GabrielaPenaChaves Mestrado

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GABRIELA PENA CHAVES

Sistema Canabinóide e seu Possível


Papel em Processos de Neuroproteção e
Plasticidade: Estudos in vivo e in vitro

Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto de


Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo,
para obtenção de Título de Mestre em Ciências
(Fisiologia Humana).

Área de Concentração: Fisiologia Humana


Orientadora: Profa. Dra. Andréa da Silva Torrão

São Paulo
2008
RESUMO

CHAVES, GP. O Sistema Canabinóide e seu Possível Papel em Processos de


Neuroproteção e Plasticidade: Estudos in vivo e in vitro. Dissertação - Instituto de
Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

O sistema canabinóide parece exercer um papel modulador em vários processos


neurobiológicos, incluindo processos de neuroproteção e plasticidade neuronal. Os
objetivos desse trabalho foram avaliar, em um modelo in vivo, os efeitos de ablações
retinianas unilaterais sobre a expressão do receptor canabinóide CB1 e de outras
proteínas estruturais no tecto óptico de pintos de 2 semanas de vida e avaliar os
efeitos do pré-tratamento com agonistas e antagonistas canabinóides in vitro em um
modelo de culturas de células do tecto óptico expostas ao NMDA. Após diferentes
períodos da ablação retininana (2-30 dias), os encéfalos foram submetidos às
técnicas histoquímicas de TUNEL e Fluoro-Jade B para avaliar possíveis processos
de morte celular por apoptose e de neurodegeneração, e imuno-histoquímica,
immunoblotting e RT-PCR em tempo real para avaliar a expressão do receptor CB1.
Além disso, os encéfalos foram avaliados quanto à expressão de uma série de
proteínas estruturais. Culturas primárias de tecto óptico de embriões de pinto pré-
tratadas com metanandamida e AM251 (agonista e antagonista canabinóides,
respectivamente) e expostas ao agente tóxico NMDA, foram avaliadas quanto à
viabilidade celular e fragmentação do DNA por citometria de fluxo e quanto à
morfologia por imuno-citoquímica. O modelo de ablação retiniana parece não
promover a morte celular no tecto óptico desaferentado, mas processos
degenerativos foram observados em terminais axônicos da retina nas estruturas
visuais. A ablação retiniana parece ter gerado um aumento da expressão da proteína
CB1 no tecto óptico desaferentado, mas não dos níveis de RNAm. Além disso,
proteínas associadas a axônios e a dendritos, em geral, aumentaram no tecto óptico
após a ablação retiniana. O tratamento das células em cultura com o agonista
canabinóide diminuiu o número de células inviáveis e de DNAs fragmentados gerado
pelo NMDA. Nossos resultados sugerem que o receptor CB1 parece apresentar uma
localização pós-sináptica no tecto óptico, que o aumento de expressão observado
seja um evento pós-transcricional e que essa expressão parece ser regulada
negativamente pela aferência retiniana. Além disso, o aumento da expressão de
proteínas estruturais sugere uma participação do receptor em processos de
plasticidade. Os resultados com cultura de células sugerem um possível efeito
neuroprotetor do sistema canabinóide em resposta aos efeitos tóxicos do NMDA. Os
nossos dados são sugestivos de uma possível participação do sistema canabinóide
em processos de plasticidade e de neuroproteção.

Palavras-chave: Receptores canabinóides. Neuroproteção. Plasticidade neuronal.


Sistema Visual. Cultura Primária de Células. Sistema Canabinóide
ABSTRACT

CHAVES, GP. The Cannabinoid System and its Possible Role in


Neuroprotection and Plasticity Processes: In vivo and in vitro Studies. Dissertation
- Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

The cannabinoid system seems to have a role in several neurobiological processes,


including neuroprotection and neuronal plasticity. The objectives of this study were to
assess on an in vivo model, the effects of unilateral retinal removal on the expression
of cannabinoid receptor CB1 and other structural proteins in the optic tectum of 2
week old chicks, and evaluate the effects of pre-treatment with cannabinoid agonists
and antagonists in an in vitro model of optic tectum cell cultures exposed to NMDA. In
different periods after the retinal removal (2-30 days), the brains were subjected to
the histochemical techniques TUNEL and Fluoro-Jade B to verify the possible
occurrence of apoptosis and neurodegeneration, and immuno-histochemistry,
immunoblotting and RT-PCR in real time to evaluate the expression of the receptor
CB1. Moreover, the brains were evaluated as an expression of a series of structural
proteins. Chick embryo’s optic tectum primary cell culture pre-treated with
methanandamide and AM251 (cannabinoid agonist and antagonist, respectively) and
exposed to the toxic agent NMDA, were evaluated on the cell viability and DNA
fragmentation by flow cytometry, and the morphology by immuno-cytochemistry. The
model of retinal removal does not appear to promote cell death in the deafferented
optic tectum, but degenerative processes were observed in axon terminals in visual
structures. The retinal ablation seems to have generated an increase in the
expression of protein CB1 in the deafferented optic tectum, but not the in levels of
mRNA. Moreover, proteins associated with axons and dendritic processes in general
increased in the optic tectum after retinal ablation. The treatment of the cells in culture
with the cannabinoid agonist decreased the number of dead cells and fragmented
DNAs generated by NMDA. Our results suggest that the CB1 receptor seems to have
a post-synaptic localization in the optic tectum, that the observed increase of
expression is a post-transcriptional event, and this expression seems to be negatively
regulated by retinal inputs. Moreover, the increased expression of structural proteins
suggest a participation of the CB1 receptor in plasticity processes. Our results in cell
culture suggest a possible neuroprotective effect of the cannabinoid system in
response to the toxic effects of NMDA. Our data are suggestive of a possible
involvement of the cannabinoid system in processes of plasticity and neuroprotection.

