Aula Acemt-Obstetricia 28-08-2023
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Aula Acemt-Obstetricia 28-08-2023
GESTAÇÃO E TRABALHO
“Aspectos práticos em Obstetrícia de importância para Médico do Trabalho”
Guilhermo J Mundim
Mestrado em Patologia Clínica (Obstetrícia)/UFTM
Especialista em Medicina do Trabalho ANAMT/AMB (RQE 34.873)
Especialista em Ginecologia & Obstetrícia FEBRASGO/AMB (RQE 34.874)
Médico Assistente - Pronto Socorro Ginecologia & Obstetrícia-UFTM
Médico Assistente - Ambulatório de Medicina Fetal DGO-UFTM
Preceptor Residência Médica em Ginecologia & Obstetrícia-UFTM
28/08/2023
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Google imagens
Pouco conhecimento anatomia, fisiologia, patologia...
Conhecimento concentrado em mosteiros...
Visão religiosa, empírica e até mística
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Trotula di Ruggiero
(Salerno /1110 – 1160)
Pioneira da Escola de Medicina em Salerno e autora primeiro tratado sobre doenças das mulheres
Referência nas Escolas de Medicina pela Europa por mais de 400 anos
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Bernardino Ramazzinni
(Carpi / 1633-1714)
Tempo Nº Folículos
20 semanas ~ 6 a 7 milhões
Nascimento ~ 1 a 2 milhões
GnRH FSH e LH
FECUNDAÇÃO
TROFOBLASTO
CORPO LÚTEO
ß-HCG
ESTERÓIDES E RELAXINA
MIOMÉTRIO QUIESCENTE
NIDAÇÃO
EMBRIOGÊNESE
Conrad, 2011
o 12 sem 40 sem
CORPO LÚTEO PLACENTA
ATÉ 12 SEMANAS – ESTERÓIDES E RELAXINA PRODUZIDOS PELO CORPO LÚTEO (MANTIDO PELO ß-HCG)
APÓS 12 SEMANAS – ESTERÓIDES E RELAXINA PRODUZIDOS PELA PLACENTA (REGRESSÃO DE CORPO LÚTEO)
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DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
SINAIS E SINTOMAS DE PRESUNÇÃO (sinais possíveis, outras condições podem gerar)
náuseas, vômitos, hipotensão arterial, sonolência, sialorreia, nictúria, aversão odores
SINAIS E SINTOMAS DE PROBABILIDADE (alta chance gestação, outras condições podem gerar)
atraso menstrual, aumento de volume uterino, útero globoso, amolecimento do colo,
aumento de vascularização vulva, vagina e colo
modificações de mama
45% das mulheres em idade reprodutiva tem data de última menstruação incerta e/ou ciclos menstruais irregulares
Mesmo quando a história menstrual é correta, não é possível precisar a data exata de ovulação, fertilização e implantação
Sangramento de nidação pode “simular” sangramento menstrual (25% das mulheres tem sangramento de nidação)
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
TIPOS DE HCG
hCG urinário – pode ser identificado geralmente após atraso menstrual (menor [ ] e interferentes)
FITA “STICKS”
Semanas
Sem
Semanas
DIAGNÓSTICO ULTRASONOGRÁFICO DE GESTAÇÃO MAIS FÁCIL APÓS 7 SEMANAS
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https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/pareceres/MG/2019/168_2019.pdf
SOLICITAÇÃO DE ß-HCG EM ADMISSIONAL DE FUNÇÃO COM EXPOSIÇÃO RISCO FÍSICO - RADIAÇÃO IONIZANTE É OBRIGATÓRIO
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https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/pareceres/MG/2014/5354
SOLICITAÇÃO DE ß-HCG EM ADMISSIONAL DE FUNÇÃO COM EXPOSIÇÃO RISCO FÍSICO - RADIAÇÃO IONIZANTE É OBRIGATÓRIO
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IMPORTÂNCIA TOXICOLÓGICA
Médico do Trabalho SUBSTÂNCIAS QUE ALCANÇAM SANGUE MATERNO RAPIDAMENTE CHEGAM A INTERFACE MATERNO-FETAL Médico do Trabalho
PLACENTA
Google images Netter images www.fcm.unicamp.br/deptos/anatomia/DSCN5627+.JPG
+/- 20 cm de diâmetro com +/- 2,5 cm de espessura e em média com peso de 500g no termo
Órgão é um anexo fetal (juntamente com córion, âmnio, cordão, vesícula vitelínica)
Função: troca gasosas, entrega de nutrientes, eliminação de excretas, proteção mecânica, balanço hídrico, endócrina
