Máquinas Térmicas - 02 - Sistemas de Potência A Vapor

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INSTITUTO FEDERAL

Espírito Santo
Campus São Mateus

Máquinas Térmicas
Prof. Roger da Silva Rodrigues
Aula 2: Sistemas de Potência a Vapor
Período Letivo: 2023/1

[email protected]
Sumário
➢ Contextualização

➢ Modelagem do Ciclo Rankine

➢ Parâmetros de desempenho

➢ Eficiência térmica
➢ Razão de trabalho reversa (BWR)
Contextualização
➢ Sistemas de potência a vapor são arranjos através dos quais é possível a
geração de potência líquida por meio de um combustível.

➢ Mais comumente emprega-se água como fluido de trabalho, visto que há um


baixo custo na sua obtenção e uma grande disponibilidade do recurso.

➢ Diversas fontes de energia podem ser utilizadas para possibilitar as


mudanças de estado e de fases necessárias ao fluido de trabalho.
Contextualização

EUA possuem abundantes reservas


de carvão e sistema ferroviário
altamente desenvolvido
Uso do gás natural vem aumentando
nos EUA em decorrência da relação
custo-benefício e pelos efeitos menos
danosos ao ambiente oriundos de sua
combustão; muito usado para
aquecimento domiciliar e outras
indústrias
Contextualização
➢ As centrais elétricas a carvão, responsáveis por 70% das emissões de CO2
do setor de energia no mundo, ainda respondem por 25% da produção
energética europeia, de acordo com a WWF.

ALEMANHA
Contextualização
➢ Atualmente 1199 novas usinas a carvão, com uma capacidade total de 1,4
milhão de MW, estão sendo propostas globalmente. Os projetos estão
espalhados em 59 países, mas ¾ dessas usinas devem ser construídas em
apenas dois países: China e Índia. (Fonte: Revista Época)

ZHEJIANG: maior usina termelétrica a


carvão da China.

 Início das operações: 2007


 Capacidade: 4000 MW
 Comparativo: Itaipu tem 14000
MW de capacidade instalada
Contextualização
Contextualização
Contextualização
Contextualização
➢ ONDE OCORRE A VAPORIZAÇÃO?

1) Usinas movidas a combustível fóssil, biomassa, “lixo” e misturas de carvão e


biomassa

Combustão no
subsistema B
Contextualização
➢ ONDE OCORRE A VAPORIZAÇÃO?

1) Usinas movidas a combustível fóssil, biomassa, “lixo” e misturas de carvão e


biomassa
Contextualização
➢ ONDE OCORRE A VAPORIZAÇÃO?

2) Usinas nucleares: reação nuclear controlada que ocorre na estrutura de um


reator de contenção.
Contextualização
➢ ONDE OCORRE A VAPORIZAÇÃO?

2) Usinas nucleares: reação nuclear controlada que ocorre na estrutura de um


reator de contenção.
Contextualização
➢ ONDE OCORRE A VAPORIZAÇÃO?

2) Usinas nucleares: reação nuclear controlada que ocorre na estrutura de um


reator de contenção.

ANGRA, RJ
Contextualização
➢ ONDE OCORRE A VAPORIZAÇÃO?

3) Usinas de energia solar: receptores para coletar e concentrar a radiação


solar. OBS: ao contrário dos casos 1 e 2, não há caldeira.
Contextualização
➢ ONDE OCORRE A VAPORIZAÇÃO?

4) Usinas geotérmicas: água e vapor do subsolo. OBS: ao contrário dos casos 1


e 2, não há caldeira.
Contextualização
➢ ONDE OCORRE A VAPORIZAÇÃO?

4) Usinas geotérmicas: água e vapor do subsolo. OBS: ao contrário dos casos 1


e 2, não há caldeira.
Contextualização
➢ Em resumo, independentemente da fonte de energia necessária para
vaporizar o fluido de trabalho e do tipo de fluido de trabalho, o vapor
produzido passa pela turbina, onde se expande até uma pressão mais baixa,
desenvolvendo potência.

➢ O eixo de potência da turbina é conectado a um gerador elétrico.

➢ O vapor que sai da turbina passa pelo condensador, onde se condensa na


parte externa dos tubos que conduzem a água de arrefecimento.
Contextualização
➢ O ciclo de Carnot é um exemplo de ciclo de potência reversível, que opera
entre dois reservatórios térmicos, (fonte quente e fonte fria).

➢ O sistema responsável pela execução do ciclo de Carnot passa por quatro


processos, todos eles internamente reversíveis: dois processos adiabáticos
alternados com dois processos isotérmicos.

