Direito Constitucional
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Direito Constitucional
META 01
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DIREITO CONSTITUCIONAL – META 01
SUMÁRIO
1. CONSTITUCIONALISMO ...................................................................................................................................5
1.1. Supremacia da Constituição: Constitucionalismo e Neoconstitucionalismo.........................5
2. CONSTITUIÇÃO................................................................................................................................................. 12
2.1. Conceito ........................................................................................................................................................ 12
2.2. Concepções do Conceito de Constituição ........................................................................................ 13
2.3. Objeto da Constituição ........................................................................................................................... 21
2.4. Classificação das Constituições ........................................................................................................... 21
2.5. Elementos da Constituição .................................................................................................................... 25
2.6. Histórico Das Constituições Brasileiras ........................................................................................... 26
2.7. Interpretação das normas Constitucionais ...................................................................................... 36
2.8. Teoria dos Poderes Implícitos .............................................................................................................. 48
2.9. Estrutura Da Constituição...................................................................................................................... 49
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................... 50
GABARITO DAS QUESTÕES ............................................................................................................................ 57
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TEMA DO DIA
DIREITO CONSITUCIONAL
Constitucionalismo. Constituição.
1. CONSTITUCIONALISMO
1.1.1 Constitucionalismo
noção de que todo Estado deve possuir uma Constituição. A ideia é GARANTIR DIREITOS para
poder.
FASES DO CONSTITUCIONALISMO
a) ANTIGO
É o da Antiguidade Clássica, com a ideia de garantir direitos para limitar o poder, evitar o
arbítrio.
legitimidade dos profetas para fiscalizar os atos governamentais que extrapolassem os limites
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NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. 15. ed. Salvador: Juspodivm, 2020. p. 47.
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bíblicos.
abstenção do Estado.
Separação de Poderes.
CF rígida e supremacia da CF
Constituição NÃO era norma vinculante, embora esse entendimento já começasse a ser
limitando-se a ser a “boca da lei” (Supremacia judicial: ao Judiciário cabe fazer a interpretação
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Constituinte. Constituição.
público).
Crise do liberalismo diante das demandas sociais que abalaram o século XIX. O
de competições.
IGUALDADE, mas não meramente formal e sim a IGUALDADE MATERIAL (direitos sociais,
fundamentais.
Caracteriza-se pelas Constituições garantistas, que tem como pilar a defesa dos direitos
fundamentais.
1.1.2. Neoconstitucionalismo
A doutrina passa a desenvolver, a partir do pós-2ª Guerra Mundial, uma nova perspectiva
realidade, não mais apenas atrelar o constitucionalismo à ideia de limitação do poder político,
CARACTERÍSTICAS DO NEOCONSTITUCIONALISMO:
PÓS-POSITIVISMO: O positivismo tinha permitido barbáries com base na lei. Veio, então, o
pós-positivismo (o direito deve ter um conteúdo moral, vai além da legalidade estrita. Não
basta apenas respeitar a lei, tem que observar os princípios da moralidade e da finalidade
pública).
Segundo a interpretação conforme a CF, passa a lei no filtro da CF para extrair seu
sentido constitucional. Para Luiz Roberto Barroso, toda interpretação jurídica é uma
interpretação constitucional.
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Federal. É o ativismo judicial, postura mais ativa do Judiciário na implementação dos direitos.
a teoria procedimentalista, que tem como expoente o alemão Jürgen Habermas, a Constituição
deve se limitar à regulação formal do processo democrático, sem estabelecer de antemão quais as
metas ou valores substantivos a serem perseguidos por aquela sociedade. Para esta concepção, uma
problemas e encontrar soluções, por meio de processos comunicacionais. De fato, para a “teoria do
agir comunicativo” de Habermas, o direito deve ser construído a partir desta interação
intersubjetiva entre os cidadãos na esfera pública, de modo que a legitimidade das normas
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repousaria no “princípio do discurso”, isto é, na possibilidade de que todos seus destinatários com
elas consintam.
Discordando desta visão, a teoria substancialista defende que a Constituição deve consagrar
metas e valores a serem perseguidos por aquela sociedade, traduzindo-se em uma Constituição
dirigente, na expressão de Canotilho. Tal vertente critica, ainda, a concepção liberal do Estado de
Direito pregada pelo constitucionalismo clássico, que defendia que a Constituição deveria se
restringir à previsão de normas limitadoras do poder político. Tais normas correspondem aos
chamados “direitos fundamentais de primeira geração ou dimensão”, tais como os direitos civis e
políticos, que tinham como fundamento impor ao Estado um dever negativo, de abstenção e não
O mencionado viés liberal guarda estreita relação com a filosofia juspositivista, que
encontrou seu auge nos pensamentos de Hans Kelsen e a sua obra “Teoria Pura do Direito”. Para
ele, a ciência do Direito deve ser pura, isto é, abdicar de reflexões metajurídicas, tais como as
relativas à ética, à moral e à justiça, de modo que o objeto de estudo deve se limitar às normas
estatais. A análise da validade de uma norma não passaria, portanto, pela aferição de sua justiça ou
aderência social, mas pela constatação da legitimidade de seu processo criador e da sua
e, acima delas, uma norma fundamental hipotética, pressuposta. Seria um sistema fechado de
jurídico, o juiz deveria se limitar a realizar um procedimento de formal de subsunção do fato à norma,
pretensa neutralidade do discurso jurídico e seu divórcio de reflexões éticas criaram ambiente fértil
necessidade de trazer as discussões sobre ética, moral e justiça para o interior da ciência jurídica.