Barreira placentária*
Moléculas < 500 Dalton tem livre trânsito pela diferenças de concentração
Moléculas transportadoras presentes em membranas celulares das células da barreira placentária
Mecanismos de transporte desconhecidos- modelos animais limitados, cultura de células placentárias e placenta ex-vivo incipientes
ESPESSURA BARREIRA 1º TRIMESTRE = 30 µm e vasos centro vilosidade ESPESSURA BAREIRA 3º TRIMESTRE = 5 µm e vasos periféricos
IMPLICAÇÃO TOXICOLÓGICA
Barreira é semi-seletiva
Permite trocas mais fáceis no final da gestação
Médico do Trabalho
Mecanismos transporte de “substâncias tóxicas” - possível, mas poucos conhecidos Médico do Trabalho
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TRANSPORTE PLACENTÁRIO
http://anatpat.unicamp.br/DSCN5626+.JPG Difusão Difusão Transporte
Sg materno Pinocitose
Simples Facilitada Ativo
Sg materno *
Sg fetal
Sg fetal
* BARREIRA PLACENTÁRIA AGENTES QUÍMICOS TÓXICOS PODEM USAR ESSES MECANISMOS!!!!!
3-TRANSPORTE ATIVO - AA, fosfato, Fe++, Ca++, Vitaminas (B1, B6, C, A), CH3-CH2-Hg???, CH3-Hg ???, Hg+2 ???, Pb orgânico???
Obstetrícia, Rezende, 5ª edição, GK
Obstetricia, Zugaib, 3ª edição, Monole
4-PINOCITOSE - ácidos graxos, albumina, imunoglobulinas, DNA, RNA, outros metais??? Katayama e Jacob, 1985
Dusza et al, 2023
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IG>12 SEMANAS BCF (BATIMENTO CARDIOFETAL) PODE SER ACESSADO POR VIA ABDOMINAL
FITA MÉTRICA
Desaceleração em Curvas de Altura Uterina em gestação única – suspeita de RCF Restrição de Crescimento Fetal
Uma das causas de CIUR é a influencia de fatores ambientais no desenvolvimento fetal – riscos ocupacionais
Médico do Trabalho Médico do Trabalho
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CÁLCULO DA DATA DO PROVÁVEL PARTO (DPP)
CÁLCULOS DE IDADE GESTACIONAL (IG)
CÁLCULO DPP
DUM 05/05/2023 DPP 12/02/2024 (Gestação completará 40 semanas em 12/02/2023)
+7 +9
REGRA DE NAEGELE (DPP)
+ 7 dias ao 1º dia da D.U.M.
+ 9 meses ao mês da D.U.M.
CÁLCULO IG PELA U.S. (11 a 14 sem) JUNHO 25 DIAS 30 DIAS 7 DIAS IG 4 SEMANAS E 2 DIAS
+ - 28 +
US 05/06/2023 - 12 SEMANAS IG JULHO 5 DIAS 4
2 12 SEMANAS E 0 DIAS
30 DIAS 16 SEMANAS E 2 DIAS
QUANDO HÁ DIFERENÇA MAIOR QUE 7 DIAS ENTRE CORREÇÃO DA IG POR D.U.M. E US – REFERÊNCIA É US
QUANDO DIFERENÇA É MENOR QUE 7 DIAS A REFERÊNCIA PARA IG É A D.U.M. Obstetrícia, Rezende, 5ª edição, GK
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COMPRESSÃO AORTO-CAVA
HOME OFFICE
TRABALHO DE PARTO
Redução da percepção de movimentação fetal pode predizer morte fetal em várias dias
Obstetra recomenda “mobilograma” (normal > 10 movimentos fetais no dia)
MÉDICO DO TRABALHO NÃO PRECISA DIAGNOSTICAR TRABALHO DE PARTO, MAS DEVE SABER INDICAÇÃO DE PRONTO SOCORRO
Médico do Trabalho Frequência cardíaca fetal > 160 - sustentado Médico do Trabalho
Frequência cardíaca fetal < 120 - sustentado
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele
SIGNIFICADO TOXICOLÓGICO HIPERVASCULARIZAÇÃO
Médico do Trabalho SUBSTÂNCIAS EXÓGENAS EM CONTATO COM TECIDOS HIPERVASCULARIZADOS Médico do Trabalho
ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO FACILITADOS
(PELE, MUCOSAS, EPITÉLIO ALVEOLAR, EPITÉLIO INTESTINAL, TECIDO PLACENTÁRIO, MAMAS)
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Treg/TH2
TH1/TH17
R.I. HUMORAL
R.I. CELULAR
Adaptação fisiológica para implantação de “semi-aloenxerto”... o feto! (50% antígenos maternos e 50% paterno)
Quando feto é produto ovo doação... 100% antígenos fetais são estranhos ao sistema imune materno - “aloenxerto total”
Predomínio de resposta imune padrão Treg/Th2 (imunidade humoral - mediado por anticorpos)
Redução de braço resposta imune Th1/Th17 (imunidade celular - mediado por células ativadas)
Não é imunossupressão!!!
