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Legislação Aplicada ao

MPU - LC n. 75/1993
Parte IV
Professora: Cristiane Capita
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br

CÓDIGO:
2672023428

TIPO DE MATERIAL:
E-book

TÍTULO:
Legislação Aplicada ao MPU - LC n. 75/1993 - Parte IV

PROFESSORA:
Cristiane Capita

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
8/2023
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU - LC N. 75/1993 - PARTE IV
Professora: Cristiane Capita

Sumário
INTRODUÇÃO....................................................................................................................4

LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU - LEI COMPLEMENTAR N. 75, DE 20 DE MAIO DE


1993 - Parte IV....................................................................................................................5

FÉRIAS E LICENÇAS ......................................................................................................5

VENCIMENTOS E VANTAGENS.....................................................................................11

APOSENTADORIA E PENSÃO.......................................................................................16

DISCIPLINA.......................................................................................................................16

DEVERES E VEDAÇÕES.................................................................................................18

IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÕES..................................................................................19

SANÇÕES..........................................................................................................................20

PRESCRIÇÃO...................................................................................................................22

SINDICÂNCIA....................................................................................................................23

INQUÉRITO ADMINISTRATIVO......................................................................................24

PROCESSO ADMINISTRATIVO......................................................................................26

REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO.............................................................28

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS....................................................................30

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................34

REFERÊNCIAS...................................................................................................................36

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU - LC N. 75/1993 - PARTE IV
Professora: Cristiane Capita

INTRODUÇÃO

Olá! Como estão todos? Espero que muitíssimo bem!


Chegamos à nossa última aula sobre a Lei Complementar n. 75/1993. Nas aulas ante-
riores, exploramos diversos aspectos importantes sobre o MPU, incluindo sua estrutura, os
ramos específicos e a carreira dos membros.
Nesta aula, continuaremos a nossa jornada ao tratar de algumas provisões estatutárias
que são de extrema importância para o funcionamento do MPU. Vamos abordar sobre as
férias e licenças, aposentadoria, disciplina, deveres e vedações, impedimentos e suspeições,
processo administrativo, entre outros.
A intenção é fornecer uma visão abrangente e clara sobre essas disposições estatutá-
rias, esclarecendo seus principais pontos e orientações para que possamos finalizar nossos
estudos com total êxito.
Estou aqui para auxiliá-lo(a) no entendimento desses assuntos e responder a quaisquer
dúvidas que possam surgir.
Após a conclusão desta aula, encerraremos nossa jornada de estudo sobre o MPU. Por-
tanto, vamos aproveitá-la ao máximo e consolidar nosso conhecimento sobre as provisões
estatutárias que regem o Ministério Público da União.
Sem mais delongas, vamos à aula!

Cristiane Capita
A Prof. Cristiane Capita é servidora do Ministério Público da União, lotada no Conselho Nacional do
Ministério Público-CNMP, bacharel em Direito e especialista em Direito Processual Civil.
Aprovada nos concursos do Ministério do Planejamento-MPOG, Secretaria de Estado de Educação do
DF /SEE-DF, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE e Ministério da Educação-MEC.
É professora do Gran e integrante dos Gran Experts, que é a equipe de especialistas em planejamento
de estudos e mentoria do Gran.
Em 2004, ela deu início à sua trajetória nos concursos públicos e, desde então, tem se dedicado incan-
savelmente a aprimorar um método de estudos, sempre ressaltando que a consistência é um funda-
mento para alcançar a aprovação.
Depois de acumular uma experiência valiosa ao longo de sua trajetória, ela optou por compartilhar seu
conhecimento e auxiliar outros estudantes em sua jornada em busca do sucesso.
No ano de 2018, com o intuito de expandir seu alcance e impactar um número ainda maior de pessoas,
criou o perfil @cris_capita/Probatus Mentoria, para concursos no Instagram. Nesse perfil, disponibiliza
uma série de informações, dicas e técnicas de estudo altamente eficientes, adquiridas através de sua
própria vivência e também em colaboração com pessoas experientes na área.
Como mentora de estudos, ela se dedica a auxiliar concurseiros em todas as etapas do processo pre-
paratório. Através de sessões personalizadas de mentoria, ela ajuda os alunos a estabelecer metas
claras e realistas, identificar suas áreas de maior dificuldade e criar um planejamento para otimizar seu
tempo de estudo e maximizar seu desempenho.
Além disso, oferece orientação individualizada sobre as melhores técnicas de estudo, métodos de
organização eficientes e táticas de resolução de exercícios, fornecendo ferramentas e recursos valio-
sos para que seus clientes alcancem uma preparação sólida e consistente.
Com um compromisso permanente com o sucesso de seus orientados, ela se esforça para cultivar um
ambiente de apoio e motivação, encorajando seus alunos a persistirem diante dos desafios e a acredi-
tarem em seu potencial para conquistar seus objetivos.
Por meio de seu trabalho como mentora e planejadora de estudos, busca capacitar e inspirar os estu-
dantes, ajudando-os a trilhar um caminho mais eficaz rumo à aprovação em concursos e, assim, alcan-
çar suas aspirações de carreira no serviço público.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU


LEI COMPLEMENTAR N. 75, DE 20 DE MAIO DE 1993
PARTE IV

FÉRIAS E LICENÇAS

As férias dos membros do Ministério Público da União dizem respeito a um direito impor-
tante que está sujeito a algumas regras específicas. Vejamos:

• Duração das férias: os membros do Ministério Público têm direito a férias de sessenta
dias por ano, que podem ser gozadas de forma contínua ou divididas em dois perío-
dos iguais.
• Acúmulo de férias: em condições normais, as férias não podem ser acumuladas por
mais de dois anos, exceto em situações em que haja necessidade de serviço que jus-
tifique a não utilização das férias.
• Gozo simultâneo com Tribunais: para os membros do Ministério Público que atuam
perante Tribunais, suas férias devem coincidir com as férias coletivas desses Tribu-
nais, a menos que existam motivos relevantes ou necessidades de serviço que justifi-
quem o afastamento em outros períodos.
• Remuneração das férias: os membros do Ministério Público têm direito a receber um
terço da remuneração durante o período de gozo das férias.
• Pagamento das férias: o pagamento da remuneração das férias deve ser feito até dois
dias antes do início do período de férias. Além disso, é possível solicitar a conversão
de um terço das férias em abono pecuniário, desde que requerido com pelo menos
sessenta dias de antecedência.
• Indenização em caso de exoneração: caso ocorra a exoneração do membro do Minis-
tério Público, ele terá direito a uma indenização relativa ao período de férias a que
tinha direito e ao período incompleto, calculada com base na remuneração do mês em
que foi publicado o ato de exoneração. A indenização será proporcional ao tempo de
efetivo exercício no cargo.
• O direito a férias será adquirido após o primeiro ano de exercício.

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Licenças

Serão concedidas as seguintes licenças para membros do Ministério Público da União:


1. Licença por motivo de doença em pessoa da família:

• Exige exame médico ou junta médica oficial.


• É concedida se a assistência direta do membro for indispensável e não puder ser dada
com o exercício do cargo.
• Tem prazo de até 90 dias sem prejuízo de vencimentos, podendo ser prorrogada por
igual prazo nas mesmas condições.

2. Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro:

• Pode ser concedida se o cônjuge for deslocado para outro ponto do país, exterior ou
exercer mandato eletivo.
• Por prazo indeterminado e sem remuneração, mas pode ser convertida em remoção
provisória se houver ofício vago compatível.

3. Licença-prêmio por tempo de serviço:

• Devida a cada 5 anos de exercício por 3 meses.


• Pode ser convertida em pecúnia em favor dos beneficiários do membro falecido que
não a tenha gozado.
• Não devida a quem sofreu suspensão durante o período aquisitivo ou já gozou
outras licenças.

4. Licença para tratar de interesses particulares:

• Pode ser concedida ao membro vitalício por até 2 anos consecutivos sem remuneração.
• Pode ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do interessado ou no interesse
do serviço.
• Nova licença só será concedida após 2 anos do término da anterior.

5. Licença para desempenho de mandato classista:

• Concedida ao membro investido em mandato em entidades de âmbito nacional.


• A duração é igual ao mandato, podendo ser prorrogada por uma vez em caso de
reeleição.
• Sem prejuízo de vencimentos ou direitos inerentes ao cargo.