Constituição, longe de apenas limitar o poder político, deve ter como foco a concretização de direitos
fundamentais (efeito expansivo dos direitos fundamentais). Não basta prevê-los, como meras
aspirações. Deve-se ultrapassar a retórica, pois a Constituição tem força normativa e deve ser
implementada. Portanto, para esta concepção, as normas se dividem entre regras e princípios,
As regras são, então, as normas com conteúdo menos abstrato, que já estabelecem, de
antemão, soluções pré-definidas para cada situação. Sua aplicação se dá, portanto, pelo juízo de
“tudo ou nada” (expressão de Ronald Dworkin): em um caso concreto, ou serão satisfeitas ou não
serão. Por isso, Robert Alexy as reputa “mandados de definição”. Sua aplicação se dá por
subsunção.
Os princípios, por outro lado, são os vetores axiológicos que fundamentam o ordenamento
jurídico, tendo, por isso, caráter nomogenético. Têm certa abstração e alta carga axiológica, não
precisando estar positivados para terem força normativa, vinculativa. É por meio deles que a ética e
de conflito entre eles, cada um deverá ser satisfeito no maior grau possível, pela técnica da
Superando a antiga visão do discurso jurídico como uma racionalidade neutra, objetiva,
imparcial, asséptica, visão esta que apenas se prestação à conformação ao “status quo” e à
manutenção das desigualdades, cabe ao juiz promover uma interpretação prospectiva da norma,
que olhe para o futuro, e dela extrair seu potencial transformador. Uma interpretação, portanto, que
concretize os valores consagrados pelo texto constitucional, para que não sejam “promessas
de seus vetores axiológicos e exercerá papel ativo na construção de uma sociedade tal qual
prometida pelo Texto Maior: fraterna, justa, igualitária. Enfim, uma sociedade que realize a finalidade
consecução de políticas públicas, já que os membros do Poder Judiciário não são eleitos
Para ser legítimo, o ativismo judicial deve ser excepcional (observar a separação de
legitimidade do ativismo judicial, é possível que o advogado público erija tese em sentido contrário,
3) ser casuística; ou
Consignadas tais limitações, vê-se, portanto, que o ativismo judicial não pode descambar
a democracia.
Segundo Daniel Sarmento, “no Brasil, uma crítica que tem sido feita à recepção do
neoconstitucionalismo – eu mesmo a fiz em vários textos, bem como outros autores, como
Humberto Ávila e Marcelo Neves – é a de que ele tem dado ensejo ao excessivo arbítrio judicial,
expressões).
2. CONSTITUIÇÃO
2.1. Conceito
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como “a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes: à estruturação
Alexandre de. Direito Constitucional. 8ª Ed. Editora Atlas, 2000, p. 34) e (HOLTHER. Leo Van.
DICA: para não esquecer o conceito, lembrem-se dos objetivos das constituições, começando pela
participação dos cidadãos nos actos do poder legislativo através dos parlamentos);
(c) a constituição deve ser escrita (documento escrito). (CANOTILHO. José Joaquim
páginas 62 e 63).
Não há conceito único que defina o que é a Constituição. Por isso, cada doutrinador toma por
representasse o efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder, do contrário
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seria uma simples “folha de papel”. Portanto, a Constituição, segundo Lassale, seria a somatória
dispositivos que estão inseridos no texto constitucional e que não contém matéria de decisão
política fundamental. Faz a distinção entre Constituição (decisão política fundamental) e lei
Constituição:
as outras leis.
de um FATO CULTURAL, produzido pela sociedade e que sobre ela pode influir.
