RDC 220 - Quimioterápicos
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RDC 220 - Quimioterápicos
ANEXO I
1. Histórico
2. Objetivo
2.1. Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos para o funcionamento
dos Serviços de Terapia Antineoplásica (STA).
3. Abrangência
3.1. Esta norma é aplicável a todos os estabelecimentos públicos e privados do país que
realizam atividades de Terapia Antineoplásica (TA).
4. Definições
4.9. Serviço de Terapia Antineoplásica (STA): serviço de saúde composto por equipe
multiprofis sional especializada na atenção à saúde de pacientes oncológicos que
necessitem de tratamento medicamentoso.
5. Condições Gerais
5.1.3. Transporte.
5.1.4. Administração.
5.1.5. Descarte.
5.2.1. Alvará Sanitário atualizado, expedido pelo órgão sanitário competente, conforme
estabelecido na Lei Federal nº 6437, de 20/08/77, suas atualizações ou outro instrumento
legal que venha substituí-la.
5.2.3.1. Nos STA que atendam somente pacientes com doenças Hemolinfopoiéticas, o
responsável técnico deve ser habilitado em hematologia, com titulação reconhecida pelo
CFM.
5.2.3.2. Nos STA que atendam, somente, crianças e adolescentes, o responsável técnico
deve ser habilitado em Cancerologia Pediátrica, com titulação reconhecida pelo CFM.
5.4. O STA deve contar com Farmácia para a preparação de medicamentos para TA, que
atenda às Boas Práticas de Preparação da TA (Anexo III).
5.4.2. Produtos manipulados para utilização em até 48h, do início da preparação até o
término de sua administração, devem atender as disposições estabelecidas neste
regulamento, de maneira a reduzir o risco de contaminação inerente ao procedimento.
5.4.3. Produtos manipulados para utilização em período que ultrapasse 48 horas, do início
da preparação até o término de sua administração, além das disposições contidas neste
Regulamento Técnico, devem atender às exigências da RDC/ANVISA nº 33, de
25/02/2000, suas atualizações ou outro instrumento legal que venha substitui-la.
5.5. O STA pode contratar Farmácia para o fornecimento de preparações para TA, desde
que estas atendam as disposições contidas neste Regulamento Técnico e as exigências da
RDC/ANVISA nº 33, de 25/02/2000, suas atualizações ou outro instrumento legal que
venha substitui-la.
5.5.1. A Farmácia contratada deve possuir Alvará Sanitário atualizado, expedido pelo
órgão sanitário competente, conforme estabelecido na Lei Federal nº 6437, de 20/08/77,
suas atualizações ou outro instrumento legal que venha substituí-la.
6. Condições Específicas
6.4. Todos os medicamentos, produtos farmacêuticos e produtos para a saúde devem ser
submetidos à verificação de recebimento documentada, observando a integridade da
embalagem, a correspondência entre o pedido, a nota de entrega e os rótulos do material
recebido.
6.4.1. Deve ser avaliada qualquer divergência que possa afetar a qualidade do produto.
7.1. A infra-estrutura física deve atender aos requisitos contidos na RDC/ANVISA nº 50, de
21/02/2002, suas atualizações, ou outro instrumento legal que venha substituí-la.
7.2. Quando o STA contar com Farmácia própria, esta deve atender os seguintes
requisitos mínimos:
7.2.1 Área destinada a paramentação: provida de lavatório para higienização das mãos.
7.2.2. Sala exclusiva para preparação de medicamentos para TA, com área mínima de 5
(cinco) m2 por cabine de segurança bio lógica.
7.2.2.1. Cabine de Segurança Biológica (CSB) Classe II B2 que deve ser instalada
seguindo as orientações contidas na RDC/ANVISA n.°50, de 21/02/2002.
7.3.1. Deve existir registro por escrito das manutenções preventivas e corretivas
realizadas.
7.3.2. As etiquetas com datas referentes à última e à próxima verificação devem estar
afixadas nos equipamentos.
7.4. A CSB deve ser validada com periodicidade semestral e sempre que houver
movimentação ou reparos, por pessoal treinado, e o processo registrado.
