Projeto
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POUSO ALEGRE, MG
2022
RESUMO
A obesidade já pode ser considerada uma epidemia no Brasil, afinal, segundo a Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), existem mais de 18 milhões de pessoas
obesas no país, sendo que acima do peso, o número passa de 70 milhões fazendo com que seja
observada a utilização de diversos fármacos inibidores de apetites mais conhecidos como
anorexígenos. Desta maneira, o presente projeto visa pontuar os malefícios gerados pelo
consumo abusivo desses medicamentos na vida dos pacientes, avaliando medidas que possam
evitar ou solucionar tais problemas. Diante deste contexto, torna-se necessário a atuação do
farmacêutico, através da Atenção Farmacêutica afim de promover o uso racional dos
medicamentos, assim como o bem-estar terapêutico para trazer qualidade de vida à população
afetada. Assim sendo, para o pleno desenvolvimento do trabalho será adotada a pesquisa
bibliográfica, perante a qual será possível encontrar embasamento legal para redação do
trabalho.
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................3
2. PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................................4
3. HIPÓTESES..................................................................................................................5
4 JUSTIFICATIVA...........................................................................................................7
5 OBJETIVOS...................................................................................................................8
6 METODOLOGIA...........................................................................................................9
7 CRONOGRAMA.........................................................................................................10
8 ORÇAMENTO.............................................................................................................11
REFERÊNCIAS..............................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO
A obesidade, doença integrante do grupo de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis é
caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo. Sua prevalência
cresceu acentuadamente nas últimas décadas, tendo causa multifatorial e depende da interação
de fatores genéticos, metabólicos, sociais, comportamentais e culturais (WANDERLEY e
FERREIRA, 2007).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é um dos mais graves
problemas de saúde pública do mundo pois pode acarretar outros problemas agravantes para a
saúde tais como alterações metabólicas, dificuldades respiratórias e do aparelho locomotor,
além de se constituir enquanto fator de risco para enfermidades tais como dislipidemias,
doenças cardiovasculares, diabetes melitos tipo II e alguns tipos de câncer.
Desse modo, o aumento da obesidade leva ao aumento da busca por tratamentos
rápidos e eficazes para emagrecer, elevando consequentemente o consumo abusivo de
anorexígenos por oferecer um rápido resultado. No entanto, o uso indiscriminado desses
fármacos além de causar interações medicamentosas pode ocasionar graves riscos à saúde do
paciente (PAIM& KOVALESKI, 2020)
Assim, o uso de inibidores de apetite pode causar sérios danos à saúde oferecendo
riscos para a saúde pública sendo necessário o farmacêutico, um profissional da saúde de fácil
acesso, orientar o paciente sobre o uso correto e seguro desses medicamentos, a fim de que os
benefícios sejam maiores que os riscos oferecendo saúde ao paciente e melhorando as
condições de saúde pública (RADAELLI, 2016).
2 PROBLEMATIZAÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade pode ser definida
como o acúmulo excessivo de gordura no corpo, em quantidade que indique prejuízo à saúde
do indivíduo, podendo dar origem à outras enfermidades como a diabetes mellitus, a
hipertensão arterial e até mesmo doenças mentais como a depressão, a anorexia e a baixa
autoestima.
Sendo assim, a obesidade associada à alguns fatores como os padrões de beleza
impostos pelas mídias sociais, faz com que a população, em especial as mulheres, recorram a
alternativas rápidas e fáceis para a perda de peso, como o uso de medicamentos para
emagrecer (anorexígenos), sem levar em conta os riscos que eles podem causar a saúde
(SILVA.; MELLA, 2008).
Todavia, é importante ressaltar, que é imprescindível o uso destes medicamentos para
alguns diagnósticos, fazendo-se necessário um acompanhamento para que seja conduzido de
maneira correta e sem acarretar grandes malefícios à saúde.
Dessa forma, faz-se necessário os seguintes questionamentos para serem debatidos
neste trabalho:
1- Quais são os medicamentos inibidores do apetite, como eles agem e quais suas
contraindicações?
2- Os medicamentos estão sendo liberados de forma racional?
3- Por que essa prática é agravante para a saúde brasileira?
4- Qual o papel do farmacêutico frente ao uso irracional destes medicamentos?
