Numeros Na Biblia Hebraica A Origem Dos
Numeros Na Biblia Hebraica A Origem Dos
Numeros Na Biblia Hebraica A Origem Dos
Resumo:
A importância dos números é gigantesca. É possível que os números tenham
sido inventados para resolver problemas práticos da humanidade, como a
contagem de rebanhos ou grãos, dos dias, meses e anos, entre muitos outros
usos. Milhares de anos se passaram desde o início destas contagens até a
adoção dos símbolos gráficos utilizados convencionalmente como algarismos,
um processo lento e que ainda apresenta divergências entre diversas
sociedades humanas. Mais do que simples ferramentas de contagem ou
aritmética, os números são necessários e indispensáveis ao desenvolvimento
de qualquer sociedade humana. Além de quantificar tudo o que se encontra ao
redor do homem, os números também possuem significados simbólicos, muitas
vezes além da lógica humana. Na Bíblia Hebraica, os números são frequentes
e apresentam diversos significados, muitas vezes simbólicos. A Bíblia Hebraica
também apresenta diversos cálculos matemáticos e uma numerologia chamada
guemátria, que possibilita a análise bíblica através de interpretações e
correlações entre valores numéricos de palavras ou frases.
Palavras-chave:
Bíblia Hebraica, Números, Algarismos, História, Arqueologia
Abstract:
Numbers have a huge importance. Numbers possibly have been created to
solve practical problems of humanity, like counting grains or livestock, the days,
months and years, among many other uses. Thousands of years have passed
since the beginning of these countings until the adoption of graphical symbols
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Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Judaicos e Árabes da FFLCH-
USP.
[email protected]
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Revista Vértices No. 13 (2012) - ISSN: 2179-5894 - DLO-FFLCH-USP
Revist a dos Pós- Graduandos da Área de Hebraico do Program a de Pós- Graduação em Est udos Judaicos e Est udos Árabes
do Depart am ent o de Let ras Orient ais da Faculdade de Filosofia, Let ras e Ciências Hum anas da Universidade de São Paulo.
Keywords:
Hebrew Bible, Numbers, Numerals, History, Archaeology
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A obra de Conant (1931, cap. II) traz um extenso relato sobre tribos indígenas nesta situação.
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através dos tempos. A base lógica e óbvia da origem dos números, segundo
Brunés (1967, p. 33).
Segundo Ifrah (id., p. 25-30), o primeiro procedimento aritmético
conhecido é a correspondência um a um, que se resume na simples
comparação de duas coleções de seres ou objetos, buscando uma possível
equiparação na quantidade de elementos, chamada de correspondência
biunívoca ou bijeção. Este procedimento não pressupõe contagem nem
conhecimento das quantidades envolvidas, e não exige linguagem, memória e
nem pensamento abstrato desenvolvidos. Um exemplo deste procedimento
seria a marcação de uma letra “x” em um mapa de uma sala de cinema para
cada ingresso vendido, fazendo a correspondência entre o número de assentos
e o número de ingressos vendidos. Um pastor pré-histórico poderia fazer um
entalhe num pedaço de osso cada vez que um carneiro passasse à sua frente.
Mesmo sem conhecer a significação matemática, o pastor poderá verificar
sempre que voltar do pasto se o rebanho está completo, fazendo os carneiros
seguirem um por um, ao mesmo tempo que coloca cada vez um dedo num
talho. Se sobrar algum talho quando todos os carneiros tiverem passado, é
porque algum se perdeu. Se nascer algum filhote, bastará fazer um novo talho.
Em vez da prática do entalhe, o pastor poderia ter utilizado diversos outros
instrumentos materiais, como um monte de pedras, riscos na areia, os dedos
das mãos ou diferentes partes do corpo.