Para os seus defensores, basta recorrer ao Direito Constitucional posto pela ação do homem
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religiosos.
relações de poder. A cada passo da evolução socialista, existiria uma nova constituição para
OBSERVAÇÃO:
constituição não seria apenas certo número de preceitos cristalizados em artigos e parágrafos,
e sim uma unidade estrutural, um conjunto orgânico e sistemático de caráter normativo sob
OBSERVAÇÃO:
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e sociais. Típica da sociedade plural e complexa em que vivemos, ela é fruto de conflitos
OBSERVAÇÃO:
compromissórias.
h) Constituição Suave: É aquela que não contém exageros. Ao exprimir o pluralismo social,
OBSERVAÇÃO:
órgãos revisores, que, por si próprios, ficam encarregados de estabelecer as regras para a
j) Constituição Plástica (Raul Machado Horta): É aquela que apresenta uma mobilidade,
projetando a sua forçam normativa na realidade social, política, econômica e cultural do Estado.
adequação de suas normas às situações concretas do cotidiano. Tanto as cartas rígidas como as
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flexíveis podem ser plásticas. O que caracteriza a plasticidade é a adaptação das normas
- As constituições plásticas pretendem fazer coincidir o “dever ser” de seus preceitos com a
OBSERVAÇÃO:
também plástica.
jurídica de uma dada comunidade, num período histórico determinado. É uma espécie de
l) Constituição Oral: É aquela em que o chefe supremo de um povo proclama, de viva voz, o
conjunto de normas que deverão reger a vida em sociedade. Exemplifica-a a Carta da Islândia
do século IX, quando os vikings instituíram, solene e oralmente, o primeiro parlamento livre da
Europa.
m) Constituição Instrumental: É aquela em que suas normas equivalem a leis processuais. Seu
OBSERVAÇÃO:
constituição.
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legitimar o poder soberano, segundo certa ideia de direito, prevalecente no seio da sociedade.
O texto constitucional, enquanto estatuto do poder, seria o pressuposto lógico do próprio Estado
a) Constituição Dirigente (J. J. Gomes Canotilho): Constituição que pretende dirigir a ação
sentido de estabelecer uma direção política permanente. Significa que o texto constitucional
seria uma lei material, para preordenar programas a serem realizados, objetivos e princípios de
normativo de todo o Estado e de toda a sociedade, que estabelece programas, definindo fins
de ação futura.
OBSERVAÇÃO:
dirigentes.
historicidade que as subjaz, programas de ação que as identificam com ordenamentos político-
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semelhança com a tese da constituição dirigente, pois propõe o estabelecimento de metas para
elevadas formalmente ao patamar constitucional, não o são materialmente, pois que limitadas
do tempo em que foram elaboradas. Em geral, as subconstituições não servem para o futuro,
pois já nascem divorciadas do sentido de estabilidade e perpetuidade que deve encampar o ato
de feitura dos documentos supremos que pretendem ser duradouros. Revelam uma espécie de
poder geral em branco, responsável pela adaptação dos problemas concretos ao “dever ser” das
constitucionais.
magna é um instrumento funcional que serve para reduzir a complexidade do sistema político.
da relação de hierarquia das normas constitucionais. Conforme Luhmann, urge banir a mera
visão negativa da análise dos problemas constitucionais. Não basta perquirir o vínculo de
que se busque a lógica do sistema político. As constituições não servem, somente, para emitir
como documento de uma sociedade pluralista e aberta, como obra de vários partícipes, como
uma ordem jurídica fundamental do Estado e da sociedade. Para essa corrente, as constituições
não são atos voluntarísticos do poder constituinte, porque dizem respeito à evolução social da
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constituição não é um meio de resolver problemas, e sim um simples instrumento pelo qual
podemos eliminar conflitos. Isso porque as constituições consagram processos de decisão que
não podem ser impostos, pois servem de parâmetro de resolução de casos concretos perante
jurídicos, com vistas à racionalização e garantia do status quo, consistindo num pecanismo
h) Constituição.com (crowdsourcing): É aquela cujo projeto conta com a opinião maciça dos
usuários da internet, que, por meio de sites de relacionamento, externam seus pensamentos a
OBSERVAÇÃO:
efetiva.
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DIREITO CONSTITUCIONAL – META 01
acordo com o conceito adotado. O conteúdo pode ser limitado a apresentar somente as normas
versam sobre outros assuntos, além daqueles que presentes na essência da Constituição2.
unilateral;
Cesarista ou plebiscitárias: É Constituição imposta, mas que se pretende legitimar por meio
2
NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. 15. ed. Salvador: Juspodivm, 2020. p. 94.
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Semirrígida: É a Constituição que exige que apenas uma parte do seu texto seja alterado
dificultoso e solene do que o processo de formação das leis, possuindo pontos imutáveis;
Formais: Constituição é tudo aquilo que está inserido no texto elaborado pelo Poder
solene do que o processo de formação das demais leis que compõem o ordenamento
jurídico. Dessa forma, como não importa o conteúdo da norma, será constitucional tudo
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que constar do texto da Constituição, mesmo que não se trate de assunto relevante para o
Estado e a sociedade;
que será toda aquela que defina e trate das regras estruturais da sociedade e de seus
fora da Constituição.
