Questão 1 Desencanto: Funções Da Linguagem
Questão 1 Desencanto: Funções Da Linguagem
Questão 1 Desencanto: Funções Da Linguagem
Desencanto
(Manuel Bandeira)
Manuel bandeira faz uso principalmente, para passar sua mensagem na poesia, da função de linguagem
A fática.
B conativa.
C metalinguística.
D referencial.
E apelativa.
Tempo e amor
o tempo é sonâmbulo
o amor é preâmbulo
é prelúdio... interlúdio...
e poslúdio...
o amor
alicerce
é prece sem pressa
e faz do tempo quermesse...
Amor
não adormece
é
dor e messe!
MARCELO, Rubenio. Vias do infinito ser (Poemas). Campo Grande: Editora Letra Livre, 2017. p. 130.
Rubenio Marcelo é um cearense, natural de Aracati, mas seu nome está gravado na cena cultural do Mato Grosso do Sul.
Radicado em Campo Grande há cerca de três décadas, é constante sua atividade em prol da literatura e da cultura da
região. Após a análise do poema, assinale a alternativa que NÃO corresponde ao que se encontra no texto.
B Ao construir uma sequência gradativa atribuída ao amor, o poeta mostra a necessidade de construção contínua
da relação amorosa.
E Finalizando o poema, o poeta coloca o amor como resultante das ações de cada um.
Leia o trecho a seguir do conto A hora e a vez de Augusto Matraga, da obra Sagarana, de João Guimarães Rosa:
“Quase sempre estava conversando sozinho, e isso também era de maluco, diziam; porque eles ignoravam que o que fazia
era apenas repetir, sempre que achava preciso, a fala nal do padre: — ‘Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há-de ter
a sua’. — E era só.
E assim se passaram pelo menos seis ou seis anos e meio, direitinho deste jeito, sem tirar e nem pôr, sem mentira nenhuma,
porque esta aqui é uma estória inventada, e não é um caso acontecido, não senhor.
Quem quisesse, porém, durante esse tempo, ter dó de Nhô Augusto, faria grossa bobagem, porquanto ele não tinha
tentações, nada desejava, cansava o corpo no pesado e dava rezas para a sua alma, tudo isso sem esforço nenhum, como
os cupins que levantam no pasto murundus vermelhos, ou como os tico-ticos, que penam sem cessar para levar comida ao
filhote de pássaro-preto — bico aberto, no alto do mamoeiro, a pedir mais.”
Considerando o segundo parágrafo do excerto, é possível reconhecer que Rosa fez uso de
A narrador-observador.
B intertextualidade.
C narrador-personagem.
D metalinguagem.
E aliteração.
Essa questão po ssui co mentário do pro fesso r no site 4 00024 8 295
A física explica por que você deve lavar as mãos durante 20 segundos
Modelo físico-matemático con rma as diretrizes atuais dos órgãos de saúde: é necessário gastar esse tempo sob a torneira
para eliminar vírus e bactérias nocivos
Considerada indispensável há pelo menos 170 anos e, mais recentemente evidenciada, pela pandemia de Covid19, a física
da lavagem das mãos não é um tópico comum em pesquisas cientí cas. Mas um estudo publicado no periódico Physics of
Fluids na última terça-feira (16) quebra esse vácuo e con rma as diretrizes atuais dos órgãos de saúde: é necessário gastar
cerca de 20 segundos sob a torneira para eliminar vírus e bactérias nocivos.
A pesquisa, conduzida por cientistas da empresa Hammond Consulting Limited, no Reino Unido, simula a higienização das
mãos e estima as escalas de tempo em que elementos como vírus e bactérias são removidos durante o processo. O
modelo físico-matemático desenvolvido atua em dimensão dupla, com duas superfícies onduladas e ásperas entrecruzadas
— que representam as mãos — e uma fina película de líquido entre elas.
