Aula02 - Historia Da Arquitetura

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História da Arte

HISTÓRIA DA ARQUITETURA
AULA 02: ARQUITETURA MEDIEVAL: BIZANTINA, ROMÂNICA E
GÓTICA.

Profa. Mônica Cianfarani


2017
LINHA DO TEMPO DA ARQUITETURA

Idade dos Idade Idade Idade Idade


Pré História Antiga
Metais Média Moderna Contemporânea

Paleolítico Civilização Egito Arquitetura Renascimento Neoclássico Ecletismo


Neolítico Suméria Grécia Barroco Modernismo 1ª Fase
Bizantina
Roma Rococó -Art Nouveau
Românica
-Pré Modernismo
Gótica
-Década de 20 Séc. XX

Modernismo 2ª Fase
- Pós Guerra - 1945
- Pós-Moderno 1970 / 80

23.000 a.C. 4.000 a.C. 3.000 a.C. 476 d.C. 1453 1789
(Criação da (Queda do (Queda do (Revolução
Escrita) Império Império Francesa)
Romano do Romano do
Ocidente) Oriente)
Idade Média: de 476 d.C. a 1453 d.C.
ARQUITETURA BIZÂNTINA ARQUITETURA ROMÂNICA ARQUITETURA GÓTICA

✓Bizâncio: Centro intelectual e ✓ Consolidação do Poder da ✓ Último período da idade


social Igreja média
✓Governo Teocrático ✓ Império Carolíngeo: ✓ Poder católico supremo
✓Cultura Helenística ✓ Reunificação do antigo Império ✓ Igreja similares á castelos
✓Rota de confluência de Romano ✓ Ideologia naturalista
culturas orientais ✓ Cultura baseada no ✓ Burguesia dominante
✓Apogeu Séc. VI - conhecimento para criar postos ✓ Comércio e cidades
Imperador Justiniano administrativos ressurgem
✓ Concentração do poder da
Igreja
Arquitetura Bizantina
A arquitetura se destaca como expressão artística desse período pela construção de grandes e
ricas igrejas, na verdade basílicas, dada s, na a sua amplitude e riqueza expressa no revestimento
de ouro e decoração com mosaicos.

O Mosaico foi um tipo de arte muito difundido no Império Bizantino, principalmente durante o
reinado do imperador Justiniano de 526 a 565. As imagens em mosaico eram formadas a partir de
pequenos pedaços de pedra coloridos, colados nas paredes.

O estilo bizantino também


tinha como destaque
técnicas de construção
inovadoras para a época,
em especial, as voltadas
para a construção de
cúpulas, que surgiram por
volta do século VI.

Esquema da Basílica de Santa Sofia, Istambul. Basílica de Santa Sabina,


422-432 Roma.
BASÍLICAS ROMANAS
Forma arquitetônica utilizada pelos primeiros cristãos para celebrações rituais ligadas à prática
religiosa. Sua forma vem da adaptação das Basílicas – espaços de comércio romanos- em
templos religiosos.
Basílica Santo Apolinário in Classe (539-
549) Ravena, Itália.
HAGIA SOPHIA: SAGRADA SABEDORIA
O maior exemplo de arquitetura Bizantina é a Basílica de Santa Sofia. Construída entre 532
a 537 sob o governo do Imperador Romano Justiniano, apresenta a marca mais significativa
da arquitetura bizantina: o equilíbrio de uma grande cúpula sobre uma planta quadrada.
O edifício é uma mistura das grandes construções romanas, com o clima místico das
construções orientais. O revestimento em mármore e mosaicos e a sucessão de janelas e
arcos criam um espaço interno de grande beleza.
Arquitetos: Artemio de Tralles e Isidoro de
Mileto
Dimensões: 100m x 70m Cúpula 33m
A estrutura se assemelha a uma basílica romana, com uma forma retangular. Além da
dimensão, o seu grandioso domo central, diferente do Panteão que tinha paredes
circulares, e que é aqui pela primeira vez utilizado, torna-se num dos mais
impressionantes pontos de interesse.

A nave central é circundada por colunas com capitéis detalhadamente trabalhados, que
lembram a ordem coríntia.
A cúpula é formada por quatro arcos e ampliada por duas absides* que, por sua vez são
ampliadas por mais cinco absides.
A base deste domo é vazada por quarenta janelas em arco que permitem a entrada da luz,
dando leveza à estrutura e oferecendo a ilusão de um halo celestial.