Toda constituição escrita é formal? NÃO, porque a constituição formal vai muito além de
Logo, é possível uma constituição escrita (textos constitucionais) que não seja formal (não goza de
Normativas (máxima eficácia, regulando todos os aspectos da vida social): São aquelas em
que o poder estatal está de tal forma disciplinado que as relações políticas e os agentes
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Nominalistas: Visa limitar a atuação dos detentores do poder econômico, político e social,
mas essa limitação NÃO se efetiva. Não corresponde à realidade, já que, apesar de
pretender regular o processo político, NÃO consegue fazê-lo. Não conseguem ser
serve de manutenção do poder pela classe dominante, mas NÃO objetiva alterar coisa
alguma. Não tem por fim regular a vida política do Estado, busca somente formalizar e
constituições programáticas (ou dirigentes), conforme a margem de opções políticas que deixam
estrutura do poder, cercando as atividades políticas das condições necessárias para o seu correto
As constituições dirigentes, não se bastam com dispor sobre o estatuto do poder. Elas
também traçam metas, programas de ação e objetivos para as atividades do Estado nos domínios
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CLASSIFICAÇÃO DA CF/88
Forma Escrita
Conteúdo Formal
Alterabilidade Rígida
Constituição moldura -> para Marcelo Novelino tal concepção é “utilizada metaforicamente
para designar a constituição que serve apenas como limite à atuação legislativa. A lei fundamental
atua como uma espécie de moldura dentro da qual o legislador pode atuar, preenchendo-a
conforme a oportunidade política. À jurisdição constitucional caberia apenas controlar ‘se’ (não
aquelas que não estabelecem, expressamente, o procedimento para sua reforma. Logo, somente
podem ser alteradas por um poder de competência igual àquele que as criou, isto é, poder
Conforme classificação elaborada por José Afonso da Silva, as normas constitucionais podem
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DIREITO CONSTITUCIONAL – META 01
garantias fundamentais;
instituições democráticas;
Preâmbulo, ADCT.
A Constituição Política do Império do Brasil foi outorgada em 25 de março de 1824 e foi, dentre
todas, a que durou mais tempo, tendo sofrido considerável influência da francesa de 1814. Foi
marcada por forte centralismo administrativo e político, tendo em vista a figura do Poder Moderador,
Características:
Poder Legislativo: exercido pela Assembleia Geral, com a sanção do Imperador, que era
composta de duas Câmaras: Câmara dos Deputados e Câmara dos Senadores, ou Senado. A
Câmara dos Deputados era eletiva e temporária; a de Senadores, vitalícia, sendo os seus
membros nomeados pelo Imperador dentre uma lista tríplice enviada pela Província. Ou seja,
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Poder Executivo: a função executiva era exercida pela Imperador, chefe do Poder Executivo,
Poder Judiciário: era independente e composto de juízes e jurados. Os juízes aplicam a lei e
os jurados se pronunciavam sobre os fatos. Aos juízes era assegurada a vitaliciedade, mas
Constituição semirrígida.
Características:
Forma de Governo e regime representativo: adotou, como forma de governo, sob o regime
Organização dos “Poderes”: o Poder Moderador foi extinto, adotando-se a teoria clássica de
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Poder Legislativo: era exercido pelo Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da
República, composto por duas Casas: Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Fixava-se,
representantes do povo eleitos pelos Estados e pelo Distrito Federal, mediante sufrágio
por Estado e 3 pelo Distrito Federal, eleitos do mesmo modo que os Deputados, para
mandato de 9 anos, renovando-se o Senado pelo terço trienalmente (ou seja, 1 a cada 3 anos,
já que o mandato era de 9 anos e junto com as eleições para Deputados, que tinham mandato
bicameralismo estadual.
Poder Executivo: exercido pelo Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, como
chefe eletivo da Nação, era eleito junto com o Vice-Presidente por sufrágio direto, para
Constituição rígida.
A crise econômica de 1929, bem como os diversos movimentos sociais por melhores condições
econômico e da democracia liberal da Constituição de 1891. Por isso é que a doutrina afirma, com
tranquilidade, que o texto de 1934 sofreu forte influência da Constituição de Weimar da Alemanha
de um Estado social de direito (democracia social). Há influência, também, do fascismo, já que o texto
estabeleceu, o que se verá abaixo, além do voto direto para a escolha dos Deputados, a modalidade
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Características:
Câmara dos Deputados com a colaboração do Senado Federal, ou seja, o Senado era mero
colaborador da Câmara. O mandato dos Deputados era de 4 anos. A Câmara dos Deputados
Senado Federal, nos termos do art. 41, § 3.º, a competência legislativa se reduzia às matérias
relacionadas à Federação, como a iniciativa das leis sobre a intervenção federal e, em geral,
Senado Federal era composto de dois representantes de cada Estado e o do Distrito Federal,
eleitos mediante sufrágio universal, igual e direto, por 8 anos, dentre brasileiros natos,
Poder Judiciário: foram estabelecidos como órgãos do Poder Judiciário: a) a Corte Suprema;
irredutibilidade de “vencimentos”.
Constituição rígida.
