Corpo e Unidade - Palavra & Vida
Corpo e Unidade - Palavra & Vida
Corpo e Unidade - Palavra & Vida
Corpoe Um estudo
de Josué,
Unidade
Juízes e Rute
Pr. Fabio
Martins
Revista evangélica trimestral da Convenção Batista
Fluminense.
O intuito desta revista é servir de material de edu-
cação cristã acerca do que é ensinado na Palavra
de Deus, pela leitura e interpretação dos escrito-
res destas lições.
Esta revista não é um manual para a vida cristã,
mas um material de auxílio educacional. Antes de
tudo leia a Bíblia, que é a Palavra de Deus.
15 Palavra do Redator
17 Apresentação
2° Trimestre 2023
Os Reis e Os Profetas de Israel
Pr. Alonso Colares
3° Trimestre 2023
Fé, Fidelidade & Força
Um Estudo de Josué, Juízes e Rute
Pr. Fabio Martins
4° Trimestre 2023
Corpo e Unidade ← Você está
nesta edição
Cartas de Paulo aos Coríntios
Pr. Valtair Miranda
PrimeirasPrimeiras
PalavrasPalavras
Tempo de entender
a vontade de Deus e
agradecer!
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há
tempo para todo o propósito debaixo do céu.”
(Eclesiastes 3:1)
O tempo de Deus não é igual ao nosso! Não
podemos conceber a ideia de tempo de modo
meramente cronológico, pois a percepção divina
não alcança apenas o passado e o presente, mas
também o futuro está na pré-ciência do Criador.
Como desejo entender o tempo de Deus para
a minha vida, em cada fase, em cada desafio, em
10
Primeiras Palavras
Quem escreveu
17
Introdução e Saudação – Lição 1
Lição 1
Texto Base: 1Coríntios 1.1-9
Introdução e
Saudação
Paulo iniciou suas viagens missionárias para
pregar o evangelho, e enquanto isso acontecia,
ele organizava os convertidos em congregações
locais. Paulo foi então um pregador e plantador de
igrejas. Os dois papéis aparecem de forma inten-
sa em suas viagens missionárias. Exatamente por
Leitura Diária isso, estas viagens não
SEG Atos 17.1-14
tiveram a mesma dura-
TER Atos 17.15-34 ção. Não havia um pa-
QUA Atos 18.1-23 drão estabelecido. Isso
QUI Atos 18.24-28 porque eventualmen-
SEX 1Coríntios 1.1-3 te ele precisava passar
SÁB 1Coríntios 1.4-9 mais tempo numa cida-
DOM Efésios 4.1-16
de, em vez de continu-
21
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Introdução e Saudação – Lição 1
ar a viagem.
O capítulo 18 de Atos narra o momento em
que Paulo sai de Atenas e chega a Corinto, na
sua segunda viagem missionária. Ele passará en-
tão um bom tempo naquela enorme cidade do
Peloponeso, com cerca de 250 mil habitantes.
Desta parada, surgiu então a igreja de Corinto,
marcada por polêmicas, crises, disputas e emba-
tes. As cartas que iremos estudar nesta Revista
se dedicarão, então, a pastorear e ministrar às
situações concretas desta igreja dos primórdios
da fé.
2. O autor e o destinatário de 1
Coríntios (1Co 1.1-3)
Os versículos estudados nesta lição formam
uma espécie de prefácio epistolar a 1 Co. Nela,
Paulo se apresenta com uma série de afirmações
identitárias. Ele se denomina Apóstolo de Cristo
Jesus, pela vontade de Deus. O termo “apósto-
lo”, como já tratado no tópico anterior, eram bem
conhecido daqueles crentes. Ao usá-lo, Paulo se
declara enviado, comissionado, para uma deter-
minada tarefa. Quem o comissionou foi o próprio
Cristo, o Messias enviado por Deus.
