1) O documento descreve a história da Igreja desde Abraão até o século V, quando surgiram heresias como o nestorianismo e o monofisismo. 2) Importantes concílios como Niceia e Calcedônia definiram os dogmas da Trindade e da natureza de Cristo para combater essas heresias. 3) Constantino legalizou o cristianismo no Império Romano e a Igreja adotou estruturas e símbolos romanos.
1) O documento descreve a história da Igreja desde Abraão até o século V, quando surgiram heresias como o nestorianismo e o monofisismo. 2) Importantes concílios como Niceia e Calcedônia definiram os dogmas da Trindade e da natureza de Cristo para combater essas heresias. 3) Constantino legalizou o cristianismo no Império Romano e a Igreja adotou estruturas e símbolos romanos.
1) O documento descreve a história da Igreja desde Abraão até o século V, quando surgiram heresias como o nestorianismo e o monofisismo. 2) Importantes concílios como Niceia e Calcedônia definiram os dogmas da Trindade e da natureza de Cristo para combater essas heresias. 3) Constantino legalizou o cristianismo no Império Romano e a Igreja adotou estruturas e símbolos romanos.
1) O documento descreve a história da Igreja desde Abraão até o século V, quando surgiram heresias como o nestorianismo e o monofisismo. 2) Importantes concílios como Niceia e Calcedônia definiram os dogmas da Trindade e da natureza de Cristo para combater essas heresias. 3) Constantino legalizou o cristianismo no Império Romano e a Igreja adotou estruturas e símbolos romanos.
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Panorama da história da Igreja
Em Genesis vemos um povo sendo formado a partir da linhagem de Abraão
(cerca de 2000 anos a.C.). Esse povo a princípio é chamado de povo Hebreu.. Abraão grande patriarca dos hebreus. Abraão foi avô de Jacó, o então „fundador‟ da nação de Israel por meio de seus filhos e netos que se tornaram pais de tribos e até mesmo do seu próprio nome que deixou de ser Jacó para Israel. Os Hebreus/ Israelitas, passam a ser chamados de Judeus após o cativeiro na Babilônia (587 a.C). Ao longo de vários anos da história de Israel, muitos profetas e o próprio Deus dos hebreus afirmavam que o Messias apareceria entre esse povo para trazer liberdade e redenção a humanidade. Antes de Cristo surge um homem chamado Alexandre (O Grande). e com ele vem a ideia de unificação de povos e culturas, essa unificação se daria por meio das línguas e costumes Gregos, o que conhecemos como Helenismo. Em seguida surge o Império Romano, conquistando basicamente o mundo todo (mundo daquela época). Vias e rotas forma construídas. Meios de comunicação alavancados, domínio das rotas marítimas entre outros grandes feitos estruturais e arquitetônicos da época. No meio deste leque intelectual dos Helenistas e administrativo de Roma, estava o Judaísmo, que ia enfraquecendo em suas bases, já que alguns adotavam a ideia de unificação de povos, outro não então se criou vários blocos diferentes do Judaísmo. No período do Império Romano (que se iniciou em 44 a.C ), surge então Jesus entre os Judeus afirmando ser o Cristo. Atraindo alguns seguidores e os ensinando de forma completamente diferente dos mestres daquela época, Jesus forma discípulos, deixa claro qual era sua missão e estabelece a sua IGREJA. Mt16:18 Após a ressurreição e ascensão de Jesus, começa então um novo período dentro do Judaísmo, um movimento guiado pelo Espirito Santo e liderado pelos Apóstolos os 12 discípulos de Jesus começam a tomar forma e se tornarem notório dentro do império romano. O cristianismo tem formato apenas de um movimento, não de uma religião. A pregação era exclusiva entre os judeus e a ideia dos apóstolos era apenas fazer um upgrade do judaísmo. Porém muitos desses cristãos começam a ser assassinados pelos judeus. Jesus dá uma visão a Pedro o líder da igreja sobre a expansão do evangelho aos gentios (At 10) e com a vinda de Paulo ao movimento Cristão (At 9), os gentios de fato são incluídos no propósito geral da igreja e a partir dai, o Cristianismo não é visto mais apenas como um movimento, mas agora uma seita separatista do judaísmo. (At28:22) (At 24:5). Esta seita começa a tomar forma e a gerar incômodos maiores além dos Judeus, avançou além de fronteiras e fez com que o evangelho chegasse na Ásia, Europa e África. O Império romano começa a dar maior atenção a esse grupo, pois ele “ameaçava” a paz do império e do imperador. A partir do ano 65 D.C. começasse um longo período de perseguição aos cristãos, perseguições ainda mais severas do que a dos judeus. Jerusalém e o templo são destruídos nos anos 70, numa revolução que dos judeus contra o império romano. Nesta ocasião, mais de um milhão de judeus morreram e os outros tiveram que ir