2016 RenataAlmeidaMotta
2016 RenataAlmeidaMotta
2016 RenataAlmeidaMotta
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
FACULDADE DE TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
PUBLICAÇÃO: TD-004/2016
BRASÍLIA/DF: JUNHO - 2016
FICHA CATALOGRÁFICA
MOTTA, RENATA ALMEIDA
Método para a Determinação da Sustentabilidade de Ciclovias [Distrito Federal] 2016.
xii, 276., 210x297mm (ENC/FT/UnB, Doutor, Transportes, 2016).
Tese de Doutorado – Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia.
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental.
1 – Mobilidade Sustentável 2 – Indicadores
3 – Ciclovias 4 – Método
I – ENC/FT/UnB II – Título (série)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CESSÃO DE DIREITOS
AUTOR: Renata Almeida Motta
TÍTULO: Método para a Determinação da Sustentabilidade de Ciclovias.
GRAU: Doutora ANO: 2016
________________________________
Renata Almeida Motta
CLN 411 bloco D ap 117
Asa Norte
Brasília - DF – Brasil – CEP: 70866-540
4
Como o desenvolvimento sustentável pode ser definido e operacionalizado para que seja
utilizado como ferramenta para ajustar os rumos que a sociedade vem tomando em
relação à sua interação com o meio ambiente?
5
DEDICATÓRIA
Aos criadores;
6
AGRADECIMENTOS
Aos criadores,
Ao meu pai, Marco, pelo apoio incondicional, paciência e carinho durante essa jornada,
À minha mãe, Elizabete Motta, meu irmão Rodrigo Motta, minha cunhada Priscilla Moura,
pelo apoio incondicional em mais esta etapa da minha vida acadêmica,
Aos meus orientadores professor Paulo César e Augusto Brasil pela paciência, tolerância,
sabedoria, amor e dedicação com que me orientaram, possibilitando mais esta conquista em
minha vida,
Aos queridos Ana Parisi e Paulo Cavalcanti que muito me auxiliaram com o
desenvolvimento e planejamento das pesquisas de campo e sempre perguntavam sobre o
andamento da pesquisa com muito carinho,
Aos especialistas que com suas diversas experiências e sabedoria auxiliaram a atribuir pesos
aos indicadores discutidos neste trabalho. Sua dedicação, carinho, críticas e contribuição
para a concretização deste trabalho foram fundamentais! Meu muito obrigada: Marco Motta,
Luiz Pereira, José Góes, Michele Andrade, José Shimoishi, Fabiana Arruda, Jonas Bertucci,
Ronaldo Alves e Janice Pereira,
À banca de qualificação e professores que muitos contribuíram para o estado atual deste
trabalho: Fabiana Arruda, Michele Andrade, Antônio Nelson, Érika Cristine Kneib, José
Fortes, Pastor Taco, Yaeko Yamashita,
7
Aos pesquisadores que pacientemente me auxiliaram com as entrevistas com os usuários das
ciclovias: Daniel Vaz, Aléxia Palhano, Maria Dilma Santos e José Edval Filho,
Aos membros do Comitê de Mobilidade Urbana por Bicicleta instituído pelo Decreto no
33.158 de 2011, com representantes da sociedade civil e de 12 órgãos do Governo do Distrito
Federal, com quem tive a oportunidade de conviver de perto e aprender,
À minha melhor amiga, Beatriz Gomes, que sempre me apoiou com muito carinho nos
momentos mais difíceis,
Aos queridos companheiros Evandro Lepletier, Arlindo Araújo e Karla Lopes, meus
parceiros acadêmicos, que me permitem viver o sonho da docência diariamente de uma
forma apaixonante e moderna, à distância. Vocês foram essenciais para me inspirar na
finalização deste trabalho e a querer sempre mais,
A todos aqueles que me disseram “NÃO”, que acabaram por me tornar mais forte e me
instigaram a chegar até aqui,
Àqueles que cometeram absurdos presenciados por mim no setor de transportes, tanto na
iniciativa privada quanto no serviço público, mas que também me tornaram mais forte na
minha luta diária,
Às minhas famílias de amigos (irmãos de coração) que estão sempre próximos: Nina Dubois,
Valeska Torres, Fábio Bernardo, Rosita do Nascimento, Masao Tanaka, Maíra Cavalcanti,
Marcelo Sousa, Roberta Monteiro, Clarissa Campos, João Renato, Álvaro Campos, Jurema
Campo, Jussara Campos e Francisco Campos,
8
RESUMO
9
ABSTRACT
In order to address the increasing traffic problems and demand for transportation, many cities
in various countries have adopted measures to increase the use of bike paths and reduce the
use of private motor vehicles. However, in spite of the trendy implementation of bike path
projects, mostly under the justification that cycling is a sustainable mode of mobility, the
mere building of bike paths may not generate positive environmental, social and economic
consequences. Thus, instruments have been developed to analyze the quality of cycling
infrastructure as a means to assess whether the implementation of a bike path under certain
conditions and in a certain place actually provides positive impacts. In this thesis, a method
is developed to measure the degree of sustainability of a bike path based on sustainable
mobility indicators, which allows the comparison and ranking of bike paths, as well as
monitoring and identification of priority issues to be considered for future improvements.
The sustainable mobility index is comprised of 28 indicators, of which 7 are environmental,
15 are social and 6 are economic. The method was developed through the use of multi-
criteria analysis and included the participation of a multidisciplinary group composed of
academic, business and civil society experts for the allocation of indicator weights. This
method has been tested in two bike paths in the Federal District. The sustainability of the
Varjão bike path was measured at 0.51, while the Samambaia bike path reached 0.79, on a
scale from zero to one. The difference in terms of sustainability is explained by indicators
related to number of accidents, emissions, number of cyclists and integration, which were
better for Samambaia. It was found that the bike path sustainable mobility indicators listed
in this Thesis, in addition to enabling the ranking of bike paths in terms of sustainability and
allowing the establishment of priorities for improvement of the bike paths under analysis,
are also useful to help decision makers establish guidelines for more sustainable cities,
focusing on the population's quality of life. They are also key for the process of social and
environmental monitoring to assess the sustainability of existing cycling infrastructure.
10
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 19
11
3.3.1. Considerações e Critérios para a Identificação de Indicadores de Mobilidade Sustentável
Aplicáveis em Ciclovias ............................................................................................................... 76
4.6.3. Função de Valor para a Mensuração da Mobilidade Sustentável em Ciclovias ............... 114
5.1. CICLOVIA DA RODOVIA DF-005 - ESTRADA PARQUE PARANOÁ – EPPR .......... 118
ANEXOS........................................................................................................................................ 209
13
LISTA DE TABELAS
14
Tabela 12 - Ciclistas feridos e mortos nas proximidades das ciclovias do Varjão e de
Samambaia no período de 2007 a 2013 ............................................................................ 204
Tabela 13 - Indicadores selecionados para compor o IMUS ............................................ 210
Tabela 14 - Indicadores de mobilidade sustentável implantados no PLANUTS ............. 214
Tabela 15 - Indicadores selecionados para o IMS ............................................................ 225
Tabela 16 - Indicadores de ocupação urbana relacionados com o sistema viário ............ 226
Tabela 17 - Proposta de indicadores de mobilidade sustentável ...................................... 227
Tabela 18 - Indicadores elaborados para os Programas Nacionais de Transporte ........... 232
Tabela 19 - Indicadores Sociais de Mobilidade Sustentável ............................................ 253
Tabela 20 - Indicadores Econômicos de Mobilidade Sustentável .................................... 253
Tabela 21 - Indicadores Ambientais de Mobilidade Sustentável ..................................... 254
Tabela 22 - Indicadores econômicos de mobilidade sustentável ...................................... 255
Tabela 23 - Indicadores ambientais de mobilidade sustentável ....................................... 258
Tabela 24 - Indicadores sociais de mobilidade sustentável .............................................. 260
Tabela 25 - Indicadores de mobilidade sustentável .......................................................... 263
Tabela 26 - Indicadores de mobilidade sustentável .......................................................... 264
Tabela 27 - Indicadores de mobilidade sustentável .......................................................... 265
Tabela 28 - Indicadores de desempenho........................................................................... 267
Tabela 29 - Indicadores de mobilidade sustentável .......................................................... 269
Tabela 30 - Indicadores de desenvolvimento sustentável dos transportes ....................... 271
Tabela 31 - Indicadores recomendados para monitoramento de políticas de mobilidade
sustentável ........................................................................................................................ 276
15
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 - Estrutura da metodologia adotada para o desenvolvimento da pesquisa .........24
Figura 2.1 - Relação entre sustentabilidade, bem-estar e prosperidade material ................32
Figura 2.2 - Tripé da Sustentabilidade.................................................................................34
Figura 2.3 - Exemplo de espaço cicloviário compartilhado entre ciclistas e pedestres em
Fortaleza ..............................................................................................................................54
Figura 2.4 - Exemplo de espaço cicloviário parcialmente segregado em Fortaleza............54
Figura 2.5 - Exemplo de espaço cicloviário totalmente segregado no Rio de Janeiro ........55
Figura 2.6 – Bicicletário ......................................................................................................56
Figura 2.7 – Paraciclo ..........................................................................................................56
Figura 2.8 - Exemplo de ciclovia não sustentável (poste) em Manaus ...............................57
Figura 2.9 - Exemplo de ciclovia não sustentável (talude erodido) em Brasília .................57
Figura 2.10 - Exemplo de ciclovia não sustentável no Rio de Janeiro ................................ 57
Figura 2.11 - Exemplo de ciclovia não sustentável no Pará ................................................57
Figura 2.12 - Exemplo de ciclovia não sustentável em São Paulo ......................................57
Figura 2.13 - Exemplo de ciclovia não sustentável em São Paulo ......................................57
Figura 2.14 - Exemplo de ciclovia não sustentável em São Paulo ......................................58
Figura 2.15 - Exemplo de ciclovia não sustentável em São Paulo ......................................58
Figura 2.16 - Exemplo de ciclovia sustentável na Holanda ................................................58
Figura 3.1 - Pirâmide de Informações de Indicadores .........................................................61
Figura 3.2 - Estágios principais de uma pesquisa ................................................................ 85
Figura 4.1 - Etapas do Processo Interativo de Decisão .......................................................98
Figura 4.2 - Estruturação do problema por meio da hierarquização em níveis ................ 100
Figura 4.3 - Atribuição dos pesos das dimensões de sustentabilidade ............................. 102
Figura 4.4 - Atribuição dos pesos das características desejáveis e impactos relevantes de
ciclovias da dimensão social............................................................................................. 102
Figura 4.5 - Atribuição dos pesos das características desejáveis e impactos relevantes de
ciclovias da dimensão econômica..................................................................................... 103
Figura 4.6 - Atribuição dos pesos das características desejáveis e impactos relevantes de
ciclovias da dimensão ambiental ...................................................................................... 103
Figura 4.7 - Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de acessibilidade e
integração com sistemas de transporte público da dimensão social ................................. 104
Figura 4.8 - Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de segurança durante a
mobilidade dos ciclistas da dimensão social .................................................................... 104
Figura 4.9 - Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de saúde e lazer da dimensão
social ................................................................................................................................. 105
Figura 4.10 - Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de equidade da dimensão
econômica ......................................................................................................................... 105
Figura 4.11 - Atribuição dos pesos dos indicadores da redução de custos provenientes de
acidentes com ciclistas na região da dimensão econômica .............................................. 105
Figura 4.12 - Atribuição dos pesos dos indicadores redução de custo de poluição atmosférica
da dimensão econômica .................................................................................................... 106
Figura 4.13 - Atribuição dos pesos dos indicadores da redução de emissão de poluentes de
gases de efeito estufa da dimensão ambiental .................................................................. 106
Figura 4.14 - Atribuição dos pesos dos indicadores da redução do nível de pressão sonora
proveniente da transferência de viagens motorizadas para o modo cicloviário da dimensão
ambiental .......................................................................................................................... 106
16
Figura 4.15 - Atribuição dos pesos dos indicadores da requalificação urbana e minimização
de danos ao meio ambiente da dimensão ambiental ......................................................... 107
Figura 4.16 - Peso final de cada variável do método a partir da atribuição de pesos pelos
especialistas ...................................................................................................................... 113
Figura 5.1 - Pontos de Contagem e de Pesquisa de Opinião 1 e 2 do Estudo de Caso do
Varjão ............................................................................................................................... 121
Figura 5.2 - Entrevistadora na ciclovia do Varjão ............................................................ 122
Figura 5.3 - Entrevistadora na ciclovia do Varjão ............................................................ 122
Figura 5.4 - Entrevistas com um usuário da ciclovia do Varjão....................................... 122
Figura 5.5 - Entrevistas com um usuário da ciclovia do Varjão....................................... 122
Figura 5.6 - Pontos de Contagem e de Pesquisa de Opinião 1 e 2 do Estudo de Caso de
Samambaia ....................................................................................................................... 124
Figura 5.7 - Entrevistas com um usuário da ciclovia de Samambaia ............................... 125
Figura 5.8 - Entrevistas com um usuário da ciclovia de Samambaia ............................... 125
Figura 5.9 - Entrevistas com usuários da ciclovia de Samambaia.................................... 125
Figura 5.10 - Entrevistas com usuários da ciclovia de Samambaia.................................. 125
Figura 5.11 - Entrevista com um usuário da ciclovia de Samambaia............................... 125
Figura 1 - Percentual de Viagens de Ciclistas por Motivo de Trabalho ou Estudo do Estudo
de Caso da ciclovia do Varjão .......................................................................................... 187
Figura 2 - Percentual de Viagens de Ciclistas por Motivo de Trabalho ou Estudo do Estudo
de Caso da ciclovia de Samambaia................................................................................... 187
Figura 3 - Disponibilidade de Estacionamento de Bicicletas Junto às Ciclovia do Estudo de
Caso do Varjão ................................................................................................................. 188
Figura 4 - Disponibilidade de Estacionamento de Bicicletas Junto às Ciclovia do Estudo de
Caso de Samambaia .......................................................................................................... 188
Figura 5 - Percepção do Ciclista com Relação a Furtos e Roubos nas Ciclovia do Estudo de
Caso do Varjão ................................................................................................................. 190
Figura 6 - Percepção do Ciclista com Relação a Furtos e Roubos nas Ciclovia do Estudo de
Caso de Samambaia .......................................................................................................... 190
Figura 7 - Frequência de Policiamento na Ciclovia do Estudo de Caso do Varjão .......... 191
Figura 8 - Frequência de Policiamento na Ciclovia do Estudo de Caso do Varjão .......... 191
Figura 9 - Localização Espacial e Conectividade com Outras Ciclovias do Estudo de Caso
da ciclovia do Varjão ........................................................................................................ 192
Figura 10 - Localização Espacial e Conectividade com Outras Ciclovias do Estudo de Caso
da ciclovia de Samambaia ................................................................................................ 192
Figura 11 - Qualidade da Sinalização das Ciclovias, dos Cruzamentos Cicloviários e do
Tratamento dos Locais Críticos do Estudo de Caso do Varjão ........................................ 193
Figura 12 - Qualidade da Sinalização das Ciclovias, dos Cruzamentos Cicloviários e do
Tratamento dos Locais Críticos do Estudo de Caso do Samambaia ................................ 193
Figura 13 - Qualidade do Pavimento das Ciclovias do Estudo de Caso do Varjão .......... 194
Figura 14 - Qualidade do Pavimento das Ciclovias do Estudo de Caso de Samambaia .. 194
Figura 15 - Qualidade da Drenagem das Ciclovia do Estudo de Caso do Varjão ............ 195
Figura 16 - Qualidade da Drenagem das Ciclovia do Estudo de Caso de Samambaia .... 195
Figura 17 - Disponibilização de Iluminação Pública nos Arredores da Ciclovia do Estudo de
Caso do Varjão ................................................................................................................. 196
Figura 18 - Disponibilização de Iluminação Pública nos Arredores da Ciclovia do Estudo de
Caso de Samambaia .......................................................................................................... 196
Figura 19 - Promoção de Saúde pela Ciclovia do Estudo de Caso do Varjão .................. 197
Figura 20 - Promoção de Saúde pela Ciclovia do Estudo de Caso de Samambaia .......... 197
17
Figura 21 - Promoção de Lazer pelas Ciclovias do Estudo de Caso do Varjão ............... 198
Figura 22 - Promoção de Lazer pelas Ciclovias do Estudo de Caso de Samambaia ........ 198
Figura 23 - Promoção de Qualidade de Vida e Redução do Nível de Estresse dos Ciclistas
do Estudo de Caso da ciclovia do Varjão ......................................................................... 199
Figura 24 - Promoção de Qualidade de Vida e Redução do Nível de Estresse dos Ciclistas
do Estudo de Caso da ciclovia de Samambaia ................................................................. 199
Figura 25 - Percentual de Ciclistas que não Possuem Veículo Particular do Estudo de Caso
das Ciclovia do Varjão ..................................................................................................... 200
Figura 26 - Percentual de Ciclistas que não Possuem Veículo Particular do Estudo de Caso
das Ciclovia de Samambaia .............................................................................................. 200
Figura 27 - Percentual de Transferência do Modo a Pé para o Cicloviário do Estudo de Caso
da Ciclovia do Varjão ....................................................................................................... 201
Figura 28 - Percentual de Transferência do Modo a Pé para o Cicloviário do Estudo de Caso
da Ciclovia de Samambaia ............................................................................................... 201
Figura 29 - Percentual de Ciclistas que se Beneficiaram dos Efeitos Positivos Indiretos
Gerados pelas Ciclovias, como Aquisição de Emprego, Educação e outras Oportunidades
dos Estudo de Caso do Varjão .......................................................................................... 202
Figura 30 - Percentual de Ciclistas que se Beneficiaram dos Efeitos Positivos Indiretos
Gerados pelas Ciclovias, como Aquisição de Emprego, Educação e outras Oportunidades
dos Estudo de Caso de Samambaia .................................................................................. 202
Figura 31 - Percentual de Ciclistas que Obtiveram Redução de Gastos Devido à Utilização
da Ciclovia do Estudo de Caso do Varjão ........................................................................ 203
Figura 32 - Percentual de Ciclistas que Obtiveram Redução de Gastos Devido à Utilização
da Ciclovia do Estudo de Caso de Samambaia................................................................. 203
Figura 33 - Redução do Nível de Pressão Sonora Proveniente da Transferência de Viagens
Motorizadas para o Modo Cicloviário do Estudo de Caso da ciclovia do Varjão ........... 206
Figura 34 - Redução do Nível de Pressão Sonora Proveniente da Transferência de Viagens
Motorizadas para o Modo Cicloviário do Estudo de Caso da ciclovia de Samambaia .... 206
Figura 35 - Promoção de Áreas Verdes nos arredores das ciclovias do Estudo de Caso da
ciclovia do Varjão ............................................................................................................. 207
Figura 36 - Promoção de Áreas Verdes nos arredores das ciclovias do Estudo de Caso da
ciclovia de Samambaia ..................................................................................................... 207
18
1. INTRODUÇÃO
1.1. APRESENTAÇÃO
19
Em várias cidades do mundo, ações em prol da sustentabilidade têm sido
direcionadas ao uso do transporte não motorizado, principalmente por meio do estímulo do
uso do modo cicloviário como meio de transporte. Incentivos têm sido oferecidos para
viabilizar a mudança dos modos motorizados para modos de transporte não motorizados,
como a construção de ciclovias, ciclofaixas, sistemas de compartilhamento de bicicletas
públicas e composição de ambientes mais agradáveis para o ciclista.
Muitas cidades ainda não apresentam infraestrutura apropriada ao transporte não
motorizado, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Há problemas de
planejamento da rede cicloviária com trechos descontínuos e falta de conexões com
terminais de transporte público de qualidade; segurança das ciclovias e ciclofaixas
implantadas, além da carência de ciclovias e ciclofaixas.
Por outro lado, é necessário que a construção de novas ciclovias busque promover
mobilidade para a demanda reprimida, inclusão social, transferência dos modos motorizados
para o modo cicloviário, redução do consumo de energia, de emissão de poluentes, de ruídos,
de acidentes, do nível de estresse dos ciclistas em relação à disputa de espaço com o tráfego
misto, aumento da segurança dos ciclistas e benefícios gerados pelo esforço físico saudável
de pedalar, fatores os quais estão intrinsecamente relacionados com a geometria e com a
qualidade da infraestrutura cicloviária.
Assim sendo, este trabalho visa discutir o tema mobilidade sustentável relacionado
com as características físicas e operacionais das ciclovias e propor um método para avaliá-
las. Com isto, será possível verificar o grau de sustentabilidade de uma ciclovia, o que
facilitará o planejamento, a elaboração de novos projetos e melhorias em ciclovias
existentes, o estabelecimento de prioridades diante das condições atuais das ciclovias,
tendências e locais que necessitam intervenção, bem como o monitoramento da eficiência
das ações tomadas.
1.3. JUSTIFICATIVA
21
Em várias cidades foram investidos vultosos recursos em infraestrutura viária, sem
os resultados esperados de diminuição dos congestionamentos. A melhoria do fluxo de
veículos proporcionada por obras de infraestrutura viária verifica-se apenas no curto prazo,
pois logo se reverte em maior uso do transporte individual e em novos congestionamentos.
Constata-se que os problemas de congestionamento não podem ser resolvidos apenas pela
construção de novas vias (MOTTA et al., 2007).
Estes problemas têm incentivado a revisão dos conceitos e formas de planejamento
e gestão urbana, principalmente no que diz respeito às questões relacionadas à gestão do
setor de transportes e à mobilidade. Muitos pesquisadores e tomadores de decisão têm
buscado novas formas de analisar, discutir e encontrar soluções para estas questões.
Há a necessidade de adoção de estratégias que reduzam a demanda de viagens por
transporte individual e que incentivem o uso de sistemas mais sustentáveis adequados ao
contexto socioeconômico de cada região.
A inclusão da bicicleta nos deslocamentos urbanos deve ser considerada medida
importante para alcançar a mobilidade sustentável. O transporte por bicicleta tem sido
implantado em vários países como uma solução mais barata e eficaz em áreas
congestionadas.
No entanto, a simples implantação de uma ciclovia pode não trazer ganhos
ambientais, sociais ou econômicos. É preciso verificar se uma determinada ciclovia
realmente proporciona impactos positivos e, quantitativamente e qualitativamente, aferir
resultados neste sentido. Assim, a realização deste trabalho justifica-se na medida em que
existe a necessidade do estabelecimento de indicadores para determinar o grau de
sustentabilidade de ciclovias, uma vez que esses indicadores permitirão avaliá-las do ponto
de vista da mobilidade sustentável.
Os indicadores de mobilidade sustentável de ciclovias também poderão auxiliar o
estabelecimento e monitoramento de diretrizes para cidades cada vez mais sustentáveis, com
foco na qualidade de vida da população.
22
1.4. OBJETIVO
23
A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta tese consiste nas etapas
apresentadas na Figura 1.1.
24
Apresenta-se a seguir a descrição da metodologia adotada para o desenvolvimento
da pesquisa:
25
3.3. Avaliação e aplicabilidade dos indicadores definidos: foram analisadas a
importância, a consistência e a viabilidade do levantamento dos dados e do cálculo dos
indicadores, definidos na etapa anterior, para selecionar os mais adequados para a construção
do método.
5. Estudo de caso: o método foi aplicado por meio de dois estudos de caso na ciclovia
do Varjão, localizada paralelamente à DF-005 (Estrada Parque Paranoá – EPPR), e na
ciclovia de Samambaia, paralela à 1a Avenida Norte e à 1a Avenida Sul.
26
5.1.1. Definição de metodologia para a coleta dos dados: a partir dos indicadores
selecionados na etapa 3.3 e da elaboração do questionário disponibilizado no apêndice para
a obtenção da opinião dos usuários das ciclovias, foi finalizada a metodologia para realizar
a coleta dos dados dos estudos de caso.
5.2. Análise dos Resultados: os resultados obtidos nos estudos de caso foram
analisados para verificar se os graus de mobilidade sustentável obtidos refletiam os aspectos
positivos e negativos da ciclovia quanto à mobilidade sustentável, bem como para fins de
comparação entre ambos os casos, além da avaliação da importância do método.
27
No quinto Capítulo, o método desenvolvido foi aplicado por meio de estudos de caso
em duas ciclovias urbanas do Distrito Federal, uma de responsabilidade do DETRAN/DF e
outra do DER/DF. Quanto à sustentabilidade das ciclovias, os resultados obtidos nos estudos
de caso foram tabulados, comparados e analisados, a fim de testar a aplicabilidade do método
criado.
O sexto Capítulo apresenta as considerações finais e as recomendações para futuros
estudos.
28
2. MOBILIDADE E SUSTENTABILIDADE
Este Capítulo tem como objetivo a discussão do objeto e da finalidade dos conceitos
de sustentabilidade, de mobilidade sustentável e de desenvolvimento sustentável, com o
intuito de reunir os conceitos para avaliar a sustentabilidade de ciclovias e adquirir base
teórica para o desenvolvimento e execução desta tese, bem como abordar a relação entre
sustentabilidade e mobilidade urbana, com o propósito de definir os elementos que
caracterizam a mobilidade como sustentável. Este Capítulo também debate como este tema
vem sendo abordado pelas políticas públicas de planejamento urbano no Brasil e no mundo.
29
O Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, possui a definição mais conhecida internacionalmente, que afirma que o
desenvolvimento sustentável é o que atende às necessidades das gerações presentes sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades
(WCED, 1987).
Outro documento de fundamental importância é a Agenda 21. Estabelecida pelos
princípios apresentados na Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
especifica os objetivos e ações necessárias para alcançar o desenvolvimento sustentável
(UNITED NATIONS, 1992).
Segundo Van Bellen (2006), o conceito do desenvolvimento sustentável foi
primeiramente discutido pela International Union for Conservation of Nature, no
documento intitulado World’s Conservation Strategy (IUCN; UNEP; WWF, 1980). O
documento afirma que para o desenvolvimento ser sustentável devem ser considerados
aspectos referentes às dimensões social e ecológica, bem como fatores econômicos, dos
recursos vivos e não vivos.
De acordo com Brüseke (1995), outros pontos importantes na discussão desse
conceito no século XX foram: o Relatório sobre os Limites do Crescimento em 1972, o
surgimento do conceito de ecodesenvolvimento em 1973, a Declaração de Cocoyok em 1974
e o relatório da Fundação Dag-Hammarskjöd em 1975.
Um dos mais conhecidos estudos decorrentes da ação do Clube de Roma, o relatório
mundialmente conhecido como “Os Limites do Crescimento”, afirma que a humanidade
corre sérios riscos de sobrevivência devido ao ritmo do crescimento da população e da
poluição, ao intenso consumismo e degradação de recursos naturais (MEADOWS et al.,
1972).
A Declaração de Cocoyok, estabelecida em uma reunião da Conferência das Nações
Unidas, concluiu que a explosão populacional é decorrente da absoluta falta de recursos em
alguns países, haja vista que quanto maior a pobreza, maior é o crescimento demográfico. O
documento ressalta que a destruição ambiental também decorre da pobreza e que os países
desenvolvidos têm grande responsabilidade nos problemas globais, pois possuem um nível
elevado de consumo (BRÜSEKE, 1995; VAN BELLEN, 2006).
30
O Relatório da Fundação Dag-Hammarskjöd discute a problemática do abuso de
poder e sua relação com a degradação ecológica. Cita também diversos exemplos de
devastação de paisagens na África do Sul e Marrocos e destaca a importância da mobilização
de forças capazes de mudar as estruturas dos sistemas vigentes (BRÜSEKE, 1995).
Autores como Sachs (1986) e Dahl (1997) alertam para a componente social do
desenvolvimento sustentável, prioritariamente questões como educação, participação e
preservação dos recursos naturais, conjuntamente com a satisfação das necessidades básicas.
Por sua vez, Van Bellen (2006) ressalta que o conceito de bem-estar não é fácil de
construir nem medir. Os indicadores sociais são considerados especialmente controversos,
pois refletem contextos políticos e julgamentos de valor.
O trabalho de Pronk e Ul Haq (1992) destaca o papel do crescimento socioeconômico
na sustentabilidade. Para eles, o desenvolvimento é sustentável quando o crescimento
econômico traz justiça e oportunidades para todos os seres humanos do planeta, sem
privilégio para algumas espécies, sem destruir os recursos naturais finitos e sem ultrapassar
a capacidade de carga do sistema.
Segundo Krama (2008), sustentabilidade não é um estado fixo, trata-se de um
processo contínuo de evolução sem o comprometimento da continuidade da vida. Bossel
(1999) afirma que a sustentabilidade é um conceito dinâmico através de um processo
evolutivo e adaptativo, sujeito a mudanças contínuas.
Para Pires (2003) sustentabilidade é um termo tomado da ecologia e diz respeito à
tendência dos ecossistemas à estabilidade, ao equilíbrio dinâmico, à homeostase (capacidade
de autorregulação dos sistemas), com base na interdependência e complementaridade de
formas vivas. Assim, sustentabilidade implica noções de estabilidade e equilíbrio dinâmico.
A sustentabilidade do desenvolvimento é um problema complexo, pois envolve
várias questões inseparáveis e exige uma reflexão sobre a própria noção de desenvolvimento,
confundida muitas vezes com crescimento. O desenvolvimento sustentável requer a
maximização de eficiência enquanto provê bem-estar.
31
A Figura 2.1 mostra que à medida que a prosperidade material aumenta, se não
houver o estabelecimento de limites sustentáveis, a ineficiência tende a aumentar. Conforme
a sustentabilidade dos recursos torne-se prioridade, a eficiência tende a aumentar dentro de
um nível ótimo de conforto. Desta maneira, percebe-se que para haver sustentabilidade é
preciso haver limitação de consumo de recursos, ou seja, o estabelecimento de limites é
necessário para o desenvolvimento sustentável de uma sociedade.
32
Pearce e Atkinson (1993) vão além da definição de sustentabilidade da Comissão de
Bruntland, afirmando que não somente a quantidade de recursos naturais, mas
principalmente o estoque de capital deve ser mantido para haver sustentabilidade. Assim
sendo, estabelecem que para a existência de desenvolvimento sustentável são necessárias
condições de manutenção do estoque de capital sempre constante. Isto significa que mesmo
que haja a redução da quantidade de um recurso natural, a sustentabilidade pode ainda existir
desde que o capital não diminua. Portanto, para Pearce e Atkinson (1993) e outros autores
que seguiram a mesma linha (REPETTO e MAGRATH, 1988), a sustentabilidade é uma
função do estoque de Capital Humano e de Capital Natural.
A definição de sustentabilidade do Relatório Brundtland é criticada por Dahl (1997),
que a acusa de ser muito geral, uma vez que não implica responsabilidades específicas a
respeito das dimensões do desenvolvimento sustentável e nem em relação às gerações
futuras. No entanto, Dahl reconhece que não é tarefa fácil conceitualizar o termo.
Segundo Rutherford (1997), é necessária uma abordagem holística para a seleção de
indicadores, de forma a representar as propriedades do sistema e não apenas os elementos
dos subsistemas. É preciso observar o problema sob diferentes perspectivas que, em sua
opinião, devem ser a econômica, a ambiental e a social.
Assim sendo, verifica-se que existem múltiplos níveis de sustentabilidade, o que leva
à questão da inter-relação dos subsistemas que devem ser sustentáveis, o que, entretanto, por
si só, não garante a sustentabilidade do sistema como um todo.