As partículas cam presas nas superfícies ásperas em “poços potenciais”: é como se elas estivessem presas no fundo de um
vale e, para serem expulsas dali, a energia do uxo de água deve ser alta o su ciente para fazê-las subir. Mas isso não
acontece antes de 20 segundos de lavagem, conclui o estudo. [...]
Em todo processo de comunicação, a linguagem é expressa de acordo com a função que se quer enfatizar e dependendo
da finalidade principal que o emissor pretende alcançar. No excerto lido, qual é a função da linguagem predominante?
A Metalinguística.
B Referencial.
C Fática.
D Emotiva.
E Conativa.
Violência e psiquiatria
O tipo de violência que aqui considerarei pouco tem a ver com pessoas que utilizam martelos para golpear a cabeça de
outras, nem se aproximará muito do que se supõe façam os doentes mentais. Se se quer falar de violência em psiquiatria, a
violência que brada, que se proclama em tão alta voz que raramente é ouvida, é a sutil, tortuosa violência perpetrada pelos
outros, pelos “sadios”, contra os rotulados de “loucos”. Na medida em que a psiquiatria representa os interesses ou
pretensos interesses dos sadios, podemos descobrir que, de fato, a violência em psiquiatria é sobretudo a violência da
psiquiatria.
Quem são porém as pessoas sadias? Como se de nem a si próprias? As de nições de saúde mental propostas pelos
especialistas ou estabelecem a necessidade do conformismo a um conjunto de normas sociais arbitrariamente
pressupostas, ou são tão convenientemente gerais – como, por exemplo, “a capacidade de tolerar con itos” – que deixam
de fazer sentido. Fica-se com a lamentável re exão de que os sadios serão, talvez, todos aqueles que não seriam admitidos
na enfermaria de observação psiquiátrica. Ou seja, eles se definem pela ausência de certa experiência.
Sabe-se, porém, que os nazistas as xiaram com gás dezenas de milhares de doentes mentais, assim como dezenas de
milhares de outros tiveram seus cérebros mutilados ou dani cados por sucessivas séries de choques elétricos: suas
personalidades foram deformadas, de modo sistemático, pela institucionalização psiquiátrica. Como podem fatos tão
concretos emergir na base de uma ausência, de uma negatividade – a compulsiva não loucura dos sadios? De fato, toda a
área de de nição de sanidade mental e loucura é tão confusa, e os que se arriscam dentro dela são tão aterrorizados pela
ideia do que possam encontrar, não só nos “outros” como também em si mesmos, que se deve considerar seriamente a
renúncia ao projeto.
Quanto à função da linguagem que prevalece no texto, pode-se apontar para a função
A emotiva
B apelativa
C metalinguística
D referencial
E fática
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou na terça-feira (01) o uso emergencial da vacina chinesa Sinovac contra a
Covid-19, garantindo que ela cumpre as normas internacionais de segurança, eficácia e fabricação.
Conforme a agência da ONU informou em um comunicado, o comitê de especialistas em vacinas da OMS recomendou a
vacina, que requer duas doses em intervalos de duas a quatro semanas para pessoas com 18 anos de idade ou mais.
A dose desenvolvida pelo laboratório chinês evitou doenças sintomáticas em 51% dos vacinados e casos de covid-19 grave
e hospitalização em 100% da população estudada.
“O mundo precisa desesperadamente de várias vacinas COVID-19 para lidar com a enorme desigualdade de acesso ao
redor do mundo”, disse a Dra. Mariângela Simão, Subdiretora Geral da OMS para Acesso a Produtos de Saúde, sobre a
aprovação da vacina.
De acordo com sua intenção comunicativa, predominantemente, Victória Bravo fez uso da
A função emotiva, pois pretendia comemorar a notícia dada.
Questão 7 Modernismo de 1930 Segunda geração modernista brasileira Interpretação de texto literário
Levantei-me há cerca de trinta dias, mas julgo que ainda não me restabeleci completamente. Das visões que me perseguiam
naquelas noites compridas umas sombras permanecem, sombras que se misturam à realidade e me produzem calafrios.
