Cruzeiro Do Sul - Filosofia - Estética

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Estética – unidade I

Qual a origem moderna do termo estética?


a. Partiu de um grupo de filósofos franceses ligado ao movimento filosófico conhecido como
romantismo.
b. O termo foi criado pelo teórico alemão Baumgarten, partindo do conceito grego de
aisthesis, que significa sensação ou experiência do sentir, entre outros significados
c. Foi Merleau-Ponty quem primeiro utilizou este termo, em seu livro Sinais, no início do século
XX.
d. Foi criado por Immanuel Kant, em seu livro a Crítica da Razão Pura.
e. Decorre da antiguidade e, provavelmente, foi formulado por Aristóteles.

Podemos considerar o papel do “olhar”, como algo imprescindível na interpretação das obras de
arte?
a. Sim. Porém, o olhar de todos é sempre igual e banalizante.
b. Sim. Pois, o olhar para a obra de arte nos permite partilhar de um novo mundo, construído
sob a ótica de outros pontos de vista que se diferenciam e somam-se aos nossos. Todo olhar é
fruto de uma escolha, pressupõe uma intenção. Portanto, também estabelecem posições
estéticas e compreensões de mundo.
c. Não. O ato de olhar não possui nenhuma significação mais profunda dentro da filosofia da arte.
d. Não. Pois, Platão já determinou que o mundo sensível não é o lugar do belo.
e. Não. O belo está todo expresso na obra. A maneira que olhamos para obra não quebra essa
imutabilidade.

Qual o significado da palavra grega Poiésis?


a. É uma forma de literatura que os rapsodos faziam na Grécia antiga.
b. Toda produção que envolva uma fabricação humana por meio de sua racionalidade, pode
ser considerada uma poética, uma ciência da produção.
c. Esta palavra se relaciona à poesia épica de Homero e Hesíodo.
d. Significa a ciência das sensações e todas as suas implicações artísticas.
e. Significa estudo da arte enquanto arte, uma nova forma de conhecimento.

Segundo o que lemos nesta unidade, como podemos caracterizar a experiência estética?
a. Como uma experiência da lógica que aproxima a arte da ciência, estabelecendo parâmetros
antropológicos de qualidade e precisão.
b. Realiza a experiência de estarmos vivos, apenas contemplando a arte.
c. É o processo pelo qual o artista imprime o gosto na realidade da obra-prima.
d. Ela se relaciona com o prazer, intelectual ou sensorial, que sentimos ao entrarmos em
contato com as artes. Esse processo de apreensão da obra de arte, seja ela qual for, nos
permite uma reflexão prazerosa sobre o belo e suas virtudes.
e. Ela é análoga à experiência religiosa, só podemos estabelecer parâmetros estéticos se traçarmos
suas bases no conceito de fé.
Estética – unidade II

Podemos alegar que o consenso entre as pessoas de determinada época é uma maneira de
determinarmos a grandeza e a universalidade de um artista?
Assinale a alternativa CORRETA:
a. Sim. O acordo ou o senso comum de determinada época já basta para legitimarmos um artista.
b. Sim. A divergência não ajuda a carreira de um artista. Bom mesmo é quando ele, ou ela, recebe
muitas opiniões diferentes.
c. Não. Aquilo que hoje é considerado grande e majestoso, amanhã pode tornar-se
ultrapassado e simplório, e vice-versa. Na música, por exemplo, esse fenômeno ocorre com
frequência.
d. Não. A divergência de opiniões é que torna um artista grande; quanto mais polêmica, melhor para
sua carreira.
e. Sim. Hoje apenas a fala especializada do público garante a grandiosidade de um artista.

Segundo o que estudamos durante essa unidade, como podemos definir cultura?
Assinale a alternativa CORRETA:
a. Como o estudo das manifestações da natureza, como as paisagens naturais e os recursos minerais
e vegetais.
b. Como um processo científico que procura determinar o que é do povo e o que não é.
c. Como a aquisição de conhecimentos eruditos, afastando-se da cultura popular.
d. Como a junção dos recursos materiais e imateriais que criamos ou herdamos e que nos
auxiliam a deixarmos nossa marca na história da humanidade.
e. Como uma forma de mostrarmos nossa inteligência, explicitando as características de quem é
culto.