33
O conceito Triple Bottom Line foi proposto por Elkington (1994) com o intuito de
auxiliar a compreensão e disseminação da sustentabilidade por meio do tripé
“economicamente viável”, “socialmente justo” e “ecologicamente correto” (Figura 2.2),
denominado de tripé da sustentabilidade. Por meio deste tripé, o desenvolvimento passou a
ter um enfoque de crescimento sistêmico, a partir do reconhecimento de que a sociedade
depende da economia, a economia depende do ecossistema global e o ecossistema depende
da sociedade.
34
Diante do exposto, conclui-se que todos os aspectos do conceito de sustentabilidade
apresentados neste trabalho mostram a diversidade e complexidade deste termo. No entanto,
Van Bellen (2006) defende que apesar das dificuldades que essas características conferem
ao estudo do desenvolvimento sustentável, que a diversidade deste conceito deve servir não
como obstáculo na procura de seu entendimento, mas, sim, como fator de motivação criador
de novas visões sobre ferramentas para descrever e medir a sustentabilidade de diferentes
sistemas.
Com fins de delimitar o conceito adotado nos próximos itens desta tese, conceitua-
se desenvolvimento sustentável como sendo uma ideologia realista baseada na necessidade
de mudança dos padrões de desenvolvimento que apresentam risco aos ecossistemas e à vida,
visando o progresso da humanidade através de esforços contínuos baseados em valores como
eficiência, equilíbrio, ética e equidade.
2.1.2. Mobilidade
35
A mobilidade é usualmente medida nas pesquisas de origem e destino pelo número
médio de viagens que as pessoas realizam em um dia típico, por qualquer modo e para
qualquer finalidade. Já o índice de imobilidade quantifica o número de pessoas que não
realizam nenhum deslocamento (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2007).
Cabe salientar que a mobilidade é condicionada por fatores socioeconômicos da
população. Assim, a limitação da mobilidade de um cidadão pode interferir em sua condição
de acesso aos bens e serviços urbanos, de forma a diminuir sua qualidade de vida. Neste
contexto, é preciso haver condições adequadas de mobilidade e, portanto, o planejamento de
transportes deve ser norteado pela mobilidade de seus cidadãos, uma vez que a mobilidade
se tornou um requisito essencial para o funcionamento de uma sociedade moderna.
Com fins de delimitar o conceito adotado nos próximos itens desta tese, conceitua-
se mobilidade como a capacidade de um indivíduo se locomover no espaço diante de meios
físicos que permitam seu deslocamento e das condições econômicas inerentes a esta
locomoção.
A mobilidade não deve mais ser pensada apenas como um atributo de maior
velocidade, agilidade, aceleração dos movimentos e sim como um exercício democrático e
saudável dentro das cidades, que possibilite o acesso aos benefícios da urbanidade
(PONTES, 2010).
O conceito de mobilidade sustentável preza pela melhoria da eficiência energética
dos veículos, por combustíveis e tecnologias mais limpas, por formas de planejamento
urbano que minimizem as distâncias percorridas, pela diminuição do transporte individual,
pela integração de diferentes modos de transporte e pelo incentivo de meios de transporte de
alta capacidade e não motorizados.
36
A mobilidade sustentável tem sido objeto de estudos que procuram soluções e
incentivam políticas para a melhoria das qualidades social e ambiental urbanas por meio de
intervenções no sistema de transportes e no planejamento urbano. São importantes diretrizes
da mobilidade sustentável (WILLIAMS e BANISTER, 1997; BANCO MUNDIAL, 2002;
MMA et al., 2002, SEDU/PR, 2002; MOORE e JOHNSON, 1994; UNDSD, 2003;
CARVALHO, 2005; VAN BELLEN, 2006; LITMAN e BURWELL, 2006):
Planejamento integrado entre desenvolvimento urbano e transportes;
Gestão integrada do uso do solo, transportes e trânsito;
Participação efetiva do público no planejamento dos transportes;
Incentivos econômicos e prioridade ao transporte público e massivo;
Restrições a veículos particulares;
Incentivo ao transporte não motorizado;
Integração de diferentes modos de transportes;
Veículos e combustíveis mais eficientes;
Redução das emissões veiculares.
37
Possuir custo acessível para todos, operar de forma justa e eficiente, oferecer
variedade de modos de transportes, suportar uma economia competitiva, bem
como o equilíbrio do desenvolvimento regional;
Limitar as emissões e resíduos considerando a habilidade do planeta de
absorvê-los, usar recursos renováveis abaixo ou até o limite de sua taxa de
geração e recursos não renováveis abaixo ou até o limite de sua taxa de
desenvolvimento de substitutos renováveis, minimizando o impacto do uso
do solo e geração de ruído.
38
Com fins de delimitar o conceito adotado nos próximos itens desta tese, conceitua-
se mobilidade sustentável como forma de mobilidade que promova mudança de paradigma
no planejamento dos transportes, capaz de se manter ao longo do tempo sem que suas
atividades prejudiquem a saúde humana, o meio ambiente e o bem-estar social, promovendo
o desenvolvimento econômico, a eficiência da aplicação dos recursos no setor de transporte
e os meios de transporte não motorizados.
39
2.2.1. No Mundo
1
Equivalência em dióxido de carbono, CO2eq ou CO2e, é uma medida internacionalmente aceita que
expressa a quantidade de GEEs em termos equivalentes da quantidade de CO 2. A equivalência leva em conta
o potencial de aquecimento global dos gases envolvidos e calcula quanto de CO 2 seria emitido se todos os
GEEs fossem emitidos como esse gás. A medida CO2eq é usada para comparar as emissões de diversos gases
de efeito estufa baseada na quantidade de dióxido de carbono que teria o mesmo potencial de aquecimento
global (GWP), medido em um período de tempo especificado.
40
2007: Guayaquil (Equador) – implantou um BRT, denominado Metrovia, de 15
quilômetros, o qual transporta 96 mil passageiros por dia. Além disso, realizou-se a
revitalização de espaços públicos deteriorados para estimular o transporte não
motorizado;
2008: Paris (França) e Londres (Inglaterra) - Paris revolucionou o conceito de
compartilhamento de bicicletas com um sistema de alta capacidade denominado
Vélib (“Bicicletas da liberdade”). As pessoas podem pagar, até mesmo com cartões
de crédito, uma pequena taxa para usar as bicicletas e retorná-las em qualquer uma
das 1.800 estações do Vélib, localizadas a cada 300 metros. O sistema possui
atualmente 20 mil bicicletas. Até novembro de 2007 mais de 11 milhões de viagens
já haviam sido feitas. Em 2008 Paris já havia construído mais de 314 quilômetros de
ciclovias, de forma que houve um aumento de 48% nas viagens realizadas por
bicicletas em comparação com os últimos cinco anos. Além disso, três novos
corredores de BRT foram inaugurados em 2007. Paris também priorizou os pedestres
através da renovação de espaços, praças públicas, calçadas largas e novas paisagens.
Todas estas melhorias resultaram na redução de 20% de veículos no tráfego e em 9%
nas emissões de CO2. Por sua vez, Londres adotou o pedágio urbano para reduzir
problemas de congestionamento. Em 2007 o congestionamento foi reduzido em 21%,
evitando a emissão de 16% de GEE. O número de passageiros de ônibus aumentou
45% e o uso de bicicleta aumentou em 43% até 2007. A cada ano, aproximadamente
120 milhões de libras são arrecadadas pelo pedágio urbano e investidas no transporte
público;
2009: Nova York (Estados Unidos) – Nova York transformou aproximadamente 200
mil metros quadrados de espaço viário e vagas de estacionamento em ciclovias, áreas
para pedestres, praças públicas e calçadas;
2010: Ahmedabad (Índia) - o BRT Janmarg foi o primeiro do país com estações
atrativas, proteção para chuva, pagamento antecipado e embarque rápido. Os ônibus
oferecem embarque em nível para facilitar a acessibilidade de idosos, cadeirantes e
crianças. Em junho de 2011, o sistema já realizava 115 mil viagens por dia. Estima-
se que a implantação de Janmarg evite a emissão anual de 288 mil toneladas de CO2;
41
2011: Guangzhou (China) – implantou um sistema de BRT integrado com ciclovias,
sistema de empréstimos de bicicleta (113 estações, 5.000 bicicletas e 5.500 vagas
para bicicletas nas estações) e estações de metrô, transportando mais de 800 mil
passageiros por dia, ou seja, mais passageiros do que o metrô da cidade. Guangzhou
também implantou o Donghaochong Greenway, um projeto paisagístico ao longo de
um canal poluído combinado com parques, praças e transporte não motorizado;
2012 (1º semestre): São Francisco (Estados Unidos) – São Francisco promoveu o
Programa SFPark, uma medida inteligente de gerenciamento de estacionamentos em
distritos comerciais nos arredores da cidade, com a colaboração de grupos
empresariais locais e da comunidade. Também implantou o programa de espaços
públicos que criou novas praças e parques com a substituição de estacionamentos por
calçadas. A rede cicloviária foi expandida para atrair ciclistas de todas as idades.
Estima-se um aumento de 20% de viagens por bicicletas até 2020. A cidade também
implantou zonas de velocidade reduzida nas proximidades de escolas e expandiu o
Programa de ciclovia recreativa aos domingos;
2012 (2º semestre): Medellin (Colômbia) – A quantidade e qualidade dos espaços
públicos foram melhoradas, com a implantação de calçadões para pedestres e parques
ambientais. Foi também implantado um programa de bicicletas públicas com
integração com sistemas de transporte de alta capacidade, considerando pontos
estratégicos da cidade. Foi inaugurado o BRT Metroplús, com integração física e
tarifária com os sistemas locais do metrô e do bonde. Foi realizada a melhoria de
áreas onde os cruzamentos não eram adequados e onde o acesso universal não se
fazia presente, além da instalação de iluminação nos locais de travessia. Também foi
implantado o Sistema de Mobilidade Inteligente (SIMM), baseado nos Sistemas
Inteligentes de Transporte (Intelligent Transportation Systems- ITS), visando à
melhoria da fluidez da mobilidade dos usuários, segurança viária, inclusive
utilizando-se de equipamentos eletrônicos de controle de velocidade. Foi criado
também um programa de compartilhamento de carro denominado “Compartilhe o
seu carro”. Até 2012, 171 instituições aderiram ao programa. As instituições
relacionadas com mobilidade passaram a oferecer informações e serviços de
ouvidoria para os usuários por meio das redes sociais e de sites na internet. Também
foi realizado o controle de emissão do escapamento dos veículos e a melhoria local
da qualidade do enxofre;
42
2013: Cidade do México (México) – implantou vários projetos que melhoraram a
mobilidade e a qualidade de vida dos seus cidadãos, tais como o sistema de BRT.
Este foi expandido devido à construção da linha 4, um corredor que liga o centro
histórico da cidade ao aeroporto. Também foi colocado em prática um programa de
estacionamentos para veículos denominado “Ecoparq” que expandiu o antigo
sistema de bicicletas públicas denominado “Ecobici”. Foram construídas e
revitalizadas ciclovias, calçadas para pedestres e espaços e parques públicos como a
Alameda Central e a Praça Tlaxcoaque;
2014: Buenos Aires (Argentina) - Buenos Aires implantou dois sistemas de BRT: o
Metrobus, com 23 quilômetros, e o MetrobusSur, com 3,5 quilômetros,
conjuntamente com ambientes amigáveis para pedestres, além da promoção de
caminhadas, viagens de ciclistas, de emissões e o aumento de segurança.
2.2.2. No Brasil
43
A Política Nacional de Mobilidade Urbana inova ao estabelecer que todos os
municípios brasileiros com mais de 20.000 habitantes deverão elaborar um Plano de
Mobilidade Urbana, compatível com os respectivos planos diretores ou neles inserido.
Estabelece também que nos Municípios sem sistema de transporte público coletivo ou
individual, o Plano de Mobilidade Urbana deverá ter o foco no transporte não motorizado e
no planejamento da infraestrutura urbana destinada aos deslocamentos a pé e por bicicleta.
Até então, a Lei Federal nº 10.257, denominada de Estatuto da Cidade, estabelecia
que a elaboração de um plano de transporte urbano era obrigatória apenas para aqueles
municípios com mais de 500 mil habitantes. A fim de orientar os municípios no processo de
elaboração dos Planos Diretores de Transporte e de Mobilidade, o Ministério das Cidades
elaborou um guia de referência para a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana
(MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2015).
O Estatuto da Cidade possui grande importância devido a ter estabelecido as
diretrizes gerais da política urbana, mediante a garantia do direito a cidades sustentáveis,
entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à
infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as
gerações presentes e futuras. Esta lei também estabeleceu que as cidades brasileiras com
mais de 20 mil habitantes e aquelas inseridas na área de influência de empreendimentos ou
atividades com significativo impacto, integrantes de regiões metropolitanas, aglomerações
urbanas ou de áreas de especial interesse turístico devem instituir um plano diretor, aprovado
por lei municipal, como o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão
urbana, o qual deverá ser revisto, pelo menos, a cada dez anos.
Importante também é considerar o Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta,
conhecido como Bicicleta Brasil, lançado pelo Ministério das Cidades no ano de 2004. O
Programa visa estimular os municípios e estados a desenvolver e aprimorar ações que
favoreçam o uso mais seguro da bicicleta como modo de transporte. Entre os instrumentos
de implementação do Programa estão a publicação de material de capacitação, a realização
de cursos e seminários, a implantação de banco de dados, a criação de novas fontes de
financiamento e a divulgação de boas práticas (BRASIL, 2007b).
44
No Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta (BRASIL, 2007b), destaca-se a
publicação de um Caderno de Referência para Elaboração do Plano de Mobilidade por
Bicicleta nas Cidades. O caderno contém conceitos fundamentais, informações técnicas,
elementos básicos de projetos, metodologia para a elaboração de planos de mobilidade por
bicicleta e constitui importante fonte de informação técnica para os municípios e estados
brasileiros.
Merece também destaque a Lei Federal nº 8.723, de 1993, a qual estabelece limites
para os veículos novos comercializados no País, quanto à redução dos níveis de emissão de
monóxido de carbono, óxido de nitrogênio, hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, fuligem,
material particulado e outros compostos poluentes. O Conselho Nacional de Meio Ambiente
(CONAMA) tem também aprovado diversas resoluções disciplinadoras que estabelecem
especificações de calibração, regulagem e manutenção do motor, dos sistemas de
alimentação de combustível, de ignição, de carga elétrica, de partida, de arrefecimento, de
escapamento, procedimentos e limites para as emissões ambientais de gases, partículas,
opacidade e ruído.
Ênfase deve ser dada também ao Plano Nacional sobre Mudança do Clima. Publicado
em 2008 e elaborado pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima, representou um
marco importante para a formulação de políticas públicas ao ressaltar as práticas mais
relevantes de mitigação pelo setor de transportes: utilização de veículos eficientes,
modernização de frota, expansão do uso de sistemas ferroviários e aquaviários e incentivos
aos transportes coletivos em substituição aos particulares.
Como forma de confirmar legalmente estas novas diretrizes e de reforçar o
compromisso do país, em 2009 foi sancionada a Lei Federal no 12.187, a qual instituiu a
Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e, em 2010, o Decreto Federal nº 7.390,
que a regulamenta. A PNMC contém princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos que
visam compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico nacional com a proteção do
sistema climático. Para tanto, a PNMC estabelece que as políticas públicas e programas
governamentais deverão compatibilizar-se com seus princípios e instrumentos.
45
A PNMC prevê o estabelecimento de planos setoriais de mitigação e de adaptação às
mudanças climáticas com vistas à consolidação de uma economia de baixa emissão de
carbono em setores fundamentais para a economia brasileira, dentre eles o transporte público
urbano e os sistemas modais de transporte interestadual de cargas e passageiros. Os planos
setoriais visam contribuir para o atendimento de metas gradativas de redução de emissões
antrópicas quantificáveis e verificáveis, considerando as especificidades de cada setor,
inclusive por meio de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) e de Ações de
Mitigação Nacionalmente Apropriadas (Nationally Appropriate Mitigation Actions-
NAMAs).
A PNMC estabelece que os planos setoriais deveriam ser elaborados até o ano de
2012, com o seguinte conteúdo mínimo: meta de redução de emissões em 2020, incluindo
metas gradativas com intervalo máximo de três anos, ações a serem implementadas,
definição de indicadores para o monitoramento e avaliação de sua efetividade, proposta de
instrumentos de regulação e incentivo para implementação do respectivo Plano, e estudos
setoriais de competitividade com estimativa de custos e impactos.
Também importante para a mobilidade sustentável é o compromisso voluntário de
redução de gases de efeito estufa firmado pelo Governo Brasileiro. Em 2015, no período de
30 de novembro a 16 de dezembro, durante a 21a Conferência entre as Partes (COP) da
Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CQNUMC, ou em
inglês, United Nations Framework Convention on Climate Change, UNFCCC), o Brasil
firmou uma postura proativa diante das mudanças climáticas e voluntariou-se a estabelecer
metas mensuráveis de redução de emissões de CO2eq.
As seguintes metas foram estabelecidas pelo Brasil na COP 21: redução das emissões
no ano de 2025 de 37% e em 2030 de 43% em relação ao ano base de 2005, ou seja, redução
aproximada de 0,75 GtCO2eq em 2025 e de 0,88 GtCO2eq em 2030 em relação ao ano base
de 2005 (UNFCCC, 2015).
46
O Ministério dos Transportes e o Ministério das Cidades (BRASIL, 2013)
elaboraram o Plano Setorial de Transporte e da Mobilidade Urbana para Mitigação das
Mudanças Climáticas – PSTM. Foram previstas a construção de cenários de emissões e a
proposição de estudos e pesquisas para a definição de ações de abatimento. O PSTM foi
elaborado em consonância com planos e programas nacionais infraestruturantes, tais como
o Plano Nacional de Transportes e Logística - PNLT, Plano Nacional de Eficiência
Energética - PNEF, 1o Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos
Automotores Rodoviários e o 1o Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas do
Transporte Ferroviário de Cargas.
De acordo com o PSTM (BRASIL, 2013), uma das medidas consideradas necessárias
para a promoção da mitigação de poluentes locais e gases de efeito estufa é o aumento do
uso da bicicleta nos sistemas de mobilidade urbana. Porém, para calcular o abatimento é
necessário promover um levantamento sobre a extensão de infraestrutura cicloviária que está
sendo implantada no país, bem como a realização de pesquisas pós-implantação de
infraestrutura para conhecer a real transferência modal do transporte motorizado para a
bicicleta.
Destaque também deve ser dado ao Plano Nacional de Logística de Transportes
(PNLT) que vem sendo desenvolvido pelo Ministério dos Transportes e pelo Ministério da
Defesa desde 2007 para tratar do planejamento nacional de médio e longo prazos do setor
de transportes de cargas, visando propiciar a promoção da sustentabilidade ambiental e a
redução dos custos dos transportes. Em 2011, o último PNLT (BRASIL, 2011), até então
publicado, descreve um plano para a obtenção do equilíbrio da matriz brasileira de
transportes, contempla os aspectos logísticos, a integração com o planejamento territorial, a
redução de desigualdades regionais, a integração continental e serve de base à elaboração
dos Planos Plurianuais de Investimentos no horizonte de 2011 a 2031.
47
2.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS PROBLEMAS BRASILEIROS DE
MOBILIDADE
48
A Resolução nº 418 do CONAMA (BRASIL, 2009) tornou obrigatória a inspeção
veicular nos municípios do país com mais de três milhões de veículos, entretanto, muitos
destes municípios não têm seguido esta resolução. Assim, ainda circulam no país veículos
muito antigos e fora dos padrões de regulamentação nacionais. Segundo estudo realizado
pela CETESB (2011), no Brasil apenas 10% da frota (veículos antigos) responde por cerca
de 50% das emissões totais de poluentes lançados na atmosfera, devido à precária condição
de manutenção.
Observa-se nas grandes e médias cidades brasileiras a utilização intensiva do
transporte individual em detrimento do coletivo e a falta de consideração para com os meios
não motorizados. De 1992 a 2014, a indústria automobilística brasileira vivenciou uma fase
de crescimento diante de fortes incentivos governamentais, com ênfase à produção de
veículos econômicos, que podem ser financiados em até três anos. A frota brasileira de
veículos foi estimada em 1994 em 27 milhões e, em abril de 2015, em 88 milhões. Isto
representa um crescimento de 326% num período de 21 anos (DENATRAN, 2015).
Além do excesso de veículos particulares criar problemas de mobilidade nos grandes
centros diante da formação de congestionamentos, as tarifas de transporte público coletivo
têm crescido em ritmo superior ao da inflação. Segundo Gomide et al. (2012), na última
década, a tarifa de transporte público por ônibus subiu mais de 50% acima da inflação
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Tal fato tem contribuído
para o desestímulo do uso do transporte coletivo.
Além disso, Carvalho et al. (2013) apontam para a exclusão de famílias brasileiras
em função da falta de capacidade de pagamento pelos serviços de transporte, uma vez que
entre os 10% brasileiros mais pobres, cerca de 30% das famílias não efetuam gastos com
transporte. A política de vale-transporte não atinge os trabalhadores mais pobres, pois a
maioria trabalha informalmente e não possui carteira assinada.
Por outro lado, constata-se que a política de preços de combustíveis adotada
atualmente no país também gera resultados perversos sob a ótica ambiental. De forma
análoga, o comportamento do preço do óleo diesel no Brasil aponta para uma política
insustentável de mobilidade, uma vez que cresceu 129% acima da inflação nos últimos 12
anos e subiu 50% a mais do que o preço da gasolina na última década (MORAIS e COSTA,
2010, CARVALHO et al., 2013).
49
Com relação ao transporte não motorizado, apesar de a bicicleta ter sido eleita pela
ONU como o meio de transporte ecologicamente mais sustentável do planeta, a maioria das
cidades brasileiras não apresenta infraestrutura apropriada ao deslocamento de ciclistas. De
acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (2014), em 2012, no Brasil, foram
registradas 1.828 vítimas fatais e 10.649 vítimas não fatais em acidentes de trânsito
envolvendo ciclistas. Estes acidentes decorrem principalmente da precariedade da
infraestrutura disponível e inibem maior participação da bicicleta como meio de transporte
no Brasil.
De forma idêntica, a maioria das cidades brasileiras não apresenta infraestrutura
apropriada para a locomoção a pé, o que aumenta conflitos entre o pedestre com ciclistas e
outros veículos. As calçadas, quando existentes, oferecem constantemente riscos devido a
problemas como desníveis abruptos, guias e rampas irregulares; medidas mínimas exigidas
inadequadas; mobiliário urbano mal colocado; piso inadequado e péssimas condições de
manutenção. De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (2014), em 2012,
11.605 pedestres morreram e 47.921 ficaram feridos devido aos acidentes de trânsito.
Diante destas constatações, verifica-se que as ações de mobilidade no país não têm
conseguido evitar a exclusão social. Também não têm trazido resultados concretos em
termos de prioridade ao transporte coletivo urbano e ao não motorizado de forma a garantir
a sustentabilidade nos grandes centros.
50
No entanto, percebe-se que até o momento o governo brasileiro não se preocupou
suficientemente com os grandes desafios ambientais enfrentados na atualidade e sobre suas
possíveis consequências, uma vez que muitas das políticas atuais do setor de transportes
brasileiro ainda não possuem como foco a mobilidade sustentável.
Verifica-se a existência de alguns esforços brasileiros em prol da mobilidade
sustentável como a obrigação de aditivação da gasolina com álcool anidro, a exigência de
motores e combustíveis mais limpos, a substituição gradativa do diesel com menor teor de
enxofre, a criação do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), espelhado no
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), e a criação do Fundo Nacional
sobre Mudança do Clima (FNMC) com a finalidade de assegurar recursos para projetos,
estudos e financiamento de empreendimentos que visem à adaptação e mitigação da
mudança do clima.
Apesar dos esforços desenvolvidos em prol da mobilidade, estes não são suficientes
para vencer os problemas apresentados no item anterior. Para que o Brasil atinja um nível
de mobilidade sustentável comparável ao de países desenvolvidos, é necessário que o país
supere os seguintes desafios:
Melhoria contínua do marco regulatório do setor de transportes na área ambiental;
Maior capacitação financeira e técnica do setor de transportes;
Implantação de programas educacionais de conscientização da importância da
mobilidade sustentável, a fim de promover a mudança de comportamento, hábitos e
padrões de mobilidade dos usuários;
Disseminação de informações e indicadores consistentes sobre mobilidade
sustentável;
Viabilização do equilíbrio da matriz de transporte, com maior participação de modos
menos poluentes e da integração e combinação eficiente dos diversos modos;
Aumento dos investimentos públicos em infraestrutura nas modalidades ferroviária,
aquaviária e na expansão da capacidade dos aeroportos;
Utilização de modos alternativos ao rodoviário no transporte regional e inter-
regional;
Promoção do planejamento adequado do ordenamento do território;
Promoção do planejamento integrado do uso do solo e transporte;
Promoção do adensamento das áreas centrais e controle da dispersão urbana;
51
Incentivo ao uso de sistemas de mobilidade sustentável adequados ao contexto
socioeconômico de cada região;
Promoção da utilização de veículos de baixo impacto poluidor: elétricos, híbridos, a
gás natural e de tecnologias mais limpas (Euro V, Euro VI e Euro VII);
Incentivo ao uso de combustíveis e tecnologias que utilizem recursos renováveis;
Priorização da produção de combustíveis de qualidade, com baixo teor de enxofre e
poluentes em geral;
Desenvolvimento de novas fontes energéticas e aumento da eficiência energética dos
veículos flexfuel;
Priorização do transporte coletivo sobre o individual;
Desincentivo da utilização do transporte individual através da promoção de políticas
de deslocamento de usuários do transporte individual para o público;
Transferência de eventuais recursos oriundos dos mecanismos de gestão da demanda
pelo transporte individual motorizado para o aperfeiçoamento dos sistemas de
transporte público;
Implantação e incentivo ao uso de transporte público de alta qualidade, moderno e
eficiente através de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL);
Aumento da atratividade do transporte público através de políticas e propagandas;
Aumento do percentual de biodiesel adicionado ao diesel nos veículos do transporte
coletivo;
Incentivo de sistemas de transporte coletivo de alta capacidade segregados do tráfego
em geral, na modalidade adequada à realidade da área urbana: ônibus, BRT, trólebus,
bondes, veículos leves sobre trilhos, trens e metrôs;
Promoção de subsídio governamental para possibilitar o barateamento das tarifas do
transporte público coletivo;
Incentivo da criação de uma tarifa diferenciada de energia elétrica para o transporte
público que privilegie alternativas de baixo impacto poluidor;
Promoção de zonas livres de veículos particulares;
Proibição do tráfego de veículos mais poluentes em áreas centrais congestionadas ou
poluídas através de programa de etiquetagem que informe a categoria de emissão dos
veículos;
52
Obrigação nacional de etiquetagem veicular do consumo de combustível para apoiar
a escolha do consumidor;
Adoção de medidas de restrição aos veículos particulares (rodízio de veículos,
pedágio urbano, dentre outras);
Redução do número de vagas de estacionamento em áreas centrais e constante
fiscalização;
Incentivo à utilização do transporte não motorizado mediante a expansão da malha
cicloviária, com implantação de equipamentos urbanos necessários à sua operação e
integração com o transporte coletivo;
Promoção de sistemas de compartilhamento de bicicletas públicas;
Priorização da circulação de pedestres, através da infraestrutura necessária e
condições adequadas de segurança e conforto nas calçadas e nas travessias viárias;
Implantação de sistemas de controle de tráfego e de velocidade eficazes, visando o
aumento da segurança e redução de acidentes;
Implantação de programas nacionais de inspeção veicular de poluentes e ruído;
Incentivo da renovação da frota com mais de 15 anos;
Promoção de kits nacionais de retrofit para veículos antigos;
Utilização de pneus “verdes” que reduzam o consumo de combustível;
Promoção de ações de requalificação dos espaços públicos na construção e
manutenção de infraestrutura viária, visando o aumento dos espaços verdes e de
conforto ambiental;
Promoção da arborização de vias para contribuir para a redução da temperatura local
e auxiliar na proteção da infraestrutura viária diante de chuvas intensas.
53
Segundo Miranda (2007), existem três tipologias de espaços cicloviários:
Espaços Compartilhados – admite a circulação de dois ou mais modos de transporte,
como bicicleta e pedestre ou bicicleta e veículos motorizados (GONDIM, 2010),
como mostra a Figura 2.3;
55
Figuras 2.6 e 2.7: Diferença entre bicicletário (GEIPOT, 2001) e paraciclo
(CICLOATIVISMO, 2015)
56
Figuras 2.8 e 2.9: Exemplos de ciclovias não sustentáveis respectivamente em Manaus
(poste) e em Brasília (talude erodido) (GLOBO, 2015 e ASSOCIAÇÃO PARK WAY
RESIDENCIAL, 2015)
Figuras 2.10 e 2.11: Exemplo de ciclovia não sustentável respectivamente no Rio de Janeiro
(GUIMARÃES, 2012) e no Pará (PORTAL LAGARTENSE, 2011)
Figuras 2.12 e 2.13: Exemplo de ciclovias não sustentáveis em São Paulo (YARAK, 2015
e GRELLET, 2015)
57
Figuras 2.14 e 2.15: Exemplo de ciclovias não sustentáveis em São Paulo (VALINHO, 2013
e CARVALHO, 2015)
Ainda que não seja possível estabelecer uma sustentabilidade absoluta, visto que algo
sempre será sustentável ou não diante de algum parâmetro pré-definido, o presente estudo
da sustentabilidade de ciclovias é importante para possibilitar o cálculo do grau de
sustentabilidade de cada ciclovia e a comparação entre elas.
58
Neste Capítulo foram discutidos conceitos como sustentabilidade, desenvolvimento
sustentável, mobilidade sustentável, mobilidade e sustentabilidade, sustentabilidade de
ciclovias, bem como a aplicação do conceito e de ações de mobilidade sustentável no mundo
e no brasil, os desafios da mobilidade sustentável no Brasil e considerações sobre os
problemas brasileiros de mobilidade. No próximo Capítulo foram discutidos os conceitos de
indicadores, a identificação e análise de indicadores de mobilidade sustentável, ciclovias
sustentáveis e possíveis indicadores de mobilidade sustentável aplicáveis a ciclovias.
Também são estabelecidos critérios para a identificação de indicadores de mobilidade
sustentável aplicáveis em ciclovias, propostos indicadores de mobilidade sustentável
aplicáveis em ciclovias, normalizados os indicadores propostos e, por fim, apresenta-se a
metodologia utilizada para desenvolver o questionário de opinião a ser aplicado aos usuários
da ciclovia.
59
3. INDICADORES DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL APLICÁVEIS A
CICLOVIAS
3.1. INDICADORES
60
A Figura 3.1 demonstra que os indicadores são instrumentos que auxiliam na redução
da quantidade de informação até um número adequado de parâmetros para análise. Assim
sendo, os indicadores têm o potencial de traduzir conceitos abstratos e difíceis de serem
mensurados em entidades operacionais e mensuráveis, fornecendo uma informação
resumida sobre determinado fato (WRI, 1995). Agregados através de métodos aritméticos
ou regras de decisão, permitem a construção de índices, os quais podem simplificar ainda
mais alguns parâmetros complexos.