Muitos povos antigos utilizavam números em cordões. Como exemplos,
os incas, que não conheciam a roda, nem a tração animal e nem mesmo a
escrita no sentido em que a entendemos hoje, mantiveram arquivos de fatos
litúrgicos, cronológicos e estatísticos e uma contabilidade muito precisa, com
um sistema de cordões em nós denominado quipo, que servia também de
calendário e permitia a transmissão de mensagens. Para Mangin (p. 14), os
quipos também possuíam informação literária, e há um grande mistério nas
combinações de cores, símbolos e posições. Segundo Ifrah (1989, p. 98-103),
os índios da Bolívia e do Peru utilizam ainda hoje um sistema análogo: o
chimpu, no qual uma cordinha conta as unidades e as dezenas são
representadas pelo número de nós em duas cordinhas reunidas, as centenas
em três cordinhas, os milhares em quatro, e assim por diante. Heródoto (485-
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425 A.E.C.) conta como Dario I, rei da Pérsia (522-486 A.E.C), confiou a
guarda de uma ponte estratégica a soldados aliados gregos, que deveriam
desfazer um nó por dia de uma correia com sessenta nós. Segundo a tradição
chinesa, o imperador Shen Nong teria elaborado o sistema de contabilidade
com nós. Determinados índios da América do Norte também davam nós em
fibras vegetais para contar coisas e medir o tempo, como os apaches e os zuni,
do Novo México, dentre outros.
O sistema de pedras teve um papel muito importante na história dos
números. Foram atribuídos valores diferentes às pedras de dimensões
variadas. Assim, uma pedrinha representaria uma unidade, uma pedra um
pouco maior representaria uma dezena, outra maior ainda a centena, e assim
por diante. As pedras acabaram sendo substituídas por pequenos objetos
geométricos de terra, como cones, bolinhas ou bastões de argila, que
receberam o nome latino de calculi e em inglês são chamados de tokens,
encontrados em sítios arqueológicos do oriente próximo, de Cartum a Jericó e
desde a Turquia até o Irã. Por volta de 3500 A.E.C., as civilizações suméria e
elamita já possuíam um sistema de contagem bastante avançado baseado
nestes cones e bolinhas, e cada homem de uma certa condição social possuía
um sinete – um pequeno cilindro de pedra com uma imagem simbólica gravada
em côncavo, que representava seu detentor, como uma assinatura ou marca
de propriedade. Um acordo comercial com “valor jurídico” constava de bolinhas
e cones representando a quantidade de mercadoria comerciada, inseridas em
uma esfera de argila oca, na qual se imprime as marcas dos sinetes dos
comerciantes. Assim, o credor detém a esfera de seu devedor, com a inscrição
do sinete que corresponde a uma assinatura atual e com o número de calculi
que representa a mercadoria negociada. (Ifrah, 1989, p. 132-138; Melville,
2002).
Para que não fosse necessário quebrar a esfera para que se saiba o seu
conteúdo, os contadores sumérios e elamitas tiveram a ideia de simbolizar as
fichas guardadas nas esferas por marcas gravadas na parte externa de cada
esfera. Assim, basta ler as informações na superfície dos documentos. Estas
marcas constituem um sistema de numeração escrita: os mais antigos
algarismos da história. Para os sumérios, um talho fino simbolizando um
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נ Noun n 50
ס Samekh s 60
ע ‘Ayin ‘ 70
פ Pe p 80
צ Tsade ts 90
ק Qof q 100
ר Resh r 200
ש Shin sh 300
ת Tav t 400
3
O Judaísmo se baseia nos ensinamentos da Torá e do Talmud. A Torá (“ensinamento”,
segundo Berezin, 2003, p. 663) é o conjunto de livros que forma o Pentateuco. A Bíblia
Hebraica, ou Tanach, é composta pelos livros do Pentateuco, Profetas e Escritos. Talmud quer
dizer “instrução, estudo” (ibid., p. 669), uma das obras fundamentais do Judaísmo, considerada
sua “lei oral”, que consta de discussões rabínicas sobre diversos temas como leis, ética e
filosofia. Possui dois componentes: a Mishná, compilada em 220 d.C., e a Guemará, por volta
de 500 d.C.
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As abreviações dos livros da Bíblia seguem o padrão da Bíblia de Jerusalém. As citações da
Bíblia são extraídas da Torá: A Lei de Moisés, de Melamed.
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beta, gama, delta, épsilon, dzeta, eta e teta) representam as unidades simples,
com o dígamo (derivado do waw fenício) representando o número 6. As oito
letras seguintes representam as dezenas (iota, capa, lambda, mi, ni, csi,
ômicron e pi) mais o qoppa (derivado do qof fenício) associado ao valor 90. As
oito últimas letras representam as centenas (rô, sigma, tau, ípsilon, phi, khi, psi
e ômega) mais o signo san (derivado do sadé fenício) associado ao número
900. Para distinguir num texto as letras dos números, coloca-se uma barra
horizontal sobre as letras que representam números. Para representar
milhares, as letras que representam unidades simples recebem um acento do
lado superior esquerdo (´A). As mais antigas provas deste sistema datam do
século IV A.E.C.