Considere o texto a seguir:


“É necessário reeducar o olhar para adentrar o universo artístico, despir-se de interpretações pré-
concebidas e colocar-se diante da obra como um discípulo que até aquele momento não foi iniciado
naquela linguagem, aprender com ela e olhar com atenção para suas possibilidades de significação”.
É possível concluir que:
a. As interpretações pré-concebidas são fundamentais no processo de fruição da obra em discussão.
b. O olhar artístico está estritamente ligado à pintura, nas suas mais variadas técnicas.
c. Somente há uma forma de conceituar a arte, e seus limites são extremamente rígidos.
d. Colocar-se diante da obra como um discípulo é criticá-la ao extremo, até o ponto de compreendê-
la em sua totalidade.
e. É preciso que nos livremos de preconceitos e olhares estéticos limitadores e empobrecidos
quando buscamos compreender as fronteiras entre a arte e as outras formas de conhecimento.

Leia atentamente o texto a seguir:


“Cada instante criador corresponde à intensidade de um momento de vida. Ele é o esquecimento do
passado com todo o acúmulo de conhecimentos e o despertar do presente em plenitude e riqueza. O
ato de criação é um ato de presença. Criar é viver no presente. Neste aqui e agora estão contidas as
nossas vivências individuais enriquecidas das vivências do mundo a que pertencemos. Este mundo
está conosco, não podemos nos separar dele. O momento criador, quando vivido intensamente, é um
retorno à unidade inicial. É, portanto, um momento de intensa alegria. Através da intuição, as ideias
se harmonizam. A intuição é a claridade que vem dentro de nós mesmos e não é buscada fora,
através de ensinamentos. Desperta num momento inesperado, quando o pensamento lógico foi
transcendido (...)”.
ANDRÉS, M. H. Os Caminhos da Arte. Petrópolis: Vozes, 1977. p. 53.
Considerando o texto lido, analise as seguintes afirmações:
I. Criar é viver no presente. Nossas vivências individuais se enriquecem com as do mundo em um
aqui e agora.
II. O ato de criação não é um ato de presença e nada tem a ver com encarar o que se quer criar.
III. O instante criador, em sua plenitude, é um retorno à unidade inicial.
Dentre as afirmativas I, II e III, NÃO corresponde(m) a uma conclusão que pode ser inferida do
texto:
a. Apenas a I.
b. Apenas a I e II.
c. Apenas a II e III.
d. Apenas a III.
e. Apenas a II.

Estética – unidade III

Releia atentamente este trecho que estudamos nesta unidade:


“Ao utilizarmos o termo “beleza”, estamos estabelecendo que o seu lugar não advém do
entendimento, tanto quanto conceito quanto como manifestação. Se em filosofia, até Kant, podia-se
pensar no belo como uma manifestação universalizável daquilo que é aprazível ou prazeroso para os
sentidos, sendo, portanto, passível de ser compartilhado e comunicado aos outros, a partir de Kant
há uma transposição da significação do belo, que vai do objeto para o juízo que emitimos acerca
dele”.
Segundo esse trecho, podemos concluir que:
a. O juízo estético é uma representação universal de um juízo lógico particular e antropológico.
b. A arte nada deve à filosofia como forma de expressão do raciocínio lógico.
c. O belo se concentra plenamente na natureza dos objetos, não possuindo nada em comum com as
sensações que experimentamos a partir deles.
d. O Juízo analítico é um estado de alma que nos leva a compreender mais claramente a arte.
e. Em Kant o conceito de belo não está no objeto em si, mas na sensação que ele nos causa, nos
fazendo emitir um juízo estético sobre ele.