7.5. O STA deve dispor para atendimento de emergência médica, no próprio local ou em
área contígua e de fácil acesso, e em plenas condições de funcionamento, no mínimo, os
seguintes materiais e equipamentos:
a) Eletrocardiógrafo
d) Medicamentos de emergência
e) Ponto de oxigênio
f) Aspirador portátil
g) Material de entubação completo (tubos endotraqueais, cânulas, guias e laringoscópios
com jogo completo de lâminas)
8. Limpeza e Desinfecção
9. Descarte de Resíduos
10.1. Todo STA deve implantar e im plementar ações de Prevenção e Controle de Infecção
e Eventos Adversos (PCIEA), subsidiado pela Portaria GM/MS n. º 2616, de 12/05/1998,
suas atualizações ou outro instrumento legal que venha a substituí-la.
10.1.1. As ações de PCIEA devem ser elaboradas com a participação dos profissionais do
STA sob a responsabilidade do médico ou enfermeiro do serviço.
10.2. O STA terá um prazo de trezentos e sessenta e cinco (365) dias para adequar-se aos
requisitos deste Regulamento Técnico.
ANEXO II
ATRIBUIÇÕES GERAIS
2.1. Assegurar condições para o cumprimento das atribuições gerais da equipe, constante
neste Regulamento Técnico;
ANEXO III
1. Considerações Gerais
2. Organização e Pessoal
2.3. O acesso à sala de preparo da TA deve ser restrito aos profissionais diretamente
envolvidos.
3. Funcionamento da CSB
(Cabine de biossegurança)
3.1. A CSB deve estar em funcionamento no mínimo por 30 minutos antes do início do
trabalho de manipulação e permanecer ligada por 30 minutos após a conclusão do
trabalho.
4.1. Luvas (tipo cirúrgica) de látex, punho longo, sem talco e estéreis;
4.2. Avental longo ou macacão de uso restrito a área de preparação, com baixa liberação
de partículas, baixa permeabilidade, frente fechada, com mangas longas e punho
elástico;
5.1. Deve existir procedimento operacional escrito para todas as etapas do processo de
preparação.
5.3.1. Deve ser efetuado o registro do número seqüencial de controle de cada um dos
produtos utilizados na manipulação dos medicamentos da TA, indicando inclusive os seus
fabricantes.
5.3.3. Todos os produtos e recipientes devem ser limpos e desinfetados antes da entrada
na sala de preparo da TA.
5.3.4. O transporte interno dos materiais limpos e desinfetados para a sala de preparo
deve ser efetuado de maneira a preservar o material e o ambiente.
5.3.5. Durante o processo de manipulação, devem ser usados dois pares de luvas estéreis,
trocados a cada hora ou sempre que sua integridade estiver comprometida.
5.3.7. Deve ser feita a inspeção visual do produto final, observando a existência de
perfurações e/ou vazamentos, corpos estranhos ou precipitações na solução.
5.4.2. Toda TA deve apresentar rótulo com as seguintes informações: nome do paciente,
n.º do leito e registro hospitalar (se for o caso), composição qualitativa e quantitativa de
todos os componentes, volume total, data e hora da manipulação, cuidados na
administração, prazo de validade, condições de temperatura para conservação e
transporte, identificação do responsável pela manipulação, com o registro do conselho
profissional.
5.4.4. Toda TA deve apresentar no rótulo prazo de validade e indicação das condições
para sua conservação.
6. Conservação e Transporte
7.1. O Controle da Qualidade deve avaliar todos os aspectos relativos aos produtos
farmacêuticos, produtos para a saúde, materiais de embalagem, procedimentos de
limpeza, desinfecção, conservação e transporte da TA, garantindo as especificações e
critérios estabelecidos por este Regulamento Técnico.
7.3. A TA pronta para uso deve ser submetida aos seguintes controles:
7.3.1. Inspeção visual em 100% das amostras, para assegurar a integridade física da
embalagem, ausência de partículas, precipitações e separação de fases.
8. Garantia da Qualidade
8.1. O STA deve possuir um Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) que incorpore as
BPPTA e um efetivo controle de qualidade documentado e monitorado.