Keywords: Cannabinoid receptors. Neuroprotection. Neuronal plasticityl. Visual


System. Primary cell culture. Cannabinoid System.
INTRODUÇÃO

1 INTRODUÇÃO

1.1 Aspectos Gerais

A planta Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha, tem sido


amplamente utilizada ao longo da história da humanidade com fins recreativos,
devido a seus efeitos psicoativos, e terapêuticos, antiemético, anticonvulsivante,
analgésico e estimulante do apetite. No entanto, a legalização para o uso terapêutico
tem sido alvo de grandes discussões, dado seu potencial abuso e desenvolvimento
de tolerância. O princípio psicoativo da maconha, o ∆9-tetrahidrocanabinol (∆9-THC),
e os outros componentes canabinóides são moléculas lipofílicas que exercem seus
efeitos centrais por se ligarem a receptores de membrana específicos. O sistema
canabinóide endógeno parece desempenhar uma função modulatória em vários
processos neurobiológicos, tais como funções motoras e cognitivas, antinocicepção,
sono e comportamento alimentar, como sugerido pela distribuição anatômica de seus
receptores e pelos efeitos farmacológicos bem conhecidos dos compostos
relacionados aos canabinóides (AMERI, 1999; FERNANDÉZ-RUIZ et al., 2000;
HOWLETT et al., 2002, 2004; PERTWEE, 1997, 2001; FRIDE, 2004). Vários estudos
recentes também apontam os canabinóide endógenos como moduladores dos
processos do desenvolvimento embrionário do encéfalo (BEGBIE et al., 2004;
FERNANDÉZ-RUIZ et al., 2000; RAMOS et al., 2002; LEONELLI et al., 2005),
propriedades neuroprotetoras em diversos modelos de neurotoxicidade (MATO et al.,
2003; PARMENTIER- BATTEUR et al., 2002 ; GRUNDY et al., 2001, VAN DER
STELT et al., 2001, 2005) e como mediador de processos de plasticidade em
diversas estruturas do sistema nervoso central (ALVARES et al., 2006;
TAGLIAFERRO et al., 2006; HASHIMOTODANI et al., 2007).

13
INTRODUÇÃO

1.2 Sistema Canabinóide


O sistema canabinóide endógeno, constituído pelos neuromediadores canabinóides,
seus receptores e suas enzimas de síntese e degradação (AMERI, 1999; DE
PETROCELLIS et al., 2004), teve sua identificação e caracterização relativamente recente.

1.2.1 Canabinóides Endógenos


Três compostos canabinóides endógenos já foram bem caracterizados até o
momento, sendo o primeiro chamado de “anandamida” (etanol amida do ácido
araquidônico), o segundo é o 2-araquidonoil-glicerol (2–AG), que é um éster também
derivado do ácido araquidônico, e por fim, o terceiro é um éter do ácido araquidônico,
o 2-araquidonoil-glicerol-éter. Existem diferenças entre as concentrações dos tipos de
canabinóides endógenos no tecido nervoso, sendo a concentração de 2-AG
aproximadamente 200 vezes maior que a de anandamida. Entretanto, a distribuição
deles no encéfalo é bastante similar, pois ambos existem em maiores concentrações
no tronco encefálico, estriado e hipocampo e em menores concentrações no córtex,
diencéfalo e cerebelo. Curiosamente, parece não haver correlação entre as
concentrações dos canabinóides endógenos e a distribuição de receptores
canabinóides (FRIDE, 2002).
Esses dois canabinóides endógenos são derivados do ácido graxo ω6-
polinsaturado proveniente da dieta, o qual deriva de outros ácidos graxos essenciais.
O precursor da anandamida é a N-araquidonilfosfatidiletanolamina (N-ArPE) que é
formada através da ação da NAT (N-aciltransferase), uma enzima cálcio-dependente.
N-ArPE é clivada pela N-acilfosfatidiletanolamina (NAPE)-fosfolipase D específica
(NAPE-PLD), originando a anandamida e ácido fosfatídico. A biossíntese do 2-AG é
iniciada pelo Ca2+ intracellular que induz a formação de diacilglicerol (DAG) na
membrana através da estimulação da via da fosfatidil-inositol-fosfolipase (PI-PLC). O
2-AG é o produto da DAG-liapase (DAGL) agindo na DAG (DI MARZO e MATIAS,
2005; BASAVARAJAPPA, 2007).

