Análise Observatória Iii
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PSICOLOGIA HOSPITALAR
Para muitas pessoas a UTI é sinônimo de morte iminente. Esses aspectos são
vividos o tempo todo na rotina diária da unidade, exigindo das pessoas que nela
trabalham e que nela lutam pela vida, um posicionamento muito duro frente à morte.
Muitas vezes essas pessoas se veem obrigadas a refugiar-se no racional para aguentar
a pressão emocional que tudo isso causa. Tem-se, portanto, como objetos da atenção
do psicólogo na UTI uma tríade constituída de paciente, sua família e a própria equipe
de saúde. O sofrimento físico e psíquico do paciente precisa ser entendido como uma
coisa única, pois os dois aspectos interferem um no outro, visando um caminho de
enfrentamento da dor, do sofrimento e eventualmente da própria morte mais digna e
menos sofrida (Angerami-Camon, Trucharte, Knijnik & Sebastiani, 2006). É importante
criar as condições de comunicação nesse momento: o psicólogo deve buscar o “falar”
do paciente, seja através de gestos, olhares ou gemidos, e ser o porta-voz do doente
(Romano, 1999).
Angerami -Camon, V.A. (org); Trucharte, F. A. R., Knijnik, R. B., & Sebastiani, R.
W. (2006). Psicologia hospitalar: Teoria e prática. São Paulo: Pioneira.