(...)
O sino da igrejinha bate a primeira pancada das ave-marias. Não, não é o sino da igreja, é o relógio da sala de jantar. Oito e
meia. Preciso vestir-me depressa, chegar à repartição às nove horas. Apronto-me, calço as meias pelo avesso e saio
correndo. Paro sobressaltado, tenho a impressão de que me faltam peças do vestuário. Assaltam-me dúvidas idiotas. Estarei
à porta de casa ou já terei chegado à repartição? Em que ponto do trajeto me acho? Não tenho consciência dos
movimentos, sinto-me leve. Ignoro quanto tempo co assim. Provavelmente um segundo, mas um segundo que parece
eternidade. Está claro que todo o desarranjo é interior. Por fora devo ser um cidadão como os outros, um diminuto cidadão
que vai para o trabalho maçador, um Luís da Silva qualquer. Mexo-me, atravesso a rua a grandes pernadas. Tenho contudo a
impressão de que os transeuntes me olham espantados por eu estar imóvel.
RAMOS, Graciliano. Angústia, 49a ed. Rio, São Paulo: Record, 1998.
E m Angústia, de Graciliano Ramos, Luís da Silva é o protagonista atormentado, mergulhado em si mesmo, mostra-se
transtornado devido às derrotas de sua vida. No trecho, o item que não contribui para mostrar sua condição é
A a digressão.
B o monólogo interior.
C a busca de autoentendimento.
D a metalinguagem.
E o estado de consciência.
A didática é um instrumento a ser utilizado nos diferentes processos de ensino e aprendizagem visando a orientação técnica
e pedagógica relativas à transmissão do conhecimento e o procedimento pelo qual o mundo da experiência e da cultura é
transmitido pelo educador ao educando. Assim, podemos dizer que é a parte da pedagogia que se ocupa em colocar em
prática as diretrizes da teoria pedagógica sendo o alicerce de uma tradição didática centrada no método e em regras de
bem conduzir a aula e o estudo.
Podem-se encontrar diversas concepções de didática, entre elas, fazendo uma análise histórica destacam-se entre as que
mais aparecem como objeto de estudo a concepção na Grécia antiga de nindo-a como o ato de ensinar, instruir, fazer
aprender;
Comênio, educador tcheco, apresenta a didática em sua obra Didactica Magna como a arte de ensinar tudo a todos. No
Aurélio, dicionário mais usado na língua portuguesa, defina a didática como técnica de dirigir e orientar a aprendizagem.
Trabalhando com de nições encontra-se entre várias, a concepção por Masetto, Doutor em Psicologia da Educação, pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, define como “Reflexão sistemática sobre o processo de ensino
aprendizagem que acontece na escola e na aula buscando alternativa para os problemas na prática pedagógica”
(MASETTO, 1994, p.13).
A referencial.
B emotiva.
C fática.
D metalinguística.
E apelativa.
Leia o poema do saudoso Manoel de Barros, poeta mato-grossense da literatura contemporânea brasileira.
O apanhador de desperdícios
As poesias são, comumente, “poços” de funções da linguagem, tendo, sempre, uma que prevalece. Dessa forma, levando
em conta a teoria da comunicação, percebe-se a prevalência da função
A emotiva.
B poética.
C apelativa.
D referencial.
E metalinguística.
No texto de Fernando Anitelli, vocalista da banca paulista O Teatro Mágico, pode-se encontrar, como função da linguagem
que prevalece, a
A poética.
B apelativa.
C emotiva.
D referencial.
E metalinguística.
O poema de Mário Quintana, autor contemporâneo da poesia brasileira, é construído com ênfase na função da linguagem
encontrada em qual alternativa?
E Poética, dado que o eu lírico tem, como tema, a escrita da poesia em sua vida.
“Vendo-a, tive como um pressentimento de que essa mulher era a única que poderia apagar a lembrança de Lúcia. Levado
por semelhante ideia, e também por esse desejo que temos todos de tocar com o ciúme o ouro de uma afeição, a m de
lhe conhecer o quilate, aproximei-me; conversamos alguns instantes.