IMPLICAÇÕES DA IMUNOMODULAÇÃO
Predisposição a infecções na gestação
Gestação modifica curso de doenças imunológicas
Médico do Trabalho
Limita uso plataformas vacinais na gestação Médico do Trabalho
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Reis, 1993
Reis, 1993
AUMENTO DE VENTILAÇÃO PULMONAR
REDUÇÃO VOLUME RESERVA EXPIRATÓRIO, VOLUME RESIDUAL
(progesterona atua centro respiratório no bulbo)
REDUÇÃO DE CAPACIDADE FUNCIONAL RESIDUAL E CPT
COMPENSAR ELEVAÇÃO DE DIAFRAGMA E AUMENTO PABD
Reis, 1993
Reis, 1993
QUEDA DE PRESSÃO ARTERIAL 2º TRIMESTRE (PAD>>>PAS)
QUEDA RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA
(as custas: placenta + vasodilatação por progesterona)
AUMENTO DE PRESSÃO VENOSA DE MMII ANEMIA RELATIVA (AUMENTO VOL. PLAMÁTICO > VOL. ERITRÓCITOS)
AUMENTO DE DÉBITO CARDIACO
Culturas de hepatócitos humanos podem ter indução de subtipos de citocromos por Estradiol, Progesterona, Cortisol e Lactogênio placentário
TOXICOLOGIA E GESTAÇÃO
(GASES, VAPORES, POEIRAS, FUMOS, FUMAÇAS, NÉVOAS, NEBLINAS, SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS E PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL )
INGESTÃO FEZES
FÍGADO/BILE TGI
AR AMBIENTE
ALVÉOLOS
URINA
RINS
SANGUE
PLACENTA
PELE/MUCOSA
DEPÓSITOS
AÇÃO TÓXICA
RISCOS OCUPACIONAIS
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Guyatt et al 1992
McAlister et al 1999
Pereira e Veiga 2014
Estudo inglês demostrando transmissão acústica do ruído para feto in vivo em modelo animal (ovelha ~ humano)
Avaliado 6 ovelhas com aferição ruído em microfones intra aminiótico(cabeça/corpo fetal), corpo/cabeça ovelha mãe
Ruído é transmitido para feto com atenuações da parede abdominal e cavidade amniótica
Transmissão do ruído no feto é pela via óssea e não pela movimentação de tímpano e cadeia ossicular de orelha média
Estudo finlandês caso-controle com 1.190 gestantes exposição ruído acima 80 DB(A)
Maior incidência de hipertensão gestacional e baixo peso RN
Produção de cortisol e adrenalina aumentada pela reação de stress à exposição ruído
RUÍDO
Há atenuação de ruídos de alta frequência, mas baixa frequência são até amplificados
Analisado gestantes expostas 3 faixas de ruído <75 DB(A), 75-84 DB(A) e ≥85 DB(A)
Recuperação de informação crianças com diagnóstico de disfunção auditiva (DA) entre 2003 a 2008
DA crianças mães expostas a ruídos ≥ 85 DB(A) em trabalho tempo integral e <20 dias afastamento
RUÍDO
Coorte sueco base populacional com avaliação de 1.109.516 gestações de 1994 a 2014 (99% cobertura nascimentos do período)
Estratificação de exposição ruído de gestantes : <70, 71-74, 75-80, 81-85 e >85 DBA
Exposições a ruído 81-85 DBA este associado a síndrome hipertensiva na gestação (RR:1,12 IC 95%: 1,05 a 1,18)
Exposições a ruído >85 DBA esteve associado a diabetes gestacional (RR: 1,57 IC 95%: 1,10 a 2,24)
Eventos mais associado com gestantes primíparas e com trabalho em tempo integral
Variáveis confundidoras controladas (tabagismo, trabalho extenuante, vibração, risco químico, IMC, stress, frio, etc)
Mecanismo não está claro, mas descarga adrenérgica, reposta inflamatória, dano vascular e metabólico envolvidos
UMIDADE
Coorte chinês com avaliação de 205.771 mulheres 2010 a 2018 – avaliação TPPT e associação com temperatura e umidade
Alta umidade e temperatura foram considerados fatores de risco para TPPT, principalmente fase final da gestação
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VIBRAÇÃO