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6. É proibido exercer atividade remunerada durante a licença por motivo de doença em


pessoa da família.
7. Licença concedida dentro de 60 dias do término de outra da mesma espécie é consi-
derada prorrogação.

E, além das previstas acima, serão concedidas aos membros do Ministério Público da
União, as seguintes licenças:
1. Licença para tratamento de saúde:

• Pode ser solicitada ou concedida de ofício, mediante perícia médica.


• Concedida sem prejuízo dos vencimentos e vantagens do cargo.
• A perícia é realizada por médico ou junta médica oficial, podendo ser aceito atestado
de médico particular se não houver médico oficial.
• Após o prazo da licença, o licenciado é submetido a nova inspeção médica para definir
a volta ao serviço, prorrogação da licença ou aposentadoria.

2. Licença por acidente em serviço:

• Configura acidente em serviço o dano físico ou mental relacionado com as funções


exercidas.
• Equipara-se ao acidente em serviço o dano decorrente de agressão não provocada no
exercício funcional ou em trânsito a ele pertinente.
• Concedida sem prejuízo dos vencimentos e vantagens do cargo.
• Caso necessário, o acidentado pode ser tratado em instituição privada, com recursos
públicos, mediante recomendação de junta médica oficial.

3. Licença à gestante:

• Concedida por 120 dias, podendo ter início no primeiro dia do nono mês de gestação,
com antecipação por prescrição médica.
• Em caso de nascimento prematuro, a licença se inicia a partir do parto.
• No caso de natimorto, após 30 dias, a mãe reassume as funções após exame médico.
• Em caso de aborto atestado por médico oficial, a licença é de 30 dias.

4. Licença pelo nascimento ou adoção de filho:

• Concedida ao pai ou adotante por 5 dias consecutivos.

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5. Licença pela adoção ou obtenção de guarda judicial de criança até um ano de idade:

• Concedida ao adotante ou detentor da guarda por 30 dias.

Segue o texto de Lei:

SEÇÃO III
Das Férias e Licenças

Art. 220. Os membros do Ministério Público terão direito a férias de sessenta dias por
ano, contínuos ou divididos em dois períodos iguais, salvo acúmulo por necessidade de
serviço e pelo máximo de dois anos.
§ 1º Os períodos de gozo de férias dos membros do Ministério Público da União, que
oficiem perante Tribunais, deverão ser simultâneos com os das férias coletivas destes,
salvo motivo relevante ou o interesse do serviço.
§ 2º Independentemente de solicitação, será paga ao membro do Ministério Público da
União, por ocasião das férias, importância correspondente a um terço da remuneração
do período em que as mesmas devam ser gozadas.
§ 3º O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes do início
de gozo do respectivo período, facultada a conversão de um terço das mesmas em abo-
no pecuniário, requerido com pelo menos sessenta dias de antecedência, nele conside-
rado o valor do acréscimo previsto no parágrafo anterior.
§ 4º Em caso de exoneração, será devida ao membro do Ministério Público da União
indenização relativa ao período de férias a que tiver direito e ao incompleto, na propor-
ção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias,
calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório.
Art. 221. O direito a férias será adquirido após o primeiro ano de exercício.
Art. 222. Conceder-se-á aos membros do Ministério Público da União licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
III - prêmio por tempo de serviço;
V - para tratar de interesses particulares;
V - para desempenho de mandato classista.
§ 1º A licença prevista no inciso I será precedida de exame por médico ou junta médica
oficial, considerando-se pessoas da família o cônjuge ou companheiro, o padrasto, a ma-
drasta, o ascendente, o descendente, o enteado, o colateral consanguíneo ou afim até o
segundo grau civil. A licença estará submetida, ainda, às seguintes condições:
a) somente será deferida se a assistência direta do membro do Ministério Público da
União for indispensável e não puder ser dada simultaneamente com o exercício do cargo;

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b) será concedida sem prejuízo dos vencimentos, vantagens ou qualquer direito inerente
ao cargo, salvo para contagem de tempo de serviço em estágio probatório, até noventa
dias, podendo ser prorrogada por igual prazo nas mesmas condições. Excedida a pror-
rogação, a licença será considerada como para tratar de interesses particulares.
§ 2º A licença prevista no inciso II poderá ser concedida quando o cônjuge ou companhei-
ro for deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para exercício
de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo; será por prazo indeterminado e
sem remuneração, salvo se o membro do Ministério Público da União puder ser lotado,
provisoriamente, em ofício vago no local para onde tenha se deslocado e compatível
com o seu cargo, caso em que a licença será convertida em remoção provisória.
§ 3º A licença prevista no inciso III será devida após cada qüinqüênio ininterrupto de
exercício, pelo prazo de três meses, observadas as seguintes condições:
a) será convertida em pecúnia em favor dos beneficiários do membro do Ministério Pú-
blico da União falecido, que não a tiver gozado;
b) não será devida a quem houver sofrido penalidade de suspensão durante o período
aquisitivo ou tiver gozado as licenças previstas nos incisos II e IV;
c) será concedida sem prejuízo dos vencimentos, vantagens ou qualquer direito ineren-
te ao cargo;
d) para efeito de aposentadoria, será contado em dobro o período não gozado.
§ 4º A licença prevista no inciso IV poderá ser concedida ao membro do Ministério Pú-
blico da União vitalício, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem remuneração,
observadas as seguintes condições:
a) poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do interessado ou no interesse
do serviço;
b) não será concedida nova licença antes de decorrido dois anos do término da anterior.
§ 5º A licença prevista no inciso V será devida ao membro do Ministério Público da União
investido em mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito
nacional ou sindicato representativo da categoria, observadas as seguintes condições:
a) somente farão jus à licença os eleitos para cargos de direção ou representantes nas
referidas entidades, até o máximo de três por entidade;
b) a licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada no caso de ree-
leição, e por uma única vez;
c) será concedida sem prejuízo dos vencimentos, vantagens ou qualquer direito ineren-
te ao cargo.
§ 6º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista
no inciso I.
§ 7º A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie
será considerada como prorrogação.

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Art. 223. Conceder-se-á aos membros do Ministério Público da União, além das previs-
tas no artigo anterior, as seguintes licenças:
I - para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, obser-
vadas as seguintes condições:
a) a licença será concedida sem prejuízo dos vencimentos e vantagens do cargo;
b) a perícia será feita por médico ou junta médica oficial, se necessário, na residência do
examinado ou no estabelecimento hospitalar em que estiver internado;
c) inexistindo médico oficial, será aceito atestado passado por médico particular;
d) findo o prazo da licença, o licenciado será submetido a inspeção médica oficial, que
concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria;
e) a existência de indícios de lesões orgânicas ou funcionais é motivo de inspeção médica;
II - por acidente em serviço, observadas as seguintes condições:
a) configura acidente em serviço o dano físico ou mental que se relacione, mediata ou
imediatamente, com as funções exercidas;
b) equipara-se ao acidente em serviço o dano decorrente de agressão não provocada
e sofrida no exercício funcional, bem como o dano sofrido em trânsito a ele pertinente;
c) a licença será concedida sem prejuízo dos vencimentos e vantagens inerentes ao
exercício do cargo;
d) o acidentado em serviço, que necessite de tratamento especializado, não disponível
em instituição pública, poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos
públicos, desde que o tratamento seja recomendado por junta médica oficial;
e) a prova do acidente deverá ser feita no prazo de dez dias, contado de sua ocorrência,
prorrogável quando as circunstâncias o exigirem;
III - à gestante, por cento e vinte dias, observadas as seguintes condições:
a) poderá ter início no primeiro dia no nono mês de gestação, salvo antecipação por
prescrição médica;
b) no caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto;
c) no caso de natimorto, decorridos trinta dias do evento a mãe será submetida a exame
médico e, se julgada apta, reassumirá as suas funções;
d) em caso de aborto atestado por médico oficial, a licença dar-se-á por trinta dias, a
partir da sua ocorrência;
IV - pelo nascimento ou a adoção de filho, o pai ou adotante, até cinco dias consecutivos;
V - pela adoção ou a obtenção de guarda judicial de criança até um ano de idade, o prazo
da licença do adotante ou detentor da guarda será de trinta dias.