14
INTRODUÇÃO

1.2.2 Receptores canabinóides


Além dos canabinóides endógenos, compostos exógenos como, por exemplo,
o princípio psicoativo da maconha, o ∆9-THC, também agem nos receptores
canabinóides. No entanto, existem diferenças farmacológicas entre os exo e os
canabinóides endógenos no sistema nervoso central. Por exemplo, os efeitos
farmacológicos da anandamida e do THC são bastante similares, mas a anandamida
possui uma ação in vivo menos duradoura quando comparada com o canabinóide
sintético derivado da planta, e isso ocorre devido à degradação enzimática rápida da
anandamida (FRIDE, 2002).
Os efeitos dos compostos canabinóides dependem então em grande parte dos
receptores canabinóides (CB). Dois receptores CB foram clonados, um nomeado de
CB1 (MATSUDA et al., 1990), também conhecido anteriormente como o subtipo do
sistema nervoso central, mas que também é encontrado em outras estruturas, tais
como baço e tonsila, e em menor quantidade na glândula adrenal, coração, útero,
ovário, testículo e em nervos simpáticos. O outro receptor, nomeado de CB2 (MUNRO
et al., 1993), que era previamente conhecido como o subtipo periférico, pois foi
encontrado inicialmente apenas na periferia, em regiões marginais do baço, nas
tonsilas e em células do sistema imune (AMERI, 1999). Contudo, os dois subtipos
foram posteriormente encontrados no sistema nervoso central (FOWLER et al., 2001).
Os receptores CB pertencem à família de receptores acoplados à proteína G e
a análise da sequência primária de aminoácidos revela a presença de sete domínios
transmembrânicos, uma porção N-terminal extracelular e uma porção C-terminal
intracelular. O mecanismo de transdução dos sinais dos receptores CB envolve vias
com a participação da proteína Gi/0, inibindo a adenilil ciclase e ativando quinases, e
caso dos receptores CB1, ainda modulando canais iônicos (DI MARZO et al., 1998;
LUTZ, 2002; AMERI, 1999).
No contexto de nosso estudo, no qual utilizamos o tecido nervoso, vamos
apenas mencionar daqui por diante os receptores CB1. Os receptores do tipo CB1
estão entre os receptores acoplados à proteína G mais abundantes no sistema
nervoso e a sua distribuição foi bem caracterizada no encéfalo de ratos e de humanos.

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INTRODUÇÃO

Em estudos com ligantes, as maiores densidades foram encontradas nos gânglios da


base (substância negra, globo pálido, núcleo entopeduncular e estriado lateral) e no
cerebelo. Altas densidades também foram encontradas nas células piramidais do
hipocampo, no giro denteado e nas camadas I e IV do córtex. Densidades
intermediárias de sítios de ligação foram encontradas no núcleo acumbens, e sítios
esparsos ou ausentes no tronco encefálico, no bulbo e no hipotálamo (AMERI, 1999).
Vários estudos que empregaram métodos de auto-radiografia, hibridização in situ e
imuno-histoquímica também têm demonstrado a presença de receptores CB1 em
áreas do encéfalo de animais adultos, como no córtex cerebral, hipocampo, cerebelo e
gânglios da base (GLASS et al., 1997; HERKENHAM et al., 1990; HERKENHAM et al.,
1991a,b; MAILLEUX e VANDERHAEGHEN, 1992; TSOU et al., 1998). Alguns estudos
têm também investigado a distribuição de receptores CB1 na retina de vertebrados
adultos (BUCKLEY et al., 1998; STRAIKER et al., 1999 a,b; STRAIKER e SULLIVAN,
2003; YAZULLA et al., 1999). Estes estudos sugerem que a distribuição de receptores
CB1 tanto no encéfalo como na retina é bem conservada entre as diferentes espécies
de vertebrados.
É importante ressaltar que o receptor CB1 é bem conservado ao longo da
evolução, pois 97% do CB1 de camundongo, 84% do CB1 de anfíbios e 72% do CB1
de peixes são idênticos à proteína do CB1 dos humanos (para revisão ver em LUTZ,
2002). Já para invertebrados a literatura apresenta controvérsias em relação à
existência do receptor CB1. Lutz (2002) ressalta que até o momento o CB1 em
invertebrados ainda não havia sido clonado, entretanto existiam evidências da ação
farmacológica dos canabinóides e suas enzimas de degradação em alguns Filos, tais
como Celenterados, Anelídeos, Moluscos e Equinodermos. Mais recentemente
McPartiland e colaboradores (2006) descrevem a existência desses receptores na
maioria dos animais com simetria bilateral, entretanto existem alguns dados curiosos
como, por exemplo, a falta de receptor CB1 em insetos.
Investigações recentes mostram que o endocanabinóide anandamida, além de
ser ligante dos receptores canabinóides CB1 e CB2, também é ligante de outros
receptores, tais como o VR1 (receptor vanilóide 1), o TASK-1 (canal de potássio) e
outros receptores não canabinóides acoplados à proteína G ainda não identificados

16
INTRODUÇÃO

(SZALLASI e DI MARZO, 2000; LUTZ, 2002; ROSS, 2003; VAN DER STELT e DI
MARZO, 2005).