Boas Práticas de Preparação da Terapia Antineoplásica
8.2. O Sistema de Garantia da Qualidade para a preparação da TA deve assegurar que:
9. Queixa Técnica
9.4. A EMTA, com base nas conclusões da investigação, deve prestar esclarecimentos por
escrito ao notificador.
ANEXO IV
1. Considerações Gerais
2. Organização e Pessoal
2.1. O STA deve contar com um quadro de pessoal de enfermagem, qualificado e que
permita atender aos requisitos deste Regulamento Técnico.
3. Operacionalização da Administração
3.3. Deve ser feita avaliação da prescrição médica, observando adequação da mesma aos
protocolos estabelecidos pela EMTA.
3.4. A prescrição médica deve ser avaliada pelo enfermeiro quanto à viabilidade,
interações medicamentosas, medicamentos adjuvantes e de suporte, antes da sua
administração.
ANEXO V
BIOSSEGURANÇA
1. Considerações gerais
1.2. Devem existir normas e rotinas escritas, revisadas anualmente, para a utilização da
Cabine de Segurança Biológica (CSB) e dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
1.3.1. Quando do manuseio de excretas dos pacientes que receberam TA nas últimas 48
horas os funcionários devem vestir aventais e luvas de procedimento.
1.4.2. Pessoal:
1.4.2.2. As áreas da pele atingidas devem ser lavadas com água e sabão.
1.4.2.3. Quando da contaminação dos olhos ou outras mucosas lavar com água ou
solução isotônica em abundância, providenciar acompanhamento médico.
1.4.3. Na Cabine:
1.4.3.2. Em caso de contaminação direta da superfície do filtro HEPA, a cabine deverá ser
isolada até a substituição do filtro.
1.4.4. Ambiental:
ANEXO VI
1.1. ASHP Guidelines on Quality Assurance for Pharmacy-Prepared Sterile Products. Am. J.
Hosp. Pharm. 2000:57: 1150-69.
1.2. ASHP Guidelines on Preventing Medication Errors with Antineoplastic Agents,
American Journal of Health-System Pharmacy, AMERICAN SOCIETY OF HOSPITAL
PHARMACISTS. Bethesda, v. 59, p.1648-68, 2002.
1.3. ASHP Technical Assistance Bulletin Handling Cytotoxic and Hazardous Drugs. Am. J.
Hosp. Pharm. 1990:47: 1033-49.
1.12. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 33, de
19 de abril de 2000. Aprova o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Preparação de
Medicamentos em farmácias e seus Anexos. Diário Oficial da União da República
Federativa do Brasil, Brasília, 06 jun. 2001.
1.14. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de vigilância Sanitária. RDC nº 50, 21
de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento,
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais
de saúde. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 20 mar.
2002.
1.15. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de vigilância Sanitária. RDC nº 219
de 02 agosto de 2002. Altera a RDC nº 46 de 20 de fevereiro de 2002. Diário Oficial da
União da República Federativa do Brasil, Brasília, 16 ago. 2002.
1.16. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de vigilância Sanitária. RDC nº 33, de
25 de fevereiro de 2003, Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil,
Brasília, 05 mar. 2003.
1.17. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de vigilância Sanitária. RDC nº 45, de
12 de março de 2003. Aprova o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Utilização das
Soluções Parenterais (SP) em Serviços de Saúde e seus anexos. Diário Oficial da União da
República Federativa do Brasil, Brasília, 13 mar. 2003.
1.27. CFF. Resolução nº 288 de 21 de março de 1996. Dispõe sobre a competência legal
para o exercício da preparação de drogas antineoplásicas pelo farmacêutico.
1.28. COFEN. Resolução n.º 146, de 01 de junho de1992, Normatiza em âmbito Nacional a
obrigatoriedade de haver Enfermeiro, em todas as unidades de serviço onde são
desenvolvidas ações de Enfermagem durante todo o período de funcionamento da
instituição de saúde.
1.29. COFEN. Resolução nº 210, de 01 de julho de 1998 Dispõe sobre a atuação dos
profissionais de Enfermagem que trabalham com quimioterápico antineoplásico.
1.34. OSHA Technical Manual Section VI: Chapter 2 -Controlling Occupational Exposure to
Hazardous Drugs - U.S. Department of Labor - Occupacional Safety and Health
Administration - 1999.
Retificação: