Desvendando A Harmonia Musical - Do Basico Das Escalas Ao Encanto Das Combinações
Desvendando A Harmonia Musical - Do Basico Das Escalas Ao Encanto Das Combinações
Desvendando A Harmonia Musical - Do Basico Das Escalas Ao Encanto Das Combinações
Se você já se perguntou como a música é capaz de nos emocionar transportar para diferentes estados de
espírito e nos envolver em sua magia sonora então você veio ao lugar certo. A harmonia musical é a linguagem
que dá vida à música. É através dela que os sons se entrelaçam formando acordes cativantes e melodias
envolventes. Neste livro você embarcará em uma jornada fascinante pelo mundo da harmonia desvendando os
segredos que tornam a música tão poderosa e cativante.
Começaremos pelo básico das escalas musicais, as pedras fundamentais sobre as quais toda a harmonia é
construída. Você descobrirá a importância das notas dentro de uma escala aprender á a identific á-las a formar
acordes e a compreender as relações entre eles. Passo a passo desmistificaremos conceitos complexos
tornando-os acessíveis mesmo aos iniciantes. À medida que avan çamos mergulharemos em t écnicas e teorias
que aprimorarão sua compreensão musical. Veremos como as escalas se conectam com a harmonia explorando
as diferentes tonalidades e modos. Exploraremos também as estruturas dos acordes suas invers ões e
progressões expandindo seu repertório e sua habilidade de criação musical. – bons estudos a todos ( tamb ém me
incluo nisso, começarei do zero ).
Uma das maiores dificuldades para aqueles que estão iniciando nos estudos quanto a harmonia musical est á na
ordem correta dos pontos a serem estudados, então, aqui está uma ordem did ática para o estudo da harmonia
musical :
1. Escalas musicais: Estude as principais escalas musicais como a escala maior, a escala menor natural,
escala menor harmônica e escala menor melódica. Familiarize-se com as estruturas das escalas as
fórmulas de intervalo e como construí-las nas cordas do seu instrumento.
2. Teoria musical básica: Estude o campo harmônico e as sensações transmitidas pelos seus intervalos.
3. Formação de acordes: Aprenda sobre a formação de acordes como construir acordes maiores
menores e os diferentes tipos de acordes (sétimas, suspensões, etc.). Pratique a constru ção de acordes
nas diferentes posições do instrumento.
4. Progressões de acordes: Estude progressões de acordes comuns na música entendendo como esses
acordes se relacionam entre si e como eles podem ser usados para criar harmonias interessantes.
Pratique tocando essas progressões em diferentes tonalidades.
6. Harmonia funcional: Estude o sistema de harmonia funcional que categoriza acordes como t ônicos
(estáveis dominantes (tensos) e subdominantes (transitórios). Compreenda como os acordes dessas
categorias interagem na música e como você pode usá-los para criar tens ão e resolu ção.
7. Substituições de acordes: Aprenda sobre substituições de acordes que são variações dos acordes
originais na progressão harmônica. Explore substituições de acordes para adicionar cores e varia ções à
sua música e experimente aplicá-las ao tocar melodias e improvisar.
9. Harmonia modal: Aprofunde-se no estudo da harmonia modal explorando modos como o jônio,
dórico, frígio, lídio, mixolídio, eólio e locrio.
10. Estudo de repertório: Para consolidar seus conhecimentos de harmonia pratique o estudo de
repertório que abrange diferentes estilos musicais como jazz, blues, rock, música clássica, bossa
nova, entre outros. Ao analisar e tocar músicas completas você aplicará de forma prática tudo o que
aprendeu sobre harmonia.
Existem várias escalas musicais que são conhecidas e amplamente utilizadas, com sua
aplicação em praticamente todos os instrumentos, variando em sua execução. Algumas das
mais comuns são:
Escala Maior: Essa é a escala mais básica e mais comum na música ocidental. Ela é formada por sete
notas e possui a fórmula intervalar de tons e semitons: T, T, S, T, T, T, S.
Escala Menor Natural: Essa é a escala menor básica e também é muito comum na música ocidental.
Ela é formada por sete notas e possui a fórmula intervalar de tons e semitons: T, S, T, T, S, T, T.
Escala Pentatônica Maior: Essa escala é formada por 5 notas e é utilizada em diversos estilos
musicais, como o blues, rock, country e jazz. A fórmula intervalar é T, T, ST, T, ST.
Escala Pentatônica Menor: Essa escala é formada por 5 notas e é utilizada em diversos estilos
musicais, como o blues, rock, metal e jazz. A fórmula intervalar é ST, T, T, ST, T.
Escala Blues: Essa escala é muito popular no gênero blues. Ela é formada a partir da escala
pentatônica menor, com a adição de uma nota chamada de “blue note”. A fórmula intervalar é ST, T,
SS, T, SS.