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VENCIMENTOS E VANTAGENS

Devemos considerar que o sistema remuneratório da Administração Pública inclui dife-


rentes formas de remuneração para os servidores, como vencimentos e subsídios.
1. Remuneração:

• É composta pelo salário-base, recebido por todos os servidores da carreira.


• Inclui uma parcela variável com vantagens pessoais, como adicionais, gratifica-
ções e abonos.
• A soma do salário-base com as vantagens forma a remuneração total (vencimentos).

2. Subsídio:

• Consiste em uma forma de remuneração paga em parcela única, sem diferenciação


de vantagens pessoais.

O art. 224 da LC n. 75/1993 estabelece que os membros do Ministério Público da União


receberão vencimentos, representação e gratificações previstas em lei.
No entanto, com a Emenda Constitucional (EC) n. 19/1998, os membros do Ministério
Público da União (MPU) passaram a ser remunerados por meio de subsídio, não utilizando
mais o termo “vencimentos”. Essa mudança significou que o valor é pago em parcela única,
sem acréscimo de outras parcelas remuneratórias.
É importante destacar que, mesmo com a vedação de acréscimo de parcelas ao sub-
sídio, alguns benefícios indenizatórios e garantias constitucionais continuam sendo pagos,
tais como:
1. Verbas Indenizatórias:

• Exemplo: pagamento de diárias de viagem em razão do serviço.

2. Garantias Constitucionais:

• Exemplos: férias, gratificação natalina (13º salário) e outras garantias previstas na


Constituição.

Essas verbas indenizatórias e garantias são pagas além do subsídio e não compõem a
remuneração fixa mensal recebida pelos membros do MPU.

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Continuando:
1. Sobre os vencimentos incidirá gratificação adicional por tempo de serviço:

• Incide sobre os vencimentos, aumentando 1% por ano de serviço público efetivo.


• O tempo de advocacia também é considerado, até o máximo de 15 anos, desde que
não cumulativo com tempo de serviço público.

2. Diferença salarial entre classes:

• Os vencimentos são fixados com diferença de até 10% entre as classes de cada carreira.

3. Vantagens adicionais:

• Ajuda de custo para mudança de domicílio por remoção, promoção ou nomeação.


• Diárias para serviço fora da sede de exercício, por período superior a 30 dias.
• Diárias para serviço eventual fora da sede, com valor mínimo equivalente a um trinta
avos dos vencimentos.
• Transporte pessoal, dos dependentes e mobiliário em casos de remoção, promoção
ou nomeação.
• Transporte pessoal para outros deslocamentos a serviço fora da sede de exercício.
• Auxílio-doença no valor de um mês de vencimento para licença por tratamento de
saúde ou invalidez.
• Salário-família.
• Pró-labore pela atividade de magistério.
• Assistência médico-hospitalar para membros inativos, pensionistas e dependentes.
• Auxílio-moradia em casos de lotação em locais difíceis ou onerosos.
• Gratificação natalina correspondente a um doze avos da remuneração por mês de
exercício no ano, com pagamento até o dia 20 de dezembro.

4. Inscrição em dívida ativa:

• Membro do MPU que estiver em débito com o erário tem 60 dias para quitar o débito
após demissão, exoneração, aposentadoria ou cassação de disponibilidade.
• Caso não ocorra a quitação dentro do prazo, o débito será inscrito em dívida ativa.

5. Proteção contra descontos e penhoras:

• Salvo por imposição legal ou ordem judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remu-
neração, provento ou pensão dos membros do MPU ou seus beneficiários.
• É permitida a consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, mediante auto-
rização do devedor.

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• As reposições e indenizações em favor do erário serão descontadas em parcelas men-


sais não excedentes à décima parte da remuneração ou provento.

6. Proteção em relação a dívidas de alimentos:

• A remuneração, provento e pensão dos membros do MPU e beneficiários não serão


objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto em casos de dívidas de alimentos
determinados por decisão judicial.

Segue a Lei:

SEÇÃO IV
Dos Vencimentos e Vantagens

Art. 224. Os membros do Ministério Público da União receberão o vencimento, a repre-


sentação e as gratificações previstas em lei.
§ 1º Sobre os vencimentos incidirá a gratificação adicional por tempo de serviço, à ra-
zão de um por cento por ano de serviço público efetivo, sendo computado o tempo de
advocacia, até o máximo de quinze anos, desde que não cumulativo com tempo de ser-
viço público.
§ 2º (Vetado)
§ 3º Os vencimentos serão fixados com diferença não superior a dez por cento de uma
para outra das classes de cada carreira.
§ 4º Os Subprocuradores-Gerais do Ministério Público da União terão os mesmos ven-
cimentos e vantagens.
Art. 225. Os vencimentos do Procurador-Geral da República são os de Subprocurador-
Geral da República, acrescidos de vinte por cento, não podendo exceder os valores
percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por Ministros do Supremo
Tribunal Federal.
Parágrafo único. O acréscimo previsto neste artigo não se incorpora aos vencimentos
do cargo de Procurador-Geral da República.
Art. 226. (Vetado).
Art. 227. Os membros do Ministério Público da União farão jus, ainda, às seguintes
vantagens:
I - ajuda-de-custo em caso de:
a) remoção de ofício, promoção ou nomeação que importe em alteração do domicílio
legal, para atender às despesas de instalação na nova sede de exercício em valor cor-
respondente a até três meses de vencimentos;

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b) serviço fora da sede de exercício, por período superior a trinta dias, em valor corres-
pondente a um trinta avos dos vencimentos, pelos dias em que perdurar o serviço, sem
prejuízo da percepção de diárias;
II - diárias, por serviço eventual fora da sede, de valor mínimo equivalente a um trinta
avos dos vencimentos para atender às despesas de locomoção, alimentação e pousada;
III - transporte:
a) pessoal e dos dependentes, bem como de mobiliário, em caso de remoção, promoção
ou nomeação, previstas na alínea a do inciso I;
b) pessoal, no caso de qualquer outro deslocamento a serviço, fora da sede de exercício;
IV - auxílio-doença, no valor de um mês de vencimento, quando ocorrer licença para tra-
tamento de saúde por mais de doze meses, ou invalidez declarada no curso deste prazo;
V - salário-família;
VI - pro labore pela atividade de magistério, por hora-aula proferida em cursos, seminá-
rios ou outros eventos destinados ao aperfeiçoamento dos membros da instituição;
VII - assistência médico-hospitalar, extensiva aos inativos, pensionistas e dependentes,
assim entendida como o conjunto de atividades relacionadas com a prevenção, conser-
vação ou recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais médicos, paramédi-
cos, farmacêuticos e odontológicos, bem como o fornecimento e a aplicação dos meios
e dos cuidados essenciais à saúde;
VIII - auxílio-moradia, em caso de lotação em local cujas condições de moradia sejam
particularmente difíceis ou onerosas, assim definido em ato do Procurador-Geral da
República;
IX - gratificação natalina, correspondente a um doze avos da remuneração a que fizer
jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano, considerando-se como
mês integral a fração igual ou superior a quinze dias.
§ 1º A gratificação natalina será paga até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano.
§ 2º Em caso de exoneração antes do mês de dezembro, a gratificação natalina será
proporcional aos meses de exercício e calculada com base na remuneração do mês em
que ocorrer a exoneração.
§ 3º A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.
§ 4º Em caso de nomeação, as vantagens previstas nos incisos I, alínea a, e III, alínea
a, são extensivas ao membro do Ministério Público da União sem vínculo estatutário
imediatamente precedente, desde que seu último domicílio voluntário date de mais de
doze meses.
§ 5º (Vetado).

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§ 6º A assistência médico-hospitalar de que trata o inciso VII será proporcionada pela


União, de preferência através de seus serviços, de acordo com normas e condições re-
guladas por ato do Procurador-Geral da República, sem prejuízo da assistência devida
pela previdência social.
§ 7º (Vetado).
§ 8º À família do membro do Ministério Público da União que falecer no prazo de um ano
a partir de remoção de ofício, promoção ou nomeação de que tenha resultado mudança
de domicílio legal serão devidos a ajuda de custo e o transporte para a localidade de
origem, no prazo de um ano, contado do óbito.
Art. 228. Salvo por imposição legal, ou ordem judicial, nenhum desconto incidirá sobre
a remuneração ou provento e a pensão devida aos membros do Ministério Público da
União ou a seus beneficiários.
§ 1º Mediante autorização do devedor, poderá haver consignação em folha de pagamen-
to a favor de terceiro.
§ 2º As reposições e indenizações em favor do erário serão descontadas em parcelas
mensais de valor não excedente à décima parte da remuneração ou provento, em valo-
res atualizados.
Art. 229. O membro do Ministério Público da União que, estando em débito com o erário,
for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá
o prazo de sessenta dias para quitar o débito.
Parágrafo único. Não ocorrendo a quitação do débito no prazo estabelecido neste arti-
go, deverá ele ser inscrito em dívida ativa.
Art. 230. A remuneração, o provento e a pensão dos membros do Ministério Público da
União e de seus beneficiários não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, salvo
em caso de dívida de alimentos, resultante de decisão judicial.

