Óleo X Refinaria - Grupo 04
Óleo X Refinaria - Grupo 04
Óleo X Refinaria - Grupo 04
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
IT386 – PROCESSOS QUÍMICOS E BIOQUÍMICOS
ÓLEO x REFINARIA
Óleos 5, 11 e 16
SEROPÉDICA
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
IT386 – PROCESSOS QUÍMICOS E BIOQUÍMICOS
ALUNOS:
CYNTHIA DIAS DE OLIVEIRA - 2018020399
FELIPE DOS SANTOS SILVA - 20200027709
FERNANDA DE ALMEIDA JOANNES - 20200027727
MONIQUE DE SA DINIZ PEREIRA - 2018025315
SYLVIA JULIANA ALVES DA SILVA - 2018020356
ÓLEO x REFINARIA
Óleos 5, 11 e 16
SEROPÉDICA
2023
1. INTRODUÇÃO
O petróleo pode ser classificado de acordo com o grau API, medida proposta
pelo Instituto Americano de Petróleo que, dependendo do valor, varia de leve a
pesado. De acordo com o grau API, diferentes subprodutos podem ser extraídos.
Além disso, a refinaria proposta pela equipe técnica possui diversas operações
unitárias com objetivos específicos como retirada da salinidade, adoçamento,
separação dos compostos presentes através da destilação, tratamento com aminas,
hidrotratamento e outras unidades do processo necessárias para obtenção destes
subprodutos.
2. OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivo avaliar 2 diferentes óleos (05 e 16),
cujas características podem ser encontradas no arquivo do SIGAA, propor processos
de refino adequados para a potencial de extração dos subprodutos de cada óleo.
Apresentando o significado dos termos presentes, buscaremos elucidar o processo
de refino, realizando uma relação entre as características fornecidas no arquivo e as
unidades de refinaria.
O óleo 11 tem 15,80 graus API, e com base neste valor, ele é classificado
como um óleo extra pesado.
O óleo 16 tem um ºAPI de 43 graus, sendo considerado extraleve de acordo
com a escala de ºAPI, deste modo, possuindo uma proporção baixa de
hidrocarbonetos, sendo um óleo com pouquíssima densidade; A viscosidade
cinemática do óleo vai diminuindo de acordo com o aumento da temperatura, assim
como em todo líquido. Os valores da viscosidade cinemática do óleo 16 são baixos
ficando entre 3,690 a 2,382 mm²/s indicando pouquíssima resistência ao escoamento;
O ponto de fluidez é -3ºC, por estar abaixo de 0ºC não terá muitos problemas para fluir
em ambientes de temperaturas ambientes normais; Seu percentual de resíduos de
carbono é de 0,7%, possuindo uma quantidade baixa de massa; A quantidade de
parafinas é de 6,1. Como o óleo é leve, ele possui uma quantidade boa de parafinas;
Fator de caracterização é de < 0,5 ; Enxofre >12,6, a quantidade de enxofre é bem alta
no óleo, considerando que o teor de enxofre geralmente fica entre 0,1 a 3,0 ;
Nitrogênio básico é 3,0 enquanto o nitrogênio total 5,9 demonstrando um teor de
nitrogênio muito mais alto que dos outros óleos que são pesados; O número de acidez
normal é 0,0, indicando que o óleo não vai apresentar problemas com corrosão
conseguindo realizar a operação de refino com facilidade; Hidrocarbonetos saturados
0,1; Hidrocarbonetos aromáticos 83,2 ; Resinas 12,2; Asfaltenos 4,5; Cinzas <0,5; Sal
0,01; Água e Sedimentos - não possui; Metais (níquel, vanádio e mercúrio); Parâmetro
de solubilidade - não possui e Tolueno Equivalente - não possui
Em relação aos óleos do trabalho, o óleo 05 tem 20,6 graus API e, com base
neste valor, ele é classificado como um óleo pesado, apresenta cor escura e é
composto por asfalto e resíduos. O óleo 16 apresenta 43 graus API, o que caracteriza
ele como um óleo extra leve, com coloração amarela clara e com gasolina e
condensado como componentes. Quanto maior o grau API, maior o valor do produto
no mercado, portanto, o óleo 16 é o mais caro e os óleos 05 e 11 são mais baratos.
