Unidade 1 Gestão
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Unidade 1 Gestão
VOCÊ SABIA?
Que até o final do século XIX, a sociedade era completamente diferente dos dias atuais.
As organizações eram poucas e pequenas, predominando as pequenas oficinas, artesãos
independentes, pequenas escolas, profissionais autônomos.
A Administração passou por transformação durante o período do Renascimento, após a queda do Império
Romano (476 A.C.). A cidade de Veneza era emergente e contava com uma grande frota mercante e
estaleiro, conhecido como “Arsenal de Veneza” que era a maior instalação fabril da época.
Um dos objetivos da Administração é a redução de custos e aumentar a eficiência, assim, os venezianos
desenvolveram as seguintes técnicas administrativas:
Sócrates
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Sócrates (470 AC - 399 AC), filósofo grego, define Administração como uma habilidade
pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência.
Platão
Platão (429 AC – 347 AC), discípulo de Sócrates, em sua obra “A República”, expõe a
forma democrática de governo e de administração dos negócios públicos.
Aristóteles
Aristóteles (384 AC – 322 AC), discípulo de Platão, em seu livro “Política”, no capítulo
da organização do Estado, define as três formas de Administração Pública que são:
patrimonialista, burocrática e gerencial.
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O autor ainda destaca alguns filósofos europeus que ganharam destaque no mundo das ciências
administrativas:
Francis Bacon (1561 – 1626), filósofo e estadista inglês, criador da Lógica Moderna, mostra a
preocupação prática de se separar o que é essencial do que é acidental ou acessório. Ele antecipou-se ao
princípio conhecido em Administração como da prevalência do principal sobre o acessório;
René Descartes (1596 – 1650), filósofo, matemático e físico francês, considerado o criador da Filosofia
Moderna e das coordenadas cartesianas, em seu livro “O Discurso do Método” expõe o método
cartesiano de análise, cujos princípios são:
VOCÊ O CONHECE?
Marx e Engels foram os criadores do socialismo científico e do materialismo histórico.
Publicaram, em 1848, o “Manifesto Comunista”, em que analisaram os diversos regimes
econômicos e sociais e a sociedade capitalista, concluindo que a luta de classes era o motor
da história. Em 1867, Marx publicou “O Capital” e mais adiante suas teorias de mais-valia
com base na teoria do valor-trabalho.
A partir de 1870 surgem as grandes empresas americanas, transformando-se em verdadeiros impérios que
necessitaram modificar seu modelo de gestão, deixando de ser gerenciadas por familiares e fazendo
surgir, neste período, a figura do administrador profissional. Em 1880, as empresas Westinghouse e
General Eletric já mantinham o domínio do ramo de bens duráveis e criaram organizações próprias de
venda, dando início ao que chamamos hoje de Marketing.
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A teoria científica faz parte da escola clássica da Administração, possui ênfase nas tarefas, preconizando
a racionalização do trabalho no nível operacional, por meio do estudo dos tempos e movimentos. Essa
organização racional do trabalho se fundamenta nas seguintes análises do trabalho operário:
• estudo dos tempos e movimentos;
• fragmentação das tarefas;
• especialização do trabalhador.
O objetivo era eliminar o desperdício, a ociosidade operária e a redução dos custos de produção.
Percebe-se que, nesta fase, a única forma de se obter a colaboração do operário era através de incentivos
salariais e prêmios de produção. O salário era a única fonte de motivação
A análise dos processos empíricos realizados permitiu que Taylor substituísse os métodos antigos por
métodos científicos. Este movimento foi conceituado como Organização Racional do Trabalho (ORT).
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Tabela 1 - Elementos da ORT (Organização Racional do Trabalho)
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
A tabela anterior demonstra os elementos da organização racional do trabalho, que de acordo Taylor,
permitia assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e o máximo de prosperidade ao empregado.
Veja, na tabela a seguir, vemos os Princípios de Taylor, o quais permitiram a racionalização, a
padronização e a prescrição das normas de conduta para as organizações:
Por fim, entre as críticas ao Taylorismo estão: mecanicismo; visão atomizada do homem;
superespecialização; empiricismo; abordagem parcial da organização; abordagem prescritiva; empresa
:
superespecialização; empiricismo; abordagem parcial da organização; abordagem prescritiva; empresa
como sistema fechado.