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APOSENTADORIA E PENSÃO

SEÇÃO V
Da Aposentadoria e da Pensão

As regras referentes à aposentadoria e pensão dos membros do Ministério Público da


União (MPU) sofreram alterações ao longo do tempo, sendo revogadas as disposições da LC
n. 75/1993 por diversas Emendas Constitucionais (ECs). Atualmente, as normas aplicáveis
são as mesmas que regem os servidores públicos, conforme estabelecido no artigo 129, § 4º
da Constituição Federal de 1988 (CF/1988). Vejamos os principais pontos:
1. Revogação das disposições da LC n. 75/1993: as regras sobre aposentadoria e pensão
dos membros do MPU constantes nos arts. 231 a 235 da LC n. 75/1993 foram revogadas
pelas Emendas Constitucionais n. 20/98, n. 41/2003, n. 45/2004, n. 47/2005 e n. 109/2019.
2. Aplicação das regras dos servidores públicos: por força do art. 129, § 4º da CF/1988,
aplica-se ao MPU, no que couber, o disposto no artigo 93 da mesma Constituição.
3. Art. 93 da CF/1988: o art. 93 determina que uma lei complementar, de iniciativa do
Supremo Tribunal Federal, estabelecerá o Estatuto da Magistratura, seguindo alguns princí-
pios, como o disposto no inciso VI.
4. Aplicação do art. 93, inciso VI: O inciso VI do art. 93 estabelece que a aposenta-
doria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40
da CF/1988.
5. Observância das normas do art. 40: o art. 40 da CF/1988 trata do regime de previdên-
cia dos servidores públicos, estabelecendo as regras gerais para aposentadoria e pensão no
serviço público.
6. Aposentadoria e pensão dos membros do MPU: portanto, atualmente, as regras rela-
tivas à aposentadoria e pensão dos membros do MPU seguem as diretrizes do art. 40 da
CF/1988, que regula o sistema previdenciário dos servidores públicos em geral.

DISCIPLINA

Dos Deveres e Vedações

Os membros do Ministério Público da União possuem deveres e vedações que devem ser
seguidos para garantir o bom exercício de suas funções. Vejamos cada um desses deveres:
1. Cumprir os prazos processuais: o membro do MPU deve respeitar os prazos esta-
belecidos para a realização de atividades e processos, garantindo a celeridade e eficiência
do trabalho.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU - LC N. 75/1993 - PARTE IV
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2. Guardar sigilo: é importante que o membro mantenha em segredo informações sigilo-


sas das quais tenha conhecimento no exercício de suas funções, protegendo assim a confi-
dencialidade de determinados casos.
3. Zelar pelas prerrogativas institucionais e processuais: deve assegurar que suas prerro-
gativas enquanto membro do Ministério Público sejam respeitadas, garantindo sua indepen-
dência e autonomia para atuar.
4. Prestar informações quando requisitadas: está obrigado a fornecer informações aos
órgãos superiores do Ministério Público quando solicitado, colaborando para o bom funcio-
namento da instituição.
5. Atender ao expediente forense e participar de atos judiciais: deve cumprir o expe-
diente dos tribunais e estar presente em atos judiciais quando sua presença for necessária
ou quando for do interesse do serviço.
6. Declarar-se suspeito ou impedido: é necessário que o membro reconheça e declare
sua suspeição ou impedimento quando existirem situações que possam afetar sua imparcia-
lidade em determinado caso.
7. Adotar providências diante de irregularidades: deve tomar medidas adequadas caso
tome conhecimento de irregularidades nos serviços sob sua responsabilidade, assegurando
a correção e a justiça.
8. Tratar com urbanidade: deve tratar as pessoas com as quais se relaciona em razão do
serviço de forma cortês, respeitosa e educada.
9. Desempenhar com zelo e probidade: o membro do MPU deve agir com dedicação e
honestidade em suas funções, buscando sempre a justiça e o interesse público.
10. Guardar decoro pessoal: é necessário manter uma postura adequada e condizente
com a dignidade do cargo, tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele.

E, além dos deveres, o membro do Ministério Público da União possui algumas vedações
importantes que precisam ser seguidas para garantir a independência e imparcialidade no
exercício de suas funções. Vejamos:
1. Não receber honorários, percentagens ou custas processuais: o membro do MPU
não pode receber qualquer tipo de pagamento relacionado a processos judiciais ou serviços
advocatícios, assegurando sua imparcialidade e evitando conflitos de interesse.
2. Não exercer a advocacia: é proibido ao membro atuar como advogado, ou seja, defen-
der interesses de clientes em causas judiciais, para evitar conflitos entre suas funções públi-
cas e a prática da advocacia.
3. Não exercer atividades comerciais: não pode estar envolvido em atividades comerciais
ou fazer parte de sociedades comerciais, exceto como acionista ou cotista, garantindo assim
sua dedicação integral ao serviço público.

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4. Não exercer outras funções públicas, exceto a de magistério: o membro do MPU não
pode ocupar simultaneamente outros cargos públicos, com exceção de atividades de magis-
tério, para assegurar o foco e dedicação às suas atribuições no Ministério Público.
5. Não participar de atividades político-partidárias: é vedado ao membro envolver-se em
atividades político-partidárias, exceto em casos de filiação a partidos políticos ou quando
decidir se afastar para concorrer a cargo eletivo, garantindo a isenção política em suas ações.

DEVERES E VEDAÇÕES

CAPÍTULO III
Da Disciplina

SEÇÃO I
Dos Deveres e Vedações

Art. 236. O membro do Ministério Público da União, em respeito à dignidade de suas fun-
ções e à da Justiça, deve observar as normas que regem o seu exercício e especialmente:
I - cumprir os prazos processuais;
II - guardar segredo sobre assunto de caráter sigiloso que conheça em razão do cargo ou função;
III - velar por suas prerrogativas institucionais e processuais;
IV - prestar informações aos órgãos da administração superior do Ministério Público,
quando requisitadas;
V - atender ao expediente forense e participar dos atos judiciais, quando for obrigatória a
sua presença; ou assistir a outros, quando conveniente ao interesse do serviço;
VI - declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da lei;
VII - adotar as providências cabíveis em face das irregularidades de que tiver conheci-
mento ou que ocorrerem nos serviços a seu cargo;
VIII - tratar com urbanidade as pessoas com as quais se relacione em razão do serviço;
IX - desempenhar com zelo e probidade as suas funções;
X - guardar decoro pessoal.
Art. 237. É vedado ao membro do Ministério Público da União:
I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto; honorários, percentagens ou custas
processuais;
II - exercer a advocacia;
III - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista;
IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
V - exercer atividade político-partidária, ressalvada a filiação e o direito de afastar-se
para exercer cargo eletivo ou a ele concorrer.

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IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÕES

Dos Impedimentos e Suspeições


Impedimento e suspeição são situações que podem afetar a imparcialidade e a isenção
dos membros do Ministério Público durante o exercício de suas funções. Vejamos de forma
objetiva o que cada um significa:
1. Impedimento: é quando o membro do Ministério Público possui um vínculo ou inte-
resse direto com o caso em questão, o que pode prejudicar sua imparcialidade. Em tais situ-
ações, o membro não pode atuar no processo.
2. Suspeição: acontece quando existe uma dúvida razoável sobre a imparcialidade do
membro em relação ao caso. Se houver suspeição, o membro deve se declarar impedido e
não participar do processo para garantir a justiça e a isenção.
Em ambos os casos, a lei estabelecerá critérios específicos para determinar se o membro
está impedido ou suspeito, visando proteger a imparcialidade e a integridade das investiga-
ções e ações realizadas pelo Ministério Público.
É o que dispõe o art. 238 da LC n. 75/1993 como segue:

SEÇÃO II
Dos Impedimentos e Suspeições

Art. 238. Os impedimentos e as suspeições dos membros do Ministério Público são os


previstos em lei.