Isso indica que sua identidade pessoal foi trans-
formada no dia em que foi encontrado por Jesus
no caminho de Damasco. Naquele dia ele foi
demudado em outra pessoa. Tudo o que era ou
possuía antes daquele evento deixou de fazer
sentido, e o que ele ouviu naquela hora mudou
sua vida. Ali ele foi chamado para ser discípulo
de Jesus e pregador das boas novas da ressur-
reição.
Esta perspectiva pessoal dá o tom das orienta-
25
Introdução e Saudação – Lição 1
3. Gratidão a Deus
A seção que começa em 1Co 1.4 descreve a ex-
periência de oração do Apóstolo. Paulo diz que
sempre agradece a Deus pela vida dos irmãos
de Corinto. Aqueles crentes, mesmo os intransi-
gentes, são alvos contínuos de oração. É possí-
vel ver aqui então um exemplo de líder que ora
por todos os seus liderados, m esmo por aqueles
que dão mais trabalho.
No momento de explicar as razões que o le-
vam a continuamente orar por suas vidas, Paulo
nos apresenta o verdadeiro status espiritual da-
queles irmãos de Corinto:
- Eles são ricamente abençoados pela graça
de Cristo por meio da palavra e do conhecimen-
to. Eles conhecem a Cristo, que foi pregado na-
quela igreja de forma plena. Paulo não apresen-
tou pela metade o Salvador, de forma que não
dá para dizer que falta algo do conhecimento de
27
Introdução e Saudação – Lição 1
Conclusão
Paulo conclui esta seção de Corinto com uma
oração de ação de graças (1 Co 1.4-9). Nesta ora-
ção, ele reforça o status espiritual dos crentes
(ricos em Cristo, abundantes no Espírito) e apre-
senta o seu alvo para aquela igreja:
- Irrepreensíveis no dia da volta de Jesus;
- Uma vida de comunhão através de Jesus.
Estes alvos fornecem as metas da caminhada
para aquela igreja. Certamente eles não eram ir-
repreensíveis e nem possuíam comunhão, mas o
alvo estava estipulado. O papel da igreja era olhar
diariamente para estes alvos, avaliar-se continua-
mente para verificar o estágio em que se encon-
trava e continuar a caminhada.
Que estes alvos possam ser igualmente os nos-
sos, para que sirvam de impulso e estímulo du-
rante a vida cristã.
29
Introdução e Saudação – Lição 1
30
A Luta pela Comunhão – Lição 2
Lição 2
Texto Base: 1Co 1.10-4.21
A Luta pela
Comunhão
Conflitos são inevitáveis em qualquer relacio-
namento interpessoal. Onde tiver mais de uma
pessoa, conflitos surgirão por causa da nature-
za própria dos relacionamentos, o que provoca
a necessidade de aprendermos a conviver com
eles. Entre irmãos, casais, colegas e amigos, con-
flito é parte da existên-
Leitura Diária cia humana desde que o
SEG 1Co 1.10-30 pecado entrou no mun-
TER 1Co 2.1-16 do. Como sobreviver aos
QUA 1Co 3.1-23 conflitos e transformá-los
QUI 1Co 4.1-5
em crescimento em vez
SEX 1Co 4.6-21
de enfermidades para os
SÁB Rm 1.8-17
relacionamentos? Paulo
DOM Rm 12.3-8
vai trabalhar esta questão
31
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A Luta pela Comunhão – Lição 2
2. A natureza da pregação: a
mensagem da cruz
Um dos elementos essenciais na busca pela
unidade é o conteúdo da mensagem da igreja
(1Co 1.18-2.16). As pessoas podem divergir so-
bre vários aspectos, mas devem buscar unidade
na pregação. Qual é o tipo de mensagem desta
igreja constituída por Jesus?