EFEITOS CONHECIDOS: Perda massa óssea, inflamação, degeneração e alterações de vascularização de discos
degeneração de inervação, agravamento de PAIR, distúrbios gastrointestinais, efeitos cardiovascular e reprodutivos
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VIBRAÇÃO
2 artigos com dados de coorte sueco com acompanhamento de 646.490 gestações únicas de 1994 a 2004
Trabalho em tempo integral em gestantes expostas a VCI ≥ 0,5m/s2
Parto Prematuro - ODDS RATIO 1,38 (IC 95%: 1,05 a 1,83) Hipertensão gestacional - ODDS RATIO 1,55 (IC 95%: 1,26 a 1,91)
Pré-eclâmpsia - ODDS RATIO 1,76 (IC 95%: 1,41 a 2,20) DMG - ODDS RATIO 1,62 (IC 95%: 1,07 a 2,46)
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Estudo de revisão efeitos da radiação não ionizante (UV) na gestação também com limitações técnicas
Parece exposição UV predispõe a liberação de oxido nítrico na pele que preveniria hipertensão
Também efeitos positivos no crescimento do feto
RADIAÇÃO IONIZANTE
Risco físico radiação ionizante: óbito embrionário, mal formações, mutagênese, carcinogênese na infância,
RCIU, microcefalia, retardo mental - efeitos dose dependente
TC abdômen= 8 mGy
Raio x abdômen=0,06 mGy
https://www.sogesp.com.br/media/1361/sogesp_137_gravida-e-o-trabalho_digital_v2.pdf
PRESSÕES ANORMAIS
Revisão literatura com demonstração de aumento de chance de pré-eclâmpsia e redução de crescimento fetal
Redução crônica de pO2 relacionada a malformações congênitas e desenvolvimento placentário anormal
Estudo coorte retrospectivo israelense com análise mais de 624.000 RNs de gestações únicas de 2010 a 2014
Extremos de temperatura (frio e calor) associados a RNs com baixo peso, principalmente calor
Calor - danos celulares placentários e vasculares e desidratação com redução de fluxo placentário
Frio – vasoespasmo arterial e venoso com redução de fluxo placentário
Estudo coorte retrospectivo americano com análise ~30 milhões de RNs nascidos gestações únicas de 1989 a 2002
Associação de baixo peso com exposição a temperaturas ambientais mais elevadas (calor)
Frio relacionado a baixo peso em gestações nascidas a termo
Estudo japonês com 104.065 fetos - Japan Environment and Children's Study (JECS)
923 (0,91%) foram abortos espontâneos e 379 (0,37%) natimortos
Associação com exposição ocupacional a tintura de cabelo em cabeleireiras
POEIRAS
Risco químico poeiras (concreto, pedra, gesso) : associado TPPT, baixo peso ao nascimento
42/66 Coorte de mais de 900.000 nascimento entre 1994 e 2012
61/91
GASES ANESTÉSICOS
Estudo antigo com ratas gestantes expostas cronicamente a halotano com aumento de
incidência de óbito, retardo de crescimento e malformações
Estudo com pesquisa de gestações de 5700 médicas (expostas a gases e especialidade sem exposição)
Maior incidência de malformação, alterações de crescimento de prole
Abortos sem aparente diferença
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Metanálise francesa de estudos epidemiológicos sobre abortamento e exposição gases anestésicos 1984 a 1992
Avaliados 24 estudos em língua inglesa e francesa
Demonstrado relação de abortamento e exposição gases anestésicos
Média de Risco Relativo foi de 1,48 (IC 95%: 1,4 a 1,58) para abortamento
Risco químico gases anestésicos: maior risco malformações exposição em ambientes fechados e sem renovação ar
Risco de abortamento não aumenta quando há dispositivos de renovação de ar ambiente, EXCETO exposição halotano
Estudo francês prospectivo com avaliação de mais 3000 gestações com exposição ocupacional a solventes