Sanções

Vejamos quais são as sanções disciplinares aplicáveis aos membros do Ministério


Público da União:
1. Advertência: aplicada por negligência no exercício das funções, de forma reservada e
por escrito.
2. Censura: dada em caso de reincidência em falta anteriormente punida com advertên-
cia ou descumprimento de dever legal, de forma reservada e por escrito.
3. Suspensão: pode variar de até 45 dias em caso de reincidência de falta punida com
censura, até 45 a 90 dias por inobservância de vedações ou reincidência de falta anterior-
mente punida com suspensão.
4. Demissão: aplicada em casos graves, como lesão aos cofres públicos, improbidade
administrativa, condenação por crime com pena igual ou superior a dois anos, entre outros.
5. Cassação de aposentadoria ou disponibilidade: aplicada quando a falta punível com
demissão ocorre durante o exercício do cargo ou função.

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Aspectos importantes:

• Suspensão implica na perda dos vencimentos e vantagens pecuniárias durante


o período.
• Reincidência é considerada quando ocorre nova infração em até quatro anos após a
sanção disciplinar anterior.
• Abandono de cargo ocorre após ausência não justificada por mais de 30 dias conse-
cutivos ou mais de 60 dias intercalados em 12 meses.
• Demissão pode ser convertida em suspensão em casos de pequena gravidade ou
danos irrelevantes, seguindo critérios específicos.

ATENÇÃO
 Critérios para aplicação das penas: as penas disciplinares consideram os anteceden-
tes do infrator, a natureza e gravidade da infração, as circunstâncias em que foi pra-
ticada e os danos resultantes ao serviço ou à dignidade da Instituição ou da Justiça.
 Processo administrativo: as infrações disciplinares são apuradas por meio de pro-
cesso administrativo.
 Decisão judicial para penas mais graves: para a aplicação das penas de demissão,
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, é necessária também uma decisão
judicial definitiva, com trânsito em julgado.
 Competência para aplicação das penas: o Procurador-Geral de cada ramo do MPU é
responsável por aplicar as penas de advertência, censura e suspensão aos membros.

SANÇÕES

SEÇÃO III
Das Sanções

Art. 239. Os membros do Ministério Público são passíveis das seguintes sanções dis-
ciplinares:
I - advertência;
II - censura;
III - suspensão;
IV - demissão; e
V - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade.
Art. 240. As sanções previstas no artigo anterior serão aplicadas:
I - a de advertência, reservadamente e por escrito, em caso de negligência no exercício
das funções;

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II - a de censura, reservadamente e por escrito, em caso de reincidência em falta ante-


riormente punida com advertência ou de descumprimento de dever legal;
III - a de suspensão, até quarenta e cinco dias, em caso de reincidência em falta anterior-
mente punida com censura;
IV - a de suspensão, de quarenta e cinco a noventa dias, em caso de inobservância das
vedações impostas por esta lei complementar ou de reincidência em falta anteriormente
punida com suspensão até quarenta e cinco dias;
V - as de demissão, nos casos de:
a) lesão aos cofres públicos, dilapidação do patrimônio nacional ou de bens confiados à
sua guarda;
b) improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º, da Constituição Federal;
c) condenação por crime praticado com abuso de poder ou violação de dever para com
a Administração Pública, quando a pena aplicada for igual ou superior a dois anos;
d) incontinência pública e escandalosa que comprometa gravemente, por sua habituali-
dade, a dignidade da Instituição;
e) abandono de cargo;
f) revelação de assunto de caráter sigiloso, que conheça em razão do cargo ou função,
comprometendo a dignidade de suas funções ou da justiça;
g) aceitação ilegal de cargo ou função pública;
h) reincidência no descumprimento do dever legal, anteriormente punido com a suspen-
são prevista no inciso anterior;
VI - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, nos casos de falta punível com
demissão, praticada quando no exercício do cargo ou função.
§ 1º A suspensão importa, enquanto durar, na perda dos vencimentos e das vantagens
pecuniárias inerentes ao exercício do cargo, vedada a sua conversão em multa.
§ 2º Considera-se reincidência, para os efeitos desta lei complementar, a prática de nova
infração, dentro de quatro anos após cientificado o infrator do ato que lhe tenha imposto
sanção disciplinar.
§ 3º Considera-se abandono do cargo a ausência do membro do Ministério Público ao
exercício de suas funções, sem causa justificada, por mais de trinta dias consecutivos.
§ 4º Equipara-se ao abandono de cargo a falta injustificada por mais de sessenta dias
intercalados, no período de doze meses.
§ 5º A demissão poderá ser convertida, uma única vez, em suspensão, nas hipóteses
previstas nas alíneas a e h do inciso V, quando de pequena gravidade o fato ou irrelevan-
tes os danos causados, atendido o disposto no art. 244.
Art. 241. Na aplicação das penas disciplinares, considerar-se-ão os antecedentes do
infrator, a natureza e a gravidade da infração, as circunstâncias em que foi praticada e os
danos que dela resultaram ao serviço ou à dignidade da Instituição ou da Justiça.

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Art. 242. As infrações disciplinares serão apuradas em processo administrativo; quando


lhes forem cominadas penas de demissão, de cassação de aposentadoria ou de dis-
ponibilidade, a imposição destas dependerá, também, de decisão judicial com trânsito
em julgado.
Art. 243. Compete ao Procurador-Geral de cada ramo do Ministério Público da União
aplicar a seus membros as penas de advertência, censura e suspensão.

PRESCRIÇÃO

A prescrição refere-se ao prazo legal estabelecido para a aplicação de sanções discipli-


nares aos membros do Ministério Público da União (MPU) em virtude de infrações cometi-
das no exercício de suas funções. Esses prazos determinam que, após certo período sem a
instauração de processo disciplinar ou a aplicação de penalidades, as infrações tornam-se
insuscetíveis de punição, garantindo um limite temporal para a responsabilização dos mem-
bros do MPU por suas condutas irregulares.
As infrações disciplinares estão sujeitas a diferentes prazos de prescrição, variando con-
forme a gravidade da falta cometida, vejamos a seguir como funciona.

1. Prazos de prescrição:

• Um ano para a falta punível com advertência ou censura.


• Dois anos para a falta punível com suspensão.
• Quatro anos para a falta punível com demissão, cassação de aposentadoria ou de
disponibilidade.

2. Prescrição do crime:

• Se a falta também é prevista como crime na lei penal, a prescrição da falta ocorre junto
com a prescrição do crime.

3. Início da contagem da prescrição:

• A partir do dia em que a falta foi cometida.


• Ou, no caso de faltas continuadas ou permanentes, do dia em que cessou a continua-
ção ou permanência da falta.

4. Interrupção da prescrição:

• A prescrição é interrompida quando é instaurado o processo administrativo disciplinar.


• Também é interrompida pela citação para a ação de perda do cargo.

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SEÇÃO IV
Da Prescrição

Art. 244. Prescreverá:


I - em um ano, a falta punível com advertência ou censura;
II - em dois anos, a falta punível com suspensão;
III - em quatro anos, a falta punível com demissão e cassação de aposentadoria ou de
disponibilidade.
Parágrafo único. A falta, prevista na lei penal como crime, prescreverá juntamen-
te com este.
Art. 245. A prescrição começa a correr:
I - do dia em que a falta for cometida; ou
II - do dia em que tenha cessado a continuação ou permanência, nas faltas continuadas
ou permanentes.
Parágrafo único. Interrompem a prescrição a instauração de processo administrativo e
a citação para a ação de perda do cargo.

SINDICÂNCIA

A sindicância é um procedimento administrativo que tem como objetivo coletar informa-


ções e dados de forma sumária e preliminar para verificar se existe a necessidade de instau-
rar um inquérito administrativo. Nesse processo, são levantadas informações básicas sobre
a conduta ou a situação em análise, de modo a subsidiar a decisão sobre a abertura de um
inquérito para investigação mais aprofundada. A sindicância não possui caráter punitivo em
si, mas serve como uma etapa inicial para verificar se há indícios de irregularidades que
justifiquem a abertura de uma investigação formal. Se durante a sindicância se identificar
elementos suficientes, é possível instaurar o inquérito administrativo para apurar os fatos
de maneira mais detalhada e tomar as medidas cabíveis, caso seja comprovado algum tipo
de infração.