embora de sua terra. Crentes foram decapitados, queimados vivos, enforcados, usados como jogos no coliseu para divertir o povo e os imperadores, leões estrangulavam os cristãos... Ainda assim esse povo só aumentava. Os apóstolos morreram um a um de forma truculenta exceto João que morreu velho depois de ter passado anos exilado numa ilha de bárbaros (Patmos). Nero o imperador louco e revolucionário acusa os cristãos de colocar fogo em Roma, incêndio que durou sete dias. A nova religião se difundiu de todos os modos, também para além dessas fronteiras: na Armênia, Arábia, Etiópia, Pérsia, Índia. Até o ano 300, a igreja primitiva sofreu muito, a grande maioria morreu doando suas vidas pela causa da mensagem do Cristo, em Roma a grande maioria se tornou lamparinas vivas na cidade. Nestes anos muitas heresias tentaram dominar a igreja, mas os discípulos dos apóstolos lutaram arduamente para combater falsos profetas. Os apóstolos não escreveram cartas e evangelhos com intuito de completar os escritos sagrados. Para a igreja primitiva apenas o antigo testamento era reconhecido como texto sagrado. Mas ao longo dos anos as igrejas começaram a receber estes novos escritos e entendendo que eles eram divinamente inspirados. Então a própria igreja começa a validar e utilizar ou não os escritos que para eles chegavam, sendo eles principalmente os evangelhos, atos e as cartas paulinas. Por causa da grande massa de heresias dos primeiros séculos a igreja se volta aos escritos e aos ensinos dos apóstolos. Os Cristãos entendiam que deveriam se unir para ter um só entendimento e uma só fé (católica – união geral). Grandes homens de Deus foram muito importantes para esse entendimento da Fé e unidade neste período até a divisão do império, como: Irineu de Lião, Clemente de Alexandria, Tertuliano de Cartago, Origenes de Alexandria, Atanásio de Alexandria, Ambrósio de Milão, João Crisostomo, São Jeronimo (tradutor da bíblia para o latim), Santo Agostinho. Então antes dos concílios para homologação destes documentos como sagrados (as igrejas já utilizavam e criam destes escritos), a igreja desenvolve o CREDO. As duas últimas perseguições à igreja antes de Constantino foram com os imperadores Décio e Diocleciano. Imperador Constantino, filho de uma mulher Cristã e afirmado ter tido um encontro com Jesus a caminho da batalha para invadir Roma. Constantino se via no direito de interferir diretamente na vida da igreja e se auto proclamava bispo dos bispos Este emite um decreto (Edito de Milão) que dá liberdade aos Cristãos. (O Historiador Flávio Josefo descreve estes cenários) E como um revolucionário, transfere a capital do império para Constantinopla, lugar onde hoje é Istambul na Turquia. A igreja a partir de agora começa ter um modelo Romano, tanto em seus templos com em sua forma de Culto, aqueles que reuniam em cavernas escondidos agora constroem grande templos já que o Imperador não iria se reunir em buracos com se fosse um rato. Imagens foram acrescentadas no templo, assim como era costume no império. Aquela que era perseguida agora detém o poder, o imperador estava do lado de cá. Então as elites começam a fazer parte da igreja. As vestimentas nos cultos são mudadas, uma hierarquia é elaborada conforme os moldes do império e o Bispo, já não era mais um simples líder religioso, mas era uma pessoa com influencia direta na vida civil. Muitos concílios aconteceram nestes períodos, com intuito de combater heresias e cultivar os textos sagrados, os principais sendo o de Niceia e o de Trento. No século IV, a Igreja teve que enfrentar uma forte crise interna: a questão ariana. Ario, presbítero de Alexandria, no Egito, sustentava teorias heterodoxas, pelas quais negava a divindade do Filho, que seria, ao revés, a primeira das criaturas, ainda que superior às demais; a divindade do Espírito Santo também era negada pelos arianos. A crise doutrinal, com a qual se entrecruzaram frequentemente intervenções políticas dos imperadores, perturbou a Igreja por mais de 60 anos; foi resolvida graças aos dois primeiros concílios ecumênicos: o primeiro de Nicéia (325). No qual se condenou o arianismo e foi proclamada solenemente a divindade do Filho (consubstantialis Patri, em grego, homoousios) e do Espírito Santo, e foi composto o Símbolo Niceno-Constantinopolitano (o Credo). Esse era um novo Credo que trazia de volta a imagem da divindade de Jesus. Porém, o Imperador Constantino mesmo tendo participado do concílio, se rendeu ao arianismo e assim ficou até sua morte. A igreja se dividiu entre Católicos e Arianos e essa batalha ainda durou bastante tempo. Surge então o imperador Teodósio. E para acabar com essa guerra entre Católicos e Arianos, convoca o concílio de Constantinopla (381), neste