O sistema chinês, segundo Ifrah (1989, p. 228), há mais de três mil
anos, apresenta treze signos fundamentais associados aos números de 1 a 10,
100, 1000 e 10000, com um traçado simples, que constituem verdadeiros
algarismos. A capacidade deste tipo de notação numérica ainda era limitada:
para exprimir um número elevado, uma grande quantidade de símbolos seria
necessária, além das dificuldades de cálculos.
A invenção do zero, possibilitando a utilização dos números que
representam unidades simples para representar também números mais
complexos, ou seja, o valor de cada algarismo seria determinado pela sua
posição na escrita dos números, foi um passo revolucionário, uma descoberta
dos babilônios do segundo século A.E.C., segundo Ifrah (1989, p. 236-237,
243). Os babilônios utilizavam um “cravo” vertical para simbolizar uma unidade
e uma “asna” horizontal para representar a dezena. Como o sistema era
sexagesimal, os números de 1 a 59 formavam unidade simples, e os números
de sessenta em diante constituíam uma segunda ordem, e os múltiplos de
sessenta (sessenta vezes sessenta) constituíam uma terceira ordem. Esta
numeração é análoga ao nosso sistema atual, diferindo apenas por ter base
sexagesimal e pelo desenho dos algarismos. A sua dificuldade era a repetição:
até o número 59, não havia signos distintos, ou seja, os símbolos que
representam os valores 1 e 10 seriam repetidos diversas vezes. Os babilônios
introduziram, então, um signo oblíquo para significar a ausência de unidades
em uma determinada casa, o primeiro zero da história.
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٠ ١ ٢ ٣ ٤ ٥ ٦ ٧ ٨ ٩ ١ ٠
Árabe ﺻِ ْ ﻔ ر و ا ِﺣ د ِا ﺛ ﻧ ﺎ ن َﺛ ﻼ ﺛ ﺔ أ رْ َ ﺑ ﻌَ ﺔ ﺧَ ْ ﻣ ﺳ ﺔ ﺳِ ﱠ ﺗ ﺔ ﺳَ ْ ﺑ ﻌَ ﺔ ﺛَﻣﺎﻧِﯾﺔ ﺗِ ﺳْ ﻌ ﺔ ﻋَ َ ﺷ ر ة
ṣ ifr wāḥ id ʼ iṯ nān ṯ alāṯ ä ʼ arbaʿ ä ḫ amsä sittä sabʿ ä ṯ amāniyä tisʿ ä ʿ ašarä
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א ב ג ד ה ו ז ח ט י
Hebrai-
éfes aẖ at shtáyim shalosh arba ẖ amesh shesh shéva shmone tésha éser
co
QVATTVO
NVLLVS VNVS DVO TRES QVINQVE SEX SEPTEM OCTO NOVEM DECEM
Latim R
nūllus ūnus duo trēs quīnque sex septem octō novem decem
quattuor
α’
δ’
ΕΙΣ heis
γ’ ΤΕΤΤΑΡΕ
(m) β’ ε’ ϛ' ζ’ η’ θ’ ι’
ΜΗΔ ΕΝ ΤΡΕΙΣ Σ
Grego ΜΙΑ mia Δ ΥΟ ΠΕΝΤΕ ΕΞ ΕΠΤΑ ΟΚΤΩ ΕΝΝΕΑ Δ ΕΚΑ
mēdén ΤΡΙΑ ΤΕΤΤΑΡΑ
(f) dúō pénte héx heptá oktṓ ennéa déka
treis tria téttares
ΕΝ en
téttara
(n)
१ ३ ४
२
੦ ੧ ੨ ੩ ੪ ੫ ੬ ੭ ੮ ੯ ੧੦
Hindu ਿਸਫਰ ਇੱ ਕ ਦੋ ਿਤੰ ਨ ਚਾਰ ਪੰ ਜ ਛੇ ਸੱ ਤ ਅੱ ਠ ਦਸ
sifar ikk do tinn chār pañj chhē satt aṭ ṭ h nauṃ das
〇
九
零
一 二 三 四 五 六 七 八 きゅう 十
Sino- ゼロ
いち に さん し ご ろく しち はち kyū じゅう
Japonês zero
ichi ni san shi go roku shichi hachi く jū
れい
ku
rei
Bibliografia
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