1935. Além de fechar o Parlamento, o Governo manteve amplo domínio do Judiciário. Buscando
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atrair o apoio popular, a política desenvolvida foi denominada “populista”, consolidando as Leis do
Características:
Câmara dos Deputados e pelo Conselho Federal (o Senado Federal deixou de existir durante
o chamado Estado Novo). A Câmara dos Deputados seria composta por representantes do
povo eleitos mediante sufrágio indireto para mandato de 4 anos, e o Conselho Federal seria
INDIRETA foi estabelecida para a escolha do Presidente, que cumpriria mandato de 6 anos.
Poder Judiciário: eram órgãos do Poder Judiciário (art. 90): a) o Supremo Tribunal Federal;
Tribunais militares. A Justiça Eleitoral foi extinta e, conforme já visto, também os partidos
políticos.
A pena de morte poderia ser aplicada para crimes políticos e nas hipóteses de homicídio
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1930. O texto inspirou-se nas ideias liberais da CF de 1891 e nas ideias sociais da de 1934.
Características:
municipalismo.
Poder Legislativo: exercido pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos
representação proporcional, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Territórios, para
mandato de 4 anos. O Senado Federal, por sua vez, compunha-se de representantes dos
anos. Cada Estado, e bem assim o Distrito Federal, elegia 3 Senadores, renovando-se a
República.
ser eleito de forma direta para mandato de 5 anos, junto com o vice.
Poder Judiciário: a situação de normalidade foi retomada. O Poder Judiciário era exercido
da caráter perpétuo.
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DIREITO CONSTITUCIONAL – META 01
Características:
centralizado).
Poder Legislativo: era exercido pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos
Poder Executivo: fortalecido, era eleito para mandato de 4 anos, de maneira indireta por
Poder Judiciário: o Poder Judiciário da União era exercido pelos seguintes órgãos: Supremo
Tribunal Federal; Tribunal Federal de Recursos e Juízes Federais; Tribunais e Juízes Militares;
AI-5, de 13.12.1968:
estado de sítio ou fora dele, só voltando a funcionar quando convocados seus membros
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DIREITO CONSTITUCIONAL – META 01
judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato Institucional e seus Atos
uma vez que referido ato permitia que, enquanto Costa e Silva estivesse afastado por motivos de
sentido, e com “suposto” fundamento, é que a EC n. 1/69 foi baixada pelos Militares, já que o
novo poder constituinte originário, outorgando uma nova Carta, que “constitucionalizava a utilização
dos Atos Institucionais. O mandato do Presidente foi aumentado para 5 anos, continuando a eleição
a ser indireta.
Características:
“Milagre econômico”.
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Lei da Anistia: concedida anistia para todos que, no período compreendido entre 02.09.1961
a 15.08.1979 cometerem crimes políticos ou conexos, crimes eleitorais, aos que tiveram seus
República”.
Características:
presidencialista de governo.
eleitos pelo voto direto, secreto e universal e pelo sistema proporcional para mandato
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Federal, para mandato de 8 anos (duas legislaturas), eleitos pelo sistema majoritário,
Poder Executivo: exercido pelo Presidente da República, eleito junto com o Vice e
Poder Judiciário: são órgãos do Poder Judiciário: o Supremo Tribunal Federal; o Conselho
ao controle de constitucionalidade das leis, tema que será estudado, houve ampliação
dos legitimados para a propositura da ADI. A CF/88 criou o Superior Tribunal de Justiça
Constituição rígida.
Previsão da ADPF.
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DIREITO CONSTITUCIONAL – META 01
o Concretizar o enunciado.
constitucionais, razão pela qual se serve de princípios próprios que lhe conferem
criar Direito, indo além do que o texto lhe permitir. O juiz deve apenas captar e declarar o sentido
dos preceitos expressos no texto constitucional, sem se valer de valores substantivos, sob pena de
substantivos, como justiça, igualdade e liberdade. Assim, o juiz torna-se coparticipante do processo
ATENÇÃO!
interpreta.
Mas isso tem um explicação... Deve ser considerado como sujeito que interpreta, não o juiz,
mas sim o constituinte. O que essa classificação quer dizer, de forma esquematizada, é o seguinte.
INTERPRETATIVISTA NÃO-INTERPRETATIVISTA
o campo de interpretação, não deixando espaço para o juiz interpretar, a partir dos demais
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problemas mais controvertidos. Por isso, para ele, NÃO há apenas um método de interpretação
Constituição não deixa de ser uma interpretação da lei. => TESE DA IDENTIDADE DA
norma;
Elementos genético: busca investigar as origens dos conceitos utilizados pelo legislador.
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DIREITO CONSTITUCIONAL – META 01
A doutrina, de modo geral, NÃO repele a interpretação de tal método jurídico. No entanto, por
outro lado, a CF traz situações mais complexas cuja interpretação não se realiza com o emprego do
método tradicional. O método jurídico, portanto, é insuficiente e não satisfaz, por si só, a interpretação
constitucional.