➢ 1 → 2: expansão adiabática (turbina)


➢ 2 → 3: compressão isotérmica (condensador)
➢ 3 → 4: compressão adiabática (bomba)
➢ 4 → 1: expansão isotérmica (caldeira)
Contextualização
➢ O ciclo de Carnot para máquinas térmicas tem papel importante na
engenharia, embora sua aplicação na prática seja, de fato, impossível.

➢ Lora e Nascimento (2004) dizem que através do ciclo de Carnot, equivalente


a uma central termelétrica, é possível estabelecer qual a eficiência máxima
com que se pode gerar a eletricidade.

➢ Assim, pode-se concluir que a eficiência de uma máquina térmica, além de


ser menor do que a unidade, também será menor que a eficiência térmica da
máquina de Carnot equivalente.
Contextualização
➢ PORÉM, o ciclo de Carnot é uma
situação ideal, pois

➢ Não há a possibilidade de os
processos serem isotérmicos ou
adiabáticos

➢ Não leva em consideração as


limitações dos equipamentos a serem
empregados

➢ Não aproveita de forma eficiente os


gases oriundos da combustão
Contextualização
➢ Por fim, ressalta-se também que a
transferência de calor ocorre à mesma
temperatura (calor latente).

➢ Isso provoca uma limitação da


temperatura máxima do ciclo até o ponto
máximo do domo, onde a pressão e
temperatura são constantes para uma
mudança de fase.
Contextualização
➢ Em outras palavras, limitar os processos
de transferência de calor aos sistemas
bifásicos é algo que limita seriamente a
temperatura máxima do ciclo (T < TC =
374 °C).

➢ Toda tentativa de elevar a temperatura


máxima do ciclo envolve transferência de
calor para o fluido de trabalho em uma
única fase, o que não é fácil de realizar
isotermicamente.
Contextualização
➢ Mas e se tentarmos aumentar a
temperatura máxima do ciclo por meio de
um aumento de pressão?

R: o título na saída da turbina será reduzido


de forma importante.

➢ Operando com título baixo, aumenta-se a


taxa de colisão de gotas de líquido com
as pás da turbina, o que provoca erosão
e é uma fonte importante de desgaste.
Contextualização

➢ Quanto ao bombeamento no estado 3,


podem ser acarretados problemas de
cavitação na bomba (bombeamento de
mistura bifásica).
Contextualização
➢ Fazemos, portanto, uma alteração crucial
no ciclo, para que o sistema funcione de
maneira adequada:

➢ Deslocamento do ponto 3 para a


linha de equilíbrio água/vapor (líquido
saturado);

➢ Temos, assim, o ciclo de potência a vapor


de Rankine.
MODELAGEM
DO
CICLO RANKINE
Modelagem do Ciclo Rankine
TURBINA

➢ Desprezando-se a transferência de calor para as vizinhanças, bem como os


efeitos de energia cinética e potencial, temos
Modelagem do Ciclo Rankine
CONDENSADOR

➢ O balanço de taxa de massa e de energia no volume de controle que engloba


o lado do fluido de trabalho fornece:
Modelagem do Ciclo Rankine
BOMBA

➢ Desprezando-se a transferência de calor para as vizinhanças, bem como os


efeitos de energia cinética e potencial, temos
Modelagem do Ciclo Rankine
CALDEIRA

➢ Considerando-se um volume de controle envolvendo os tubos e tambores da


caldeira que conduzem a água de alimentação do estágio 4 para o estágio 1,
temos
PARÂMETROS
DE
DESEMPENHO
Parâmetros de desempenho
EFICIÊNCIA TÉRMICA

➢ Mede a quantidade de energia fornecida ao fluido de trabalho que passa pela


caldeira que é convertida em trabalho líquido de saída
Parâmetros de desempenho
EFICIÊNCIA TÉRMICA

➢ Uma outra forma de expressar a eficiência térmica do ciclo Rankine é através


da temperatura média termodinâmica de adição de calor:

Qሶ ENT
= T1m s3 − s2
mሶ int.reversível

Qሶ SAI
= T2m s4 − s1
mሶ int.reversível
Parâmetros de desempenho
EFICIÊNCIA TÉRMICA

➢ Uma outra forma de expressar a eficiência térmica do ciclo Rankine é através


da temperatura média termodinâmica de adição de calor:

Percebe-se que a eficiência térmica do


ciclo aumenta quando a temperatura
média termodinâmica de adição de
calor (T1m) aumenta e a temperatura
de rejeição (T2m) diminui.
Parâmetros de desempenho
RAZÃO DE TRABALHO REVERSA (BWR)

➢ É a relação entre o trabalho de entrada na bomba e o trabalho desenvolvido


pela turbina

➢ Em sistemas de potência a vapor, a variação na entalpia específica para a


expansão do vapor através da turbina normalmente é muitas vezes maior do
que o aumento na entalpia do líquido que passa pela bomba.

1% < BWR < 2% (valores típicos)

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