61
A metodologia para a coleta e o processamento dos dados, bem como para a
construção dos indicadores, deve ser clara, transparente e padronizada;
Os indicadores ou grupo de indicadores devem ser financeiramente viáveis;
Os meios para construir e monitorar os indicadores devem estar disponíveis,
incluindo capacidade financeira, humana e técnica;
Deve existir aceitação política dos indicadores, uma vez que indicadores não
legitimados pelos tomadores de decisão são incapazes de influenciar as
decisões.
62
Segundo o Instituto de Recursos Mundiais - World Resources Institute – WRI (1995)
e Machado (2010), os indicadores têm duas funções básicas:
Descritiva: aportam informações sobre uma determinada realidade empírica,
situação social ou ação política; e
Valorativa: agregam informação de juízo de valor a uma situação. Deste modo,
os indicadores podem ser utilizados na gestão de políticas públicas, a partir da
comparação temporal:
Ex-ante: a partir do diagnóstico de uma situação, para subsidiar a
definição do problema;
In curso: a partir do monitoramento e avaliação da execução, revisão do
planejamento e correção de desvios; e
Ex-post: a partir da avaliação por meio dos resultados e alcance de metas.
63
Segundo Gudmundsson (2001), uma das questões mais difíceis na seleção e
utilização dos diferentes indicadores de sustentabilidade são suas inter-relações. Deve-se
evitar que os mesmos custos ou benefícios sejam levados em conta duas ou mais vezes e que
apresentem contradições ou ambivalência em relação à sustentabilidade.
Também nem sempre é possível relacioná-los claramente aos três pilares da
sustentabilidade: social, ambiental e econômico, pois alguns indicadores relacionam-se com
mais de uma dimensão. Dependendo das razões para sua inclusão, podem descrever um
problema diferente (MACHADO, 2010).
Ressalta-se que as unidades de medida dos indicadores devem ser normalizadas para
facilitar comparações (per capita, por ano, quilômetro, veículo/ano, moeda, etc), uma vez
que elas dependem da forma como os problemas são definidos e as soluções priorizadas
(LITMAN, 2008b).
Por fim, cabe salientar que a Agenda 21 (UNITED NATIONS, 1992) apontou que
indicadores de desenvolvimento sustentável precisam ser desenvolvidos para fornecer bases
sólidas para a tomada de decisões em todos os níveis e contribuir para a sustentabilidade da
autorregulação do meio ambiente e de sistemas integrados de desenvolvimento.
Assim sendo, verifica-se a necessidade do desenvolvimento e monitoramento de
indicadores de mobilidade relacionados com o conceito de sustentabilidade, inclusive em
ciclovias, uma vez que ainda não existe um sistema de indicadores para este relevante modo
de transporte.
64
Ao todo foram analisados 17 sistemas de indicadores de mobilidade sustentável, um
total de 650 indicadores, os quais foram utilizados como base para a construção de
indicadores aplicáveis em ciclovias no tópico 3.3:
65
A Tabela 3.1 apresenta uma síntese dos indicadores destes sistemas que podem ser
relacionados com ciclovias sustentáveis. Na Tabela, ao lado de cada tema, são apresentados
diversos indicadores. Tais indicadores, além de outros, são descritos com maior
profundidade no Anexo A.
66
Tabela 3.1: Síntese dos indicadores analisados
TEMAS INDICADORES
67
TEMAS INDICADORES
68
TEMAS INDICADORES
69
TEMAS INDICADORES
70
TEMAS INDICADORES
71
TEMAS INDICADORES
73
TEMAS INDICADORES
74
A análise dos 650 indicadores considerados nesta Teste, cujo resumo consta da
Tabela 3.1, em conjunto com diversas considerações e critérios apresentados nos próximos
itens deste capítulo, possibilitaram selecionar e criar indicadores voltados à sustentabilidade
de ciclovias, capazes de gerar um método para determinar a sustentabilidade de ciclovias.
75
3.3.1. Considerações e Critérios para a Identificação de Indicadores de Mobilidade
Sustentável Aplicáveis em Ciclovias
O conceito Triple Bottom Line, proposto por Elkington (1994), com o intuito de
auxiliar a compreensão e disseminação da sustentabilidade por meio do tripé
economicamente viável, socialmente justo e ecologicamente correto, denominado de
tripé da sustentabilidade, apresentado no Capítulo 2, foi utilizado para a definição
das dimensões de sustentabilidade, empregadas para a identificação dos indicadores
(social, econômica e ambiental);
As recomendações do guia de auxílio à seleção de indicadores de mobilidade
sustentável de Litman (2008b) foram seguidas para permitir a seleção, adaptação e
construção de indicadores baseados em informações confiáveis, acessíveis, rápidas e
precisas para esta situação particular. Litman (2008b) defende que há uma tensão
entre a conveniência prática e a abrangência (alcance) ao selecionar indicadores e
ressalta que indicadores mais simples devem ser selecionados pela facilidade de
coleta e por sua capacidade de propiciar a tomada de decisão. Um pequeno conjunto
de indicadores, utilizando-se de dados disponíveis, é conveniente e prático para
coletar, analisar e utilizar, desde que cuidados sejam tomados para não negligenciar
os impactos importantes; ao contrário, um conjunto maior, embora mais abrangente,
pode gerar problemas para a coleta de dados, elevados custos de análise e prazos
longos;
A seleção dos indicadores voltados às ciclovias foi definida de modo que sua
aplicação possa ser realizada basicamente por meio de consultas diretas a órgãos
ligados à mobilidade urbana e de informações coletáveis com pesquisas de opinião
com ciclistas;
Os indicadores identificados foram submetidos a uma pesquisa de opinião com
ciclistas e especialistas em transportes com a intenção de refiná-los e torná-los mais
consistentes e aplicáveis;
76
Os indicadores de mobilidade de transporte de carga dos sistemas de indicadores
citados no tópico 3.2 não foram utilizados, uma vez que a bicicleta é utilizada
basicamente para a mobilidade de pessoas e não de bens;
Por não serem aplicáveis à mobilidade sustentável referente a ciclovias, os
indicadores dos seguintes temas não foram utilizados:
No sistema de transporte público: fiscalização, política tarifária, idade da
frota, parâmetros operacionais (velocidade, frequência, pontualidade, índice
de passageiros/km e outros) e rendimento dos operadores de transporte;
No sistema de tráfego: taxa de ocupação de veículos automotores, velocidade
de tráfego, custos de congestionamento, carga e descarga, gerenciamento de
tráfego e receitas públicas provenientes de impostos e taxas do sistema de
tráfego;
Evolução de preços de combustíveis e de eletricidade relacionados com
custos por passageiro transportado;
Despesas públicas e privadas em sistemas de transporte e de tráfego.
77
3.3.2. Ciclovias Sustentáveis
2
Equidade é um termo original do latim “equitas” e refere-se à igualdade. Atualmente, este conceito
tem sido amplamente utilizado como orientador de políticas de diversas áreas, com o propósito de torná-las
mais razoáveis e justas. A equidade visa à semelhança de oportunidades, baseando-se em valores como a
ética e a justiça na distribuição de oportunidades.
78
3.3.3. Proposição de Indicadores de Mobilidade Sustentável Aplicáveis em Ciclovias
Com base nos indicadores analisados no tópico 3.2, nas considerações e critérios
estabelecidos no tópico 3.3.1 e nas características desejáveis e impactos relevantes de
ciclovias sustentáveis definidas no tópico 3.3.2, a Tabela 3.3 foi elaborada com o intuito de
definir indicadores econômicos, ambientais e sociais aplicáveis em ciclovias. Para cada
característica/impacto da Tabela 3.2 foram desenvolvidos indicadores específicos com suas
respectivas unidades de medida.
79
Dimensão de Unidade de
Características/Impactos Indicador
Sustentabilidade medida
Ocorrência
muito baixa
Ocorrência
baixa
Muito boa
Frequência de Boa
policiamento nas Nem
imediações da boa/nem ruim
ciclovia Ruim
Muito Ruim
Muito boa
Localização Boa
espacial e Nem
conectividade com boa/nem ruim
outras ciclovias Ruim
Muito Ruim
Qualidade da Muito boa
sinalização da
Boa
Social ciclovia, dos
Nem
cruzamentos
boa/nem ruim
cicloviários e do
tratamento dos Ruim
locais críticos Muito Ruim
Muito boa
Boa
Qualidade do
Nem
pavimento da
boa/nem ruim
ciclovia
Ruim
Muito Ruim
Muito boa
Boa
Qualidade da
Nem
drenagem da
boa/nem ruim
ciclovia
Ruim
Muito Ruim
Muito boa
Disponibilização
Boa
de iluminação
Nem
pública nos
boa/nem ruim
arredores da
ciclovia Ruim
Muito Ruim
80
Dimensão de Unidade de
Características/Impactos Indicador
Sustentabilidade medida
Promoção de
%
atividade de lazer
Muito boa
Promoção de
Boa
qualidade de vida e
Nem
redução do nível de
boa/nem ruim
estresse dos
ciclistas Ruim
Muito Ruim
Percentual de
ciclistas que não
%
possuem veículo
particular
Percentual de
transferência do
%
modo a pé para o
cicloviário
Percentual de
ciclistas que se
beneficiaram dos
efeitos positivos
Promoção de equidade
Econômica indiretos gerados %
pela ciclovia como
aquisição de
emprego, educação
e outras
oportunidades
Percentual de
ciclistas que
obtiveram redução
%
de gastos devido à
utilização da
ciclovia
Variação anual da
quantidade de
Redução de custos
ciclistas mortos em
provenientes de acidentes %
acidentes na região
com ciclistas na região
da ciclovia por
habitante por ano
Redução do custo
anual de poluentes
devido à
Redução de custo de
transferência de R$ por ano
poluição atmosférica
viagens
motorizadas para o
modo cicloviário
81
Dimensão de Unidade de
Características/Impactos Indicador
Sustentabilidade medida
Redução de
emissão de Toneladas de CO2eq
poluentes de gases por ano.
de efeito estufa
Ambiental Toneladas de
Redução de emissões de
poluentes locais
poluentes atmosféricos
Redução de (monóxido de
emissão de carbono (CO) e
poluentes locais óxidos de
nitrogênio, (NOx))
por ano
Redução do nível Muito boa
de pressão sonora
Boa
proveniente da
Redução do nível de Nem
transferência de
pressão sonora boa/nem ruim
viagens
motorizadas para o Ruim
modo cicloviário Muito Ruim
Muito boa
Boa
Promoção de áreas Nem
verdes boa/nem ruim
Ruim
Muito Ruim
Qualidade das Muito boa
áreas nas Boa
imediações da Nem
ciclovia em termos boa/nem ruim
de não abandono e Ruim
Requalificação urbana e degradação Muito Ruim
minimização de danos ao Muito boa
meio ambiente Compatibilidade da
Boa
ciclovia com o uso
Nem
e ocupação do solo
boa/nem ruim
e com a legislação
em vigor Ruim
Muito Ruim
Intensidade de
Sem
danos causados ao
impactos
meio ambiente
Impactos de
devido à
pequeno porte
construção ou
Impactos
restauração da
significativos.
ciclovia
82
É importante ressaltar que oito especialistas em mobilidade urbana, de nível sênior,
com larga experiência em mobilidade urbana, auxiliaram na construção das Tabelas 3.2 e
3.3, por meio de recomendações e críticas, de forma a possibilitar o alcance dos seguintes
resultados:
83
Apresenta-se a seguir a metodologia utilizada para construir o questionário.
Neste trabalho, foi utilizado o terceiro caminho, a fim de permitir que valores sejam
atribuídos a alguns indicadores por meio de pesquisa de opinião com o usuário.
O levantamento de dados por pesquisa assegura melhor representatividade e permite
generalização para uma população mais ampla (GÜNTHER, 2003).
Com o objetivo de adquirir conhecimento para a elaboração de um questionário
adequado, realizou-se uma revisão de literatura sobre como elaborar um questionário, de
modo a levantar as principais orientações das principais referências no assunto.
De acordo com Yaremko et al. (1986), um questionário pode ser definido como “um
conjunto de perguntas sobre um determinado tópico que não testa a habilidade do
respondente, mas mede sua opinião, seus interesses, aspectos de personalidade e informação
biográfica”.
Para a elaboração do questionário em tela, partiu-se da seguinte reflexão: qual é o
objetivo da pesquisa em termos dos conceitos a serem pesquisados e da população alvo?
Desta forma, o objetivo do estudo possibilitou a determinação da forma do instrumento, das
perguntas a serem respondidas, da maneira da sua aplicação, da população alvo e da amostra
necessária.
O tamanho da amostra para a aplicação da pesquisa em cada ciclovia foi definido
posteriormente no Capítulo 5, segundo critérios técnicos.
84
A Figura 3.2 apresenta os estágios principais de uma pesquisa (SCHUMAN e
KALTON, 1985). A partir dos objetivos de uma pesquisa é possível realizar o levantamento
das relações conceito/item e população alvo/amostra. Estas relações determinam a maneira
de administrar o questionário, de como editá-lo e codificá-lo e de como os dados devem ser
processados e analisados.
Quais são as razões que levam uma pessoa a responder um instrumento de pesquisa?
Dillman (1978), Rodeghier (1996) e Günther (2003) definem questões importantes para
maximizar a disposição do respondente de participar da pesquisa:
Estabelecer confiança:
Identificando-se com uma instituição conhecida e legitimada;
Aproveitando relacionamentos de troca (brindes e elogios);
Oferecendo um sinal de apreciação antecipada;
Mostrando que a opinião do respondente é valorizada;
Deixando o respondente falar o que pensa e o ouvindo com atenção;
Mantendo o nível de interesse do respondente o mais alto possível;
Mantendo o nível de atenção do respondente o mais alto possível;
85
Reduzir o custo de responder:
Fazendo com que a tarefa pareça breve;
Mantendo a tarefa do respondente o mais fácil possível;
Reduzindo esforços físico e mental requeridos;
Direcionando do item mais geral para o mais específico; do menos delicado
e menos pessoal, para o mais delicado e mais pessoal;
Levando em consideração na formulação do questionário o nível educacional
dos respondentes;
Eliminando a possibilidade de embaraços;
Eliminando qualquer implicação de subordinação;
Eliminando qualquer custo financeiro;
Recompensar o respondente:
Demonstrando consideração;
Tornando o instrumento interessante;
Oferecendo apreciação verbal usando uma abordagem consultiva;
Apoiando seus valores.
86
Além disso, uma das principais preocupações em pesquisas empíricas é a definição
da escala de medida apropriada para a coleta de informações. Diante desta apreensão,
verificou-se que para quantificar e qualificar a sustentabilidade de uma ciclovia, a escala
Likert seria adequada, uma vez que permite ao respondente responder uma pergunta de
acordo com uma escala de alternativas.
A escala Likert é um tipo de escala de resposta psicométrica (LIKERT, 1932),
largamente utilizada em pesquisas, utilizada em levantamento de atitudes, opiniões e
avaliações (ALEXANDRE et al., 2003, GÜNTHER, 2003, MOLITERNO, 2010).
A discussão sobre o número de categorias a ser definido na escala baseia-se,
particularmente, na necessidade ou não de inclusão da categoria central. Um questionamento
importante referente a essa escala é a definição do número apropriado de categorias a ser
incluído no questionário, de forma simétrica ou com um número ímpar de categorias, com a
categoria do meio (central) representando uma indecisão.
Em seu trabalho, Alexandre et al. (2003) afirmam que “a retirada da categoria central
pode conduzir o entrevistado a ter uma tendência de marcar na escala uma posição positiva
ou negativa. Independentemente do número de alternativas é importante que estejam
balanceadas e exista para o respondente a opção de não se comprometer, que é diferente de
não saber opinar”.
Uma das grandes preocupações em qualquer pesquisa, em particular naquelas onde
o elemento humano é o decisor das informações com base em sua percepção, é o registro da
real opinião do entrevistado. Assim sendo, este trabalho se preocupou bastante com esta
questão. Na definição das alternativas das respostas, cada indicador foi individualmente
considerado.
O questionário elaborado para possibilitar a mensuração dos 28 indicadores encontra-
se disponibilizado no Apêndice B desta tese.
Uma questão importante a ser discutida é a dos critérios para a tomada de decisão em
relação à associação do valor que representa a condição de um indicador, uma vez que
normalmente os valores de diferentes indicadores não são comparáveis entre si, de forma a
inviabilizar a sua agregação imediata.
87
Assim sendo, buscou-se normalizar para uma mesma escala de valores os diferentes
indicadores utilizados nesta tese para viabilizar a sua agregação.
Segundo Costa (2008), a normalização dos critérios ou indicadores visa permitir sua
agregação e comparação. O processo de normalização é necessário, uma vez que os valores
que caracterizam diferentes indicadores não são comparáveis entre si e são representados
frequentemente através de diferentes escalas, o que inviabiliza a sua agregação imediata.
Para o cálculo do Índice de Mobilidade Urbana Sustentável - IMUS (COSTA, 2008)
foi realizado um processo para a obtenção de uma pontuação normalizada para os valores
dos indicadores, definida entre os limites mínimo e máximo de 0,00 a 1,00, respectivamente.
O método para a obtenção desta pontuação variou de um indicador para outro, dependendo
da natureza da informação associada ao mesmo (informação quantitativa e/ou qualitativa).
A maior parte dos processos de normalização utiliza um valor máximo e outro
mínimo para a definição de uma escala, em que a forma mais simples para a obtenção dos
valores intermediários é uma variação linear (EASTMAN, 1997 e COSTA, 2008). A
normalização é feita com base nos valores apresentados na escala de avaliação por meio de
associação direta ou interpolada.
Para facilitar o processo de normalização dos indicadores aplicáveis em ciclovias e
atender às diferentes características dos mesmos, foram construídas Tabelas com uma escala
de avaliação para cada indicador, com limites mínimo e máximo fixados (0,00 e 1,00,
respectivamente) e valores de referência para a pontuação do indicador. Estas Tabelas estão
disponíveis nas fichas dos indicadores nos apêndices.
Cabe ressaltar que as escalas de avaliação propostas nesta tese permitem tornar os
indicadores comparáveis e possíveis de serem agregados por meio de um método
matemático.
Os valores das escalas de avaliação dos indicadores da mobilidade sustentável em
ciclovias foram estabelecidos com base na revisão da literatura, em padrões nacionais e
internacionais, em experiências já difundidas no desenvolvimento de índices, em indicadores
urbanos e em análise inédita da autora desta tese.
88
A metodologia utilizada para a normalização dos indicadores baseou-se nas
instruções de Costa (2008):
“Após a definição do questionário, priorizando a síntese do número de
quesitos, deve ser procedida a apuração que levará à determinação dos
indicadores. Alguns critérios para essa apuração devem ser estabelecidos como:
(1) Pontuação dos quesitos: determinação de uma escala de valores para
pontuação dos quesitos que compõem os questionários;
(2) Apuração dos questionários: visa determinar a forma como se dará a
apuração dos questionários;
(3) Critérios para apuração dos indicadores: estabelecimento do procedimento
de cálculo e o estabelecimento de limites inferiores e superiores para a composição
de faixas de indicadores;
(4) Interpretação dos indicadores: trata dos procedimentos que devem ser
aplicados para o uso dos indicadores e seus graus de sustentabilidade”.
89
4. MÉTODO PARA A DETERMINAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE
CICLOVIAS
Segundo Miller (1956), o ser humano tem dificuldades para considerar um número
elevado de fatores e elencá-los simultaneamente conforme sua importância. Diante desta
limitação, diversos métodos e ferramentas de apoio à decisão foram elaborados para auxiliar
na sistematização de informações e definição de preferências, permitindo a análise de
problemas complexos não tratáveis pelos procedimentos intuitivos empíricos usuais.
A fim de evitar que decisões sejam tomadas com base em único critério, surgiram os
métodos multicritérios, que permitem análises baseadas em vários itens, proporcionando um
processo de decisão mais robusto.
Ao discutir a complexidade de problemas de mobilidade sustentável, Marshall (2001)
e Banister (2008) recomendaram o uso da análise multicritério para analisar problemas
ambientais e sociais.
91
Uma diferença importante entre a Escola Americana e a Europeia é que a Americana
assume que todos os estados são comparáveis e que existe a transitividade nas relações de
preferência, não permitindo alternativas incomparáveis. Ou seja, se A é preferível a B e B é
preferível a C, então A é preferível a C. Ao contrário da Escola Americana, a Escola
Europeia permite uma modelagem mais flexível, uma vez que aceita a incomparabilidade
entre alternativas, permitindo aos especialistas uma das seguintes alternativas:
Uma alternativa é indiferente a outra;
Uma alternativa é incomparável a outra;
Uma alternativa é preferível a outra com preferência forte;
Uma alternativa é preferível a outra com preferência fraca.
92
O método AHP decompõe um problema multicritério complexo em um sistema de
hierarquia de objetivos para gerar uma matriz com a importância relativa das alternativas em
cada critério (objetivo). Em síntese, este método utiliza as comparações par a par de cada
elemento do mesmo nível hierárquico por meio do julgamento de especialistas para
mensuração de critérios quantitativos, qualitativos, tangíveis e intangíveis. A comparação
par a par é um procedimento dividido em três etapas: definição de uma hierarquia, definição
dos pesos dos atributos e cálculo dos valores finais por alternativas.
Todos os indicadores são comparados par a par por especialistas que utilizam as
escalas de valores apresentadas na Tabela 4.1.
93
Outro método bastante conhecido da escola Americana é o MACBETH (Measuring
Attrativeness by a Categorical Based Evaluation Technique), criado por Costa e Vansnick
(1994). Este método é baseado no método de utilidade aditiva que necessita somente de
julgamentos qualitativos sobre as diferenças de valor e ajuda os especialistas a quantificar a
atratividade relativa entre as opções. Em síntese, o método MACBETH visa construir uma
escala de intervalos de preferência sobre um conjunto de ações, sem a necessidade de
representação numérica destas preferências, ou seja, por meio do julgamento qualitativo
mede-se a diferença de atratividade entre as alternativas. A expressão dos julgamentos dos
especialistas é feita por uma escala semântica formada por seis categorias: muito fraca, fraca,
moderada, forte, muito forte e extrema.
94
4.3.3. Outros Métodos Multicritérios
95
4.4. CONSIDERAÇÕES SOBRE A ESCOLHA DO MÉTODO MULTICRITÉRIO
PARA A CONSTRUÇÃO DO MODELO
Optou-se pela escolha de um método da Escola Americana, uma vez que o método
desenvolvido necessitou que todos os indicadores fossem analisados, comparados e
recebessem pesos de acordo com sua importância diante da mobilidade sustentável, não
permitindo alternativas incomparáveis. Desta forma, foram excluídos os métodos
multicritérios da Escola Europeia.
96
Inicialmente, pensou-se em usar o método AHP, um dos mais utilizados atualmente,
para permitir a realização par a par dos indicadores. No entanto, segundo Frasson (2011),
diversos autores levantaram dúvidas sobre as complicações que podem surgir com o uso do
AHP, como a ausência de fundamento de teoria estatística e o fato do número de
comparações requeridas ser muitas vezes considerado alto.
Para o estudo em questão, a especialista em métodos multicritérios da UNICAMP
sugeriu como opção o método da Função Multiatributo Aditiva, por ser uma abordagem
muito utilizada, cuja intenção é a associação de um valor a cada indicador, produzindo uma
ordem de preferência entre os indicadores de modo consistente com os julgamentos de valor
dos especialistas, ponderando-os, de acordo com sua respectiva importância aos demais.
Diante desta indicação e das considerações apresentadas no tópico 4.3, optou-se por
utilizar este método da Escola Americana denominado Teoria da Utilidade Multiatributo
(Multiattribute Utility Theory) ou Função Multiatributo Aditiva.
97
Segundo Vilas Boas (2005), as hierarquias geralmente são utilizadas em situações
que envolvem incerteza, a exemplo dos problemas ambientais, e devem ser construídas de
tal forma que:
Incluam todos os elementos importantes para a avaliação, permitindo que, se
necessário, eles possam ser modificados ao longo do processo;
Considerem o ambiente que cerca o problema;
Identifiquem as questões ou atributos que contribuam para a solução;
Identifiquem os participantes envolvidos com o problema.
Outro ponto forte desta metodologia é a forma de agregação dos indicadores, que
exige que o tomador de decisão participe ativamente no processo de estruturação e na
avaliação do problema, o que contribui para tornar os resultados propostos pelo método mais
consistentes.
A metodologia Função Multiatributo Aditiva, adotada neste trabalho, divide-se nas
seguintes etapas para possibilitar a composição de um processo interativo de decisão, como
mostra a Figura 4.1.
98
4.6.1. Estruturação do Problema
101
Para cada nível hierárquico foi realizado o cálculo das médias dos especialistas, com
o propósito de buscar homogeneizar suas respostas. As médias finais foram ponderadas de
acordo com seus pesos, para que ao todo, o método totalizasse 100%.
As Figuras 4.3 a 4.15 foram elaboradas para facilitar o entendimento e a atribuição
pelos especialistas dos pesos para cada nível hierárquico.
Figura 4.4: Atribuição dos pesos das características desejáveis e impactos relevantes de
ciclovias da dimensão social
102
Figura 4.5: Atribuição dos pesos das características desejáveis e impactos relevantes de
ciclovias da dimensão econômica
Figura 4.6: Atribuição dos pesos das características desejáveis e impactos relevantes de
ciclovias da dimensão ambiental
103
Figura 4.7: Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de acessibilidade e
integração com sistemas de transporte público da dimensão social
Figura 4.8: Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de segurança durante a
mobilidade dos ciclistas da dimensão social
104
Figura 4.9: Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de saúde e lazer da dimensão
social
Figura 4.10: Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de equidade da dimensão
econômica
Figura 4.11: Atribuição dos pesos dos indicadores da redução de custos provenientes de
acidentes com ciclistas na região da dimensão econômica
105
Figura 4.12: Atribuição dos pesos dos indicadores redução de custo de poluição atmosférica
da dimensão econômica
Figura 4.13: Atribuição dos pesos dos indicadores da redução de emissão de poluentes de
gases de efeito estufa da dimensão ambiental
Figura 4.14: Atribuição dos pesos dos indicadores da redução do nível de pressão sonora
proveniente da transferência de viagens motorizadas para o modo cicloviário da dimensão
ambiental
106
Figura 4.15: Atribuição dos pesos dos indicadores da requalificação urbana e minimização
de danos ao meio ambiente da dimensão ambiental
Os graus de importância das variáveis nos três níveis da estrutura hierárquica foram
estabelecidos por meio de pesos, atribuídos pelos especialistas. Os valores foram tratados
por meio do procedimento de média aritmética, conforme mostram as Tabelas 4.2 a 4.14.
Tabela 4.2: Atribuição dos pesos das dimensões de sustentabilidade pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Social 40% 60% 40% 40% 50% 30% 33,3% 40% 20% 39,3%
Ambiental 40% 25% 35% 40% 30% 30% 33,3% 35% 30% 33,1%
Econômica 20% 15% 25% 20% 20% 40% 33,3% 25% 50% 27,6%
Tabela 4.3: Atribuição dos pesos das características desejáveis e impactos relevantes de
ciclovias da dimensão social pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Promoção de
acessibilidade e
integração com 40% 40% 30% 30% 30% 60% 30% 30% 70% 40,0%
sistemas de transporte
público
Promoção de
segurança durante a
40% 50% 40% 40% 50% 25% 60% 50% 20% 41,7%
mobilidade dos
ciclistas
Promoção de saúde e
20% 10% 30% 30% 20% 15% 10% 20% 10% 18,3%
lazer
107
Tabela 4.4: Atribuição dos pesos das características desejáveis e impactos relevantes de
ciclovias da dimensão econômica pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Promoção de
40% 65% 25% 40% 35% 20% 60% 10% 30% 36,1%
equidade
Redução de custos
provenientes de
30% 25% 50% 30% 50% 40% 20% 50% 30% 36,1%
acidentes com
ciclistas na região
Redução de custo
de poluição 30% 10% 25% 30% 15% 40% 20% 40% 40% 27,8%
atmosférica
Tabela 4.5: Atribuição dos pesos das características desejáveis e impactos relevantes de
ciclovias da dimensão ambiental pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Redução de emissão
de poluentes 70% 40% 33,33% 30% 25% 30% 35% 50% 40% 39,3%
atmosféricos
Redução do nível de
10% 10% 33,33% 20% 25% 10% 25% 20% 20% 19,3%
pressão sonora
Requalificação
urbana e
minimização de 20% 50% 33,33% 50% 50% 60% 40% 30% 40% 41,4%
danos ao meio
ambiente
108
Tabela 4.7: Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de segurança durante a
mobilidade dos ciclistas da dimensão social pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Percepção do ciclista
com relação a furtos e 10% 10% 25% 12% 5% 20% 10% 10% 10% 12,4%
roubos na ciclovia
Frequência de
policiamento nas 10% 20% 15% 12% 5% 20% 10% 10% 10% 12,4%
imediações da ciclovia
Localização espacial e
conectividade com 10% 15% 10% 16% 30% 10% 20% 30% 10% 16,8%
outras ciclovias
Qualidade da sinalização
da ciclovia, dos
cruzamentos
30% 20% 5% 20% 5% 20% 25% 30% 30% 20,6%
cicloviários e do
tratamento dos locais
críticos
Qualidade do pavimento
20% 10% 15% 18% 5% 5% 10% 5% 20% 12,0%
da ciclovia
Qualidade da drenagem
10% 10% 5% 6% 30% 5% 10% 5% 5% 9,6%
da ciclovia
Disponibilidade de
iluminação pública nos 10% 15% 25% 16% 20% 20% 15% 10% 15% 16,2%
arredores da ciclovia
Tabela 4.8: Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de saúde e lazer da dimensão
social pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Promoção de saúde 30% 15% 30% 25% 30% 20% 40% 25% 40% 28,3%
Promoção de atividade
30% 25% 30% 25% 30% 20% 10% 25% 40% 26,1%
de lazer
Promoção de qualidade
de vida e redução do
40% 60% 40% 50% 40% 60% 50% 50% 20% 45,6%
nível de estresse dos
ciclistas
109
Tabela 4.9: Atribuição dos pesos dos indicadores da promoção de equidade da dimensão
econômica pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Percentual de ciclistas
que não possuem 25% 10% 20% 15% 30% 5% 20% 10% 30% 18,3%
veículo particular
Percentual de
transferências do modo a 25% 20% 20% 15% 40% 20% 20% 10% 20% 21,1%
pé para o cicloviário
Percentual de ciclistas
que se beneficiaram dos
efeitos positivos
indiretos gerados pela 25% 30% 30% 10% 10% 35% 20% 40% 20% 24,5%
ciclovia como aquisição
de emprego, educação e
outras oportunidades
Percentual de ciclistas
que obtiveram redução
25% 40% 30% 60% 20% 40% 40% 40% 30% 36,1%
de gastos devido à
utilização da ciclovia
Tabela 4.10: Atribuição dos pesos dos indicadores da redução de custos provenientes de
acidentes com ciclistas na região da dimensão econômica pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Variação anual da
quantidade de
ciclistas mortos em
100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
acidentes na região
da ciclovia por
habitante por ano
Tabela 4.11: Atribuição dos pesos dos indicadores da redução de custos de poluição
atmosférica da dimensão econômica pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Redução de custo
anual de poluentes
devido à
transferência de 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
viagens motorizadas
para o modo
cicloviário
110
Tabela 4.12: Atribuição dos pesos dos indicadores da redução de emissão de poluentes de
gases de efeito estufa da dimensão ambiental pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Redução de emissão de
poluentes de gases de 50% 30% 50% 50% 50% 40% 50% 40% 30% 43,3%
efeito estufa
Redução de emissão de
50% 70% 50% 50% 50% 60% 50% 60% 70% 56,7%
poluentes locais
Tabela 4.13: Atribuição dos pesos dos indicadores da redução do nível de pressão sonora
proveniente da transferência de viagens motorizadas para o modo cicloviário da dimensão
ambiental pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Redução do nível de
pressão sonora
proveniente da
transferência de 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
viagens motorizadas
para o modo
cicloviário
Tabela 4.14: Atribuição dos pesos dos indicadores da requalificação urbana e minimização
de danos ao meio ambiente da dimensão ambiental pelos especialistas
Pesos/Especialistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média
Promoção de áreas
40% 25% 25% 20% 10% 5% 20% 20% 10% 19,4%
verdes
Qualidade das áreas nas
imediações da ciclovia
15% 25% 25% 30% 30% 20% 20% 20% 20% 22,8%
em termos de não
abandono e degradação
Compatibilidade da
ciclovia com o uso e
40% 40% 25% 30% 50% 60% 50% 50% 40% 42,8%
ocupação do solo e com
a legislação em vigor
Intensidade de danos
causados ao meio
ambiente devido à 5% 10% 25% 20% 10% 15% 10% 10% 30% 15%
construção ou
restauração da ciclovia
As médias dos pesos atribuídos pelos especialistas são definidas como constantes de
escala, conforme define Bocca (2012): “no método de agregação aditiva, as constantes de
escala são “fatores de ponderação” que permitem sintetizar os desempenhos obtidos em
cada atributo, por uma dada alternativa (ação potencial), em um único valor global. Dessa
forma, as alternativas tornam-se comparáveis por meio de seus valores globais”.