Uma mensagem em torno da cruz. Os judeus
divergiam sobre o perfil do Messias que haveria
de vir, e consequentemente, sobre a forma como
ele iria trazer o reino de Deus. Alguns insistiam
no caminho da guerra, como Davi, outros da Lei,
como Moisés. Jesus, entretanto, anunciou o ca-
minho do Servo Sofredor de Isaías 53. Com isso,
Ele deu o tom do seu ministério. Sua mensagem
focaria na cruz, no sacrifício, no sangue derrama-
do, em vez da força ou da violência. Como seu
mestre, em vez da sabedoria do mundo, a igreja
34
A Luta pela Comunhão – Lição 2
Conclusão
Na sua oração, o apóstolo Paulo pediu unida-
de, e não padronização. Não precisamos ter to-
dos a mesma cara nem a mesma forma de servir
a Deus, mas devemos todos proclamar a mesma
mensagem do evangelho. Semelhança de forma
é padronização. Unidade é ter propósito e teste-
38
A Luta pela Comunhão – Lição 2
munho em comum.
Lição 3
Texto Base: 1Co 5 e 6
Imoralidade e
Mundanismo na
Igreja
Paulo recebeu notícias muito ruins oriundas da
Igreja de Corinto. A cidade era conhecida pelo
grau de imoralidade. Os crentes trouxeram para
dentro da igreja muito da imoralidade presente
Leitura Diária na cidade. Os capítulos 5
SEG 1Co 5.1-13 e 6 da carta parecem di-
TER 1Co 6.1-11
vidir o assunto em ques-
QUA 1Co 6.12-20
QUI Cl 1.3-23 tões ligadas ao adultério,
SEX Ef 2.1-10 problemas com litígio e a
SÁB Ef 2.11-22
prostituição.
DOM 1Pe 2.1-10
40
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Imoralidade e Mundanismo na Igreja – Lição 3
1. Problemas de imoralidade
O primeiro tema tratado é o da indecência (1Co
5.1-13). O versículo inicial usa a palavra grega “por-
neia” para descrever o tipo de imoralidade que
chegou aos ouvidos do apóstolo Paulo. A palavra
dá origem ao termo “pornografia” em língua por-
tuguesa. Porneia foi traduzido por “fornicação” na
versão Revista e Atualizada da Bíblia. Para não
deixar dúvida da gravidade do caso, o apóstolo
explicita: há uma pessoa que “abusa da mulher
de seu pai” (1Co 5.1). Apesar do texto não esclare-
cer, muito provavelmente o caso era de adultério
de um rapaz com a própria madrasta.
Pior do que a tipificação da imoralidade, para
o apóstolo, era o fato de que a igreja não fazia
nada a respeito. Provavelmente estavam tão en-
volvidos com suas dissensões que não davam a
devida atenção à impureza moral dos seus mem-
bros. O pecado daquele crente era pior do que
muitos atos de pessoas pagãs de Corinto.
Diante da situação, Paulo invoca sua autorida-
de como apóstolo de Jesus para julgar a ação
41
Imoralidade e Mundanismo na Igreja – Lição 3
Conclusão
Mesmo em um núcleo tão especial como a fa-
mília podem existir brigas e violências às vezes
inimagináveis. O ser humano tem dificuldade para
viver em grupo. Pois foi justamente para viver em
um que cada crente foi salvo por Jesus. Seria mui-
47
Imoralidade e Mundanismo na Igreja – Lição 3
48
Questões Sobre o Casamento Cristão – Lição 4
Lição 4
Texto Base: 1Co 7.1-40
Questões Sobre o
Casamento Cristão
Aqui no capítulo 7 de 1Coríntios começa uma se-
ção da carta em que Paulo responde a perguntas
levantadas pela própria igreja. Estas perguntas
chegaram até ele, e aqui ele se propõe a respon-
der. Com isso, ele cumpre o seu papel apostólico,
Leitura Diária que é não apenas plantar
SEG 1Co 7.1-7 uma igreja, mas também
TER 1Co 7.8-16
QUA 1Co 7.17-31 orientá-la na doutrina e
QUI 1Co 7.32-40 no conhecimento apro-
SEX Gn 2.18-25
priado a umdiscípulo de
SÁB Hb 13.1-6
DOM Mt 19.1-12 Jesus.