Acerca da estética de Immanuel Kant, podemos afirmar que:


a. Ele reproduz o pensamento de Platão ao aliar o mundo sensível ao inteligível, construindo uma
estética que se pauta única e prioritariamente na razão.
b. Ele ultrapassa fronteiras ao extrapolar a mera análise racional na estética; sua investigação
expande os limites do que pode ser conhecido por nosso Juízo, envolvendo, além da razão, as
emoções, a percepção sensível e a memória.
c. Uma filosofia do belo deveria chamar-se kalística, por tratar-se de uma reflexão que remonta à
Grécia clássica.
d. Ele criou essa palavra para definir a filosofia da arte em seu livro Estética Magna.
e. A estética kantiana baseia-se em uma epistemologia científica da arte, buscando métodos
analítico-matemáticos para determinar os limites do belo.
Falamos do belo enquanto ideia no mesmo sentido em que se fala do bem e do verdadeiro como
ideia, a saber, no sentido de que a ideia é pura e simplesmente substancial e universal, a matéria
absoluta - e não certamente sensível -, a estabilidade do mundo. Compreendida de modo mais
determinado, porém, como inclusive já vimos, a ideia não é apenas substância e universalidade, mas
justamente a união do conceito e de sua realidade, o conceito produzido no seio de sua objetividade
enquanto conceito (HEGEL, 2001. p. 155).
Segundo o texto, é possível afirmar que:
a. Substância e universalidade são expressões da ciência artística na construção do sujeito estético.
b. A ideia é uma experiência do dado artístico que se perde na universalidade dos sentidos.
c. A ideia conjuga não só a universalidade e a substância, mas também a união da realidade ao
conceito.
d. A ideia conjuga o dado particular e as essências, dentro de uma perspectiva que une o abstrato e o
concreto.
e. A matéria absoluta é uma parte da construção anímica da arte enquanto reflexão sobre o belo.

Leia atentamente as informações contidas nas colunas A e B e, em seguida, assinale a alternativa


que reúne as correspondências CORRETAS entre as informações nelas contidas.
Coluna A
I. Gosto
II. Belo
III. Gênio
Coluna B
1. Consiste propriamente na proporção feliz, que nenhuma ciência pode ensinar e nenhum estudo
pode exercitar, de encontrar Ideias para um conceito dado, e por outro lado, encontrar para estas a
expressão, pela qual, a disposição mental subjetiva assim causada, como acompanhamento de um
conceito, possa ser comunicada a outros (KANT, 1980, p. 254).
2. É a faculdade-de-julgamento de um objeto ou de um modo-de-representação, por uma satisfação,
ou insatisfação, sem nenhum interesse. (KANT, 1980, p. 215).
3. É aquilo que, sem conceitos, é representado como um objeto de satisfação universal (KANT,
1980, p. 215).
A sequência CORRETA dessa associação é:
a. I - 3, II - 1, III - 2
b. I - 2, II - 1, III - 3
c. I - 1, II - 3, III - 2
d. I - 1, II - 2, III - 3
e. I - 2, II - 3, III - 1

Estética – unidade IV
“O conceito de dessacralização da arte, repetido a exaustão, hoje confundido com a destituição das
pretensões burguesas de construir uma nova aristocracia, data da Renascença com a entronização do
homem como centro de interesse e a abolição da ideia religiosa na arte” (Klintowitz, 1999, p. 8).
Levando-se em consideração esse texto, o que significa o conceito de “dessacralização da arte”?
Assinale a alternativa CORRETA:
a. Encontrar formas de entender o sagrado e sua relação com a arte.
b. O ato de tornar sagrada toda e qualquer manifestação artística.
c. Buscar formas de aproximar a religiosidade do processo artístico.
d. Afastar a arte da igreja e aproximá-la das manifestações afrodescendentes.
e. Como um afastamento do predomínio da Igreja católica sobre as artes, no sentido de se
adquirir liberdade de temas e de pesquisa, apontando para uma recusa do cerceamento
moral, realizado por essa instituição em determinado momento histórico.