Funções com exposição: cabeleireiras, auxiliares de enfermagem, enfermeiras , químicas e biólogas
Demonstração aumento malformações - fissuras orais, malformações urinárias e malformações genitais masculinas
Coorte francês com avaliação de mais de 13.026 gestações e exposição a solventes orgânicos
Analisado Peso fetal, CIUR e PC e relação com solventes
RNs PIG com exposição a solventes de petróleo ODDS RATIO 1,26 (IC 95% : 1,01 a 1,57)
Em exposições até o 3º trimestre: 1-PIG e menor PC - solventes oxigenados
2-Peso ao nascer menor - solventes de petróleo
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FUMOS METÁLICOS
Coorte canadense publicado em 2022 com avaliação de158 gestante soldadoras com 234 gestações
Acompanhamento realizado por pelo menos 5 anos
Avaliação de alumínio, cromo, manganês, níquel ou partículas totais
Analise multivariada junto com variáveis confundidoras (esforço físico, vibração, posição ortostática, ruído)
Não foi encontrado relação fumos metálicos e adversidade na gestação
Resultados adversos encontrados relacionados condições ergonômicas inadequadas / Limitações pelo “n” pequeno???
Estudo caso controle holandês avaliação “exposição ocupacional x defeitos congênitos cardíacos” – 1.174 casos
Associação exposição a poeiras e vapores metálicos (fumos) e defeitos septais ODDS RATIO ajustado 3,23 (IC95% :1,14 a 9,11)
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SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS - PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL
Estudo transversal com 392 mulheres menopausadas para avaliação exposição glifosato e metilação DNA
Glifosato urinário e metabólito AMPA (ácido aminometilfosfônico) urinário associado maior índice metilação DNA
Maior risco de doenças, em especial os cânceres
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METAIS
Passagem leite materno: Al, Cd, Cu, Zn, As, Mn, Cr, Pb, Hg, Ni e compostos orgânicos (pesticidas)
A depender da atividade laboral da lactante
Mecanismos de transporte ainda não estão claros... (Como já citado previamente)
Exposição a metais mais comum por via placentária do que pelo leite
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NANOMATERIAIS
Fetotoxicidade teórica de nanomateriais: apoptose, autofagia, stress oxidativo, inflamação, dano em moléculas DNA
68/91
NANOMATERIAIS
Exposição nanopoliestireno via respiratória passagem transplacentária para feto modelo animal (rato - Sprague Dawley)
Quebra de barreira alveolar e placentária
Associação com baixo peso fetal, redução de massa placentária e aumento de reabsorção fetal
NANOMATERIAIS
Coorte americano (Nurses' Health Study II) 7.482 gestações elegíveis receberam questionário exposição ocupacional
Foram 6.707 nascimentos e 775 abortamentos
Exposição a drogas anti-neoplásicas, esterelizantes e radiação ionizante - aumentaram risco de abortamento
ODDS RATIO ~2
Riscos infecções TORCHS, hepatite B/C, parvovírus B19, HIV, varicela, coxsackie B, estafilococos aureus, enterococos
Relação com defeitos congênitos, abortamentos, retardo mental, antecipação de parto, óbito fetal
Medidas precaução, isolamento, vacinas, lavagem mãos, medidas de engenharia e EPIs reduzem chance de infecção
Revisão sobre infeções virais (hepatite B/C, HIV, Parvovírus B19, TORCH, Influenza, enterovírus) na gestação
Evidências de infecções virais em profissionais de saúde menor por medidas de precaução utilizadas
Vacinação, controle de infecção, medidas de precaução e redistribuição de posto impactam redução risco