Técnica
A função técnica nem sempre é a mais importante de todas. Mesmo nas empresas industriais,
há circunstâncias em que qualquer uma das outras funções pode ter uma influência muito
maior no desenvolvimento da empresa do que a função técnica.
Comercial
Financeira
Segurança
Sua missão é proteger os bens e as pessoas contra roubo, incêndio e inundação, além de
evitar as greves, os atentados e, em geral, todos os obstáculos de ordem que possam
comprometer o progresso e mesmo a vida da empresa.
Contabilidade
Constitui o órgão de visão das empresas. Deve revelar, a qualquer momento, a posição e o
rumo do negócio. Deve dar informações exatas, claras e precisas sobre a situação econômica
da empresa.
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da empresa.
Administração
Nenhuma das cinco funções precedentes tem o encargo de formular o programa geral de
ação da empresa, de constituir o seu corpo social, de coordenar os esforços, de harmonizar os
atos. Essas operações constituem outra função, designada habitualmente sob o nome de
administração, cujas atribuições e esfera de ação são muito mal definidas.
Em paralelo aos estudos de Taylor, na Europa, Henri Fayol, defendia princípios semelhantes, baseado em
sua experiência na alta administração. As cinco funções precípuas da gerência administrativa como:
planejar, comandar, organizar, controlar e coordenar, o já conhecido e exaustivamente estudado nas
escolas de Administração– são os fundamentos da Teoria Clássica defendida por Fayol.
Para Fayol, o ato de administrar baseava-se em: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. É
importante ressaltar que não podemos confundir Funções Administrativas com Direção da empresa, ou
seja, as funções são as atividades do administrador: Planejar, organizar, dirigir e controlar. A direção da
empresa é a terceira função administrativa que está diretamente relacionada com a maneira como os
objetivos devem ser alcançados, depois de estabelecidos os objetivos organizacionais. É esta função
responsável em conduzir e coordenar a execução das atividades planejadas.
Segundo Fayol, essas são as funções Universais da Administração, como vemos a seguir.
Hierarquia de autoridade
Hierarquia informa que cada cargo que
possui um peso inferior na organização não
deve ficar sem supervisão. A hierarquia de
autoridade também define as chefias e os
cargos das autoridades.
Especialização da administração
O membro do corpo de administração nem
sempre é proprietário da organização, mas,
sim, um colaborador especializado na função
de administrador da organização.
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Completa previsibilidade do
funcionamento
Consequência do uso da teoria de Max
Weber foi à antecipação das tarefas e a
previsibilidade das atividades estabelecidas
em normas e regulamentos.
As origens da burocracia estão ligadas à antiguidade histórica, no entanto, a burocracia (como forma de
organização), o capitalismo e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que surgiram a
partir das mudanças religiosas. Max Weber não considerou a burocracia como um sistema social, mas
como um tipo poder, tendo, para tanto, estudado os tipos de sociedade e os tipos de autoridade.
CASO
Imagine que para ler uma reportagem fosse necessário algum tipo de licença prévia. Que
para ter acesso a um suposto documento, o cidadão precisasse ir a uma organização pública,
enfrentar uma fila, registrar o pedido, receber um boleto para o pagamento de uma taxa
administrativa, apresentar o recibo em outro local e, então, esperar sete dias úteis. Só então,
se tudo correr bem, terá a autorização de leitura liberada. Essa situação ilustra de maneira
clara o que passam milhares de brasileiros ao solicitarem algum documento, serviço ou
benefício social e faz com que 80% da população considere o Brasil um país muito
burocrático BLAZINA, 2014).
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Para Max Weber (CHIAVENATO, 2003), existem 3 tipos de sociedades, veja na figura a seguir:
Na figura anterior destacam-se as disfunções da burocracia que foram notadas a partir das
imprevisibilidades notadas nesta teoria, que conduziram às ineficiências e às imperfeições. Max Weber
(CHIAVENATO, 2003) criou o modelo ideal da burocracia, porém, o apego excessivo às normas criou
um distanciamento entre o comportamento burocrático ideal e os fins organizacionais, gerando
ineficiência. A Teoria da Burocracia tem alguns aspectos críticos que são apontados de forma positiva e
negativa, conforme a tabela a seguir:
Embora a teoria de Max Weber não seja utilizada conforme ele criou, é uma das teorias mais utilizadas
:
na gestão administrativa.