Segundo Brecht, “distanciar um acontecimento ou um caráter significa antes de tudo retirar do


acontecimento ou do caráter aquilo que parece óbvio, o conhecido, o natural, e lançar sobre eles o
espanto e a curiosidade” (Brecht apud Bornheim, 1992, p. 243).
Baseados nessa citação, podemos afirmar que:
a. A arte de seguir o teatro aristotélico é o distanciamento.
b. A projeção da voz ajuda a diminuir o distanciamento entre os espectadores.
c. Distanciar um acontecimento é manter a obviedade do objeto teatral.
d. O distanciamento é uma forma de trazer o espectador de uma atitude passiva para uma
atitude de reflexão perante aquilo que ali se apresenta.
e. O distanciamento é o espaço que há entre o palco e a plateia.

A ________ provoca uma “descarga de desordens emocionais ou afetos desmedidos a partir da


experiência estética oferecida pelo teatro, música e poesia” (Houaiss, 2007). Também podemos
entendê-la como uma “_______ do espírito do espectador através da purgação de suas paixões,
especialmente dos sentimentos de terror ou de piedade vivenciados na contemplação do espetáculo
________” (Ibid.).
Assinale a alternativa que completa CORRETA e RESPECTIVAMENTE as lacunas:
a. purificação; catalepsia; mágico.
b. catarse; purificação; trágico.
c. comédia; superação; trágico.
d. catalepsia; purificação; trágico.
e. catarse; danação; mágico.

“A religião egípcia, toda ela orientada contra a morte, subordinava a sobrevivência à perenidade
material do corpo. Com isso, satisfazia uma necessidade fundamental da psicologia humana: a
defesa contra o tempo. A morte não é senão a vitória do tempo. Fixar artificialmente as aparências
carnais do ser é salvá-lo da correnteza da duração: aprumá-lo para a vida. A morte não é senão a
vitória do tempo.” (BAZIN, 1991, p.19.).
Esse texto, de André Bazin, vê no embalsamamento e na estatuária egípcia uma forma de enganar o
tempo e, de certa forma, derrotá-lo. Se fizermos uma relação dessas características com a arte,
podemos afirmar que:
a. Bazin desejava se embalsamar para atingir a imortalidade.
b. Quando se produz uma estátua, magicamente se decreta a morte daquela pessoa.
c. O processo artístico, de certa forma, promove uma espécie de imortalidade para o artista.
d. A vitória do tempo é decretada pela vida, é isso que o artista procura.
e. A perenidade material do corpo é uma técnica artística.

Estética – unidade V
Leia o texto abaixo:
“Essa capacidade de lidar com representações que substituem o próprio real é que possibilita ao
homem libertar-se do espaço e do tempo presentes, fazer relações mentais na ausência das próprias
coisas, imaginar, fazer planos e ter intenções. (...) Essas possibilidades de operação mental não
constituem uma operação direta com o mundo real fisicamente presente. A relação é mediada pelos
signos internalizados que representam os elementos do mundo, libertando o homem da necessidade
de interação concreta com os objetos de seu pensamento.” (KOHL, 1993, p. 35.)
De acordo com o texto, analise as assertivas a seguir:
I. O homem não necessita de interação concreta com alguns objetos do mundo, pois realiza essa
interação por meio de signos internalizados que representam os elementos do mundo.
II. O homem é um ser racional, portanto não necessita de simbolizações. O contato direto com os
elementos do mundo se dá através da razão.
III. As possibilidades de operação mental não são uma operação direta com o mundo real
fisicamente presente.
É CORRETO o que se afirma
a. apenas em III.
b. em I, II e III.
c. apenas em II e III.
d. apenas em I e III.
e. apenas em I e II.