Abside: nicho ou recinto semicircular ou poligonal, de teto abobadado, geralmente situado


nos fundos ou na extremidade de uma construção ou de parte dela.
BASÍLICA DE SÃO VITAL DE RAVENA, ITÁLIA (SEC. VI)

Possui planta octogonal com cúpula uma central;


e 7 absides que acompanham a cúpula central.

Combina elementos de arquitetura romana


(cúpula, forma dos vãos das portas) com
elementos bizantinos (abside poligonal, capiteis,
tijolos estreitos). Contudo, a basílica é mais
famosa por sua riqueza de mosaicos bizantinos,
os maiores e mais bem preservados fora de
Constantinopla.
A Basílica é de extrema importância para a arte
bizantina, visto que é a única grande igreja do
período do imperador Justiniano que sobreviveu
virtualmente intacta até hoje.
BASÍLICA DE SÃO MARCOS, VENEZA

Construída entre 1042 e 1085 é um


dos melhores exemplos da
arquitetura bizantina.
A igreja apresenta uma planta em
cruz grega, baseada nos exemplos
de Basílica de Santa Sofia e da
Basílica dos Apóstolos, ambas em
Constantinopla. Possui um coro
elevado acima de uma cripta. A
planta do interior consiste em três
naves longitudinais e três
transversais.
É composta por 5 cúpulas; que
contém Ornamentos em mosaicos
típicos da época e uma Sucessão de
janelas e arcos para claridade
interna.
Arquitetura Românica
O termo “Românico” refere-se à semelhança da arquitetura dos antigos romanos do sec. I e II;
Predomina na Alta Idade Média, período entre os sec. X e XII;
Caracteriza-se por construções austeras e robustas, com pilares muito grossos que sustentavam
arcos redondos e teto abobadado, janelas pequenas, interior pouco iluminado, predominância
das linhas horizontais, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos e
invasões bárbaras.
As igrejas são construídas em forma de cruz latina, para acomodar grandes multidões –
IGREJAS DE PEREGRINAÇÃO;

Santa Maria de Rípoli Séc. IX São Miguel de Sotosalibos Séc. XII


Pinturas e esculturas como
complemento da arquitetura para
ajudar a interpretação das
passagens bíblicas já que a maioria
da população era analfabeta.

Claustro do monastério de Santo


Domingo de Silos Séc. XII, Burgos
CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA
Foi construída entre 1075 e 1128, em estilo
românico, na época das cruzadas e durante a
Reconquista Cristã, tendo sofrido depois várias
reformas que lhe adicionaram elementos góticos,
renascentistas e barrocos.
A catedral é uma profusão de estilos. As duas
maiores torres do conjunto são do século 17, auge
do barroco. Porém, o estilo predominante é o estilo
românico. O resultado dessa mistura são ricos e
ostentativos detalhes nas fachadas, contrastando
com a concepção sóbria do edifício, marcado por
arcos, paredes maciças e poucas janelas.
BASÍLICA DE SAINT SERNIN DE TOULOUS – FRANÇA

Construída entre 1080-1120 era o mais importante centro de peregrinação da época;


Planta com 5 naves longitudinais e mais 3 perpendiculares, 1 abóbada e 1 corredor semi-
circular
CATEDRAL DE DURHAM – INGLATERRA

Construída entre 1093-1130. O edifício é notável pelas


abóbadas de cruzaria do telhado da nave, que
resultam do cruzamento de arcos ogivais. Embora o
edifício seja na generalidade românico, estas
características aparentam ser precursoras da
arquitetura gótica do norte de França e que só se
desenvolveria algumas décadas mais tarde, sem
dúvida por influência dos pedreiros normandos. A
introdução dos arcobotantes permitiu a construção de
edifícios de maior altura e a abertura de janelas de
grande dimensão nos seus intervalos.

Colunas de alvenaria decorada


CATEDRAL DE PISA – ITÁLIA

Construção de 1174 a 1350, marcada por inúmeras modificações no projeto.