Metanálise com revisão de 42 estudos perfazendo 438.548 gestantes com COVID-19 avaliadas
COVID-19 na gestação relaciona com TPPT, Óbito neonatal, pré-eclâmpsia, baixo peso ao nascer, admissão UTI
Quanto mais grave formas COVID-19, maiores as complicações
Estudo revisão com sugestão de que exposição micotoxinas de fungos como Aspergillus sp e Fusarium sp (limitações “n” pequeno)
Causam complicações na gestação - hipertensão e defeitos tubo neural (Fusarium); icterícia neonatal e CIUR (Aspergillus)
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Coorte Irlandês com 1.124 gestantes recrutadas em consulta inicial entre 14 e 16 semanas
Avaliado trabalho 40h/semana ou mais, trabalho em turnos, trabalho temporário, demanda física
Exposição a pelo menos 2 desses fatores leva aumento risco
Parto prematuro Peso <3000g Peso <2500g
ODDS RATIO= 5,18 (IC 95% 1-27) ODDS RATIO= 2,44 (IC 95% 1,17-5,08) ODDS RATIO= 4,65 (IC 95% 1,08-20,07)
Estudo Dinarmaquês com 910 gestantes com relação entre fatores de risco psicossocial e incidência de afastamentos
Avaliação realizada com aplicação de questionários padronizados nas IG 12 sem e 27 sem
Maior afastamentos por depressão, burnout, stress e auto avaliação ruim
Revisão sistemática e metanálise de 35 estudos de 1991 a 2009 com 31.323 mulheres avaliadas
Associação stress psicossocial e desfecho perinatal adversos estatisticamente significativos, mas valores pequenos
Estresse psicossocial explica quantidade insignificante ou muito pequena da variabilidade nos resultados perinatais
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OUTRAS SITUAÇÕES CAUSADORAS STRESS PSÍQUICO
Braço do coorte prospectivo coreano multicêntrico - Mothers and Children's Environmental Health
Selecionadas 332 gestações únicas em atividade laboral durante todo período gestacional
Aplicação questionários demanda-controle(Karasek), JCQ(Job Content Questionnaire) e ERI(Effort-Reward Imbalance)
Stress ocupacional relacionado a menor IG no parto e menor peso ao nascimento
Estudo prospectivo romeno de 2019 a 2021 – 215 gestantes acompanhadas – maior chance de depressão e ansiedade
Gestação e puerpério é momento com maior vunerabilidade para transtornos mentais comuns (ansiedade e depressão)
MONOTONIA E REPETITIVIDADE
2.847 mulheres ocupadas, 26,6% (757) caíram na gravidez e 6,3% (179) caíram no trabalho.
Piso escorregadio, correr ou carregar algum objeto ocorreu em 66,3% das quedas no trabalho
Revisão sistemática e Metanálise de 19 estudos (6 países) – mais de 3 milhões e 200 mil mulheres avaliadas
Gestantes envolvidas em acidentes automobilísticos tem maior chance de óbito
Além disso tem maior chance de complicações, em especial descolamento de placenta
80% CASOS
20% CASOS
Zona de descolamento
EVOLUI COM DOR ABDOMINAL, CONTRAÇÃO MANTIDA (útero “pétreo”), SANGRAMENTO TRANSVAGINAL E SEM DESACELERAÇÕES DE FREQUÊNCIA CARDÍACA FETAL
https://portal.cfm.org.br/images/stories/pdf/cartilha_medicina_aeroespacialfinal2.pdf
86/91
NR 7 NR 31
NR 32
NR 15
88/91
“Gestação é momento único na vida da mulher e como tal deve ser tratado...
UBERABA-MG
http://www.uftm.edu.br/institucional/conheca-a-uftm
90/91
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(34) 99172-2466
EXTRA
91/91
LICENÇA MANTERNIDADE – JUS A 120 DIAS DE AFASTAMENTO A PARTIR DE 28 DIAS ANTES DO PARTO
CLT - ARTIGO 392
LICENÇA MANTERNIDADE EMPRESA CIDADÃ – JUS A 180 DIAS DE AFASTAMENTO A PARTIR DE 28 DIAS ANTES DO PARTO
Lei 11.770/2008