1.2.3 Enzimas Relacionadas ao Sistema Canabinóide


De modo geral, os canabinóides endógenos são liberados por neurônios pós-
sinápticos após uma estimulação, e agem no receptor CB1 de neurônios pré-
sinápticos. Para que os canabinóides endógenos possam ser inativados, existe uma
molécula transportadora de membrana, o transportador de anandamida da
membrana celular (AMT), que a leva para dentro das células para que ocorra a
degradação enzimática intracelular feita pela enzima ácido graxo amina hidroxilase
(FAAH). O 2-AG também é captado pelo AMT e em seqüência sofre degradação
enzimática intracelular pela monoacilglicerol lipase (MAGL) ou pela FAAH. De acordo
com este mecanismo, altas concentrações de FAAH e AMT são encontradas nas
áreas do encéfalo que possuem uma grande densidade de CB1, tais como o
hipocampo, o cerebelo e o córtex cerebral (FRIDE, 2002; BASAVARAJAPPA, 2007).

1.2.4 Mecanismos de Ação do Sistema Canabinóide


Os receptores CB1 são abundantemente expressos em terminais axônicos, o que
sugere a sua ação pré-sináptica na maioria das vezes. Como citado anteriormente, os
canabinóides endógenos são liberados por neurônios pós-sinápticos e agem no receptor
CB1 de neurônios pré-sinápticos. O resultado dessa ligação é uma redução da liberação
de outros neurotransmissores, como o GABA e o glutamato. Logo após, os
canabinóides endógenos são levados para o interior das células para serem degradados
(FREUND et al., 2003; HASHIMOTODANI et al., 2007).
Quando os canabinóides endógenos se ligam aos receptores CB1
desencadeiam uma série de mecanismos intracelulares característicos dos
receptores acoplados à proteína Gi/0. A maioria dos autores descreve três eventos
importantes (1) inibição da adenilil ciclase, levando a uma diminuição dos níveis de
AMPc intracelular e de proteínas quinases A; (2) estimulação de sinalização de
proteínas quinases ativadas por mitógeno (MAP quinase); (3) inibição de canais de

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INTRODUÇÃO

Ca2+ dependentes de voltagem do tipo N e P/Q, e estimulação de canais de K+ tipo A


resultando numa diminuição do influxo de cálcio e num aumento do efluxo de potássio.
Portanto, considerando também o fato de que o receptor CB1 é predominantemente
expresso pré-sinapticamente, a ação dos canabinóides endógenos nessas vias de
sinalização muito provavelmente contribuem para uma inibição da liberação de
neurotransmissores em geral (LUTZ, 2002; DI MARZO, e al., 1998; DE PETROCELLIS
et al., 2004). (Figura 1.1)

Figura 1.1: Mecanismos de ação dos canabinóides. No terminal pré-sináptico a anandamida e 2-AG ativam
os receptors CB1 acoplados a proteína G modulando a permeabilidade da membrana neuronal aos
2+ +
íons Ca and K e a atividade da adenilato ciclase (AC) afetando assim a liberação ou a ação dos
neurotransmissores ou ambas, e a neurotransmissão lenta e rápida. Uma vez liberados pela
despolarização dos neurônios, os dois compostos, devido à sua lipofilia, podem se comportar como
outros derivados do ácido araquidônico (AA), como sinais autócrinos e parácrinos agindo no próprio
neurônio de origem ou em neurônios vizinhos ou em astrócitos. No hipocampo a inibição da AC e
posteriormente da proteína quinase A (PKA) dependente de AMPc, também pode levar à
modulação da plasticidade sináptica, por exemplo, através do aumento da fosforilação da tirosina e
subsequente ativação da quinase de adesão focal + (FAK). Adaptado de DI MARZO et al., 1998.