49
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Questões Sobre o Casamento Cristão – Lição 4
1. Orientações quanto ao
casamento
A frase “bom seria que o homem não tocasse
em mulher” (1Co 7.1) é uma expressão idiomática
que significa concretamente o seguinte: “bom se-
ria que o homem não se casasse”. Não é possí-
vel, entretanto, usar tal expressão para estigmati-
zar a mulher na igreja, como se ela fosse impura,
e o simples toque em uma mulher contaminasse
o homem. Tanto mulheres quanto homens foram
lavados pelo sangue de Jesus e não são mais
fonte de contaminação espiritual. O que conta-
mina é o pecado, e ele não guarda gênero, po-
dendo surgir no coração de um ou outro.
Outro destaque a se fazer aqui é que esta pas-
sagem paulina também não pode ser usada para
estigmatizar o casamento. Afinal, é o próprio tex-
to sagrado que afirma a sua origem divina. Foi o
próprio Deus que fez o primeiro matrimônio, ain-
da no Éden, entre Adão e Eva (Gn 2.18). O mesmo
texto de Gênesis diz ainda que “não é bom que o
homem permaneça sozinho”. O Novo Testamento
também esclarece que o casamento é uma coisa
50
Questões Sobre o Casamento Cristão – Lição 4
Conclusão
Não é o casamento que manterá duas pesso-
as juntas. O que as une não é um par de alianças,
ou mesmo uma cerimônia nupcial. O que mantem
duas pessoas juntas é o compromisso que am-
56
Questões Sobre o Casamento Cristão – Lição 4
57
Liberdade Cristã e Crentes Vulneráveis – Lição 5
Lição 5
Texto Base: 1Co 8.1-11.1
Liberdade Cristã e
Crentes Vulneráveis
Na cidade de Corinto, a maior parte da carne
vendida nos mercados procedia de sacrifícios de
animais em templos espalhados pela cidade ou
arredores. Isso provocou a curiosa pergunta dos
crentes: se eles deveriam ou não comer carne.
Não era uma questão
Leitura Diária
SEG 1Co 8.1-13 nutricional, mas de pro-
TER 1Co 9.1-27 funda implicação espiri-
QUA 1Co 10.1-13
tual. É a resposta a esta
QUI 1Co 10.14-22
SEX 1Co 10.23-11.1 pergunta que provocou
SÁB 1Tm 4.1-5 os capítulos estudados
DOM Mt 22.34-40
nesta lição.
58
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Liberdade Cristã e Crentes Vulneráveis – Lição 5
Conclusão
O princípio que guiará cada decisão do cristão
é o amor. Uma pessoa que ama a Deus e ao pró-
ximo como a si mesmo conseguirá encontrar ma-
neiras apropriadas de responder a todas as ques-
tões de conduta moral. Nos tempos de Paulo, os
pagãos tinham muitos deuses falsos, mas os cris-
tãos sabiam que havia somente um Deus, o cria-
66
Liberdade Cristã e Crentes Vulneráveis – Lição 5
67
A Respeito da Adoração Cristã – Lição 6
Lição 6
Texto Base: 1Co 11.2-14.40
A Respeito da
Adoração Cristã
Os capítulos 11 a 14 de 1Corinto são aqueles que
68
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A Respeito da Adoração Cristã – Lição 6
1. O comportamento durante o
culto cristão
Esta seção se concentra principalmente em
atitudes e condutas adequadas na adoração, no
interior do culto da comunidade de fé, não no
relacionamento matrimonial ou no papel das mu-
lheres na igreja (1Co 11.2-16). Embora as instruções
específicas de Paulo possam ser culturais, como
a questão de a mulher cobrir a cabeça durante o
culto, os princípios por trás de suas instruções es-
pecíficas são atemporais, pois instruem os cren-
tes a mostrar respeito pelo irmão que adora no
banco ao lado, e a ter um comportamento reve-
rente na adoração. Se as ações de um crente
ofendem os membros da igreja, isso terá efeito
negativo na saúde do corpo, dividindo o grupo.
