de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer saúde do educando do ensino fundamental; interessado. VI - de serviço de assistência social visando à Art. 205. As manifestações processuais do proteção à família, à maternidade, à infância e à representante do Ministério Público deverão ser adolescência, bem como ao amparo às crianças e fundamentadas. adolescentes que dele necessitem; VII - de acesso às ações e serviços de saúde; Capítulo VI VIII - de escolarização e profissionalização dos Do Advogado adolescentes privados de liberdade. Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou IX - de ações, serviços e programas de orientação, responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo apoio e promoção social de famílias e destinados ao interesse na solução da lide poderão intervir nos pleno exercício do direito à convivência familiar por procedimentos de que trata esta Lei, através de crianças e adolescentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de advogado, o qual será intimado para todos os atos, 2009) Vigência pessoalmente ou por publicação oficial, respeitado o segredo de justiça. X - de programas de atendimento para a execução sua conduta às exigências legais, o qual terá eficácia de das medidas socioeducativas e aplicação de medidas de título executivo extrajudicial. proteção. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses XI - de políticas e programas integrados de protegidos por esta Lei, são admissíveis todas as atendimento à criança e ao adolescente vítima ou espécies de ações pertinentes. testemunha de violência. (Incluído pela Lei nº 13.431, § 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítulo de 2017) (Vigência) as normas do Código de Processo Civil. Parágrafo único. As hipóteses previstas neste § 2º Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade artigo não excluem da proteção judicial outros pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de interesses individuais, difusos ou coletivos, próprios da atribuições do poder público, que lesem direito líquido infância e da adolescência, protegidos pela Constituição e certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, e pela lei. que se regerá pelas normas da lei do mandado de § 1 o As hipóteses previstas neste artigo não segurança. excluem da proteção judicial outros interesses Art. 213. Na ação que tenha por objeto o individuais, difusos ou coletivos, próprios da infância e cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz da adolescência, protegidos pela Constituição e pela concederá a tutela específica da obrigação ou Lei. (Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº determinará providências que assegurem o resultado 11.259, de 2005) prático equivalente ao do adimplemento. § 2 o A investigação do desaparecimento de § 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e crianças ou adolescentes será realizada imediatamente havendo justificado receio de ineficácia do provimento após notificação aos órgãos competentes, que deverão final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia após justificação prévia, citando o réu. Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e § 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo internacionais, fornecendo-lhes todos os dados anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, necessários à identificação do desaparecido. (Incluído independentemente de pedido do autor, se for suficiente pela Lei nº 11.259, de 2005) ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão para o cumprimento do preceito. propostas no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer § 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito a ação ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta em julgado da sentença favorável ao autor, mas será para processar a causa, ressalvadas a competência da devida desde o dia em que se houver configurado o Justiça Federal e a competência originária dos tribunais descumprimento. superiores. Art. 214. Os valores das multas reverterão ao Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em fundo gerido pelo Conselho dos Direitos da Criança e interesses coletivos ou difusos, consideram-se do Adolescente do respectivo município. legitimados concorrentemente: § 1º As multas não recolhidas até trinta dias após I - o Ministério Público; o trânsito em julgado da decisão serão exigidas através II - a União, os estados, os municípios, o Distrito de execução promovida pelo Ministério Público, nos Federal e os territórios; mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais III - as associações legalmente constituídas há legitimados. pelo menos um ano e que incluam entre seus fins § 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o institucionais a defesa dos interesses e direitos dinheiro ficará depositado em estabelecimento oficial protegidos por esta Lei, dispensada a autorização da de crédito, em conta com correção monetária. assembléia, se houver prévia autorização estatutária. Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo § 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre aos recursos, para evitar dano irreparável à parte. os Ministérios Públicos da União e dos estados na Art. 216. Transitada em julgado a sentença que defesa dos interesses e direitos de que cuida esta Lei. impuser condenação ao poder público, o juiz § 2º Em caso de desistência ou abandono da ação determinará a remessa de peças à autoridade por associação legitimada, o Ministério Público ou competente, para apuração da responsabilidade civil e outro legitimado poderá assumir a titularidade ativa. administrativa do agente a que se atribua a ação ou Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão omissão. tomar dos interessados compromisso de ajustamento de Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória sem que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o § 4º A promoção de arquivamento será submetida Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais a exame e deliberação do Conselho Superior do legitimados. Ministério Público, conforme dispuser o seu regimento. Art. 218. O juiz condenará a associação autora a § 5º Deixando o Conselho Superior de homologar pagar ao réu os honorários advocatícios arbitrados na a promoção de arquivamento, designará, desde logo, conformidade do § 4º do art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11 outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil) , quando da ação. reconhecer que a pretensão é manifestamente Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que infundada. couber, as disposições da Lei n.