18
INTRODUÇÃO

1.2.5 Sistema Canabinóide, Neuroproteção e Neurodegeneração


Recentemente o sistema canabinóide vem sendo apontado como um
importante sistema em diversos modelos de neuroproteção. Muitos estudos apontam
para a participação de endo e/ou exocanabinóide e para os receptores CB1 e CB2
nesses modelos. (PANIKASHVILI et al., 2001; MATO et al., 2003; PARMENTIER-
BATTEUR et al., 2002 ; GRUNDY et al., 2001; GILBERT et al., 2007 ; VAN DER
STELT et al., 2001, 2005).
Os receptores CB1 também têm revelado um papel neuroprotetor em diversos
modelos de neurotoxicidade, como hipóxia aguda, excitotoxicidade, e modelos de
estresses oxidativos e traumáticos, tanto in vitro como in vivo. Em alguns estudos o
efeito protetor parece estar relacionado com a inibição da liberação sináptica de
glutamato, pois o glutamato extracelular é prejudicial aos neurônios em cultura. Além
disso, nesses estudos os efeitos de neuroproteção foram atenuados pelo SR141716A,
um antagonista do receptor CB1 (VAN DER STELT et al., 2002, PARMENTIER-
BATTEUR et al., 2002; JACKSON et al., 2005).
Panikashvili e colaboradores (2001) descrevem um possível envolvimento do
canabinóide endógeno 2-AG na neuroproteção em estudos com camundongos, uma
vez que esse canabinóide endógeno mostra um aumento significativo após lesão no
encéfalo. Por outro lado, Hansen e colaboradores (2001) mostraram um aumento dos
níveis do canabinóide endógeno anandamida, e não do 2-AG, em lesões no encéfalo de
ratos.
De qualquer forma, os receptores CB1 parecem desempenhar um papel
importante no processo de neuroproteção, e estudos anteriores sugerem que os
efeitos protetores de canabinóide endógenos são mediados pela ativação dos
receptores CB1 (PANIKASHVILI et al., 2001, 2005; VELDHUIS et al., 2003).
Entretanto, existem controvérsias sobre o assunto, pois alguns estudos mostram que a
ativação dos receptores CB1 não possui efeito neuroprotetor em algumas culturas de
células (NILSSON et al., 2003; MARSICANO et al., 2002).
Efeitos neuroprotetores dos canabinóides em cultura de neurônios corticais
foram detectados por Kim et al. (2005) após indução de morte celular por oxidação

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INTRODUÇÃO

com FeCl2 e com toxicidade por BSO (dl-butionina – [S,R] – sulfoximina) e H2O2. Este
efeito neuroprotetor foi atribuído aos mecanismos dependentes dos receptores CB1 e
proteína quinase A. Outros estudos apontam que os canabinóides agem na redução
ou bloqueio da liberação do cálcio intracelular em condições neurotóxicas e essa
neuroproteção é baseada na diminuição da proteína quinase A dependente de AMPc,
mediada pelos receptores CB1 (ZHUANG et al., 2005).
Apesar de muitos trabalhos recentes defenderem os efeitos neuroprotetores
para muitos canabinóides em diversos modelos de neurotoxicidade, os mecanismos
exatos pelos quais este processo ocorre ainda não são muito conhecidos
(MARSICANO et. al., 2002). Nesse contexto, é interessante mencionar que Khaspekov
e colaboradores (2004) sugeriram que fatores neurotróficos podem ser importantes
mediadores na neuroproteção por ativação dos receptores CB1 em modelos de
excitotoxicidade.

1.2.6 Sistema Canabinóide e Plasticidade


Ultimamente os canabinóide endógenos e seus receptores específicos vêm
sendo sugeridos como mediadores de processos de plasticidade em diversas
estruturas do sistema nervoso central tais como estriado dorsal, núcleo acumbens,
amígdala, hipocampo, cerebelo entre outros. Alguns mecanismos pelos quais o
sistema canabinóide participa de eventos plásticos já foram descritos e, de maneira
geral, envolvem a plasticidade a curto e a longo prazo. Entretanto, ainda não existe
uma caracterização clara de todos esses eventos (para revisão ver CHEVALEYRE et
al., 2006; HASHIMOTODANI et al., 2007).
A maioria dos estudos que relaciona o sistema canabinóide endógeno e
plasticidade ressalta o fato destes neuromediadores serem retrógrados, com os
receptores CB1 localizados pré-sinapticamente, mediando a liberação de outros
neurotransmissores (CHAVALEYRE et al., 2006; HASHIMOTODANI et al., 2007).
Sendo assim, é comum encontrarmos na literatura estudos sobre o sistema
canabinóide e sua ação na plasticidade fisiológica, como por exemplo, em processos
de memória e aprendizado (para revisão ver RIEDEL e DAVIES, 2005; ALVARES et
al., 2006; FREUND et al., 2003; PIOMELLI, 2003; LAVIOLETTE e GRACE; 2006).