Theodor Viehweg – “Tópica e Jurisprudência”: Para o autor, a tópica seria uma técnica de
pensar o problema, ou seja, uma técnica mental que se orienta para a solução do problema. O
práticos e concretos;
Conclusão:
Parte-se do problema para a norma. Para este método, deve a interpretação partir da
discussão do problema concreto que se pretende resolver para, só ao final, se identificar a norma
adequada. Parte-se do problema (caso concreto) para a norma, fazendo caminho inverso dos
Canotilho critica esse método, ao fundamento de que a interpretação NÃO deve partir do
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DICA: Para não esquecer o nome do criador do método na hora da prova, relacionar
Parte da ideia de que a leitura de todo o texto e da Constituição deve se iniciar pela pré-
norma.
inicia pelo texto, superando o problema da abertura e indeterminação dos enunciados normativos
Parte da ideia de que a leitura do texto, em geral, e da Constituição, deve se iniciar pela pré-
compreensão do seu sentido através de uma atividade criativa do intérprete. Ao contrário do método
Essa pré-compreensão faz com que o intérprete, na primeira leitura do texto, extraia dele um
determinado conteúdo, que deve ser comparado com a realidade existente. Desse confronto, resulta
conceitos por ele preconcebidos àquilo que deflui do texto constitucional, com base na observação
da realidade social
Essa reformulação e consequente releitura do texto, cotejando cada novo conteúdo obtido com
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a realidade, deve repetir-se sucessivamente, até que se chegue à solução mais harmoniosa para o
problema. Impõe-se, assim, um "movimento de ir e vir", do subjetivo para o objetivo e, deste, de volta
DICA: É possível, igualmente, relacionar as iniciais para não esquecer: Hesse – Hermenêutico.
Idealizado por Rudolf Smend, este método dispõe que a interpretação constitucional deve
levar em consideração a compreensão da Constituição como uma ordem de valores e como elemento
ao texto, pois só o recurso à ordem de valores obriga a uma captação espiritual desse conteúdo
Parte da premissa de que existe uma relação necessária entre o texto e a realidade. Foi
idealizado por Friederich Müller, que afirma que o texto é apenas a ponta do iceberg, não
compreendendo a norma apenas o texto, mas também um pedaço da realidade social. É um método
também concretista, diferenciando-se dele, porém, na medida em que a norma a ser concretizada
direito positivo para chegar à estruturação da norma, muito mais complexa que o texto legal. Há
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Normas e princípios NÃO guardam hierarquia entre si, especialmente diante do princípio da unidade
da Constituição.
Segundo Canotilho, os princípios são fundamento das regras, ou seja, são normas que estão
na base ou constituem a ratio de regras jurídicas, desempenhando, por isso, uma função
normogenética fundamentante.
REGRAS PRINCÍPIOS
Podem ser normas vinculativas com conteúdo São standards juridicamente vinculantes
de direito
Relatos descritivos de condutas a partir dos A previsão dos relatos dá-se de maneira mais
são sempre ou satisfeitas ou não satisfeitas ser realizados na maior medida do possível.
Uma das regras em conflito OU será afastada A colisão resolve-se pela ponderação ou
declarada inválida.
aplicação de normas, ou seja, instituem critério de aplicação de outras normas situadas no plano do
demais ramos do direito, dando origem a uma FILTRAGEM CONSTITUCIONAL. Os postulados são
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denominados pela maioria da doutrina, como princípios, mas não têm a mesma função dos
princípios. São normas de segundo grau utilizadas para se interpretar os princípios e regras
Podem ser:
OBSERVAÇÃO:
requisitos materiais (ou de conteúdo): a superação da regra pelo caso individual não pode
prejudicar a concretização dos valores inerentes à regra. E explica o autor: “... há casos em
que a decisão individualizada, ainda que incompatível com a hipótese da regra geral, não
prejudica nem a promoção da finalidade subjacente à regra, nem a segurança jurídica que
requisitos procedimentais (ou de forma): a superação de uma regra deve ter a) justificativa
a) UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO
A Constituição é una e indivisível. Por isso, deve ser interpretada como um todo, de modo a
evitar conflitos, contradições e antagonismos entre suas normas. Em decorrência, não há hierarquia
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No caso de aparente conflito entre normas constitucionais, devem ser harmonizadas ao caso
concreto, respeitando ambas. Não pode haver sacrifício total de um em relação ao outro, faz uma
CONCRETO é que podemos dizer qual prevalece, já que não há hierarquia entre normas
c) EFEITO INTEGRADOR
O intérprete deve preferir a interpretação que gera mais paz social, reforço da unidade política,
d) MÁXIMA EFETIVIDADE
Deve preferir a interpretação que dê mais eficácia e aplicabilidade aos direitos fundamentais,
e) FORÇA NORMATIVA
normas, que as tornem mais eficazes e permanentes. A principal função desse princípio tem sido
para afastar interpretações divergentes. Segundo o STF, quando se tem interpretações divergentes
OBSERVAÇÃO:
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Não existem direitos absolutos, pois todos encontram limites em outros direitos ou em
interesses coletivos também consagrados na Constituição. De acordo com Bobbio, teriam caráter
h) INTERPRETAÇÃO CONFORME A CF
sendo permitido ao intérprete contrariá-lo, assim como no fim supostamente contemplado pelo
legislador, cuja vontade não poderia ser substituída pela do juiz. No entanto, Marcelo Novelino
(2017, p. 216) afirma que esses parâmetros não têm sido observados pelo STF, como ficou
direitos e deveres referentes às uniões estáveis entre homens e mulheres (ADPF 132/RJ).