A reflexão aqui é sobre liturgia, mas tem como
pano de fundo ainda a busca pela unidade da
igreja. Paulo disse às mulheres que não estavam
usando coberturas para a cabeça para usá-las,
não porque fosse um mandamento bíblico, mas
porque isso impedia a congregação de buscar
em unidade a adoração. Era uma questão mes-
69
A Respeito da Adoração Cristã – Lição 6
3. Administrando os conflitos
domésticos
A presente seção (1 Co 13) foi construída por
Paulo para tratar do amor entre os crentes da igre-
ja, em especial no contexto litúrgico. O amor era
o caminho para que as picuinhas (comida e vesti-
menta) perdessem o sentido e eles conseguissem
caminhar como igreja de Cristo. Entretanto, não é
difícil perceber que estes versículos servem com
muita tranquilidade também para ensinar meios
e maneiras para administrar conflitos familiares,
em especial, entre cônjuges. As ideias a seguir
saíram de um texto muito interessante produzido
pelo pastor Israel Belo de Azevedo, que com sua
costumeira objetividade, levantou alguns princí-
pios para a boa convivência doméstica.
73
A Respeito da Adoração Cristã – Lição 6
Conclusão
Os dons espirituais se tornaram símbolos de
poder espiritual, causando rivalidades na igreja.
Algumas pessoas pensavam que eram mais “es-
pirituais” do que outras em função do que pode-
riam fazer dentro do culto. Este foi um terrível uso
dos dons espirituais. O papel deles é ajudar a
igreja a funcionar melhor, não a dividir. Como em
outras seções, Paulo nos ensina que devemos
usar os dons e talentos que Deus nos deu com
sensibilidade para as necessidades do próximo
77
A Respeito da Adoração Cristã – Lição 6
Lição 7
Texto Base: 1Co 15.1-58
Conclusão
O embate entre expectativa judaica e grega
não terminou nos tempos paulinos. Até os dias
de hoje ainda encontramos um dilema parecido
em uma falsa dicotomia que eventualmente surge
entre os crentes a respeito da relação entre corpo
e espírito. Uma igreja que nega o corpo despre-
za uma das principais esperanças do evangelho
de Jesus: há um lugar para o corpo no plano de
Deus para cada um de nós.
Lição 8
Texto Base: 1Co 16.1-24
A Assistência Social
Paulo acabara de dizer que nenhuma boa ação
é em vão (1Co 15.58). Neste capítulo, ele menciona
então algumas ações práticas que têm valor para
todos os cristãos. Os irmãos de Corinto são con-
vidados a se juntar aos crentes em outras áreas
para apoiar a igreja em Jerusalém. Paulo dificil-
mente poderia encontrar
Leitura Diária
1Co 16.1-4
um exemplo mais prático
SEG
TER 1Co 16.5-9 da unidade do corpo de
QUA 1Co 16.10-14
Cristo do que este proje-
QUI 1Co 16.15-24
SEX Rm 15.1-33 to de todas as igrejas do-
SÁB 1Tm 4.6-16 arem para ajudar os ca-
DOM 1Tm 5.1-16
rentes de Jerusalém.
88
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A Assistência Social – Lição 8
Conclusão
Misericórdia é uma disposição interior para
ajudar o próximo. Ela é parte do caráter cristão
construído em nós pelo Espírito Santo. Não há
desculpa para não ajudar. Mesmo assim, elas são
levantadas. Estas apontadas abaixo são algumas
94
A Assistência Social – Lição 8
fé.
Lição 9
Texto Base: 2Co 1.1-2.17
Consolação e
Consolo
Nas lições anteriores, nos debruçamos sobre
a Primeira carta aos Coríntios. Depois de tudo o
que escreveu, Paulo poderia imaginar que tudo
se resolveu em Corinto. Mas não aconteceu as-
sim. Os crentes de lá continuaram a manifestar
comportamentos pouco saudáveis na vida cristã.