O óleo 05, foi classificado como um óleo mais pesado e também apresentou os
maiores valores de viscosidade cinemática, que pode ser considerada bem elevada.
O ponto de fluidez define a temperatura de menor valor no qual o óleo não flui
sob a ação da gravidade. Se o ponto de fluidez for maior que a temperatura
ambiente, indica que a presença de hidrocarbonetos parafínicos de cadeias longas é
elevada. No entanto, os petróleos pesados apresentam altos valores de ponto de
fluidez por conta da majoritariedade de asfaltenos e resinas. Quando o ponto de
fluidez é muito baixo, significa que há presença elevada de hidrocarbonetos
aromáticos. O ponto de fluidez pode ser usado na análise do comportamento do
fluxo do óleo a baixas temperaturas, e também, no estudo da influência que a
interação dos cristais de parafina têm durante o escoamento do petróleo, de forma
que seja possível determinar a temperatura adequada e evitar a formação de
depósitos que podem estar presentes no asfaltenos ou parafinas.
Neste trabalho, o óleo 5 tem ponto de fluidez em -36°C, um valor menor que o
da temperatura ambiente, significa que a presença de hidrocarbonetos parafínicos
de cadeias curtas é grande; No óleo 11 o ponto de fluidez igual a -18°C, indica que
ele não terá problemas para fluir em temperaturas ambientes normais, já que seu
ponto de fluidez é abaixo de 0°C. Isso sugere que a presença de hidrocarbonetos
parafínicos de cadeias longas é baixa, pois eles tendem a aumentar o ponto de
fluidez. É possível que o óleo tenha uma maior presença de hidrocarbonetos
aromáticos, que tendem a reduzir o ponto de fluidez. Essas informações podem ser
úteis para prever o comportamento do fluxo do óleo em temperaturas mais baixas e
para evitar a formação de depósitos de asfaltenos ou parafinas durante o
escoamento; O óleo 16 tem ponto de fluidez em -3°C, indicando que há presença
elevada de hidrocarbonetos aromáticos.
4.4. RESÍDUO DE CARBONO
4.5. PARAFINAS
4.7. ENXOFRE
4.8. NITROGÊNIO
Óleos com NAT maior que 0,500 mg de KOH/g podem ocasionar riscos de
corrosão severa nas próximas operações de refino. No entanto, argumenta-se que o
valor de NAT não é diretamente relacionado à corrosividade, sendo que este
depende do tamanho e estrutura dos ácidos naftênicos e interações destes com
outros componentes presentes no óleo.
4.12. RESINAS
Resinas, que são componentes policíclicos, de alto peso molecular,
compreendendo átomos de nitrogênio, enxofre e oxigênio. As resinas são mais
solúveis, mas também são muito polares e fortemente retidas por sílica gel quando é
realizada uma cromatografia líquida, a não ser que um solvente polar seja usado
como fase móvel. Em petróleos com grande quantidade de resina é importante uma
unidade para processamento, visto que há grande utilidade na indústria atualmente,
sendo utilizadas em velas, ceras, giz de cera, cosméticos, tintas, etc.
4.13. ASFALTENOS
4.14. CINZAS
4.15. SAL
Existem vários sais presentes no óleo bruto, tendo como principal sal o NaCl,
dependendo do processo de obtenção desse óleo. A concentração de sal é
importante, podendo causar problemas tanto como entupimento de tubulações ou
incrustações, além de poder causar corrosão e atrapalhar no transporte dentro dos
dutos, visto que o NaCl possui considerável potencial de corrosão, principalmente de
estruturas metálicas, além de alta higroscopia.