Ensslin et al. (2000) definem constantes de escala como parâmetros que os decisores
julgam adequados para agregar, de forma compensatória, desempenhos locais nos critérios
em um desempenho global.
111
Diante do exposto e dos pesos atribuídos pelos especialistas, a Figura 4.16 apresenta
o peso final de cada variável, ou seja, as constantes de escala utilizadas na construção da
função de valor, que agrega todos os indicadores do método considerando-se a percentagem
de 100% para o método como um todo.
112
Figura 4.16: Peso final de cada variável do método a partir da atribuição de pesos pelos especialistas
113
4.6.3. Função de Valor para a Mensuração da Mobilidade Sustentável em Ciclovias
𝑽 = 𝒘𝟏 × 𝒗𝟏 + 𝒘𝟐 × 𝒗𝟐 + 𝒘𝟑 × 𝒗𝟑 + … + 𝒘𝒏 × 𝒗𝒏 em que: (4.1)
𝑛 é 𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡𝑜𝑠.
114
A partir da Equação 4.1, apresenta-se a seguir a função de valor, por meio da Equação
4.2, e procedimentos para possibilitar a agregação dos indicadores utilizados na elaboração
do método para mensuração da mobilidade sustentável em ciclovias:
𝐆𝐒 = 𝐰𝟏 × 𝐯𝟏 + 𝐰𝟐 × 𝐯𝟐 + 𝐰𝟑 × 𝐯𝟑 + … + 𝐰𝐧 × 𝐯𝐧 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞: (4.2)
115
Considerando os valores das constantes de escala dados pelos especialistas, chega-se
à função de valor do grau de sustentabilidade da ciclovia, objetivo principal desta tese, por
meio da Equação (4.3):
117
5. ESTUDO DE CASO: APLICAÇÃO DO MÉTODO EM CICLOVIAS DO
DISTRITO FEDERAL
118
Barbetta (2002) disponibiliza equações estatísticas para determinação de tamanhos
de amostras e para cálculo de erros. A equação 5.1 foi utilizada para os cálculos amostrais
na ciclovia do Varjão.
𝒛𝟐 𝒑 (𝟏−𝒑)
𝒏𝒐 = em que: (5.1)
𝑬𝟐
𝑛𝑜 = 148
z = 1,96
p = 0,5
119
Os pesquisadores das contagens de tráfego foram treinados para realizar as
contagens. Após o treinamento, estes foram divididos em dois grupos, considerando cada
posto:
Ciclovia do Varjão - Posto 1 - Dia 05/8/14 (terça-feira):
Grupo 1 – aplicou a pesquisa de 6 às 13 horas
Grupo 2 – aplicou a pesquisa de 13 às 20 horas
Ciclovia do Varjão - Posto 2 - Dia 05/8/14 (terça-feira):
Grupo 1 – aplicou a pesquisa de 6 às 13 horas
Grupo 2 – aplicou a pesquisa de 13 às 20 horas
120
Figura 5.1: Pontos de Contagem e de Pesquisa de Opinião 1 e 2 do Estudo de Caso do Varjão
121
Figuras 5.2 e 5.3: Entrevistadora na ciclovia do Varjão
122
Foram estabelecidos dois pontos de contagem para a ciclovia de Samambaia. O ponto
1, localizado próximo à QN 310, conjunto 1, perto de um ponto de ônibus e lanchonete e, o
ponto 2, localizado próximo à QS 406, conjunto B, em frente ao BRB e de uma lanchonete,
são mostrados na Figura 5.6.
O volume de bicicletas na ciclovia (não considera ciclistas que circulam fora dela)
foi a média das contagens dos dois pontos. A identificação precisa na ciclovia foi feita em
campo. Os pontos de pesquisa foram também estabelecidos após trabalhos de campo.
Por meio da aplicação de questionários com usuários da ciclovia (total de 293
questionários aplicados em 4 dias de entrevistas realizadas em agosto de 2014),
pesquisadores verificaram a opinião dos usuários quanto à sustentabilidade das referidas
ciclovias, conforme ilustram as Figuras 5.7 a 5.11. Metade dos questionários da amostra foi
aplicada nas imediações do posto 1 e a outra metade nas imediações do ponto 2.
Aplicando-se a Equação 5.1, do item 5.1, encontrou-se um erro referente à amostra
adotada de 5,7%, considerando-se os seguintes parâmetros:
𝑛𝑜 = 293
z = 1,96
p = 0,5
123
Figura 5.6: Pontos de Contagem e de Pesquisa de Opinião 1 e 2 do Estudo de Caso de Samambaia
124
Figuras 5.7 e 5.8: Entrevistas com um usuário da ciclovia de Samambaia
125
5.3. ANÁLISE DOS RESULTADOS
126
VALORES ATRIBUÍDOS
NAS RESPOSTAS AOS
QUESTIONÁRIOS E NA CONSTANTES GRAU DE
INDICADORES ANÁLISE TÉCNICA DAS DE ESCALA SUSTENTABILIDADE
CONDIÇÕES DA (w1, w2,...,w28)
CICLOVIA (v1, v2,...,v28)
VARJÃO SAMAMBAIA VARJÃO SAMAMBAIA
relação a furtos e
roubos na ciclovia
7 - Frequência de
policiamento nas
0,50 0,25 0,0203 0,0101 0,0051
imediações da
ciclovia
8 - Localização
espacial e
0,25 0,75 0,0275 0,0069 0,0206
conectividade com
outras ciclovias
9 - Qualidade da
sinalização da
ciclovia, dos
cruzamentos 0,50 0,75 0,0338 0,0169 0,0253
cicloviários e do
tratamento dos
locais críticos
10 - Qualidade do
0,75 0,75 0,0197 0,0148 0,0148
pavimento
11 - Qualidade da
drenagem da 0,75 0,75 0,0157 0,0118 0,0118
ciclovia
12 -
Disponibilização
de iluminação
0,75 0,75 0,0266 0,0199 0,0199
pública nos
arredores da
ciclovia
13 - Promoção de
1,00 1,00 0,0203 0,0203 0,0203
saúde
14 - Promoção de
0,75 1,00 0,0188 0,0141 0,0188
atividade de lazer
15 - Promoção de
qualidade de vida e
redução do nível 0,75 1,00 0,0328 0,0246 0,0328
de estresse dos
ciclistas
16 - Percentual de
ciclistas que não
0,75 0,75 0,0182 0,0136 0,0136
possuem veículo
particular
17 - Percentual de
transferência do
1,0 1,0 0,0210 0,0210 0,0210
modo a pé para o
cicloviário
127
VALORES ATRIBUÍDOS
NAS RESPOSTAS AOS
QUESTIONÁRIOS E NA CONSTANTES GRAU DE
INDICADORES ANÁLISE TÉCNICA DAS DE ESCALA SUSTENTABILIDADE
CONDIÇÕES DA (w1, w2,...,w28)
CICLOVIA (v1, v2,...,v28)
VARJÃO SAMAMBAIA VARJÃO SAMAMBAIA
18 - Percentual de
ciclistas que se
beneficiaram dos
efeitos positivos
indiretos gerados
1,0 1,0 0,0244 0,0244 0,0244
pela ciclovia,
como aquisição de
emprego,
educação e outras
oportunidades
19 - Percentual de
ciclistas que
obtiveram redução
1,0 1,0 0,0360 0,0360 0,0360
de gastos devido à
utilização da
ciclovia
20 - Variação
anual da
quantidade de
ciclistas mortos em
0 1,00 0,0996 0,00 0,0996
acidentes de
trânsito na região
da ciclovia por
habitante por ano
21 - Redução do
custo anual de
poluentes devido à
transferência de 0,25 0,75 0,0768 0,0192 0,0576
viagens
motorizadas para o
modo cicloviário
22 - Redução de
emissão de
0,25 0,75 0,0563 0,0141 0,0422
poluentes de gases
de efeito estufa
23 - Redução de
emissão de 0,25 0,75 0,0737 0,0184 0,0553
poluentes locais
24 - Redução do
nível de pressão
sonora proveniente
da transferência de 0,50 0,50 0,0639 0,0319 0,0319
viagens
motorizadas para o
modo cicloviário
128
VALORES ATRIBUÍDOS
NAS RESPOSTAS AOS
QUESTIONÁRIOS E NA CONSTANTES GRAU DE
INDICADORES ANÁLISE TÉCNICA DAS DE ESCALA SUSTENTABILIDADE
CONDIÇÕES DA (w1, w2,...,w28)
CICLOVIA (v1, v2,...,v28)
VARJÃO SAMAMBAIA VARJÃO SAMAMBAIA
25 - Promoção de
0,75 0,75 0,0266 0,0199 0,0199
áreas verdes
26 – Qualidade das
áreas nas
imediações da
1,0 1,0 0,0312 0,0312 0,0312
ciclovia em termos
de não abandono e
degradação
27 –
Compatibilidade
da ciclovia com o
uso e ocupação do 1,0 1,0 0,0587 0,0587 0,0587
solo com a
legislação em
vigor
28 - Intensidade de
danos causados ao
meio ambiente
devido à 1,0 1,0 0,0206 0,0206 0,0206
construção ou
restauração da
ciclovia
GRAU - - 0,51 0,79
129
A ciclovia de Samambaia possui maior volume de ciclistas, muitas residências e áreas
comerciais nas imediações, o que não acontece junto à ciclovia do Varjão. Portanto, aparenta
ter mais sustentabilidade para quem circula pelas mesmas. Ainda assim, a diferença em
termos de sustentabilidade na aplicação do método foi bastante elevada, sendo o grau de
sustentabilidade em Samambaia 0,28 superior ao da ciclovia do Varjão, em uma escala de
zero a um.
O Apêndice C desta Tese estabelece uma comparação mais detalhada das notas
atribuídas pelos ciclistas nas respostas aos questionários, bem como nas avaliações técnicas,
para alguns quesitos, feitos pela autora após contatos e reuniões com servidores do governo
do Distrito Federal. Dessa forma, a comparação das notas das duas ciclovias, com
comentários e gráficos, é feita para os 28 indicadores que compõem o Método, o que
possibilita melhor compreensão da diferença verificada entre os graus de sustentabilidade.
Outro ponto importante a considerar, que em grande parte explica esta diferença, é
que alguns indicadores que receberam pontuação alta pelos especialistas, especificamente as
constantes de escala w20, w21, w22 e w23, tiveram também diferenças altas em favor da
ciclovia de Samambaia nas notas atribuídas (v20, v21, v22 e v23).
São os seguintes esses quatro indicadores e suas pontuações:
20 - Variação anual da quantidade de ciclistas mortos em acidentes de trânsito na região
da ciclovia por habitante por ano
o w20: 0,0996
o v20 Samambaia: 1,00
o v20: Varjão: 0,00
o w20 x v20 Samambaia = 0,0996 x 1,00 = 0,0996
o w20 x v20 Varjão = 0,0996 x 0,00 = 0,00
21 - Redução do custo anual de poluentes devido à transferência de viagens motorizadas
para o modo cicloviário
o w21: 0,0768
o v21 Samambaia: 0,75
o v21: Varjão: 0,25
o w21 x v21 Samambaia = 0,0768 x 0,75 = 0,0576
o w21 x v21 Varjão = 0,0768 x 0,25 = 0,0192
22 - Redução de emissão de poluentes de gases de efeito estufa
o w22: 0,0563
o v22 Samambaia: 0,75
130
o v22: Varjão: 0,25
o w22 x v22 Samambaia = 0,0563 x 0,75 = 0,0422
o w22 x v22 Varjão = 0,0563 x 0,25 = 0,0141
23 - Redução de emissão de poluentes locais
o w23: 0,0737
o v23 Samambaia: 0,75
o v23: Varjão: 0,25
o w23 x v23 Samambaia = 0,0737 x 0,75 = 0,0553
o w23 x v23 Varjão = 0,0737 x 0,25 = 0,0184
131
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este Capítulo tem como objetivo principal apresentar considerações sobre três
aspectos: o método desenvolvido, a limitação identificada no desenvolvimento do estudo e
sugestões de futuros trabalhos científicos. Antes, porém, aborda os principais aspectos da
mobilidade urbana e sustentabilidade ambiental discutidos neste trabalho.
132
Ainda que as ciclovias apresentem seus inconvenientes como dificuldades de
utilização em dias chuvosos, dificuldades para determinados tipos de usuário – mulheres
com sapato alto, por exemplo – elas fazem sentido para outros grupos de usuários,
principalmente em áreas mais carentes que acabam sendo excluídas da mobilidade urbana
por meio motorizado. É importante que o usuário disponha de várias opções modais para o
seu deslocamento e cabe considerar que o modo cicloviário está cada vez mais presente em
diversos países, principalmente nos desenvolvidos.
Em várias cidades do mundo, ações em prol da sustentabilidade têm sido
direcionadas ao uso do transporte não motorizado, que exerce um papel crucial no “espaço
social”, principalmente por meio do estímulo do uso do modo cicloviário como meio de
transporte.
Por fim, uma política de incentivo à construção de paraciclos e de bicicletários
também é fundamental para a ampliação do uso da bicicleta no território brasileiro.
Com relação a convenções, políticas e planos que contemplam a sustentabilidade e,
assim, respaldam o uso mais intensivo da bicicleta, algumas considerações são feitas a
seguir.
Em 2009 foi sancionada a Lei Federal no 12.187, a qual instituiu a Política Nacional
sobre Mudança do Clima (PNMC) e, em 2010, o Decreto Federal nº 7.390, que a
regulamenta. A PNMC contém princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos que visam
compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico nacional com a proteção do sistema
climático e as políticas públicas e programas governamentais deverão compatibilizar-se com
seus princípios e instrumentos.
No período de 30 de novembro de 2015 a 16 de dezembro do mesmo ano foi realizada
a 21a Conferência entre as Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas em Paris. Esta Conferência estabeleceu compromissos traduzidos pelas seguintes
metas: redução das emissões no ano de 2025 de 37% e em 2030 de 43% em relação ao ano
base de 2005, ou seja, redução aproximada de 0,75 GtCO2eq em 2025 e de 0,88 GtCO2eq em
2030 em relação ao ano base de 2005.
O Ministério dos Transportes e o Ministério das Cidades (BRASIL, 2013)
elaboraram o Plano Setorial de Transporte e da Mobilidade Urbana para Mitigação das
Mudanças Climáticas – PSTM. Foram definidos cenários de emissões e feita proposição de
estudos e pesquisas para a definição de ações de abatimento.
133
De acordo com o PSTM (BRASIL, 2013), uma das medidas consideradas necessárias
para a promoção da mitigação de poluentes locais e gases de efeito estufa é o aumento do
uso da bicicleta nos sistemas de mobilidade urbana. Para calcular o abatimento é necessário
promover um levantamento sobre a extensão de infraestrutura cicloviária que está sendo
implantada no país, bem como a realização de pesquisas pós-implantação de infraestrutura
para conhecer a real transferência do modo do transporte motorizado para a bicicleta.
Em 3 de janeiro de 2012 foi sancionada a Lei Federal nº 12.587, que instituiu as
diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Esta Lei inovou ao estabelecer que
todos os municípios brasileiros com mais de 20.000 habitantes deverão elaborar um Plano
de Mobilidade Urbana, compatível com os respectivos planos diretores ou neles inserido.
Estabelece também que, nos Municípios sem sistema de transporte público coletivo, o Plano
de Mobilidade Urbana deverá ter o foco no transporte não motorizado e no planejamento da
infraestrutura urbana destinada aos deslocamentos a pé e por bicicleta.
Cabe salientar que as variáveis da Equação 4.3 podem ser consultadas no subitem
4.6.3 desta Tese.
134
O objetivo desta Tese foi alcançado, visto que foi desenvolvido um método baseado
em indicadores de mobilidade sustentável, aplicável em ciclovias existentes. Assim sendo,
a partir da utilização deste método, é possível atribuir um grau de sustentabilidade de uma
forma generalizada para o estado atual de uma ciclovia, e permitir, desta forma, a
comparação entre o grau de sustentabilidade entre diferentes ciclovias ou, até mesmo, com
a mesma ciclovia em diferentes épocas.
Ainda que não seja possível afirmar, a partir do método criado nesta Tese, se uma
determinada ciclovia é sustentável ou não, visto que algo sempre será sustentável ou não
diante de algum parâmetro pré-definido, o presente estudo da sustentabilidade de ciclovias
é importante para possibilitar o cálculo do grau de sustentabilidade de cada ciclovia e a
comparação entre elas.
A determinação do grau de sustentabilidade de ciclovias e a análise individual dos
indicadores podem ser úteis ao planejamento cicloviário, à elaboração de novos projetos, à
definição de melhorias em ciclovias existentes e ao estabelecimento de prioridades diante
das condições atuais das ciclovias, bem como ao monitoramento da eficiência das ações
tomadas.
Com relação à referida análise individual dos indicadores, cita-se como exemplo o
indicador 20 – variação anual da quantidade de ciclistas mortos em acidentes de trânsito na
região da ciclovia por habitante por ano, para o qual os especialistas atribuíram o maior peso
entre os 28 indicadores. Significa, para os gestores e projetistas, que a segurança é fator da
mais alta relevância ao se considerar a sustentabilidade de ciclovias.
Os indicadores de mobilidade sustentável de ciclovias elencados nesta Tese poderão
auxiliar no estabelecimento de diretrizes para cidades cada vez mais sustentáveis, com foco
na qualidade de vida da população. Também podem contribuir no processo de tomada de
decisões da sociedade em relação ao meio ambiente.
Cabe salientar que o método foi desenvolvido com o foco em aspectos técnicos, mas
sem deixar de lado a opinião do ciclista, que é essencial neste processo de avaliação, uma
vez que se este não se sentir atraído a utilizar a ciclovia, esta não tem razão de existir.
O método desenvolvido neste trabalho é apropriado para identificar pontos
prioritários a serem considerados para futuras melhorias em ciclovias existentes e comparar
ciclovias em termos de sustentabilidade. Desta forma, pretende-se inibir a implantação e
manutenção de ciclovias que não gerem consequências positivas ambientais, sociais e
econômicas.
135
A partir do uso deste método é possível que os tomadores de decisão estabeleçam
prioridades para melhorias das ciclovias analisadas, bem como diretrizes para cidades cada
vez mais sustentáveis, a fim de aumentar a qualidade de vida da população.
Uma análise de sensibilidade foi realizada com o intuito de verificar a variação do
grau de sustentabilidade (GS) das ciclovias do Varjão e de Samambaia ao comparar dois
conjuntos de constantes de escalas (w1, w2...,w28). O primeiro conjunto é o que consta do
método proposto nesta tese, com os pesos atribuídos pelos especialistas, enquanto o segundo
considera constantes de escalas idênticas (w1 = w2 =...= w28).
O grau de sustentabilidade da ciclovia do Varjão, calculado com base em constantes
de escala de mesmo valor (1 / 28), é de 0,60, cerca de 17,6% superior ao GS calculado
segundo o método desta tese = 0,51.
O GS da ciclovia de samambaia, calculado com base em constantes de escala de
mesmo valor, é de 0,77, cerca de 2,5% inferior ao GS calculado segundo o método desta tese
= 0,79.
136
O fato de os especialistas terem dado aproximadamente 40 % à dimensão social no
primeiro nível da dimensão hierárquica (Figura 4.16) pode representar um reflexo da
preocupação com a exclusão social. Nota-se também como a dimensão ambiental vem
ganhando cada vez mais importância nas discussões. Antes vista como inimiga e empecilho
para o desenvolvimento, hoje é uma aliada para a qualidade de vida, tendo ficado em segunda
posição, com 33%, e a dimensão econômica por último, com 27%.
A fim de testar o método e verificar a sua aplicabilidade, foram realizados estudos de
caso em duas ciclovias do Distrito Federal para verificar seus graus de mobilidade
sustentável, a importância do método e a viabilidade operacional dos indicadores. O grau de
sustentabilidade da ciclovia do Varjão foi de 0,51 e o da ciclovia de Samambaia de 0,79.
Verificou-se que a ciclovia de Samambaia possui maior volume de ciclistas, muitas
residências e áreas comerciais nas imediações, o que não acontece junto à ciclovia do Varjão.
Portanto, aparenta ter mais sustentabilidade para quem circula pelas mesmas. Ainda assim,
a diferença em termos de sustentabilidade na aplicação do método foi bastante elevada,
sendo o grau de sustentabilidade em Samambaia 0,28 superior ao da ciclovia do Varjão, em
uma escala de zero a um.
O percentual de viagens de ciclistas por motivo de trabalho ou estudo é maior no
Varjão do que em Samambaia. No Varjão não há integração entre os ciclistas com outros
modos de transporte. Em Samambaia, há uma integração boa entre os ciclistas e três estações
de metrô, ainda que não haja com ônibus. A percepção do ciclista com relação à localização
espacial e conectividade com outras ciclovias, com a qualidade da sinalização da ciclovia,
dos cruzamentos cicloviários e do tratamento dos locais críticos, promoção de atividade de
lazer e promoção de qualidade de vida e redução do nível de estresse dos ciclistas foi também
considerada maior em Samambaia.
Com relação à variação anual da quantidade de ciclistas mortos em acidentes de
trânsito na região da ciclovia por ano, no Varjão houve aumento de uma morte de ciclista,
comparando os anos de 2007 e 2013, enquanto que em Samambaia houve redução.
137
Outro ponto importante que em grande parte explica esta diferença é que alguns
indicadores que receberam pontuação alta pelos especialistas, especificamente as constantes
de escala “variação anual da quantidade de ciclistas mortos em acidentes de trânsito na região
da ciclovia por habitante por ano”, “redução do custo anual de poluentes devido à
transferência de viagens motorizadas para o modo cicloviário”, “redução de emissão de
poluentes de gases de efeito estufa” e “redução de emissão de poluentes locais” tiveram
também diferenças altas em favor da ciclovia de Samambaia nas notas atribuídas pelos
ciclistas e pela autora (v20, v21, v22 e v23).
Verificou-se que, no Varjão, mais da metade dos ciclistas usa a bicicleta como meio
de transporte.
Um dos conflitos verificados durantes as entrevistas de opinião foi a utilização das
ciclovias pelos pedestres. No entanto, não se observou maiores conflitos entre eles, ou seja,
há um convívio relativamente harmonioso entre eles, o que não acontece quando se
considera o transporte individual motorizado. Isso ocorre, pois, a maioria das cidades
brasileiras não apresenta infraestrutura apropriada para a locomoção a pé, o que aumenta
conflitos entre o pedestre com ciclistas e outros veículos.
As calçadas, quando existentes, oferecem constantemente riscos devido a problemas
como desníveis abruptos, guias e rampas irregulares; medidas mínimas exigidas
inadequadas; mobiliário urbano mal colocado; piso inadequado e péssimas condições de
manutenção.
138
Os cálculos na situação “sem ciclovia” mostraram-se inviáveis por dois motivos:
Carência de dados dos volumes classificados de tráfego;
Dificuldade de estabelecer o comprimento do trecho na situação “sem ciclovia”
para efeitos de cálculos dos custos totais ou quantidades totais de poluentes
globais ou locais. Isto porque para o cálculo da redução dos custos ou das
quantidades de poluentes devido à transferência de viagens para a ciclovia cada
ciclista que realizou a transferência modal teve um comprimento de viagem
definido a partir das informações de cada um. Mas, cientificamente, fica difícil
definir o comprimento do trecho (trecho médio) para os cálculos na situação
“sem ciclovia” (comprimento do trecho a ser beneficiado).
A seguir são sugeridos alguns temas para novos estudos de cunho científico-
acadêmico em cursos de pós-graduação nas universidades. Alguns visam ao
aperfeiçoamento do Método para a Determinação da Sustentabilidade de Ciclovias, enquanto
outros se relacionam direta ou indiretamente com os trabalhos desenvolvidos. São os
seguintes os temas sugeridos:
Estudo com o objetivo de garantir maior consistência aos valores de referência dos
seguintes indicadores:
21 = 𝑅𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜 à 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒
𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑚𝑜𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑣𝑖á𝑟𝑖𝑜, 22 =
𝑅𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑢𝑓𝑎, e
23 = 𝑅𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑖𝑠,
Para isso, propõe-se que o Método para a Determinação da Sustentabilidade de
Ciclovias seja aplicado em número representativo de ciclovias brasileiras, de modo
a estabelecer o custo e as quantidades de poluentes que representem valores médios
da realidade brasileira;
139
Estudo para que o Método para a Determinação da Sustentabilidade de Ciclovias seja
aplicado em várias ciclovias para determinar o grau de sustentabilidade a partir do
qual a ciclovia pode ser considerada sustentável;
Estudo para a adaptação do Método para a Determinação da Sustentabilidade de
Ciclovias para possibilitar a comparação de projetos ainda não implantados de
infraestrutura cicloviária;
Estudo com o objetivo de calcular os ganhos ambientais e de acidentes de trânsito,
de forma científica, porém, com maior facilidade de aplicação;
Estudos com a utilização dos 28 indicadores estabelecidos nesta Tese ou de parte
deles para possibilitar o desenvolvimento de outros métodos;
Vulnerabilidade às questões climáticas;
Considerando que as mudanças climáticas constituem uma questão atual e que no
ano atual de 2016 duas mortes ocorreram devido ao desabamento de parte da
estrutura da Ciclovia Tim Maia no Rio de Janeiro, provocada pelo problema da força
dos ventos e das ondas, eventos extremos associados ao clima, recomenda-se que em
estudos futuros seja considerada a utilização de um indicador relacionado com a
vulnerabilidade da infraestrutura da ciclovia frente às mudanças climáticas.
140
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150
APÊNDICES
151
A FICHAS DOS INDICADORES DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
APLICÁVEIS EM CICLOVIAS
O conceito de capacidade também não foi utilizado neste trabalho, pois segundo o HCM
(TRB, 2010), este apresenta pouca utilidade no projeto e análise de ciclovia, podendo
apresentar dados dispersos, uma vez que a qualidade do serviço se deteriora em níveis de
fluxo bem abaixo da capacidade.
A partir das Contagens de Tráfego nas Rodovias do Distrito Federal realizadas pelo
Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal e pela Universidade de Brasília
DER/UNB (2005), calculou-se o percentual do volume de tráfego na hora de pico em
relação ao volume total diário das rodovias, bem como o percentual de volume de
bicicletas na hora de pico em relação ao volume total diário de bicicletas, considerando,
em ambos os casos, o valor médio para os postos de contagem.
152
Dessa forma, foi possível estimar que o percentual do volume de tráfego na hora de pico é
de 11,7% em relação ao volume total diário de veículos automotores e de 21,9% o volume
de bicicletas na hora de pico em relação ao volume total diário de bicicletas. Conclui-se
que as viagens por bicicletas são mais concentradas em determinado período do dia do que
as viagens do tráfego geral ou de veículos automotores, e, portanto, para fins de cálculos,
o percentual do volume de bicicletas na hora de pico é de 21,9% em relação ao volume
total diário de bicicletas.
Apesar de no item “como medir”, ter sido indicado contagem volumétrica de bicicletas em
uma hora de pico em uma ou mais seções da ciclovia, se possível, recomenda-se, contagens
considerando períodos mais longos, como o caso desta tese, que considerou o período de
14 horas.
153
Normalização: atribuir a pontuação correspondente à avaliação do técnico de acordo com
os seguintes valores de referência:
Unidade de medida: %.
154
Nome do Indicador: Disponibilidade de estacionamentos de bicicletas junto à ciclovia.
Unidade de medida: Muito boa; boa; nem boa/nem ruim; ruim; e muito ruim.
Descrição: indicador que avalia a integração das bicicletas com sistemas de transporte
público coletivo na região, com o propósito de medir o nível de integração da ciclovia com
o transporte público coletivo.
Unidade de medida: Muito boa; boa; nem boa/nem ruim; ruim; e muito ruim.
Como medir: avaliação direta pelo técnico responsável pela aplicação do método.
155
Nome do Indicador: Percepção do ciclista com relação a furtos e roubos na ciclovia.
Descrição: indicador que verifica a percepção dos ciclistas com relação à ocorrência de
furtos e roubos na ciclovia.
Descrição: indicador que verifica a satisfação dos ciclistas com o policiamento nas
imediações da ciclovia, com o propósito de verificar a segurança durante a mobilidade dos
ciclistas.
Unidade de medida: Muito boa; boa; nem boa/nem ruim; ruim; e muito ruim.
156
Nome do Indicador: Localização espacial e conectividade com outras ciclovias.
Unidade de medida: Muito boa; boa; nem boa/nem ruim; ruim; e muito ruim.
Unidade de medida: Muito boa; boa; nem boa/nem ruim; ruim; e muito ruim.
157
Nome do Indicador: Qualidade do pavimento da ciclovia.
Unidade de medida: Muito boa; boa; nem boa/nem ruim; ruim; e muito ruim.
Unidade de medida: Muito boa; boa; nem boa/nem ruim; ruim; e muito ruim.
158
Nome do Indicador: Disponibilização de iluminação pública nos arredores da ciclovia.
Unidade de medida: Muito boa; boa; nem boa/nem ruim; ruim; e muito ruim.
Descrição: Indicador que mede o percentual de usuários que pedalam suficientemente para
se exercitar (mínimo de 15 minutos de pedalada contínua), contribuindo para sua saúde e
para a redução dos problemas de saúde pública.
Unidade de medida: %.