º 7.347, de 24 de julho Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, de 1985 . a associação autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados ao Título VII décuplo das custas, sem prejuízo de responsabilidade Dos Crimes e Das Infrações Administrativas por perdas e danos. Capítulo I Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, Dos Crimes não haverá adiantamento de custas, emolumentos, Seção I honorários periciais e quaisquer outras despesas. Disposições Gerais Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes público deverá provocar a iniciativa do Ministério praticados contra a criança e o adolescente, por ação ou Público, prestando-lhe informações sobre fatos que omissão, sem prejuízo do disposto na legislação penal. constituam objeto de ação civil, e indicando-lhe os Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta elementos de convicção. Lei as normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os ao processo, as pertinentes ao Código de Processo juízos e tribunais tiverem conhecimento de fatos que Penal. possam ensejar a propositura de ação civil, remeterão § 1º Aos crimes cometidos contra a criança e o peças ao Ministério Público para as providências adolescente, independentemente da pena prevista, não cabíveis. se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de Art. 222. Para instruir a petição inicial, o 1995. (Incluído pela Lei nº 14.344, de interessado poderá requerer às autoridades competentes 2022) Vigência as certidões e informações que julgar necessárias, que § 2º Nos casos de violência doméstica e familiar serão fornecidas no prazo de quinze dias. contra a criança e o adolescente, é vedada a aplicação Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, de penas de cesta básica ou de outras de prestação sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de pecuniária, bem como a substituição de pena que qualquer pessoa, organismo público ou particular, implique o pagamento isolado de multa. (Incluído certidões, informações, exames ou perícias, no prazo pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência que assinalar, o qual não poderá ser inferior a dez dias Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de úteis. ação pública incondicionada. § 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas Art. 227-A Os efeitos da condenação prevista todas as diligências, se convencer da inexistência de no inciso I do caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, fundamento para a propositura da ação cível, promoverá de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para os o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças crimes previstos nesta Lei, praticados por servidores informativas, fazendo-o fundamentadamente. públicos com abuso de autoridade, são condicionados à § 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de ocorrência de reincidência. (Incluído pela Lei nº informação arquivados serão remetidos, sob pena de se 13.869. de 2019) incorrer em falta grave, no prazo de três dias, ao Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato Conselho Superior do Ministério Público. ou da função, nesse caso, independerá da pena aplicada § 3º Até que seja homologada ou rejeitada a na reincidência. (Incluído pela Lei nº 13.869. de promoção de arquivamento, em sessão do Conselho 2019) Superior do Ministério público, poderão as associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de informação. Seção II § 3º Se resultar morte: (Revogado pela Lei nº Dos Crimes em Espécie 9.455, de 7.4.1997 : Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o Pena - reclusão de quinze a trinta dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de anos. (Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997 : gestante de manter registro das atividades Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem desenvolvidas, na forma e prazo referidos no art. 10 justa causa, de ordenar a imediata liberação de criança desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da responsável, por ocasião da alta médica, declaração de ilegalidade da apreensão: nascimento, onde constem as intercorrências do parto e Pena - detenção de seis meses a dois anos. do desenvolvimento do neonato: Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo Pena - detenção de seis meses a dois anos. fixado nesta Lei em benefício de adolescente privado de Parágrafo único. Se o crime é culposo: liberdade: Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou gestante de identificar corretamente o neonato e a representante do Ministério Público no exercício de parturiente, por ocasião do parto, bem como deixar de função prevista nesta Lei: proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao Parágrafo único. Se o crime é culposo: poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua substituto: liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa. flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho da autoridade judiciária competente: ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa. Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem que procede à apreensão sem observância das oferece ou efetiva a paga ou recompensa. formalidades legais. Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de Art. 231. Deixar a autoridade policial ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o responsável pela apreensão de criança ou adolescente de exterior com inobservância das formalidades legais ou fazer imediata comunicação à autoridade judiciária com o fito de obter lucro: competente e à família do apreendido ou à pessoa por Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. ele indicada: Parágrafo único. Se há emprego de violência, Pena - detenção de seis meses a dois anos. grave ameaça ou fraude: (Incluído pela Lei nº 10.764, Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob de 12.11.2003) sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além constrangimento: da pena correspondente à violência. Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 240. Produzir ou dirigir representação teatral, Art. 233. Submeter criança ou adolescente sob televisiva ou película cinematográfica, utilizando-se de sua autoridade, guarda ou vigilância a criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou tortura: (Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997 pornográfica: Pena - reclusão de um a cinco anos. (Revogado Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa. pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997 : Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, § 1º Se resultar lesão corporal grave: (Revogado nas condições referidas neste artigo, contracena com pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997 : criança ou adolescente. Pena - reclusão de dois a oito anos. (Revogado Art. 240. Produzir ou dirigir representação teatral, pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997 : televisiva, cinematográfica, atividade fotográfica ou de § 2º Se resultar lesão corporal qualquer outro meio visual, utilizando-se de criança ou gravíssima: (Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997 : adolescente em cena pornográfica, de sexo explícito ou Pena - reclusão de quatro a doze anos. (Revogado vexatória: (Redação dada pela Lei nº 10.764, de pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997 : 12.11.2003) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e § 1 o Incorre na mesma pena quem: (Incluído pela multa. Lei nº 10.764, de 12.11.2003) § 1 o Incorre na mesma pena quem, nas condições I - agencia, autoriza, facilita ou, de qualquer referidas neste artigo, contracena com criança ou modo, intermedeia a participação de criança ou adolescente. (Renumerado do parágrafo único, pela Lei adolescente em produção referida neste artigo; nº 10.764, de 12.11.2003) II - assegura os meios ou serviços para o § 2 o A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) armazenamento das fotografias, cenas ou imagens anos: (Incluído pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003) produzidas na forma do caput deste artigo; I - se o agente comete o crime no exercício de III - assegura, por qualquer meio, o acesso, na cargo ou função; rede mundial de computadores ou internet, das II - se o agente comete o crime com o fim de obter fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do para si ou para outrem vantagem patrimonial. caput deste artigo. Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, § 2 o A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena anos: (Incluído pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003) de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança I - se o agente comete o crime prevalecendo-se do ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de exercício de cargo ou função; 2008) II - se o agente comete o crime com o fim de obter Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e para si ou para outrem vantagem patrimonial. multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, § 1 o Incorre nas mesmas penas quem agencia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou intermedeia a participação de criança ou adolescente adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem 2008) com esses contracena. (Redação dada pela Lei nº Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e 11.829, de 2008) multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) § 2 o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, agente comete o crime: (Redação dada pela Lei nº transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer 11.829, de 2008) meio, inclusive por meio de sistema de informática ou I – no exercício de cargo ou função pública ou a telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que pretexto de exercê-la; (Redação dada pela Lei nº contenha cena de sexo explícito ou pornográfica 11.829, de 2008) envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela Lei II – prevalecendo-se de relações domésticas, de nº 11.829, de 2008) coabitação ou de hospitalidade; ou (Redação dada pela Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e Lei nº 11.829, de 2008) multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) III – prevalecendo-se de relações de parentesco § 1 o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por pela Lei nº 11.829, de 2008) adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da I – assegura os meios ou serviços para o vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de autoridade sobre ela, ou com seu que trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº consentimento. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 11.829, de 2008) Art. 241. Fotografar ou publicar cena de sexo II – assegura, por qualquer meio, o acesso por explícito ou pornográfica envolvendo criança ou rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens adolescente: de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº Pena - reclusão de um a quatro anos. 11.829, de 2008) Art. 241. Apresentar, produzir, vender, fornecer, § 2 o As condutas tipificadas nos incisos I e II do o divulgar ou publicar, por qualquer meio de § 1 deste artigo são puníveis quando o responsável comunicação, inclusive rede mundial de computadores legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que cenas de sexo explícito envolvendo criança ou trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, adolescente: (Redação dada pela Lei nº 10.764, de de 2008) 12.11.2003) Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou I – facilita ou induz o acesso à criança de material pornográfica envolvendo criança ou contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) fim de com ela praticar ato libidinoso; (Incluído pela Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e Lei nº 11.829, de 2008) multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) II – pratica as condutas descritas no caput deste § 1 o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois artigo com o fim de induzir criança a se exibir de forma terços) se de pequena quantidade o material a que se pornográfica ou sexualmente