20
INTRODUÇÃO

Por exemplo, Álvares e colaboradores (2006) descrevem a participação do sistema


canabinóide na consolidação da memória aversiva em ratos. Em linhas gerais, os
autores discutem que a ativação dos receptores CB1 elicita LTP (potenciação a longo
prazo) no hipocampo por inibir a liberação de GABA, facilitando a consolidação da
memória aversiva. Um outro estudo mostra que a ativação dos receptores CB1 é
importante para gerar LTD (depressão a longo prazo) em fibras trepadeiras do
cerebelo, importantes para o aprendizado motor (VAN BEUGEN, et al., 2006).
Karanian e colaboradores (2005) descrevem a participação dos receptores
CB1 na geração de importantes sinais para a manutenção das sinapses em
hipocampo de ratos. Resumidamente, os canabinóides ativam vias relacionadas à
sobrevivência das células e inibem os sinais que poderiam comprometer a
integridade sináptica, envolvendo sistemas endógenos compensatórios.
No entanto, os estudos que tratam sobre plasticidade após lesões são mais
raros. Assim, Ashton e colaboradores (2004) sugerem que os receptores CB1 podem
contribuir no controle neuroquímico da plasticidade do sistema vestibular, porém,
sem requerer mudanças na expressão protéica do receptor. Por meio de
desaferentação unilateral do sistema vestibular esse estudo demonstrou que não
existe alteração significativa na expressão do CB1 no lado desaferentado. Apesar
disso o receptor CB1 pode estar envolvido em mecanismos de compensação
vestibular por meio de LTP como já foi mostrado em outras regiões do encéfalo.
Tagliaferro e colaboradores (2006) por meio de tratamento crônico com WIN
55,212-2, um agonista do receptor CB1, demonstram alterações em elementos do
citoesqueleto e das densidades sinápticas em diversas regiões do encéfalo de ratos,
sugerindo o envolvimento do sistema canabinóide em mecanismos de plasticidade,
principalmente no que se refere à manutenção das sinapses, ressaltando a
importância do estudo na contribuição de conhecimento sobre o papel do sistema
canabinóide em diferentes modelos de lesão no sistema nervoso central.

1.2.7 Sistema Canabinóide e Desenvolvimento


Nos últimos anos, vários estudos sugeriram a participação do sistema
canabinóide em processos de desenvolvimento do sistema nervoso. Esses estudos

21
INTRODUÇÃO

mostraram uma expressão precoce de uma quantidade considerável de receptores


canabinóides durante o desenvolvimento do encéfalo, indicando um papel desse
sistema em processos como a proliferação e migração neuronal, crescimento axonal
e sinaptogênese (BEGBIE et al., 2004; FERNANDÉZ-RUIZ et al., 2000; LEONELLI et
al., 2005; MATO et al., 2003; BERGHUIS et al., 2007).
De fato, uma expressão precoce de receptores CB1 tem sido caracterizada no
encéfalo de pintos por hibridização in situ e imuno-histoquímica (BEGBIE et al., 2004;
LEONELLI et al., 2005), de ratos por PCR, Northern blot, hibridização in situ, auto-
radiografia e imuno-histoquímica (BERRENDERO et al., 1998; BUCKLEY et al.,
1998; MCLAUGHLIN e ABOOD, 1993; DESHMUKH et al., 2007) e no encéfalo de
humanos por auto-radiografia e hibridização in situ (MATO et al., 2003; WANG et al.,
2003). Também tem sido demonstrado que os canabinóides são capazes de
modificar processos de maturação de sistemas específicos de neuromediadores,
incluindo os sistemas opióide, dopaminérgico, serotonérgico e GABAérgico
(FERNANDÉZ-RUIZ et al., 2000; MOROZOV e FREUND et al., 2003).
Alguns trabalhos sobre canabinóides e neuroproteção utilizam animais em
desenvolvimento. Nilsson e colaboradores (2003) utilizaram cultura primária de
telencéfalo de embriões de pintos para investigar a ação do receptor CB1 na
prevenção da toxicidade do glutamato. Outro estudo mostra os efeitos neuroprotetores
da anandamida usando lesões no encéfalo de ratos neonatos provocados por
excitotoxicidade mediada por receptor AMPA-cainato (SHOUMAN et al., 2006).
É importante ressaltar que um estudo recente aponta para a existência de
receptores CB1 no tecto óptico de pintos em desenvolvimento e em pintos pós-natais
(LEONELLI, et al., 2005). Essa estrutura é bastante interessante para os estudos do
sistema canabinóide em sistemas visuais de animais em desenvolvimento e também
em animais adultos.

1.3 Tecto Óptico


O tecto visual de aves é um modelo bem estudado para uma variedade de
questões fundamentais na neurobiologia, como o desenvolvimento, mapa da formação

22
INTRODUÇÃO

multimodal e plasticidade, conectividade e computação de estímulos visuais (LUKSCH,