Segundo Marcelo Novelino (2017, p. 216), a interpretação conforme a constituição tem sido
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i) PROPORCIONALIDADE OU RAZOABILIDADE
Significa justiça, bom senso, moderação. É para evitar interpretações absurdas, podendo ser
Adequação: os meios usados têm que ser aptos a atingir os fins. Aptidão entre meio e fim.
Necessidade: o meio deve ser o menos gravoso possível. Jellinek: não se pode abater pardais
com canhões.
Para ser proporcional, a medida tem que trazer mais benefícios do que custos.
tarefa de interpretação da CF deve estar voltada para um único objetivo: concretizar os direitos
jurídico, com a justificativa de que a sua ausência geraria mais danos do que a presença da lei
inconstitucional. É possível, também, que se opere a suspensão de aplicação da lei e dos processos
em curso até que o legislador, dentro de prazo razoável, venha a se manifestar sobre a situação
inconstitucional;
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antes fazer um apelo vinculado a "diretivas" para obter do legislador uma atividade subsequente
que torne a regra inconstitucional harmônica com a Carta Maior. Incumbe-se ao legislador a difícil
tarefa de regular determinada matéria, de acordo com o que preceitua a própria Constituição."
O órgão jurisdicional declara qual das possíveis interpretações se mostra compatível com a Lei
Maior. É princípio que se situa no âmbito do controle de constitucionalidade, e não simples regra de
interpretação.
à hipótese “H”)
Conforme anotou o Ministro Celso de Mello, em interessante julgado, a teoria dos poderes
implícitos decorre de doutrina que, tendo como precedente o célebre caso McCULLOCH v.
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MARYLAND (1819), da Suprema Corte dos Estados Unidos, estabelece: “... a outorga de
competência expressa a determinado órgão estatal importa em deferimento implícito, a esse mesmo
órgão, dos meios necessários à integral realização dos fins que lhe foram atribuídos” (MS 26.547-
pelo TCU no exercício de suas atribuições explicitamente fixadas no art. 71 da CF/88 (MS 26.547-
MC/DF).
reclamação para a preservação de sua competência e a autoridade de suas decisões. (ADI 2.212)
Estruturalmente, a CF/88 contém um preâmbulo, nove títulos (corpo) e o Ato das Disposições
2.9.1. Preâmbulo
Natureza jurídica: Tese da irrelevância jurídica prevalece - o Ministro Carlos Velloso, Relator
da ADI 2.076, após interessante estudo, conclui que “o preâmbulo ... não se situa no âmbito do
Direito, mas no domínio da política, refletindo posição ideológica do constituinte (...). Não contém o
preâmbulo, portanto, relevância jurídica. O preâmbulo não constitui norma central da Constituição,
contém, de regra, proclamação ou exortação no sentido dos princípios inscritos na Carta (...). Esses
que não pode a Constituição do Estado-membro dispor de forma contrária, dado que, reproduzidos,
ou não, na Constituição estadual, incidirão na ordem local...”. Assim, NÃO é norma de reprodução
obrigatória nos Estados, nem pode servir como parâmetro para o controle de constitucionalidade.
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laicidade do Estado Brasileiro (STF) - Estado laico não significa Estado ateu.
O preâmbulo NÃO tem relevância jurídica, NÃO tem força normativa, NÃO cria direitos ou
obrigações, NÃO tem força obrigatória, servindo apenas como norte interpretativo das normas
constitucionais.
Finalidade: estabelecer regras de transição entre o antigo ordenamento jurídico e o novo, instituído
O ADCT possui normas exauridas (arts. 1º, 4º, §4º, 15), normas dependentes de legislação e de
execução (arts. 10, § 1º, 12, § 1º etc.), normas dotadas de duração temporária expressa (art. 40, por
Referências Bibliográficas:
QUESTÕES PROPOSTAS
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alternativa INCORRETA:
B) A Constituição de 1937, inspirada na Carta Del Lavoro de 1927, do regime fascista italiano, elevou
C) A Constituição de 1946 foi a primeira a incluir a Justiça do Trabalho no Poder Judiciário, conferindo
E) não respondida.
