Cartilha Uso Racional de Medicamento Fosfato de Oseltamivir e Zanamivir (638 270623 SES MT) .
Cartilha Uso Racional de Medicamento Fosfato de Oseltamivir e Zanamivir (638 270623 SES MT) .
Cartilha Uso Racional de Medicamento Fosfato de Oseltamivir e Zanamivir (638 270623 SES MT) .
Brasília - DF
2022
2022 Ministério da Saúde.
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A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: bvsms.
saude.gov.br.
Elaboração de texto:
João Paulo Campos Fernandes
Jônatas Cunha Barbosa Lima
Ficha Catalográfica
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde.
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.
Uso racional dos medicamentos fosfato de oseltamivir e zanamivir para os casos de infecção pelo vírus da Influenza [recurso eletrônico]
/ Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Departamento de Assistência Farma-
cêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022.
15 p. : il.
CDU 615.03:616.921.5
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Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2022/0015
1
um envoltório proteico denominado capsídeo. Alguns vírus também possuem
um envelope lipídico que, da mesma forma que o capsídeo, pode conter glicopro-
teínas antigênicas.2
2
nismo é a inibição das funções de outras enzimas ou proteínas virais essenciais,
incluindo aquelas responsáveis pela ligação viral ou a liberação das células. Por
exemplo, os principais antivirais para os vírus da influenza inibem proteínas vi-
rais responsáveis pelo desnudamento (proteína M2) ou liberação e dissemina-
ção (neuraminidase).6
3
Figura 1 – Estrutura do A) fosfato de oseltamivir e B) zanamivir
A B
Representação:
átomos de carbonos
oxigênio
nitrogênio
4
2 Protocolo de Tratamento de Influenza
• Adultos ≥ 60 anos.
6
• Indivíduos que apresentem:
• Hepatopatias.
Zanamivir
10 mg: duas inalações
Criança ≥ 7 anos
de 5 mg, 12/12h, 5 dias
Fonte: Retirado do Protocolo de tratamento de Influenza: 2017. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
8
3 Resistência aos antivirais para o tratamento da
influenza
9
Figura 2 – Estrutura da neuraminidase de influenza A (azul) ligada com o fosfato de oseltamivir (cinza).
Estudos sugerem que mutações nas posições H274, E119, D198, I222, R292 e N294 conferem resistên-
cia ou diminuem a sensibilidade do medicamento7. Os resíduos da neuramidase e a interação com o
oseltamvir estão destacados em amarelo
10
nal dos medicamentos para o tratamento de influenza, uma vez que se, porven-
tura, a resistência for concretizada, não haverá tratamentos disponíveis para o
tratamento de infecções causadas pelo vírus da influenza.
11
4 Conclusão
Diante da gama de vírus que podem causar síndrome gripais, o uso racional dos
antivirais, como o zanamivir e fosfato de oseltamvir é uma estratégia importante para
minimizar o impacto de potencias resistências ao tratamento disponível atualmente.
12
dicamento fosfato de oseltamivir cresce proporcionalmente nos serviços de saúde.
A ampliação das recomendações e medidas convenientes podem ser feitas pelos
gestores e serviços, sempre levando em consideração os critérios farmacológicos,
epidemiológicos, clínicos e os demais que julguem necessário, para o melhor aten-
dimento da população.
13
Referências
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saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0002_03_10_2017.html#ANEXOXXVIIITITICAPIII.
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