2003). Além disso, é uma estrutura ampla e acessível tanto em animais adultos quanto
nos animais em desenvolvimento (VENEGAS, 1984).
Os tectos ópticos de aves são muito desenvolvidos e possuem um alto grau de
laminação. Existem duas nomenclaturas em uso para a laminação do tecto óptico de
aves. Para o presente estudo iremos utilizar a nomenclatura numérica de Ramón y
Cajal que diferenciou através de técnicas histológicas 15 camadas, com a numeração
começando nas camadas superficiais (LUKSCH, 2003). Nessas camadas já foram
identificados mais de 20 tipos de neurônios (LAVAIL e COWAN, 1971). (Figura 1.2)
O tecto óptico recebe diversas aferências com origem em diferentes partes do
encéfalo. Entretanto as projeções da retina contralateral são predominantes e entram
no tecto através das camadas superficiais. Projeções ispsilaterais transientes já foram
demonstradas, porém são completamente eliminadas mais tarde no desenvolvimento
por vários processos. Já as outras aferências do encéfalo não são confinadas às
camadas superficiais, mas podem fazer conexões com todas as camadas do tecto
óptico. As outras regiões do encéfalo que fazem projeções para o tecto óptico
descritas na literatura são o sistema auditivo, núcleos do ístmo, telencéfalo, pré-tecto
ipsilateral, entre outras (LUKSCH, 2003; WANG et al., 2006).
Diversos receptores tais como os colinérgicos e glutamatérgicos, entre outros
(VENEGAS, 1984), e neurotransmissores como a glicina, o GABA, a acetilcolina e o
glutamato (DIVAC et al., 1977) estão presentes no tecto óptico e foram estudados
amplamente. Já recentemente, a literatura aponta para a existência de receptores
canabinóides do tipo 1 em tecto óptico de Gallus gallus, desde E4 (quarto estágio
embrionário) e também em animais adultos identificados com a técnica de imuno-
histoquímica (LEONELLI et al., 2005).
Em linhas gerais, essa estrutura se torna um bom modelo de estudo por três
razões (1) recebe aferência direta e topográfica da retina para a superfície tectal; (2) é
uma estrutura multi-estratificada com camadas facilmente reconhecíveis, o que facilita a
avaliação de manipulações experimentais; e (3) há uma estrita separação entre as
aferências e eferências visuais nos vários sistemas de projeções: enquanto as
aferências retinianas terminam nas camadas superficiais, a maioria das eferências é

23
INTRODUÇÃO

derivada de projeções de neurônios das camadas mais profundas, fato este que facilita
as análises da computação intratectal (LUKSCH, 2003).

Figura 1.2: Imagem digital de corte coronal do tecto óptico de Gallus gallus corado com Giemsa.
SGFS - substância cinzenta fibrosa superficial SGC/SAC - substância cinzenta
central/substância branca central.Os números ao lado direito indicam a localização
aproximada das camadas tectais de acordo com a nomenclatura de Ramón y Cajal.

1.4 Processos neurodegenerativos, plasticidade e marcadores


moleculares

Vários métodos citológicos, histológicos e imuno-histoquímicos têm sido


desenvolvidos com o intuito de avaliar morte celular, processos neurodegenerativos
e plasticidade. Nesse contexto, citaremos nesta seção, uma série de moléculas que
estão descritas na literatura e que têm sido utilizadas como marcadores desses

24
INTRODUÇÃO

eventos em vários modelos in vivo e in vitro de morte neuronal por agentes químicos,
lesões ou doenças neurodegenerativas.
A morte celular programada por apoptose tem sido considerada um evento
fundamental com função homeostática nos tecidos, já que a renovação tecidual
depende de um balanço entre replicação e morte celular. Além disso, exerce um
papel importante durante os processos de desenvolvimento. No sistema nervoso,
especificamente, esse evento é fundamental para o refinamento dos circuitos
neuronais durante o desenvolvimento e parece estar envolvido com a patogênese de
algumas doenças neurodegenerativas (KALINICHENKO e MATVEEVA, 2007). O
método de TUNEL (GAVRIELI et al., 1992) surgiu como uma útil ferramenta para
avaliação de morte celular por apoptose em vários modelos tanto in vivo como in
vitro. Esse método se baseia na marcação histoquímica da fragmentação do DNA,
que identifica especificamente a transferência do grupo terminal 3’-OH mediada pela
transferase do terminal desoxinucleotidil (TdT) do DNA para dUTP.
O método histoquímico Fluoro-Jade é utilizado para a detecção de neurônios
em degeneração, marcando corpos celulares, dendritos, axônios e terminais
axônicos e parece oferecer muitas vantagens em relação aos métodos histológicos
convencionais. O mecanismo exato pelo qual o Fluoro-Jade marca neurônios em
degeneração não é exatamente conhecido, mas parece que os neurônios
presumivelmente expressam uma molécula fortemente básica apenas durante o
processo degenerativo que apresenta uma alta afinidade pelo marcador ácido
Fluoro-Jade (SCHMUED et al., 1997). Esse método foi posteriormente aprimorado
com o uso do marcador Fluoro-Jade B, que apresentou uma maior afinidade pelos
componentes em degeneração podendo ser utilizado em concentrações menores
que o Fluoro-Jade e gerando marcações com maior definição (SCHMUED e
HOPKINS, 2000).
A proliferação astrocítica em processos neurodegenerativos é um processo
descrito há muito tempo e a marcação imuno-histoquímica da proteína glial fibrilar
ácida (GFAP, marcadora de astrócitos) que evidencia a reação das células da glia
durante processos lesivos, tem sido utilizada como ferramenta útil inclusive no
diagnóstico clínico de neuropatologias (MCLENDON e BIGNER, 1994).