3 HIPÓTESE
Os anorexígenos (medicamentos inibidores de apetite) mais procurados no mercado
são a sibutramina, o orlisate e recentemente o Saxenda (liraglutida) (SOUZA et al., 2017).
Em vista disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais da metade
de todos os medicamentos é prescrita ou dispensada de forma inadequada, em relação aos
inibidores de apetite, de acordo com o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos
Controlados (SNGPC), a medicina do tráfego aparece como um dos dez maiores prescritores
da sibutramina, revelando que a maior parte dos médicos que prescrevem essas medicações
não são endocrinologistas, os verdadeiros responsáveis por acompanhar pacientes obesos.
Todavia, a utilização dos anorexígenos juntamente com outros tratamentos como a
diabetes, pressão alta, pode levar a interação medicamentosa sendo um agravante para o
indivíduo e para a Saúde pública, podendo haver falha na comunicação entre os profissionais
de saúde, erro de administração, risco de automedicação e o aumento de interações
medicamentosas.
Além disso, o consumo elevado abrange várias questões de saúde, que se conectam
com questões psicológicas, podendo citar depressão, ansiedade, baixa autoestima, sem excluir
as questões genéticas e hormonais que o corpo passa durante esse processo. (ANDRADE,
2019).
Dessa maneira, entende-se que o farmacêutico devido seu entendimento sobre os
medicamentos e sua atuação a fim de reduzir as falhas direcionadas ao consumo desses
medicamentos é o profissional mais acessível para a sociedade, atendendo os quesitos de
atendimento aos pacientes, ou seja, de saúde pública (MENDES, 2018)
É constatado assim, que o papel de atuação do farmacêutico é essencial para que
ocorra dispensação dos medicamentos, processo esse de grande relevância para reduzir os
perigos associados à utilização incorreta e irracional desses fármacos. Além disso, é
imprescindível que as dúvidas existentes acerca do processo indicado sejam sanadas, para que
assim ocorram resultados eficazes e, consequentemente, seguros, ocasionando assim uma
promoção de saúde (RADAELLI, 2016)
4 JUSTIFICATIVA
Os padrões de beleza impostos pelas mídias sociais, tem levado a sociedade a uma
busca por tratamentos rápidos, fáceis e eficazes para o emagrecimento, fazendo com que a
busca por anorexígenos, medicamentos que inibem o apetite, sejam altamente procurados. No
entanto, pelo fácil acesso a alguns desses medicamentos, a população tem se automedicado
levando ao uso abusivo dessas medicações, sendo que, na maioria das vezes apresentam riscos
de uso superiores a eventuais benefícios.
Nesse sentido, a iniciativa do projeto manifestou-se devido à preocupação com os
inúmeros impactos que o uso de anorexígenos pode proporcionar a saúde individual e
coletiva, tendo em vista que, na maioria dos casos, eles não são conhecidos pelo próprio
paciente. Desta forma, destaca-se que a presente pesquisa terá importância tanto para a área
de saúde, quanto para a população em geral, pois busca alertar sobre os impactos causados
pela automedicação desses fármacos, salientado a importância da atenção farmacêutica.
Assim, através dessa pesquisa espera-se contribuir para a ampliação do conhecimento
sobre a atuação dessas substâncias no organismo, seus efeitos bem como suas
contraindicações.
5 OBJETIVOS
Resolução da categoria colegiada- RDC nº 52, de 6 de outubro de 2011. Disponível em: <
http://antigo.anvisa.gov.br/documents/33868/380875/Relat
%C3%B3rio+Integrado+Inibidores+do+Apetite+2011_final.pdf/357d90cc-92f1-4e91-bd4c-
cfe4f9650778?version=1.0> Acesso em 02 out. 2022.
PAIM, M.B. & KOVALESKI, D.F. (2020). Análise das diretrizes brasileiras de obesidade:
patologização do corpo gordo, abordagem focada na perda de peso e gordofobia. Saúde e
Sociedade, 29, e 190227.
SILVA, M.C.; MELLA, E.A.C. Avaliação do uso de anorexígenos por acadêmicas de uma
instituição de ensino superior em Maringá, PR. Arq. Ciência Saúde Unipar, v. 12, n.1, p 43-
50, 2008.