encontro se reafirmou o credo de Nicéia e rejeitou completamente o arianismo, além de ser decretado pelo imperador o Edito de Tessalônica, onde fazia com que de fato a igreja se tornasse religião oficial de Roma. Com a consolidação da Igreja como religião, veremos dois grupos muito fortes e atuantes. O grupo político e grupo missionário. Enquanto o grupo político fazia da Igreja uma fonte de poder e autoritarismo, o grupo missionário cuidava com muito zelo das sagradas escrituras e da salvação de almas. Outro feito do imperador Teodósio, foi a divisão do império, entre ocidental e oriental. O império do ocidente se enfraqueceu ao longo dos anos e não conseguiram de proteger das investidas dos Bárbaros que chegaram a invadir e tomar até mesmo Roma. Esses eventos marcam o inicio do fim do grande império Romano e no ocidente vários reinos se estabelecem. Com o fim do império, surgem os Papas na Igreja, sendo Leão I (400 a 461) o primeiro a assumir a posição de Bispo geral em Roma. Este consegue manter a paz nas invasões dos bárbaros e passa a ter voz de autoridade na igreja e no estado. No século V, houve, por outro lado, duas heresias cristológicas que tiveram o efeito positivo de obrigar a Igreja a aprofundar no dogma para formulá-lo de modo mais preciso. A primeira heresia é o nestorianismo, doutrina que, na prática, afirma a existência em Cristo de duas pessoas, além de duas naturezas; foi condenada pelo concílio de Éfeso (431), que reafirmou a unicidade da pessoa de Cristo; dos nestorianos derivam as Igrejas sírioorientais e malabares, até hoje separadas de Roma. A outra heresia foi o monofisismo, que sustentava, na prática, a existência em Cristo de uma só natureza, a divina: o Concílio de Calcedônia (451) condenou o monofisismo e afirmou que em Cristo há duas naturezas, a divina e a humana, unidas na pessoa do Verbo, sem confusão nem mutação (contra o nestorianismo), sem divisão nem separação (contra o monofisismo): são os quatro advérbios de Calcedônia: inconfuse, immutabiliter, indivise, inseparabiliter. Dos monofisitas derivam as Igrejas coptas, sírio-ocidentais, armênias e etiópicas, separadas da Igreja Católica. No ano 610 surge Maomé e a revelação do Alcorão, mas sua mensagem toma ênfase em 622 quando se muda para Medina e se torna um líder militar. De uma forma avassaladora até o ano 700 o islã domina praticamente todo oriente médio, inclusive todas as cidades que antes eram cristãs como Antioquia, Jerusalém e Alexandria. A igreja se sentiu espremida com o avançado islã, porém ainda com muito poder nas regiões da atual Europa. No ano 800 no reino de Franco o Papa levanta Carlos Magno como Imperador. Porém a igreja se corrompe após a morte de Carlos Magno, uma série de assassinatos dentro do papado e adultérios. Em 1054 a igreja de Roma (ocidental) rompe com a igreja de Constantinopla (oriental) e assim houve a divisão entre igreja católica e igreja ortodoxa. Em 1095 papa Urbano II convoca o povo a mudar a situação atual de Jerusalém, era inadmissível a terra santa estar nas mãos dos muçulmanos. Então começa as cruzadas. Em nome de Deus milhões de pessoas morreram inclusive crianças nestas batalhas sendo assim uma página obscura da história da igreja. Em 1405 nasce a nova versão da Basílica de São Pedro. A igreja precisava de dinheiro para custear suas grandes arquiteturas e obras de arte, então eleva- se a cobrança de imposto e fomenta as indulgências. Muitos por discordarem da conduta dos padres, bispos e Papa, chegaram a ser executados ao longo da idade média, cada vez mais se levantava homens do meio da alta classe para refutar a forma de conduzir a igreja. Os pré reformadores surgem ao longo destes anos e confrontam o estado caótico da igreja. João wicliffe, João Hus, Savonarola. O grito destes homens era para que a igreja se voltasse as escrituras. Mas a igreja estava muito longe da palavra.
Até que em 1517, surge o alemão Martinho Lutero, monge agostiniano
(discípulo dos ensinos de Santo agostinho), propondo uma reforma na igreja, pois ele depois de ter estudado a bíblia e principalmente a carta de Paulo aos Romanos percebe que a Igreja está completamente desalinhada com os
propósitos de Cristo. Foi então que Lutero fixa na igreja de Wittenberg em 31
de outubro as 95 teses de reforma, com elas ele estava propondo as famosas 5 Solas (Gratia, Fide,scriptura, Cristus e Deo Glória). Lutero e expulso da Igreja e sofre várias ameaças, chegou a publicar a bíblia traduzida do latim para o alemão, tornando as escrituras de fácil acesso a todos. A ruptura com os católicos, em 1517, lançou as bases para a expansão do protestantismo. Essa ruptura ficou conhecida como: A Reforma protestante.
(Anderson Oliveira) Podcast: Basileia – Spotfy e Deezer