Escala Menor Harmônica: Essa escala é muito utilizada no jazz e na música clássica. Ela possui um
som mais exótico e dramático que a escala natural menor. A fórmula intervalar é T, S, T, T, S, A, ST.
Escala Menor Melódica: Essa escala é usada principalmente em músicas do jazz, mas também é
comum em outros estilos de música. Ela é semelhante à escala menor harm ônica, mas com uma 6ª e
uma 7ª maiores na escala ascendente. A fórmula intervalar é T, S, T, T, T, T, ST ou T, T, S, T, T, S,
ST.
Dominar essas escalas é um grande passo para o desenvolvimento musical, além de ser
fundamental para improvisação, composição e criação de solos.
Vamos tomar como exemplo a escala de Dó maior que é uma escala b ásica composta por sete notas:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si. Cada uma dessas notas corresponde a um grau no campo harmônico.
Utilizaremos os algarismos romanos para representar esses graus.
- O primeiro grau é chamado de tônica (I). É o grau mais estável e forma a base da harmonia da
música. Em Dó maior o primeiro grau é o Dó.
- O segundo grau é chamado de supertônica (II). Ele é um pouco mais tenso do que a tônica mas
ainda mantém uma sensação de repouso relativa. Em Dó maior o segundo grau é o Ré.
- O terceiro grau é chamado de mediante (III). Ele adiciona um pouco mais de tensão ao acorde e
prepara o ouvinte para uma resolução. Em Dó maior o terceiro grau é o Mi.
- O quarto grau é chamado de subdominante (IV). Ele proporciona uma sensação de transição e é
frequentemente usado para criar tensão antes de voltar à tônica. Em Dó maior o quarto grau é o F á.
- O quinto grau é chamado de dominante (V). Ele cria uma sensação de tensão forte e precisa ser
resolvido para a tônica. Em Dó maior o quinto grau é o Sol.
- O sexto grau é chamado de relativa (VI). Ele traz um certo alívio depois da tensão criada pelo quinto
grau e é frequentemente usado como uma preparação para a resolução. Em Dó maior o sexto grau é o
Lá.
- O sétimo grau é chamado de sensível (VIIº). É um grau de grande tensão pois está a um semitom da
tônica criando uma forte necessidade de resolução. Em Dó maior o sétimo grau é o Si.
Ao combinar diferentes acordes formados por esses graus em uma sequência é possível criar
progressões harmônicas que influenciam as sensações e emoções transmitidas pela música. Por
exemplo a progressão I-IV-V-I (Dó-Fá-Sol-Dó) é bastante comum e cria uma sensação de
estabilidade .
É importante ressaltar que essa é uma explicação básica da teoria musical e que existem muitos
outros conceitos e técnicas a serem explorados. Porém, compreender os graus do campo harm ônico é
um bom ponto de partida para a compreensão da harmonia musical.
3. Formação de acordes
3.1. Tríades:
As tríades são os acordes mais básicos e são formados por três notas. Elas são construídas a partir de
uma nota fundamental (tônica uma terça (intervalo de uma terça maior ou menor acima da t ônica) e
uma quinta (intervalo de uma quinta justa ou diminuta acima da t ônica). A combina ção dessas tr ês
notas cria diferentes tipos de acordes como os acordes maiores menores diminutos e aumentados.
- Acordes maiores: composição de uma tônica uma terça maior e uma quinta justa acima da tônica
(exemplo: C maior – C E G).
- Acordes menores: composição de uma tônica uma terça menor e uma quinta justa acima da tônica
(exemplo: A menor – A C E).
- Acordes diminutos: composição de uma tônica uma terça menor e uma quinta diminuta acima da
tônica (exemplo: B diminuto – B D F).
- Acordes aumentados: composição de uma tônica uma terça maior e uma quinta aumentada acima
da tônica (exemplo: G# aumentado – G B D#).
3.2. Tétrades:
As tétrades são acordes formados por quatro notas sendo uma extensão das tríades. Elas seguem a
mesma estrutura básica das tríades (tônica terça e quinta mas acrescentam uma sétima (intervalo
de uma sétima acima da tônica). Existem diferentes tipos de tétrades como acordes maiores com
sétima acordes menores com sétima acordes dominantes etc.
- Acordes com sétima maior: composição de uma tônica uma terça maior uma quinta justa e uma
sétima maior acima da tônica (exemplo: C7M – C E G B).
- Acordes menores com sétima: composição de uma tônica uma terça menor uma quinta justa e uma
sétima menor acima da tônica (exemplo: Dm7 – D F A C).
- Acordes dominantes: composição de uma tônica uma terça maior uma quinta justa e uma sétima
menor acima da tônica (exemplo: G7 – G B D F).