159
A quantidade de usuários da ciclovia que pedalam sem parar por
0,00
pelo menos 15 minutos é < 20%.
Descrição: indicador que reflete o lazer como motivo de viagens na ciclovia com o
propósito de identificar o percentual de viagens por este motivo em relação à quantidade
total de viagens.
Unidade de medida: %.
Descrição: Indicador que avalia o grau de satisfação dos usuários com a ciclovia, do ponto
de vista da promoção da qualidade de vida e redução do estresse do ciclista.
Unidade de medida: Muito boa; boa; nem boa/nem ruim; ruim; e muito ruim.
160
0,00 Muito ruim.
Descrição: indicador que mede o percentual de ciclistas que não possui automóvel, com o
propósito de verificar o quanto a ciclovia promove de equidade3 econômica.
Unidade de medida: %.
Unidade de medida: %.
3
Equidade é um termo original do latim “equitas” e refere-se à igualdade. Atualmente, este
conceito tem sido amplamente utilizado como orientador de políticas de diversas áreas, com o
propósito de torná-las mais razoáveis e justas. A equidade visa à semelhança de oportunidades,
baseando-se em valores como a ética e a justiça na distribuição de oportunidades.
161
Pontuação Valores de Referência
As viagens transferidas do modo a pé para o cicloviário são ≥ 10%
1,00
das viagens totais.
As viagens transferidas do modo a pé para o cicloviário são ≥ 1% e
0,50
< do que 10% das viagens totais.
As viagens transferidas do modo a pé para o cicloviário são < 1%
0,00
das viagens totais.
Unidade de medida: %.
Descrição: indicador que mede o quanto o ciclista deixou de gastar com sua mobilidade
após a implantação da ciclovia, em relação à sua renda mensal, com o propósito de verificar
a equidade promovida pela ciclovia.
Unidade de medida: %.
162
Pontuação Valores de Referência
O percentual médio de economia da renda mensal do ciclista
1,00
destinada à sua locomoção em relação à sua renda total é ≥ 10%.
O percentual de ciclistas que se beneficiaram dos efeitos positivos
0,75
indiretos gerados pela ciclovia é ≥ 6 e < 10%.
O percentual de ciclistas que se beneficiaram dos efeitos positivos
0,50
indiretos gerados pela ciclovia é ≥ 3% e < 6%.
O percentual de ciclistas que se beneficiaram dos efeitos positivos
0,25
indiretos gerados pela ciclovia é > 0% e < 3%.
O percentual médio de economia da renda mensal do ciclista
0,00
destinada à sua locomoção em relação à sua renda total é = 0%.
Unidade de medida: %.
163
Nome do Indicador: Redução do custo anual de poluentes devido à transferência de
viagens motorizadas para o modo cicloviário.
Descrição: indicador que mede a redução do custo anual de poluentes para a sociedade
decorrente de viagens anteriormente realizadas por veículos motorizados, diante da
quantidade de poluentes evitados devido à transferência para o modo cicloviário.
Como medir: por meio de entrevistas diretas com os usuários da ciclovia devem ser obtidas
as quantidades e distâncias das viagens anteriormente realizadas por meio de veículos
automotores. Estes dados devem ser expandidos para o período de um ano. A partir dos
dados anuais, o cálculo do custo de poluentes devido à transferência de viagens
motorizadas para o modo cicloviário deve ser realizado a partir dos dados do custo da
poluição por quilômetro, estimado pela Associação Nacional de Transportes Públicos
(ANTP, 2010a).
Os parâmetros apresentados na Tabela 1 foram adotados pela ANTP para a geração dos
dados de poluição (emissão e custos) na elaboração dos estudos do Sistema de Informações
da Mobilidade Urbana referentes ao perfil da mobilidade urbana no Brasil em 2010.
Tabela 1: Emissão e custos de poluentes emitidos por ônibus, automóveis e motos (ANTP,
2010a)
POLUIÇÃO POLUENTES
Indicador CO HC MP NOx SOx CO2
Emissão ônibus (R$/km) 1,84 0,51 0,35 10,23 0,13 1.197,00
Emissão Auto (R$/km) 3,00 0,17 0,08 0,17 0,07 196,00
Emissão Moto (R$/km) 4,20 0,82 0,05 0,15 0,02 81,70
Custo Emissão Ônibus 0,0017 0,0021 0,0085 0,0485 0,0023 0,1768
(R$/km)
Custo Emissão Auto (R$/km) 0,0028 0,0007 0,0019 0,0008 0,0013 0,0289
Custo Emissão Moto (R$/km) 0,0039 0,0034 0,0012 0,0007 0,0004 0,0121
Cabe ressaltar que no caso de ônibus admitiu-se que sua ocupação média no meio urbano
é de 30 passageiros, dado utilizado pelo Sistema de Informações da Mobilidade Urbana da
ANTP (2010b) para calcular os custos para usar ônibus, moto e automóvel no Brasil.
164
Normalização: A pontuação deve ser atribuída de acordo com os valores de referência a
seguir, definidos a partir da média de redução de custos anuais de poluentes calculados
para duas ciclovias brasilienses. A fim de garantir maior consistência a estes valores de
referência, propõe-se nas Considerações Finais, a realização de novos estudos científicos,
com a aplicação deste método, em número representativo de ciclovias brasileiras, de modo
a estabelecer valores médios que representem a realidade brasileira.
Descrição: indicador que mede a quantidade de gases de efeito estufa deixada de ser
emitida (mitigada) por ano proveniente da transferência de viagens motorizadas para o
modo cicloviário, com o propósito de verificar o quanto a implantação da ciclovia promove
de redução de emissões de gases de efeito estufa.
Como medir: por meio de entrevistas diretas com os usuários da ciclovia devem ser obtidas
as quantidades e distâncias das viagens anteriormente realizadas por meio de veículos
automotores, o tipo de combustível e ano do veículo que costumava ser utilizado para
realizá-las. Com estes dados, o cálculo das emissões de CO2eq evitadas (mitigadas) por
quilômetro por ano proveniente da transferência de viagens motorizadas para o modo
cicloviário será possível a partir da Tabela 2 denominada “Fatores de emissão de
escapamento de CH4 para automóveis e veículos comerciais leves novos, movidos a
gasolina C e a etanol hidratado em g/km”, da Tabela 3 “Fatores de emissão de CH4 para
motocicletas em g/km”, da Tabela 4 “Fatores de emissão de CH4 para motores Diesel”, da
Tabela 5 “Fatores de emissão de CO2 por ano-calendário e combustível”, da Tabela 6
4
Equivalência em dióxido de carbono, CO2 eq ou CO2e, é uma medida internacionalmente aceita que expressa
a quantidade de GEEs em termos equivalentes da quantidade de CO2. A equivalência leva em conta o potencial
de aquecimento global dos gases envolvidos e calcula quanto de CO 2 seria emitido se todos os GEEs fossem
emitidos como esse gás. A medida CO2eq é usada para comparar as emissões de diversos gases de efeito
estufa baseada na quantidade de dióxido de carbono que teria o mesmo potencial de aquecimento global
(GWP), medido em um período de tempo especificado.
165
“Fatores de emissão de N2O por categoria e por combustível para veículos leves em g/km”
e da Tabela 7 “Fatores de emissão de N2O por categoria para veículos do ciclo Diesel,
constantes no 2º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores
Rodoviários” (MMA, 2013).
Cabe ressaltar que para efeitos de cálculo dos gases de efeito estufa (GEEs), foram
acatados os poluentes CO2, CH4 e N2O considerados como GEEs no 2º Inventário Nacional
de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários (MMA, 2013).
Admitiu-se, para fins de cálculos, a idade média da frota circulante de ônibus urbano no
ano de 2014 de 9 anos e de moto de 6 anos (ABIPEÇAS e SINDIPEÇAS, 2015), bem
como os seguintes consumos médios por tipos de combustível: automóvel (8,0 km/l)
(MMA, 2013), ônibus (0,4 l/km), moto (0,04 l/km) (ANTP, 2010b) e gás (12,5 km/m3)
(COMGAS, 2015). Também foi admitido para fins de cálculo que o Potencial de
Aquecimento Global do metano é 21 vezes maior que o valor de referência do CO2 e
do óxido nitroso é 310 vezes maior (IPCC, 1997).
167
Flex -
0,02
Gasolina C
Flex - Etanol
0,03
hidratado
Gasolina C 0,02
Flex -
0,02
2007 Gasolina C
Flex - Etanol
0,03
hidratado
Flex -
0,01
Gasolina C
Flex -
2008 0,02
Gasolina C
Flex - Etanol
0,01
hidratado
Gasolina C 0,007
Flex -
0,006
2009 Gasolina C
Flex - Etanol
0,026
hidratado
Gasolina C 0,007
Flex -
0,009
2010 Gasolina C
Flex - Etanol
0,05
hidratado
Gasolina C 0,013
Flex -
0,008
2011 Gasolina C
Flex - Etanol
0,042
hidratado
Gasolina C 0,026
Flex -
0,014
2012 Gasolina C
Flex - Etanol
0,028
hidratado
O fator de emissão de CH4 para veículos movidos a GNV em g/km é 0,22 (MMA, 2013).
169
Tabela 6: Fatores de emissão de N2O por categoria e por combustível para veículos leves,
em g/km (MMA, 2013)
Comerciais
Ano/modelo Combustível Automóveis Motocicletas
Leves
Gasolina C 0,005 0,005 0,002
Até 1983 Etanol
0,007 0,007 -
hidratado
Gasolina C 0,004 0,004 0,002
1984-1993 Etanol
0,006 0,006 -
hidratado
Gasolina C 0,022 0,022 0,002
1994-2002 Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
Gasolina C 0,021 0,021 0,002
Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
2003 Flex - Gasolina
0,023 0,023 -
C
Flex - Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
Gasolina C 0,021 0,021 0,002
Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
2004 Flex - Gasolina
0,022 0,022 -
C
Flex - Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
Gasolina C 0,021 0,021 0,002
Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
2005 Flex - Gasolina
0,021 0,021 -
C
Flex - Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
Gasolina C 0,021 0,021 0,002
Etanol
0,017 0,017 -
2006 hidratado
Flex - Gasolina
0,020 0,020 -
C
Flex - Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
Gasolina C 0,021 0,021 0,002
Flex - Gasolina
0,020 0,020 -
2007 C
Flex - Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
2008 Gasolina C 0,024 0,024 0,002
170
Flex - Gasolina
0,020 0,020 -
C
Flex - Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
Gasolina C 0,025 0,025 0,002
Flex - Gasolina
0,020 0,020 0,002
2009 C
Flex - Etanol
-
hidratado 0,017 0,017
Gasolina C 0,023 0,034 0,002
Flex - Gasolina
0,019 0,019 0,002
2010 C
Flex - Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
Gasolina C 0,021 0,024 0,002
Flex - Gasolina
0,019 0,024 0,002
C
2011
Flex - Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
Gasolina C 0,021 0,024 0,002
Flex - Gasolina
0,019 0,026 0,002
2012 C
Flex - Etanol
0,017 0,017 -
hidratado
Tabela 7: Fatores de emissão de N2O por categoria para veículos do ciclo Diesel (MMA,
2013)
Categoria N2O (g/km)
Comerciais Leves Diesel 0,02
Ônibus 0,03
Caminhões 0,03
O fator de emissão de N2O para veículos movidos a GNV em g/km é 0,313 (MMA, 2013).
Descrição: indicador que mede a quantidade de poluentes locais deixada de ser emitida
(mitigada) por ano proveniente da transferência de viagens motorizadas para o modo
cicloviário, com o propósito de verificar se a implantação da ciclovia promove a redução
de poluentes locais.
Como medir: por meio de entrevistas diretas com os usuários da ciclovia devem ser obtidas
as quantidades e distâncias das viagens anteriormente realizadas por meio de veículos
automotores, o tipo de combustível e ano do veículo que costumava ser utilizado para
realizá-las. Com estes dados, o cálculo do combustível fóssil economizado por ano
(mitigado) proveniente da transferência de viagens motorizadas para o modo cicloviário
será possível, a partir das Tabelas 8 “Fatores de emissão de escapamento de CO e NOx
para automóveis e veículos comerciais leves novos movidos a gasolina C e a etanol
hidratado em g/km”, Tabela 9 “Fatores de emissão de CO e NOx para veículos movidos a
GNV em g/km”, Tabela 10 “Fatores de emissão de CO e NOx para motocicletas em g/km”
e Tabela 11 “Fatores de emissão de CO e NOx para motores Diesel em gpoluente/km”,
constantes no 2º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores
Rodoviários (MMA, 2013).
Alguns poluentes locais não puderam ser considerados, pois no 2º Inventário Nacional de
Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários (MMA, 2013) não
constam os parâmetros de cálculos para todos os tipos de veículos e combustíveis
utilizados neste modelo.
Admitiu-se, para fins de cálculos, a idade média da frota circulante de ônibus urbano no
ano de 2014 de 9 anos (ABIPEÇAS e SINDIPEÇAS, 2015)
172
Etanol
16,9 1,2
hidratado
Gasolina C 22 1,9
1986-1987 Etanol
16 1,8
hidratado
Gasolina C 18,5 1,8
1988 Etanol
13,3 1,4
hidratado
Gasolina C 15,2 1,6
1989 Etanol
12,8 1,1
hidratado
Gasolina C 13,3 1,4
1990 Etanol
10,8 1,2
hidratado
Gasolina C 11,5 1,3
1991 Etanol
8,4 1
hidratado
Gasolina C 6,2 0,6
1992 Etanol
3,6 0,5
hidratado
Gasolina C 6,3 0,8
1993 Etanol
4,2 0,6
hidratado
Gasolina C 6 0,7
1994 Etanol
4,6 0,7
hidratado
Gasolina C 4,7 0,6
1995 Etanol
4,6 0,7
hidratado
Gasolina C 3,8 0,5
1996 Etanol
3,9 0,7
hidratado
Gasolina C 1,2 0,3
1997 Etanol
0,9 0,3
hidratado
Gasolina C 0,79 0,23
1998 Etanol
0,67 0,24
hidratado
Gasolina C 0,74 0,23
1999 Etanol
0,6 0,22
hidratado
Gasolina C 0,73 0,21
2000 Etanol
0,63 0,21
hidratado
Gasolina C 0,48 0,14
2001 Etanol
0,66 0,08
hidratado
Gasolina C 0,43 0,12
2002 Etanol
0,74 0,08
hidratado
2003 Gasolina C 0,4 0,12
173
Etanol
0,77 0,09
hidratado
Flex -
0,5 0,04
Gasolina C
Flex - Etanol
0,51 0,14
hidratado
Gasolina C 0,35 0,09
Etanol
0,82 0,08
hidratado
2004 Flex -
0,39 0,05
Gasolina C
Flex - Etanol
0,46 0,14
hidratado
Gasolina C 0,34 0,09
Etanol
0,82 0,08
hidratado
2005 Flex -
0,45 0,05
Gasolina C
Flex - Etanol
0,39 0,1
hidratado
Gasolina C 0,33 0,08
Etanol
0,67 0,05
hidratado
2006 Flex -
0,48 0,05
Gasolina C
Flex - Etanol
0,47 0,07
hidratado
Gasolina C 0,33 0,08
Flex -
0,48 0,05
2007 Gasolina C
Flex - Etanol
0,47 0,07
hidratado
Flex -
0,37 0,04
Gasolina C
Flex -
2008 0,51 0,04
Gasolina C
Flex - Etanol
0,71 0,05
hidratado
Gasolina C 0,24 0,02
Flex -
0,32 0,03
2009 Gasolina C
Flex - Etanol
0,53 0,03
hidratado
Gasolina C 0,22 0,03
Flex -
0,28 0,03
2010 Gasolina C
Flex - Etanol
0,51 0,04
hidratado
Gasolina C 0,26 0,03
2011 Flex -
0,28 0,03
Gasolina C
174
Flex - Etanol
0,49 0,03
hidratado
Gasolina C 0,25 0,03
Flex -
0,27 0,03
2012 Gasolina C
Flex - Etanol
0,47 0,03
hidratado
Tabela 10: Fatores de emissão de CO e NOx para motocicletas em g/km (MMA, 2013)
Ano/modelo Combustível CO NOx
Até 2002 Gasolina C 19,7 0,1
2003 Gasolina C 5,03 0,15
2004 Gasolina C 6,17 0,18
2005 Gasolina C 2,65 0,16
2006 Gasolina C 2,18 0,18
2007 Gasolina C 1,82 0,17
2008 Gasolina C 1,4 0,12
Gasolina C 1,09 0,1
Flex - Gasolina
0,75 0,05
2009 C
Flex - Etanol
0,58 0,07
hidratado
Gasolina C 0,74 0,07
Flex - Gasolina
0,75 0,05
2010 C
Flex - Etanol
0,58 0,07
hidratado
Gasolina C 0,7 0,08
Flex - Gasolina
0,76 0,06
2011 C
Flex - Etanol
0,68 0,06
hidratado
Gasolina C 0,57 0,08
Flex - Gasolina
0,74 0,04
2012 C
Flex - Etanol
0,9 0,04
hidratado
Tabela 11: Fatores de emissão de CO e NOx para motores Diesel em gpoluente/km (MMA,
2013)
Ano
Categoria CO NOX
Modelo
Semileves 0,764 4,394
Até 1999 Caminhões Leves 1,250 7,190
Médios 1,250 7,190
175
11,58
Semipesados 2,014
5
11,58
Pesados 2,014
5
17,37
Urbanos 3,021
7
10,38
Micro-ônibus 1,805
Ônibus 6
13,18
Rodoviários 2,292
2
Comerciais Leves 0,739 4,250
Semileves 0,687 2,776
Leves 1,124 4,543
Caminhões Médios 1,124 4,543
Semipesados 1,810 7,319
2000- Pesados 1,810 7,319
2001 10,97
Urbanos 2,715
9
Micro-ônibus
Ônibus 1,623 6,562
Rodoviários
2,138 8,646
Comerciais Leves
0,689 2,787
Semileves 0,374 2,710
Leves 0,612 4,435
Caminhões Médios 0,612 4,435
Semipesados 0,986 7,146
2002- Pesados 0,986 7,146
2003 10,71
Urbanos 1,479
8
Ônibus Micro-ônibus 0,884 6,406
Rodoviários 1,122 8,131
Comerciais Leves 0,362 2,621
Semileves 0,357 2,276
Leves 0,584 3,725
Caminhões Médios 0,584 3,725
Semipesados 0,941 6,001
2004- Pesados 0,941 6,001
2008
Urbanos 1,412 9,002
Micro-ônibus 0,844 5,381
Ônibus
Rodoviários 1,071 6,829
Comerciais Leves 0,345 2,202
Semileves 0,454 1,869
Leves 0,667 3,230
Caminhões Médios 0,522 3,134
2009 Semipesados 0,963 5,226
Pesados 0,897 5,149
Urbanos 1,628 7,657
Ônibus
Micro-ônibus 0,973 4,576
176
Rodoviários 0,643 5,909
0,547 1,768
0,449 1,877
Leves 0,522 3,141
Médios 0,509 3,168
Semipesados 0,919 5,215
2010 Pesados 0,653 5,138
Urbanos 1,744 7,773
Ônibus Micro-ônibus 1,042 4,646
Rodoviários 0,693 5,657
Comerciais Leves 0,837 2,190
Semileves 0,474 1,747
Leves 0,521 3,110
Caminhões Médios 0,517 3,063
Semipesados 1,015 4,776
2011 Pesados 0,729 4,726
Urbanos 1,462 7,682
Ônibus Micro-ônibus 0,874 4,591
Rodoviários 0,661 5,855
Comerciais Leves 0,484 1,490
Semileves 0,004 0,511
Leves 0,120 0,771
Caminhões Médios 0,051 1,025
Semipesados 0,275 1,645
2012
Pesados 0,111 1,544
Urbanos 0,440 2,103
Ônibus Micro-ônibus 0,263 1,257
Rodoviários 0,334 1,750
177
Nome do Indicador: Redução do nível de pressão sonora proveniente da transferência de
viagens motorizadas para o modo cicloviário.
Unidade de medida: muito boa, boa, nem boa/nem ruim, ruim, muito ruim.
Descrição: indicador que verifica, por meio do nível de satisfação dos ciclistas, a qualidade
das áreas verdes nas imediações da ciclovia.
Unidade de medida: Muito boa, boa, nem boa/nem ruim, ruim, e muito ruim.
178
Nome do Indicador: Qualidade das áreas nas imediações da ciclovia em termos de não
abandono e degradação.
Unidade de medida: Muito boa, boa, nem boa/nem ruim, ruim, e muito ruim.
Como medir: por meio da verificação das áreas nas imediações da ciclovia em termos de
não abandono e degradação, incluindo, se necessário, a análise do projeto executivo
cicloviário para saber se este previu ações destinadas à recuperação de áreas degradadas.
Unidade de medida: Muito boa, boa, nem boa/nem ruim, ruim, e muito ruim.
Como medir: por meio de inspeções junto à ciclovia; análise de planos, estudos e projetos
para a região; e verificação do atendimento às normas existentes.
Descrição: indicador que verifica a existência de danos causados ao meio ambiente devido
às atividades de implantação e restauração da ciclovia.
180
B QUESTIONÁRIO PARA OS USUÁRIOS DA CICLOVIA
□ Sim □ Não
3 – Em sua opinião, esta ciclovia aumenta sua qualidade de vida? Como você avalia
este aumento de qualidade de vida?
4 – Existem estacionamentos para a sua bicicleta junto à ciclovia? Como você avalia
esta questão?
181
6 – Como você avalia a frequência de policiais nas imediações da ciclovia?
7 - Como você avalia a localização desta ciclovia e sua conectividade com outras?
182
13 – Em sua opinião, você acha que houve redução de ruído nas áreas habitacionais ou
comerciais próximas à ciclovia devido a uma transferência de viagens realizadas
anteriormente por meio de veículos motorizados para o modo cicloviário? Como você
avalia esta questão?
□ Sim □ Não
15 - Antes da construção desta ciclovia, você fazia o trajeto a pé por falta de condições
financeiras?
□ Sim □ Não □ Outro (não realizava este trajeto antes da construção da ciclovia)
□ Sim □ Não
183
17 – O seu gasto com transporte (locomoção) diminuiu com o uso desta ciclovia?
□ Sim □ Não
Se sim, quanto você gastava por mês antes de utilizar esta ciclovia e o quanto você
economizou?
18 - Você deixou de fazer alguma viagem com veículo automotor devido à implantação
ou utilização da ciclovia e passou a fazê-la com bicicleta?
□ Sim □ Não
Se sim, você poderia nos informar qual era o trajeto, o tipo de veículo, ano de
fabricação e o combustível utilizado? E quantas viagens você fazia por semana?
Trajeto antes realizado com veículo automotor e que agora é feito com o uso da
bicicleta:
184
Veículo utilizado:
185
C RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO MÉTODO PARA A DETERMINAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE CICLOVIAS NAS
CICLOVIAS DO VARJÃO E DE SAMAMBAIA
Em 05/08/14, no período das 6 horas às 20 horas, foi realizada a contagem de bicicletas na ciclovia do Varjão. No posto próximo à entrada do Varjão
foram contadas 348 bicicletas. Já no posto distante da entrada do Varjão foram contadas 87. A média aritmética dos dois postos pesquisados é de 217,5
bicicletas.
Para a obtenção do volume total diário de bicicletas, utilizou-se o percentual de correção de 8,7% para considerar o período das 20 às 6 horas, citado
com mais detalhes na ficha do indicador “volume de bicicletas na ciclovia”. Assim sendo, chegou-se ao valor de 236,4 bicicletas por dia.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,25, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em 05/08/14, no período das 6 horas às 20 horas, foi realizada a contagem de bicicletas em Samambaia. Na Avenida Norte, foram contadas 456
bicicletas. Já na Avenida Sul foram contadas 595. A média aritmética dos dois postos pesquisados é de 525,5 bicicletas.
Para a obtenção do volume total diário de bicicletas, utilizou-se o percentual de correção de 8,7% para considerar o período das 20 às 6 horas, citado
com mais detalhes na ficha do indicador “volume de bicicletas na ciclovia”. Assim sendo, chegou-se ao valor de 571,2 bicicletas por dia.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,50, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
2 – EXISTÊNCIA DE ÁREAS COMERCIAIS E UNIDADES DE ENSINO DENTRO DE UMA DISTÂNCIA DE 500 METROS DA CICLOVIA
Ao longo da ciclovia do Varjão, não existem muitos estabelecimentos comerciais, exceto na parte inicial da ciclovia, do final do Lago Norte até o Varjão,
onde há uma quantidade razoável de estabelecimentos comerciais, inclusive a presença de uma escola e de um shopping.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0, 50, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
186
Ao longo da ciclovia de Samambaia, a região é densa quanto a áreas comerciais e unidades de ensino.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
No Varjão, 67,6% das viagens são por motivo de trabalho, 5,4% são por motivo de estudo. Desta maneira, 73% é o percentual de viagens de ciclistas
por motivo de trabalho ou estudo.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, 44,7% das viagens são por motivo de trabalho e 12,3% são por motivo de estudo. Desta maneira, 57% é o percentual de viagens de
ciclistas por motivo de trabalho ou estudo.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,50, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Trabalho
67,6% Escola
5,4% Lazer
12,3% Outro
Figuras 1 e 2: Percentual de Viagens de Ciclistas por Motivo de Trabalho ou Estudo dos Estudos de Caso das ciclovias do Varjão e de Samambaia
respectivamente
187
4 – DISPONIBILIDADE DE ESTACIONAMENTO DE BICICLETAS JUNTO À CICLOVIA
No Varjão, a disponibilidade de estacionamentos foi considerada por 0,7% dos participantes da pesquisa como muito boa, por 4,1% como boa, por
7,4% como nem boa e nem ruim, por 53,4% como ruim e por 34,5% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi
considerada como ruim.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0, 25, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a disponibilidade de estacionamentos de bicicletas junto à ciclovia foi considerada por 0,7% dos participantes da pesquisa como muito
boa, por 1,7% como boa, por 16% como nem boa e nem ruim, por 47,1 como ruim e por 34,5% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com
os usuários da ciclovia foi considerada como ruim.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,25, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
47,1%
53,4%
Figuras 3 e 4: Disponibilidade de Estacionamento de Bicicletas Junto às Ciclovias dos Estudos de Caso do Varjão e de Samambaia respectivamente
188
5 – INTEGRAÇÃO INTERMODAL
No Varjão não há integração entre os ciclistas com outros modos de transporte. Assim sendo, a integração foi considerada como sendo muito ruim.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia há uma integração boa entre os ciclistas e três estações de metrô, ainda que não haja com ônibus. Assim sendo, a integração foi
considerada como sendo boa.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
No Varjão, a percepção do ciclista com relação a furtos e roubos foi considerada por 2,7% dos participantes da pesquisa como muito boa, por 5,4%
como boa, por 5,4% como nem boa e nem ruim, por 54,7% como ruim e por 31,8% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários
da ciclovia foi considerada como ruim.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0, 25, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a percepção do ciclista com relação a furtos e roubos na ciclovia foi considerada por 17,1% dos participantes da pesquisa como muito
boa, por 27,3% como boa, por 19,1% como nem boa e nem ruim, por 25,9% como ruim e por 10,6% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas
com os usuários da ciclovia foi considerada como nem boa nem ruim.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,50, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
189
2,7% 5,4% 10,6% Muito boa
31,8% 5,4% Muito boa 25,9% 17,1%
Boa
Boa
Nem boa nem
Nem boa nem ruim ruim
Ruim
Ruim
Muito ruim
Muito ruim
54,7% 19,1% 27,3%
Figuras 5 e 6: Percepção do Ciclista com Relação a Furtos e Roubos nas Ciclovias dos Estudos de Caso do Varjão e de Samambaia respectivamente
No Varjão, a frequência de policiamento nas imediações da ciclovia foi considerada por 1,4% dos participantes da pesquisa como muito boa, por 33,1%
como boa, por 18,9% como nem boa e nem ruim, por 28,4% como ruim e por 18,2% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários
da ciclovia foi considerada como nem boa nem ruim.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0, 50, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a frequência de policiamento nas imediações da ciclovia foi considerada por 0,0% dos participantes da pesquisa como muito boa, por
8,2% como boa, por 16,4% como nem boa e nem ruim, por 47,4% como ruim e por 28,0% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os
usuários da ciclovia foi considerada como ruim.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,25, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
190
1,4% 8,2%
18,2% 33,1% Muito boa 16,4% Muito boa
28,0%
Boa Boa
Figuras 7 e 8: Frequência de Policiamento nas Ciclovias dos Estudos de Caso do Varjão e de Samambaia respectivamente
No Varjão, a localização espacial e conectividade com outras ciclovias foi considerada por 2,7% dos participantes da pesquisa como muito boa, por
17,6% como boa, por 12,8% como nem boa e nem ruim, por 50,7% como ruim e por 16,2% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os
usuários da ciclovia foi considerada como ruim.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,25, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a percepção do ciclista com relação à localização espacial e conectividade com outras ciclovias foi considerada por 6,8% dos
participantes da pesquisa como muito boa, por 43,0% como boa, por 18,4% como nem boa e nem ruim, por 24,2% como ruim e por 7,5% como muito ruim.
Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi considerada como boa.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
191
2,7% 17,6% 7,5% 6,8% Muito boa
16,2% Muito boa
24,2%
Boa Boa
Figuras 9 e 10: Localização Espacial e Conectividade com Outras Ciclovias dos Estudos de Caso das ciclovias do Varjão e de Samambaia respectivamente
9 – QUALIDADE DA SINALIZAÇÃO DA CICLOVIA, DOS CRUZAMENTOS CICLOVIÁRIOS E DO TRATAMENTO DOS LOCAIS CRÍTICOS
No Varjão, a qualidade da sinalização da ciclovia, dos cruzamentos cicloviários e do tratamento dos locais críticos foi considerada por 1,4% dos
participantes da pesquisa como muito boa, por 28,4% como boa, por 23,0% como nem boa e nem ruim, por 36,5% como ruim e por 10,8% como muito ruim.
Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi considerada como nem boa nem ruim.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,50, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a percepção do ciclista com relação à qualidade da sinalização da ciclovia, dos cruzamentos cicloviários e do tratamento dos locais
críticos foi considerada por 1,7% dos participantes da pesquisa como muito boa, por 44,7% como boa, por 23,5% como nem boa e nem ruim, por 25,6% como
ruim e por 4,4% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi considerada como boa.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
192
10,8% 1,4% 28,4% Muito boa 4,4% 1,7% Muito boa
44,7%
25,6%
Boa Boa
No Varjão, a qualidade do pavimento da ciclovia foi considerada por 4,7% dos participantes da pesquisa como muito boa, por 55,4% como boa, por
25,0% como nem boa e nem ruim, por 12,2% como ruim e por 2,7% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi
considerada como boa.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a percepção do ciclista coma qualidade do pavimento da ciclovia foi considerada por 0,7% dos participantes da pesquisa como muito
boa, por 20,1% como boa, por 68,9% como nem boa e nem ruim, por 6,8% como ruim e por 3,4% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas
com os usuários da ciclovia foi considerada como boa.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
193
2,7% 4,7% 3,4% 0,7%
Muito boa 20,1% Muito boa
12,2%
Boa 6,8% Boa
Ruim Ruim
25,0% 55,4% Muito ruim Muito ruim
68,9%
Figuras 13 e 14: Qualidade do Pavimento das Ciclovias dos Estudos de Caso do Varjão e de Samambaia respectivamente
No Varjão, a qualidade da drenagem da ciclovia foi considerada por 4,1% dos participantes da pesquisa como muito boa, por 51,4% como boa, por
17,6% como nem boa e nem ruim, por 25,0% como ruim e por 2,0% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi
considerada como boa.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a percepção do ciclista com relação à qualidade da drenagem da ciclovia foi considerada por 7,5% dos participantes da pesquisa como
muito boa, por 64,8% como boa, por 19,8% como nem boa e nem ruim, por 6,5% como ruim e por 1,4% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas
com os usuários da ciclovia foi considerada como boa.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
194
2,0% 4,1% 6,5% 1,4%
25,0% Muito boa Muito boa
19,8% 7,5%
Boa Boa
Ruim Ruim
No Varjão, a disponibilização de iluminação pública nos arredores da ciclovia foi considerada por 5,4% dos participantes da pesquisa como muito boa,
por 44,6% como boa, por 16,2% como nem boa e nem ruim, por 28,4% como ruim e por 5,4% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com
os usuários da ciclovia foi considerada como boa.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a percepção do ciclista com relação à disponibilização de iluminação pública nos arredores da ciclovia foi considerada por 23,9% dos
participantes da pesquisa como muito boa, por 58,0% como boa, por 10,6% como nem boa e nem ruim, por 6,1% como ruim e por 1,4% como muito ruim.
Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi considerada como boa.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
195
5,4% 5,4% Muito boa 6,1% 1,4%
10,6% 23,9% Muito boa
28,4%
Boa
Boa
Nem boa nem
ruim Nem boa nem ruim
Ruim
Ruim
44,6% Muito ruim
16,2% Muito ruim
58,0%
Figuras 17 e 18: Disponibilização de Iluminação Pública nos Arredores das Ciclovias dos Estudos de Caso do Varjão e de Samambaia respectivamente
13 – PROMOÇÃO DE SAÚDE
No Varjão, 87,0% dos participantes da pesquisa pedalam por pelo menos 15 minutos e 13,0% não. Assim sendo, a quantidade de usuários da ciclovia
que pedalam sem parar por pelo menos 15 minutos é maior do que 80,0%.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, 94,6% dos participantes da pesquisa pedalam por pelo menos 15 minutos e 5,4% não. Assim sendo, a quantidade de usuários da
ciclovia que pedalam sem parar por pelo menos 15 minutos é maior do que 80,0%.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
196
13,0% Pedalam por pelo Pedalam por pelo
5,4%
menos 15 minutos menos 15 minutos
87,0% 94,6%
Figuras 19 e 20: Promoção de Saúde pelas Ciclovias dos Estudos de Caso do Varjão e de Samambaia respectivamente
No Varjão, 72,28% dos participantes da pesquisa utilizam a ciclovia para lazer, considerando os que a utilizam somente para lazer e aqueles que a
utilizam para outros motivos e também para lazer e, 27,72% não. Assim sendo, a quantidade de usuários da ciclovia que a utilizam como atividade de lazer é
maior do que 60,0% e menor do que 80,0%.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, 87,4% dos participantes da pesquisa utilizam a ciclovia para lazer, considerando os que a utilizam somente para lazer e aqueles que
a utilizam para outros motivos e também para lazer, e 12,6% não. Assim sendo, a quantidade de usuários da ciclovia que a utilizam como atividade de lazer
é maior do que 80,0%.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
197
27,72% 12,6%
Utilizam a Utilizam a ciclovia
ciclovia para lazer para lazer
72,28% 87,4%
Figuras 21 e 22: Promoção de Lazer pelas Ciclovias dos Estudos de Caso do Varjão e de Samambaia respectivamente
No Varjão, a percepção do ciclista com relação à qualidade de vida e redução do nível de estresse dos ciclistas foi considerada por 41,9% dos
participantes da pesquisa como muito boa, por 44,6% como boa, por 9,5% como nem boa e nem ruim, por 3,4% como ruim e por 0,7% como muito ruim.
Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi considerada como boa.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a percepção do ciclista com relação à qualidade de vida e redução do nível de estresse dos ciclistas foi considerada por 52,6% dos
participantes da pesquisa como muito boa, por 42,3% como boa, por 4,8% como nem boa e nem ruim, por 0,3% como ruim e por 0% como muito ruim. Assim
sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi considerada como muito boa.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
198
3,4% 0,7% Muito boa 4,8%
9,5% 41,9% 0,3% Muito boa
Boa
Boa
No Varjão, 27,7% dos participantes da pesquisa possuem veículo particular e 72,3% não. Assim sendo, o percentual de usuários da ciclovia que
possuem veículo particular é maior do que 20,0% e menor do que 40,0%.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, 35,2% dos participantes da pesquisa possuem veículo particular e 64,8% não. Assim sendo, o percentual de usuários da ciclovia que
possuem veículo particular é maior do que 20,0% e menor do que 40,0%.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
199
Possuem veículo 35,2% Possuem veículo
27,7%
particular particular
64,8%
72,3%
Figuras 25 e 26: Percentual de Ciclistas que não Possuem Veículo Particular dos Estudos de Caso das Ciclovias do Varjão e de Samambaia respectivamente
No Varjão, 86,49 % dos participantes da pesquisa deixaram de fazer alguma viagem com veículo automotor e passou a usar a ciclovia para fazê-la,
enquanto 13,51% não deixaram de fazer alguma viagem com veículo automotor devido à existência da ciclovia. Assim sendo, o percentual de transferência
do modo a pé para o cicloviário foi maior do que 10,0% das viagens totais.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, 66,55 % dos participantes da pesquisa deixaram de fazer alguma viagem com veículo automotor e passou a usar a ciclovia para fazê-
la, enquanto 33,45% não deixaram de fazer alguma viagem com veículo automotor devido à existência da ciclovia. Assim sendo, o percentual de transferência
do modo a pé para o cicloviário foi maior do que 10,0% das viagens totais.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
200
13,51% Deixou de fazer 33,45% Deixou de
alguma viagem com fazer alguma
veículo automotor viagem com
veículo
Não deixou de fazer
automotor
alguma viagem com
veículo automotor
Não deixou de
fazer alguma
viagem com
veículo
86,49% 66,55% automotor
Figuras 27 e 28: Percentual de Transferência do Modo a Pé para o Cicloviário dos Estudos de Caso das Ciclovias do Varjão e de Samambaia respectivamente
18 – PERCENTUAL DE CICLISTAS QUE SE BENEFICIARAM DOS EFEITOS POSITIVOS INDIRETOS GERADOS PELA CICLOVIA, COMO AQUISIÇÃO DE EMPREGO,
EDUCAÇÃO E OUTRAS OPORTUNIDADES
No Varjão, 77,0% dos participantes da pesquisa se beneficiaram dos efeitos positivos indiretos gerados pela ciclovia, como aquisição de emprego,
educação e outras oportunidades e 23,0% não. Assim sendo, o percentual de usuários da ciclovia que se beneficiaram dos efeitos positivos indiretos gerados
pela ciclovia foi maior do que 10,0%.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, 78,8% dos participantes da pesquisa se beneficiaram dos efeitos positivos indiretos gerados pela ciclovia, como aquisição de emprego,
educação e outras oportunidades e 21,2% não. Assim sendo, o percentual de usuários da ciclovia que se beneficiaram dos efeitos positivos indiretos gerados
pela ciclovia foi maior do que 10,0%.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
201
Obtiveram algum Obtiveram algum
23,0% benefício benefício
21,2%
Não obtiveram algum
Não obtiveram benefício
algum benefício
77,0%
78,8%
Figuras 29 e 30: Percentual de Ciclistas que se Beneficiaram dos Efeitos Positivos Indiretos Gerados pelas Ciclovias, como Aquisição de Emprego, Educação
e outras Oportunidades dos Estudos de Caso do Varjão e de Samambaia respectivamente
No Varjão, 85,1% dos participantes da pesquisa obtiveram redução de gastos devido à utilização da ciclovia e 14,9% não. Assim sendo, o percentual
de usuários da ciclovia que reduziram seus gastos devido à utilização da ciclovia é maior do que 20%.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, 64,2% dos participantes da pesquisa obtiveram redução de gastos devido à utilização da ciclovia e 35,8% não. Assim sendo, o
percentual de usuários da ciclovia que reduziram seus gastos devido à utilização da ciclovia é maior do que 20%.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
202
14,9% Gasto diminuiu Gasto diminuiu
35,8%
Gasto não diminuiu Gasto não diminuiu
64,2%
85,1%
Figuras 31 e 32: Percentual de Ciclistas que Obtiveram Redução de Gastos Devido à Utilização das Ciclovias dos Estudos de Caso do Varjão e de Samambaia
respectivamente
Dentre os que obtiveram redução de gastos devidos à utilização da ciclovia do Varjão, a média economizada foi de R$ 114,26 e, em Samambaia, foi
de R$ 103 reais.
20 – VARIAÇÃO ANUAL DA QUANTIDADE DE CICLISTAS MORTOS EM ACIDENTES DE TRÂNSITO NA REGIÃO DA CICLOVIA POR HABITANTE POR ANO
No Varjão, houve o aumento de uma morte de ciclista, comparando os anos de 2007 e 2013.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, ao comparar os anos de 2007 e 2013, é possível perceber que houve redução de duas mortes do total de três. Assim sendo, verifica-
se uma redução de 66,6% de ciclistas mortos na região da ciclovia em Samambaia ao se comparar o ano de 2013 com o ano de 2007.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
203
Tabela 12: Ciclistas feridos e mortos nas proximidades das ciclovias do Varjão e de Samambaia no período de 2007 a 2013 (Dados cedidos pelo DETRAN/DF e
DER/DF por email)
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Ciclovia/Ano Com Com Com Com Com Com Com Com Com Com Com Com Com Com
morte Ferido morte Ferido morte Ferido morte Ferido morte Ferido morte Ferido morte Ferido
Varjão (DF-005) 0 3 0 2 0 1 0 4 0 1 0 2 1 3
Samambaia 3 72 0 52 3 38 1 52 4 33 3 39 1 45
21 – REDUÇÃO DO CUSTO ANUAL DE POLUENTES DEVIDO À TRANSFERÊNCIA DE VIAGENS MOTORIZADAS PARA O MODO CICLOVIÁRIO
A redução do custo anual de poluentes devido à transferência de viagens motorizadas para o modo cicloviário no Varjão foi de R$ 8.145,00 por ano e
em Samambaia foi de R$ 16.001,00 por ano (R$ de 2010) para o universo de ciclistas que utilizam a ciclovia por dia.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,25, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
A redução da emissão de poluentes de gases de efeito estufa devido à transferência de viagens motorizadas para o modo cicloviário no Varjão foi de
52,631 toneladas de CO2eq por ano e em Samambaia foi de 94,212 de CO2eq toneladas para o universo de ciclistas que utilizam a ciclovia por dia.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,25, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
A redução da emissão de poluentes locais devido à transferência de viagens motorizadas para o modo cicloviário no Varjão foi de 0,578 toneladas por
ano e em Samambaia foi de 0, 973 toneladas por ano para o universo de ciclistas que utilizam a ciclovia por dia.
204
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,25, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
24 – REDUÇÃO DO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA PROVENIENTE DA TRANSFERÊNCIA DE VIAGENS MOTORIZADAS PARA O MODO CICLOVIÁRIO
No Varjão, a redução do nível de pressão sonora proveniente da transferência de viagens motorizadas para o modo cicloviário nos arredores da ciclovia
foi considerada por 0,7% dos participantes da pesquisa como muito boa, por 23,6% como boa, por 54,7% como nem boa e nem ruim, por 19,6% como ruim e
por 1,4% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi considerada como nem boa nem ruim.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,50, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a percepção do ciclista com relação com a redução do nível de pressão sonora proveniente da transferência de viagens motorizadas
para o modo cicloviário foi considerada por 0,3% dos participantes da pesquisa como muito boa, por 17,4% como boa, por 44,4% como nem boa e nem ruim,
por 31,1% como ruim e por 6,8% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários da ciclovia foi considerada como nem boa nem
ruim.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,50, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
205
19,6% 1,4% 0,7% 31,1% 6,8% 0,3% 17,4%
23,6% Muito boa Muito boa
Boa Boa
Nem boa nem ruim
Nem boa nem ruim
Ruim
Ruim
Muito ruim
Muito ruim
44,4%
54,7%
Figuras 33 e 34: Redução do Nível de Pressão Sonora Proveniente da Transferência de Viagens Motorizadas para o Modo Cicloviário dos Estudos de Caso
das ciclovias do Varjão e de Samambaia respectivamente
No Varjão, a promoção de áreas verdes nos arredores da ciclovia foi considerada por 2,0% dos participantes da pesquisa como muito boa, por 40,5%
como boa, por 30,4% como nem boa e nem ruim, por 24,3% como ruim e por 2,7% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os usuários
da ciclovia foi considerada como boa.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a promoção de áreas verdes nos arredores da ciclovia foi considerada por 4,4% dos participantes da pesquisa como muito boa, por
59,7% como boa, por 19,1% como nem boa e nem ruim, por 15,7% como ruim e por 1,0% como muito ruim. Assim sendo, a média das entrevistas com os
usuários da ciclovia foi considerada como boa.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 0,75, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
206
2,7% 2,0%
24,3% 40,5% Muito boa 15,7% 1,0% 4,4% Muito boa
Boa Boa
Ruim Ruim
26 – QUALIDADE DAS ÁREAS NAS IMEDIAÇÕES DA CICLOVIA EM TERMOS DE NÃO ABANDONO E DEGRADAÇÃO
No Varjão, a qualidade das áreas nas imediações da ciclovia em termos de não abandono e degradação foi considerada como muito boa pela autora.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a qualidade das áreas nas imediações da ciclovia em termos de não abandono e degradação foi considerada pela autora como muito
boa.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
As ciclovias do Varjão e de Samambaia fizeram parte do conjunto de obras cicloviárias do programa Pedala-DF, responsável pela implantação de
diversas ciclovias no Distrito Federal. Ressalta-se que na época da implantação das ciclovias, ainda não havia sido elaborado um Plano de Mobilidade Urbana
para o Distrito Federal.
207
Cabe salientar que as implantações de ambas as ciclovias foram realizadas de forma compatibilizada com o uso e ocupação do solo, diante
do atendimento às normas ambientais, de desenvolvimento urbano, mobilidade e acessibilidade.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
No Varjão, a intensidade de danos causados ao meio ambiente devido à construção ou restauração da ciclovia foi considerada pela autora como sem
impactos significativos.
PONTUAÇÃO VARJÃO: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
Em Samambaia, a intensidade de danos causados ao meio ambiente devido à construção ou restauração da ciclovia foi considerada pela autora como
sem impactos significativos.
PONTUAÇÃO SAMAMBAIA: 1,00, com base nos valores de referência listados na ficha do indicador em questão.
208
ANEXOS
209
A SISTEMAS DE INDICADORES
210
Domínio Tema Indicador Unidade de medida
Consumo de combustível L/hab/ano
Uso de energia limpa e
Recursos Naturais
de combustíveis %
alternativos
Informação disponível ao
Apoio ao cidadão Tipos de informação
cidadão
Inclusão social Equidade vertical (renda) Número
Educação para o
Aspectos sociais Educação e cidadania desenvolvimento Tipos de ações
sustentável
Participação na tomada
Participação popular Grau de participação
de decisão
Qualidade de vida Qualidade de vida %
Integração entre níveis de Frequência, grau de
Integração de ações governo interação
políticas Parcerias
Sim/Não
público/privadas
Captação de recursos %
Investimentos em Áreas, tipos de
Aspectos sistemas de transportes investimentos
Captação e
políticos Distribuição dos recursos
gerenciamento de Número
(público x privado)
recursos
Distribuição dos recursos
(motorizados x não Número
motorizados)
Política de Política de Mobilidade Sim/Não, estágio de
Mobilidade Urbana Urbana implantação
Km/km2, grau de
Densidade da rede viária
conectividade
Provisão e Vias pavimentadas %
manutenção de Despesas com
infraestrutura de manutenção da
Tipos de despesas
Infraestrutura transportes infraestrutura de
transportes
Sinalização viária Parcela da população
Distribuição da
Vias para transporte
infraestrutura de %
coletivo
transportes
Extensão e conectividade %, grau de
de ciclovias conectividade
Transporte
Frota de bicicletas Bicicletas/100 habitantes
cicloviário
Estacionamento para
%
bicicletas
Modos não Vias para pedestres %, conectividade
Deslocamentos a pé
motorizados Vias com calçadas %
Distância de viagem Km
Tempo de viagem Min
Redução de viagens Número de viagens Viagens/habitante/dia
Ações para redução do
Sim/Não, tipo
tráfego motorizado
211
Domínio Tema Indicador Unidade de medida
Nível de formação de
%
Capacitação de técnicos e gestores
gestores Capacitação de técnicos e
Horas/funcionário/ano
gestores
Áreas centrais de
Vitalidade do centro Número
interesse histórico
Consórcios
Integração regional Sim/Não, Tipo
intermunicipais
Transparência do
Transparência e
processo de Sim/Não
responsabilidade
planejamento
Vazios urbanos %
Crescimento urbano Número
Planejamento e
Densidade populacional
controle do uso e Habitantes/km2
urbana
Planejamento ocupação do solo
Índice de uso misto %
integrado
Ocupações irregulares %
Planejamento urbano,
Sim/Não, grau de
Planejamento ambiental e de
cooperação
estratégico e transportes integrado
integrado Efetivação e
Programas/projetos
continuidade das ações
Parques e áreas verdes M2/habitante
Planejamento de Equipamentos urbanos
Escolas/1000 habitantes
infraestrutura urbana (escolas)
e urbanos Equipamentos urbanos Postos de saúde/100.000
(hospitais) habitantes
Plano Diretor Sim/Não, atualização
Plano Diretor e Legislação urbanística Sim/Não
legislação urbanística Cumprimento da
Sim/Não, tipo
legislação urbanística
Mortos/100.000
Acidentes de trânsito
habitantes/ano
Acidentes de trânsito Acidentes com pedestres
%
e ciclistas
Prevenção de acidentes %
Educação para o
Educação para o trânsito %
trânsito
Tráfego e
Congestionamento Horas/dia
Circulação
Fluidez e circulação Velocidade média de
Urbana Km/h
tráfego
Operação e
Violação às leis de
fiscalização de %
trânsito
trânsito
Índice de motorização Autos/1.000 habitantes
Transporte individual Taxa de ocupação dos
Passageiros/auto
veículos
Extensão da rede de
%
transporte público
212
Domínio Tema Indicador Unidade de medida
Frequência de
atendimento do Minutos
transporte público
Pontualidade %
Velocidade média do
Km/h
transporte público
Disponibilidade e Idade média da frota do
anos
qualidade do transporte público
transporte público Índice de passageiros por
Passageiros/km
quilômetro
Passageiros transportados
Número
anualmente
Satisfação do usuário
com o serviço de %
Sistemas de
transporte público
transporte
Diversidade de modos de
urbano Número
transporte
Transporte público x
Diversificação modal Número
transporte privado
Modos motorizados x
Número
modos não motorizados
Regulação e Contratos e licitações %
fiscalização do
Transporte clandestino Participação, tipo
transporte público
Terminais intermodais %
Integração do
Integração do transporte
transporte público Grau, tipo
público
Descontos e gratuidades %
Política tarifária Tarifas de transportes Variação %
Subsídios públicos Sim/Não, tipo
213
Os 94 indicadores selecionados (Tabela 3) para serem utilizados no PLANUTS foram escolhidos entre os indicadores analisados por Costa
(2003) em sua dissertação de mestrado a partir de um conjunto de experiências nacionais e internacionais de indicadores de sustentabilidade.
Magagnin (2008) excluiu os indicadores que não representavam a realidade das cidades de pequeno e médio porte brasileiras e os que não possuíam
informações que viabilizassem a sua avaliação no sistema. O sistema PLANUTS foi construído por meio do Método de Avaliação Multicritério,
especificamente o Método da Escala de Pontos.
215
Categoria Tema Indicador Definição
população exposta a 4 diferentes níveis de ruído (dbA): 45-55 dB,
55-65 dB, 65-75 dB e >75dB.
Capital investido por modo Indicador sobre o capital total investido no setor de transporte e
parcela de capital investido por modo
Despesas públicas com transporte Indicador que mede a parcela do dinheiro público gasto com o
privado desenvolvimento de infraestrutura e tecnologia para o transporte
privado
Despesas públicas com transporte Indicador que mede a parcela do dinheiro público gasto com o
público desenvolvimento de infraestrutura e tecnologia para o transporte
público
Investimentos em infraestrutura de Indicador que mede os investimentos em manutenção e
Estratégias
transportes desenvolvimento de infraestrutura por modo e investimento em
Econômicas
infraestrutura para modalidades ambientalmente amigáveis
Subsídios diretos aos transportes Indicador dos subsídios diretos aos transportes (tarifas,
Gestão dos
combustíveis, entre outros) e externalidades (custos ou benefício
Transportes
que não são refletidos em sua totalidade nos preços)
Taxação relativa de veículos e Indicador que mede as taxações sobre a emissão de ruído,
utilização de veículos emissão de poluentes e ocupação dos veículos. Taxações podem
ser aplicadas a fim de desestimular a circulação em vias, áreas ou
horários pré-estabelecidos e ainda, diminuir a demanda por
combustíveis
Avaliação de impacto ambiental Indicador para monitorar a existência de instrumentos legais para
a elaboração de Relatórios de Impactos Ambientais para projetos
em nível urbano
Monitoramento
Gerenciamento efetivo do Indicador para monitorar a existência de sistemas de
tráfego/fiscalização gerenciamento de tráfego em larga escala e fiscalização efetiva
do tráfego urbano
216
Categoria Tema Indicador Definição
Desenvolvimento de planos Indicador para monitorar a existência de instrumentos ou
municipais para a redução das políticas de planejamento urbano a fim de reduzir a necessidade
viagens por viagens
Estabelecimento de Indicador para monitorar a existência de instrumentos legais para
regulamentação para densidades o estabelecimento de uma densidade mínima para cada zona da
mínimas na cidade cidade. Relaciona-se ao controle da dispersão e espalhamento
urbano
Implementação de estratégias Este indicador refere-se à aplicação de estratégias ambientais
ambientais para o setor de como suporte a políticas, planos e programas para o setor de
Mobilidade
transportes transportes
Urbana
Medidas: operação eficiente da Indicador para monitorar a existência de medidas ou políticas
frota de veículos para o uso mais eficiente dos veículos: incentivo a maior
ocupação dos veículos, financiamento de novas tecnologias,
entre outras
Melhoria dos transportes Indicador para monitorar a implementação de planos e políticas
para a melhoria dos transportes, principalmente do transporte
público urbano
Priorizar viagens eficientes (a pé Indicador para monitorar medidas que priorizam o
ou por bicicleta) desenvolvimento de infraestrutura para pedestres e ciclistas
Desenvolvimento de combustíveis Indicador para monitorar a utilização de combustíveis isentos de
limpos e número de veículos que chumbo e a adoção de catalisadores e conversores para os
utilizam combustíveis alternativos automóveis
Novas formas de transporte Indicador para acompanhar o desenvolvimento, introdução e
Novas
incentivo ao desenvolvimento de novas formas de transporte em
Tecnologias
nível urbano
Uso de tecnologia de cartões Indicador que permite monitorar a introdução, a aceitação, bem
inteligentes como os impactos (custos e benefícios) do uso da tecnologia de
cartões inteligentes no sistema de transporte público urbano
217
Categoria Tema Indicador Definição
Estrutura da frota de veículos Indicador que revela a estrutura da frota de veículos por tipo de
rodoviários veículo (cargas e passageiros) e por tipo de combustível
Idade média dos veículos Indicador do número médio em anos dos veículos em circulação,
uma vez que a idade dos veículos pode ser indicativa da
tecnologia empregada em sua fabricação
Percentagem da frota municipal Indicador medido através da percentagem de veículos
convertida para reduzir a emissão convertidos para a utilização de gás natural, eletricidade ou outra
Frota de poluentes forma alternativa de energia não poluente
Relação entre veículos com Para o desenvolvimento deste indicador são necessárias
consumo eficiente de informações sobre a economia de combustíveis e emissões de
combustível/veículos com CO2 por tipo de veículo
consumo ineficiente de
combustível
Veículos em circulação Indicador que fornece o número de veículos em circulação na
Infraestrutura dos
área urbana
Transportes
Capacidade das redes de Indicador que permite acompanhar a evolução da infraestrutura
infraestrutura de transportes de transporte (para cada modo) em um período determinado
Comprimento total das vias para Este indicador pode ser expresso também como proporção do
ciclistas total de vias urbanas destinadas aos ciclistas. Constitui uma
medida do incentivo à adoção deste modo de transporte
Desenvolvimento de vias para Indicador para monitorar o desenvolvimento de novas vias na
otimizar o fluxo de tráfego área urbana (extensão, tipo, capacidade, volume de tráfego, entre
Sistema Viário
outros)
Estrutura da rede viária Indicador sobre a evolução da rede viária por tipo de via
Extensão total das vias designadas Este indicador pode ser expresso também como proporção do
para pedestres total de vias urbanas. Relaciona-se à exclusão social, segurança
e conforto dos deslocamentos feitos a pé
Número de estacionamentos para Este indicador pode ser expresso também como área de
carros na cidade estacionamento por habitante
218
Categoria Tema Indicador Definição
Possibilidade de acesso de Indicador que mede a percentagem ou extensão de vias com
transporte coletivo (pavimentação) pavimentação adequada para o acesso de veículos de transporte
coletivo
Provisão de infraestrutura para Indicador para acompanhar a implementação de medida de
trafficcalming e vias para moderação de tráfego. Estas medidas visam de um modo geral, à
bicicletas e pedestres redução da velocidade dos veículos em vias urbanas, garantindo
maior segurança para pedestres e ciclistas
Mudanças nos modos de Indicador relacionado à introdução e utilização de novas formas
transporte de transporte em nível urbano
Tendências do tráfego rodoviário e Indicador que fornece medidas do volume de passageiros e carga
densidades transportados pelo modo rodoviário, densidades e impactos
Serviços de
ambientais
Transporte
Transporte de carga por modo Este indicador permite avaliar se há equilíbrio na divisão modal
do transporte de cargas
Transporte de passageiros por Indicador que mede a intensidade de utilização do transporte de
modo de transporte passageiros por modo de transporte
Densidade de tráfego Indicador que fornece o número de veículos que ocupam um
trecho de via ou uma via em um instante determinado
Geração de volume de tráfego e Indicador para monitorar o volume de tráfego por tipo de veículo
tipo na área urbana. Volume de tráfego é definido como o número de
veículos passando por uma seção de controle durante um
intervalo de tempo
Tráfego Taxa de ocupação dos veículos de Este indicador permite acompanhar a evolução da taxa de
passageiros ocupação dos veículos na área urbana ao longo do tempo
Tempo total gasto no tráfego Indicador obtido a partir da soma de todos os tempos de viagem
(anuais) dividido por mil habitantes
Velocidade de tráfego Este indicador pode ser definido pela média aritmética das
velocidades dos veículos individuais ou baseado no tempo
necessário para um veículo percorrer determinada distância
219
Categoria Tema Indicador Definição
Acessibilidade ao bairro Indicador que oferece uma medida da facilidade de contato ou
acesso aos diferentes bairros da cidade. Relaciona-se à
localização e à facilidade com que um indivíduo vence a
separação espacial a locais específicos
Acessibilidade ao centro Indicador obtido a partir do tempo médio de todas as viagens
feitas para o centro da cidade
Acesso aos serviços de transportes Indicador utilizado para monitorar o acesso a serviços de
Acessibilidade
transporte de qualidade por todos os cidadãos. De um modo geral,
Urbana
o acesso aos transportes cresce com a provisão de infraestrutura
Percentagem de empregos Indicador relacionado de forma direta ao tempo médio de viagem
situados a até 3 quilômetros de gasto para viagens ao trabalho e ao modo utilizado
distância das residências
Percentagem de pessoas que Indicador relacionado ao acesso às atividades de lazer e recreação
Planejamento dos
vivem a até 3 quilômetros de em nível urbano
Transportes
distâncias das facilidades de lazer
Área total em categorias Indicador que revela a área total designada a cada uma das
significativas de uso do solo diferentes categorias de uso do solo (espaços abertos, indústrias,
moradias, áreas de expansão, preservação, entre outras)
Áreas verdes versus áreas Indicador que revela a proporção da área urbana destinada a
destinadas ao automóvel privado parque e áreas verdes comparada à proporção destinada a
Crescimento infraestrutura para o transporte privado
Urbano Desconcentração das atividades Indicador relacionado de forma direta à necessidade de viagens e
ao tempo gasto para a realização das mesmas
Forma urbana Indicador que relaciona a forma urbana aos custos de transportes,
distância e tempo de viagem, acessibilidade, entre outros
Incentivo ao uso misto/alta Indicador relacionado à necessidade de viagens, custos de
densidade transportes, acesso às atividades urbanas, entre outros
220
Categoria Tema Indicador Definição
Mudanças no uso do solo devido à Este indicador visa monitorar os impactos da construção de novas
infraestrutura de transportes infraestruturas de transportes sobre os equipamentos e atividades
urbanas
Planejamento do uso do solo Indicador para monitorar a existência e ano de criação de
urbano legislação específica sobre o uso do solo urbano (perímetro
urbano, parcelamento do solo, zoneamento, áreas de interesse
especial, código de obras ou outros instrumentos)
Políticas de uso do solo para Indicador para monitorar a implementação de políticas de uso do
pedestres, ciclistas e transporte solo que visam o incremento dos deslocamentos feitos a pé, por
público bicicleta ou transporte público (incentivos, infraestrutura, etc.)