SEÇÃO V

Da Sindicância
Art. 246. A sindicância é o procedimento que tem por objeto a coleta sumária de dados
para instauração, se necessário, de inquérito administrativo.

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INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

O inquérito administrativo é um procedimento sigiloso para apurar infrações disciplinares


de membros do Ministério Público da União.
Etapa de Instauração:

• É instaurado pelo Corregedor-Geral por meio de portaria, designando uma comissão


de três membros para conduzi-lo.
• A comissão pode ser presidida pelo próprio Corregedor-Geral e é composta por inte-
grantes da carreira com classe igual ou superior à do indiciado.

Etapa de Instrução:

• A comissão realiza a instrução do inquérito, ouvindo o indiciado e testemunhas, requi-


sitando perícias e documentos e realizando diligências.
• Pode exercer as prerrogativas do Ministério Público da União para instruir o
procedimento.

Etapa de Conclusão:

• Após a instrução, o indiciado tem o prazo de 15 dias para se manifestar sobre o que
foi apurado.
• A comissão encaminha o inquérito ao Conselho Superior, juntamente com seu pare-
cer conclusivo, que pode propor o arquivamento ou a instauração do processo admi-
nistrativo.
• Se acolher a súmula de acusação, o Conselho Superior pode instaurar o processo
administrativo.

Decisão do Conselho Superior:

• O Conselho Superior pode determinar novas diligências se considerar o inquérito insu-


ficientemente instruído.
• Pode arquivar o inquérito ou instaurar o processo administrativo se acolher a súmula
de acusação.
• Se não acolher a proposta de arquivamento, pode encaminhar o inquérito ao Correge-
dor-Geral para formular a súmula da acusação.

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SEÇÃO VI
Do Inquérito Administrativo

Art. 247. O inquérito administrativo, de caráter sigiloso, será instaurado pelo Corregedor-
-Geral, mediante portaria, em que designará comissão de três membros para realizá-lo,
sempre que tomar conhecimento de infração disciplinar.
§ 1º A comissão, que poderá ser presidida pelo Corregedor-Geral, será composta de
integrantes da carreira, vitalícios e de classe igual ou superior à do indicado.
§ 2º As publicações relativas a inquérito administrativo conterão o respectivo número,
omitido o nome do indiciado, que será cientificado pessoalmente.
Art. 248. O prazo para a conclusão do inquérito e apresentação do relatório final é de
trinta dias, prorrogável, no máximo, por igual período.
Art. 249. A comissão procederá à instrução do inquérito, podendo ouvir o indiciado e
testemunhas, requisitar perícias e documentos e promover diligências, sendo-lhe facul-
tado o exercício das prerrogativas outorgadas ao Ministério Público da União, por esta
lei complementar, para instruir procedimentos administrativos.
Art. 250. Concluída a instrução do inquérito, abrir-se-á vista dos autos ao indiciado, para
se manifestar, no prazo de quinze dias.
Art. 251. A comissão encaminhará o inquérito ao Conselho Superior, acompanhado
de seu parecer conclusivo, pelo arquivamento ou pela instauração de processo admi-
nistrativo.
§ 1º O parecer que concluir pela instauração do processo administrativo formulará a
súmula de acusação, que conterá a exposição do fato imputado, com todas as suas cir-
cunstâncias e a capitulação legal da infração.
§ 2º O inquérito será submetido à deliberação do Conselho Superior, que poderá:
I - determinar novas diligências, se o considerar insuficientemente instruído;
II - determinar o seu arquivamento;
III - instaurar processo administrativo, caso acolha a súmula de acusação;
IV - encaminhá-lo ao Corregedor-Geral, para formular a súmula da acusação, caso não
acolha a proposta de arquivamento.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

Assunto importante, o processo administrativo é o procedimento para apurar infrações


disciplinares de membros do Ministério Público da União, garantindo o contraditório e a ampla
defesa ao acusado.

Instauração do Processo Administrativo:

• É decidida pelo Conselho Superior após o inquérito administrativo.


• O processo é conduzido por uma comissão de três membros da carreira, de classe
igual ou superior à do acusado.

Fases do Processo Administrativo:


1. Citação: o acusado é cientificado pessoalmente sobre o processo e tem prazo para
oferecer defesa prévia.
2. Defesa Prévia: o acusado pode se manifestar no prazo de quinze dias após o interro-
gatório, podendo solicitar provas e apresentar argumentos.
3. Produção de Provas: a comissão pode deferir ou indeferir as provas solicitadas
pelo acusado.
4. Razões Finais: o acusado tem prazo de quinze dias para apresentar suas alega-
ções finais.
5. Encaminhamento ao Conselho Superior: a comissão envia o processo ao Conselho
Superior com relatório dos trabalhos realizados.

Decisão do Conselho Superior:

• O Conselho pode determinar novas diligências, propor o arquivamento, aplicar san-


ções ou ajuizar ação civil para demissão ou cassação de aposentadoria.
• Em casos de prova da infração e indícios suficientes de autoria, pode determinar o
afastamento preventivo do indiciado, quando necessário ao serviço ou à apuração.

Aspectos Importantes:

• O processo é sigiloso.
• O acusado pode ter defensor nomeado pela comissão, caso não apresente defesa.
• Havendo mais de um acusado, os prazos para defesa são comuns e em dobro.
• O processo administrativo aplica subsidiariamente as normas do Código de Pro-
cesso Penal.

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SEÇÃO VII
Do Processo Administrativo

Art. 252. O processo administrativo, instaurado por decisão do Conselho Superior, será
contraditório, assegurada ampla defesa ao acusado.
§ 1º A decisão que instaurar processo administrativo designará comissão composta
de três membros escolhidos dentre os integrantes da carreira, vitalícios, e de classe
igual ou superior à do acusado, indicará o presidente e mencionará os motivos de sua
constituição.
§ 2º Da comissão de processo administrativo não poderá participar quem haja integrado
a precedente comissão de inquérito.
§ 3º As publicações relativas a processo administrativo conterão o respectivo número,
omitido o nome do acusado, que será cientificado pessoalmente.
Art. 253. O prazo para a conclusão do processo administrativo e apresentação do rela-
tório final é de noventa dias, prorrogável, no máximo, por trinta dias, contados da publi-
cação da decisão que o instaurar.
Art. 254. A citação será pessoal, com entrega de cópia da portaria, do relatório final do
inquérito e da súmula da acusação, cientificado o acusado do dia, da hora e do local do
interrogatório.
§ 1º Não sendo encontrado o acusado em seu domicílio, proceder-se-á à citação por
edital, publicado no Diário Oficial, com o prazo de quinze dias.
§ 2º O acusado, por si ou através de defensor que nomear, poderá oferecer defesa pré-
via, no prazo de quinze dias, contado do interrogatório, assegurando-se lhe vista dos
autos no local em que funcione a comissão.
§ 3º Se o acusado não tiver apresentado defesa, a comissão nomeará defensor, dentre
os integrantes da carreira e de classe igual ou superior à sua, reabrindo-se lhe o prazo
fixado no parágrafo anterior.
§ 4º Em defesa prévia, poderá o acusado requerer a produção de provas orais, docu-
mentais e periciais, inclusive pedir a repetição daquelas já produzidas no inquérito.
§ 5º A comissão poderá indeferir, fundamentadamente, as provas desnecessárias ou
requeridas com intuito manifestamente protelatório.
Art. 255. Encerrada a produção de provas, a comissão abrirá vista dos autos ao acusa-
do, para oferecer razões finais, no prazo de quinze dias.
Art. 256. Havendo mais de um acusado, os prazos para defesa serão comuns e em dobro.
Art. 257. Em qualquer fase do processo, será assegurada à defesa a extração de cópia
das peças dos autos.
Art. 258. Decorrido o prazo para razões finais, a comissão remeterá o processo, dentro
de quinze dias, ao Conselho Superior, instruído com relatório dos seus trabalhos.

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Art. 259. O Conselho do Ministério Público, apreciando o processo administrativo, poderá:


I - determinar novas diligências, se o considerar insuficientemente instruído, caso em
que, efetivadas estas, proceder-se-á de acordo com os arts. 264 e 265;
II - propor o seu arquivamento ao Procurador-Geral;
III - propor ao Procurador-Geral a aplicação de sanções que sejam de sua competência;
IV - propor ao Procurador-Geral da República o ajuizamento de ação civil para:
a) demissão de membro do Ministério Público da União com garantia de vitaliciedade;
b) cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Parágrafo único. Não poderá participar da deliberação do Conselho Superior quem haja
oficiado na sindicância, ou integrado as comissões do inquérito ou do processo admi-
nistrativo.
Art. 260. Havendo prova da infração e indícios suficientes de sua autoria, o Conselho
Superior poderá determinar, fundamentadamente, o afastamento preventivo do indicia-
do, enquanto sua permanência for inconveniente ao serviço ou prejudicial à apuração
dos fatos.
§ 1º O afastamento do indiciado não poderá ocorrer quando ao fato imputado correspon-
derem somente as penas de advertência ou de censura.
§ 2º O afastamento não ultrapassará o prazo de cento e vinte dias, salvo em caso
de alcance.
§ 3º O período de afastamento será considerado como de serviço efetivo, para todos
os efeitos.
Art. 261. Aplicam-se, subsidiariamente, ao processo disciplinar, as normas do Código de
Processo Penal.

REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

A revisão do processo administrativo é possível em qualquer momento após a imposição


de penalidade e pode ser solicitada quando existirem fatos ou circunstâncias que provem a
inocência ou justifiquem uma sanção mais branda, ou quando a sanção foi fundamentada
em prova falsa.

Procedimento da Revisão:

• A instauração do processo de revisão pode ocorrer de ofício (por decisão do órgão


competente) ou a pedido do interessado ou de familiares em caso de falecimento.
• O processo de revisão seguirá o mesmo rito do processo administrativo original, garan-
tindo os mesmos direitos de defesa ao interessado.
• A comissão revisora não pode incluir membros que tenham atuado em qualquer fase
do processo anterior.

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Resultado da Revisão:

• Se a revisão for julgada procedente, a sanção aplicada será anulada, restabelecendo


todos os direitos afetados pela penalidade.
• Se for o caso, uma penalidade menor poderá ser aplicada em substituição à
sanção anterior.

Em suma, a revisão do processo administrativo é uma forma de garantir a justiça e corri-


gir possíveis erros ou injustiças nas decisões disciplinares aplicadas aos membros do Minis-
tério Público da União.

SEÇÃO VIII
Da Revisão do Processo Administrativo

Art. 262. Cabe, em qualquer tempo, a revisão do processo de que houver resultado a
imposição de penalidade administrativa:
I - quando se aduzam fatos ou circunstâncias suscetíveis de provar inocência ou de jus-
tificar a imposição de sanção mais branda; ou
II - quando a sanção se tenha fundado em prova falsa.
Art. 263. A instauração do processo de revisão poderá ser determinada de ofício, a
requerimento do próprio interessado, ou, se falecido, do seu cônjuge ou companheiro,
ascendente, descendente ou irmão.
Art. 264. O processo de revisão terá o rito do processo administrativo.
Parágrafo único. Não poderá integrar a comissão revisora quem haja atuado em qual-
quer fase do processo revisando.
Art. 265. Julgada procedente a revisão, será tornada sem efeito a sanção aplicada, com
o restabelecimento, em sua plenitude, dos direitos por ela atingidos, exceto se for o caso
de aplicar-se penalidade menor.

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DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Sobre as disposições finais e transitórias, temos o seguinte:

• Criação de cargos: foram criados seis cargos de subprocurador-geral da República e


setenta e quatro cargos de procurador regional da República.
• Transformação de cargos: algumas carreiras do Ministério Público da União foram
reorganizadas e receberam novas nomenclaturas.
• Eleições para os Conselhos Superiores: serão realizadas eleições para compor os
Conselhos Superiores de cada ramo do Ministério Público da União e elaborar listas
tríplices para alguns cargos.
• Opções para membros nomeados antes de 1988: os membros nomeados antes de 5
de outubro de 1988 têm a opção de escolher entre o novo regime jurídico e o anterior
à Constituição Federal, com prazos específicos para exercer a escolha.
• Criação da Escola Superior do Ministério Público da União: será criada uma Escola
Superior como órgão auxiliar da Instituição.
• Estagiários no Ministério Público da União: estudantes de Direito inscritos na Ordem
dos Advogados do Brasil poderão ser admitidos como estagiários no Ministério
Público da União.
• Despesas e aplicação subsidiária: as despesas decorrentes desta lei correrão à conta
das dotações do Orçamento da União, e aplicam-se subsidiariamente aos membros do
Ministério Público da União as disposições gerais referentes aos servidores públicos.

TÍTULO IV
Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 266. (Vetado).


Art. 267. (Vetado).
Art. 268. Ficam criados seis cargos de Subprocurador-Geral da República.
Art. 269. Ficam criados setenta e quatro cargos de Procurador Regional da República.
§ 1º O primeiro provimento de todos os cargos de Procurador Regional da República
será considerado simultâneo, independentemente da data dos atos de promoção.
§ 2º Os vencimentos iniciais do cargo de Procurador Regional da República serão iguais
aos do cargo de Procurador de Justiça do Distrito Federal.
Art. 270. Os atuais Procuradores da República de 1ª Categoria, que ingressaram na car-
reira até a data da promulgação da Constituição Federal, terão seus cargos transforma-
dos em cargos de Procurador Regional da República, mantidos seus titulares e lotações.
§ 1º Os cargos transformados na forma deste artigo, excedentes do limite previsto no
artigo anterior, serão extintos à medida que vagarem.

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§ 2º Os Procuradores da República ocupantes dos cargos transformados na forma deste


artigo poderão ser designados para oficiar perante os Juízes Federais e os Tribunais
Regionais Eleitorais.
Art. 271. Os cargos de Procurador da República de 1ª Categoria não alcançados pelo
artigo anterior e os atuais cargos de Procurador da República de 2ª Categoria são trans-
formados em cargos de Procurador da República.
§ 1º Na nova classe, para efeito de antiguidade, os atuais Procuradores da República
de 1ª Categoria precederão os de 2ª Categoria; estes manterão na nova classe a atual
ordem de antiguidade.
§ 2º Os vencimentos iniciais do cargo de Procurador da República serão iguais aos do
atual cargo de Procurador da República de 1ª Categoria.
Art. 272. São transformados em cargos de Procurador do Trabalho de 1ª Categoria cem
cargos de Procurador do Trabalho de 2ª Categoria.
Art. 273. Os cargos de Procurador do Trabalho de 1ª e de 2ª Categoria passam a deno-
minar-se, respectivamente, Procurador Regional do Trabalho e Procurador do Trabalho.
§ 1º Até que sejam criados novos cargos de Subprocurador-Geral do Trabalho, os atuais
Procuradores do Trabalho de 1ª Categoria, cujo cargo passa a denominar-se Procurador
Regional do Trabalho e que estejam atuando junto ao Tribunal Superior do Trabalho, ali
permanecerão exercendo suas atribuições.
§ 2º Os vencimentos iniciais dos cargos de Procurador Regional do Trabalho e de Pro-
curador do Trabalho serão iguais aos dos cargos de Procurador Regional da República
e de Procurador da República, respectivamente.
Art. 274. Os cargos de Procurador Militar de 1ª e 2ª Categoria passam a denominar-se,
respectivamente, Procurador da Justiça Militar e Promotor da Justiça Militar.
Parágrafo único. Até que sejam criados novos cargos de Subprocurador-Geral da Jus-
tiça Militar, os atuais Procuradores Militares da 1ª Categoria, cujos cargos passam a
denominar-se Procuradores da Justiça Militar e que estejam atuando junto ao Superior
Tribunal Militar, ali permanecerão exercendo suas atribuições.
Art. 275. O cargo de Promotor de Justiça Substituto passa a denominar-se Promotor de
Justiça Adjunto.
Art. 276. Na falta da lei prevista no art. 16, a atuação do Ministério Público na defesa dos
direitos constitucionais do cidadão observará, além das disposições desta lei comple-
mentar, as normas baixadas pelo Procurador-Geral da República.
Art. 277. As promoções nas carreiras do Ministério Público da União, na vigência desta
lei complementar, serão precedidas da adequação das listas de antiguidade aos critérios
de desempate nela estabelecidos.
Art. 278. Não se farão promoções nas carreiras do Ministério Público da União antes da
instalação do Conselho Superior do ramo respectivo.