Não sei se a senhora achará prazer na leitura destas cenas sem colorido, estirado diálogo entre dois atores, raro
interrompido pelo mundo, que lhes atira um eco de seus rumores. Já tenho tido vezes de arrependimento depois que
comecei estas páginas, que eu podia tornar mais interessantes, se as quisesse dramatizar com sacrifício da verdade; porém
mentiria às minhas recordações e à promessa que lhe fiz de exumar do meu coração a imagem de uma mulher.”
José de Alencar, considerado o principal escritor do Romantismo brasileiro, escolheu o personagem Paulo para contar,
através de uma carta, sua história de amor com Lúcia à senhora G.M.; como observamos no excerto, foi usado o recurso
A da intertextualidade explícita
B da metalinguagem
C da paródia
D da intertextualidade implícita.
E da pressuposição.
Estojo escolar
Rio de Janeiro — Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas eletrônicas,
bastava telefonar e eu receberia um notebook capaz de me ajudar a fabricar um navio, uma estação espacial.
[…] Como pretendo viajar esses dias, habilitei-me a comprar aquilo que os caras anunciavam como o top do top em matéria
de computador portátil.
No sábado, recebi um embrulho complicado que necessitava de um manual de instruções para ser aberto.
[…] De repente, como vem acontecendo nos últimos tempos, houve um corte na memória e vi diante de mim o meu
primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o jardim de infância.
Era uma caixinha comprida, envernizada, com uma tampa que corria nas bordas do corpo principal. Dentro, arrumados em
divisões, havia lápis coloridos, um apontador, uma lapiseira cromada, uma régua de 20 cm e uma borracha para apagar meus
erros.
[…] Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que nunca esqueci e que me tonteava de prazer. […]
O notebook que agora abro é negro e, em matéria de cheiro, é abominável. Cheira vilmente a telefone celular, a cabine de
avião, a aparelho de ultrassonogra a onde outro dia uma moça veio ver como sou por dentro. Acho que piorei de estojo e
de vida.
CONY, C. H. Crônicas para ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2009 (adaptado).
No texto, há marcas da função da linguagem que nele predomina. Essas marcas são responsáveis por colocar em foco o(a)
A mensagem, elevando-a à categoria de objeto estético do mundo das artes.
A função referencial.
B função conativa.
C função expressiva.
D função metalinguística.
E função fática.
O modernismo não nasceu em 1922, mas antes, segundo as curadoras da exposição, Aracy Amaral e Regina Teixeira de
Barros
A um ano das comemorações da Semana de Arte Moderna de 1922, o Museu de Arte Moderna de São Paulo antecipou a
festa e abriu no sábado, 4, a exposição Moderno Onde? Moderno Quando? A Semana de 22 como Motivação, com
curadoria de Aracy Amaral e Regina Teixeira de Barros. À primeira pergunta do título, as duas curadoras respondem com um
time de artistas de vários Estados brasileiros, para provar que o modernismo não foi um fenômeno exclusivamente paulista.
À segunda, sobre a gênese do modernismo brasileiro, elas respondem que, antes de 1922, muitos artistas hoje esquecidos já
desenvolviam um tipo de arte que fugia aos padrões acadêmicos e ousava tanto na escolha dos temas como na linguagem
formal. En m, antes de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Brecheret, pintores, escultores, fotógrafos e
arquitetos assinaram obras que passam batidas aos olhos de quem vê a antropofagia como o primeiro manifesto moderno
brasileiro. [...]
Analisando as características do excerto, percebe-se o predomínio
A da função referencial.
B da função emotiva.
C da função metalinguística.
D da função apelativa.
E da função poética.
Respostas:
1 C 2 A 3 D 4 B 5 D 6 E 7 D 8 A 9 E 10 B 11 B
12 B 13 D 14 B 15 A