Crescimento do número de Indicador que permite acompanhar o crescimento e distribuição
unidades unifamiliares comparado da população na área urbana
ao crescimento da população
Densidade populacional Na área urbana, este indicador pode ser obtido para as diferentes
regiões da cidade. Constitui ponto de interesse para o processo de
planejamento urbano e de transportes
Estrutura etária da população Indicador que revela a proporção de homens e mulheres em cada
faixa etária com relação à população total. Permite revelar, dentre
População Urbana
outros aspectos, a proporção de crianças e idosos que possuem
necessidades especiais de transporte, redirecionando ou
adaptando projetos em nível urbano
Rendimento familiar per capita Indicador que revela a distribuição das famílias por classes de
rendimento familiar per capita. Relacionado com o número de
viagens diárias per capita e o modo de transporte escolhido
Taxa de crescimento da população Indicador que revela a taxa média anual de mudança no tamanho
da população durante um período determinado
Deslocamento de crianças para a Indicador para monitorar o modo de transporte usado por
Viagens
escola crianças em viagens entre residência e escola
221
Categoria Tema Indicador Definição
Distância aos serviços básicos Indicador obtido a partir da distância média a equipamentos de
educação, saúde, comércio, entre outros
Distância média entre os Indicador relacionado a questões de conectividade social,
moradores e os demais membros deslocamentos e modos de transporte
de sua família
Mobilidade local e passageiros Indicador que revela o número de viagens diárias e tempo gasto
transportados per capita por tipo de viagens e modo de transporte. Distância
média per capita por tipo de viagem e modo de transporte
Número de pessoas vivendo e Indicador relacionado à realização de deslocamentos diários
trabalhando no local extensos e ao número de veículos que circulam diariamente na
área urbana
Percentagem de pessoas que Este indicador transmite uma noção do nível de dependência do
utilizam o automóvel para viagens automóvel pela população urbana. Alerta para a existência de
com distância inferior a 3 possíveis falhas no sistema de transporte público urbano e
quilômetros infraestrutura inadequada para pedestres e ciclistas
Tempo de viagem Indicador obtido através do tempo médio gasto para uma viagem
de trabalho (em um único sentido). Média para todas as
modalidades de transporte
Custo por passageiro transportado Indicador relacionado à viabilidade econômica e à eficiência dos
corrigido pela inflação diferentes modos de transporte, à qualidade do serviço ofertado,
além dos insumos que compõem os custos de transporte
Evolução dos preços dos Indicador para monitorar a evolução dos preços dos principais
Aspectos
diferentes tipos de combustíveis e combustíveis (gás natural, diesel, gasolina, óleo, GLP) e
Socioeconômicos Custos
eletricidade eletricidade, junto ao consumidor final
dos Transportes
Preço dos combustíveis e taxa O preço dos combustíveis constitui um misto entre preços de
mercado e taxas ditadas pelo governo. Este indicador permite
visualizar a parcela do preço dos combustíveis determinada para
cada um destes fatores. Indicador para monitorar as variações nos
222
Categoria Tema Indicador Definição
custos do transporte público e privado em um período
determinado
Benefícios dos usuários de Índice econômico que agrega fatores como custos dos recursos,
transportes externalidades (ruído, emissões, acidentes), além de benefícios
generalizados aos usuários de transportes
Custos do congestionamento Indicador que revela os prejuízos ambientais, econômicos e
sociais causados pelos congestionamentos de tráfego
Impactos
Custos sociais dos transportes Indicador dos custos sociais decorrentes dos investimentos no
Socioeconômicos
controle dos congestionamentos de tráfego, prevenção à
poluição, desenvolvimento de infraestrutura, segurança e
transporte público
Rendimentos dos operadores de Indicador dos benefícios econômicos dos operadores de
transportes transporte urbano
Acidentes fatais de transportes Este indicador alerta para a implementação de medidas para a
educação no trânsito, mudanças na legislação, manutenção na
rede viária, entre outros. Ele oferece uma medida da segurança
no trânsito relacionada ao comportamento de motoristas, ciclistas
Segurança e pedestres; está relacionado com a segurança e proteção de
pedestres e ciclistas, o que pode revelar uma carência de
infraestrutura para os deslocamentos feitos a pé ou por bicicleta
Feridos por acidentes de tráfego Indicador que fornece o número de indivíduos que tenham
sofrido lesões corporais em acidentes ocorridos na área urbana
Demanda por transporte de Indicador relacionado ao número de passageiros transportados
passageiros por quilômetro pelos diferentes modos de transporte (incluindo
Transporte
automóvel privado) ao Produto Doméstico Bruto. Pode revelar
Público
ligações entre o crescimento econômico e o crescimento no
transporte de passageiros
223
Categoria Tema Indicador Definição
Disponibilidade de transporte Indicador relacionado à cobertura do transporte público urbano.
público Número ou percentagem de vias atendidas por alguma
modalidade de transporte público
Fator de diversidade para serviços Indicador do número médio de alternativas de transporte públicos
de transporte disponíveis na zona urbana
Necessidade de sistemas de Indicador que revela a percentagem de domicílios que não
transporte possuem meios de transporte públicos
Nível de serviço do transporte Indicador relacionado à frequência de atendimento do transporte
público e modalidades lentas público e ao tempo de viagem
Percentagem de pessoas que Indicador que fornece uma medida da segurança e confiabilidade
consideram o transporte público que pode estar intimamente ligada à demanda por transporte
inseguro público
Percentagem de pessoas que Indicador associado ao conforto, segurança e disponibilidade de
escolhem o transporte público em transporte público de passageiros
detrimento ao carro
224
Machado (2010) desenvolveu o Índice de Mobilidade Sustentável (IMS) para
representar os principais impactos da mobilidade na sustentabilidade e na qualidade de
vida urbanas. Por meio de revisão bibliográfica sobre os conceitos de sustentabilidade,
vida e mobilidade, um conjunto de indicadores foi selecionado (Tabela 4), tendo em vista
a disponibilidade de dados.
O processo de elaboração matemática do IMS seguiu os passos da metodologia
utilizada pelo IMUS (COSTA, 2008), à exceção da metodologia para obtenção dos pesos
dos indicadores. A princípio, o método de obtenção de pesos para o sistema de
indicadores do IMS foi o de Análise Hierárquica Multicritério, no entanto, dificuldades
foram constatadas uma vez que muitos técnicos não entenderam o processo de avaliação
par a par. Assim sendo, optou-se por utilizar metodologia de avaliação mais simples de
ordenação por importância, sendo 1 o mais importante e o 3 o menos importante para a
mobilidade sustentável. Os indicadores foram confrontados entre si recebendo nota
crescente de acordo com o grau de importância, de forma que o peso do indicador foi
definido pelo valor médio dessas notas. O peso do indicador foi dado pela média das notas
atribuídas pelos especialistas.
225
Visando contribuir para a mobilidade sustentável e consequentemente para o
desenvolvimento sustentável, Campos e Melo (2005) definiram 12 indicadores (Tabela
5) de ocupação urbana para serem utilizados em procedimentos de análise da
compatibilidade entre o desenvolvimento urbano e o sistema viário.
226
Campos e Ramos (2005) elaboraram uma proposta de indicadores de mobilidade
sustentável com base na conjugação das características do uso e ocupação do solo e do
sistema de transportes, baseando-se em indicadores de diferentes estudos, principalmente
de cidades europeias. A Tabela 17 apresenta os indicadores selecionados.
227
Dimensões da Indicadores de Mobilidade Sustentável
Sustentabilidade Ocupação Urbana/Uso do Solo Transporte
População residente com distância
medida de caminhada inferior a 500 Oferta de TPU (oferta de
metros das estações/paradas de TPU lugares) - número de lugares
- população residente num raio de ofertados no transporte
500 m de um ponto de acesso ao público em hora de pico.
transporte público. Unidade: Unidade: capacidade
População
Parcela de área de comércio (uso Frequência de TPU -
misto) - razão entre a área total de frequência horária de veículos
uso comercial (varejo) e a área total de TPU, no horário de pico.
construída. Unidade: ha/ha (%). Unidade: veículos/hora.
Oferta de transporte para
pessoas de mobilidade
reduzida - capacidade média
Diversidade de uso comercial e
diária de veículos especiais de
serviços dentro de um bloco ou
transporte público para
quadra de 500 metros x 500 metros -
deslocamento de pessoas com
razão entre número de diferentes
mobilidade reduzida (PMR).
tipos de estabelecimentos de
Ou, o número de veículos
comércio e serviço e o total de
diários com facilidades para
estabelecimentos numa quadra.
transporte de pessoas com
Unidade: núm. estabelecimentos/
mobilidade reduzida.
num estabelecimentos.
Unidade: número de
Sociedade
passageiros PMR/dia ou
veículos PMR/dia.
Tempo médio de viagem no
TPU para o núcleo central de
Extensão de ciclovias - razão entre a atividades e comércio - tempo
extensão de vias com ciclovias e a médio de viagem na hora de
extensão total de vias coletoras e pico entre o centróide da
arteriais. Unidade: km/km (%). região de estudo e o núcleo
central da cidade. Unidade:
minutos.
Distância média de caminhada às
escolas - média das maiores Demanda de viagens por
distâncias entre os limites da região automóveis na região - fluxo
e as escolas da mesma. Ou, quando de tráfego médio diário de
houver disponibilidade de transporte por automóvel
informação, este indicador pode ser gerado na região para outras
medido pela distância média de regiões dentro da cidade.
caminhada dos alunos até as Unidade: número de
residências. Unidade: Distância viagens/dia.
máxima total a cada escola / número
de escolas.
Número de lojas de varejo por área Tempo médio de viagem TPU
desenvolvida líquida - razão entre o x tempo médio de viagem por
228
Dimensões da Indicadores de Mobilidade Sustentável
Sustentabilidade Ocupação Urbana/Uso do Solo Transporte
número de lojas e a área total automóvel - razão entre o
construída. Unidade: num. lojas/ha. tempo médio de viagem no
População dentro de uma distância transporte público e o tempo
de 500 metros de vias com uso de viagem por automóvel
predominante de comércios e entre o núcleo central da
serviços - média de população região e o núcleo da cidade.
residente dentro de uma faixa de 500 Unidade: 1 – (% min.TPU/
m ao longo de vias com uso min.Auto).
predominante, acima de 50%, de
comércio e serviço. Unidade:
População.
Custo médio de viagem no
transporte público para o
núcleo central de atividades -
valor médio pago por viagem
no transporte público até o
Renda média da população/custo núcleo central da cidade,
mensal do transporte público - razão compreendendo o uso de um
entre a renda média mensal da ou mais sistemas de
população e o custo total mensal no transporte. Unidade: $.
transporte público referente a duas Veículo-
viagens diárias (ida e volta ao centro viagens/comprimento total da
urbano). Unidade: $renda/ $tarifa via ou corredor - razão entre o
(%). tráfego médio diário de
veículos privados nas vias
coletoras dentro da região de
estudo e a extensão total
destas vias. Unidade: número
Economia
de veículos/km.
Parcela de veículos de carga
com uso de energia menos
poluente - razão entre o
volume diário de veículos de
carga movidos a eletricidade
ou a gás e o volume total de
Baías para carga e descarga - média
veículos de carga circulando
da razão entre a extensão de baías de
na região. Unidade:
carga e descarga em vias de uso
veículos/veículos (%).
comercial e a extensão dessas vias.
Total de veículos-viagens/per
Unidade: km/km (%).
capita - razão entre o número
de viagens diárias por
automóvel na região e a
população ativa. Unidade:
número de viagens/população
ativa.
229
O Sistema de Informações da Mobilidade Urbana da Associação Nacional de
Transportes Públicos (ANTP) se propõe a coletar e tratar os dados de transporte público
e tráfego urbano dos municípios brasileiros com população superior a 60 mil habitantes
de forma a alimentar análises e avaliações, além de auxiliar na formulação e
implementação de políticas públicas no setor (ANTP, 2012). Para tanto, gera anualmente
indicadores:
Específicos que permitem análises comparativas com indicadores similares
observados internacionalmente, contribuindo para a elaboração de políticas
públicas no setor de transportes;
Agregados nacionais que permitem uma avaliação do que representa o setor de
transporte em patrimônio investido, custos gerais e participação no PIB, bem
como nos processos de consumo de espaço e energia, e de produção de
externalidades como a poluição e os acidentes;
Voltados à análise de séries históricas, visando à monitoração dos impactos de
políticas públicas para o setor de transporte;
Quantitativos que permitem uma qualificação das propostas da ANTP e demais
entidades interessadas em defender políticas públicas para o setor de transporte,
em especial junto à opinião pública e aos poderes executivo, legislativo e
judiciário.
230
Custos das externalidades;
Custos totais;
Patrimônio envolvido na mobilidade.
231
Tabela 18: Indicadores elaborados para os Programas Nacionais de Transporte (BRASIL, 2007a)
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
1. Modos (rodoviário, 𝑃𝑀𝑇𝑃
̅̅̅̅̅̅̅ =
𝑃𝑇𝑅𝑆
ferroviário, aquaviário ̅̅̅̅̅̅
𝑅𝑀𝑆
e aeroviário): ̅̅̅̅̅̅̅ = 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑜
𝑃𝑇𝑅𝑆
a. Par O/D; 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜
̅̅̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀𝑇𝑃 = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒
b. Faixa de renda
2. Temporal: 𝑅$
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 ( )
Relação entre o preço a. Mês; 𝑘𝑚
médio do serviço de b. Ano 𝑅𝑀𝑆
̅̅̅̅̅̅ = 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒
Peso médio do transporte de 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑛𝑎 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑜
preço do passageiros e a renda 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑅$)
Percentual ∑𝑚 𝑅𝑀𝑆𝑖
transporte na média do sujeito de 𝑅𝑀𝑆
̅̅̅̅̅̅ = 𝑖
renda do sujeito transportes, na 𝑚
𝑃𝑀𝑇𝑃𝑖 = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒
Capacidade origem do 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 "𝑖"
financeira do deslocamento 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜𝑠 𝑑𝑒
sujeito 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑒𝑚 𝑎𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒
𝑅𝑀𝑆𝑖 = 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 "𝑖"
𝑚 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠
233
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
Representa o fluxo 1. Modos (rodoviário,
máximo de veículos, ferroviário, aquaviário 𝐹𝑚á𝑥 = 𝑣 × 𝑑𝑣
Fluxo atual determinado pelo e aeroviário): 𝐹𝑚á𝑥 = 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒
𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
Capacidade da via máximo de produto da Veículos/hora a. Par O/D
𝑣 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎
veículos velocidade real e 2. Temporal: 𝑑𝑣 = 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑒𝑖𝑡á𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
densidade aceitável a. Ano 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑣)
de veículos
1. Modos (rodoviário, 𝑉𝑆𝑇
𝐶𝑇 = ( 𝐶𝑉
) × 𝑇𝐹𝐷𝑇 × ̅̅̅̅
ferroviário, aquaviário ̅̅̅̅
𝑇𝑂𝑉
e aeroviário): 𝐶𝑇 = 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
2. Tipo de objeto 𝑉𝑆𝑇 = 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑠𝑖𝑚𝑢𝑙𝑡â𝑛𝑒𝑜𝑠 𝑛𝑜
transportado 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 (𝑒𝑚 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑒
Representa a (passageiro ou carga): 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑜𝑢 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒
quantidade máxima Passageiros ou a. Tipo de carga 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 )
Capacidade do Capacidade do
de pessoas ou cargas tonelada de 3. Temporal: 𝑇𝑂𝑉 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒
terminal terminal
por unidade de tempo carga/dia a. Ano 𝑐𝑎𝑑𝑎 "𝑣𝑎𝑔𝑎"
no terminal 𝑇𝐹𝐷𝑇 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
𝐶𝑉 = 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎
𝑑𝑜 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜
236
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
Representa a média 1. Modos (rodoviário,
da relação entre o ferroviário, aquaviário 𝐹𝐶𝑖
∑𝑛𝑖=1
frete cobrado, pelo e aeroviário): 𝑄𝐶𝑇𝑖 × 𝐷𝑃𝑖
𝐹𝑅𝑈 =
prestador, para a a. Tipo de carga; 𝑛
𝐹𝑅𝑈 = 𝑓𝑟𝑒𝑡𝑒 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜
realização do(s) b. Par O/D
𝐹𝐶𝑖 = 𝑓𝑟𝑒𝑡𝑒 𝑐𝑜𝑏𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟
serviço(s) de 2. Temporal: "𝑖"
transporte em análise a. Mês; 𝐷𝑃𝑖 = 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜
Frete unitário e o produto da R$/km b. Ano 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "i" 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑒𝑥𝑒𝑐𝑢çã𝑜 𝑑𝑜
quantidade de carga 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑎𝑟
transportada e a 𝑂/𝐷
distância percorrida 𝑄𝐶𝑇𝑖 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
pelo prestador para a 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖"
execução do serviço 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠
de transportes entre (𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
um par O/D
1. Modos (rodoviário, ∑𝑛𝑖=1 𝑝𝑢𝑖
ferroviário, aquaviário 𝑃𝑈𝐼 =
𝑛
e aeroviário) 𝑝
𝑝𝑢𝑖 =
2. Por tipo de objeto 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎
É o somatório dos transportado 𝑃𝑈𝐼 = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒
Competitividade Preço unitário de preços unitários de (passageiro ou carga) 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎
R$/unidade de “i”:
do preço do uso utilização de utilização da 𝑝𝑢𝑖 = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜
referência a. Tipo de
da infraestrutura infraestrutura infraestrutura para o 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 "𝑖"
mesmo modo infraestrutura 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒ç𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑎𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒
2. Temporal: 𝑃 = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑎
a. Ano 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎; 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒
𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜
𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑒 𝑜𝑢 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒
237
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑒 𝑜𝑢
𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜; 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑟
𝑒𝑚 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒, 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎, 𝑚3 𝑒 𝑜𝑢
𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜 (𝑝𝑜𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑜𝑢
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜), 𝑒 𝑜𝑢 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
1. Modos (rodoviário, 𝑛
ferroviário, aquaviário 𝑇𝑜𝑡𝑂𝐷 = ∑ 𝑂𝑃𝑆𝑖
e aeroviário): 𝑖=1
Total de opções Somatório das
a. Par O/D 𝑇𝑜𝑡𝑂𝐷 = 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑜𝑝çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜
Opções de de serviço de opções de serviço de
2. Tipo de objeto 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑎𝑟
serviços de transportes transporte existentes Numérica 𝑂/𝐷
transportado
transportes existentes entre entre determinado 𝑂𝑃𝑆𝑖 = 𝑂𝑝çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜𝑠 𝑑𝑒
(passageiro ou carga)
um par O/D par O/D 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑠𝑖𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑝𝑜𝑟
a. Par O/D
3. Temporal: 𝑚𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 "𝑖" 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑢𝑚
a. Ano 𝑝𝑎𝑟 𝑂/𝐷
𝑛
1. Modos (rodoviário, 𝑝𝑎𝑥
Representa a relação ferroviário, aquaviário 𝑂𝐸𝑝 = ∑
𝑡
e aeroviário): 𝑖=1
Oferta existente entre a quantidade de 𝑂𝐸𝑝 = 𝑜𝑓𝑒𝑟𝑡𝑎 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎
Passageiros/tem a. Par O/D
Oferta existente para passageiros lugares ofertados no 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑎𝑟 𝑂/𝐷
po 2. Temporal:
no par O/D veículo e uma 𝑝𝑎𝑥 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑔𝑎𝑟𝑒𝑠
unidade de tempo a. Mês;
𝑜𝑓𝑒𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜
b. Ano 𝑡 = 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
1. Modos (rodoviário, 𝑛
Representa a média 𝑞𝑐𝑖
ferroviário, aquaviário 𝐷𝐴𝑐 = ∑
da relação entre a 𝑡
Demanda Demanda Quantidade de e aeroviário): 𝑖=1
quantidade de carga 𝐷𝐴𝑐 = 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
atendida atendida de carga carga/tempo a. Par O/D
efetivamente 𝑞𝑐𝑖 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
2. Temporal:
transportada pelo 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜
a. Mês;
238
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
sistema e uma b. Ano 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖"
unidade de tempo 𝑡 = 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒
𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑒𝑚 𝑎𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒
𝑛
1. Modos (rodoviário, 𝑞𝑝𝑎𝑥
Representa a média ferroviário, aquaviário 𝐷𝐴𝑝 = ∑ 𝑡
da relação entre a e aeroviário) 𝑖=1
𝐷𝐴𝑝 = 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒
quantidade de 2. Carga:
Demanda 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠
passageiros Passageiros/tem a. Tipo de carga;
atendida de 𝑞𝑝𝑎𝑥 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠
efetivamente po b. Par O/D
passageiros 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜
transportados pelo 3. Temporal: 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖"
sistema e uma a. Mês; 𝑡 = 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
unidade de tempo b. Ano 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒
𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑒𝑚 𝑎𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒
1. Modos (rodoviário,
ferroviário, aquaviário
e aeroviário)
2. Tipo de objeto
𝑄𝑝 = ∑ 𝑃𝑖
É a quantidade de transportado (carga ou
Quantidade de 𝑄𝑝 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑚
Diversidade de prestadores Número de passageiro):
prestadores de 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑂/𝐷
prestadores existentes para o prestadores a. Tipo de prestador
transportes 𝑃𝑖 = 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑑𝑎
mesmo par O/D (regular ou
fretamento); 𝑝𝑎𝑟 𝑂/𝐷
b. Par O/D
3. Temporal:
a. Ano
239
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
1. Modos (rodoviário, ∑4𝑗=1 𝑂𝐹𝑃𝑗
ferroviário, aquaviário 𝑃𝑀𝑃 = × 100
∑𝑛𝑖=1 𝑂𝐹𝑃𝑖
e aeroviário) 𝑃𝑀𝑃 = 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜𝑠
Participação do 2. Por tipo de objeto 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑜
É a relação entre a
Grau de prestador de transportado (carga ou 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜
oferta do prestador
concentração do serviço de Adimensional passageiro): 𝑂𝐹𝑃𝑗 = 𝑜𝑓𝑒𝑟𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑗" (𝑜𝑠
em análise e a oferta
mercado transportes no a. Par O/D 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 "𝑗" 𝑟𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎𝑚 𝑜𝑠
total do mercado
mercado 3. Temporal: 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜
a. Ano 𝑂𝐹𝑃𝑖 = 𝑜𝑓𝑒𝑟𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖"
𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑜
𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜
É a média da relação 1. Modos (rodoviário, 𝐶𝐸𝑖
entre a quantidade ferroviário, aquaviário ∑𝑛𝑖=1
𝐸𝑥𝑡𝑖
total de recursos e aeroviário): 𝑇𝐶𝐸 =
𝑛
energéticos 2. Tipo de objeto 𝑇𝐶𝐸 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔é𝑡𝑖𝑐𝑜
consumidos pelo (carga ou passageiro): 𝐶𝐸𝑖 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠
Consumo Taxa de consumo 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜
prestador de Tep/km a. Tipo de fonte de
energético energético 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 "𝑖"
transporte "i" para a energia
realização do 3. Temporal: 𝐸𝑥𝑡𝑖 = 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜
𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠 "𝑖"
transporte e a a. Ano
𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒
extensão percorrida
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑒𝑚 𝑎𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒
pelo prestador
1. Modos (rodoviário, ∑𝑛𝑗=1 𝑝𝑖𝑖𝑗
̅̅̅̅
𝑃𝐼𝑖 =
Representa o preço ferroviário, aquaviário 𝑛
Preço unitário médio de cada um e aeroviário): 𝑃𝐼𝑖 = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜
Custo de insumo médio do insumo dos principais R$ a. Tipo de insumo 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 "𝑖"
"i" insumos para 2. Tempo: 𝑝𝑖𝑖𝑗 = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 "𝑖"
produção dos a. Mês; 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎 "𝑗"
𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎 𝑑𝑒
240
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
transportes por b. Ano 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 "𝑖"
unidade do insumo
̅̅̅̅
𝑃𝐼𝑖 (𝑡𝑥+1) − ̅̅̅̅𝑃𝐼𝑖 (𝑡𝑥)
1. Modos (rodoviário,
𝑃𝐼
̅̅̅̅𝑖 (𝑡𝑥 )
ferroviário, aquaviário 𝑉𝑃𝐼 = × 100
e aeroviário): 𝑛
𝑉𝑃𝐼 = 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠
a. Tipo de insumo 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑠
Variação média
Variação do preço 2. Tempo: 𝑃𝐼𝑖 (𝑡𝑥) = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜
de preço de cada
médio dos insumos a. Mês; 𝑡𝑖𝑝𝑜"𝑖" (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑖𝑠, 𝑙𝑢𝑏𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
insumo para Percentual
para produção de b. Ano 𝑜𝑢 𝑚ã𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑟𝑎) 𝑛𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡1
produção de
transporte 𝑃𝐼𝑖 (𝑡𝑥 + 1) = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜
transporte
𝑡𝑖𝑝𝑜 "𝑖" (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑖𝑠, 𝑙𝑢𝑏𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑜𝑢 𝑚ã𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑟𝑎) 𝑛𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡1 +1
𝑛 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑖𝑝𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑠
𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠
1. Modos (rodoviário, 𝐶𝐼
∑𝑛𝑖=1 𝑖
𝑅𝐵𝑖
Participação ferroviário, aquaviário 𝑃
̅𝑖 = × 100
média do custo Participação dos e aeroviário) 𝑛
𝑃
̅𝑖 = 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠
com insumos na custos com insumos 2. Tipo de objeto 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑜𝑠
receita bruta na receita bruta dos transportado 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠
Percentual
média dos prestadores de (passageiro ou carga) 𝐶𝐼𝑖 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖" 𝑐𝑜𝑚
prestadores de serviço de a. Tipo de insumo 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑠
serviço de transportes 3. Tempo: 𝑅𝐵𝑖 = receita bruta do prestador “i”
transportes a. Mês; 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠
b. Ano (𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
𝐶𝑆𝑆
Participação Representa a relação 1. Modos (rodoviário, ∑𝑛𝑖=1 𝑖
𝑅𝐵𝑖
Custo com média dos custos entre o custo dos ferroviário, aquaviário ̅̅̅̅
𝑃𝑆𝑆 = × 100
Percentual 𝑛
serviço de suporte com serviço de serviços de suporte e e aeroviário) ̅̅̅̅
𝑃𝑆𝑆 = 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠
suporte na receita a receita bruta dos 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎
241
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
bruta dos prestadores de 2. Tipo de objeto 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒
prestadores de serviço de transportado 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠
serviço de transportes (passageiro ou cargo) 𝐶𝑆𝑆𝑖 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖" 𝑐𝑜𝑚
transportes a. Tipo de carga 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
b. Tipo de serviço de 𝑅𝐵𝑖 = 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖"
suporte 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎𝑠
3. Temporal: 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 (𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
a. Ano
𝐶𝐴𝑞𝐸𝑖
1. Modos (rodoviário, ∑𝑛𝑖=1
𝑅𝐵𝑖
Participação ferroviário, aquaviário ̅̅̅̅̅̅̅̅
𝑃𝐶𝐴𝐸 =
Representa a relação 𝑛
média dos custos e aeroviário) ̅̅̅̅̅̅̅̅
𝑃𝐶𝐴𝐸 = 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠
entre os custos de
com aquisição de 2. Tipo de objeto 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑞𝑢𝑖𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
aquisição de
Custo de equipamentos na transportado 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒
equipamentos e a
aquisição de receita bruta Percentual (passageiro ou carga) 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
receita bruta dos
equipamentos média dos 3. Tempo: 𝐶𝐴𝑞𝐸𝑖 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑞𝑢𝑖𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑒
prestadores de
prestadores de a. Ano 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖"
serviços de
serviços de 𝑅𝐵𝑖 = 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖"
transportes
transportes 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑚
𝑎𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒
𝐶𝑀𝐸𝑖
1. Modos (rodoviário, ∑𝑛𝑖=1
Participação Representa a relação ̅̅̅̅̅̅ 𝑅𝐵𝑖
ferroviário, aquaviário 𝑃𝐶𝑀 =
média dos custos entre os custos com 𝑛
e aeroviário) ̅̅̅̅̅̅
𝑃𝐶𝑀 = 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠
com manutenção manutenção de
Custo de 2. Tempo: 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑑𝑒
dos equipamentos e a
manutenção de Percentual a. Ano 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑜𝑠
equipamentos na receita bruta dos
equipamentos 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠
receita bruta prestadores de
média dos serviço de 𝐶𝑀𝐸𝑖 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑑𝑒
𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖"
prestadores de transportes
𝑅𝐵𝑖 = 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖"
242
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
serviço de 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑚
transportes 𝑎𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒
𝑇𝑖
1. Modos (rodoviário, ∑𝑛𝑖=1
𝑅𝐵𝑖
ferroviário, aquaviário ̅̅̅
𝑃𝑇 = × 100
𝑛
Participação dos Representa a relação e aeroviário) ̅̅̅
𝑃𝑇 = 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠
tributos na média entre o custo a. Tipo de objeto 𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑜𝑠
receita bruta total dos tributos e a transportado 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠
Tributos média dos receita bruta dos Percentual (passageiro/carga/pass 𝑇𝑖 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 "𝑖" 𝑐𝑜𝑚
prestadores de prestadores de ageiro e carga) 𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡𝑜𝑠
serviços de serviço de b. Tipo de insumo 𝑅𝐵𝑖 = 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟
transportes transportes 3. Tempo: "𝑖"
a. Ano 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎𝑠
𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 (𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
1. Modos (rodoviário,
ferroviário, aquaviário
̅̅̅̅
𝑡𝑝𝑖
Representa a relação e aeroviário) ̅̅̅̅ =
𝑇𝑃
entre a média do 2. Tipo de objeto 𝑆𝑖
Tempo de ̅̅̅̅
𝑇𝑃 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜
Tempo de tempo de percurso Segundos/quilô transportado
percurso unitário 𝑚é𝑑𝑖𝑜
percurso em determinado par metro (passageiro ou carga)
médio ̅̅̅̅
𝑡𝑝𝑖 = 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜
O/D e a extensão do a. Par O/D
𝑛𝑜 𝑝𝑎𝑟 𝑂/𝐷 "𝑖"
par O/D 3. Tempo: 𝑆𝑖 = 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟 𝑂/𝐷 "𝑖"
a. Mês;
b. Ano
Tempo de Representa a relação 1. Modos (rodoviário, 𝑇𝐸𝑖 𝑇𝐷𝑗
Tempo médio de ∑𝑛𝑖=1 ∑𝑚
𝑗=1
embarque/desem entre o tempo de ferroviário, aquaviário 𝑁𝑝𝑖 𝑁𝑝𝑗
embarque e Minutos/passag 𝑇𝐸𝐷𝑢𝑛𝑖𝑡 = +
barque ou embarque e e aeroviário) 𝑛 𝑚
desembarque por eiro 𝑇𝐸𝐷𝑢𝑛𝑖𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒
carregamento/des desembarque e a 2. Temporal
passageiros 𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒/𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜
carregamento quantidade total de a. Mês;
243
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
passageiros que estão b. Ano (𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠)
embarcando ou 𝑇𝐸𝑖 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒 "𝑖"
desembarcando 𝑇𝐷𝑗 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒 j
𝑁𝑝𝑖 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑜
𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒 "𝑖"
𝑁𝑝𝑗 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑜
𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒 "𝑗"
𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒𝑠
(𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