A arquitetura Italiana preserva as unidades separadas, tanto o batistério quanto a torre são edifícios
independentes da Catedal.
O edifício tem uma planta basilical modificada pela adição de um transepto, resultando num desenho
de cruz latina, com cinco naves e uma obóboda. Considerado o mais belo exemplo da época
românica, seu estilo Românico incorporou elementos de tradições árabes, lombardas, bizantinas e
clássicas, configurando a versão toscana do estilo.
Torre de Pisa é o campanário da Catedral
de Pisa. Foi construída entre 1174 e 1372.
A Torre de Pisa é uma obra de arte em
mármore branco, realizada em três fases
ao longo de um período de cerca de 177
anos. O primeiro andar é uma arcada
"cega" articulada por colunas clássicas
coroadas com capitéis coríntios.
A torre começou a inclinar-se após a
progressão de construção para o terceiro
andar em 1178. Isto deveu-se a uma
fundação de meros três metros sobre um
subsolo fraco e instável, um projeto que
falhou desde o início.
O sétimo andar foi concluído em 1319. A
sino-câmara acabou por não ser
adicionada até meados de 1372 e foi
construída por Andrea Pisano, que
conseguiu, por sua vez, harmonizar os
elementos góticos da sino-câmara com o
estilo românico da torre. Há sete sinos, um
para cada nota da escala musical.
A SÉ VELHA DE COIMBRA

Constitui um dos edifícios em estilo românico mais


importantes de Portugal. Construída entre 1129-1162.
Vista do exterior, a Sé Velha lembra um pequeno castelo,
com muros altos coroados de ameias e com poucas e
estreitas janelas. A aparência de fortaleza é comum às
catedrais da época e explica-se pelo clima bélico da
Reconquista.
Ao fundo da edificação
observa-se a abside principal
(Altar–mor) românica e as duas
capelas laterais, sendo que
uma das capelas foi modificada
em estilo renascentista. Sobre
o transepto há uma torre-
lanterna quadrangular românica
com algumas alterações no
século XVIII.
Arquitetura Gótica
A arquitetura Gótica se evoluiu através da
arquitetura Românica.
O estilo Gótico substitui as paredes grossas
das igrejas românicas por colunas altas e
arcos capazes de sustentar o peso dos
telhados.
Como consequência, os edifícios góticos
ganharam um aspecto mais leve, e as
janelas, mais amplas e altas, foram
decoradas com belos vitrais coloridos
que filtravam a luz natural, e com isso,
criavam um "clima" de misticismo em
seu interior.
A arquitetura se apoia em pilastras ou
feixes de colunas e não em muros.
A fachada das estruturas góticas buscam a
verticalidade, a leveza e no interior um
ambiente iluminado.
A ênfase da espiritualidade coincide com a
ênfase da verticalidade das construções. Catedral de León, Espanha. Séc. XII
A maior característica do Gótico é a evolução técnica que permitiu catedrais maiores: o uso
de abóbodas de nervuras, arcos ogivais e arcobotante (essencial para a sustentação da
edificação)
O domínio do arco ogival e da abóbada de cruzaria fez com que se tornasse possível
executar plantas cada vez mais complexas e elaboradas. A introdução dos arcobotantes
permitiu a construção de edifícios de maior altura e a abertura de janelas de grande
dimensão nos seus intervalos. São pilastras se projetam das paredes para o exterior.
A planta arquitetônica de uma catedral
gótica possui semelhança: a cruz latina –
onde situa-se a nove central, os
transeptos e o coro na parte inferior da
cruz;
A pintura mural é substituída pelo vitral,
principalmente a partir do séc. XII. O vitral
é um dos elementos importantes da
arquitetura gótica criando um ambiente
místico;

Planta da Catedral de Colônia e interior da


catedral (ao lado) séc. XIII
CATEDRAL NOTRE- DAME DE PARIS

Construída entre 1163/1250


Existe ainda nesta catedral uma dualidade de influências estilísticas: por uma lado, reminiscências
do românico normando, com a sua forte e compacta unidade, por outro lado, o já inovador
aproveitamento das evoluções arquitetônicas do gótico, que incutem ao edifício uma leveza e
aparente facilidade na ascensão vertical e no suporte do peso da
sua estrutura.
A planta é demarcada pela formação em cruz romana, de
eixo longitudinal acentuado, e não é perceptível do exterior
do edifício visto os braços do transepto não excederem a
largura da fachada.
Abóboda da Nave: 35m de
altura e
Arcobotantes de 15m
CATEDRAL NOTRE-DAME DE CHARTRES

A Catedral de Chartres teve a sua construção iniciada em 1145 e foi reconstruída após um incêndio
de 1194. Marca o zénite da arte gótica na França. O acrescento mais importante é a torre noroeste,
dita Clocher Neuf, concluída no ano 1513 para equilibrar a composição imposta pela primeira torre
(que se erguia desde 1160).