Existem várias tensões disponíveis como a nona, a décima primeira e a d écima terceira que s ão
adicionadas acima da sétima do acorde. Por exemplo um acorde Cmaj9 é composto pela t ônica C uma
terça maior (E uma quinta justa (G uma sétima maior (B) e a nona maior (D). Essas tens ões adicionam
mais cor e expressividade ao acorde permitindo uma maior variedade de sonoridades.
4. Progressões de acordes
Progressões de acordes são combinações de diferentes acordes que são usados para criar
harmonias na música. Essas progressões seguem certas regras e convenções que são amplamente
utilizadas para criar um senso de tensão e resolução na música. As progressões de acordes comuns
na música geralmente seguem uma sequência padrão de acordes que são usados em muitas
canções populares.
As progressões de acordes geralmente usam acordes diatônicos que são acordes que se encaixam
na escala de uma determinada tonalidade. Por exemplo em uma tonalidade de d ó maior os acordes
diatônicos seriam formados a partir da escala de dó maior (C Dm Em F G Am Bdim).
Existem muitas outras progressões de acordes comuns na música como a ii-V-I a I-ii-V entre
outras. Cada uma dessas progressões possui sua própria sonoridade e função na música.
É importante ter em mente que as progressões de acordes são apenas uma parte da cria ção de
harmonias interessantes. Além das progressões é essencial considerar a melodia a estrutura da
música e a variação rítmica para criar um arranjo musical completo.
Em resumo as progressões de acordes são combinações de acordes que são usados para criar
harmonias na música. Elas seguem regras e sequências predefinidas e são essenciais para a cria ção
de estruturas musicais interessantes. Ao entender como os acordes se relacionam entre si e como
eles podem ser usados em combinação os músicos podem criar harmonias cativantes e agrad áveis
aos ouvidos.
I – IV – V: esta é uma progressão muito popular em diversos estilos musicais incluindo o pop e o
rock. Nesta progressão os acordes são construídos a partir da primeira (I quarta (IV) e quinta (V) nota
da escala.
I – V – VI – IV: essa progressão também é bastante comum no pop e no rock. Muitas músicas
populares seguem essa sequência que começa com o acorde da primeira nota (I seguido pelo acorde da
quinta nota (V depois o acorde menor da sexta nota (vi) e por fim o acorde da quarta nota (IV).
I – vi – IV – V: essa é uma progressão comum no pop e no rock. A sequência começa com o acorde
da primeira nota (I seguido pelo acorde menor da sexta nota (vi depois o acorde da quarta nota (IV) e
por fim o acorde da quinta nota (V).
Estas são apenas algumas das progressões de acordes mais populares, mas há uma infinidade de
variações e combinações que podem ser exploradas na música.
5. ( questão prática )
6. Harmonia funcional
A harmonia funcional é um sistema musical que se baseia em uma s érie de regras e rela ções entre
acordes desenvolvido principalmente na música tonal ocidental. Essas regras estabelecem uma
estrutura hierárquica entre os acordes atribuindo funções específicas a cada um deles.
Na harmonia funcional os acordes são classificados em três funções principais: tônica subdominante e
dominante. A função tônica é responsável por transmitir uma sensação de estabilidade e repouso. Os
acordes tônicos são normalmente os primeiros e últimos acordes de uma progressão harm ônica.
A função subdominante por sua vez tem um papel intermediário entre a função tônica e a dominante.
Os acordes subdominantes geralmente criam uma sensação de movimento e preparação para
cadências ou modulações. Já a função dominante é responsável por gerar uma sensação de tensão e
desejo de resolução. Os acordes dominantes normalmente resolvem na função tônica.
Além dessas funções principais existem também funções secundárias como a de passagem, que é
usada para criar variedade e fluidez nas progressões de acordes.
A aplicação prática da harmonia funcional é vasta e abrange diversos aspectos da música tonal. Ela é
fundamental para o entendimento da estrutura harmônica de uma composição seja na an álise de pe ças
musicais existentes na composição de novas músicas na improvisação ou na harmonização de
melodias. Por meio da harmonia funcional é possível criar progressões harmônicas coesas e cativantes
explorar modulações criar tensão e resolução e transmitir emoções e sensações específicas por meio
da escolha e relação entre os acordes.
7. Substituições de acordes
As substituições de acordes são uma técnica comum usada por músicos para adicionar variações e
cores à progressão harmônica de uma música. Essas substituições envolvem substituir um acorde
original por outro mantendo a função harmônica básica mas adicionando novas sonoridades e
emoções. Ao explorar as substituições de acordes os músicos podem adicionar tensão emoção e
interesse para uma música indo além dos acordes tradicionais. Essas substitui ções podem ser usadas
em uma variedade de gêneros musicais como jazz, pop, blues e música brasileira entre outros.