explícita. (Incluído pela refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, Lei nº 11.829, de 2008) de 2008) Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos § 2 o Não há crime se a posse ou o armazenamento nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou tem a finalidade de comunicar às autoridades pornográfica” compreende qualquer situação que competentes a ocorrência das condutas descritas nos envolva criança ou adolescente em atividades sexuais arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos comunicação for feita por: (Incluído pela Lei nº 11.829, genitais de uma criança ou adolescente para fins de 2008) primordialmente sexuais. (Incluído pela Lei nº 11.829, I – agente público no exercício de suas de 2008) funções; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Art. 242. Vender, fornecer ainda que II – membro de entidade, legalmente constituída, gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança que inclua, entre suas finalidades institucionais, o ou adolescente arma, munição ou explosivo: recebimento, o processamento e o encaminhamento de Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa. notícia dos crimes referidos neste parágrafo; (Incluído Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) pela Lei nº 11.829, de 2008) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003) III – representante legal e funcionários Art. 243. Vender, fornecer ainda que responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, por meio de rede de computadores, até o recebimento a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos do material relativo à notícia feita à autoridade policial, cujos componentes possam causar dependência física ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário. (Incluído ou psíquica, ainda que por utilização indevida: pela Lei nº 11.829, de 2008) Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa, § 3 o As pessoas referidas no § 2 o deste artigo se o fato não constitui crime mais grave. deverão manter sob sigilo o material ilícito Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou referido. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a Art. 241-C. Simular a participação de criança ou criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica causa, outros produtos cujos componentes possam por meio de adulteração, montagem ou modificação de causar dependência física ou psíquica: (Redação dada fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de pela Lei nº 13.106, de 2015) representação visual: (Incluído pela Lei nº 11.829, de Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e 2008) multa, se o fato não constitui crime mais Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e grave. (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Art. 244. Vender, fornecer ainda que Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam armazena o material produzido na forma do caput deste incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) utilização indevida: Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa. constranger, por qualquer meio de comunicação, Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, criança, com o fim de com ela praticar ato como tais definidos no caput do art. 2 o desta Lei, à libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) prostituição ou à exploração sexual: (Incluído pela Lei Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e nº 9.975, de 23.6.2000) multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) da perda de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e Pena - multa de três a vinte salários de referência, do Adolescente da unidade da Federação (Estado ou aplicando-se o dobro em caso de reincidência. Distrito Federal) em que foi cometido o crime, § 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou ressalvado o direito de terceiro de boa-fé. (Redação parcialmente, fotografia de criança ou adolescente dada pela Lei nº 13.440, de 2017) envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que § 1 o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam gerente ou o responsável pelo local em que se verifique atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta a submissão de criança ou adolescente às práticas ou indiretamente. referidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº § 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa 9.975, de 23.6.2000) ou emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista § 2 o Constitui efeito obrigatório da condenação a neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a cassação da licença de localização e de funcionamento apreensão da publicação ou a suspensão da do estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 9.975, de programação da emissora até por dois dias, bem como 23.6.2000) da publicação do periódico até por dois Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção números. (Expressão declarada inconstitucional pela de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando ADIN 869). infração penal ou induzindo-o a praticá-la: (Incluído Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade pela Lei nº 12.015, de 2009) judiciária de seu domicílio, no prazo de cinco dias, com Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) o fim de regularizar a guarda, adolescente trazido de anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) outra comarca para a prestação de serviço doméstico, § 1 o Incorre nas penas previstas no caput deste mesmo que autorizado pelos pais ou responsável: (Vide artigo quem pratica as condutas ali tipificadas Lei nº 13.431, de 2017) (Vigência) (Revogado pela Lei utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive nº 13.431, de 2017) (Vigência) salas de bate-papo da internet. (Incluído pela Lei nº Pena - multa de três a vinte salários de referência, 12.015, de 2009) aplicando-se o dobro em caso de reincidência, § 2 o As penas previstas no caput deste artigo são independentemente das despesas de retorno do aumentadas de um terço no caso de a infração cometida adolescente, se for o caso. (Revogado pela Lei nº ou induzida estar incluída no rol do art. 1 o da Lei 13.431, de 2017) (Vigência) n o 8.072, de 25 de julho de 1990 . (Incluído pela Lei