A vasta nave, em puro estilo ogival,


os adornos com estátuas finamente
esculpidas de meados do século XII
e as magníficas janelas com vitrais
dos séculos XII e XIII, todas em
notável estado de conservação,
combinam-se para formar uma obra-
prima inigualável.
Tem uma área superior a 10000 m²,
130 m de comprimento e largura
de 46 m.
Efeito de altura obtido pelos finos pilares,
e delgado esqueleto da parede,
aumentam sensação aerodinâmica
A catedral de Chartres possui o mais
importante conjunto de vitrais do século
XIII, excelentemente conservados, e por
essa quantidade de vitrais e esculturas,
é chamada de “a Bíblia feita de pedra”.
São 8 mil m² de vitrais.

Há 3.500 estátuas e com a inclusão dos


vitrais, 9.000 personagens estão
representados na catedral, somente a
fachada contém 24 grandes estátuas e
mais de 300 figuras.
CATEDRAL DE AMIENS - FRANÇA
É uma das maiores catedrais góticas da França, começou a
ser construída em 1220, inspirada nas catedrais de Notre-
Dame de Chartres e de Paris.
A fachada oeste da catedral, construída em uma única
campanha, mostra um grau incomum de unidade artística: o
seu nível inferior há três vastos alpendres que se estendem
em toda a fachada sob a rosácea. Em cima da rosácea há
uma galeria aberta, a galerie des sonneurs.
Os portais da catedral são famosos por causa das esculturas
elaboradas de santos católicos
Elementos característicos: Abóboda ogival, estilo
dinâmico, ponto de vista em movimento, rejeição à
frontalidade, vitrais substituem os murais.

Uma das entradas da


Catedral de Amiens,
França. Os portais
possuem traços
ogivais góticos e
foram construídos
durante meados do
século XIII.
CATEDRAL DE MILÃO - ITÁLIA

A catedral é imensa, com 157 m de comprimento e 109 m de largura. O interior tem cinco naves com
uma altura que chega aos 45 metros, divididas por 40 pilares. Possui um transepto com três naves. O
estilo predominante da catedral é o gótico flamejante.
A construção do edifício começou em 1386, mas só foi finalizada no século XIX. Nessa época a
fachada principal e grande parte dos detalhes exteriores, como os pináculos, foi completada em uma
mistura de estilos, entre o neogótico e o neobarroco.
ABADIA DE WESTMINSTER

Abadia de Westminster é uma grande


igreja em estilo gótico na Cidade de
Westminster.
Construída entre 1045 e 1050.
PENSHURST PLACE

Penshurst Place é um palácio histórico inglês.


Datado de 1341, é um exemplo de um Solar
Medieval. Construido quando as propriedades
deixavam de ser castelos: eram moradias que
poderiam ser defendidas em emergência
GÓTICO LUSITANO – MOSTEIRO DE ALCOBAÇA

O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo
português. Foi começado em 1178 pelos monges de Cister.
O interior do edifício demonstra a existência de um gótico avançado, mas o exterior foi
modificado em períodos posteriores.
Arquitetura Gótica Tardia
As últimas expressões da arquitetura gótica
datam dos séculos XIV e XV.

Nos edifícios dessa época, o elemento que


desperta maior interesse são as abóbodas
trabalhadas. A abóboda recebe inúmeras
ligaçoes, formando um rendilhado que se
transforma em leque.

No século XV, o estilo gótico deixou de ser


exclusivo dos edifícios religiosos,
transferindo-se também para residências
particulares.

Interior do Kings
Colege Chapel
KINGS COLEGE CHAPEL – CAMBRIDGE / LONDRES

É um dos melhores exemplos da arquitetura inglesa


gótica tardia. Foi construída entra 1446 e 1515,
e nela sobressaem os delgados pilares e os
delicados vitrais.
Porém, o elemento da arquitetura que mais
encanta o observador é a abóboda decorada com
nervuras que lembras leques abertos. 14 painéis
nervurados tecem uma tela decorativa de
rendilhados.
CA' D’ORO – VENEZA

O palácio foi edificado entre 1421 e


cerca de 1440 por encomenda de um
mercador veneziano. Foi edificado as
margens do grande canal de Veneza.
Acredita-se pelo nome que já foi toda
revestida de dourado.