A arte pode ser encarada por meio das relações simbólicas em que se insere. Assim, a relação entre
o homem e o mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos.
O símbolo, em seu significado original, quer dizer:
a. “Aquilo que é lançado junto” ou “aquilo que nos une”.
b. “Aquilo que é simpático e cordial”.
c. “Aquilo que está escondido”.
d. “Aquilo que não tem sentido, nem nunca terá”.
e. “Aquilo que busca completude” ou “aquilo que nos ameaça”.

Leia atentamente as assertivas a seguir e analise-as quanto à sua veracidade (se verdadeiras ou
falsas):
I. A palavra iconografia é a junção de dois termos gregos, eikon e graphein. O primeiro pode ser
traduzido como “animal” e o segundo é um verbo que pode ser traduzido por “pintar”.
II. A arte, hoje, expressa em manifestações concretas o espírito dos povos, das épocas e das ideias
de maneira simbólica. Une significados que extrapolam os dados que se apresentam nessa
concreção. III. Na análise pré-iconográfica, o observador trabalha apenas com aquilo que pode ser
reconhecido visualmente sem referência a elementos e recursos exteriores.
IV. Antes de ser um ser lógico, o homem é um ser que simboliza; daí surge a ideia de Homo
Symbolicus.
As assertivas I, II, III e IV são RESPECTIVAMENTE:
a. V; F; V; F.
b. F; V; F; F.
c. V; V; F; F.
d. F; V; V; V.
e. V; V; V; F.

A arte é um conhecimento que perpassa muitos caminhos: os místico-religiosos, os utilitários ou


decorativos, e os da arte pela arte, além de muitos outros.
Desse modo, podemos afirmar que:
a. A função místico-religiosa é primordial e funciona como uma expansão da racionalidade artística.
b. Somente é válida a função decorativa da arte, que consiste no processo de obtenção da verdadeira
arte.
c. A arte não se refere à religião ou ao uso cotidiano. Na verdade, ela é, por natureza, uma
manifestação do conhecimento humano.
d. A apreensão do conteúdo estético é uma forma de conhecimento que se faz através dos
sentidos, mas opera antes de atingir o nível da razão.
e. A arte pela arte é a única que se pode considerar como arte elevada.

Estética – unidade VI
Os primeiros a utilizarem o termo “indústria cultural” foram os filósofos Adorno e Horkheimer, em
seu livro Dialética do Esclarecimento, de 1947, quando buscaram analisar como se configuravam as
formas de expressão da cultura e da arte no século XX.
Segundo essa análise, é CORRETO afirmar que esse termo pode ser entendido como:
a. O incentivo fiscal que as indústrias concediam a quem fizesse propaganda de seus produtos,
sobretudo quando da fabricação de pigmentos, cavaletes e telas em larga escala.
b. O processo partidário da industrialização que concede a tudo que é produzido
culturalmente pela arte adquirir o status e os fetiches da mercadoria – sob o jugo do
capitalismo e de suas relações de produção, com o intuito de inserir-se no mercado e gerar
consumo de maneira massiva.
c. A indústria que produz cultura visando esclarecer as pessoas e permitir o seu acesso à arte erudita.
Além disso, esse processo permite que as pessoas ascendam socialmente e imitem os hábitos
culturais dos mais favorecidos.
d. O incentivo fiscal que o governo alemão dava aos artistas que não fizessem a arte “degenerada”,
tão abominada pelo regime nazista, até a ascensão de Hitler ao poder.
e. O processo partidário do socialismo, que obrigava seus artistas a produzir obras a favor do
capitalismo, exaltando suas qualidades para a socialização das grandes massas.