nº Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, 12.015, de 2009) os deveres inerentes ao pátrio poder poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação Capítulo II da autoridade judiciária ou Conselho Das Infrações Administrativas Tutelar: (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de Art. 245. Deixar o médico, professor ou 2009) Vigência responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de Pena - multa de três a vinte salários de referência, ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar aplicando-se o dobro em caso de reincidência. à autoridade competente os casos de que tenha Art. 250. Hospedar criança ou adolescente, conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de desacompanhado dos pais ou responsável ou sem maus-tratos contra criança ou adolescente: autorização escrita destes, ou da autoridade judiciária, Pena - multa de três a vinte salários de referência, em hotel, pensão, motel ou congênere: aplicando-se o dobro em caso de reincidência. Pena - multa de dez a cinqüenta salários de Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário referência; em caso de reincidência, a autoridade de entidade de atendimento o exercício dos direitos judiciária poderá determinar o fechamento do constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 estabelecimento por até quinze dias. desta Lei: Art. 250. Hospedar criança ou adolescente Pena - multa de três a vinte salários de referência, desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem aplicando-se o dobro em caso de reincidência. autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem em hotel, pensão, motel ou congênere: (Redação dada autorização devida, por qualquer meio de comunicação, pela Lei nº 12.038, de 2009). nome, ato ou documento de procedimento policial, Pena – multa. (Redação dada pela Lei nº 12.038, administrativo ou judicial relativo a criança ou de 2009). adolescente a que se atribua ato infracional: § 1 º Em caso de reincidência, sem prejuízo da determinar o fechamento do estabelecimento por até pena de multa, a autoridade judiciária poderá determinar quinze dias. o fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) Art. 257. Descumprir obrigação constante dos dias. (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009). arts. 78 e 79 desta Lei: § 2 º Se comprovada a reincidência em período Pena - multa de três a vinte salários de referência, inferior a 30 (trinta) dias, o estabelecimento será duplicando-se a pena em caso de reincidência, sem definitivamente fechado e terá sua licença prejuízo de apreensão da revista ou publicação. cassada. (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009). Art. 258. Deixar o responsável pelo Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por estabelecimento ou o empresário de observar o que qualquer meio, com inobservância do disposto nos arts. dispõe esta Lei sobre o acesso de criança ou adolescente 83, 84 e 85 desta Lei: aos locais de diversão, ou sobre sua participação no Pena - multa de três a vinte salários de referência, espetáculo: aplicando-se o dobro em caso de reincidência. Pena - multa de três a vinte salários de referência; Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou em caso de reincidência, a autoridade judiciária poderá espetáculo público de afixar, em lugar visível e de fácil determinar o fechamento do estabelecimento por até acesso, à entrada do local de exibição, informação quinze dias. destacada sobre a natureza da diversão ou espetáculo e Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de a faixa etária especificada no certificado de providenciar a instalação e operacionalização dos classificação: cadastros previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Pena - multa de três a vinte salários de referência, Lei: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência aplicando-se o dobro em caso de reincidência. Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou 3.000,00 (três mil reais). (Incluído pela Lei nº 12.010, quaisquer representações ou espetáculos, sem indicar os de 2009) Vigência limites de idade a que não se recomendem: Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a Pena - multa de três a vinte salários de referência, autoridade que deixa de efetuar o cadastramento de duplicada em caso de reincidência, aplicável, crianças e de adolescentes em condições de serem separadamente, à casa de espetáculo e aos órgãos de adotadas, de pessoas ou casais habilitados à adoção e de divulgação ou publicidade. crianças e adolescentes em regime de acolhimento Art. 254. Transmitir, através de rádio ou institucional ou familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, televisão, espetáculo em horário diverso do de 2009) Vigência autorizado ou sem aviso de sua Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou classificação: (Expressão declarada inconstitucional dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de pela ADI 2.404). gestante de efetuar imediato encaminhamento à Pena - multa de vinte a cem salários de referência; autoridade judiciária de caso de que tenha duplicada em caso de reincidência a autoridade conhecimento de mãe ou gestante interessada em judiciária poderá determinar a suspensão da entregar seu filho para adoção: (Incluído pela Lei nº programação da emissora por até dois dias. 12.010, de 2009) Vigência Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ congênere classificado pelo órgão competente como 3.000,00 (três mil reais). (Incluído pela Lei nº 12.010, inadequado às crianças ou adolescentes admitidos ao de 2009) Vigência espetáculo: Parágrafo único. Incorre na mesma pena o Pena - multa de vinte a cem salários de referência; funcionário de programa oficial ou comunitário na reincidência, a autoridade poderá determinar a destinado à garantia do direito à convivência familiar suspensão do espetáculo ou o fechamento do que deixa de efetuar a comunicação referida no caput estabelecimento por até quinze dias. deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Art. 256. Vender ou locar a criança ou 2009) Vigência adolescente fita de programação em vídeo, em Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida desacordo com a classificação atribuída pelo órgão no inciso II do art. 81: (Redação dada pela Lei nº competente: 13.106, de 2015) Pena - multa de três a vinte salários de referência; Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ em caso de reincidência, a autoridade judiciária poderá 10.000,00 (dez mil reais); (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) Medida Administrativa - interdição do utilidade pública. (Revogado pela Lei nº 9.532, de estabelecimento comercial até o recolhimento da multa 1997) (Produção de efeito) aplicada. (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) § 1 o -A. Na definição das prioridades a serem Disposições Finais e Transitórias atendidas com os recursos captados pelos Fundos Art. 259. A União, no prazo de noventa dias Nacional, Estaduais e Municipais dos Direitos da contados da publicação deste Estatuto, elaborará projeto Criança e do Adolescente, serão consideradas as de lei dispondo sobre a criação ou adaptação de seus disposições do Plano Nacional de Promoção, Proteção órgãos às diretrizes da política de atendimento fixadas e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes à no art. 88 e ao que estabelece o Título V do Livro II. Convivência Familiar, bem como as regras e princípios Parágrafo único. Compete aos estados e relativos à garantia do direito à convivência familiar municípios promoverem a adaptação de seus órgãos e previstos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de programas às diretrizes e princípios estabelecidos nesta 2009) Vigência Lei. § 1 o -A. Na definição das prioridades a serem Art. 260. Os contribuintes do imposto de renda atendidas com os recursos captados pelos fundos poderão abater da renda bruta 100% (cem por cento) do nacional, estaduais e municipais dos direitos da criança valor das doações feitas aos fundos controlados pelos e do adolescente, serão consideradas as disposições do Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direitos da Criança e do Adolescente, observado o Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência seguinte: Familiar e Comunitária e as do Plano Nacional pela I - limite de 10% (dez por cento) da renda bruta Primeira Infância. (Redação dada dada pela Lei nº para pessoa física; 13.257, de 2016) II - limite de 5% (cinco por cento) da renda bruta § 2º Os Conselhos Municipais, Estaduais e para pessoa jurídica. Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente Art. 260. Os contribuintes poderão deduzir do fixarão critérios de utilização, através de planos de imposto devido, na declaração do Imposto sobre a aplicação das doações subsidiadas e demais receitas, Renda, o total das doações feitas aos Fundos dos aplicando necessariamente percentual para incentivo ao Direitos da Criança e do Adolescente - nacional, acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou estaduais ou municipais - devidamente comprovadas, adolescente, órfãos ou abandonado, na forma do obedecidos os limites estabelecidos em Decreto do disposto no art. 227, § 3º, VI, da Constituição Federal . Presidente da República. (Redação dada pela Lei nº § 2 o Os conselhos nacional, estaduais e 8.242, de 12.10.1991) (Vide) municipais dos direitos da criança e do adolescente Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar fixarão critérios de utilização, por meio de planos de doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do aplicação, das dotações subsidiadas e demais receitas, Adolescente nacional, distrital, estaduais ou municipais, aplicando necessariamente percentual para incentivo ao devidamente comprovadas, sendo essas integralmente acolhimento, sob a forma de guarda, de crianças e deduzidas do imposto de renda, obedecidos os seguintes adolescentes e para programas de atenção integral à limites: (Redação dada pela Lei nº 12.594, de primeira infância em áreas de maior carência 2012) (Vide) socioeconômica e em situações de I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda calamidade. (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de devido apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com 2016) base no lucro real; e (Redação dada pela Lei nº 12.594, § 3º O Departamento da Receita Federal, do de 2012) (Vide) Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda regulamentará a comprovação das doações feitas aos apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste fundos, nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº Anual, observado o disposto no art. 22 da Lei n o 9.532, 8.242, de 12.10.1991) de 10 de dezembro de 1997 . (Redação dada pela Lei nº § 4º O Ministério Público determinará em cada 12.594, de 2012) (Vide) comarca a forma de fiscalização da aplicação, pelo § 1º - As deduções a que se refere este artigo não Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do estão sujeitas a outros limites estabelecidos na Adolescente, dos incentivos fiscais referidos neste legislação do imposto de renda, nem excluem ou artigo. (Incluído pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991) reduzem outros benefícios ou abatimentos e deduções § 5 o A destinação de recursos provenientes dos em vigor, de maneira especial as doações a entidades de fundos mencionados neste artigo não desobriga os Entes Federados à previsão, no orçamento dos respectivos IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou órgãos encarregados da execução das políticas públicas deduções em vigor. (Incluído pela Lei nº 12.594, de de assistência social, educação e saúde, dos recursos 2012) (Vide) necessários à implementação das ações, serviços e § 3 o O pagamento da doação deve ser efetuado até programas de atendimento a crianças, adolescentes e a data de vencimento da primeira quota ou quota única famílias, em respeito ao princípio da prioridade absoluta do imposto, observadas instruções específicas da estabelecido pelo caput do art. 227 da Constituição Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Federal e pelo caput e parágrafo único do art. 4 o desta Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 4 o O não pagamento da doação no prazo § 5 o Observado o disposto no § 4 o do art. 3 o da estabelecido no § 3 o implica a glosa definitiva desta o Lei n 9.249, de 26 de dezembro de 1995 , a dedução de parcela de dedução, ficando a pessoa física obrigada ao que trata o inciso