Epistemologia Contemporânea e o Problema Da Possibilidade Ou Não Do Conhecimento
Epistemologia Contemporânea e o Problema Da Possibilidade Ou Não Do Conhecimento
Epistemologia Contemporânea e o Problema Da Possibilidade Ou Não Do Conhecimento
Introdução..........................................................................................................................2
Epistemologia contemporânea...........................................................................................3
Crença................................................................................................................................4
Verdade..............................................................................................................................4
Ciência ou ciências............................................................................................................4
O continuísmo...................................................................................................................5
O descontinuísmo..............................................................................................................6
Paradigma..........................................................................................................................8
Ciência extraordinária.......................................................................................................9
Revolução científica..........................................................................................................9
Possibilidade Do Conhecimento......................................................................................10
Dogmatismo.................................................................................................................10
Ceticismo.....................................................................................................................11
Conclusão........................................................................................................................13
Bibliografia......................................................................................................................14
Introdução
conhecimento
Epistemologia contemporânea
Crença
Verdade
Ciência ou ciências
Nesta parte, vamos ver os pontos de vista de alguns autores sobre o desenvolvimento da
ciência. Enquanto uns acreditam que o desenvolvimento da ciência é linear e
cumulativo, há outros que defendem o contrário: a ciência é revolucionária.
O continuísmo
Duhem, historiador e filósofo da ciência, por exemplo, não nega que a ciência seja
construída de forma continuísta, porém, reconhece que ao longo do processo da sua
construção houve erros e correcções dos mesmos. Ele defende que as descobertas
científicas de uma época baseiam-se nas investigações e debates de épocas precedentes,
em que os erros registados são examinados e corrigidos, constituindo uma autêntica
continuidade, havendo ligação entre uma época e outra.
O descontinuísmo
Vamos agora analisar as reflexões epistemológicas feitas por Karl Popper e Thomas
Khun.
Por isso, é legítimo, de acordo com Popper, afirmar que o progresso da ciência não é
acumulativo, pois é feito através de revoluções intelectuais e científicas. Popper acredita
que a sucessão de teorias tende a aproximar-se cada vez mais à verdade, uma meta por
si considerada inalcançável. Para ele, as teorias outra coisa não são senão pontos de
vista do senso comum submetidos a procedimentos críticos e, por isso, esclarecidos.
Na ciência nós procuramos a verdade, e a verdade não é dada pelos factos, mas
pelas teorias que correspondem aos factos. Entretanto, essa é uma definição de
verdade, mas nós não temos um critério de verdade, já que, ainda que formemos
uma teoria verdadeira, jamais poderemos sabê-lo, pois as consequências de uma
teoria são infinitas e nós não as podemos verificar todas. Sendo assim, segundo
Popper, a verdade é um ideal regulador. Eliminando os erros das teorias anteriores e
substituindo-as por teorias mais verosímeis, aproximamo- -nos da verdade. Para
Popper, é nisso que consiste o progresso da ciência, e, por exemplo, é assim que se
passa, progredindo sempre para teorias mais verdadeiras, de Copérnico a Galileu, de
Galileu a Keppler, de Keppler a Newton, de Newton a Einstein.
Com isso, porém, não devemos pensar que exista uma lei de progresso da ciência,
pois a ciência também pode estagnar. O progresso da ciência conheceu obstáculos
(epistemo- lógicos, ideológicos, económicos, etc.) e talvez venha a conhecê-los.
Não existe lei do progresso na ciência. Este faz-se por meio de «revoluções
intelectuais e científicas», estas são introduzidas a partir de falsificações bem
sucedidas. As teorias não são resultado directo das refutações; foram realizações do
pensamento criativo, do Homem pensante». Popper diz que temos um critério de
progresso: uma teoria pode aproximar-se mais da verdade do que outra.
Saliente-se que a ideia de aproximação à verdade» nada tem em comum com a ideia
de acréscimo gradual de pormenores à teoria, que a deixariam, no essencial, igual a
si mesma. As teorias refutadas integram o processo de aproximação à verdade por
terem provocado a criação de teorias melhores:
A afirmação de que a Terra está em repouso e que os céus giram à volta dela está
mais longe da verdade do que a afirmação de que a Terra gira em torno do seu
próprio eixo, de que é o Sol que está em repouso e os outros planetas se movem em
órbitas circulares à volta do Sol (tal como foi avançado por Copérnico e Galileu). A
afirmação, que se deve a Keppler, de que os planetas não se movem em círculos,
mas sim em elipses (não muito alongadas) com o sol no seu foco comum (e com o
Sol em repouso ou em rotação à volta do seu eixo) é mais uma aproximação à
verdade. A afirmação (que se deve a Newton) de que existe um espaço em repouso,
mas que, excluindo a rotação, a sua posição não se pode encontrar através da
observação das estrelas ou dos efeitos mecânicos, é mais um passo em direcção à
verdade.
Kuhn faz uma análise fenomenológica das rupturas epis- temológicas, já defendidas
pelos seus antecessores. Para o efeito, ele usa expressões como «ciência normal»,
«anomalia>> e «ciência extraordinária», além do conhecido «paradigma», que constitui
o centro da sua análise.
Paradigma
As investigações científicas são feitas de acordo com uma estrutura preconcebida, uma
visão geral do mundo, de acordo com os princípios filosóficos aceites na época. A este
princípio que regula as pesquisas de uma determinada época chama-se paradigma.
Trata-se de uma teoria científica dominante na qual todas as outras se integram.
Ora, quando aparecem problemas científicos que escapam aos limites do paradigma,
quando não se enquadra na ciência normal, considera-se anomalia. Por outras palavras,
considera-se anomalia um problema cujo paradigma dominante não o capta, para que se
mantenha o consenso no interior da comunidade científica, a respeito do paradigma
dominante.
Ciência extraordinária
Revolução científica
Possibilidade Do Conhecimento
Para que seja possível respondê-la, muitos autores recorrem a duas importantes
posições: o dogmatismo e oceticismo, os quais veremos abaixo
Dogmatismo
É a corrente que se julga em condições de afirmar a possibilidade de conhecer verdades
universais quanto ao ser, à existência e à conduta, transcendendo o campo das puras
relações fenomenais e sem limites impostos a priori à razão.
Alguns dogmáticos parciais se julgam aptos para afirmar a verdade absoluta no plano da
ação. Entretanto, outros somente admitem tais verdades no plano especulativo. Daí
origina-se a distinção entre dogmatismo teórico e dogmatismo ético.
O dogmatismo ético tem como adeptos Hume e Kant, que duvidavam da possibilidade
de atingir as verdades últimas enquanto sujeito pensante (homo theoreticus) e
afirmavam as razões primordiais de agir, estabelecendo as bases de sua Ética ou de sua
Moral.
Por conseguinte, temos como adepto do dogmatismo teórico, Blaise Pascal, que não
duvidava de seus cálculos matemáticos e da exatidão das ciências enquanto ciências,
mas era assaltado por duvidas no plano do agir ou da conduta humana.
Ceticismo
Consiste numa atitude dubitativa ou uma provisoriedade constante, mesmo a respeito de
opiniões emitidas no âmbito das relações empíricas. Essa atitude nunca é abandonada
pelo ceticismo, mesmo quando são enunciados juízos sobre algo de maneira provisória,
sujeitos a refutação à luz de sucessivos testes.
Ou seja, o ceticismo se distingue das outras correntes por causa de sua posição de
reserva e de desconfiança em relação às coisas.
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do-conhecimento.html