𝑚 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒𝑠
(𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
𝑇𝐶𝑖 𝑇𝐷𝑗
1. Modos (rodoviário, ∑𝑛𝑖=1 ∑𝑚
𝑗=1
𝑄𝑐𝑖 𝑄𝑐𝑗
ferroviário, aquaviário 𝑇𝐶𝐷𝑢𝑛𝑖𝑡 = +
e aeroviário) 𝑛 𝑚
𝑇𝐶𝐷𝑢𝑛𝑖𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒
a. Tipo de carga 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
2. Temporal /𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜
Representa relação
a. Mês; (𝑝𝑜𝑟 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎)
entre o tempo de
Tempo médio de b. Ano 𝑇𝐶𝑖 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
carregamento e
carregamento e "𝑖"
descarregamento e a Minutos/tonelad
descarregamento 𝑇𝐷𝑗 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 "𝑗"
quantidade total de a
por unidade de 𝑄𝑐𝑖 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑜
carga que está sendo
carga 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 "𝑖"
carregada ou
𝑄𝑐𝑗 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑜
descarregada
𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 "𝑗"
𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
(𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
𝑚 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒
𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 (𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒
244
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
1. Modos (rodoviário, ∑𝑛𝑖=1 𝑇𝐸𝐸𝑚𝑖 ∑𝑚𝑗=1 𝑇𝐸𝐷𝑒𝑗
ferroviário, aquaviário 𝑇𝑀𝐸𝐸𝐷 = +
𝑛 𝑚
e aeroviário) 𝑇𝑀𝐸𝐸𝐷 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎
a. Tipo de carga 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒/𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒
Representa o
Tempo médio 2. Temporal 𝑇𝐸𝐸𝑚𝑖 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎
somatório das médias 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜"𝑖"
parado esperando a. Mês;
dos tempos de espera Minutos 𝑇𝐸𝐷𝑒𝑗 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎
carregamento e b. Ano
para carregamento e 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜"𝑗"
descarregamento
descarregamento 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒𝑠
(𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
Tempo de espera 𝑚 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒𝑠
para (𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
embarque/desem 1. Modos (rodoviário, ∑𝑛𝑖=1 𝑇𝐸𝐶𝑎𝑖 ∑𝑚 𝑗=1 𝑇𝐸𝐷𝑐𝑗
barque ou ferroviário, aquaviário 𝑇𝑀𝐸𝐶𝐷 = +
𝑛 𝑚
carregamento/des e aeroviário) 𝑇𝑀𝐸𝐶𝐷 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎
carregamento 2. Temporal 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
a. Mês; /𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
Representa o 𝑇𝐸𝐶𝑎 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎 𝑑𝑜
Tempo médio b. Ano 𝑖
somatório das médias 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜"𝑖"
parado esperando Minutos/passag
dos tempos de espera 𝑇𝐸𝐷𝑐𝑗 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎 𝑑𝑜
embarque e eiro
para embarque e 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 "𝑗"
desembarque
desembarque 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
(𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
𝑚 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒
𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 (𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒
𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
245
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
1. Modos
a. No modo rodoviário
“i”. Vias
1. Tipo de pavimento;
2. Regimento jurídico
(público ou
concessão);
3. Obra de arte
ii. Instalações 𝐶𝐶𝐼𝑖
∑𝑛𝑖=1
𝐷𝐶𝐼𝑖
1. Terminal ̅̅̅̅̅̅̅
𝐶𝑈𝐶𝐼 =
A média da relação 𝑛
b. No modo ferroviário 𝐶𝑈𝐶𝐼 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑎
do custo com
“i”. Vias 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒
construção de cada
Custo unitário de 1. Tipo de bitola; 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠
Custo de infraestrutura de
construção de R$/unidade de 2. Tipo de dormente 𝐶𝐶𝐼𝑖 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜 𝑑𝑎
construção de transportes
infraestrutura de dimensão ii. Instalações 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 "𝑖"
infraestrutura considerada, pela
transportes 1. Terminal; 𝐷𝐶𝐼𝑖 = 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑜𝑢 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 (á𝑟𝑒𝑎
dimensão
2. Pátio 𝑜𝑢 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜) 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 "𝑖"
relacionada a essa
c. No modo aquaviário 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢í𝑑𝑎
construção
“i”. Vias 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒
1. Hidrovia; 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠
2. Eclusa
ii. Instalações
1. Tipo de instalação
(Porto/Berço);
2. Porto/Terminal de
uso privativo
d. No modo aeroviário
“i”. Instalações
246
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
1. Aeroporto
2. Temporal
a. Ano
1. Modos
a. No modo rodoviário
“i”. Vias
1. Tipo de pavimento;
2. Regimento jurídico
(público ou
concessão); 𝐶𝑀𝐼𝑖
∑𝑛𝑖=1
𝐷𝑀𝐼𝑖
3. Obra de arte 𝐶𝐷𝑀𝐼 =
Média da relação do ii. Instalações 𝑛
𝐶𝐷𝑀𝐼 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑎
custo com 1. Terminal 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒
Custo unitário de manutenção de cada b. No modo ferroviário 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠
Custo de
manutenção de infraestrutura de R$/unidade de “i”. Vias 𝐶𝑀𝐼𝑖 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑑𝑎
manutenção de
infraestrutura de transportes dimensão 1. Tipo de bitola; 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 "𝑖"
infraestrutura
transportes considerada, pela 2. Tipo de dormente 𝐷𝑀𝐼𝑖 = 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑜𝑢 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 (á𝑟𝑒𝑎
unidade relacionada ii. Instalações 𝑜𝑢 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜) 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 "𝑖"
a essa infraestrutura 1. Terminal; 𝑚𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎
2. Pátio 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒
c. No modo aquaviário 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠
“i”. Vias
1. Hidrovia;
2. Eclusa
ii. Instalações
1. Tipo de instalação
(Porto/Berço);
247
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
2. Porto/Terminal de
uso privativo
d. No modo aeroviário
“i”. Instalações
1. Aeroporto
2. Temporal
a. Ano
1. Modos
a. No modo rodoviário
“i”. Vias
1. Rodovia;
2. Ponte; 𝐶𝐸𝐼𝑖
3. Túnel ∑𝑛𝑖=1
𝐷𝐸𝐼𝑖
A média da relação 𝐶𝑈𝐸𝐼 =
ii. Instalações 𝑛
do custo com 𝐶𝑈𝐸𝐼 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑎
1. Terminal
exploração de cada 𝑒𝑥𝑝𝑙𝑜𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒
b. No modo ferroviário
Custo unitário de infraestrutura de R$/km ou 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠
Custo de “i”. Malha
exploração de transportes R$/m2 ou 𝐶𝐸𝐼𝑖 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑝𝑙𝑜𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎
exploração de 1. Terminal;
infraestrutura de considerada, pela R$/infraestrutur 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 "𝑖"
infraestrutura 2. Via
transportes área, extensão ou a 𝐷𝐸𝐼𝑖 = 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑜𝑢 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 (á𝑟𝑒𝑎
c. No modo aquaviário
infraestrutura 𝑜𝑢 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜) 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 "𝑖"
“i”. Instalações
relacionada a essa 𝑒𝑥𝑝𝑙𝑜𝑟𝑎𝑑𝑎
1.Porto/Terminal de
exploração 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒
uso privativo
𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠
d. No modo aeroviário
“i”. Instalações
1. Aeroporto
2. Temporal
a. Ano
248
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
1. Modos
a. No modo rodoviário
“i”. Vias
1. Tipo de pavimento;
2. Regimento jurídico
(público ou
concessão);
3. Obra de arte
ii. Instalações
1. Terminal
b. No modo ferroviário 𝑛
“i”. Vias 𝐶𝑇𝑅𝐼 = ∑ 𝐶𝑅𝑖
Custo unitário de Custo total de 1. Tipo de bitola; 𝑖=1
Custo de
recuperação de recuperação de 2. Tipo de dormente 𝐶𝑇𝑅𝐼 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜
degradação de R$ 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒
infraestrutura de infraestrutura de ii. Instalações
infraestrutura 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠
transportes transportes 1. Terminal;
2. Pátio 𝐶𝑅𝑖 = 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎
c. No modo aquaviário 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 "𝑖"
“i”. Vias
1. Hidrovia;
2. Eclusa
ii. Instalações
1. Tipo de instalação
(Porto/Berço);
2. Porto/Terminal de
uso privativo
d. No modo aeroviário
“i”. Instalações
249
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
1. Aeroporto
2. Temporal
a. Ano
𝑛
1. Modos (rodoviário,
ferroviário, aquaviário 𝐸𝑅𝑥 = ∑ 𝐶𝑖 × 𝑓𝑒𝑥𝑖
e aeroviário) 𝑖=1
a. Resíduo; 𝐸𝑅𝑥 = 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜𝑠
Representa o 𝑔𝑎𝑠𝑜𝑠𝑜𝑠 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
b. Tipo de combustível
somatório da
2. Temporal 𝐶𝑖 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 i
quantidade de
Emissão de a. Mês; 𝑓𝑒𝑥𝑖 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑜
combustível 𝑟𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜 𝑔𝑎𝑠𝑜𝑠𝑜 "𝑥" 𝑝𝑒𝑙𝑜
resíduos gasosos Grama (g) b. Ano
consumido
pelos transportes 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 "𝑖"
multiplicado pelo
𝑥 = 𝑟𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜 𝑎𝑛𝑎𝑙𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜
fator de emissão do
𝑠𝑒𝑟 𝐶𝑂2 𝑜𝑢 𝑁𝑂𝑥 𝑜𝑢 𝑆𝑂𝑥 (𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜
resíduo gasoso
𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 𝑓𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙) 𝑜𝑢 ó𝑙𝑒𝑜
Emissão de
𝑖 = 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙
resíduos
𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑎𝑛𝑎𝑙𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑞𝑟𝑙𝑖
1. Modos (rodoviário, ∑𝑛𝑖=1
𝑣𝑜𝑙𝑖
Representa a média ferroviário, aquaviário ̅̅̅̅̅̅
𝐸𝑅𝐿 =
𝑛
da quantidade de e aeroviário) ̅̅̅̅̅̅
𝐸𝑅𝐿 = 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜𝑠
Emissão média resíduos líquidos a. Resíduo 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
Grama
de resíduos encontrados em 2. Temporal 𝑞𝑟𝑙𝑖 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜𝑠
percentual (%
líquidos pelos amostras de água de a. Mês; 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑒𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎
g)
transportes hidrovias ou de áreas b. Ano 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 "𝑖"
próximas a terminais 𝑖 = 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
aquaviários 𝑣𝑜𝑙𝑖 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 i
𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠. 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠
250
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜
1. Modos (rodoviário, ̅̅̅̅̅̅̅
∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑝𝑐
𝐸𝑀𝑃𝑐 =
ferroviário, aquaviário 𝑛
e aeroviário) ̅̅̅̅̅̅̅
𝐸𝑀𝑃𝑐 = 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑖𝑠
a. Resíduo; 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
Emissão média Representa a média 𝑚𝑝𝑐 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙
Micrograma por b. Tipo de combustível 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
de materiais da quantidade de 2. Temporal
metro cúbico 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑑𝑒
particulados material particulado 3 a. Mês;
(gµ/m ) 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 "𝑐" (𝑔)
pelos transportes emitido por veículo b. Ano
𝑖 = 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜
𝑐 = 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙, 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜
𝑠𝑒𝑟 𝑑𝑖𝑒𝑠𝑒𝑙 𝑜𝑢 𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎
𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
1. Modos (rodoviário, ∑𝑛 𝑒𝑣𝑡𝑖
̅̅̅̅̅̅̅ = 𝑖=1
𝐸𝑀𝑉
ferroviário, aquaviário 𝑛
Representa a média e aeroviário) ̅̅̅̅̅̅̅
𝐸𝑀𝑉 = 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑏𝑟𝑎çõ𝑒𝑠
Emissão média
da emissão de Decibel hertz a. Resíduo 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
de vibrações
vibrações ou ruídos (HzdB) 2. Temporal 𝑒𝑣𝑡𝑖 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑑𝑒𝑟𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜 "𝑌"
pelos transportes 𝑣𝑖𝑏𝑟𝑎çõ𝑒𝑠 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
pelos transportes a. Mês;
𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒
b. Ano
𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çõ𝑒𝑠
1. Modos (rodoviário, ̅̅̅̅̅̅̅ ∑𝑛𝑖=1 𝑒𝑟𝑡𝑖
𝐸𝑀𝑅 =
ferroviário, aquaviário 𝑛
e aeroviário) ̅̅̅̅̅̅̅
𝐸𝑀𝑅 = 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑢í𝑑𝑜𝑠
Emissão média Representa a média
a. Resíduo 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
de ruídos pelos da emissão de ruídos Decibel (dB)
2. Temporal 𝑒𝑟𝑡𝑖 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑑𝑒𝑟𝑢í𝑑𝑜𝑠 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎
transportes pelos transportes 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
a. Mês;
b. Ano 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒
𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çõ𝑒𝑠
251
Elemento Indicador Descrição Unidade Agregações Expressão Métrica
Analítico
𝑛
É a relação entre o 1. Modos (rodoviário,
ferroviário, ̅̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑅𝑁𝑅 = ∑ 𝑞𝑟𝑛𝑅 𝑖
total de recursos
energéticos não aquaviárioe 𝑖=1
Taxa de ̅̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑅𝑁𝑅
renováveis e a aeroviário)
utilização de = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠
quantidade total de a. Recurso energético
recursos Percentual 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 𝑟𝑒𝑛𝑜𝑣á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠
recursos energéticos não renovável 𝑛𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
energéticos não
(renováveis e não 2. Temporal 𝑞𝑟𝑛𝑅 𝑖 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜
renováveis
renováveis), a. Ano 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔é𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑛ã𝑜 𝑟𝑒𝑛𝑜𝑣á𝑣𝑒𝑙 "𝑖"
utilizados nos 𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠
Uso de recursos transportes 𝑛ã𝑜 𝑟𝑒𝑛𝑜𝑣á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠
não renováveis 1. Modos (rodoviário, 𝑄𝑅𝑁𝑅
𝑇𝑅𝑁𝑅 = × 100
ferroviário, aquaviário 𝑄𝑅
Quantidade de e aeroviário) 𝑇𝑅𝑁𝑅 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑒
É o somatório dos
recursos a. Recurso energético 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 𝑟𝑒𝑛𝑜𝑣á𝑣𝑒𝑖𝑠
recursos energéticos
energéticos não não renovável 𝑄𝑅𝑁𝑅 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒
não renováveis Tep
renováveis 2. Temporal 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 𝑟𝑒𝑛𝑜𝑣á𝑣𝑒𝑖𝑠
utilizados nos
utilizados pelos a. Ano 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠𝑛𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
transportes 𝑄𝑅 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠
transportes
𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 (𝑟𝑒𝑛𝑜𝑣á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑒 𝑛ã𝑜
𝑟𝑒𝑛𝑜𝑣á𝑣𝑒𝑖𝑠), 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
252
Litman (2008b) elaborou um guia para auxiliar na seleção de indicadores de
mobilidade sustentável. Por meio da discussão do conceito de sustentabilidade e a função
dos indicadores no planejamento, descreve fatores que devem ser considerados durante a
escolha de indicadores, como identificar problemas potenciais e apresenta recomendações
para situação particulares. Litman (2008b) cita exemplos de conjuntos de indicadores de
mobilidade sustentável sociais (Tabela 19), econômicos (Tabela 20) e ambientais (Tabela
21).
253
Indicador Definição
Diversidade de transportes Variedade e qualidade de opções de transporte disponíveis em
uma comunidade
Divisão modal Porção de viagens realizadas por transporte não motorizado:
caminhadas, ciclismo, compartilhamento de veículos,
transporte público e “teletrabalho”
Atrasos causados por Atrasos causados por congestionamentos per capita
congestionamentos
Custos de viagem Parcela dos gastos familiares dedicados ao transporte
Eficiência dos custos de Custos de transporte como uma parcela da atividade econômica
transportes total e por unidade do PIB
Custos de infraestrutura Gastos com vias, estacionamentos e serviços de tráfego per
capita
Eficiência dos custos Gastos com vias e estacionamentos suportados diretamente
pelos usuários
Eficiência do transporte de Velocidade e custo do transporte de carga
carga
Serviços de entrega Quantidade e qualidade dos serviços de entrega (correio
internacional e nacional e lojas que oferecem este serviço)
Transporte comercial Qualidade dos serviços de transporte para os usuários de
comércio (empresas, órgãos públicos, turistas, participantes de
convenções, etc.)
Custos de colisões Custos de colisões per capita
Qualidade do Abrangência do processo de planejamento: se este considera
planejamento que todos os impactos significativos e utiliza as práticas de
avaliação mais atuais
Gerenciamento da Implementação de programas de gestão de mobilidade visando
mobilidade solucionar problemas e aumentar a eficiência do sistema de
transportes
Medidas restritivas Implementação de medidas restritivas tais como taxas de
congestionamento, taxas de estacionamento, etc.
Planejamento do uso do Aplicação da prática de planejamento da expansão do uso do
solo solo inteligente, resultando em comunidades multimodais mais
acessíveis
256
Área de Nome do
Definição do Indicador Unidade
Interesse Indicador
Euros por tonelada
por ano (terminais
de transbordo)
Gastos públicos/investimentos
em transporte e mobilidade no
setor (exemplos:
desenvolvimento de veículos,
Subsídios
tecnologias embarcadas, Euros por ano
públicos
informações de mobilidade,
tecnologia de comunicação,
pesquisa e operação de
transporte
Custos de acidentes por
Euros por ano
modalidade
Custos de
Custos de atraso devido a
transporte Euros por ano
congestionamentos
externos
Custos ambientais por
Euros por ano
modalidade
Consumo final energético do Milhão de
setor de transportes por toneladas de óleo
modalidade e por uso de energia equivalentes
Consumo
Percentual do consumo
energético
energético final do setor de
Percentual
transportes produzido por fontes
renováveis de energia
Valor Percentual de valor bruto
Percentual do
acrescentado acrescentado na economia
acréscimo
bruto gerado pelo setor de transportes
Receitas públicas provenientes
de taxas do sistema de tráfego
Receitas públicas Euros por ano
(instrumentos e taxas de
provenientes de
Benefícios para utilização)
impostos e taxas
a economia Receitas públicas provenientes
do sistema de
de taxas do setor de transportes
tráfego Euros por ano
(petróleo, veículos e taxas de
emissão)
Crescimento positivo indireto e
Benefícios do
efeitos estruturais gerados pelo Euros por ano
transporte
setor de transportes
257
Tabela 23: Indicadores ambientais de mobilidade sustentável (EUROPEAN
COMMISSION, 2005)
Área de
Nome do Indicador Definição do Indicador Unidade
Interesse
Consumo final energético do
Milhão de
setor de transportes por
toneladas de óleo
modalidade e por fonte de
equivalentes
energia
Consumo energético
Percentual do consumo
Milhão de
energético final do setor de
toneladas de óleo
transportes produzido por
equivalentes
fontes renováveis de energia
Matérias primas utilizadas na
construção de infraestrutura
Toneladas
Consumo de matéria de transporte por tipo de
Uso de
prima de materiais material
recurso
sólidos Matérias primas utilizadas
em veículos manufaturados Toneladas
por tipo de material
Ocupação do solo por
infraestrutura de transporte km2
por modalidade
Percentual de ocupação do
Ocupação do solo
solo por infraestrutura de
transportes por modalidade Percentual
em relação à superfície total
do país
Fragmentação do solo Tamanho de malha efetiva km2
Quantidade de dragagem nos
Dano ao habitats
portos, hidrovias, etc., por m3
subaquáticos
tipo de área de dragagem
Perda de áreas naturais
devido à construção de
km2 e percentual
Perda de áreas infraestruturas de transportes
de perda de áreas
naturais por modalidade e percentual
naturais
do total de perda de áreas
naturais
Intrusão
Proximidade da
ecológica Unidades de Conservação km2 e percentual
infraestrutura de
direta próximas a infraestruturas de de áreas de
transporte em relação
transporte no total e por Unidades de
a Unidades de
modalidade Conservação
Conservação
Área iluminada de
Emissões de luz km2
infraestruturas de transporte
Número anual de choques
Choques com animais Número de
com animais selvagens por
selvagens colisões por ano
modalidade
Introdução de Número de espécies não Número de
espécies não nativas nativas introduzidas por espécies
258
Área de
Nome do Indicador Definição do Indicador Unidade
Interesse
transporte marítimo e na
construção de infraestrutura
de transporte
Emissões de gases de
Emissões de gases de efeito
efeito estufa Toneladas de CO2
estufa por modalidade e por
provenientes do setor equivalentes
tipo de poluente
de transporte
Emissões de gases de efeito
Emissões de gases de
estufa provenientes da
efeito estufa
produção de veículos e da Toneladas de CO2
provenientes de
produção de peças e equivalentes
produção e
manutenção por modalidade
manutenção
e poluente
Emissões
Emissões de
atmosféricas
poluentes Emissões de poluentes
atmosféricos atmosféricos por modalidade Mil toneladas
provenientes do setor e por tipo de poluente
de transporte
Emissões de
Emissões de poluentes
poluentes
atmosféricos provenientes da
atmosféricos
produção de veículos, de Mil toneladas
provenientes de
peças e manutenção por
fabricação e
modalidade e poluente
manutenção
População exposta aos níveis
Número e
de ruído de tráfego que
percentual de
afetam a saúde (> 65 dBA)
população
Exposição ao ruído por modalidade
Ruído proveniente do setor População exposta aos níveis
de transportes de ruído de tráfego que Número e
afetam o bem-estar (entre 40 percentual de
e 65 decibéis) por população
modalidade
Quantidade total de resíduos
Geração de resíduos não recicláveis provenientes
Resíduos Toneladas
não recicláveis do setor de transportes por
modalidade e tipo de resíduo
259
Tabela 24: Indicadores sociais de mobilidade sustentável (EUROPEAN COMMISSION,
2005)
Área de Nome do
Definição do Indicador Unidade
Interesse Indicador
Tempo médio de viagem
Acesso aos
por domicílio para acesso Minutos
serviços básicos
a serviços básicos
Percentual de domicílios
Acesso ao a uma distância de 5 Percentual de
transporte público minutos de uma parada domicílios
Acessibilidade e de transporte público
capacidade de Autonomia
Percentual de domicílios Percentual de
pagamento devida ao
sem um automóvel domicílios
automóvel
Percentual da média de
Capacidade de
gastos familiares com Percentual de gastos
pagamento
transportes
Extensão da Percentual de viagens
Percentual de viagens
viagem curtas no total de viagens
Número de acidentes de
transportes responsáveis Número de pessoas por
por vítimas fatais e lesões ano por 1.000
graves por ano por 1.000 habitantes
habitantes
Número de crianças
menores de 18 anos Número de crianças por
seriamente feridas ou ano por 1.000
mortas por 1.000 crianças habitantes
Vítimas fatais e
da mesma faixa etária
lesões graves de
Número de adultos de 18
acidentes
a 65 anos seriamente Número de adultos por
feridos ou mortos por ano por 1.000
1.000 adultos da mesma habitantes
Segurança e faixa etária
Proteção Número de pessoas com
mais de 65 anos Número de idosos por
seriamente feridas ou ano por 1.000
mortas por 1.000 pessoas habitantes
da mesma faixa etária
Furtos de veículos e
Número de furtos e
Furto de veículos outras infrações
outras infrações
e outras infrações relacionadas com
relacionadas com
relacionadas com veículos registradas por
veículos por ano por
veículos ano e por 1.000
1.000 habitantes
habitantes
Número de incidentes
Número de incidentes
Segurança no (crimes + crimes contra
por ano por 1.000
transporte público passageiros + crimes
habitantes
contra operadores) por
260
Área de Nome do
Definição do Indicador Unidade
Interesse Indicador
ano por 1.000
quilômetros
Caminhada ou
ciclismo como Percentual de
Exercício e meios de viagens/jornadas curtas
Percentual de viagens
saúde (usuários) transporte para realizadas por caminhada
viagens de curta ou bicicletas
distância
Extensão total de vias
separadas para caminhada
Caminhada e/ou áreas especiais para Percentual em relação
(facilidades para pedestres, como ao comprimento de toda
os pedestres) percentual do rede de transportes
comprimento de toda
rede de transportes
Extensão total das ruas da
cidade com limites de
Qualidade de
velocidade máximo de 30 Percentual do
vida e Trânsito tranquilo
quilômetros por hora, comprimento de toda
conveniência (Trafic calming)
como percentual do rede de transportes
(habitantes,
comprimento de toda
sociedade e
rede de transportes
afetados)
Jornada das Percentual de crianças
crianças às levadas de automóvel às Percentual de crianças
escolas escolas
Percentual de
habitantes/domicílios a
Disponibilidade
uma distância de no Percentual de
de espaço aberto
máximo 15 minutos de habitantes/domicílios
e acessibilidade
caminhada até áreas
urbanas verdes
Percentual de gastos em
Equidade
transporte pelos usuários
horizontal Percentual de gastos
diferenciados por
(justiça)
modalidade
Relação de gastos
familiares entre os 20%
Número
mais ricos e os 20% mais
Equidade
pobres em transportes
(usuários e
Relação de gastos
afetados)
Equidade vertical familiares entre os 20%
(renda) mais ricos e os 20% mais Número
pobres para acesso aos
serviços básicos
Relação de gastos
familiares entre os 20% Número
mais ricos e os 20% mais
261
Área de Nome do
Definição do Indicador Unidade
Interesse Indicador
pobres dependentes dos
transportes públicos
Gastos dos transportes
públicos explicitamente
subsidiados para
Percentual de gastos
deficientes e idosos no
Equidade vertical
percentual total do custo
(necessidade de
do transporte público
mobilidade)
Percentual de veículos de
piso baixo de fácil acesso
Percentual de veículos
em percentual da frota
total do transporte urbano
Resultados importantes
Equidade de interesse, mas
-
intergeracional indicadores não são
sugeridos
Resultados importantes
Equidade inter-
de interesse, mas
regional -
indicadores não são
(espacial)
sugeridos
Perfil da opinião Percentual de adultos que
pública sobre apoiam posições radicais
problemas a favor e contra veículos Percentual de adultos
políticos de particulares na discussão
Coesão social transporte da política de transportes
(habitantes, Percentual de condutores
Violação das Percentual de
sociedade e que violam as regras e
regras de tráfego condutores
afetados) regulamentos de trânsito
Percentual diário de
Passageiros de passageiros pendulares Percentual de
longa distância para distâncias acima de passageiros
dez quilômetros
262
A Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (Organisation for
Economic Co-operation and Development – OECD, 1999) recomenda os indicadores
apresentados na Tabela 25 para o acompanhamento das preocupações ambientais nas
políticas de transporte.
263
A Tabela 26 apresenta os indicadores de mobilidade sustentável desenvolvidos em
2003 pelo Conselho Empresarial Mundial de Mobilidade Sustentável (World Business
Council’s Sustainable Mobility) (WBCSD, 2003).
264
A Tabela 27 apresenta 12 indicadores de mobilidade sustentável desenvolvidos em
2004 pelo Conselho Empresarial Mundial de Mobilidade Sustentável, com a cooperação de
200 especialistas (WBCSD, 2004).
265
Indicador Mobilidade pessoal Mobilidade de bens
Emissões de
Emissões de GEE por período de tempo medidas em unidades de carbono
gases de efeito
equivalentes.
estufa (GEE)
• Emissões convencionais provenientes do setor de transportes
Emissões de NOx, CO, particulados, hidrocarbonetos não queimados por
período de tempo.
Impacto no meio • Impacto nos ecossistemas
ambiente e no Impactos nos ecossistemas provenientes do setor de transportes
bem-estar (exemplos: habitats, água).
público • Ruído proveniente do setor de transportes
O número de indivíduos (ou percentual da população) expostos a
elevados níveis de ruído provenientes do setor de transportes por período
longo de tempo.
• Uso de energia e segurança energética proveniente do setor de
transportes
Para o uso de energia: total de diferentes combustíveis utilizados nos
transportes.
Para a segurança energética: percentual de suprimento de energia de uma
região vinda de fora da região ou de fontes inseguras.
Uso de recursos
• Uso do solo pelo setor de transportes
Quantidade (ou percentual) de solo dedicado às atividades de transportes.
266
O Centro de Transporte Sustentável do Canadá (THE CENTRE FOR SUSTAINABLE
TRANSPORTATION, 2003) recomenda 14 indicadores de desempenho (Tabela 28) para
mensurar o nível de sustentabilidade do setor de transportes.
267
A Agência Europeia do Meio Ambiente (EUROPEAN ENVIRONMENTAL
AGENCY, 2011) desenvolveu indicadores para verificar o estado do setor de transportes a
partir dos aspectos mais importantes do sistema de transportes e do meio ambiente (força
motriz - pressão - estado - impacto - resposta). São eles:
Consumo final de energia consumida por modo;
Emissões dos transportes de gases de efeito estufa;
Emissões dos transportes de poluentes atmosféricos;
Superação dos limites de qualidade do ar devido ao tráfego;
Exposição e aborrecimento causado pelo ruído do tráfego;
Volume de passageiros por modo de transporte e distribuição modal;
Volume de carga por modo de transporte e distribuição modal;
Mudanças dos preços dos transportes por modo;
Preços de combustíveis e impostos;
Eficiência energética e emissões específicas de CO2;
Aceitação de combustíveis menos poluentes e alternativos;
Proporção da frota de veículos atendendo padrões de emissão determinados.
268
Nicolas et al. (2003) desenvolveram indicadores de mobilidade sustentável para o
caso dos transportes urbanos e mobilidade diária dos habitantes das cidades de Lyon e de
Paris localizadas na França. O conjunto de indicadores apresentados na Tabela 29 permite a
comparação de diferentes estratégias de transportes entre os diferentes contextos urbanos ao
longo do tempo.
Custos para a Custos anuais exigidos dos residentes devido à sua mobilidade
comunidade (total, por habitante e por passageiro - quilômetro)
Empresas
Custos com estacionamento dos empregados
Subsídios para os empregados (carros da empresa)
Impostos locais (total, por residente e por empregado)
Autoridades Públicas
Gastos anuais de investimentos e operacionais (total e por
residente)
Social Proporção de famílias que possuem zero, um ou mais carros
Distância percorrida
Custos com mobilidade urbana:
Custos com os transportes privado/público e custo
fixo/variável dos veículos
Participação da renda média familiar
Meio Ambiente
269
Dimensão de
Indicador
sustentabilidade
Poluição do ar – Níveis de CO, NOx, hidrocarbonetos e partículas (em g/m2, total
problema local e por habitante)
270
O desenvolvimento dos indicadores baseou-se em quatro etapas: abordagem do
conceito de desenvolvimento sustentável, caracterização das fontes não sustentáveis no setor
dos transportes, abordagem do conceito de transporte sustentável e a caracterização de
ferramentas para o desenvolvimento sustentável do setor de transportes (BELGIAN
FEDERAL SCIENCE POLICY, 2002).
274
Força motriz Indicador
Evolução dos volumes populacionais por categoria de
municipalidade, de acordo com o grau de urbanização
funcional
Acesso a serviços básicos Evolução, ao longo do tempo, dos serviços básicos (lojas,
bancos, correios, jardim de infância, escolas de 1º grau e
hospitais)
Preço de combustíveis Preço dos combustíveis e impostos
rodoviários e impostos Diferença entre impostos e preços de venda dos
combustíveis
Índices de preços para Evolução dos índices de custos relacionados ao transporte
transporte de passageiros de passageiros em comparação com a evolução do índice
de preços do consumidor, com o índice de saúde e com a
média da renda per capita
Evolução dos índices com relação aos custos fixos e
variáveis do uso de veículos
Suprimento e qualidade do Evolução da acessibilidade da rede ferroviária belga
transporte ferroviário e do Evolução do fornecimento da cobertura da rede
transporte público Evolução da pontualidade das viagens da rede belga
Evolução da velocidade das viagens da rede ferroviária
belga
Evolução do nível de satisfação dos usuários de transporte
ferroviário
Evolução regional de acessibilidade a redes belgas de
transporte público
Evolução regional do suprimento de transporte público
Evolução da velocidade comercial do transporte público
na região de Bruxelas
Evolução do nível de satisfação dos usuários do transporte
público (regiões de Bruxelas e Flandres)
Evolução da segurança do transporte ferroviário
Evolução do conforto do transporte ferroviário
Evolução do conforto e segurança do transporte público
Borken (2003) posicionou-se contra sistemas com muitos indicadores, uma vez que
se tornam complexos e de difícil aplicação. Por conseguinte, desenvolveu sete indicadores
derivados das medidas de transportes que causam os impactos ambientais mais importantes,
selecionando-os por meio da análise de ciclo de vida.
Impermeabilização do solo;
Fragmentação do solo;
Emissão de dióxido de carbono (CO2);
Concentração de PM10;
Emissão de óxidos de nitrogênio (NOx);
275
Nível de ozônio;
Nível de ruído.
276