Leitura Diária
Além disso, eles reagiram
SEG 2Co 1.1-2
negativamente às tenta-
TER 2Co 1.3-11 tivas de aconselhamen-
QUA 2Co 1.12-14 to de Paulo. Alguns, de
QUI 2Co 1.15-2.4 maneira agressiva, che-
SEX 2Co 2.5-13 garam a atacar a pessoa
SÁB 2Co 2.14-17
do Apóstolo e, junto, sua
DOM Gl 2.1-10
mensagem.
97
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Consolação e Consolo – Lição 9
1. O contexto histórico de
2Coríntios
Depois de ter escrito aos crentes de Corinto a
carta que conhecemos como 1Coríntios, Paulo foi
surpreendido com a rebeldia persistente daque-
les crentes. Eles não só relutavam em seguir suas
orientações, mas também começaram a duvidar
de sua idoneidade como ministro do Evangelho
de Cristo.
Ao tomar conhecimento disso, Paulo reage com
energia. Ele hesita em ir até Corinto pessoalmen-
te, com medo de ferir os crentes com uma repri-
menda muito severa. Para abordar esse proble-
ma, ele escreve a Segunda Carta aos Coríntios.
Nela, há momentos suaves, mas também momen-
tos mais contundentes, principalmente após o ca-
98
Consolação e Consolo – Lição 9
Conclusão
Assim como na primeira carta e em grande par-
te de suas obras, Paulo se apresenta como um
apóstolo comissionado diretamente por Deus.
Timóteo, agora co-autor, era conhecido na igre-
ja, tendo apoiado Paulo durante a plantação da
Igreja de Corinto. Paulo e Timóteo enviam “gra-
ça” e “paz” aos destinatários da carta. “Graça” era
103
Consolação e Consolo – Lição 9
Lição 10
Texto Base: 2Co 3.1-4.18
A Defesa do
Ministério
Esta seção de 2Co faz parte da autodefesa de
Paulo. O leitor precisa ter em mente que esse
tipo de texto é uma espécie de diálogo com um
público imaginário. O autor bíblico antecipa como
as pessoas reagirão às suas palavras e responde
antecipadamente a essas questões. São passa-
Leitura Diária
gens fortes e vigorosas,
SEG 2Co 3.1-11
quase como um debate.
TER 2Co 3.12-18 O apóstolo entende que
QUA 2Co 4.1-6 precisa apresentar essas
QUI 2Co 4.7-15 palavras de defesa por-
SEX 2Co 4.16-18 que o evangelho que ele
SÁB 2Tm 2.1-13
pregou estava associado
DOM Cl 3.1-17
à sua vocação. Questionar
105
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A Defesa do Ministério – Lição 10
3. O paradoxo do ministério
apostólico
As realidades celestiais nas cartas aos Coríntios
são exaltadas em detrimento das terrenas. Paulo
recomenda uma existência nesta vida com os
olhos voltados para outra dimensão, fazendo refe-
rência ao céu e às realidades celestiais que exis-
110
A Defesa do Ministério – Lição 10
Conclusão
A letra é a Lei. Ela foi escrita em tábuas de pe-
dra e condena o homem por sua falha. Ela aponta
o pecado, a falta de obediência aos seus manda-
mentos. Na presença dela, o pecado abunda. A
Lei faz questão de iluminar o salário do pecado:
a morte.
O Evangelho, por sua vez, está escrito no cora-
ção dos crentes. Ele reconhece as falhas huma-
nas. Reconhece a dificuldade em obedecer, reco-
nhece que o salário do pecado é a morte, mas faz
questão de iluminar a solução de Deus, que é “a
vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm
6.23). Não podemos apenas apontar o erro das
pessoas; também indicamos a solução. Dizemos
que elas estão no pecado, mas a solução é o per-
dão de Deus. Uma igreja que só aponta o erro é
uma igreja legalista. Devemos tanto diagnosticar
a doença quanto prescrever o remédio.