02. (TRT 23 – Juiz do Trabalho Substituto 23ª Região/ 2010) Analise as proposições abaixo e indique
a resposta correta:
somatória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade, e no sentido político, segundo Carl
Schmitt, é a decisão política fundamental, fazendo distinção entre Constituição e leis constitucionais;
II. Para Hans Kelsen a concepção de Constituição tem dois sentidos: lógico-jurídico, que equivale à
norma positiva suprema, ou seja, conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei
nacional no seu mais alto grau, e jurídico-positivo, que significa norma fundamental hipotética;
III. A Constituição dita Cesarista é aquela em que a participação popular é democrática, pois visa
Constituição, assim pode-se afirmar que o preâmbulo da Constituição constitui seu elemento formal
de aplicabilidade;
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Liberal Originário, inerente às revoluções liberalistas do século XVIII e desenrolar do século XIX, nos
Estados Unidos da América e Europa Ocidental, caracterizava-se, em linhas gerais, entre outros
aspectos, pelos seguintes pontos: afirmação da liberdade individual em sentido formal; afirmação
no Parlamento; presença de sistema eleitoral censitário; restrição do poder político aos limites da lei.
Liberal Originário, seja na Europa Ocidental, seja nas Américas, não estabeleceu regras firmes e
claras com relação à liberdade em sentido real e com relação à igualdade em sentido material. Tais
regras somente começaram a ingressar, ainda que em parte, no constitucionalismo a partir das
Weimar, de 1919, além do papel de impacto, nessa área, cumprido pela Organização Internacional
III - No Brasil, o constitucionalismo social inicia-se com a Constituição de 1934 que, à diferença das
Constituições de 1824 e de 1891, ressalvou que o direito de propriedade não poderia ser exercido
contra o interesse social ou coletivo, na forma determinada por lei, além de ter incorporado, em seu
Democrático de Direito no País. Nessa linha, determinou tal Constituição dever a ordem econômica
ser fundada na valorização da livre iniciativa, tendo por fim garantir a todos competitividade e
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DIREITO CONSTITUCIONAL – META 01
04. (TRT 2 – Juiz do Trabalho Substituto 2ª Região/2012) Em relação à Constituição Federal e suas
a) Não é cabível que tenhamos uma norma com assunto tipicamente constitucional, que esteja fora
da Constituição.
b) Existem Constituições escritas e não escritas; aquelas se encontram em um documento único, que
sistematiza o direito constitucional de uma comunidade política. As não escritas não se encontram
em um único documento solene, porquanto são compostas por costumes, pela jurisprudência, por
instrumentos escritos dispersos, regulando todos os tipos de situações na vida social, desde
c) Constituições rígidas ou flexíveis têm essa classificação assentada segundo o critério do grau de
tipo rígido.
d) Constituição normativa é aquela formalmente válida, mas que ainda não teve alguns de seus
e) A Constituição, ainda que flexível, requer um sistema de controle de constitucionalidade das leis
como:
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07. (2013 - CESPE - TJ-RN - Juiz de direito) Com relação ao conceito, à classificação e ao conteúdo
valores abrigados nos princípios e regras da constituição para todo o ordenamento jurídico,
b) As normas constitucionais, caracterizadas por especificidades no que se refere aos meios de tutela
governados, as constituições normativas são definidas como aquelas que logram ser lealmente
como aquelas formalmente válidas, mas que contêm preceitos ainda não ativados na prática real.
08. (2013 - CESPE - BACEN – Procurador) A respeito do conceito, dos elementos e das
b) Quanto à estabilidade, a constituição flexível não se compatibiliza com a forma escrita, ainda que
seu eventual texto admitisse livre alteração do conteúdo por meio de processo legislativo ordinário.
socioideológicos
d) No sentido político, segundo Carl Schmitt, a constituição é a soma dos fatores reais do poder que
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e) Quanto aos elementos, o ADCT configura exemplo de elemento formal de aplicabilidade da CF.
09. (2013 - CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal) Acerca do conceito, dos elementos e da
b) De acordo com a concepção que a define como um processo público, a Constituição consiste em
uma ordem jurídica fundamental do Estado e da sociedade, não se caracterizando, portanto, como
d) Conforme a concepção política, a Constituição é a soma dos fatores reais de poder que regem o
país.
e) São denominados elementos limitativos das Constituições aqueles que visam assegurar a defesa
10. (2016 – CESPE - TCE-PR - Analista de Controle) Assinale a opção correta no que concerne às
b) Constituição escrita é aquela cujas normas estão efetivamente positivadas pelo legislador em
documento solene, sejam leis esparsas contendo normas materialmente constitucionais, seja uma
Constituição que, embora pretenda dirigir o processo político, não o faça efetivamente.
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1. B
2. E
3. D
4. C
5. A
6. E
7. A
8. E
9. A
10. C
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