I do caput : (Redação dada pela Lei recolhimento da diferença de imposto devido apurado nº 12.594, de 2012) (Vide) na Declaração de Ajuste Anual com os acréscimos I - será considerada isoladamente, não se legais previstos na legislação. (Incluído pela Lei nº submetendo a limite em conjunto com outras deduções 12.594, de 2012) (Vide) do imposto; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de § 5 o A pessoa física poderá deduzir do imposto 2012) (Vide) apurado na Declaração de Ajuste Anual as doações II - não poderá ser computada como despesa feitas, no respectivo ano-calendário, aos fundos operacional na apuração do lucro real. (Incluído pela controlados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) do Adolescente municipais, distrital, estaduais e Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano- nacional concomitantemente com a opção de que trata calendário de 2009, a pessoa física poderá optar pela o caput , respeitado o limite previsto no inciso II do art. doação de que trata o inciso II do caput do art. 260 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) diretamente em sua Declaração de Ajuste Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do Anual. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) art. 260 poderá ser deduzida: (Incluído pela Lei nº § 1 o A doação de que trata o caput poderá ser 12.594, de 2012) (Vide) deduzida até os seguintes percentuais aplicados sobre o I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas imposto apurado na declaração: (Incluído pela Lei nº jurídicas que apuram o imposto trimestralmente; 12.594, de 2012) (Vide) e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de II - do imposto devido mensalmente e no ajuste 2012) (Vide) anual, para as pessoas jurídicas que apuram o imposto II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de anualmente. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 2012) (Vide) III - 3% (três por cento) a partir do exercício de Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada 2012. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) dentro do período a que se refere a apuração do § 2 o A dedução de que trata o caput : (Incluído imposto. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do desta Lei podem ser efetuadas em espécie ou em imposto sobre a renda apurado na declaração de que bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) trata o inciso II do caput do art. 260; (Incluído pela Lei Parágrafo único. As doações efetuadas em nº 12.594, de 2012) (Vide) espécie devem ser depositadas em conta específica, em II - não se aplica à pessoa física que: (Incluído instituição financeira pública, vinculadas aos pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) respectivos fundos de que trata o art. 260. (Incluído pela a) utilizar o desconto simplificado; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela b) apresentar declaração em formulário; administração das contas dos Fundos dos Direitos da ou (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e c) entregar a declaração fora do prazo; (Incluído municipais devem emitir recibo em favor do doador, pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) assinado por pessoa competente e pelo presidente do III - só se aplica às doações em espécie; Conselho correspondente, especificando: (Incluído pela e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) I - número de ordem; (Incluído pela Lei nº 12.594, Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela de 2012) (Vide) administração das contas dos Fundos dos Direitos da II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e (CNPJ) e endereço do emitente; (Incluído pela Lei nº municipais devem: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 12.594, de 2012) (Vide) 2012) (Vide) III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas I - manter conta bancária específica destinada (CPF) do doador; (Incluído pela Lei nº 12.594, de exclusivamente a gerir os recursos do Fundo; (Incluído 2012) (Vide) pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) IV - data da doação e valor efetivamente recebido; II - manter controle das doações recebidas; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) V - ano-calendário a que se refere a III - informar anualmente à Secretaria da Receita doação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Federal do Brasil as doações recebidas mês a mês, § 1 o O comprovante de que trata o caput deste identificando os seguintes dados por doador: (Incluído artigo pode ser emitido anualmente, desde que pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) discrimine os valores doados mês a mês. (Incluído pela a) nome, CNPJ ou CPF; (Incluído pela Lei nº Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 12.594, de 2012) (Vide) § 2 o No caso de doação em bens, o comprovante b) valor doado, especificando se a doação foi em deve conter a identificação dos bens, mediante espécie ou em bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de descrição em campo próprio ou em relação anexa ao 2012) (Vide) comprovante, informando também se houve avaliação, Art. 260-H. Em caso de descumprimento das o nome, CPF ou CNPJ e endereço dos obrigações previstas no art. 260-G, a Secretaria da avaliadores. (Incluído pela Lei nº 12.594, de Receita Federal do Brasil dará conhecimento do fato ao 2012) (Vide) Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.594, de Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o 2012) (Vide) doador deverá: (Incluído pela Lei nº 12.594, de Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança 2012) (Vide) e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e I - comprovar a propriedade dos bens, mediante municipais divulgarão amplamente à documentação hábil; (Incluído pela Lei nº 12.594, de comunidade: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 2012) (Vide) II - baixar os bens doados na declaração de bens e I - o calendário de suas reuniões; (Incluído pela direitos, quando se tratar de pessoa física, e na Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) escrituração, no caso de pessoa jurídica; e (Incluído pela II - as ações prioritárias para aplicação das Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) políticas de