113
A Defesa do Ministério – Lição 10
114
A Busca Pelo Discernimento Espiritual – Lição 11
Lição 11
Texto Base: 2Co 5.1-7.1
A Busca Pelo
Discernimento
Espiritual
Paulo aborda o tema da tribulação, mas aqui
levada às últimas consequências (2Co 5.1-10).
Diante desta realidade, o crente reage com fé. O
cristão verdadeiro sabe que a morte não é o fim
de tudo. Ele vive pela fé
Leitura Diária
e sonha com o céu. Deus
SEG 2Co 5.1-10
está nos preparando para
TER 2Co 5.11-17
QUA 2Co 5.18-6.3 a vida celestial e nos deu
QUI 2Co 6.4-13 o Espírito Santo como ga-
SEX 2Co 6.14-7.1 rantia. Por isso, o crente
SÁB Fl 1.12-26
não pode reagir com blas-
DOM Fl 2.1-18
fêmia ou incredulidade.
115
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A Busca Pelo Discernimento Espiritual – Lição 11
Conclusão
A Escritura usa a figura da morte e ressurreição
para falar da salvação. O homem sem Cristo está
morto, é um cadáver. Ele está morto em delitos e
pecados (Ef 2.1s). Como um morto, é frio, não se
122
A Busca Pelo Discernimento Espiritual – Lição 11
124
Reconciliação e Oferta – Lição 12
Lição 12
Texto Base: 2Co 7.2-9.15
Reconciliação e
Oferta
O fato de Paulo retomar a história sobre seus
planos de viagem recentes (7.5) depois de havê-
-los mencionado ainda no início da carta (2:13) pa-
rece ser sinal de que ele não escreveu esta carta
em um único momento. É bem provável que ele
tenha escrito um pedaço num dia e outro pedaço
noutro, até decidir enviar
Leitura Diária
o manuscrito para a igre-
SEG 2Co 7.2-16
TER 2Co 8.1-15
ja. Isso poderia acontecer
QUA 2Co 8.16-24 quando finalmente o men-
QUI 2Co 9.1-5 sageiro estivesse pronto
SEX 2Co 9.6-15 para seguir viagem.
SÁB Lc 21.1-4
Ainda lembro dos meus
DOM At 20.17-35
tempos de seminarista, na
125
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Reconciliação e Oferta – Lição 12
Conclusão
Deus poderia fazer as coisas de outra forma,
mas ele decidiu fazer com nossa participação,
como cooperadores dele na sua obra de aben-
çoar as pessoas. Deus quer doadores alegres e
participantes da obra entusiasmados (2Co 9.7).
Por isso, a moedinha de uma viúva pobre tem
tanto valor quanto o ouro de um rico. Deus pres-
cinde de doadores egoístas e descontentes.
134
Uma Carta de Lágrimas – Lição 13
Lição 13
Texto Base: 2Co 10-13
Uma Carta de
Lágrimas
Nem tudo são flores no ministério ou no serviço
do Senhor. A história do Cristianismo está cheia de
mártires. Foi contra esse contexto que Tertuliano
de Cartago escreveu na parte final do século II:
“Torture-nos, atormente-nos, condene-nos, es-
mague-nos, porque o sangue dos cristãos é a se-
mente do Cristianismo”.
Leitura Diária
SEG 2Co 10.1-12 O grito do antigo apo-
TER 2Co 10.13-18 logista é um desafio para
QUA 2Co 11.1-6 os adversários da igreja.
QUI 2Co 11.7-33 Segundo ele, quanto mais
SEX 2Co 12.1-10 os cristãos eram perse-
SÁB 2Co 12.11-21
guidos, mais se manifes-
DOM 2Co 13.1-13
tava sua fé. A persegui-
135
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Uma Carta de Lágrimas – Lição 13
Conclusão
144
Ficha Técnica
145
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