A edificação possui influência oriental e


delicadeza bizantina, superfície gótica e
arcadas ogivais.

Como é habitual nas residências


venezianas, às amplas loggias da
fachada correspondem, no interior,
longos salões, ditos portegos, que
atravessam o edifício em toda a sua
profundidade.
O ESTILO MANUELINO

O Estilo Manuelino, por vezes também


chamado de gótico português tardio ou
flamejante, é um estilo arquitetônico
predominante em Portugal.

O Manuelino mescla o gótico final com


elementos da renascentistas, a influência
dos estilos contemporâneos plateresco,
isabelino, e elementos mudéjares.

Distingue-se pela decoração luxuriante,


com motivos naturalistas marinhos, cordas
e uma rica variedade de animais e motivos
vegetais. Remonta ao crescente gosto pelo
exotismo, desde o início da expansão.

Interior da igreja do
Mosteiro dos Jerônimos
MOSTEIRO DOS JERÔNIMOS

O Mosteiro de Santa Maria de Belém (Jerónimos), foi encomendado pelo rei D.Manuel I, é
uma obra fundamental do Manuelino. A obra teve inicio em 1502 com o contributo de vários
arquitetos e construtores, entre eles Diogo Boitaca (c. 1460-1528), com quem se iniciou o
projeto, tratou do plano inicial e de uma parte da execução , João de Castilho (c. 1475-
1552) responsável pelas abóbadas nas naves e do transepto, pilares, porta sul, sacristia e
fachada. Diogo de Torralva (c. 1500-1566) e Jerónimo de Ruão ( c. 1530-1601).
A sua decoração ,com estilo "flamejante", é a base de motivos náuticos, vegetalistas e com
animais, estatuas, ao longo do portal existem 40 figuras (algumas de tamanho natural). Na
abóbada estrelada encontram-se mais de 150 nós, decorados com coroas de bronze.
TORRE DE BELÉM

A Torre de Belém, construída pelo arquiteto Francisco de Arruda, que iniciou a construção em 1514 e
finalizou em 1520, sobre a orientação de Diogo de Boitaca.

A Torre de Belém era um edifício militar como também cerimonial, tem uma torre com 30 metros de
altura que recua sobre uma plantaforma para canhões, os seus varandins e galerias rendilhados
lembram os palácios Venezianos.
Na sua decoração de estilo Manuelino está presente as cordas esculpidas em pedra, que envolvem o
edifício, rematando-o com elegantes nós, temos também as esferas armilares, a cruz da Ordem Militar
de Cristo, as torres de vigia com o estilo mourisco e as ameias em forma de escudo decorados com a
cruz da Ordem Militar de Cristo e elementos naturalistas como um rinoceronte, alusivos às navegações.
PAISAGISMO MEDIEVAL

Os jardins medievais (séculos XII a XV),


eram de extrema simplicidade, expressam o
retraimento que se segue à decadência de
Roma.
Com o reconhecimento do cristianismo,
surgiu uma nova arquitetura: os jardins
ficavam reduzidos a pequenos espaços, Jardim Medieval – séc. XII a XV.
fechados pelos muros dos mosteiros, e neles
eram cultivavam-se, basicamente, alimentos
e algumas flores para ornamentar os altares
dos templos, conventos e mosteiros.
Mosteiro da Batalha, Portugal
Bibliografia
ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte como História da Cidade. São Paulo:
Martins Fontes, 1998.
ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte Italiana: Da Antiguidade a Duccio. V. 1.
São Paulo: Cosac & Naify, 2013.
CHING, Francis D.K., Dicionário Visual de Arquitetura. São Paulo: Martins
Fontes, 1999.
KOCK, W., Estilos de arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
PEVESNER, N., Historia de las tipologias arquitectônicas. Barcelona: Gustavo
Gili, 1980.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ed. Ática, 2010.
PEREIRA, Paulo, Arte Portuguesa – História Essencial, Lisboa Temas e
Debates/Circulo de Leitores, 1ª ed., 2011.
SUMMERSON, J. N. A linguagem clássica da arquitetura. 3. ed. São Paulo: M.
Fontes, 1997. 148p.

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