A gasolina, asfalto, gás etc. Como dito anteriormente, cada planta é projetada
seguindo as características pré-determinadas do tipo de óleo que será tratado.
O H2S e outros gases contendo enxofre que saem do processo não podem ser
descartados no meio ambiente por conta da alta toxicidade. Com isso, a unidade de
recuperação de enxofre é utilizada para recuperar gás ácido venenoso contendo
enxofre no processo de refinaria. O processo mais comumente utilizado na prática de
recuperação de enxofre é o Claus Process, que consiste em queimar o gás que entra
com oxigênio, refrigerar o gás queimado e recuperar o enxofre do gás queimado. A
unidade converte, então, gás sulfúrico, como H2S, em enxofre elementar, de modo a
converter resíduos em tesouros e proteger o meio ambiente.
As reações de formação dos íons carbônio são importantes, pois são através
delas que ocorrem as alterações químicas produzindo os compostos desejados.
Desse modo, entre outras vantagens, aumenta-se a octanagem da nafta (MON/RON)
em função da maior formação de hidrocarbonetos isoparafinicos, naftênicos e
aromáticos. A nafta apresenta menor teor de olefinas e diolefinas, diminuindo a
tendência à formação de goma, devido às reações de transferência de hidrogênio.
O TCR possui algumas limitações e por isso é utilizado somente em casos com
frações muito leves, no qual as densidades sejam bem inferiores às da solução
cáustica, tais como gás combustível, GLP e naftas. Outra desvantagem do processo,
é a sua elevada taxa de consumo de soda cáustica e a geração de altos volumes de
resíduo (soda gasta). Portanto, pensando economicamente, ele só é utilizado quando
o derivado a ser tratado apresentar alto teor de enxofre.
5.2. ÓLEO 16
O óleo 16 é classificado como um óleo extra leve por conta do seu elevado
valor de ºAPI, por esse motivo o processamento do óleo engloba um processo de
refino com o objetivo de produzir óleos básicos para lubrificantes, gás combustível,
além de solventes. Nesta rota, apenas os processos físicos com exceção do
hidrotratamento se fazem necessários. O petróleo que alimenta a unidade de
destilação atmosférica, de acordo com seus pontos de ebulição, é fracionado,
produzindo GLP, solventes, gasolinas, naftas, querosene e óleo diesel.
6. CONCLUSÃO
Ao final da análise dos óleos, pode-se observar que suas características são
bastante distintas, como por exemplo o °API, uma vez sendo um óleo extremamente
pesado, um médio e outro leve. Entretanto, também foi possível observar que a
planta sugerida é bastante completa e pode lidar com essas variações sem grandes
complicações ou necessidade de implementação de novos processos.
BRASIL, Nilo Índio do; ARAÚJO, Maria Adelina Santos; SOUSA, Elisabeth
Cristina Molina. Processamento de Petróleo e Gás: petróleo e seus
derivados, processamento primário, processos de refino, petroquímica,
meio ambiente. 2. Ed, Rio de Janeiro: LTC, 2014;
CURSO DE REFINO DE PETRÓLEO. Universidade Federal do Rio Grande
do Norte Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Química.
Disponível em:
<http://www.nupeg.ufrn.br/downloads/deq0370/curso_refino_ufrn-final_1.pdf>.
(Acesso em 17.07.2023);
FARAH, M. A. Petróleo e seus derivados. 1ed. Edição. LTC. 2012;
PASSOS, C. N.; ARAÚJO, M. A.; BRASIL, N. I. e CAMARGO, P. R. C.
Processos de refino.;
QUELHAS, A.D. et al. Processamento de petróleo e gás. 2ª ed, LTC: Rio de
Janeiro, 2014.;
Foi utilizado todo material disponibilizado no SIGAA durante o período letivo.