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Art. 279. As primeiras eleições, para composição do Conselho Superior de cada ramo do
Ministério Público da União e para elaboração das listas tríplices para Procurador-Geral
do Trabalho, Procurador-Geral da Justiça Militar e Procurador-Geral de Justiça, serão
convocadas pelo Procurador-Geral da República, para se realizarem no prazo de noven-
ta dias da promulgação desta lei complementar.
§ 1º O Procurador-Geral da República disporá, em ato normativo, sobre as eleições
previstas neste artigo, devendo a convocação anteceder de trinta dias à data de sua
realização.
§ 2º Os Conselhos Superiores serão instalados no prazo de quinze dias, contado do
encerramento da apuração.
Art. 280. Entre os eleitos para a primeira composição do Conselho Superior de cada
ramo do Ministério Público da União, os dois mais votados, em cada eleição, terão man-
dato de dois anos; os menos votados, de um ano.
Art. 281. Os membros do Ministério Público da União, nomeados antes de 5 de outubro
de 1988, poderão optar entre o novo regime jurídico e o anterior à promulgação da Cons-
tituição Federal, quanto às garantias, vantagens e vedações do cargo.
Parágrafo único. A opção poderá ser exercida dentro de dois anos, contados da pro-
mulgação desta lei complementar, podendo a retratação ser feita no prazo de dez anos.
Art. 282. Os Procuradores da República nomeados antes de 5 de outubro de 1988 de-
verão optar, de forma irretratável, entre as carreiras do Ministério Público Federal e da
Advocacia-Geral da União.
§ 1º (Vetado)
§ 2º Não manifestada a opção, no prazo estabelecido no parágrafo anterior, o silêncio
valerá como opção tácita pela carreira do Ministério Público Federal.
Art. 283. Será criada por lei a Escola Superior do Ministério Público da União, como ór-
gão auxiliar da Instituição.
Art. 284. Poderão ser admitidos como estagiários no Ministério Público da União estu-
dantes de Direito inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil.
Parágrafo único. As condições de admissão e o valor da bolsa serão fixados pelo Pro-
curador-Geral da República, sendo a atividade dos estagiários regulada pelo Conselho
Superior de cada ramo.
Art. 285. (Vetado).
Art. 286. As despesas decorrentes desta lei complementar correrão à conta das dota-
ções constantes do Orçamento da União.
Art. 287. Aplicam-se subsidiariamente aos membros do Ministério Público da União as
disposições gerais referentes aos servidores públicos, respeitadas, quando for o caso,
as normas especiais contidas nesta lei complementar.

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§ 1º O regime de remuneração estabelecido nesta lei complementar não prejudica


a percepção de vantagens concedidas, em caráter geral, aos servidores públicos ci-
vis da União.
§ 2º O disposto neste artigo não poderá importar em restrições ao regime jurídico institu-
ído nesta lei complementar ou na imposição de condições com ele incompatíveis.
Art. 288. Os membros do Ministério Público Federal, cuja promoção para o cargo final
de carreira tenha acarretado a sua remoção para o Distrito Federal, poderão, no prazo
de trinta dias da promulgação desta lei complementar, renunciar à referida promoção e
retornar ao Estado de origem, ocupando o cargo de Procurador Regional da República.
Art. 289. Sempre que ocorrer a criação simultânea de mais de um cargo de mesmo nível
nas carreiras do Ministério Público da União, o provimento dos mesmos, mediante pro-
moção, presumir-se-á simultâneo, independentemente da data dos atos de promoção.
Art. 290. Os membros do Ministério Público da União terão mantida em caráter provi-
sório a sua lotação, enquanto não entrarem em vigor a lei e o ato a que se referem os
arts. 34 e 214.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta as alterações de lotação decorren-
tes de remoção, promoção ou designação previstas nesta lei complementar.
Art. 291. (Vetado).
Art. 292. (Vetado).
Art. 293. Ao membro ou servidor do Ministério Público da União é vedado manter, sob
sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro, ou paren-
te até o segundo grau civil.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos ao final do nosso estudo sobre a Lei Complementar n. 75/1993, que trata da
legislação aplicada ao Ministério Público da União (MPU). Quero parabenizá-los por todo o
esforço e dedicação ao longo dessas aulas. Tenho certeza de que vocês estão preparados
para enfrentar esse desafio.
Lembrem-se de que o aprendizado é uma jornada contínua, e estou confiante de que
vocês seguirão buscando conhecimento e se aprimorando em suas respectivas áreas. Que
essa experiência de estudo sobre a Lei Complementar n. 75/1993 e o MPU seja apenas o
início de uma jornada de descobertas e crescimento intelectual.
Ao longo dessas aulas, exploramos os diversos aspectos que compõem essa importante
lei, compreendendo a estrutura, os ramos específicos, as carreiras dos membros e as provi-
sões estatutárias.
Foi uma jornada de aprendizado enriquecedora, na qual pudemos conhecer o papel fun-
damental do MPU na defesa dos interesses da sociedade, na promoção da justiça e na fis-
calização da legalidade. Por meio dessa lei, compreendemos os princípios que regem a atu-
ação do MPU, sua organização interna e as diretrizes que orientam a carreira dos membros.
Nossas discussões abrangeram diversos temas, como a independência funcional, a uni-
dade institucional, a indivisibilidade das atribuições, os direitos e deveres dos membros, a
organização dos ramos específicos, as competências, as férias e licenças, os vencimentos e
vantagens, a aposentadoria e pensão, a disciplina, as vedações e impedimentos, bem como
o processo administrativo.
Espero que tenham aproveitado e absorvido os conhecimentos compartilhados ao longo
dessas aulas. Agora, chegou o momento de colocar em prática todo esse aprendizado. Desejo
a todos um excelente momento de revisão e preparação para a prova que se aproxima.
Lembrem-se de revisar o conteúdo, fazer anotações, esclarecer dúvidas e manter a con-
fiança em si mesmos. Tenham em mente que vocês se dedicaram ao estudo desse tema e
estão preparados para enfrentar o desafio da avaliação.
Acredito no potencial de cada um de vocês e tenho certeza de que obterão ótimos resul-
tados. Lembrem-se de manter a calma, ler atentamente as questões, estruturar suas res-
postas de forma clara e argumentativa, utilizando os conhecimentos adquiridos ao longo
dessas aulas.
Quero agradecer a todos pela participação ativa, pelo interesse demonstrado e pelas per-
guntas relevantes que enriqueceram nossas discussões. Foi uma verdadeira honra acompa-
nhá-los nessa jornada de estudo.
Agora, é hora de mostrar todo o conhecimento adquirido. Desejo a cada um de vocês
uma excelente prova, repleta de sucesso e conquistas. Tenham confiança em si mesmos e
demonstrem o brilho que possuem.

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Lembrem-se de que o aprendizado não se limita apenas a essa prova, mas é um pro-
cesso contínuo ao longo da vida. Sigam buscando conhecimento, explorando novas áreas e
desafiando-se a crescer cada vez mais.
Por fim, aproveito para agradecer novamente pela participação e pela confiança deposi-
tada em mim ao longo dessas aulas. Foi um prazer acompanhá-los nessa jornada de apren-
dizado e espero que tenham encontrado valor e utilidade em todo o conteúdo..
Desejo a todos muito sucesso em suas provas e em suas trajetórias futuras profissio-
nais. Que vocês continuem sendo agentes de transformação, lutando pela justiça e pelo bem
comum em suas áreas de atuação.
Fico à disposição para qualquer dúvida futura ou para continuar auxiliando no que for
necessário.
Parabéns por todo esforço e dedicação.
Boa sorte e muito sucesso!

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REFERÊNCIAS

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.


Brasília, DF: Presidência da República
BRASIL. Lei Complementar n. 75, de 20 de maio de 1993. Dispõe sobre a organização, as
atribuições e o estatuto do Ministério Público da União. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
21 maio 1993. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp75.htm. Acesso
em: 28/07/2023.
http://www.mpu.mp.br/navegacao/institucional/historico
CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito constitucional. Coimbra: Almedina, 2003.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Ed. Revista
dos Tribunais, 1989..

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