Existem diferentes tipos de substituições de acordes incluindo as substituições de tríades substitui ções
de dominantes e substituições de acordes prolongados. Vamos dar uma olhada em cada uma delas.
As substituições de tríades : envolvem a substituição de uma tríade maior ou menor por uma tríade
com uma sonoridade diferente. Por exemplo em uma progressão de acordes estáveis como C (D ó) –
Am (Lá menor) – Dm (Ré menor) – G7 (Sol dominante podemos substituir o Am (L á menor) por um
acorde substituto como o Am7 (Lá menor 7) ou o A7 (Lá dominante).
As substituições de dominantes : são muito comuns na música jazz. Elas envolvem a substituição do
acorde dominante original por outro acorde dominante relacionado. Por exemplo em uma progress ão
como C7 (Dó dominante) – F7 (Fá dominante) – G7 (Sol dominante podemos substituir o F7 (F á
dominante) por um acorde substituto como F#7 (Fá sustenido dominante) ou F7#9 (F á dominante com a
nona sustenida).
Os arpejos são uma sequência de notas tocadas de forma consecutiva em uma melodia. Eles s ão
formados a partir dos acordes que são um conjunto de notas tocadas simultaneamente. Existem
diferentes tipos de arpejos que variam de acordo com a estrutura do acorde do qual s ão formados.
Os arpejos mais comuns são os arpejos maiores, menores e com sétima. Além desses também
temos os arpejos diminutos e meio diminutos.
Os arpejos maiores são formados a partir de acordes maiores. Eles consistem em tocar as notas
do acorde uma a uma de forma ascendente ou descendente. Por exemplo em um arpejo de C maior
você tocaria as notas C E e G de forma consecutiva.
Os arpejos menores são formados a partir de acordes menores. Eles seguem a mesma ideia dos
arpejos maiores mas com a diferença de que a terça do acorde é menor. Por exemplo em um arpejo
de A menor você tocaria as notas A C e E de forma consecutiva.
Os arpejos com sétima são formados a partir de acordes com sétima. Esses arpejos adicionam a
sétima do acorde à sequência de notas. Por exemplo em um arpejo de G7 você tocaria as notas G B
D e F de forma consecutiva.
Os arpejos diminutos são formados a partir de acordes diminutos. Eles são um pouco diferentes
dos outros arpejos pois possuem uma estrutura de intervalos específica. Por exemplo em um
arpejo de Dó diminuto você tocaria as notas C D F# e A de forma consecutiva.
Os arpejos meio diminutos também conhecidos como arpejos diminutos com sétima menor são
formados a partir de acordes meio diminutos ou em termos teóricos acordes de tetrades diminutas.
Esses arpejos adicionam a sétima menor à sequência de notas. Por exemplo em um arpejo de D
meio diminuto você tocaria as notas D F Ab e C de forma consecutiva.
Os arpejos são extremamente úteis na música pois eles fornecem uma base para a cria ção de linhas
melódicas interessantes e podem ser usados para solos improvisações e criação de arranjos. Al ém
disso eles ajudam a entender a estrutura dos acordes e a relação entre as notas em uma
composição.
Os modos gregos são uma forma de organizar e categorizar as escalas musicais. Eles surgiram na
Grécia Antiga e foram adotados posteriormente na música ocidental. Existem sete modos principais:
Jônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio e Lócrio.
O modo Jônio que é o modo mais comum e basicamente corresponde à escala maior. É formado
pelos intervalos de T-T-ST-T-T-T-ST.
Em seguida temos o modo Dórico que possui uma sonoridade mais solene e melancólica. Seus
intervalos são T-ST-T-T-T-ST-T .
O modo Frígio tem uma característica marcante pois possui o segundo grau da escala menor natural
resultando em uma sonoridade exótica. Os intervalos do modo Frígio são ST-T-T-T-ST-T-T .
O modo Lídio possui uma sonoridade brilhante e alegre. Seus intervalos são T-T-T-ST-T-T-ST .
O modo Mixolídio por sua vez possui uma sonoridade bluesy e é amplamente utilizado no jazz e no
rock. Seus intervalos são T-T-ST-T-T-ST-T .
O modo Eólio corresponde à escala menor natural. É considerado o modo mais melancólico e
utilizado em diversos gêneros musicais como o blues e o rock. Seus intervalos são T-ST-T-T-ST-T-T .
Por fim temos o modo Lócrio que possui uma sonoridade dissonante e utilizada com menos
frequência. Seus intervalos são ST-T-T-ST-T-T-T .
Esses são os sete modos gregos principais e os intervalos que compõem cada um deles. É importante
mencionar que eles podem ser transpostos para diferentes tonalidades mantendo a mesma estrutura
intervalar.