Bioeletrogênese
Bioeletrogênese
Bioeletrogênese
• A Na+/K+ ATPase é uma enzima que hidrolisa ATP na presença de Na+ intracelular,
a energia química liberada nessa hidrólise faz bom trocar o sódio intracelular por
potássio extracelular, ou seja, atua na manutenção das concentrações de sódio e
potássio no citoplasma e no meio extracelular (K+ mais concentrado no citoplasma
e Na+ mais concentrado no meio extracelular), sendo de suma importância para a
manutenção da constância do potencial de repouso.
• Os potenciais de ação não variam em tamanho e duração, apenas em frequência.
• Os potenciais de ação são causados pela despolarização da membrana além do
limiar de excitabilidade.
• A despolarização que causa potenciais de ação é alcançada de formas diferentes
em diferentes neurônios.
• Os potenciais de ação funcionam no modelo "tudo ou nada" ou seja, só acontece se
ultrapassar o limiar de excitabilidade.
• Podem ser gerados múltiplos potenciais de ação ao mesmo tempo a depender da
magnitude da corrente contínua despolarizante, isso significa que a frequência de
disparo de potenciais de ação reflete a magnitude da corrente despolarizante.
• Existe um limite para a taxa que os neurônios podem formar potenciais de ação
conhecido como período refratário absoluto que dura cerca de 1ms.
• Também existe o período refratário relativo que acontece quando a quantidade de
corrente necessária para despolarizar o neurônio até o limiar do potencial de ação
é maior que o normal.
• A despolarização da célula durante o potencial de ação é causada pelo influxo de
íons sódio através da membrana e a repolarização é causada pelo efluxo de íons
potássio.
• Para testar o funcionamento do potencial de ação na prática é preciso medir as
condutâncias de sódio e potássio na membrana durante o potencial de ação, para
isso foram criadas algumas técnicas:
o Voltage clamp (fixador de voltagem ): permite a "fixação" do potencial de
membrana em qualquer valor permitindo que se calcule as alterações que
ocorrem na condutância da membrana em diferentes potenciais a partir
das correntes que fluíam neles, isso é, mediam a corrente iônica que
passava pela membrana através da voltagem necessária para despolarizar
a membrana. A partir dessa técnica, se comprovou que a despolarização
acontece devido aos canais de sódio e a repolarização devido aos canais
de potássio. Além disso, surge o conceito que canais iônicos voltagem
dependente.
• Canal de sódio dependente de voltagem: forma um poro seletivo a passagem de
íons sódio na membrana que abre ou fecha a depender das alterações no potencial
elétrico; é formado a partir de um único e longo polipeptídeo com quatro domínios
que formam o poro entre eles.
o Patch clamp (fixação de membrana): método de estudo para correntes iônicas que
passam através de um único canal em que se remove um pedaço específico da
membrana neuronal e se mede a corrente de um único canal a partir da fixação do
potencial de membrana em qualquer valor. Essa técnica permite o estudo das
propriedades dos canais dependentes de voltagem do íon sódio/potássio.
o O canal de sódio voltagem dependente tem um comportamento muito
característico: primeiro o canal se abre e se mantém aberto por cerca de 1 ms até
ser inativado por uma porção globular da proteína. Após esse processo o canal só
pode abrir novamente quando o potencial de membrana retornar a um valor
negativo próximo ao limiar.
o Esse comportamento do canal pode explicar várias características do potencial de
ação:
• O fato dos canais unitários não abrirem até que um nível crítico de
despolarização da membrana seja atingido explica o limiar do potencial de
ação;
• A abertura rápida dos canais em resposta à despolarização explica porque
o potencial de ação acontece tão rapidamente;
• O curto período que os canais ficam abertos explica em parte o porquê a
duração do potencial de ação é tão baixa;
• A inativação dos canais pode explicar o período refratário absoluto, quando
outro potencial de ação não pode ser gerado até que os canais sejam
reengatilhados.
o Alterações na estrutura e função dos canais iônicos podem causar uma série de
doenças (canalopatias), como a epilepsia, que é causada por uma mutação gênica
que faz os canais de sódio se inativarem mais lentamente, provocando o
prolongamento dos potenciais de ação, o que resulta nas convulsões quando
ocorre o aumento da temperatura no encéfalo (febre).
• Tetrodotoxina (TTX): toxina presente nos ovários de baiacus capaz de bloquear
seletivamente os canais de sódio ao se ligar a um sítio específico no lado externo
do canal, o que obstrui o poro, impedindo o potencial de ação; é letal se ingerida. A
toxina é usada nos estudos de estruturas tridimensionais dos canais de sódio e
como ferramenta experimental em estudos das consequências do bloqueio dos
potenciais de ação.
• Canais de potássio dependentes de voltagem: a ação desses canais é responsável
por acelerar a fase descendente do potencial de ação junto com a inativação dos
canais de sódio.; são formados por quatro subunidades de polipeptídios separadas
que se reúnem formando um poro que se abre cerca de 1 ms após a membrana
ser despolarizada, ou seja, assim como o canal de sódio, o canal de potássio
também é sensível a mudanças no campo elétrico da membrana, porém, os canais
de potássio estão somente abertos ou fechados, não possuindo uma fase de
inativação.
o Tetracetilamônio (TEA) toxina usada para bloquear os canais de potássio
dependentes de voltagem, usado para as mesmas coisas que a TTX.