25
INTRODUÇÃO

Um marcador neuronal que tem sido bastante utilizado, é a proteína NeuN,


uma proteína nuclear específica de neurônios que tem se mostrado um excelente
marcador de neurônios no sistema nervoso central e periférico de vertebrados. Essa
proteína aparece já durante o desenvolvimento em períodos que correspondem à
saída dos neurônios do ciclo celular e/ou com o início da diferenciação neuronal
(MULLEN et al., 1992). Esse marcador tem sido utilizado como forma de avaliação
de perda neuronal já que aparentemente há uma diminuição dessa proteína em
processos patológicos onde se observa morte neuronal (ÜNAL-ÇEVIK, et al., 2004).
Uma outra abordagem de caracterização de uma lesão pode ser a avaliação
da atividade celular. Existem alguns genes imediatos, como, por exemplo, a família
dos genes Egr, principalmente o Egr-1 que são extensivamente estudados no
sistema nervoso central por duas razões: a ativação imediata do gene pode ser
usada para traçar a ativação de vias neuronais; e o conhecimento de que os fatores
de transcrição desses genes imediatos são induzidos pode fornecer a chave para a
determinação do programa da expressão gênica que conduz aos efeitos a longo
prazo da estimulação neuronal (BECKMANN e WILCE, 1997). Outros estudos
avaliam a expressão de Egr após lesões, como, por exemplo, Torrão e Britto (2004)
descrevem que a proteína nuclear Egr apresenta níveis mais baixos no tecto óptico
após ablação retiniana em pintos.
No contexto da neuroproteção, as proteínas ligantes de cálcio tais como a
calbindina, parvalbumina e calretinina, têm sido utilizadas como marcadores neuronais
em estudos anatômicos e de desenvolvimento. Além disso, pelo possível envolvimento
dessas proteínas no tamponamento de níveis intracelulares de cálcio, elas têm sido
estudadas no contexto de danos neuronais gerados por eventos neurotóxicos e
doenças neurodegenerativas, sendo sugerido que talvez elas tenham um papel
protetor (HEIZMANN e BRAUN, 1992). Além disso, essas proteínas já foram bem
caracterizadas no tecto óptico de pintos (PFEIFFER e BRITTO, 1997).
No contexto da plasticidade algumas ferramentas são frequentemente usadas
para a verificação e avaliação de possíveis alterações morfológicas plásticas, como
elementos do citoesqueleto e de densidades sinápticas (TAGLIAFERRO et al.,
2006). Marcadores que evidenciam elementos estruturais presentes em axônios

26
INTRODUÇÃO

(PAN, marcador de neurofilamentos), dendritos (MAP-2, marcador de proteínas


associadas a microtúbulo) e vesículas sinápticas (marcadores de proteínas
associadas às vesículas como a sinaptofisina, por exemplo) são de extrema
importância para a avaliação da plasticidade sináptica, principalmente no que se
refere às possíveis modificações dos elementos estruturais de uma sinapse.

27
DISCUSSÃO

quando comparada à cultura exposta apenas ao agente tóxico. Assim sendo, os


autores concluíram que este modelo de cultura não é ideal para se verificar o papel
neuroprotetor dos canabinóides. Este dado não está de acordo com nossos
resultados obtidos com cultura de células, já que, aparentemente, a cultura de
embriões de pintos, apenas com diferença na região coletada (o trabalho citado se
refere ao telencéfalo e o nosso, ao mesencéfalo), parece ser um bom modelo para
avaliar o papel neuroprotetor do sistema canabinóide.
É evidente que apesar dos resultados positivos obtidos com o presente
estudo, a repetição dos experimentos para a obtenção de resultados mais
conclusivos é necessária.
Além disso, tendo em conjunto todos os dados obtidos com nossos estudos in
vitro devemos questionar a utilização do citômetro de fluxo para a avaliação de morte
celular no nosso modelo experimental. Sabemos que este tipo de metodologia para
linhagens imortalizadas de células gera resultados reprodutíveis e constantes, já que
neste caso as células possuem o mesmo tamanho e, portanto, é mais fácil se
estabelecer o padrão de leitura para o citômetro (os eventos contabilizados pelo
aparelho estão relacionados ao tamanho das células) facilitando a “compreensão”
dos eventos lidos pelo citômetro. Já em relação à cultura primária, como estão
presentes diversos tipos celulares, de tamanhos diferentes, é muito difícil o
estabelecimento de um padrão de leitura para o citômetro, podendo, muitas vezes
gerar erros de leitura. Talvez a utilização de outros métodos, como, por exemplo,
avaliar por métodos citoquímicos a morte por apoptose, como vimos em Chen e
colaboradores (2005) que quantificaram as células marcadas com TUNEL; ou ainda
realizar o mesmo tratamento descrito no presente estudo em linhagens de neurônio,
como, por exemplo, a linhagem de neuroblastoma Neuro 2A.

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