Princípio de Intensificação
Princípio de Economia
Ford foi o divulgador das ideias da Administração Científica e precursor da produção em massa com a
adoção da linha de montagem. A produção em massa se baseia na simplicidade por meio de três
aspectos, segundo Chiavenato (2013):
• o fluxo do produto no processo produtivo é planejado, ordenado e contínuo;
• o trabalho é entregue ao operário em vez de este ter de ir buscá-lo;
• as operações são analisadas em seus elementos constituinte.
VOCÊ SABIA?
No começo de 1914, a Ford, pioneiramente adotou a linha de montagem móvel
mecanizada para a montagem dos chassis, que passou a consumir 1 hora e 33 minutos
de trabalho em contraste com 12 horas e 28 minutos na montagem artesanal. Em 1908,
quando teve sua primeira unidade vendida, o Ford T custava US$ 825,00. Em 1925 o
preço era de US$ 260,00.
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O Fordismo foi, aos poucos, sendo substituído devido à produção em massa e porque os processos eram
engessados, assim, a partir de 1970, era preciso que houvesse mais flexibilidade nos processos, nas
relações de trabalho e consumo, além da implantação do just in time.
O "just in time", determinava que as empresas deveriam produzir de forma rápida, eficiente, enxuta e
somente para atender demandas, sem a manutenção de grandes estoques.
A organização pioneira com maior sucesso na implantação deste novo conceito foi a montadora
TOYOTA, criando assim o chamado “Toyotismo”.
Ordway Tead
As pessoas são o foco de suas obras, em que se discute sobre
como influenciar seus comportamentos, como elas se
comportam no trabalho, como motivá-las para alcançar os
resultados esperados etc. Este autor defendia a compreensão do
comportamento do homem no trabalho através do conhecimento
da natureza humana.
Chester Barnard
Utiliza o enfoque da colaboração entre as pessoas, além de
perceber as limitações humanas, ou seja, para ele, ninguém sabe
tudo. A colaboração ajuda as pessoas a constituírem grupos
sociais informais dentro da organização. Enfim, a organização é
um sistema cooperativo, onde as pessoas se ajudam para
alcançar objetivos comuns.
Estes autores, embora não tenham formado uma conexão forte como uma Escola de Administração, são
colocados em uma zona de transição e tratados como precursores da Teoria das Relações Humanas, que
será nosso próximo assunto.
Douglas M. Mcgregor
Elaborou dois estilos administrativos, opostos e antagônicos que chamou de Teoria X (mecanicista e
pragmática) e Teoria Y (baseada na concepção mais moderna da visão comportamentalista).
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Figura 9 - Teoria X e Y de McGregor
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Concluímos ao final desta unidade que a motivação, a liderança e a comunicação estão ligadas
diretamente, haja vista que o líder precisa se comunicar com seus subordinados e motivá-los e suas
atitudes influenciam positivamente ou negativamente o comportamento dos colaboradores.
Síntese
Concluímos a primeira unidade relativa às origens históricas do pensamento administrativo.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer como a surgiu a Administração e como ela
evoluiu da teoria da administração científica;
• conhecer a teoria clássica, teoria da burocracia e teoria das
relações humanas;
• reconhecer os conceitos de homem economicus e homem
social;
• entender o homem como ser social e os impactos de seus
comportamentos nas organizações.
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Bibliografia
AVILA, F. B. Pequena enciclopédia de doutrina social da Igreja. São Paulo: Loyola, 1993.
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da administração: abordagens descritivas e explicativas. São Paulo:
Makron Books, 1998. v. 2.
______________. Introdução à Teoria Geral da Administração: uma visão abrangente da moderna
administração das organizações. Revisada e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
______________. Princípios da administração: o essencial em teoria geral da , administração. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2006.
______________. Teoria Geral da administração. São Paulo: Manole, 2014.
DUTRA, J. S.; DUTRA, T. A.; DUTRA, G. A. Gestão de Pessoas: realidade atual e desafios futuros. São
Paulo: Atlas, 2017. Disponível em: (https://Ânimabrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-
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MARQUEZ, J. R. Conheça a teoria de Herzberg. Disponível em:
(https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/teorias-da-motivacao-
2/)https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/teorias-da-motivacao-2/
(https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/teorias-da-motivacao-2/). Acesso em
07.08.2019.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2000.
______________. A. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2018.
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