Leia o texto a seguir:


“[...] G. tem um mérito profundo que lhe é peculiar; desempenhou voluntariamente uma função que
outros artistas desdenharam e que cabia sobretudo a um homem do mundo preencher. Ele buscou
por toda a parte a beleza passageira e fugaz da vida presente, o caráter daquilo que o leitor nos
permitiu chamar de Modernidade. Frequentemente estranho, violento e excessivo, mas sempre
poético, ele soube concentrar em seus desenhos o sabor amargo ou capitoso do vinho da vida.”
(BAUDELAIRE, 1996, p. 70.)
Segundo o texto, é CORRETO afirmar que:
a. Como na arte de Dionísio, é o vinho da vida que deve guiar as decisões do artista. Pois a
embriaguez experimentada por meio da arte leva o artista a sentir a embriaguez da produção
artística, que também é uma das marcas de sua arte.
b. A beleza passageira e fugaz em nada se relaciona com a pintura da vida moderna, visto que essa
deve exercitar, com perfeição, a simples imitação da natureza.
c. A violência é a marca da sociedade moderna. Podemos atestar isso ao olharmos para a maneira
que as pessoas vivem hoje em dia. Tomadas pelo medo e pela insegurança, vivendo em um mundo
em que cada um olha apenas para si.
d. Para Baudelaire, o advento da modernidade traz consigo a velocidade e a mutabilidade das
relações e situações presentes. A arte inevitavelmente absorve essas características e as
ressignifica, enquanto reflexão sobre os aspectos mais profundos do nosso modo de viver.
e. O excessivo é poético porque tira o artista de seu centro e o joga na roda da arte. Como Kant
afirmava, é a razão de Apolo que deve domar a fluidez de Dionísio. O instante artístico deve estar
tomado dessa dualidade criativa.

"Questão Anulada- Você deve assinalar uma das alternativas para obter pontuação."
Segundo Walter Benjamin (1994, p. 217), “a obra de arte, na era de sua reprodutibilidade técnica
revoluciona o estatuto da cultura, dissolve o conceito burguês de arte, transforma a cultura de elite
em cultura de massa.”
Com base nessa citação, é CORRETO afirmar que:
a. Há uma ingerência no pensamento de Benjamin, ao afirmar que a fotografia é a forma mais
sublime de arte porque permite a reprodução em massa.
b. A reprodução para Benjamin é maléfica porque iguala as classes, não permitindo que a luta de
classes aconteça.
c. Benjamim contesta o caráter negativo da reprodução tecnológica dos objetos artísticos e diz
que a possibilidade de multiplicação os torna presentes, destituindo a arte do seu caráter
sagrado e ritual.
d. Ética e estética devem andar juntas, por isso não se deve reproduzir nada. Apenas as obras
originais têm seu valor.
e. Benjamin é um entusiasta da reprodutibilidade da arte, mas apenas quando os direitos autorais
não são feridos, pois devemos pensar eticamente a estética.

Leia o trecho a seguir:


“Na verdade, esta é uma bela ocasião para estabelecer uma teoria racional e histórica do belo, em
oposição à teoria do belo único e absoluto; para mostrar que o belo inevitavelmente sempre tem
uma dupla dimensão, embora a impressão que produza seja uma, pois a dificuldade em discernir os
elementos variáveis do belo na unidade da impressão não diminui em nada a necessidade da
variedade em sua composição. O belo é constituído por um elemento eterno, invariável, cuja
quantidade é excessivamente difícil de determinar, e por um elemento relativo, circunstancial, que
será, se quisermos, sucessiva ou combinadamente, a época, a moda, a moral, a paixão. Sem esse
segundo elemento, que é como o invólucro aprazível, palpitante, aperitivo do divino manjar, o
primeiro elemento seria indigerível, inapreciável, não adaptado e não apropriado à natureza
humana. Desafio qualquer pessoa a descobrir qualquer exemplo de beleza que não contenha esses
dois elementos.” (BAUDELAIRE, 1996, pp. 10 e 11.)
Considerando o texto lido, analise as assertivas a seguir:
I. O belo é constituído apenas por um elemento circunstancial e ligado à moda e à paixão.
II. Pode-se estabelecer uma teoria racional e histórica do belo, em oposição à teoria do belo único e
absoluto.
III. O belo sempre tem uma dupla dimensão, mesmo que a impressão que produza seja uma.
É INCORRETO o que se afirma
a. apenas em II.
b. apenas em II e a III.
c. em I, II e III.
d. apenas em I.
e. apenas em I e III.

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