atendimento à criança e ao III - considerar como valor dos bens adolescente; (Incluído pela Lei nº 12.594, de doados: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 2012) (Vide) a) para as pessoas físicas, o valor constante da III - os requisitos para a apresentação de projetos última declaração do imposto de renda, desde que não a serem beneficiados com recursos dos Fundos dos exceda o valor de mercado; (Incluído pela Lei nº Direitos da Criança e do Adolescente nacional, 12.594, de 2012) (Vide) estaduais, distrital ou municipais; (Incluído pela Lei nº b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos 12.594, de 2012) (Vide) bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) IV - a relação dos projetos aprovados em cada Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão ano-calendário e o valor dos recursos previstos para não será considerado na determinação do valor dos bens implementação das ações, por projeto; (Incluído pela doados, exceto se o leilão for determinado por Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de V - o total dos recursos recebidos e a respectiva 2012) (Vide) destinação, por projeto atendido, inclusive com Art. 260-F. Os documentos a que se referem os cadastramento na base de dados do Sistema de arts. 260-D e 260-E devem ser mantidos pelo Informações sobre a Infância e a Adolescência; contribuinte por um prazo de 5 (cinco) anos para fins de e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) comprovação da dedução perante a Receita Federal do VI - a avaliação dos resultados dos projetos Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais. (Incluído pela Lei nº 12.594, de pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado 2012) (Vide) contra pessoa menor de catorze anos. Art. 260-J. O Ministério Público determinará, 2) Art. 129 ............................................................... em cada Comarca, a forma de fiscalização da aplicação § 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer dos incentivos fiscais referidos no art. 260 desta das hipóteses do art. 121, § 4º. Lei. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) § 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. Parágrafo único. O descumprimento do disposto 121. nos arts. 260-G e 260-I sujeitará os infratores a 3) Art. 136................................................................. responder por ação judicial proposta pelo Ministério § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é Público, que poderá atuar de ofício, a requerimento ou praticado contra pessoa menor de catorze anos. representação de qualquer cidadão. (Incluído pela Lei nº 4) Art. 213 .................................................................. 12.594, de 2012) (Vide) Parágrafo único. Se a ofendida é menor de catorze anos: Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos Pena - reclusão de quatro a dez anos. da Presidência da República (SDH/PR) encaminhará à 5) Art. 214................................................................... Secretaria da Receita Federal do Brasil, até 31 de Parágrafo único. Se o ofendido é menor de catorze anos: outubro de cada ano, arquivo eletrônico contendo a Pena - reclusão de três a nove anos.» relação atualizada dos Fundos dos Direitos da Criança e Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de do Adolescente nacional, distrital, estaduais e dezembro de 1973 , fica acrescido do seguinte item: municipais, com a indicação dos respectivos números "Art. 102 .................................................................... de inscrição no CNPJ e das contas bancárias específicas 6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. " mantidas em instituições financeiras públicas, Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas destinadas exclusivamente a gerir os recursos dos da União, da administração direta ou indireta, inclusive Fundos. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) fundações instituídas e mantidas pelo poder público Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do federal promoverão edição popular do texto integral Brasil expedirá as instruções necessárias à aplicação do deste Estatuto, que será posto à disposição das escolas e disposto nos arts. 260 a 260-K. (Incluído pela Lei nº das entidades de atendimento e de defesa dos direitos da 12.594, de 2012) (Vide) criança e do adolescente. Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos Art. 265-A. O poder público fará periodicamente direitos da criança e do adolescente, os registros, ampla divulgação dos direitos da criança e do inscrições e alterações a que se referem os arts. 90, adolescente nos meios de comunicação social. (Incluído parágrafo único, e 91 desta Lei serão efetuados perante pela Lei nº 13.257, de 2016) a autoridade judiciária da comarca a que pertencer a Parágrafo único. A divulgação a que se refere entidade. o caput será veiculada em linguagem clara, Parágrafo único. A União fica autorizada a compreensível e adequada a crianças e adolescentes, repassar aos estados e municípios, e os estados aos especialmente às crianças com idade inferior a 6 (seis) municípios, os recursos referentes aos programas e anos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) atividades previstos nesta Lei, tão logo estejam criados Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias os conselhos dos direitos da criança e do adolescente após sua publicação. nos seus respectivos níveis. Parágrafo único. Durante o período de vacância Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos deverão ser promovidas atividades e campanhas de Tutelares, as atribuições a eles conferidas serão divulgação e esclarecimentos acerca do disposto nesta exercidas pela autoridade judiciária. Lei. Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964 , dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com e 6.697, de 10 de outubro de 1979 (Código de as seguintes alterações: Menores), e as demais disposições em contrário. 1) Art. 121 ............................................................ Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da § 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um Independência e 102º da República. terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a